Buscar

HISTORIA DO DIREITO GREGO EM PDF

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 19 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 19 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 19 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

História do Direito 
Direito Grego Antigo 
Aula 2 
SOCIEDADE GREGA 
A Grécia não era um país como conhecemos hoje, era conhecida apenas como 
uma região. 
A compreensão da Grécia antiga passa pela compreensão das pólis (cidades-
estados): 
- Autonomia de governo e administração 
- Autonomia econômica e jurídica 
- Pactos multilaterais de defesa e cooperação 
As regras eram ditadas por condições geográficas e econômicas. 
Aspectos da Democracia Grega: 
A democracia grega possuía duas características de grande importância para o 
Direito. Em primeiro lugar, a democracia afirmava a igualdade de todos os 
homens adultos perante as leis e o direito de todos de participar diretamente 
do governo da cidade, da pólis. Em segundo lugar, e como consequência, a 
democracia, sendo direta e não por representantes eleitos, garantia a todos a 
participação ativa e próxima no governo. Os que dele participavam tinham 
direito de exprimir, discutir e defender em público suas opiniões sobre as 
decisões que a cidade deveria tomar. Este aspecto não era extensível às 
mulheres e estrangeiros. 
Período Duração Observações 
Pré-Homérico 2 000-1 100 a.C. 
Penetração de povos indo-europeus na Grécia: aqueus(2000-1 200 
a.C.), eólios (1 700 a.C.) e Jônios (1 700 a.C.);Civilização Minoica continua 
a prosperar (3000 - 1 400 a.C.) e a Civilização Micênica é formada (1600-
1 200 a.C.); dóricos invadem a Helode no final do período (1 200 a.C.) 
Período homérico 1 100-800 a.C. 
Ruralização, ausência de escrita e formação dos genos; período da criação 
das obras de Homero, Ilíada e Odisseia. 
Arcaico 800-500 a.C. 
Formação da pólis, a colonização grega, o aparecimento do alfabeto 
fonético além de progresso econômico com a expansão da divisão do 
trabalho, do comércio e da indústria. 
Clássico ou Século de 
Péricles 
500-338 a.C. 
Bipolarização da Grécia entre Esparta (com a Liga do Peloponeso) e 
Atenas (com a Liga de Delos). Ocorrência das Guerras Médicas e 
da Guerra do Peloponeso, bem como da hegemonia de Tebas no fim do 
período. 
Helenístico 338-146 a.C. 
Crise da pólis, conquista do Império Aquemênida e expansão 
cultural helenística. 
Grécia e Esparta 
(790 a.C.) 
Drácon (621 a.C) 
Sólon (594 a.C) 
Sócrates 
470 a.C. 
Platão 
428 a.C. 
Com as Guerras Médicas a ameaça do Império Persa unificou as 
pólis gregas em uma liga conjunta (Liga Helênica e 
Confederação de Delos), que tinha o comando periódico e 
rotativo, na qual cada cidade-estado contribuía com recursos 
financeiros, mantimentos e soldados. 
A democracia ateniense atingiu seu apogeu durante o governo 
de Péricles - um dos principais líderes democráticos de Atenas e 
um influente estratego (general) 
Entre os séculos VI e V a.C., a expansão do Império Persa 
passou a ameaçar a autonomia das cidades-estados gregas. Por 
volta de 500 a.C., os persas dominavam várias colônias gregas 
na Ásia Menor e seu objetivo era conquistar também a Grécia. 
Na luta contra o inimigo comum, as cidades-estados se uniram 
e conseguiram derrotar os persas em várias batalhas. Esse 
conflito, que durou vários anos, ficou conhecido como Guerras 
Greco-pérsicas ou Guerras Médicas, assim denominadas 
porque os gregos chamavam os persas de medos. 
Conflitos internos, a escassez de terras e a necessidade de 
expansão do comércio levaram as cidades gregas, entre elas 
Atenas, a conquistar várias áreas coloniais, próximas ou 
distantes. Os espartanos não gostaram dessa expansão 
territorial de Atenas e a disputa por melhores terras 
determinou a criação de dois grupos rivais: a Liga do 
Peloponeso (Corinto e Élis), liderada por Esparta, e a Liga de 
Delos, sob a liderança de Atenas. 
O primeiro corpo era a Assembleia dos Espartanos, e o segundo 
era o Congresso dos Aliados, no qual cada cidade-estado aliada 
possuía um voto independentemente do tamanho da cidade-
estado ou de sua força geopolítica. 
Entre 415 e 413 a.C., os atenienses declararam guerra e 
tentaram conquistar regiões dominadas pelos espartanos 
(conflito conhecido como Guerra do Peloponeso). Atenas foi 
derrotada e perdeu parte de sua frota e contingente militar. Os 
anos seguintes, de 413 a 404 a.C., podem ser considerados de 
ofensiva dos espartanos. Esparta aniquilou definitivamente 
Atenas, já bastante enfraquecida pelas perdas anteriores, 
iniciando sua hegemonia (domínio) sobre o mundo grego. 
Direito Grego 
Os gregos não foram grandes juristas. 
Principal preocupação: difundir uma noção jurídica para toda a comunidade 
(democratização jurídica). O direito deveria ser conhecido e entendido por 
todos e não apenas por juízes e promotores 
No Direito Grego, as normas jurídicas ganham uma conotação de justiça: 
O direito deveria ser uma consequência natural da noção de justiça que 
deveria estar presente na consciência coletiva. 
Direito como um arquétipo – um modelo moral e ético de conduta do ser 
humano. 
Fonte Principal 
Nomos – leis não escritas 
derivadas dos costumes 
Estrutura 
No início, em geral o direito grego era não 
escrito. Os poucos dispositivos escritos não 
representavam codificações (não eram reunidos 
por matéria de modo sistematizado) 
Direito Grego 
Existência de 
Juízes e Árbitros 
Juízes – eleitos do povo para o exercício da 
judicância pelo período de 1 ano. Não havia 
vitaliciedade. 
Árbitros – cidadãos gregos escolhidos pelas partes 
para solucionar uma lide de natureza privada 
Aplicação dos Nomos 
e das Decisões 
Judiciais 
A atividade executiva cabia ao Conselho 
dos Anciãos – colegiado dos cidadãos 
gregos mais velhos com reputação ilibada. 
Cada cidade-estado tinha suas 
pecularidades e não sendo possível uma 
classificação precisa. 
Ex: No caso de Esparta o sistema de governo era a diarquia, uma espécie de 
governo exercido simultaneamente por dois reis. O Conselho dos Anciãos em 
Esparta tinha função consultiva, sendo os poderes monopolizados pelas 
figuras reais 
Drácon 
Drácon 
Ateniense e Arconte – membro de uma 
assembleia de nobres de Atenas 
É conhecido como o primeiro legislador (escrito) da Grécia 
Recebeu em 621 a.C. poderes extraordinário para por fim a revolta 
social que ocorria em Atenas à época. 
Durante o período de conflito, elaborou um Código de leis escritas que 
trazia rígidas regras de cunho penal, com base nas decisões 
tradicionais arbitradas pelos juízes. 
Defendia a tripartição do poder em funções distintas. Separação 
esta que viria a ser aprimorada por Montesquieu no séc XVIII 
Código de Drácon 
A severidade do Código de Drácon é lembrada até os dias atuais, por meio da 
adjetivação ͞lei draconiana͟ 
Inovações do Código de Drácon: 
Embora trouxesse institutos importantes para o direito civil, o Código é 
reconhecido por seu conteúdo penal. 
1) Instituiu o duplo grau de jurisdição (um conselho ou tribunal reveria as decisões 
dos juízes nomeados, se uma das partes pleiteasse) 
2) Diferenciou o homicídio doloso, culposo e a legítima defesa 
3) Cominava pena de morte para os crimes de roubo e homicídio. 
4) Aplicava-se a pena de banimento para objetos (casas, colunas e estátuas) que 
desabassem causando a morte de um cidadão grego 
5) Elaborou descrições jurídicas importantes sobre a conduta e a pena 
Não havia uma paz social, mas sim uma instabilidade social em razão dos excessos 
punitivos. Com o tempo o Código foi abandonado voluntariamente pelos 
atenienses. 
Sólon 
Ateniense, jurista e poeta. 
Sólon 
Sólon foi convocado pelo governo de Atenas para criar um sistema 
jurídico mais balanceado em substituição ao Código elaborado por 
Drácon, que foi considerado como insuficiente. 
Em 594 a.C., iniciou uma reforma das estruturas social, política e 
econômica da pólis ateniense. 
Sólon 
Modificações jurídicas implementadas por Sólon: 
1) Fez reformasabrangentes, sem conceder aos grupos 
revolucionários e sem manter os privilégios da 
aristocracia. 
2) Criou a eclésia (assembleia popular), da qual 
participavam todos os homens livres atenienses, filhos 
de pai e mãe atenienses e maiores de 30 anos. 
3) Ampliou o acesso democrático ao judiciário. 
4) Flexibilizou algumas normas penais draconianas, 
embora tivesse aproveitado os bem construídos 
conceitos penais de seu antecessor. 
5) Instaurou a igualdade civil. 
6) Proibiu a escravidão e prisão por endividamento 
7) Anulou algumas categorias de hipoteca e devolveu a 
terra penhorada para proprietários devedores 
Art. 7, inc 7 (Convenção 
Americana de Direitos 
Humanos - Pacto de San 
José da Costa Rica) 
Organização dos Tribunais no Período Arcaico 
Não havia advogados ou promotores, apenas os litigantes que se dirigiam 
diretamente ao árbitro ou juiz. 
As atividades parciais (advocacia e promotoria) eram vistas com maus olhos 
pelo direito grego. 
Construindo o direito para ser um arquétipo (modelo de conduta) as normas 
gregas incentivavam que todo cidadão ficasse indignado diante de qualquer 
ilicitude, ainda que de natureza privada. 
Areópago - Tribunal supremo ateniense. Encarregado de julgar os réus acusados 
de crimes contra o Estado. Exercia a função de vigilância e regulamentação 
sobre temas sobre como a moral e a infância. Os condenados pelo Areópago 
não tinham direito a recurso. Cada parte poderia se manifestar publicamente 
apenas uma vez, e depois o colegiado exarava sua sentença. Dispondo de duas 
urnas onde eram depositadas bolas pretas ou brancas, que representavam os 
votos favorável e desfavorável. Se houvesse empate, haveria o voto baseado na 
deusa Atena (chamada pelos romanos de Minerva) 
Assembleia do Povo 
(Eclésia) 
Areópago 
Tribunal supremo ateniense. Encarregado de 
julgar os réus acusados de crimes contra o 
Estado. Exercia a função de vigilância e 
regulamentação sobre temas sobre como a 
moral e a infância. Os condenados pelo 
Areópago não tinham direito a recurso. Cada 
parte poderia se manifestar publicamente 
apenas uma vez, e depois o colegiado 
exarava sua sentença. Dispondo de duas 
urnas onde eram depositadas bolas pretas ou 
brancas, que representavam os votos 
favorável e desfavorável. Se houvesse 
empate, haveria o voto baseado na deusa 
Atena (chamada pelos romanos de Minerva) 
Tribunal dos Efetas 
Tribunal dos Heliastas 
Tribunal dos Efetas 
Era subdividido em três câmaras: Paládio, 
Delfínio e Freátis. Estes eram compostos de 
51 pessoas com mais de 50 anos e 
designadas por sorteio. O Areópago enviava a 
esses tribunais os casos de homicídio culposo 
ou em legítima defesa 
Tribunal dos Heliastas 
Tribunal colegiado que se reunia em praça 
pública da cidade, sob o Sol (por isso a 
denominação "Heliastas"). Exercia a 
jurisdição comum, julgando causas em 
segunda instância de menor complexidade e 
gravidade. Como era composto por cidadãos, 
as suas decisões eram consideradas como 
proferidas pelo povo. 
Direito Espartano 
O direito espartano não foi escrito ou 
codificado. Era passado oralmente. 
Obediência estrita aos mandamentos 
reais. 
Conselho de Anciãos era 
subordinado aos Reis 
Em razão do enorme contingente de 
escravos (hilotas) que sustentavam a 
pólis, os crimes patrimoniais ou de 
fuga eram severamente punidos. 
Havia distinção entre as penas 
aplicadas aos aristocratas, soldados e 
escravos 
Possuíam uma legislação militar 
especial 
Os cidadãos espartanos possuíam 
profundo respeito e obediência ao 
seu sistema jurídico. Este dever de 
submissão às leis impostas ficou 
conhecido como Rhetra. 
Embora os espartanos também 
exercessem a democracia direta, 
eles não tinham direito de voz ou 
manifestação. Sua participação 
direta limitava-se a decidir "sim" 
ou "não" sobre questões que eram 
postas em plebiscito. 
Os soldados eram punidos com penas 
mais brandas para crimes comuns, 
enquanto que infrações militares 
como deserção ou desobediência 
ostentavam as penas mais severas da 
pólis.

Outros materiais