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Classificação das normas jurídicas quanto ao: Autorizamento Mais que perfeitas: são aquelas cuja violação ocasiona a aplicação de duas sanções: primeiro, a anulação do ato praticado contra a lei; e, segundo, a aplicação de uma pena ao violador. É exemplo de lei mais que perfeita o art. 1.521 do Código Civil, que dispõe: “Não podem casar... VI — as pessoas casadas”. Violada esta lei, o segundo casamento é nulo de pleno direito, e o violador, tendo cometido o crime de bigamia, será condenado à pena de reclusão de dois a seis anos, de acordo com o art. 235 do Código Penal. Perfeitas (lex perfecta): são as que prevêem como sanção à sua violação a nulidade ou anulabilidade do ato ou negócio jurídico. Exemplo: Maria tem 15 anos e assina um contrato de venda da residência na qual mora com sua família, no entanto, sua incapacidade absoluta acarreta a invalidade total de tal negócio e possui como pena a nulidade de acordo com o Art. 166, I do Código Civil. Menos que perfeita: são as que autorizam no caso de serem violadas, a aplicação de pena ao violador, mas não a nulidade do ato que as violou. Exemplo: viúvi ou viúva que, possuindo filhos do falecido, resolve se casar antes de fazer o inventário ou a partilha dos bens deixados pelo cônjuge falecido aos seus herdeiros (Art. 1523, I, CC). Não se anulará por isso o casamento, no entanto, como sanção pela omissão, o casamento será contraído com o regime de separação de bens (Art. 1641, I, do CC). Imperfeitas: são aquelas cuja violação não acarreta qualquer conseqüência jurídica. O ato não é nulo; o agente não é punido, não são normas autorizantes. A exemplo, obrigações decorrentes de dívidas de jogo e dívidas prescritas.
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