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CURSO ON-LINE - DIREITO CIVIL EM EXERCÍCIOS 
PROFESSORA CHRISTIANNE GARCEZ 
 
www.pontodosconcursos.com.br 1
 
AULA 1: DAS PESSOAS. PESSOAS NATURAIS E 
JURÍDICAS. DOMICÍLIO. 
 
Este costuma ser o assunto mais abordado nos concursos, quando faz 
parte do conteúdo programático exigido no edital. Toda atenção para 
o tema. Para a exposição da matéria, serão apresentadas questões 
de concursos diversos. 
Como algumas questões foram de concursos anteriores à vigência do 
Código Civil de 2002, houvemos por bem fazer as devidas 
adaptações, as quais serão ressalvadas. 
 
(CAERD-RO-2002-TÉCNICO) (ADAPTADA) 
01. São relativamente incapazes em relação a certos atos da
vida civil: 
 
a) os menores de dezesseis anos, os pródigos e os excepcionais
sem desenvolvimento completo; 
b) os silvícolas, os pródigos e os maiores de dezesseis e menores
de dezoito anos; 
c) os que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir a
sua vontade e os que, por enfermidade ou doença mental, não
tiverem o necessário discernimento para a prática desses atos; 
d) os ausentes, declarados tais por ato do juiz, os maiores de
dezesseis e menores de dezoito anos e os pródigos; 
e) os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos, os ébrios
habituais, os viciados em tóxicos e os pródigos. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
Ao nascer com vida, a pessoa natural adquire personalidade civil, 
passando a ser sujeito de direitos e de obrigações na ordem civil. Da 
aquisição da personalidade, decorre a capacidade, que pode ser de 
gozo ou de direito, que é a aptidão genérica para contrair obrigações 
e exercer direitos, por si ou por outrem, e de fato ou de exercício, 
que é a capacidade de exercer direitos e contrair obrigações, por si 
mesmo. 
Todos os seres humanos, ao nascerem com vida, adquirem a 
capacidade de gozo ou de direito, que não pode ser negada, recusada 
ao indivíduo, por fazer parte da sua própria personalidade, ser 
inerente a esta. 
Contudo, para alguns indivíduos, a lei nega a capacidade de fato ou 
de exercício, ou seja, a capacidade de exercer, sozinho, os atos da 
vida civil. São os incapazes. 
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CURSO ON-LINE - DIREITO CIVIL EM EXERCÍCIOS 
PROFESSORA CHRISTIANNE GARCEZ 
 
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A incapacidade, por seu turno, pode ser absoluta ou relativa. Na 
incapacidade absoluta, a pessoa não pode exercer o ato, alguém o 
exerce por ela – o representante. Na incapacidade relativa, embora o 
incapaz possa exercer o ato, não pode fazê-lo sozinho, dependendo 
da colaboração de outrem – o assistente. A prática de atos pelo 
absolutamente incapaz sem a devida representação torna o ato 
praticado NULO, sem efeito. A prática do ato pelo relativamente 
incapaz sem a devida assistência torna-o anulável (gerando efeitos a 
não ser que seja requerida pelo prejudicado a declaração de sua 
invalidade). 
O art. 4º do CC elenca o rol taxativo dos relativamente incapazes, 
quais sejam: 
I – os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos; 
II – os ébrios habituais, os viciados em tóxicos, e os que, por 
deficiência mental, tiverem o discernimento reduzido; 
III – os excepcionais, sem desenvolvimento mental completo; 
IV – os pródigos. 
É de bom alvitre realçar que, quanto aos pródigos, a sua 
incapacidade refere-se tão somente à prática de atos de 
administração, com conteúdo patrimonial, não ficando este impedido 
de praticar atos que não tenham tal natureza. 
A alternativa “A” está incorreta porque contempla os menores de 
dezesseis anos, que são considerados pelo art. 3º como 
absolutamente incapazes. 
A alternativa “B” encontra-se igualmente incorreta, porque os 
silvícolas, no tocante à capacidade, rege-se por legislação especial, 
como preceitua o art. 4º, parágrafo único do CC. 
A alternativa “C” está errada porque abrange dois casos de 
incapacidade absoluta, previstos no art. 3º do CC, e não de 
incapacidade relativa. 
A alternativa “D” também está inverídica, pois os ausentes, 
diferentemente do que previa o CC/1916 revogado, não estão 
elencados no rol da incapacidade, seja absoluta, seja relativa. 
A alternativa “E” corresponde, integralmente, aos casos de 
incapacidade relativa, sendo, portanto, a correta. 
 
(OAB-RO-ABRIL/2004-34º CONCURSO) 
02. Ao afirmar que uma pessoa é absolutamente incapaz para 
exercer os atos da vida civil, estamos reconhecendo as suas 
falta de capacidade jurídica. Para suprir esta incapacidade, 
esta pessoa deverá ser: 
 
a) Representada. 
b) Assistida. 
c) Substituída. 
d) Excluída. 
 
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COMENTÁRIOS: 
 
A incapacidade absoluta supre-se através do instituto da 
representação, em que o ato é praticado pelo representante em 
substituição ao absolutamente incapaz. 
A resposta correta, portanto, é a letra “A”. 
 
(OAB-RO-ABRIL/2004-34º CONCURSO) 
03. A respeito da capacidade civil, pode-se afirmar que: 
 
a) Os absolutamente incapazes devem ser representados e os 
relativamente incapazes devem, em regra, ser assistidos; 
b) Os menores de dezesseis anos são absolutamente incapazes; 
c) A prática de ato pelo absolutamente incapaz redunda em sua 
nulidade; 
d) Todas as alternativas estão corretas. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
Como já comentado nas questões anteriores, a incapacidade absoluta 
supre-se pela representação, em que o representante pratica o ato 
em nome do incapaz. A incapacidade relativa, por seu turno, supre-se 
pela assistência, em que o assistente pratica o ato conjuntamente 
com o assistido. 
O ato praticado pelo absolutamente incapaz sem que seja 
representado por quem de direito é nulo (sem efeito), e o praticado 
pelo relativamente incapaz sem a devida assistência é anulável, 
gerando efeitos até que algum prejudicado requeira a declaração 
judicial de sua invalidade. 
A alternativa “A” está correta, pois o absolutamente incapaz é 
representado (não pratica o ato, e sim o representante, que o realiza 
por ele) e o relativamente incapaz é assistido (pratica o ato 
conjuntamente com ele). Ressalve-se a expressão contida na 
alternativa: “em regra”, pois a lei permite, em alguns casos, que o 
relativamente incapaz pratique atos sem necessidade de assistência, 
como celebrar contrato de trabalho, desde que tenha no mínimo 
dezesseis anos, aceitar mandato, casar, desde que autorizado, ser 
testemunha, fazer testamento, etc. A alternativa “A”, pois, está 
correta. 
Os menores de dezesseis anos estão contemplados no rol da 
incapacidade absoluta (art. 3º, I do CC), portanto, igualmente correta 
está a alternativa “B”. 
O ato praticado pelo absolutamente incapaz sem representação é 
nulo, não podendo ser ratificado (confirmado), estando correta 
também a alternativa “C”. 
A alternativa “D”, que prevê que todas as alternativas anteriores 
estão corretas, é a que deve ser assinalada. 
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(OAB/SP/125º/2005) 
04. São absolutamente incapazes os menores de: 
 
A) 16 anos; os ausentes; os que não puderem exprimir sua vontade, 
em razão de causa permanente. 
B) 18 anos; os que, por enfermidade ou deficiência mental, não 
tiverem o necessário discernimento para os atos da vida civil; os 
excepcionais, sem desenvolvimento mental completo. 
C) 16 anos; os que, por enfermidade ou deficiência mental, não 
tiverem necessário discernimento para os atos da vida civil; os que, 
mesmo por causa transitória, não puderem exprimir sua vontade. 
D) 16 anos; os ébrios habituais; os pródigos; os toxicômanos.COMENTÁRIOS: 
 
O art. 3º do Código Civil elenca a categoria dos absolutamente 
incapazes, em rol taxativo, não comportando interpretação extensiva 
a outros casos, a saber: 
I – os menores de dezesseis anos; 
II – os que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o 
necessário discernimento para a prática desses atos; 
III – os que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir sua 
vontade. 
A alternativa “A” enquadra os ausentes como absolutamente 
incapazes, tornando a questão incorreta. É preciso que o candidato 
fique atento, pois os ausentes eram considerados pelo Código Civil de 
1916 revogado como absolutamente incapazes. Não são mais pelo 
Código Civil de 2002 vigente. Está incorreta também porque prevê 
que são absolutamente incapazes os que não puderem exprimir sua 
vontade “por causa permanente”. Ainda que por causa transitória 
(hipnose, embriaguez, etc.), se a pessoa não puder exprimir sua 
vontade, a causa é de incapacidade absoluta. 
A alternativa “B” está incorreta, primeiramente, porque somente os 
menores de dezesseis anos são considerados absolutamente 
incapazes. Entre dezesseis e dezoito anos o caso é de incapacidade 
relativa. Também os excepcionais sem desenvolvimento completo são 
considerados relativa, e não absolutamente incapazes. 
A alternativa “C” contempla integralmente hipóteses de incapacidade 
absoluta, sendo a correta, pois são absolutamente incapazes os 
menores de dezesseis anos; os que, por enfermidade ou deficiência 
mental, não tiverem necessário discernimento para os atos da vida 
civil e os que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir 
sua vontade. 
A alternativa “D” está incorreta porque os ébrios habituais 
(alcoólatras), os toxicômanos e os pródigos são relativamente 
incapazes. 
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(OAB-RO-30º CONCURSO) (ADAPTADA) 
05. De acordo com o Código Civil vigente, assinale a 
alternativa correta: 
 
A - São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da 
vida civil os menores de 18 anos, os pródigos e os loucos de todo 
gênero. 
B - São capazes, relativamente a certos atos ou à maneira de os 
exercer os maiores de 14 e menores de 21 anos, os ausentes e os 
silvícolas. 
C - Aos 18 anos completos acaba a menoridade, ficando habilitado o 
indivíduo para todos os atos da vida civil. 
D - Se dois ou mais indivíduos falecerem na mesma ocasião, não se 
podendo averiguar se algum dos comorientes precedeu aos outros, 
presumir-se-ão simultaneamente mortos. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
A alternativa “A” está incorreta, porque os pródigos são considerados 
relativamente incapazes. 
A alternativa “B” está igualmente incorreta, porque os ausentes não 
são mais considerados pelo Código Civil de 2002 incapazes, e os 
silvícolas, no que refere à sua incapacidade, regem-se por lei 
específica. 
A alternativa “C” contém inveracidade porque a cessação da 
incapacidade por menoridade cessa aos dezoito, e não aos dezesseis 
anos, quando a pessoa fica habilitada à prática de todos os atos da 
vida civil, consoante o que prescreve o art. 5º, caput, do Código Civil. 
A alternativa “D” contempla a hipótese de comoriência, prevista no 
art. 8º do Código Civil, verbis: “Se dois ou mais indivíduos falecerem 
na mesma ocasião, não se podendo averiguar se algum dos 
comorientes precedeu aos outros, presumir-se-ão simultaneamente 
mortos”. 
A comoriência, ou morte simultânea, ocorre quando dois ou mais 
indivíduos, que têm entre si uma relação jurídica, morrem em um 
mesmo evento, não sendo possível, pelos meios médicos-legais, 
aferir qual deles morreu primeiro. A lei, nesta hipótese, presume que 
a morte foi simultânea, de modo que não haverá transmissão 
recíproca de direitos entre eles. Assim, se pai e filho morrem em um 
mesmo acidente, não sendo constatado quem morreu primeiro, não 
haverá, de um para outro, transmissão de herança, sendo a parte do 
filho destinada aos herdeiros deste, e a parte de seu pai conferida aos 
seus herdeiros. Diferente situação ocorreria se, por exemplo, ficasse 
constatado que o pai havia falecido primeiro, transferindo-se a 
herança deste para o filho, e do filho para os herdeiros deste, no 
caso, a mãe, se fosse viva. Esta, portanto, a questão correta. 
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06. São absolutamente incapazes, exceto: (ADAPTADA) 
 
A - ausentes. 
B - os menores de 16 anos. 
C – os que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir sua 
vontade. 
D - os enfermos que não tiverem o necessário discernimento para a 
prática de atos da vida civil. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
Os ausentes não são mais considerados, pelo Código Civil de 2002, 
incapazes, como o eram na legislação anterior (CC/1916). A 
alternativa “A”, pois, está correta, pois a ausência não é causa de 
incapacidade absoluta (como também não é de incapacidade 
relativa). 
Os menores de dezesseis anos estão catalogados no rol dos 
absolutamente incapazes (art. 3º, I do CC), de modo que a 
alternativa “B” está incorreta. 
Os que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir sua 
vontade são considerados absolutamente incapazes, de acordo com o 
art. 3º, III do CC, portanto, a alternativa “C” está incorreta. 
Os enfermos, que não tiverem o necessário discernimento para a 
prática de atos da vida civil também são considerados absolutamente 
incapazes (art. 3º, II do CC). A alternativa “D” está igualmente 
incorreta. 
(TRT-9ª. REGIÃO-ANALISTA JUDICIÁRIO) (ADAPTADA) 
07. São absolutamente incapazes: 
a) os maiores de dezesseis anos e os menores de dezoito anos de 
idade; 
b) os pródigos; 
c) os surdos-mudos que não puderem exprimir a sua vontade; 
d) os silvícolas; 
e) os menores que colarem grau em curso de ensino superior. 
COMENTÁRIOS: 
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Os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos são 
relativamente incapaces (art. 4º, I do CC). A alternativa “A” está 
incorreta. 
Os pródigos são considerados relativamente incapaces (art. 4º, IV), 
estando a alternativa “B” também incorreta. 
Os surdo-mudos, pelo Código Civil de 1916 (revogado) eram 
considerados incapazes. Atualmente, na dicção do Código Civil de 
2002, nao foram mais considerados como tais, podendo encuadrar-
se, contudo, na hipótese prevista no art. 4º, III (excepcionais sem 
desenvolvimento mental completo), dependendo do grau de 
discernimento que tiverem. A simples surdo-mudez, por si só, não 
acarreta a incapacidade. Está, pois, incorreta a alternativa “C”. 
Os silvícolas (índios) estavam previstos no CC/1916 como 
relativamente incapazes. Atualmente, pelo CC/2002, vigente, nao 
estão mais submetidos à legislação civil, sendo a questão de sua 
capacidade submetida à lei especial. Está incorreta a alternativa “D”. 
A colação de grau do menor em curso de ensino superior, seja em 
instituicao pública, seja em instituicao de ensino particular, confere-
lhe a plena capacidade civil. É a chamada emancipacão. O menor, 
neste caso, torna-se maior, civilmente capaz. A alternativa “E”, por 
tanto, é a correta. 
(DELEGADO-POLÍCIA CIVIL-GO-2003) 
08. Em tema de morte presumida, é CORRETO afirmar: 
 
a) Sem decretação de ausência, não pode ser declarada a morte 
presumida. 
b) Somente pode ser declarada a morte presumida após decorridos 
dois anos da decretação da ausência. 
c) Se a pessoa estava em perigo de vida, a morte presumida pode 
ser declarada após um ano da decretação da ausência. 
d) Pode ser declarada a morte presumida sem a decretação de 
ausência. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
A aquisição da personalidade civil (aptidão para ser sujeito de direitos 
e de obrigações naordem civil) dá-se a partir do nascimento com 
vida (art. 2º do CC). Cessa a personalidade civil com a morte (art. 
6º, 1ª parte do CC). A morte pode ser real (provada pelo Atestado de 
Óbito), ou presumida, no caso dos ausentes (art. 6º, 2ª parte do CC) 
ou nas hipóteses previstas no art. 7º, em que não há necessidade de 
declaração de ausência, mas de justificação judicial, que são: 
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I) se for extremamente provável a morte de quem estava em perigo 
de vida; 
II) se alguém, desaparecido em campanha ou feito prisioneiro, não 
for encontrado até dois anos após o término da guerra. 
Em ambos os casos do art. 7º, a declaração da morte presumida 
somente poderá ser requerida (apenas pela via judicial, através de 
justificação) após o esgotamento das buscas e averiguações, devendo 
a sentença fixar a data provável do falecimento. 
Assim, a morte presumida pode se dar: 
a) pela declaração de ausência; 
b) nos casos previstos no art. 7º do CC. 
A alternativa “A” está incorreta porque declara que a morte 
presumida somente pode se dar pela ausência. 
A alternativa “B” está igualmente errada, porque a declaração de 
morte presumida no caso de ausência não se submete ao prazo de 
dois anos, bastando que o interessado prove que a pessoa 
desapareceu de seu domicílio sem deixar notícia, não tendo deixado 
representante ou procurador para administrar-lhe os bens, ou, tendo 
deixado, este não queira, não possa exercer o mandato ou se os seus 
poderes forem insuficientes (art. 22 do CC). O prazo de dois anos só 
exigido para o caso de morte presumida sem declaração de ausência, 
na hipótese da pessoa desaparecer em campanha ou for feito 
prisioneiro, contado do término da guerra. 
A alternativa “C” também não prevê o prazo de um ano para que seja 
requerida a morte presumida em caso de extrema probabilidade da 
morte de quem estava em perigo de vida, exigindo-se tão somente 
neste caso a cessação das buscas e averiguações. 
A alternativa “D” é a questão correta, pois nos casos do art. 7º do 
CC, pode ser decretada a morte presumida sem necessidade de um 
processo de ausência, mas por simples justificação judicial. 
 
(MP-SP-1997) ADAPTADA 
09. O negócio jurídico praticado pelo absolutamente incapaz, 
sem a devida representação, será: 
a) nulo 
b) anulável 
c) nulo se lhe causar prejuízo aparente 
d) anulável se envolver quantia de relativa monta 
e) nulo se não houver autorização expressa do juiz, ouvido o 
Ministério Público. 
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COMENTÁRIOS: 
A prática de atos da vida civil pelo incapaz, pessoalmente, sem que 
seja representado, torna o ato praticado nulo, sem nenhum efeito, 
nao sendo passível de convalidação, confirmação, ratificação, seja 
pelo representante, seja pelo juiz. 
A alternativa “A” é a correta. 
A alternativa “B” está incorreta, porque o ato anulable é aquele 
praticado pelo relativamente incapaz sem a devida assistência. Os 
atos anuláveis, contudo, podem ser ratificados, convalidados. 
A alternativa “C”, embora se refira ao ato nulo, declara necessária a 
existência de prejuízo, o que nao é exigido pela lei, posto que o 
prejúizo é presumido, tornando a alternativa incorreta. 
A alternativa “D” está incorreta porque trata de anulação, caso dos 
atos dos relativamente incapazes, e ainda porque exige quantia de 
relativa monta. Nao importa o valor, o ato praticado pelo 
absolutamente incapaz é nulo. 
O ato nulo não comporta convalidacão ou confirmação, seja pelo 
representante, seja pelo juiz, tornando a alternativa “E” incorreta. 
 
(ICMS-2000-MS) (ADAPTADA) 
10. Os menores de 16 anos, os pródigos, os viciados em 
tóxicos e os que mesmo por causa transitória, nao puderem 
exprimir sua vontade, são, respectivamente: 
A) Relativamente incapazes, absolutamente incapazes, relativamente 
incapazes e absolutamente incapazes 
B) Absolutamente incapazes, relativamente incapazes, relativamente 
incapazes e absolutamente incapazes 
C) Relativamente incapazes, relativamente incapazes, absolutamente 
incapazes e relativamente incapazes 
D)Absolutamente incapazes, absolutamente incapazes, 
absolutamente incapazes e relativamente incapazes. 
COMENTÁRIOS: 
Os menores de dezesseis anos são absolutamente incapazes (art. 3º, 
I do CC); os pródigos são relativamente incapazes (art. 4º, IV do 
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CC); os toxicômanos são relativamente incapazes (art. 4º, II) e os 
que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir sua vontade 
são absolutamente incapazes (art. 4º, III). Portanto, a alternativa 
correta é a letra “B”. 
(MP-PROCURADOR FEDERAL-12ª-2003) 
11. A Doação feita a nascituro: 
 
A) É válida, mas ineficaz; 
B) É válida, transmitindo desde logo a propriedade do bem doado; 
C) Fica sujeita a termo; 
D) Fica sujeita a condição. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
De acordo com o art. 2º do CC/2002, a personalidade civil da pessoa 
começa do nascimento com vida. A partir deste fato biológico, o ser 
humano adquire personalidade, passando a ser sujeito de direitos e 
de obrigações na ordem civil. A cessação da personalidade, por seu 
turno, só ocorre com a morte (real ou presumida) (arts. 6º e 7º do 
CC). Contudo, a lei protege os eventuais direitos do nascituro. 
Nascituro é aquele já concebido, que está para nascer. Por isso que, 
na parte final do art. 2º, dispõe o Código Civil: “mas a lei põe a salvo, 
desde a concepção, os direitos do nascituro. 
Os eventuais direitos que o nascituro venha a receber ficam em 
estado latente, aguardando o seu nascimento. Assim, pode receber 
herança, doação, ser reconhecido como filho, antes do nascimento, 
mas esses atos ficam condicionados ao nascimento com vida. Se 
nascer com vida, adquirirá os direitos. Se nascer morto (natimorto), 
não chegou a adquirir personalidade e, portanto, os direitos não lhe 
são transmitidos. Portanto, a doação feita a nascituro fica sujeita à 
condição do seu nascimento com vida. A alternativa correta, pois, é a 
letra “D”. 
(TRT-9ª. REGIÃO-ANALISTA JUDICIÁRIO) (ADAPTADA) 
12. Cessa a incapacidade para os menores: 
a) pelo exercício de qualquer emprego; 
b) pelo exercício da empresa; 
c) pelo estabelecimento civil ou comercial com economia própria pelo 
menor com mais de dezesseis anos; 
d) pela união estável, uma vez que a CF/88 a equiparou ao 
casamento; 
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e) pela colação do 2º grau. 
COMENTÁRIOS: 
A incapacidade, regra geral, cessa quando cesarme as causas que lhe 
deram origem. Assim, por exemplo, se uma pessoa era incapaz em 
virtude de doença mental, ficando curada, cessa a sua incapacidade. 
Se era incapaz por ser pródigo, cessa quando cessar a prodigalidade. 
Para os menores, a incapacidade cessa aos dezoito anos completos, 
quando este se torna apto para a prática de todos os atos da vida 
civil (art. 5º, caput do CC). Contudo, a lei civil prevê algumas 
situacões em que, mesmo antes dos dezoito anos, o menor se torna 
capaz. É a chamada emancipação, que significa antecipação da 
maioridade. 
Os casos de emancipação estão previstos no art. 5º, parágrafo único 
do Código Civil, e são: 
I – por concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, por 
instrumento público, desde que o menor tenha pelo menos dezesseis 
anos de idade. 
II – por sentença do juiz, se o menor estiver sob tutela, ouvido o 
tutor, desde que o menor tenha pelo menos dezesseis anos; 
III – pelo exercício de emprego público efetivo, o que implicadizer 
aquele mediante concurso de provas e títulos, o que exclui os 
empregos temporários, comisionados, etc., não bastando a simples 
aprovação, exigindo-se o efetivo exercício da funcao pública; 
IV – pelo casamento, que deverá ser autorizado pelos representantes 
legais do menor. Celebrado o casamento, o menor se emancipa; 
V – pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de 
relação de trabalho, desde que o menor já tenha dezesseis anos e 
economia própria (auto-sustento); 
VI – pela colação de grau em curso de ensino superior, seja em 
instituição pública, seja em instituição particular. 
Nao é o simples exercício de emprego que emancipa o menor. Deve 
ser público e efetivo, o que torna incorreta a alternativa “A”. 
Também não é o simples exercício de empresa que torna o menor 
emancipado. Ele deve ter, no mínimo, dezesseis anos, e economia 
própria. A alternativa “B” está igualmente incorreta. 
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O estabelecimento civil ou comercial do menor com mais de dezesseis 
anos, com economia própria está previsto como causa de 
emancipação. Portanto, a alternativa “C” está correta. 
Embora a união estével tenha sido reconhecida pela Constituição 
Federal como entidade familiar, merecedora de proteção do Estado, 
esta não tem o condão de promover a emancipação do menor, o que 
torna incorreta a alternativa “D”. 
Somente a colação de grau em curso de ensino superior é causa de 
emancipação. Incorreta, pois, a alternativa “E”. 
(MAGISTRATURA-SP-174º CONCURSO) (ADAPTADA) 
13. A emancipação civil, no regime legal ora vigente, 
 
(A) é ato exclusivo dos pais, conjuntamente, ou, na falta de um 
deles, por morte ou interdição, ato do outro genitor, fazendo cessar a 
incapacidade relativa do filho. 
(B) quando outorgada pelos pais, ou por um deles, depende de 
escritura pública. 
(C) depende sempre de decisão judicial. 
(D) pode ser outorgada por escritura pública ou particular. 
COMENTÁRIOS: 
A emancipação por outorga dos pais, ou do outro, na falta de um 
deles, não é a única causa de emancipação prevista no Código Civil. 
Portanto, a alternativa “A” se torna incorreta quando diz que se dá 
exclusivamente por esta forma. Por outorga dos pais, depende de 
escritura pública, estando correta a alternativa “B” e incorreta a 
alternativa “D”. Também a alternativa “C” é incorreta porque nem 
sempre depende a emancipação de decisão judicial, mas apenas para 
o menor submetido à tutela. 
(TRT-9ª. REGIÃO-ANALISTA JUDICIÁRIO) 
14. Em relação ao domicílio civil da pessoa natural pode-se 
afirmar que: 
a) se a pessoa possui várias residências, nenhuma será considerada 
seu domicílio; 
b) muda-se o domicílio com a simples intenção de transferir a 
residência; 
c) se a pessoa possui várias residências, todas serão consideradas 
seus domicílios; 
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d) quando a pessoa não tiver domicílio, considera-se domiciliada na 
zona eleitoral em que esteja registrada; 
COMENTÁRIOS: 
O domicílio é a sede jurídica da pessoa, o lugar onde ela exerce os 
seus direitos e onde é demandada para o cumprimento de suas 
obrigações. 
O art. 70 e ss. do CC vão definir as regras concernentes ao domicílio 
da pessoa natural. 
É possível que a pessoa tenha várias residências, onde 
alternadamente viva, sendo considerado seu domicílio, qualquer delas 
(art. 71). É a chamada pluralidade domiciliar, que é permitida pela 
lei civil. A alternativa “A”, portanto, está incorreta. 
A prova da mudança do domicílio resulta na intenção de mudar. Não 
basta, pois, apenas a transferência de residência, exigindo a lei (art. 
74, caput do CC) o “animus”, a vontade de mudar. Portanto, a 
alternativa “B” está incorreta. 
A questão “C” é a correta, pois o art. 71 do CC é claro ao dispor que: 
“se, porém, a pessoa tiver diversas residências, onde, 
alternadamente, viva, considerar-se-á domicílio seu qualquer delas”. 
A questão “D” procura confundir o candidato ao tratar do domicílio 
eleitoral, que não tem qualquer ligação com o domicílio civil da 
pessoa, já que aquele corresponde ao lugar onde a pessoa exerce os 
seus direitos de cidadania, onde vota. Portanto, está incorreta a 
alternativa “D”. 
(PROCURADOR MUNICIPAL-RECIFE-2003) 
15. O advogado A, que reside permanentemente em Olinda, 
mas mantém escritórios, onde exerce sua profissão, em Recife 
e Petrolina, tem por domicílio, 
 
A) apenas Recife, por ser a Capital do Estado. 
B) apenas Olinda, onde mantém residência com ânimo definitivo. 
C) quanto às relações concernentes à profissão neles praticadas, os 
Municípios de Recife e Petrolina. 
D) Olinda, Petrolina e Recife para quaisquer relações jurídicas, 
indistintamente. 
E) o lugar em que for encontrado, pois se trata de um itinerante. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
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O CC/2002 inovou em relação ao diploma civil anterior, pois previu o 
domicílio profissional, no art. 71, estatuindo que: “É também 
domicílio da pessoa natural, quanto às relações concernentes à 
profissão, o lugar onde esta é exercida”. 
Complementa ainda o parágrafo único do mesmo artigo: “Se a 
pessoa exercitar profissão em lugares diversos, cada um deles 
constituirá domicílio para as relações que lhe correspondam”. 
Da própria dicção legal do artigo referido acima, é possível responder 
à questão proposta. 
A alternativa “A” está incorreta, pois prevê que o domicílio da pessoa 
é apenas Recife. Está incorreta também por prever que será Recife o 
domicílio porque esta é a capital do Estado, previsão que não está 
contida na lei civil. 
A alternativa “B” está também incorreta, porque confunde o domicílio 
voluntário da pessoa, que é o lugar onde ela estabelece a sua 
residência com ânimo definitivo, com o domicílio profissional, que se 
refere à pessoa em suas relações profissionais. 
A questão “C” está integralmente correta, pois como a pessoa 
exercita sua profissão em Recife e Petrolina, ambos serão seu 
domicílio profissional no tocante às suas relações profissionais. 
A alternativa “D” é incorreta, porque Olinda é o domicílio voluntário 
da pessoa, e Recife e Petrolina são os seus domicílios profissionais. 
A alternativa “E” está incorreta, pois só será considerado domicílio o 
lugar onde for encontrada a pessoa se esta não tiver residência 
habitual, o que não corresponde a proposição hipotética formulada. 
 
 
(CÂMARA MUNICIPAL DE GUARULHOS-SP-PROCURADOR-
2002-VUNESP) 
16. Quanto ao domicílio, em nosso sistema legal, 
 
(A) uma pessoa pode ter domicílio sem ter residência. 
(B) o domicílio é todo lugar que a pessoa estabelece sua residência. 
(C) as mulheres casadas possuem o mesmo domicílio do marido. 
(D) a pessoa natural tem um único domicílio pela nossa legislação. 
(E) o funcionário público, no exercício de sua função, não possui 
domicílio voluntário. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
A lei civil prevê a possibilidade da pessoa ter domicílio sem ter 
residência, no art. 73, nos seguintes termos: “Ter-se-á por domicílio 
da pessoa natural, que não tenha residência habitual, o lugar onde 
for encontrada”. Admite-se, portanto, que seja considerado domicílio 
da pessoa o lugar onde ela for encontrada, se não tiver residência 
habitual. É o caso dos itinerantes, viajantes, artistas circenses, 
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ciganos, desde que não possuam residência habitual. A alternativa 
“A” é a correta. 
O conceito de domicílio da pessoa natural é encontrado no art. 70 do 
CC, sendo considerado tal o lugar ondea pessoa estabelece a sua 
residência com ânimo definitivo. Assim, para o estabelecimento do 
domicílio, dois elementos devem estar presentes: o elemento 
objetivo, que é o local onde reside a pessoa, e o elemento subjetivo, 
que é a intenção, o ânimo de permanecer. Não basta apenas ter 
residência, portanto. Assim, se por exemplo eu estou em uma 
determinada cidade, realizando um curso pelo período de três meses, 
e alugo uma casa para lá ficar durante esse período, esse não será 
meu domicílio, porque ausente o ânimo de permanecer. A Alternativa 
“B”, por estar incompleta, já que não se refere ao ânimo de 
permanecer, está incorreta. 
Desde a Constituição Federal de 1988, homens e mulheres passaram 
a ter idênticos direitos e obrigações. Assim, não prevalece mais no 
Código Civil vigente a idéia de subordinação da mulher ao domicílio 
do marido. O domicílio de um, ou de outro, é o do casal. A 
alternativa “C” está, portanto, incorreta. 
A lei civil admite a pluralidade domiciliar, consistente na pessoa ter 
vários domicílios, se tiver várias residências onde alternadamente 
viva. Incorreta a alternativa “D”. 
O domicílio do funcionário público, para as relações concernentes à 
sua função, é o lugar onde permanentemente exercer tal função (art. 
76). Este é o chamado domicílio legal ou necessário, porque imposto 
pela lei. Contudo, para as demais relações jurídicas, que não digam 
respeito à sua função de servidor público, não há qualquer 
impedimento legal que a pessoa tenha domicílio voluntário. A 
alternativa “E” está incorreta. 
 
(IPEM-AP) 
17. A pessoa abaixo tem domicílio necessário, exceto: 
 
(A) o incapaz. 
(B) a pessoa que exercita a profissão em lugares diferentes. 
(C) o marítimo. 
(D) o preso. 
(E) o funcionário público. 
 
COMENTÁRIOS: 
O domicílio legal, ou necessário, é aquele imposto por lei a 
determinadas pessoas. As hipóteses estão previstas no art. 76 do CC. 
O incapaz possui domicílio necessário, que é o de seu representante 
legal. A alternativa “A” está, pois, incorreta. 
A alternativa “B” prevê o chamado domicílio profissional, que é uma 
espécie de domicílio voluntário, sendo como tal considerado, para as 
relações atinentes à profissão, cada lugar onde esta é exercida. Como 
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a questão pede a alternativa que não contempla hipótese de domicílio 
necessário, está é a correta. 
O marítimo, preso e o funcionário público também possuem domicílio 
necessário, que são, respectivamente, o lugar onde o navio estiver 
matriculado, o lugar onde cumpre a sentença, e o lugar onde exerce 
permanentemente as suas funções, tornando incorretas as 
alternativas “C”, “D” e “E”. 
(OAB-RJ-MARÇO/1999) 
18. Assinale a única resposta certa: 1- Quanto ao domicílio 
civil da pessoa natural podemos dizer que: 
(a) Não há qualquer distinção jurídica entre domicílio e residência. 
(b) Domicílio é o lugar do trabalho, portanto diferente de residência. 
(c) É o lugar onde a pessoa estabelece a sua residência com ânimo 
definitivo. 
(d) É o lugar onde a pessoa reside temporariamente. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
Há distinção, sim, entre domicílio e residência. A residência é o lugar 
de morada, onde a pessoa habita. Para que esta seja considerada 
domicílio, há que ser acrescentado o elemento psíquico ou subjetivo: 
o ânimo de permanecer. Estão incorretas as alternativa “A” e “D”, e 
correta a alternativa “C”. 
O lugar onde a pessoa exerce a sua profissão é o chamado domicílio 
profissional, onde responderá pelas relações jurídicas a ela 
concernentes. É diferente de residência, que é o lugar onde a pessoa 
habita, mas não existe apenas o domicílio profissional, sendo certo 
que existe também o domicílio voluntário, tornando incorreta a 
alternativa “B”. 
 
(OAB/SP/125º/2005) 
19. O domicílio, como consagrado pelo Código Civil, 
 
A) é único e consiste no local em que a pessoa estabelece residência 
com ânimo definitivo. 
B) é único e consiste no centro de ocupação habitual da pessoa 
natural. 
C) é considerado o local onde a pessoa exerce sua profissão. Se a 
pessoa exercer a profissão em locais diversos, deverá indicar um local 
específico para todas as relações correspondentes. 
D) pode ser plural, desde que a pessoa tenha diversas residências 
onde alternadamente viva. 
 
COMENTÁRIOS: 
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A lei civil admite a pluralidade domiciliar, quando a pessoa tiver 
várias residências onde alternadamente viva, sendo considerado seu 
domicílio, neste caso, qualquer delas. As alternativas “A” e “B”, 
portanto, estão incorretas, e a “D” correta. 
O domicílio profissional é o lugar onde a pessoa exerce a sua 
profissão, e se esta exercer as suas atividades profissionais em 
diversos lugares, cada um deles será considerado domicílio para as 
relações que lhe correspondam. A alternativa “C” está incorreta 
porque não exige a lei que a pessoa escolha apenas um deles. 
 
(MP-RN) (ADAPTADA) 
20. Em sua parte geral o Código Civil Brasileiro divide as 
pessoas entre naturais e jurídicas. A propósito desse tema, 
julgue as afirmações seguintes atribuindo-lhes V (verdadeiro) 
ou F (falso), assinalando a alternativa que contenha a 
seqüência correta: 
 
I – os que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem a 
necessária prática para os atos da vida civil, os menores de 16 
(dezesseis) anos e os que, ainda por causa transitória, não puderem 
exprimir sua vontade são considerados absolutamente incapazes para 
exercer pessoalmente os atos da vida civil; 
II – os pródigos, os ébrios habituais e os ausentes declarados por ato 
judicial são considerados relativamente incapazes a praticar certos 
atos da vida civil; 
III – as empresas públicas são pessoas jurídicas de direito público, 
enquanto que as sociedades de economia mista e as fundações são 
pessoas jurídicas de direito privado; 
IV – as pessoas jurídicas têm finda a sua existência pela dissolução, 
que pode ocorrer em virtude de ato do Governo; 
V – são pessoas jurídicas de direito público a União, os Estados, o 
Distrito Federal, os Municípios e os Partidos Políticos. 
 
A) V V F V V 
B) V F F V F 
C) F V V F F 
D) F V F F F 
E) V F V F V 
 
COMENTÁRIOS: 
 
São casos de incapacidade absoluta o do enfermo ou deficiente 
mental que não tenha discernimento para a prática dos atos civis, o 
do menor de dezesseis anos, e os que, ainda que por causa 
transitória, não puderem exprimir sua vontade. Portanto, a afirmativa 
I é verdadeira. 
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Os pródigos e os ébrios habituais são relativamente incapazes, mas 
os ausentes não estão mais arrolados no CC/2002 como incapazes, 
de modo que o item II é falso. 
As empresas públicas são pessoas jurídicas cuja criação é autorizada 
por lei, com capital exclusivamente público, para a exploração de 
atividade econômica, tendo personalidade jurídica de direito privado. 
Também as sociedades de economia mista são pessoas jurídicas com 
personalidade de direito privado, cuja criação é autorizada por lei, 
para a exploração de atividade econômica sob a forma de S/A, com 
capital público e de particulares. As fundações, se forem criadas por 
lei, com patrimônio inteiramente público, detêm personalidade 
jurídica de direito público, enquanto que as fundações criadas com 
patrimônio de particulares é de direito privado. O item III é falso. 
Uma das formas de extinção das pessoas jurídicas é pela dissolução, 
que pode ocorrer por ato administrativo, como p.e., a cassação da 
autorização para funcionar. A afirmativa IV é verdadeira. 
As pessoas jurídicas de direito público podem ser: de direito externo,que são os países estrangeiros e as entidades internacionais (ONU, 
OMS, OIT, etc.), regidos pelo direito internacional público, e de 
direito interno, que são a União, os Estados, o Distrito Federal, os 
territórios e os municípios, pertencentes à Administração Direta, e as 
autarquias e fundações públicas, pertencentes à Administração 
Indireta. A Lei 10.825/2003, alterou o art. 44 do Código Civil de 
2002, acrescentando às pessoas jurídicas de direito privado os 
partidos políticos. A afirmativa V é falsa, pois os partidos políticos 
têm personalidade jurídica de direito privado. 
A alternativa correta, portanto, é a letra “B”. 
(OAB-RO-35º CONCURSO) 
21. Quais dos motivos abaixo não é causa de cessação da 
incapacidade civil para os menores. Aponte-o: 
 
a) O nascimento da prole. 
b) O casamento. 
c) O estabelecimento comercial com economia própria. 
d) O exercício do emprego público efetivo. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
O casamento, o estabelecimento comercial com economia própria e o 
exercício de emprego público efetivo estão elencados como causa de 
emancipação no art. 5º do CC. Apenas o nascimento da prole não é 
previsto como hipótese de cessação da incapacidade dos menores. A 
alternativa correta, portanto, é a letra “A”. 
 
 
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(PROCURADORIA/DF/2004) 
 
22. Quanto aos direitos de personalidade, pode-se afirmar: 
 
A) é vedado, seja qual for a hipótese, à pessoa juridicamente capaz, 
dispor gratuitamente de tecidos, órgãos e partes do próprio corpo 
vivo, pois os direitos de personalidade, entre os quais se pode citar a 
integridade física, são irrenunciáveis. 
B) é viável a utilização, por terceiro, da imagem de uma pessoa, 
desde que tal uso não lhe atinja a honra, a boa fama ou a 
respeitabilidade, ou se destine a fins comerciais. 
C) os direitos de personalidade, além de irrenunciáveis, não admitem 
limitações voluntárias, razão pela qual o Ordenamento Jurídico Pátrio 
permite que um filho, seja ele capaz ou incapaz, seja reconhecido 
pelo verdadeiro pai ainda que não almeje tal reconhecimento. 
D) embora o nome de uma pessoa goze de proteção legal, o mesmo 
não se dá quanto ao pseudômino utilizado em atividades lícitas. 
E) apenas o titular do direito de personalidade pode exigir que cesse 
a ameaça, ou a lesão, a direito da personalidade, e reclamar perdas e 
danos, sem prejuízo de outras sanções previstas em lei, sendo 
vedado a qualquer outra pessoa levar a efeito tais medidas, ainda 
que o titular do direito de personalidade já tenha falecido. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
Um dos direitos de personalidade previstos no CC/2002 é o direito de 
dispor do próprio corpo. Contudo, tal direito se submete a limitações 
estabelecidas pela própria lei civil, que no art. 13 proíbe o ato de 
disposição do próprio corpo, quando importar diminuição permanente 
da integridade física, ou contrariar os bons costumes. 
Essa restrição, contudo, encontra temperamentos, pois o parágrafo 
único do art. 13 permite o ato para fins de transplante, na forma 
estabelecida em lei (Lei 9.434/97). 
Complementando, o art. 14 legitima a disposição do próprio corpo, no 
todo ou em parte, desde que com objetivo científico ou altruístico, 
para depois da morte. 
Assim, é permitida a disposição para fins de transplante, desde que 
gratuitamente, assim como também se permite a doação “post 
mortem”. 
A alternativa “A”, portanto, está incorreta, porque fala que é vedada, 
em qualquer hipótese, já que a própria lei contém exceções. 
Um outro direito de personalidade tratado no Código Civil é o direito à 
imagem, previsto no art. 20. Salvo as exceções legais, a imagem de 
uma pessoa só pode ser utilizada por terceiro para fins comerciais 
havendo autorização do titular, e se não lhe atingir a honra, a boa 
fama ou a respeitabilidade. Está correta a alternativa “B”. 
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Os direitos de personalidade caracterizam-se pela irrenunciabilidade, 
intransmissibilidade e pela impossibilidade de limitação voluntária,. 
Contudo, o art. 20 faz a ressalva: “Com exceção dos casos previstos 
em lei”. Portanto, a própria lei permite a limitação voluntária aos 
direitos de personalidade, como é o caso do filho maior de idade, que 
pode opor-se ao reconhecimento pelo pai. Incorreta, portanto, a 
alternativa “C”. 
Assim como o nome, o pseudônimo de uma pessoa é igualmente 
protegido, desde que utilizado em atividades lícitas, como prevê o 
art. 19. Incorreta, com efeito, a alternativa “D”. 
A proteção aos direitos de personalidade dá-se, a princípio, pelo 
próprio titular do direito ofendido, mas a lei civil legitima também, em 
se tratando de morto ou ausente, que a proteção contra ameaça ou 
agressão a direito de personalidade do falecido ou ausente seja 
requerida pelo “cônjuge sobrevivente, ou qualquer parente em linha 
reta, ou colateral até o 4º grau” (art. 12, parágrafo único). A 
alternativa “E” está incorreta. 
 
23. (DELEGADO-POLÍCIA CIVIL-GO-2003) 
O novo Código Civil preceitua no seu art. 12, que “se pode 
exigir que cesse a ameaça ou a lesão, a direito da 
personalidade, e reclamar perdas e danos, sem prejuízo de 
outras sanções previstas em lei”. 
Em caso de morte, tem legitimação para requerer a medida 
prevista no artigo citado: 
 
a) o cônjuge sobrevivente e os demais descendentes. 
b) o cônjuge sobrevivente, qualquer parente em linha reta e colateral 
até o terceiro grau. 
c) o cônjuge sobrevivente, qualquer parente em linha reta e colateral 
até quarto grau. 
d) o cônjuge sobrevivente, qualquer parente em linha reta e o 
colateral em segundo grau. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
A legitimação para requerer a proteção aos direitos de personalidade 
de pessoa já falecida ou ausente é estendida ao cônjuge 
sobrevivente, qualquer parente em linha reta, ou colateral até o 
quatro grau, como prevê o art. 20, parágrafo único do Código Civil. 
A alternativa correta, portanto, é a letra “C”. 
 
(PROMOTOR DE JUSTIÇA/MA/2004 
24. Assinale a alternativa incorreta. 
 
A) Serão registrados em registro público: I - os nascimentos, 
casamentos e óbitos; II - a emancipação por outorga dos pais ou por 
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sentença do juiz; III - a interdição por incapacidade absoluta ou 
relativa; IV - a sentença declaratória de ausência e de morte 
presumida. 
B) Com exceção dos casos previstos em lei, os direitos da 
personalidade são transmissíveis e irrenunciáveis, podendo o seu 
exercício sofrer limitação voluntária. 
C) Pode-se exigir que cesse a ameaça, ou a lesão, a direito da 
personalidade, e reclamar perdas e danos, sem prejuízo de outras 
sanções previstas em lei. 
D) Salvo por exigência médica, é defeso o ato de disposição do 
próprio corpo, quando importar diminuição permanente da 
integridade física, ou contrariar os bons costumes. 
E) Toda pessoa tem direito ao nome, nele compreendidos o prenome 
e o sobrenome. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
O art. 9º do CC contempla as hipóteses de registro, indicadas 
corretamente na alternativa “A”. 
O art. 11 do CC prevê que os direitos de personalidade, salvo nas 
exceções legais, são intransmissíveis e irrenunciáveis, não podendo o 
seu exercício sofrer limitação voluntária. A alternativa incorreta, a ser 
marcada, é a “B”. 
Os direitos de personalidade gozam de proteção jurídica na medida 
em que o art. 12 autoriza que se requeira “que cesse a ameaça, ou a 
lesão, a direito de personalidade, e reclamar perdas e danos, sem 
prejuízo de outras sanções previstas em lei”. Correta está a 
alternativa “C”. 
O art. 13 prevê que “salvo por exigência médica, é defeso o ato de 
disposição do próprio corpo,quando importar diminuição permanente 
da integridade física, ou contrariar os bons costumes”, 
correspondendo à hipótese da letra “D”, que está correta. 
Ao dispor sobre o direito ao nome, como espécie de direito de 
personalidade, o art. 12 do CC estabelece que “toda pessoa tem 
direito ao nome, nele compreendidos o prenome e o sobrenome”. A 
alternativa “E”, pois, está correta. 
 
(ADVOGADO-ELETRONORTE-2005) 
25. A Parte Geral do Código Civil normatiza os Direitos da 
Personalidade em capítulo próprio. Quanto a esses direitos, é 
correto afirmar que: 
 
A) a exigência de cessar ameaça ou lesão aos Direitos da 
Personalidade somente é concebível com referência a pessoa viva; 
B) são intransmissíveis e irrenunciáveis, não podendo o seu exercício 
sofrer limitação voluntária, salvo previsão legal; 
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C) é válida a disposição onerosa do próprio corpo, no todo ou em 
parte, para depois da morte; 
D) o nome da pessoa não pode ser empregado por outrem em 
publicações que a exponham ao desprezo público, salvo ausência de 
intenção difamatória; 
E) ninguém pode ser constrangido a submeter-se a intervenção 
cirúrgica, salvo com risco de vida. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
O direito de exigir que cesse a ameaça ou lesão a direito de 
personalidade, em se tratando de morto ou ausente, transmite-se ao 
cônjuge sobrevivente ou a qualquer parente em linha reta, ou 
colateral até o quatro grau. A alternativa “A” está incorreta. 
Os direitos de personalidade, regra geral, são intransmissíveis e 
irrenunciáveis, não podendo o seu exercício sofrer limitação 
voluntária, salvo nos casos excepcionados por lei (art. 11 do CC). A 
alternativa “B” está correta. 
A disposição do próprio corpo, post mortem, só é válida se feita 
gratuitamente (art. 14, caput, do CC), tornando incorreta a 
alternativa “C”. 
O nome de uma pessoa não pode ser usado por terceiros em 
publicações que a exponham ao desprezo público, ainda que não 
haja intenção difamatória. (art. 17 do CC). A alternativa “D” está 
incorreta. 
Ninguém pode ser obrigado a se submeter a tratamento médico ou 
intervenção cirúrgica, ainda que com risco de vida. (art. 15 do 
CC). A alternativa “E” está incorreta. 
 
(VUNESP)(TRF-ANALISTA JUDICIÁRIO-EXECUÇÃO DE 
MANDADOS-CE) 
 
26. Os Territórios Federais integram: 
 
(A) a União. 
(B) os Estados. 
(C) os Municípios. 
(D) as Capitais dos Estados. 
(E) a Capital Federal. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
Os territórios federais são previstos no Código Civil (art. 41, II) como 
pessoas jurídicas de direito público. Integram a União, sendo 
considerados como autarquias desta. A alternativa correta é, pois, a 
“A”. 
 
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(OAB/SP/125º/2005) 
27. No que diz respeito às pessoas jurídicas, é INCORRETO 
afirmar: 
 
A) As pessoas jurídicas de direito público são civilmente responsáveis 
pelos atos de seus agentes que nessa qualidade causem danos a 
terceiros, ressalvado direito regressivo contra os causadores do dano, 
se houver, por parte destes, culpa ou dolo. 
B) Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito público 
com a inscrição do ato constitutivo no registro pertinente, decaindo 
em cinco anos o direito do particular interessado pleitear a anulação 
de seus atos constitutivos. 
C) São pessoas jurídicas de direito público externo os Estados 
estrangeiros e todas as pessoas que forem regidas pelo direito 
internacional público. 
D) Obrigam a pessoa jurídica os atos dos administradores, exercidos 
nos limites de seus poderes definidos no ato constitutivo. 
COMENTÁRIOS: 
A responsabilidade civil objetiva das pessoas jurídicas de direito 
público já estava prevista na Constituição Federal de 1988 (art. 37, § 
6º), tendo sido reproduzida no CC de 2002, no art. 43, que prevê: 
“as pessoas jurídicas de direito público interno são civilmente 
responsáveis por atos dos seus agentes que nessa qualidade causem 
danos a terceiros, ressalvado direito regressivo contra os causadores 
do dano, se houver, por parte destes, culpa ou dolo”. A alternativa 
“A” está correta. 
As pessoas jurídicas de direito público são criadas por lei, a partir de 
quando adquirem personalidade jurídica. O registro do ato 
constitutivo no órgão competente, para a aquisição da personalidade 
jurídica, é exigido apenas para as pessoas jurídicas de direito privado 
(art. 45 do CC). No caso destas, o prazo decadencial para se pleitear 
a anulação do ato constitutivo é de três anos (art. 45, parágrafo 
único do CC). A alternativa “B” está integralmente incorreta, devendo 
ser a assinalada. 
As pessoas jurídicas de direito público externo estão previstas no art. 
42 do CC, e são os Estados estrangeiros e as demais pessoas que 
forem regidas pelo Direito Internacional Público. A alternativa “C” 
está correta. 
Os atos praticados pelos administradores de pessoa jurídica, desde 
que exercido dentro dos limites conferidos pelo ato constitutivo 
obrigam a pessoa jurídica. Esta só não será responsabilizada se o 
administrador exorbitar de seus poderes, caso em que este 
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responderá pessoalmente pelos atos praticados. A alternativa “D” 
está correta. 
(ESAF/AFTN/98) 
28. O Instituto Nacional do Seguro Social - INSS é 
a) pessoa jurídica de direito público interno de administração indireta 
b) pessoa jurídica de direito público interno de administração direta 
c) associação 
d) pessoa jurídica de direito privado 
e) fundação particular 
COMENTÁRIOS: 
 
As pessoas jurídicas de direito público interno subdividem-se em: da 
administração direta e da administração indireta. São da 
administração direta: a União, os Estados, o Distrito Federal, os 
Territórios e os Municípios. Da administração indireta fazem parte as 
autarquias e demais entidades de caráter público criadas por lei. 
O INSS é uma autarquia, que caracteriza-se por ser pessoa jurídica 
de direito público interno, da administração indireta, criada por lei, 
com capital e patrimônio exclusivamente do Estado, para a execução 
de serviços públicos típicos, outorgados pelo Estado, com capacidade 
de auto governo e orçamento próprio. 
A alternativa correta é a letra “A”. 
(CESPE/TCU/95) (ADAPTADA) 
29. Há pessoas jurídicas no Direito brasileiro: 
(1) que não são uma unidade de pessoas naturais, com vistas à 
consecução de certos objetivos, reconhecidas pela ordem jurídica 
como sujeitos de direitos e de obrigações. 
(2) que, assim como as pessoas físicas, possuem nacionalidade e 
domicílio. 
(3) cuja personalidade não se adquire com o registro público de seus 
atos constitutivos. 
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(4) que, assim como as pessoas físicas, estão sujeitas a morte 
natural. 
COMENTÁRIOS: 
A questão exige que se analise cada alternativa, atribuindo C ou E 
para cada uma delas. 
As pessoas jurídicas são doutrinariamente classificadas, quanto à sua 
estrutura, em universitas personarum (união de pessoas para a 
consecução de finalidades comuns) ou universitas bonorum (união de 
bens, de patrimônio). As fundações fazem parte desta última 
categoria, já que é pessoa jurídica composta pela organização de um 
patrimônio instituído com destinação específica. É pois, um acervo de 
bens, e não uma união de pessoas. Assim, o item 1 está certo, pois 
há determinadas pessoas jurídicas que não constituem uma união de 
pessoas, e sim um acervo de bens. 
As pessoas jurídicas, assim como as pessoas naturais, possuem 
domicílio e nacionalidade,tornando certo o item 2. 
As pessoas jurídicas de direito público são criadas por lei, a partir de 
quando passam a ter personalidade jurídica. O registro do ato 
constitutivo no órgão competente é exigido para as pessoas jurídicas 
de direito privado. Certo o item 3. 
A existência da pessoa natural termina com a morte (real ou 
presumida). Os fatores que fazem cessar a existência da pessoa 
jurídica são outros, tais como pela vontade dos membros, por lei, 
pela dissolução judicial, pelo término do prazo de duração quando 
constituída por prazo determinado, etc. O item 4 está errado. 
(OAB-RO-36º CONCURSO) 
30. Marque a alternativa INCORRETA. Quanto às pessoas 
jurídicas, o domicílio é: 
 
a) Da União, o Distrito Federal; 
b) Dos Estados e Territórios, a sede da Procuradoria; 
c) Do município, o lugar onde funcione a administração municipal; e, 
d) Das demais pessoas jurídicas, o lugar onde funcionarem as 
respectivas diretorias e administrações, ou onde elegerem domicílio 
especial no seu estatuto ou atos constitutivos. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
Assim como as pessoas naturais, as pessoas jurídicas também 
possuem domicílio. Como são sujeitos de direitos e obrigações, o 
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domicílio será o lugar onde irá exercer tais direitos e responder por 
suas obrigações. 
No caso da União, o seu domicílio é o Distrito Federal (art. 75, I do 
CC). Correta a alternativa “A”. 
O domicílio dos municípios é o lugar onde funciona a administração 
municipal (art. 75, III). Correta a alternativa “C”. 
O domicílio das demais pessoas jurídicas, segundo o art. 75, IV, é o 
lugar onde funcionarem as respectivas diretorias e administrações, ou 
onde elegerem domicílio especial no seu estatuto ou atos 
constitutivos, e, ainda segundo o § 1º do art. 75, em caso da pessoa 
jurídica ter vários estabelecimentos em lugares diversos, cada um 
deles será considerado domicílio para os atos neles praticados. 
Correta a alternativa “D”. 
O domicílio dos Estados e Territórios são as respectivas capitais, e 
não a sede da Procuradoria. A alternativa “B”, pois, é a incorreta, a 
ser assinalada. 
 
(OAB-RO-34º CONCURSO) 
31. Acerca da desconsideração da personalidade da pessoa 
jurídica, analise a opção incorreta. 
 
A - é admitida em nosso ordenamento jurídico. 
B - tem natureza objetivista. 
C - o Código Civil de 1916 não tratava expressamente do tema. 
D - o Juiz, ante a caracterização do desvio de finalidade, pode decidir 
de ofício. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
A partir da aquisição da personalidade jurídica, esta passa a ser 
pessoa distinta das pessoas dos membros que a compõem, havendo, 
inclusive, separação patrimonial. Assim é que, regra geral, pelas 
dívidas da pessoa jurídica o próprio patrimônio desta é que irá 
responder, e não o patrimônio pessoal das pessoas naturais que a 
compõem. O patrimônio da pessoa jurídica e das pessoas naturais 
que a compõem não se confunde. Este, pois, o principal efeito 
decorrente da personalidade civil da pessoa jurídica. 
Em algumas situações extremas, contudo, permite-se que os efeitos 
de certas obrigações da pessoa jurídica sejam estendidos aos bens 
particulares dos seus sócios ou administradores. É a chamada 
desconsideração da personalidade jurídica. 
Esse instituto teve origem no ordenamento jurídico pátrio no Código 
de Defesa do Consumidor (art. 28) que permitiu a desconsideração 
da pessoa jurídica quando esta esteja sendo utilizada em prejuízo do 
consumidor. O CC de 1916 não previu idêntico dispositivo, tendo sido 
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este implementado, originariamente, no Código Civil de 2002 (art. 
50). 
É portanto, admitida em nosso ordenamento jurídico. Corretas as 
alternativas “A” e “C”. Tem natureza objetiva, porque independe de 
comprovação de má-fé, estando igualmente correta a alternativa “D”. 
Contudo, a sua declaração pelo juiz não pode ser feita de ofício, sem 
provocação da parte interessada, dependendo de requerimento da 
parte ou do Ministério Público, quando lhe couber intervir no 
processo, estando incorreta a alternativa “D”, que deve ser 
assinalada. 
 
(PROCURADORIA ESTADUAL/PE/2004) 
32. A desconsideração da pessoa jurídica, para que os efeitos 
de certas e determinadas relações de obrigações sejam 
estendidos aos bens de seus administradores ou sócios, é ato: 
 
A) privativo do Juiz, a requerimento da parte, ou do Ministério Público 
quando lhe couber intervir no processo, se caracterizado desvio de 
finalidade ou ocorrer confusão patrimonial. 
B) que o Juiz pode praticar de ofício, sempre que houver 
encerramento irregular do estabelecimento comercial a fim de que os 
credores privilegiados recebam seus créditos. 
C) que pode ser praticado de ofício pela autoridade administrativa ou 
pelo Juiz, a requerimento da parte, ou do Ministério Público quando 
lhe couber intervir no processo, se caracterizado desvio de finalidade 
ou se verificar confusão patrimonial. 
D) privativo do Ministério Público, se verificada fraude contra 
credores, a requerimento dos credores privilegiados. 
E) que pode ser praticado pelo Juiz, por qualquer autoridade 
administrativa ou pelo Ministério Público, sempre que se verificar 
abuso da personalidade da pessoa jurídica em proveito de seus 
administradores ou sócios, com prejuízo para os credores em virtude 
de decretação de falência ou insolvência. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
O art. 50 do CC dispõe que: “Em caso de abuso da personalidade 
jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade, ou pela confusão 
patrimonial, pode o juiz decidir, a requerimento da parte, ou do 
Ministério Público quando lhe couber intervir no processo, que os 
efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam 
estendidos aos bens particulares dos administradores ou sócios da 
pessoa jurídica”. 
A desconsideração da personalidade jurídica é, portanto, ato 
exclusivo do juiz, mas depende de requerimento da parte ou do MP, 
se caracterizado o desvio de finalidade ou confusão patrimonial, 
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estando correta a alternativa “A” e incorretas todas as demais, 
porque nelas existe a errônea previsão de outros legitimados para 
decretar a desconsideração. 
 
(MINISTÉRIO PÚBLICO-RS-LX CONCURSO) 
33. Assinale a alternativa CORRETA: 
 
(A) Os estatutos da fundação podem ser reformados, desde que a 
reforma seja deliberada pela maioria simples daqueles que detêm o 
poder de gestão e representação da entidade e que ocorra a 
subseqüente aprovação do Ministério Público. 
(B) Uma vez materializada a dotação por ato "inter vivos" ou por 
ato "causa mortis”, não se admite a revogabilidade da instituição. 
(C) A fundação pode nascer de um ato "causa mortis", qualquer que 
seja a modalidade de testamento (público, cerrado ou particular) 
usada pelo instituidor. 
(D) A minoria vencida na modificação dos estatutos poderá, dentro 
de um ano, promover a extinção judicial da fundação. 
(E) Verificado ser nociva, ou impossível, a mantença de uma 
fundação, ou vencido o prazo de sua existência, o patrimônio, salvo 
disposição em contrário no ato constitutivo ou nos estatutos, será 
restituído ao instituidor ou seus herdeiros. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
A fundacão privada pode ser criada por escritura pública ou por 
testamento. A lei não faz exigência quanto à modalidade deste, o que 
implica dizer que o testamento pode ser público, particular ou 
cerrado. Correta a alternativa “C”. 
Se a constituição da fundação se der por ato inter vivos – escritura 
pública – não pode haver revogação, prevendo o art. 64 do CC, 
inclusive, que o instituidor é obrigado atransferir a propriedade dos 
bens sob pena de, não o fazendo, serem registrados em nome da 
fundação por determinação judicial. Se instituída por testamento, o 
ato de liberalidade mortis causa pode ser revogado a qualquer tempo. 
Incorreta a alternativa “B”. 
Para que ocorra a alteração no estatuto da fundação, mister que a 
reforma seja deliberada por 2/3 dos componentes para gerir e 
representar a fundação; não contrarie ou desvirtue as suas 
finalidades institucionais; seja aprovada pelo MP ou, caso haja 
denegação deste, por suprimento judicial, a requerimento do 
interessado (art. 67 do CC). Incorreta a alternativa “A”. 
A minoria vencida na reforma do estatuto da fundação poderá 
impugná-la em 10 (dez) dias após a sua ciência da aprovação (art. 
68 do CC). Incorreta a alternativa “D”. 
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Em caso de extinção da fundação, o seu patrimônio será incorporado, 
salvo disposição em contrário no próprio ato constitutivo, ou no 
estatuto, em outra fundação, designada pelo juiz, que se proponha a 
fim igual ou semelhante (art. 69 do CC). Incorreta a alternativa “E”. 
 
34. Têm personalidade jurídica privada: 
 
(A))as sociedades de economia mista e os partidos políticos. 
(B) o condomínio em edificações e a sociedade de fato. 
(C) as autarquias e as fundações. 
(D) as empresas públicas e as autarquias. 
(E) o condomínio regulado pelo Código Civil e as fundações instituídas 
por pessoa física mediante escritura pública. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
O condomínio não é considerado pela lei pessoa jurídica, detendo 
apenas legitimidade processual. As sociedades de fato, por nao 
registrarem os seus atos constitutivos no órgão competente, não têm 
personalidade jurídica. Incorreta a alternativa “B”. 
As autarquias são pessoas jurídicas de direito público. Incorreta a 
alternativa “C”. 
As empresas públicas têm personalidade jurídica de direito privado, 
as não as autarquias. Incorreta a alternativa “D”. 
As fundações instituídas por particular mediante escritura pública tem 
personalidade jurídica de direito privado, mas não o condomínio, que 
não é considerado pessoa jurídica pela lei. Incorreta a alternativa “E”. 
As sociedades de economia mista são pessoas jurídicas de direito 
privado, assim como os partidos políticos. Correta a alternativa “A”. 
 
(CESGRANRIO-ANALISTA TÉCNICO JURÍDICO-SECAD-TO-
2004) 
35. Assinale a opção que apresenta pessoa jurídica de direito 
privado. 
 
(A) Organização das Nações Unidas. 
(B) INSS. 
(C) Partidos Políticos. 
(D) Estados. 
(E) Autarquias. 
 
COMENTÁRIOS: 
O art. 42 do CC declara que são pessoas jurídicas de direito público 
externo os países estrangeiros e as demais pessoas jurídicas que 
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forem regidas pelo Direito Internacional Público. A ONU, portanto, é 
pessoa jurídica de Direito Público Externo. Incorreta a alternativa “A”. 
O INSS é pessoa jurídica de direito público interno da administração 
indireta, sendo uma autarquia federal. Incorreta a alternativa “B”. 
A Lei 10823/2003 acrescentou o inc. V ao art. 41 do Código Civil, 
para incluir os partidos políticos dentre as pessoas jurídicas de Direito 
Privado. Correta a alternativa “C”. 
Os Estados são pessoas jurídicas de direito público interno da 
administração direta (art. 41, II do CC). Incorreta a alternativa “D”. 
As autarquias são pessoas jurídicas de direito público interno da 
administração indireta (art. 41, IV do CC). Incorreta a alternativa “E”. 
 
(DELEGADO DE POLÍCIA/MG/2001) (ADAPTADA) 
36. Assinale a opção correta. 
 
A) as associações de utilidade pública e as fundações são pessoas de 
direito público interno. 
B) a sociedade simples é pessoa jurídica de direito público interno e 
sua existência legal começa com seu registro na Junta Comercial. 
C) a sociedade simples é pessoa jurídica de direito público interno e 
sua existência legal começa com o seu cadastramento na repartição 
fiscal. 
D) a sociedade simples é pessoa jurídica de direito privado e sua 
existência legal começa com a integralização de seu capital. 
E) a sociedade civil é pessoa jurídica de direito privado e sua 
existência legal começa com registro de seu ato constitutivo no 
registro que lhe é peculiar. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
As associações e fundações são pessoas jurídicas de direito privado, 
como prevê o art. 44, I e III do CC. Incorreta a alternativa “A”. 
As sociedades (simples e empresárias) são pessoas jurídicas de 
direito privado (art. 44, II do CC). No caso das sociedades simples, a 
aquisição de sua personalidade dá-se através do registro no órgão 
competente (art. 45 do CC), quando passa a existir legalmente. 
Portanto, incorretas as alternativas “B”, “C” e “D”. O registro na Junta 
Comercial só é exigido para as sociedades empresárias. 
A alternativa “E” está integralmente correta. 
 
(DELEGADO DE POLÍCIA/MG/2001) (ADAPTADA) 
37. Assinale a opção correta. A Fundação: 
 
A) só pode ser criada por lei. 
B) só pode ser criada através de contrato firmado entre os 
interessados. 
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C) pode ser criada através de escritura pública, devendo o seu 
instituidor especificar o fim a que se destina e a maneira de 
administrá-la. 
D) pode ser criada através de escritura pública ou testamento, 
devendo o seu instituidor especificar o fim a que se destina e a 
maneira de administrá-la. 
E) pode ser criada através de escritura pública ou testamento, 
devendo seu instituidor especificar o fim a que se destina, e declarar, 
se quiser, a maneira de administrá-la. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
A fundação privada pode ser criada por escritura pública ou por 
testamento (art. 62, 1ª parte, do CC). Portanto, incorretas as 
alternativas “A” e “B”. 
No ato constitutivo, o instituidor deverá especificar o fim a que se 
destina, mas é facultativa a indicação do modo de administrá-la (art. 
62, 2ª parte, do CC). Incorretas as alternativas “C” e “D” e correta a 
alternativa “E”. 
 
 
QUESTÕES APRESENTADAS 
 
(CAERD-RO-2002-TÉCNICO) (ADAPTADA) 
01. São relativamente incapazes em relação a certos atos da
vida civil: 
 
f) os menores de dezesseis anos, os pródigos e os excepcionais
sem desenvolvimento completo; 
g) os silvícolas, os pródigos e os maiores de dezesseis e menores
de dezoito anos; 
h) os que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir a
sua vontade e os que, por enfermidade ou doença mental, não
tiverem o necessário discernimento para a prática desses atos; 
i) os ausentes, declarados tais por ato do juiz, os maiores de
dezesseis e menores de dezoito anos e os pródigos; 
j) os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos, os ébrios
habituais, os viciados em tóxicos e os pródigos. 
 
(OAB-RO-ABRIL/2004-34º CONCURSO) 
02. Ao afirmar que uma pessoa é absolutamente incapaz para 
exercer os atos da vida civil, estamos reconhecendo as suas 
falta de capacidade jurídica. Para suprir esta incapacidade, 
esta pessoa deverá ser: 
 
a) Representada. 
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b) Assistida. 
c) Substituída. 
d) Excluída. 
 
(OAB-RO-ABRIL/2004-34º CONCURSO) 
03. A respeito da capacidade civil, pode-se afirmar que: 
 
a) Os absolutamente incapazes devem ser representados e os 
relativamente incapazes devem, em regra, ser assistidos; 
b) Os menores de dezesseis anos são absolutamente incapazes; 
c) A prática de ato pelo absolutamente incapaz redunda em sua 
nulidade; 
d) Todas as alternativas estão corretas. 
 
(OAB/SP/125º/2005) 
04. São absolutamente incapazesos menores de: 
 
A) 16 anos; os ausentes; os que não puderem exprimir sua vontade, 
em razão de causa permanente. 
B) 18 anos; os que, por enfermidade ou deficiência mental, não 
tiverem o necessário discernimento para os atos da vida civil; os 
excepcionais, sem desenvolvimento mental completo. 
C) 16 anos; os que, por enfermidade ou deficiência mental, não 
tiverem necessário discernimento para os atos da vida civil; os que, 
mesmo por causa transitória, não puderem exprimir sua vontade. 
D) 16 anos; os ébrios habituais; os pródigos; os toxicômanos. 
 
(OAB-RO-30º CONCURSO) (ADAPTADA) 
05. De acordo com o Código Civil vigente, assinale a 
alternativa correta: 
 
A - São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da 
vida civil os menores de 18 anos, os pródigos e que, mesmo por 
causa transitória, não puderem exprimir sua vontade. 
B - São capazes, relativamente a certos atos ou à maneira de os 
exercer, os maiores de 14 e menores de 18 anos, os ausentes e os 
silvícolas. 
C - Aos 16 anos completos acaba a menoridade, ficando habilitado o 
indivíduo para todos os atos da vida civil. 
D - Se dois ou mais indivíduos falecerem na mesma ocasião, não se 
podendo averiguar se algum dos comorientes precedeu aos outros, 
presumir-se-ão simultaneamente mortos. 
 
06. São absolutamente incapazes, exceto: (ADAPTADA) 
 
A - ausentes. 
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B - os menores de 16 anos. 
C – os que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir sua 
vontade. 
D - os enfermos que não tiverem o necessário discernimento para a 
prática de atos da vida civil. 
 
(TRT-9ª. REGIÃO-ANALISTA JUDICIÁRIO) (ADAPTADA) 
07. São absolutamente incapazes: 
a) os maiores de dezesseis anos e os menores de dezoito anos de 
idade; 
b) os pródigos; 
c) os surdos-mudos que não puderem exprimir a sua vontade; 
d) os silvícolas; 
e) os menores que colarem grau em curso de ensino superior. 
(DELEGADO-POLÍCIA CIVIL-GO-2003) 
08. Em tema de morte presumida, é CORRETO afirmar: 
 
a) Sem decretação de ausência, não pode ser declarada a morte 
presumida. 
b) Somente pode ser declarada a morte presumida após decorridos 
dois anos da decretação da ausência. 
c) Se a pessoa estava em perigo de vida, a morte presumida pode 
ser declarada após um ano da decretação da ausência. 
d) Pode ser declarada a morte presumida sem a decretação de 
ausência. 
09. O negócio jurídico praticado pelo absolutamente incapaz, 
sem a devida representação, será: 
a) nulo 
b) anulável 
c) nulo se lhe causar prejuízo aparente 
d) anulável se envolver quantia de relativa monta 
e) nulo se não houver autorização expressa do juiz, ouvido o 
Ministério Público. 
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(ICMS-2000-MS) (ADAPTADA) 
10. Os menores de 16 anos, os pródigos, os viciados em 
tóxicos e os que mesmo por causa transitória, nao puderem 
exprimir sua vontade, são, respectivamente: 
A) Relativamente incapazes, absolutamente incapazes, relativamente 
incapazes e absolutamente incapazes 
B) Absolutamente incapazes, relativamente incapazes, relativamente 
incapazes e absolutamente incapazes 
C) Relativamente incapazes, relativamente incapazes, absolutamente 
incapazes e relativamente incapazes 
D)Absolutamente incapazes, absolutamente incapazes, 
absolutamente incapazes e relativamente incapazes. 
(MP-PROCURADOR FEDERAL-12ª-2003) 
11. A Doação feita a nascituro: 
 
A) É válida, mas ineficaz; 
B) É válida, transmitindo desde logo a propriedade do bem doado; 
C) Fica sujeita a termo; 
D) Fica sujeita a condição. 
(TRT-9ª. REGIÃO-ANALISTA JUDICIÁRIO) (ADAPTADA) 
12. Cessa a incapacidade para os menores: 
a) pelo exercício de qualquer emprego; 
b) pelo exercício da empresa; 
c) pelo estabelecimento civil ou comercial com economia própria pelo 
menor com mais de dezesseis anos; 
d) pela união estável, uma vez que a CF/88 a equiparou ao 
casamento; 
e) pela colação do 2º grau. 
(MAGISTRATURA-SP-174º CONCURSO) (ADAPTADA) 
13. A emancipação civil, no regime legal ora vigente, 
 
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(A) é ato exclusivo dos pais, conjuntamente, ou, na falta de um 
deles, por morte ou interdição, ato do outro genitor, fazendo cessar a 
incapacidade relativa do filho. 
(B) quando outorgada pelos pais, ou por um deles, depende de 
escritura pública. 
(C) depende sempre de decisão judicial. 
(D) pode ser outorgada por escritura pública ou particular. 
(TRT-9ª. REGIÃO-ANALISTA JUDICIÁRIO) 
14. Em relação ao domicílio civil da pessoa natural pode-se 
afirmar que: 
a) se a pessoa possui várias residências, nenhuma será considerada 
seu domicílio; 
b) muda-se o domicílio com a simples intenção de transferir a 
residência; 
c) se a pessoa possui várias residências, todas serão consideradas 
seus domicílios; 
d) quando a pessoa não tiver domicílio, considera-se domiciliada na 
zona eleitoral em que esteja registrada; 
(PROCURADOR MUNICIPAL-RECIFE-2003) 
15. O advogado A, que reside permanentemente em Olinda, 
mas mantém escritórios, onde exerce sua profissão, em Recife 
e Petrolina, tem por domicílio, 
 
A) apenas Recife, por ser a Capital do Estado. 
B) apenas Olinda, onde mantém residência com ânimo definitivo. 
C) quanto às relações concernentes à profissão neles praticadas, os 
Municípios de Recife e Petrolina. 
D) Olinda, Petrolina e Recife para quaisquer relações jurídicas, 
indistintamente. 
E) o lugar em que for encontrado, pois se trata de um itinerante. 
 
(CÂMARA MUNICIPAL DE GUARULHOS-SP-PROCURADOR-
2002-VUNESP) 
16. Quanto ao domicílio, em nosso sistema legal, 
 
(A) uma pessoa pode ter domicílio sem ter residência. 
(B) o domicílio é todo lugar que a pessoa estabelece sua residência. 
(C) as mulheres casadas possuem o mesmo domicílio do marido. 
(D) a pessoa natural tem um único domicílio pela nossa legislação. 
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(E) o funcionário público, no exercício de sua função, não possui 
domicílio voluntário. 
 
(IPEM-AP) 
17. A pessoa abaixo tem domicílio necessário, exceto: 
 
(A) o incapaz. 
(B) a pessoa que exercita a profissão em lugares diferentes. 
(C) o marítimo. 
(D) o preso. 
(E) o funcionário público. 
(OAB-RJ-MARÇO/1999) 
18. Assinale a única resposta certa: 1- Quanto ao domicílio 
civil da pessoa natural podemos dizer que: 
(a) Não há qualquer distinção jurídica entre domicílio e residência. 
(b) Domicílio é o lugar do trabalho, portanto diferente de residência. 
(c) É o lugar onde a pessoa estabelece a sua residência com ânimo 
definitivo. 
(d) É o lugar onde a pessoa reside temporariamente. 
 
(OAB/SP/125º/2005) 
19. O domicílio, como consagrado pelo Código Civil, 
 
A) é único e consiste no local em que a pessoa estabelece residência 
com ânimo definitivo. 
B) é único e consiste no centro de ocupação habitual da pessoa 
natural. 
C) é considerado o local onde a pessoa exerce sua profissão. Se a 
pessoa exercer a profissão em locais diversos, deverá indicar um local 
específico para todas as relações correspondentes. 
D) pode ser plural, desde que a pessoa tenha diversas residências 
onde alternadamente viva. 
 
(MP-RN) (ADAPTADA) 
20. Em sua parte geral o Código Civil Brasileiro divide as 
pessoas entre naturais e jurídicas. A propósito desse tema, 
julgue as afirmações seguintes atribuindo-lhes V (verdadeiro) 
ou F (falso), assinalando a alternativa que contenha a 
seqüência correta: 
 
I – os que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem a 
necessáriaprática para os atos da vida civil, os menores de 16 
(dezesseis) anos e os que, ainda por causa transitória, não puderem 
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exprimir sua vontade são considerados absolutamente incapazes para 
exercer pessoalmente os atos da vida civil; 
II – os pródigos, os ébrios habituais e os ausentes declarados por ato 
judicial são considerados relativamente incapazes a praticar certos 
atos da vida civil; 
III – as empresas públicas são pessoas jurídicas de direito público, 
enquanto que as sociedades de economia mista e as fundações são 
pessoas jurídicas de direito privado; 
IV – as pessoas jurídicas têm finda a sua existência pela dissolução, 
que pode ocorrer em virtude de ato do Governo; 
V – são pessoas jurídicas de direito público a União, os Estados, o 
Distrito Federal, os Municípios e os Partidos Políticos. 
 
A) V V F V V 
B) V F F V F 
C) F V V F F 
D) F V F F F 
E) V F V F V 
(OAB-RO-35º CONCURSO) 
21. Quais dos motivos abaixo não é causa de cessação da 
incapacidade civil para os menores. Aponte-o: 
 
a) O nascimento da prole. 
b) O casamento. 
c) O estabelecimento comercial com economia própria. 
d) O exercício do emprego público efetivo. 
 
(PROCURADORIA/DF/2004) 
 
22. Quanto aos direitos de personalidade, pode-se afirmar: 
 
A) é vedado, seja qual for a hipótese, à pessoa juridicamente capaz, 
dispor gratuitamente de tecidos, órgãos e partes do próprio corpo 
vivo, pois os direitos de personalidade, entre os quais se pode citar a 
integridade física, são irrenunciáveis. 
B) é viável a utilização, por terceiro, da imagem de uma pessoa, 
desde que tal uso não lhe atinja a honra, a boa fama ou a 
respeitabilidade, ou se destine a fins comerciais. 
C) os direitos de personalidade, além de irrenunciáveis, não admitem 
limitações voluntárias, razão pela qual o Ordenamento Jurídico Pátrio 
permite que um filho, seja ele capaz ou incapaz, seja reconhecido 
pelo verdadeiro pai ainda que não almeje tal reconhecimento. 
D) embora o nome de uma pessoa goze de proteção legal, o mesmo 
não se dá quanto ao pseudômino utilizado em atividades lícitas. 
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E) apenas o titular do direito de personalidade pode exigir que cesse 
a ameaça, ou a lesão, a direito da personalidade, e reclamar perdas e 
danos, sem prejuízo de outras sanções previstas em lei, sendo 
vedado a qualquer outra pessoa levar a efeito tais medidas, ainda 
que o titular do direito de personalidade já tenha falecido. 
 
23. (DELEGADO-POLÍCIA CIVIL-GO-2003) 
O novo Código Civil preceitua no seu art. 12, que “se pode 
exigir que cesse a ameaça ou a lesão, a direito da 
personalidade, e reclamar perdas e danos, sem prejuízo de 
outras sanções previstas em lei”. 
Em caso de morte, tem legitimação para requerer a medida 
prevista no artigo citado: 
 
a) o cônjuge sobrevivente e os demais descendentes. 
b) o cônjuge sobrevivente, qualquer parente em linha reta e colateral 
até o terceiro grau. 
c) o cônjuge sobrevivente, qualquer parente em linha reta e colateral 
até quarto grau. 
d) o cônjuge sobrevivente, qualquer parente em linha reta e o 
colateral em segundo grau. 
 
(PROMOTOR DE JUSTIÇA/MA/2004 
24. Assinale a alternativa incorreta. 
 
A) Serão registrados em registro público: I - os nascimentos, 
casamentos e óbitos; II - a emancipação por outorga dos pais ou por 
sentença do juiz; III - a interdição por incapacidade absoluta ou 
relativa; IV - a sentença declaratória de ausência e de morte 
presumida. 
B) Com exceção dos casos previstos em lei, os direitos da 
personalidade são transmissíveis e irrenunciáveis, podendo o seu 
exercício sofrer limitação voluntária. 
C) Pode-se exigir que cesse a ameaça, ou a lesão, a direito da 
personalidade, e reclamar perdas e danos, sem prejuízo de outras 
sanções previstas em lei. 
D) Salvo por exigência médica, é defeso o ato de disposição do 
próprio corpo, quando importar diminuição permanente da 
integridade física, ou contrariar os bons costumes. 
E) Toda pessoa tem direito ao nome, nele compreendidos o prenome 
e o sobrenome. 
 
(ADVOGADO-ELETRONORTE-2005) 
25. A Parte Geral do Código Civil normatiza os Direitos da 
Personalidade em capítulo próprio. Quanto a esses direitos, é 
correto afirmar que: 
 
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A) a exigência de cessar ameaça ou lesão aos Direitos da 
Personalidade somente é concebível com referência a pessoa viva; 
B) são intransmissíveis e irrenunciáveis, não podendo o seu exercício 
sofrer limitação voluntária, salvo previsão legal; 
C) é válida a disposição onerosa do próprio corpo, no todo ou em 
parte, para depois da morte; 
D) o nome da pessoa não pode ser empregado por outrem em 
publicações que a exponham ao desprezo público, salvo ausência de 
intenção difamatória; 
E) ninguém pode ser constrangido a submeter-se a intervenção 
cirúrgica, salvo com risco de vida. 
 
(VUNESP)(TRF-ANALISTA JUDICIÁRIO-EXECUÇÃO DE 
MANDADOS-CE) 
 
26. Os Territórios Federais integram: 
 
(A) a União. 
(B) os Estados. 
(C) os Municípios. 
(D) as Capitais dos Estados. 
(E) a Capital Federal. 
 
(OAB/SP/125º/2005) 
27. No que diz respeito às pessoas jurídicas, é INCORRETO 
afirmar: 
 
A) As pessoas jurídicas de direito público são civilmente responsáveis 
pelos atos de seus agentes que nessa qualidade causem danos a 
terceiros, ressalvado direito regressivo contra os causadores do dano, 
se houver, por parte destes, culpa ou dolo. 
B) Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito público 
com a inscrição do ato constitutivo no registro pertinente, decaindo 
em cinco anos o direito do particular interessado pleitear a anulação 
de seus atos constitutivos. 
C) São pessoas jurídicas de direito público externo os Estados 
estrangeiros e todas as pessoas que forem regidas pelo direito 
internacional público. 
D) Obrigam a pessoa jurídica os atos dos administradores, exercidos 
nos limites de seus poderes definidos no ato constitutivo. 
(ESAF/AFTN/98) 
28. O Instituto Nacional do Seguro Social - INSS é 
a) pessoa jurídica de direito público interno de administração indireta 
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b) pessoa jurídica de direito público interno de administração direta 
c) associação 
d) pessoa jurídica de direito privado 
e) fundação particular 
(CESPE/TCU/95) (ADAPTADA) 
29. Há pessoas jurídicas no Direito brasileiro: 
(1) que não são uma unidade de pessoas naturais, com vistas à 
consecução de certos objetivos, reconhecidas pela ordem jurídica 
como sujeitos de direitos e de obrigações. 
(2) que, assim como as pessoas físicas, possuem nacionalidade e 
domicílio. 
(3) cuja personalidade não se adquire com o registro público de seus 
atos constitutivos. 
(4) que, assim como as pessoas físicas, estão sujeitas a morte 
natural. 
(OAB-RO-36º CONCURSO) 
30. Marque a alternativa INCORRETA. Quanto às pessoas 
jurídicas, o domicílio é: 
 
a) Da União, o Distrito Federal; 
b) Dos Estados e Territórios, a sede da Procuradoria; 
c) Do município, o lugar onde funcione a administração municipal; e, 
d) Das demais pessoas jurídicas, o lugar onde funcionarem as 
respectivas diretorias e administrações, ou onde elegerem domicílio 
especial no seu estatuto ou atos constitutivos. 
 
(OAB-RO-34º CONCURSO) 
31. Acerca da desconsideração da personalidade da pessoa 
jurídica, analise a opção incorreta. 
 
A - é admitida em nosso ordenamento jurídico. 
B - tem natureza objetivista. 
C - o Código Civil de 1916 não tratava expressamentedo tema. 
D - o Juiz, ante a caracterização do desvio de finalidade, pode decidir 
de ofício. 
 
(PROCURADORIA ESTADUAL/PE/2004) 
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32. A desconsideração da pessoa jurídica, para que os efeitos 
de certas e determinadas relações de obrigações sejam 
estendidos aos bens de seus administradores ou sócios, é ato: 
 
A) privativo do Juiz, a requerimento da parte, ou do Ministério Público 
quando lhe couber intervir no processo, se caracterizado desvio de 
finalidade ou ocorrer confusão patrimonial. 
B) que o Juiz pode praticar de ofício, sempre que houver 
encerramento irregular do estabelecimento comercial a fim de que os 
credores privilegiados recebam seus créditos. 
C) que pode ser praticado de ofício pela autoridade administrativa ou 
pelo Juiz, a requerimento da parte, ou do Ministério Público quando 
lhe couber intervir no processo, se caracterizado desvio de finalidade 
ou se verificar confusão patrimonial. 
D) privativo do Ministério Público, se verificada fraude contra 
credores, a requerimento dos credores privilegiados. 
E) que pode ser praticado pelo Juiz, por qualquer autoridade 
administrativa ou pelo Ministério Público, sempre que se verificar 
abuso da personalidade da pessoa jurídica em proveito de seus 
administradores ou sócios, com prejuízo para os credores em virtude 
de decretação de falência ou insolvência. 
 
(MINISTÉRIO PÚBLICO-RS-LX CONCURSO) 
33. Assinale a alternativa CORRETA: 
 
(A) Os estatutos da fundação podem ser reformados, desde que a 
reforma seja deliberada pela maioria simples daqueles que detêm o 
poder de gestão e representação da entidade e que ocorra a 
subseqüente aprovação do Ministério Público. 
(B) Uma vez materializada a dotação por ato "inter vivos" ou por 
ato "causa mortis”, não se admite a revogabilidade da instituição. 
(C) A fundação pode nascer de um ato "causa mortis", qualquer que 
seja a modalidade de testamento (público, cerrado ou particular) 
usada pelo instituidor. 
(D) A minoria vencida na modificação dos estatutos poderá, dentro 
de um ano, promover a extinção judicial da fundação. 
(E) Verificado ser nociva, ou impossível, a mantença de uma 
fundação, ou vencido o prazo de sua existência, o patrimônio, salvo 
disposição em contrário no ato constitutivo ou nos estatutos, será 
restituído ao instituidor ou seus herdeiros. 
 
34. Têm personalidade jurídica privada: 
 
(A))as sociedades de economia mista e os partidos políticos. 
(B) o condomínio em edificações e a sociedade de fato. 
(C) as autarquias e as fundações. 
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(D) as empresas públicas e as autarquias. 
(E) o condomínio regulado pelo Código Civil e as fundações instituídas 
por pessoa física mediante escritura pública. 
 
(CESGRANRIO-ANALISTA TÉCNICO JURÍDICO-SECAD-TO-
2004) 
35. Assinale a opção que apresenta pessoa jurídica de direito 
privado. 
 
(A) Organização das Nações Unidas. 
(B) INSS. 
(C) Partidos Políticos. 
(D) Estados. 
(E) Autarquias. 
 
(DELEGADO DE POLÍCIA/MG/2001) (ADAPTADA) 
36. Assinale a opção correta. 
 
A) as associações de utilidade pública e as fundações são pessoas de 
direito público interno. 
B) a sociedade simples é pessoa jurídica de direito público interno e 
sua existência legal começa com seu registro na Junta Comercial. 
C) a sociedade simples é pessoa jurídica de direito público interno e 
sua existência legal começa com o seu cadastramento na repartição 
fiscal. 
D) a sociedade simples é pessoa jurídica de direito privado e sua 
existência legal começa com a integralização de seu capital. 
E) a sociedade civil é pessoa jurídica de direito privado e sua 
existência legal começa com registro de seu ato constitutivo no 
registro que lhe é peculiar. 
 
(DELEGADO DE POLÍCIA/MG/2001) (ADAPTADA) 
37. Assinale a opção correta. A Fundação: 
 
A) só pode ser criada por lei. 
B) só pode ser criada através de contrato firmado entre os 
interessados. 
C) pode ser criada através de escritura pública, devendo o seu 
instituidor especificar o fim a que se destina e a maneira de 
administrá-la. 
D) pode ser criada através de escritura pública ou testamento, 
devendo o seu instituidor especificar o fim a que se destina e a 
maneira de administrá-la. 
E) pode ser criada através de escritura pública ou testamento, 
devendo seu instituidor especificar o fim a que se destina, e declarar, 
se quiser, a maneira de administrá-la. 
 
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AULA 2 : 
 
DOS BENS 
(AnalistaJudiciário/5º Reg.TRT/06/2003) 
01. Quanto aos bens considerados em si mesmos, têm-se 
como certo que: 
 
A) os acréscimos ou melhoramentos sobrevindos ao bem sem 
intervenção do proprietário consideram-se também benfeitorias. 
B) as ações que asseguram os direitos reais sobre imóveis são 
consideradas bens móveis. 
C) os materiais provenientes da demolição de prédios mantêm sua 
condição de bens imóveis. 
D) enquanto não separados do bem principal, os frutos e produtos 
não podem ser objeto de negócio jurídico. 
E) as energias que tenham valor econômico são consideradas bens 
móveis. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
Benfeitorias é espécie de bem acessório que consiste são obras ou 
despesas realizadas no bem, para conservá-lo ou evitar que se 
deteriore (necessárias), para aumentar ou facilitar o seu uso (úteis) 
ou para simples deleite ou embelezamento (voluptuárias). 
O CC não considera benfeitorias os melhoramentos ou acréscimos 
advindos ao bem sem intervenção do proprietário, possuidor ou 
detentor (art. 97). A alternativa “A” está incorreta. 
De acordo com o art. 80, I do CC, as ações que asseguram direitos 
reais sobre imóveis são consideradas igualmente imóveis para efeitos 
legais. Incorreta a alternativa “B”. 
Tudo que adere ao imóvel, enquanto assim permanecer, será 
também considerado imóvel. Assim as telhas, os tijolos, as janelas, 
etc. Perdem essa qualidade os materiais provenientes da demolição 
de algum prédio, que readquirem o caráter de móveis por 
antecipação (art. 84). Incorreta a alternativa “C”. 
Embora os frutos e produtos sejam considerados bens acessórios em 
relação ao principal, e ter aplicação a regra de que o acessório segue 
o principal, não há impedimento na lei na sua alienação em separado. 
Incorreta, portanto, a alternativa “D”. 
De acordo com o art. 83, I, as energias que tenham valor econômico 
(ex. energia elétrica) são consideradas móveis para efeitos legais. 
Correta está a alternativa “E”. 
 
(Analista Judiciário/4º Reg/2004) 
02. Consideram-se, dentre outros, bens imóveis para os 
efeitos legais: 
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A) tijolos, azulejos e pisos provenientes da demolição de algum 
prédio. 
B) telhas provisoriamente retiradas de um prédio para nele se 
reempregarem. 
C) energias que tenham valor econômico. 
D) direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações. 
E) direitos reais sobre objetos móveis e as ações correspondentes. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
Os materiais provenientes da demolição de algum prédio perdem a 
qualidade de imóveis e adquirem a natureza de móveis por 
antecipação (art. 84). Incorreta a alternativa “A”. 
Não perdem o caráter de imóveis os materiais provisoriamente 
separados de um prédio para nele se reempregarem (art. 81, II). São 
os chamados imóveis por acessão física artificial. Contudo, a 
alternativa “B” está incorreta não porque as telhas não sejam 
imóveis, mas porque a classificação foi errônea, já que estas não são 
consideradas imóveis para os efeitos legais. 
Segundo o art. 83, I, as energiasque tenham valor econômico são 
consideradas móveis para efeitos legais. Incorreta a alternativa “C”. 
Os direitos pessoais de caráter patrimonial e as respectivas ações 
(ex. direitos autorais, propriedade industrial, patentes de invenção, 
ações das companhias e quotas de sociedade) são considerados bens 
móveis para efeitos legais (art. 83, III). Incorreta a alternativa “D”. 
O art. 80, I considera imóveis para efeitos legais os direitos reais 
sobre os imóveis e as ações que lhe correspondam. A alternativa “E” 
é a correta. 
 
(Analista Judiciário/4ºReg./TRT/01) (ADAPTADA) 
03. Para os efeitos legais, é considerado bem móvel: 
 
A) o direito à sucessão aberta. 
B) o direito pessoal sobre bem imóvel. 
C) o penhor agrícola ou industrial. 
D) o direito real sobre objeto móvel. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
O direito à sucessão aberta (herança) é considerado imóvel para 
efeitos legais (art. 80, II), ainda que a herança seja constituída de 
bens móveis. Incorreta a alternativa “A”. 
Os direitos sobre bens imóveis e as ações que o asseguram são 
considerados bens imóveis para efeitos legais (art. 80, I). Incorreta a 
alternativa “B”. 
Embora o penhor seja móvel, porque o CC, art. II prevê que os 
direitos reais sobre objetos móveis (no qual está incluído o penhor) e 
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as ações correspondentes, por lei o penhor agrícola ou industrial 
sujeitam-se à hipoteca, sendo equiparados aos imóveis. Incorreta a 
alternativa “C”. 
Os direitos reais sobre objetos móveis e as ações que lhes asseguram 
são considerados móveis para efeitos legais (art. 83, II). Correta a 
alternativa “D”. 
 
(Analista Judiciário/TRE/BA/ÁreaJudiciária//2003) 
04. NÃO é bem imóvel: 
 
A) bem fungível. 
B) direito à sucessão aberta. 
C) aquele que for incorporado naturalmente ao solo. 
D) direito real sobre imóvel. 
E) aquele que for incorporado artificialmente ao solo. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
Os bens fungíveis são aqueles que podem ser substituídos por outro, 
da mesma espécie, qualidade e quantidade (art. 85). A fungigilidade 
é atributo dos bens móveis. Isso implica dizer que todos os imóveis 
são infungíveis. Não existe bem imóvel fungível. Os móveis é que 
podem ser fungíveis ou infungíveis. Assim, a alternativa “A” é a 
correta. 
O direito à sucessão aberta, de acordo com o art. 80, II, é bem 
imóvel para efeitos legais. Incorreta a alternativa “B”. 
Tudo que se incorporar ao solo, natural ou artificialmente, é 
considerado bem imóvel (art. 79). Incorretas as alternativas “C” e 
“E”. 
Os direitos reais sobre imóveis são igualmente imóveis, para efeitos 
legais (art. 80, I). Incorreta a alternativa “D”. 
 
(Analista Judiciário/4º Reg/2004) 
05. Em razão de obras de restauração de uma igreja, foram 
cuidadosamente retirados da parede azulejos portugueses do 
Século XVIII, para tratamento da umidade e posterior 
recolocação. Durante as obras, enquanto separados do prédio 
da igreja, tais azulejos são bens: 
 
A) móveis, infungíveis e consumíveis. 
B) imóveis, infungíveis e inconsumíveis. 
C) móveis, fungíveis e consumíveis. 
D) imóveis, fungíveis e inconsumíveis. 
E) móveis, fungíveis e inconsumíveis. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
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Tudo que aderir ao imóvel, enquanto assim permanecer, é 
considerado bem imóvel. Não perdem a qualidade de imóveis, ainda 
que temporariamente separados do prédio, os materiais dele 
retirados para nele se reempregarem (art. 81, II). Assim, os azulejos 
são bens imóveis. Incorretas as alternativas “A”, “C” e “E”. 
Os bens infungíveis são aqueles que não podem ser substituídos por 
outro da mesma espécie, qualidade e quantidade (art. 85), por sua 
qualidade ou natureza especial. Naturalmente, azulejos portugueses 
do Século XVIII são bens infungíveis, posto que em caso de 
perecimento, jamais poderiam ser substituídos por outros, em igual 
espécie, qualidade e quantidade. Incorreta a alternativa “E”. 
Os bens consumíveis são aqueles que se destroem com o primeiro 
uso (art. 86) (ex. alimentos). Inconsumíveis, ao revés, são os que 
podem ser utilizados continuamente, reiteradamente, sem que 
percam a sua substância. É o caso dos azulejos. Correta, pois, a 
alternativa “B”. 
 
(Defensoria Pública/CE/2002) 
06. Quanto à utilização dos bens de uso especial é correto 
afirmar: 
 
A) são bens de uso especial aqueles onde estão instalados repartições 
públicas, aqueles utilizados através de permissão de uso e os cedidos 
através de direito real de uso. 
B) são os bens onde estão instaladas as repartições públicas e, como 
regra, o uso que as pessoas podem fazer deles o que corresponda às 
condições de prestação do serviço ali sediado. 
C) são os utilizados por força de enfiteuse ou aforamento. 
D) é de livre utilização por todos. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
Os bens públicos são classificados da seguinte maneira: 
a) de uso comum do povo, que são aqueles que, embora 
pertencentes à pessoa jurídica de Direito Público, seu uso pode ser 
facultado aos particulares, tais como as ruas, os mares, as praças. 
b) de uso especial, que são os edifícios ou terrenos utilizados pelo 
próprio Poder Público, aplicados aos seus serviços ou ao 
estabelecimento da administração federal, estadual, territorial ou 
municipal, incluídos os de suas autarquias. Têm, como o próprio 
nome indica, uma destinação especial. 
c) dominicais ou dominiais, que, por exclusão, correspondem aos 
demais bens da Administração Pública, o patrimônio da pessoa 
jurídica de direito público, como objeto de direito real ou pessoal, tais 
como as terras ocupadas pelos índios, os sítios arqueológicos, as 
estradas de ferro, as terras devolutas, etc. 
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Como a sua destinação é para o uso da própria Administração 
Pública, incorreta é a alternativa “D”. 
Pertencem ao Poder Público e são por ele utilizados para a prestação 
de seus serviços, o que torna incorreta a alternativa “C”, e também a 
alternativa “A”, que prevê que são os cedidos a particulares. 
Correta a alternativa “B”, cujo uso pelos particulares restringe-se às 
condições dos serviços ali prestados. 
 
(DefensoriaPública/CE/2002) 
07. Assinale a alternativa verdadeira: 
 
A) A Praça Clóvis Beviláqua e a Rua Major Facundo são bens de uso 
comum do povo, enquanto o imóvel onde funciona o Hospital Geral 
de Fortaleza é um bem dominical ou dominial. 
B) São bens imóveis por acessão intelectual as máquinas que 
compõem uma indústria; 
C) Os bens públicos são prescritíveis, penhoráveis e sujeitos à 
alienação, eis que pertencem ao Poder Público; 
D) A instituição do bem de família deverá constar de escritura pública 
ou particular, devidamente inscrita no registro de imóveis. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
As praças e as ruas são bens de uso comum do povo (art. 99, I), mas 
o edifício onde funcione as repartições públicas não são bens 
dominicais, e sim bens de uso especial (art. 99, II). Incorreta a 
alternativa “A”. 
Os bens públicos caracterizam-se pela imprescritibilidade (não podem 
ser adquiridos por usucapião), impenhoráveis (não se sujeitam à 
penhora por dívidas judiciais) e, regra geral, inalienáveis (não podem 
ser comercializados, salvo por autorização legal, ou por meio de 
processo de desafetação). Incorreta a alternativa “C”. 
O bem de família corresponde a até 1/3 do patrimônio, que pode ser 
destinado pelos cônjuges ou pela entidade familiar, por meio de 
escritura pública, para não responder por dívidas posteriores à sua 
instituição. A alternativa “D” está incorreta, porque a instituição de 
bem de família só pode ser feita por escritura pública. 
Correta a alternativa “B”, queprevê os imóveis por acessão 
intelectual, que são as coisas móveis que o titular mantém no imóvel 
para a exploração de atividade econômica ou industrial, tais como as 
máquinas que compõem uma indústria. 
 
(Defensoria Pública MA/03) 
08. A Lei no 6.766, de 19/12/1979, ao dispor que nos 
loteamentos urbanos os lotes terão área mínima de 125 m2 
(cento e vinte e cinco metros quadrados), estabelece sobre 
estes: 
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A) fungibilidade. 
B) indivisibilidade convencional. 
C) indivisibilidade legal. 
D) intangibilidade. 
E) a qualidade de imóveis para efeitos legais. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
Os bens imóveis, sem exceção, são infungíveis. A fungibilidade é 
atributo exclusivo dos móveis. Incorreta a alternativa “A”. 
O solo (terrenos) são considerados imóveis por natureza (art. 79) e 
não imóveis para efeitos legais. Incorreta a alternativa “D”. 
Divisíveis são os bens que podem ser fracionados sem alteração na 
sua substância, diminuição considerável de valor ou prejuízo do uso a 
que se destinam (art. 87). Contudo, os bens divisíveis podem tornar-
se indivisíveis por determinação legal ou por vontade das partes. 
Assim, a indivisibilidade pode ser: 
a) por natureza – quando o bem não puder ser fracionado sem 
alteração na sua substância. Ex. um cavalo. 
b) por vontade das partes – quando as partes ajustam tornar o bem 
originalmente divisível em indivisível. 
c) por determinação legal – quando a lei proíbe a divisão do bem, 
ainda que este seja naturalmente divisível. Para que não haja 
prejuízo na utilização econômica do bem, algumas leis proíbem que 
haja repartição de terrenos em dimensões mínimas a que for 
determinada. É o caso dos loteamentos urbanos, cuja dimensão 
mínima é a estabelecida em lei, proibindo-se a sua divisão em 
dimensão inferior. É a chamada indivisibilidade legal. Correta a 
alternativa “C”. 
Intangíveis são os bens imateriais, de existência abstrata, não 
palpável, como o crédito. Não é o caso dos terrenos, que são bens de 
existência material ou tangível. Incorreta a alternativa “D”. 
 
(Delegado de Polícia/SP/03) 
09. Assinale a alternativa correta: Consoante dispõe o vigente 
Código Civil, 
 
A) os direitos pessoais de caráter patrimonial e as respectivas ações 
constituem bens imóveis. 
B) classificam-se como úteis as benfeitorias que tenham por fim 
conservar o bem ou evitar que ele se deteriore. 
C) considera-se acessório o bem cuja existência suponha a do 
principal. 
D) constituem bem móveis os materiais provisoriamente separados 
de um prédio, mas destinados a nele se reempregarem. 
 
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COMENTÁRIOS: 
 
Os direitos pessoais de caráter patrimonial e suas respectivas ações 
são considerados bens móveis (art. 83, III). Incorreta a alternativa 
“A”. 
As benfeitorias necessárias são aquelas que se destinam a conservar 
o bem ou evitar sua deterioração, e úteis as que facilitam ou 
aumentam o uso do bem. Incorreta a alternativa “B”. 
Os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se 
reempregarem, não perdem a qualidade de imóveis (art. 81, II). 
Incorreta a alternativa “D”. 
Na classificação dos bens reciprocamente considerados, estes são 
divididos em principais e acessórios. Principal é o bem que existe por 
si só, sem depender de outro para existir, enquanto que o acessório é 
aquele cuja existência depende da do principal (art. 92). Correta a 
alternativa “C”. 
 
(MagistraturadoTrabalho/14ºReg./2003) 
10. No tocante aos bens é correto dizer: 
 
A) que são fungíveis os imóveis que podem substituir-se por outros 
da mesma espécie, qualidade e quantidade; 
B) os bens naturalmente divisíveis podem se tornar indivisíveis por 
vontade das partes; 
C) para efeitos legais as energias que tenham valor econômico são 
consideradas bens imóveis; 
D) O penhor agrícola é considerado bem móvel; 
E) todas as alternativas estão corretas. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
Os bens fungíveis são aqueles que podem ser substituídos por outro, 
da mesma espécie, qualidade e quantidade. A fungibilidade é atributo 
exclusivo dos móveis. Não existe imóvel fungível. Incorreta a 
alternativa “A”. 
A indivisibilidade de um bem pode ser: a) por natureza; b) por 
determinação legal; c) por vontade das partes. Os bens naturalmente 
divisíveis podem tornar-se indivisíveis por acordo entre as partes 
(art. 88). Correta a alternativa “B”. 
As energias que tenham valor econômico são consideradas bens 
móveis para efeitos legais (art. 83, I). Incorreta a alternativa “C”. 
Os direitos reais sobre bens móveis (como o penhor) são 
considerados bens móveis, mas o penhor agrícola e industrial são, 
por lei, considerados imóveis. Incorreta a alternativa “D”. 
Por conseqüência das alternativas anteriores, incorreta está a 
alternativa “E”. 
 
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(Magistratura/SP/174º) 
11. O direito à sucessão aberta considera-se para os efeitos 
legais: 
 
A) bem imóvel. 
B) bem móvel. 
C) bem incorpóreo. 
D) bem móvel ou imóvel, conforme resulte de ser apreciado em si 
mesmo o que o integre, tendo em vista o fato de ser ou não 
suscetível de se mover. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
O direito à sucessão aberta (à herança) é considerado bem imóvel 
para efeitos legais (art. 80, II), ainda que constituído de bens 
móveis. Correta, pois, a alternativa “A”, e incorretas todas as demais. 
 
(Magistratura/SP/1999/172°) 
12. Casal institui, por escritura pública, registrada, o imóvel 
em que reside, como bem de família. Esse casal presta fiança 
em um contrato de locação. Descumprido o contrato pelo 
locatário, o locador executa o seu crédito e pede a penhora do 
imóvel em que residem os fiadores. Neste caso, 
 
A) o imóvel será penhorado por não incidir a regra da 
impenhorabilidade sobre o bem de família. 
B) o imóvel não será penhorado porque a obrigação é posterior à sua 
instituição como bem de família. 
C) o imóvel será penhorado porque os fiadores agiram de má-fé. 
D) o imóvel não será penhorado, pois o credor deveria ter adotado 
precauções, obtendo certidões negativas, antes da aceitação da 
fiança. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
O bem de família é instituído por meio de escritura pública, pelos 
cônjuges ou pela entidade familiar, que podem reservar até 1/3 de 
seu patrimônio para que não venham a responder por dívidas 
posteriores à sua instituição. Como a questão informa que a 
instituição foi anterior à dívida resultante da fiança, o imóvel não 
poderá ser penhorado. Correta a alternativa “B”. 
 
(Magistratura/PR/1998) (ADAPTADA) 
13. Com relação às diferentes classes de bens, e de acordo 
com disposições expressas do Código Civil, pode-se afirmar 
que: 
 
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A) os direitos de autor, para os efeitos legais, são considerados bens 
imóveis. 
B) os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele 
mesmo se reempregarem, são considerados bens móveis. 
C) consideram-se imóveis para todos os efeitos legais o direito à 
sucessão aberta e os direitos reais sobre imóveis, inclusive o penhor 
agrícola, e as ações que os asseguram. 
D) são infungíveis os móveis que se podem substituir por outros da 
mesma espécie, quantidade e qualidade. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
Os direitos de autor, como direito pessoal de caráter patrimonial, é 
considerado bem móvel (art. 83, III). Incorreta a alternativa “A”. 
Não perdem a qualidade de imóveis os materiais separados 
provisoriamente de um prédio para nele se reempregarem (art. 81, 
II). Incorreta a alternativa “B”. 
O direitoà sucessão aberta é imóvel para os efeitos legais, assim 
como os direitos reais sobre imóveis, e o penhor agrícola, que 
também é considerado por lei bem imóvel. Correta a alternativa “C”. 
Os bens infungíveis são aqueles que não podem ser substituídos por 
outro da mesma espécie, qualidade e quantidade. Incorreta a 
alternativa “D”. 
 
Mag. Fed./4ª. Reg/TRF 2001) (ADAPTADA) 
14. Assinale a alternativa correta: 
 
A) São fungíveis os bens, móveis ou imóveis, que podem ser 
substituídos por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade. 
B) Os bens públicos resumem-se aos bens de uso comum do povo e 
aos bens dominicais. 
C) As praias marítimas ou fluviais podem ser públicas, de uso comum 
do povo, ou particulares, de uso exclusivo de seu proprietário. 
D) A semente lançada à terra é bem imóvel. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
Os bens fungíveis são os móveis que podem ser substituídos por 
outro, de mesma espécie, qualidade e quantidade (art. 85). Incorreta 
a alternativa “A”, porque todos os bens imóveis são infungíveis. 
Os bens públicos classificam-se em: de uso comum do povo, de uso 
especial e dominical. Incorreta a alternativa “B”. 
As praias estão incluídas nos bens de uso comum do povo. Incorreta 
a alternativa “C”. 
São bens imóveis o solo e tudo que a ele se incorporar, como as 
sementes (art. 79). Correta a alternativa “D”. 
 
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(Ministério Público/PR/2004) 
15. Sobre Bens Públicos, assinale a alternativa incorreta: 
 
A) Os bens dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas 
jurídicas de direito público, como objeto de direito pessoal, ou real, 
de cada uma dessas entidades, são bens públicos. Não dispondo a lei 
em contrário, consideram-se dominicais os bens pertencentes às 
pessoas jurídicas de direito público a que se tenha dado estrutura de 
direito privado; 
B) Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são 
inalienáveis, enquanto conservarem a sua qualificação, na forma que 
a lei determinar; 
C) São públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas 
jurídicas de direito público interno; todos os outros são particulares, 
seja qual for a pessoa a que pertencerem; 
D) Os bens públicos dominicais podem ser alienados, observadas as 
exigências da lei; 
E) O uso comum dos bens públicos pode ser retribuído, conforme for 
estabelecido legalmente pela entidade a cuja administração 
pertencerem, sendo vedado seu uso gratuito. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
Os bens dominicais são espécies de bens públicos. Também os bens 
pertencentes à pessoa jurídica de direito público com personalidade 
de direito privado são considerados dominicais, salvo disposição legal 
em contrário. Correta a alternativa “A”. 
De acordo com o disposto no art. 100, os bens de uso comum do 
povo e os de uso especial são inalienáveis, enquanto conservarem 
essa qualificação. Para tornarem-se alienáveis, dependem de um 
procedimento administrativo denominado desafetação. Correta a 
alternativa “B”. 
Os bens públicos são aqueles pertencentes às pessoas jurídicas de 
direito público interno (União, Estados, Distrito Federal, Territórios, 
Municípios, e suas respectivas autarquias). Por exclusão, todos os 
demais são particulares (art. 98). Correta a alternativa “C”. 
Os bens públicos dominicais podem ser alienados, desde que haja 
autorização legal (art. 101). Correta a alternativa “D”. 
Os bens de uso comum do povo são aqueles que podem ser utilizados 
pela coletividade. O uso pode ser gratuito ou retribuído, conforme o 
que estabelecer a lei da entidade a cuja administração pertencerem 
(art. 103). Não há impedimento legal a que o uso seja não 
remunerado. Incorreta, pois, a alternativa “E”, que deve ser a 
assinalada. 
 
(MP/SP/82ºConcurso/2001) 
16. É um bem móvel: 
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A) a enfiteuse. 
B) o penhor agrícola. 
C) a servidão predial. 
D) o direito de autor. 
E) o direito à sucessão aberta. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
A enfiteuse e a servidão são direitos reais sobre bens imóveis, 
portanto, são bens imóveis. Incorretas as alternativas “A” e “C”. 
O penhor é direito real sobre bem móvel, mas em se tratando de 
penhor agrícola ou industrial, a lei atribuiu-lhes o caráter de imóveis. 
Portanto, incorreta a alternativa “B”. 
O direito à herança é considerado imóvel para efeitos legais, tornando 
incorreta a alternativa “E”. 
Os direitos patrimoniais de caráter pessoal, como os direitos autorais, 
são considerados móveis para efeitos legais. Correta a alternativa 
“D”. 
 
(OAB/CE/13/03/2005) 
17. É correto afirmar que: 
 
A) os melhoramentos ou acréscimos sobrevindos ao bem, sem a 
intervenção do proprietário, serão considerados como benfeitorias. 
B) os negócios jurídicos que dizem respeito ao bem principal, em 
regra, abrangem as pertenças. 
C) constitui universalidade de direito o complexo de relações 
jurídicas, de uma pessoa, dotadas de valor econômico. 
D) os bens de uso especial constituem o patrimônio das pessoas 
jurídicas de direito público, como objeto de direito pessoal, ou real, 
de cada uma dessas entidades. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
Não são consideradas benfeitorias os melhoramentos ou acréscimos 
sobrevindos ao bem sem a intervenção do proprietário (art. 97). Só 
se consideram benfeitorias aquelas realizadas às custas do 
proprietário, possuidor ou detentor. Incorreta a alternativa “A”. 
As pertenças são espécies de bens acessórios, que consistem nos 
bens que, não constituindo partes integrantes, se destinam, de modo 
duradouro, ao uso, serviço ou aformoseamento de outro (o principal) 
(art. 93). Excepcionando a regra geral de que o acessório segue o 
principal, os negócios jurídicos relativos ao bem principal não incluem 
as pertenças, salvo se o contrário resultar de lei, da manifestação da 
vontade ou das circunstâncias do caso (art. 94). Incorreta a 
alternativa “B”. 
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Os bens podem ser singulares ou coletivos. São singulares os bens 
que, embora reunidos, são considerados isolada, individualmente (um 
livro, p.ex.) (art. 89). Os universais ou coletivos são subdivididos em 
universais de fato e universais de direito. Aqueles são os bens que, 
embora singulares, têm destinação unitária, unificada (uma 
biblioteca, um rebanho, etc.) (art. 90). A universalidade juris ou de 
direito consiste no complexo de direitos de uma pessoa, dotado de 
valor econômico (art. 91). É o caso da herança, do patrimônio, do 
fundo de comércio, etc. Assim, correta está a alternativa “C”. 
São dominicais, e não de uso especial, o patrimônio das pessoas 
jurídicas de direito público. Incorreta, pois, a alternativa “D”. 
 
(OAB/MT/2001) 
18. A impenhorabilidade do imóvel considerado bem família é 
oponível em qualquer processo de execução civil, fiscal, 
previdenciária, trabalhista ou de outra natureza, mesmo 
quando movido: 
 
A) Por obrigação decorrente de fiança concedida em contrato de 
locação. 
B) Pelo credor de pensão alimentícia. 
C) Em razão dos créditos de trabalhadores da própria residência e 
das respectivas contribuições previdenciárias. 
D) Nenhuma das alternativas anteriores é correta. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
Existem duas espécies de bem de família: 
a) bem de família voluntário, previsto no Código Civil, estabelecido 
por escritura pública, consistente em 1/3 do patrimônio dos cônjuges 
ou da entidade familiar, que não irá responder pelas dívidas 
contraídas posteriormente à sua instituição; 
b) bem de família legal, previsto na Lei 8009/1990, consistente no 
único imóvel residencial, que não responde por dívidas, cuja 
instituição é ex lege, automática, independendode registro em 
Cartório. 
A impenhorabilidade do bem de família legal se submete a exceções 
previstas em lei. Assim, é penhorável o único imóvel residencial por 
obrigação decorrente de contrato de fiança, para pagamento de 
dívida de pensão alimentícia, por dívidas tributárias perante 
trabalhadores da própria residência. Assim, a alternativa correta é a 
“D”, pois todas as demais anteriores são exceções à regras da 
impenhorabilidade do bem de família. 
 
(OAB/RO/2004) 
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19. Marque a alternativa CORRETA. As benfeitorias 
voluptuárias podem ser: 
 
A) As que aumentam ou facilitam o uso do bem. 
B) As de mero deleite ou recreio, que não aumentam o uso habitual 
do bem, ainda que o tornem mais agradável ou sejam de elevado 
valor. 
C) As que têm por fim conservar o bem ou evitar que se deteriore. 
D) As que são separadas do bem principal, os frutos e seus produtos. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
As benfeitorias voluptuárias, segundo a dicção do art. 96, § 1º do 
Código Civil, são “as de mero deleite ou recreio, que não aumentam o 
uso habitual do bem, ainda que o tornem mais agradável ou sejam de 
elevado valor”. Assim, a alternativa que atende ao enunciado da 
questão é a “B”, já que a “A” trata das benfeitorias úteis, a “C” 
refere-se às necessárias e a “D” não tem qualquer relação com 
benfeitorias, pois estas aderem ao bem principal, não se separando 
deste, em regra. 
 
(OAB/SP/125º/2005) 
20. Segundo o disposto no artigo 1.784 do Código Civil, aberta 
a sucessão, a herança transmite-se, desde logo, aos herdeiros 
legítimos e testamentários. Até o momento da partilha, os 
bens do falecido são considerados imóveis, 
 
A) indivisíveis, coletivos da espécie universalidade de fato, 
inalienáveis e em condomínio. 
B) divisíveis, coletivos da espécie universalidade de direito, 
inalienáveis e em condomínio. 
C) indivisíveis, coletivos da espécie universalidade de direito, 
alienáveis e em condomínio. 
D) indivisíveis, coletivos da espécie universalidade de direito, 
inalienáveis e em condomínio. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
A herança, enquanto não partilhada entre os herdeiros, considera-se 
indivisível. Incorreta a alternativa “B”. 
É considerada uma universalidade de direito, consistindo no complexo 
de relações jurídicas dotado de valor econômico. Incorreta a 
alternativa “A”. 
Regra geral, conserva a sua inalienabilidade enquanto não for 
partilhada, dependendo de autorização judicial para a alienação 
individual de bem que lhe integre. Correta, pois, a alternativa “D” e 
incorreta a alternativa “D”. 
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(Procurador/BB/Nacional/2002) 
21. Uma galeria de quadros constitui: 
 
 
A) universalidade de direito 
B) universalidade de fato 
C) coisa singular simples 
D) coisa singular composta 
E) coisa singular 
 
COMENTÁRIOS: 
Bens singulares são aqueles que, embora reunidos, podem ser 
considerados individualmente (art. 89). Incorretas as alternativas 
“C”, “D” e “E”. 
Os bens universais são aqueles constituídos por várias coisas 
singulares, consideradas em conjunto e formando um todo único. 
Subdividem-se em: universais de fato, que são os bens que, embora 
sejam singulares, têm destinação unitária, unificada, como uma 
galeria de quadros, uma biblioteca, um rebanho, e universais de 
direito, que correspondem ao complexo de relações jurídicas de uma 
pessoa, dotado de apreciação econômica. Assim, correta a alternativa 
“B” e incorreta a “A”. 
 
(TécnicoJudiciário/TRF/4ªReg//2004) 
22. Paulo herdou um relógio de bolso fabricado em 1930, 
contendo em sua parte interna gravação feita por seu falecido 
pai. Esse relógio é um bem: 
 
A) fungível, inconsumível e indivisível. 
B) fungível, consumível e indivisível. 
C) fungível, inconsumível e divisível. 
D) infungível, inconsumível e divisível. 
E) infungível, inconsumível e indivisível. 
 
Os bens infungíveis são aqueles que, por sua qualidade especial e 
única, não podem ser substituídos por outro da mesma espécie, 
qualidade e quantidade. É o caso de um relógio antigo, de valor 
sentimental. Incorretas as alternativas “A”, “B” e “C”. 
Inconsumíveis são os bens que não se destroem no primeiro uso, 
tendo durabilidade e utilização continuada. É o caso do dito relógio. 
Os bens indivisíveis por natureza são aqueles que não podem ser 
fracionados sem alteração ou destruição em sua substância. Um 
relógio, se partido ao meio, deixa de sê-lo, de modo que é um bem 
indivisível. Correta a alternativa “E” e incorreta a “D”. 
 
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(OAB/RO-30º concurso-2002) 
23. Os frutos armazenados em depósito para expedição ou 
venda são os: 
 
A - percipiendos. 
B – estantes. 
C - pendentes. 
D - percebidos. 
 
COMENTÁRIOS: 
Os frutos (bens acessórios) são as utilidades periodicamente 
produzidas pelo bem principal, mantendo-se o bem intacto em sua 
substância. Quanto ao seu estado, podem ser: 
a) pendentes, quando ainda ligados à coisa principal; 
b) percebidos, os já colhidos ou separados da coisa principal; 
c) percipiendos, os que deveriam, mas não foram colhidos ou 
separados; 
d) consumidos, os que não mais existem, porque já foram utilizados ; 
e) estantes, os que estão armazenados para expedição ou venda. 
Destarte, correta é a alternativa “B”. 
 
QUESTÕES APRESENTADAS 
 
(AnalistaJudiciário/5º Reg.TRT/06/2003) 
01. Quanto aos bens considerados em si mesmos, têm-se 
como certo que: 
 
A) os acréscimos ou melhoramentos sobrevindos ao bem sem 
intervenção do proprietário consideram-se também benfeitorias. 
B) as ações que asseguram os direitos reais sobre imóveis são 
consideradas bens móveis. 
C) os materiais provenientes da demolição de prédios mantêm sua 
condição de bens imóveis. 
D) enquanto não separados do bem principal, os frutos e produtos 
não podem ser objeto de negócio jurídico. 
E) as energias que tenham valor econômico são consideradas bens 
móveis. 
 
(Analista Judiciário/4º Reg/2004) 
02. Consideram-se, dentre outros, bens imóveis para os 
efeitos legais: 
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A) tijolos, azulejos e pisos provenientes da demolição de algum 
prédio. 
B) telhas provisoriamente retiradas de um prédio para nele se 
reempregarem. 
C) energias que tenham valor econômico. 
D) direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações. 
E) direitos reais sobre objetos móveis e as ações correspondentes. 
 
(Analista Judiciário/4ºReg./TRT/01) (ADAPTADA) 
03. Para os efeitos legais, é considerado bem móvel: 
 
A) o direito à sucessão aberta. 
B) o direito pessoal sobre bem imóvel. 
C) o penhor agrícola ou industrial. 
D) o direito real sobre objeto móvel. 
 
(Analista Judiciário/TRE/BA/ÁreaJudiciária//2003) 
04. NÃO é bem imóvel: 
 
A) bem fungível. 
B) direito à sucessão aberta. 
C) aquele que for incorporado naturalmente ao solo. 
D) direito real sobre imóvel. 
E) aquele que for incorporado artificialmente ao solo. 
 
(Analista Judiciário/4º Reg/2004) 
05. Em razão de obras de restauração de uma igreja, foram 
cuidadosamente retirados da parede azulejos portugueses do 
Século XVIII, para tratamento da umidade e posterior 
recolocação. Durante as obras, enquanto separados do prédio 
da igreja, tais azulejos são bens: 
 
A) móveis, infungíveis e consumíveis. 
B) imóveis, infungíveis e inconsumíveis. 
C) móveis, fungíveis e consumíveis. 
D) imóveis, fungíveis e inconsumíveis. 
E) móveis, fungíveis e inconsumíveis. 
 
(Defensoria Pública/CE/2002) 
06.Quanto à utilização dos bens de uso especial é correto 
afirmar: 
 
A) são bens de uso especial aqueles onde estão instalados repartições 
públicas, aqueles utilizados através de permissão de uso e os cedidos 
através de direito real de uso. 
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B) são os bens onde estão instaladas as repartições públicas e, como 
regra, o uso que as pessoas podem fazer deles o que corresponda às 
condições de prestação do serviço ali sediado. 
C) são os utilizados por força de enfiteuse ou aforamento. 
D) é de livre utilização por todos. 
 
(DefensoriaPública/CE/2002) 
07. Assinale a alternativa verdadeira: 
 
A) A Praça Clóvis Beviláqua e a Rua Major Facundo são bens de uso 
comum do povo, enquanto o imóvel onde funciona o Hospital Geral 
de Fortaleza é um bem dominical ou dominial. 
B) São bens imóveis por acessão intelectual as máquinas que 
compõem uma indústria; 
C) Os bens públicos são prescritíveis, penhoráveis e sujeitos à 
alienação, eis que pertencem ao Poder Público; 
D) A instituição do bem de família deverá constar de escritura pública 
ou particular, devidamente inscrita no registro de imóveis. 
 
(Defensoria Pública MA/03) 
08. A Lei no 6.766, de 19/12/1979, ao dispor que nos 
loteamentos urbanos os lotes terão área mínima de 125 m2 
(cento e vinte e cinco metros quadrados), estabelece sobre 
estes: 
 
A) fungibilidade. 
B) indivisibilidade convencional. 
C) indivisibilidade legal. 
D) intangibilidade. 
E) a qualidade de imóveis para efeitos legais. 
 
(Delegado de Polícia/SP/03) 
09. Assinale a alternativa correta: Consoante dispõe o vigente 
Código Civil, 
 
A) os direitos pessoais de caráter patrimonial e as respectivas ações 
constituem bens imóveis. 
B) classificam-se como úteis as benfeitorias que tenham por fim 
conservar o bem ou evitar que ele se deteriore. 
C) considera-se acessório o bem cuja existência suponha a do 
principal. 
D) constituem bem móveis os materiais provisoriamente separados 
de um prédio, mas destinados a nele se reempregarem. 
 
(MagistraturadoTrabalho/14ºReg./2003) 
10. No tocante aos bens é correto dizer: 
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A) que são fungíveis os imóveis que podem substituir-se por outros 
da mesma espécie, qualidade e quantidade; 
B) os bens naturalmente divisíveis podem se tornar indivisíveis por 
vontade das partes; 
C) para efeitos legais as energias que tenham valor econômico são 
consideradas bens imóveis; 
D) O penhor agrícola é considerado bem móvel; 
E) todas as alternativas estão corretas. 
 
(Magistratura/SP/174º) 
11. O direito à sucessão aberta considera-se para os efeitos 
legais: 
 
A) bem imóvel. 
B) bem móvel. 
C) bem incorpóreo. 
D) bem móvel ou imóvel, conforme resulte de ser apreciado em si 
mesmo o que o integre, tendo em vista o fato de ser ou não 
suscetível de se mover. 
 
(Magistratura/SP/1999/172°) 
12. Casal institui, por escritura pública, registrada, o imóvel 
em que reside, como bem de família. Esse casal presta fiança 
em um contrato de locação. Descumprido o contrato pelo 
locatário, o locador executa o seu crédito e pede a penhora do 
imóvel em que residem os fiadores. Neste caso, 
 
A) o imóvel será penhorado por não incidir a regra da 
impenhorabilidade sobre o bem de família. 
B) o imóvel não será penhorado porque a obrigação é posterior à sua 
instituição como bem de família. 
C) o imóvel será penhorado porque os fiadores agiram de má-fé. 
D) o imóvel não será penhorado, pois o credor deveria ter adotado 
precauções, obtendo certidões negativas, antes da aceitação da 
fiança. 
 
(Magistratura/PR/1998) (ADAPTADA) 
13. Com relação às diferentes classes de bens, e de acordo 
com disposições expressas do Código Civil, pode-se afirmar 
que: 
 
A) os direitos de autor, para os efeitos legais, são considerados bens 
imóveis. 
B) os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele 
mesmo se reempregarem, são considerados bens móveis. 
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C) consideram-se imóveis para todos os efeitos legais o direito à 
sucessão aberta e os direitos reais sobre imóveis, inclusive o penhor 
agrícola, e as ações que os asseguram. 
D) são infungíveis os móveis que se podem substituir por outros da 
mesma espécie, quantidade e qualidade. 
(Mag. Fed./4ª. Reg/TRF 2001) (ADAPTADA) 
14. Assinale a alternativa correta: 
 
A) São fungíveis os bens, móveis ou imóveis, que podem ser 
substituídos por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade. 
B) Os bens públicos resumem-se aos bens de uso comum do povo e 
aos bens dominicais. 
C) As praias marítimas ou fluviais podem ser públicas, de uso comum 
do povo, ou particulares, de uso exclusivo de seu proprietário. 
D) A semente lançada à terra é bem imóvel. 
 
(Ministério Público/PR/2004) 
15. Sobre Bens Públicos, assinale a alternativa incorreta: 
 
A) Os bens dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas 
jurídicas de direito público, como objeto de direito pessoal, ou real, 
de cada uma dessas entidades, são bens públicos. Não dispondo a lei 
em contrário, consideram-se dominicais os bens pertencentes às 
pessoas jurídicas de direito público a que se tenha dado estrutura de 
direito privado; 
B) Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são 
inalienáveis, enquanto conservarem a sua qualificação, na forma que 
a lei determinar; 
C) São públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas 
jurídicas de direito público interno; todos os outros são particulares, 
seja qual for a pessoa a que pertencerem; 
D) Os bens públicos dominicais podem ser alienados, observadas as 
exigências da lei; 
E) O uso comum dos bens públicos pode ser retribuído, conforme for 
estabelecido legalmente pela entidade a cuja administração 
pertencerem, sendo vedado seu uso gratuito. 
 
(MP/SP/82ºConcurso/2001) 
16. É um bem móvel: 
 
A) a enfiteuse. 
B) o penhor agrícola. 
C) a servidão predial. 
D) o direito de autor. 
E) o direito à sucessão aberta. 
 
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(OAB/CE/13/03/2005) 
17. É correto afirmar que: 
 
A) os melhoramentos ou acréscimos sobrevindos ao bem, sem a 
intervenção do proprietário, serão considerados como benfeitorias. 
B) os negócios jurídicos que dizem respeito ao bem principal, em 
regra, abrangem as pertenças. 
C) constitui universalidade de direito o complexo de relações 
jurídicas, de uma pessoa, dotadas de valor econômico. 
D) os bens de uso especial constituem o patrimônio das pessoas 
jurídicas de direito público, como objeto de direito pessoal, ou real, 
de cada uma dessas entidades. 
 
(OAB/MT/2001) 
18. A impenhorabilidade do imóvel considerado bem família é 
oponível em qualquer processo de execução civil, fiscal, 
previdenciária, trabalhista ou de outra natureza, mesmo 
quando movido: 
 
A) Por obrigação decorrente de fiança concedida em contrato de 
locação. 
B) Pelo credor de pensão alimentícia. 
C) Em razão dos créditos de trabalhadores da própria residência e 
das respectivas contribuições previdenciárias. 
D) Nenhuma das alternativas anteriores é correta. 
 
(OAB/RO/2004) 
19. Marque a alternativa CORRETA. As benfeitorias 
voluptuárias podem ser: 
 
A) As que aumentam ou facilitam o uso do bem. 
B) As de mero deleite ou recreio, que não aumentam o uso habitual 
do bem, ainda que o tornem mais agradável ou sejam de elevado 
valor. 
C) As que têm por fim conservar o bem ou evitar que se deteriore. 
D) As que são separadas do bem principal, os frutos e seus produtos. 
 
(OAB/SP/125º/2005)20. Segundo o disposto no artigo 1.784 do Código Civil, aberta 
a sucessão, a herança transmite-se, desde logo, aos herdeiros 
legítimos e testamentários. Até o momento da partilha, os 
bens do falecido são considerados imóveis, 
 
A) indivisíveis, coletivos da espécie universalidade de fato, 
inalienáveis e em condomínio. 
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B) divisíveis, coletivos da espécie universalidade de direito, 
inalienáveis e em condomínio. 
C) indivisíveis, coletivos da espécie universalidade de direito, 
alienáveis e em condomínio. 
D) indivisíveis, coletivos da espécie universalidade de direito, 
inalienáveis e em condomínio. 
(Procurador/BB/Nacional/2002) 
21. Uma galeria de quadros constitui: 
 
 
A) universalidade de direito 
B) universalidade de fato 
C) coisa singular simples 
D) coisa singular composta 
E) coisa singular 
 
(TécnicoJudiciário/TRF/4ªReg//2004) 
22. Paulo herdou um relógio de bolso fabricado em 1930, 
contendo em sua parte interna gravação feita por seu falecido 
pai. Esse relógio é um bem: 
 
A) fungível, inconsumível e indivisível. 
B) fungível, consumível e indivisível. 
C) fungível, inconsumível e divisível. 
D) infungível, inconsumível e divisível. 
E) infungível, inconsumível e indivisível. 
 
(OAB/RO-30º concurso-2002) 
23. Os frutos armazenados em depósito para expedição ou 
venda são os: 
 
A - percipiendos. 
B – estantes. 
C - pendentes. 
D - percebidos. 
 
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AULA 3 – FATOS E ATOS JURÍDICOS. VALIDADE E 
DEFEITOS DOS NEGÓCIOS JURÍDICOS. ATOS 
ILÍCITOS 
 
(Anal.ass.jur/SE/2001) 
01. Se alguém fizer seguro de vida, omitindo moléstia grave, e 
vier a falecer poucos meses depois, vindo a prejudicar a 
seguradora e a beneficiar os sucessores, ter-se-á a 
configuração de: 
 
A) dolo positivo. 
B) dolo acidental. 
C) simulação relativa subjetiva. 
D) simulação absoluta. 
E) dolo negativo. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
Dentre os vícios ou defeitos do negócio jurídico, está previsto o dolo, 
que é o erro intencionalmente provocado na vítima, induzindo-a, 
maliciosamente, à prática de um ato jurídico, o qual não seria 
realizado não fosse o expediente astucioso. 
O dolo pode dar-se tanto por ação como por omissão. Nesta última 
hipótese, a parte silencia intencionalmente a respeito de fato ou 
qualidade que a outra parte haja ignorado (art. 147 do CC). 
Para que seja considerado vício do negócio jurídico, e ensejar a 
consequente anulação pelo prejudicado, deve ser a causa do negócio 
jurídico, provando-se que sem que houvesse conduta dolosa, o 
negócio não teria sido celebrado. Isso implica dizer que o dolo 
acidental não é causa de anulabilidade do negócio jurídico. O Código 
Civil, art. 146, considera dolo acidental quando, a seu despeito, o 
negócio seria realizado, embora por outro modo, noutras 
circunstâncias, obrigando tão somente à satisfação das perdas e 
danos. 
Assim, incorreta a alternativa “A”, que prevê o dolo por ação, por 
comportamento ativo do sujeito. 
Incorreta, igualmente, a alternativa “B”, que cuida do dolo acidental, 
que não é a hipótese da questão proposta, já que foi determinante 
para a celebração do contrato de seguro. 
Não é causa de simulação, igualmente, posto que nesta duas pessoas 
emitem declaração de vontade, que não corresponde à sua real 
intenção, a fim de prejudicar terceiros. Incorretas, pois, as 
alternativas “C” e “D”. 
Correta, por conseguinte, a alternativa “E”, que trata do dolo 
negativo, ou por omissão. 
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(Analista Jud./1ªReg./2003) 
02. Dentre os defeitos do negócio jurídico, pode-se citar: 
 
A) o objeto ilícito; 
B) a condição; 
C) o erro substancial; 
D) a incapacidade do agente; 
E) o encargo. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
O objeto ilícito e a incapacidade relativa do agente são causas de 
nulidade do negócio jurídico, tornando-o inválido, sem que possa 
produzir efeitos jurídicos. Incorretas as alternativas “A” e “D”. 
A condição é elemento acessório e facultativo aposto em negócios 
jurídicos, consistindo na cláusula que subordina o negócio jurídico a 
evento futuro e incerto. Incorreta a alternativa “B”. 
Os vícios ou defeitos do negócio jurídico, segundo a dicção do Código 
Civil de 2002, são o erro, o dolo, a coação, o estado de perigo, a 
lesão (vícios do consentimento) e a fraude contra credores (vício 
social). Para que se constitua motivo de anulabilidade do negócio 
jurídico, é preciso que o erro seja substancial, essencial. Correta a 
alternativa “C”. 
O modo ou encargo é cláusula acessória, presente geralmente em 
atos de liberalidade, impondo um ônus, uma obrigação à pessoa 
contemplada. Não é vício do negócio jurídico, e sim elemento 
acessório ou acidental. Incorreta a alternativa “E”. 
 
(AnalistaJudiciário/CE/2003) 
03. Se "A" pensa adquirir uma jóia de prata, que, na verdade, 
é de aço, ter-se-á anulabilidade do negócio por: 
 
A) erro acidental. 
B) erro quanto ao motivo do negócio. 
C) lesão. 
D) erro substancial sobre a qualidade essencial do objeto. 
E) erro na transmissão da vontade por meios interpostos. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
O erro é o engano, a noção inexata, não verdadeira, sobre algum 
elemento do negócio jurídico, que influencia na formação da vontade 
da pessoa, que manifesta sua vontade de modo diverso do que 
manifestaria se tivesse conhecimento exato ou completo. Para que 
seja causa de anulabilidade do negócio jurídico, deve ser essencial, 
substancial, de razão plausível, relevante. 
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O art. 139, I considera essencial o erro que incidir sobre as 
qualidades essenciais do objeto. Assim, se penso estar adquirindo 
uma jóia de prata, quando esta é de aço, o erro em que incorri 
enquadra-se na definição legal. Correta, portanto, a alternativa “C”. 
 
(Delegado de polícia/SP/03) 
04. Assinale a alternativa correta: Causa a anulabilidade do 
negócio jurídico o vício resultante de: 
 
A) coação, que deverá ser suficiente para incutir ao paciente 
qualquer temor de dano, dirigido a sua pessoa, sua família, ou aos 
seus bens. 
B) dolo, mesmo se acidental. 
C) erro acerca da identidade ou de qualidade essencial da pessoa a 
quem se refira à declaração de vontade, desde que tenha influído 
nesta de modo relevante. 
D) simulação, cuja ocorrência sempre se verificará quando os 
instrumentos particulares forem antedatados ou pós-datados. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
A coação é a pressão física ou moral exercida sobre uma pessoa para 
obrigá-la a efetivar um negócio jurídico. A física é o constrangimento 
corporal que retira da vítima toda a capacidade de querer, implicando 
em total ausência de consentimento, gerando a nulidade (ou 
inexistência, para parte da doutrina) do negócio jurídico praticado. 
Não se trata, pois, de vício ou defeito no consentimento. A moral atua 
sobre a vontade da vítima, que é ameaçada psicologicamente no 
sentido de realizar o negócio jurídico, sob fundado temor de dano 
iminente e considerável à sua pessoa, à sua família ou aos seus bens, 
esta sim, considerada como defeito ou vício que conduz à 
anulabilidade do ato (art. 151 do CC). 
Incorreta, portanto, a alternativa “A”, porque somente a coação 
moral é causa de anulabilidade do negócio jurídico. A coação física 
não. 
O dolo acidental só obriga à satisfação das perdas e danos, 
preservando-se o negócio jurídico praticado (art. 146 do CC). 
Incorreta a alternativa “B”. 
O erro pode incidir sobre a identidade ou qualidade essencial de uma 
pessoa (art. 139, II do CC),desde que tenha influenciado na 
vontade, de modo relevante. Assim, só se considera causa de 
anulabilidade o erro essencial. Correta a alternativa “C”. 
A simulação, pelo Código Civil de 2002, é causa de nulidade do 
negócio jurídico (não gera nenhum efeito), e não causa de 
anulabilidade (gera efeitos, até que seja requerida a sua anulação, e 
seja decretada por sentença). A lei presume a simulação quando os 
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instrumentos particulares forem antedatados ou pós datados, mas 
ainda assim está incorreta a alternativa “D”. 
 
(Fiscal do Trabalho/MT-1/2003) 
05. "A" constitui uma renda em favor de "B", enquanto este 
estiver estudando. Trata-se de negócio que contém: 
 
A) condição resolutiva 
B) encargo 
C) condição necessária 
D) condição contraditória 
E) condição suspensiva 
 
COMENTÁRIOS: 
 
Condição é elemento acessório e facultativo, oposto nos negócios 
jurídicos, consistindo na cláusula que subordina o negócio jurídico a 
evento futuro e incerto. A condição pode ser: suspensiva, quando a 
eficácia do negócio jurídico se subordina ao evento futuro e incerto, 
ou seja, quando este só passará a produzir efeitos no momento em 
que for realizada a condição; resolutiva, quando a ineficácia do 
negócio jurídico se submeter ao evento futuro e incerto, isto é, 
quando este produz desde logo todos os efeitos e, ocorrida a 
condição, cessa a sua eficácia. 
Assim, na questão proposta, “A” concede uma renda a “B” enquanto 
este estiver estudando. A condição, portanto, é que “B” estude. 
Assim, quando “B” parar de estudar, cessa a liberalidade, de modo 
que podemos afirmar que se trata de uma condição resolutiva, pois o 
negócio jurídico produz efeitos desde logo e, ocorrida a condição 
(parar de estudar), cessam os seus efeitos. Correta, portanto, a 
alternativa “A”. 
 
(Mag. Trab. 14ºReg./2004) 
06. TOMANDO POR BASE AS AFIRMAÇÕES ABAIXO ASSINALE 
A ALTERNATIVA CORRETA. 
Levando consideração os critérios estabelecidos pelo Código 
Civil para determinação dos defeitos dos negócios jurídico é 
correto afirmar: 
 
I - O falso motivo vicia a declaração em todas hipóteses. 
II - O erro não é substancial quando sendo de direito e não 
implicando recusa à aplicação da lei, for o motivo principal do negócio 
jurídico. 
III - Quando ambas as partes procedem com dolo na pratica do 
negócio jurídico qualquer delas poderá alegá-lo para anula-lo e 
requerer indenização. 
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IV - O dolo acidental só obriga à satisfação das perdas, danos e 
lucros cessantes. 
 
A) A afirmativa I está correta. 
B) A afirmativa II está correta. 
C) A afirmativas III e IV estão corretas. 
D) Todas as afirmativas estão corretas. 
E) Todas afirmativas estão incorretas. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
O falso motivo só vicia a declaração de vontade quando tiver sido a 
causa determinante da realização do negócio jurídico (art. 140 do 
CC). Incorreto o item I. 
É erro essencial o erro de direito que não implicar em recusa à 
aplicação da lei e for o motivo único ou principal da realização do 
negócio jurídico (art. 139, III do CC). Incorreto o item II. 
Vige o princípio geral de que ninguém pode se beneficiar da própria 
torpeza. Quando ambas as partes procederem dolosamente uma 
contra a outra, há o que se convencionou denominar dolo recíproco, 
que se compensam. Assim, nenhuma delas pode alegar o dolo da 
outra para anular o negócio jurídico, ou para pleitear indenização 
(art. 150 do CC). Incorreto o item III. 
O dolo acidental não é causa de anulabilidade, e só obriga à 
satisfação das perdas e danos emergentes, não os lucros cessantes 
(art. 146 do CC). Incorreto o item IV. 
Como todas as afirmativas estão incorretas, a questão a ser 
assinalada é a letra “E”. 
 
(TRT Mag./PI/2000) 
07. São vícios do consentimento: 
 
A) Erro, dolo e simulação; 
B) Simulação e fraude contra credores; 
C) Erro, dolo e coação; 
D) Coação, lesão e simulação; 
E) n.r.a. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
Os vícios ou defeitos do negócio jurídico são os vícios do 
consentimento (erro, dolo, coação, lesão e estado de perigo) e os 
vícios sociais (fraude contra credores). A simulação, a partir do 
Código Civil de 2002, passou à causa de nulidade, e não de anulação. 
Assim, correta a alternativa “C”. 
 
(TRT Mag./PI/2000) 
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08. O erro, para levar à anulação do negócio jurídico, deve ser: 
 
A) Susbstancial e escusável; 
B) Acidental e escusável; 
C) Substancial e inescusável; 
D) Acidental e inescusável; 
E) n.r.a. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
O erro que conduz à anulabilidade do negócio jurídico é o erro 
essencial, substancial. Incorretas as alternativas “B” e “D”. 
Além de essencial, o erro deve ser escusável (desculpável), ou seja, 
aquele em que qualquer pessoa de normal diligência e inteligência 
incorreria. Incorreta a alternativa “C”. 
Correta a alternativa “A”, que prevê que o erro deve ser substancial e 
escusável. 
 
(Mag. Trab. PR/2001) (ADAPTADA) 
09. ASSINALAR A ALTERNATIVA CORRETA. 
Para sabermos se um ato jurídico é válido devemos analisar: 
 
I - Se quem o praticou tinha capacidade. 
II - Se seu objeto era lícito, possível, determinado ou determinável. 
III - Se a forma foi prevista ou não proibida por lei. 
IV - Se na declaração da vontade se atendeu mais ao sentido literal 
da linguagem que sua intenção. 
 
A) I e IV estão corretas. 
B) II, III e IV estão corretas. 
C) I e III são incorretas. 
D) Apenas a IV está incorreta. 
E) Todas alternativas são incorretas. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
O art. 104 do CC determina que a validade do negócio jurídico 
requer: a) agente capaz; b) objeto lícito, possível, determinado ou 
determinável; forma prescrita ou não defesa em lei. 
Os itens I, II e III, portanto, estão corretos. 
Nas declarações de vontade, prevalecerá a intenção em detrimento 
do sentido literal da linguagem (art. 112). Incorreto o item IV. 
A alternativa correta, a ser assinalada, é a “D”. 
 
(Mag. Trab. PR/2001) (ADAPTADA) 
10. SÃO NULOS OS NEGÓCIOS JURÍDICOS: 
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I - Quando praticados por pessoa absolutamente incapaz. 
II - Que têm seu efeito negado por lei. 
III - Que sejam praticados com inobservância de alguma solenidade 
que a Lei considere essencial para sua validade. 
IV - Que sejam praticados em fraude contra credores. 
 
A) I e III estão corretas. 
B) I e IV estão incorretas. 
C) Apenas a IV esta incorreta. 
D) Todas as alternativas são incorretas. 
E) Todas as alternativas estão corretas. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
O art. 166 contempla as causas de nulidade do negócio jurídico, em 
que este não produz efeitos jurídicos. 
O ato praticado pelo absolutamente incapaz é nulo (art. 166, I). 
Correto o item I. 
Quando a lei taxativamente declara nulo, ainda que não comine 
sanção, também será considerado nulo o negócio jurídico (art. 166, 
VII). Correto o item II. 
Quando a lei exigir alguma solenidade essencial, e esta for preterida, 
o negócio jurídico será nulo (art. 166, V). Correto o item III. 
A fraude contra credores é vício social previsto no Código Civil como 
causa de anulabilidade, e não de nulidade do negócio jurídico (art. 
154). Incorreto o item IV. 
Correta, portanto, a alternativa “C”. 
 
(Magistratura Estadual/SC/27/04/2003) 
11. A LESÃO é vício de consentimento previsto no atual Código 
Civil. Assinale, então, entre as alternativas seguintes, a 
INCORRETA: 
 
A) lesão tem como um dos seus pressupostos a premente 
necessidade daquele que se obriga a prestação manifestamentedesproporcional ao valor da prestação oposta. 
B) A lesão ocorre, também, quando alguém, por inexperiência, se 
obriga a prestação manifestamente desproporcional ao valor da 
prestação oposta. 
C) A lesão não é causa de anulação do negócio jurídico, se o 
favorecido concordar com a redução do proveito que obteve. 
D) A desproporção entre as prestações há que considerar, para que 
haja lesão, os valores vigentes quando da celebração do negócio 
jurídico. 
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E) Há lesão, ainda quando a manifesta desproporcionalidade entre o 
valor da prestação a que se obriga alguém e o valor da prestação 
oposta, decorrer de fato superveniente. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
A lesão é vício ou defeito do negócio jurídico previsto originariamente 
no Código Civil de 2002. Configura-se esta quando alguém, em 
relação a outrem, assume uma prestação manifestamente 
desproporcional à contraprestação da outra parte, por necessidade ou 
inexperiência. 
De acordo com o art. 157 do CC, ocorre a lesão quando alguém, sob 
premente (urgente) necessidade, ou por inexperiência, se obriga à 
prestação manifestamente desproporcional ao valor da prestação 
oposta. Corretas, pois, as alternativas “A” e “B”. 
Se a parte favorecida concordar com a redução do proveito que 
obteve, não se decretará a anulação do negócio jurídico (art. 157, § 
2º). Correta a alternativa “C”. 
Para avaliar-se a desproporção, considerar-se-á os valores das 
prestações vigentes à época da contratação (art. 157, § 1º). Correta 
a alternativa “D”. 
O prejuízo decorrente da desproporção deve existir no momento da 
conclusão do negócio, e não por fato superveniente. Incorreta, 
portanto, a alternativa “E”, que deve ser assinalada. 
 
(Magistratura Estadual-SP-2003) 
12. A propósito dos defeitos que, segundo o novo Código Civil, 
tornam anuláveis os negócios jurídicos, analise as seguintes 
relações: 
 
I. o erro, a coação e o estado de perigo; 
II. a lesão, a fraude contra credores e a coação; 
III. o estado de perigo, a lesão e o dolo; 
IV. o dolo, o erro e a simulação. 
 
Pode-se afirmar que são integralmente verdadeiras as relações: 
 
A) I e II, somente. 
B) III e IV, somente. 
C) I, II e III, somente. 
D) I, II, III e IV. 
 
Os defeitos do negócio jurídico, que tornam-o anulável são: erro, 
dolo, coação, lesão, estado de perigo e fraude contra credores. A 
simulacao é causa de nulidade. 
Estão corretos, por conseguinte, os itens I, II e III, e incorreto 
apenas o item IV, que se refere à simulação. 
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A alternativa a ser assinalada é a “C”. 
 
(Magistratura/ES/2003) 
13. Quando a ineficácia de um negócio jurídico está 
subordinada a um evento futuro e incerto, diz-se que o 
negócio está submetido a: 
 
A) termo final; 
B) encargo; 
C) Condição Resolutiva; 
D) condição potestativa; 
E) condição. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
Termo é a cláusula acessória que submete o negócio jurídico a evento 
futuro e certo. Incorreta a alternativa “A”. 
Encargo ou modo é a obrigação, o ônus imposto ao beneficiário de 
uma liberalidade. Incorreta a alternativa “B”. 
Condição potestativa é aquela que se submete ao puro arbítrio de 
uma das partes. Incorreta a alternativa “D”. 
A condição pode ser: suspensiva, quando a eficácia do negócio 
jurídico se subordinar a evento futuro e incerto; resolutiva, quando a 
ineficácia do negócio jurídico se submeter a evento futuro e incerto. 
Incorreta, pois, a alternativa “E” e correta a alternativa “C”. 
 
(Ministério Público/RS/03-2003) (adaptada) 
14. Considerando o novo Código Civil e as seguintes 
assertivas: 
 
I - Incorre em nulidade o negócio jurídico quando apresente objeto 
indeterminável. 
II - Nulifica o negócio jurídico ofensa cometida contra lei imperativa, 
que tanto pode dar-se por ofensa frontal ou direta. 
III - É nulo o contrato de compra e venda se a fixação do preço resta 
com o exclusivo arbítrio de uma das partes. 
IV - É nulo o negócio jurídico praticado direta e pessoalmente por 
quem, em razão de causa transitória, não possa exprimir a sua 
vontade. 
V - É nulo o negócio jurídico por vício resultante de dolo. 
 
Assinale a alternativa correta: 
 
A) Somente as assertivas I, II, III e IV estão corretas. 
B) Somente as assertivas I, III e V estão corretas. 
C) Somente as assertivas II, III e V estão corretas. 
D) Somente as assertivas I, II, e IV estão corretas. 
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E) Todas as assertivas estão corretas. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
O negócio jurídico cujo objeto seja indeterminável é nulo, segundo o 
art. 166, II. Correto o item I. 
O objeto que ofende à lei imperativa torna o negócio jurídico nulo, 
como preleciona o art. 166, VI. Correto o item II. 
São ilícitas as condições puramente potestativas, que são aquelas 
que sujeitam o negócio jurídico ao arbítrio exclusivo de uma das 
partes. Correto, pois, o item III. 
Quem, ainda que transitoriamente, não puder manifestar a sua 
vontade, é considerado absolutamente incapaz. O ato praticado por 
este é nulo, segundo o art. 166, I. Correto, portanto, o item IV. 
O dolo é vício ou defeito do negócio jurídico que conduz à sua 
anulação, e não à sua nulidade. Incorreto o item V. 
A alternativa correta é a “A”. 
 
(Ministério Público/RS/03-2003) 
15. Em relação ao estado de perigo, considerando o novo 
Código Civil e as seguintes assertivas: 
 
I - Está disposto na categoria de causa de anulabilidade do negócio 
jurídico. 
II - Em seu substrato não está a ficção de igualdade das partes, de 
modo que a regra tem relevância na tutela do contratante fraco. 
III - É indiferente que a parte beneficiada saiba que a obrigação foi 
assumida pela parte contrária para que esta se salve de grave dano. 
IV - Não pode o juiz considerar circunstâncias favoráveis para o efeito 
de estender a regra para pessoa não integrante da família do 
declarante. 
V - Confunde-se com o instituto da lesão, pois como ocorre nesta 
última, considera-se, além da premente necessidade econômica, a 
inexperiência de quem se obriga a contratar, circunstâncias 
determinantes das prestações avençadas de maneira manifestamente 
desproporcional. 
 
Assinale a alternativa correta: 
 
A) Somente as assertivas I, II estão corretas. 
B) Somente as assertivas II, III e IV estão corretas. 
C) Somente as assertivas I, II, III, e IV estão corretas. 
D) Somente as assertivas III e V estão corretas. 
E) Somente as assertivas IV e V estão corretas. 
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COMENTÁRIOS: 
 
O estado de perigo foi catalogado, originalmente, no Código Civil de 
2002, como defeito do negócio jurídico, que conduz a sua 
anulabilidade (art. 156). Correto, pois, o item I. 
A intenção do legislador foi proteger aquele que, em virtude de uma 
situação de necessidade de salvar-se, ou à pessoa de sua família, de 
dano grave conhecido pela outra parte, assume obrigação 
excessivamente onerosa. Assim, destina-se a proteger a parte mais 
fraca, que numa situação de emergência, para salvar a própria vida 
ou a de um familiar, contrai obrigação excessivamente onerosa. 
Correto o item II. 
Para que seja declarada a anulabilidade do negócio jurídico em 
virtude de estado de perigo é necessário que a parte beneficiada 
tenha conhecimento do perigo. Incorreto o item III. 
Embora o estado de perigo ocorra em relação à própria pessoa, ou a 
familiar seu, o juiz, considerando o caso concreto, pode estender a 
proteção à pessoa não integrante da família, como um amigo íntimo 
(art. 156, parágrafoúnico). Incorreto o item IV. 
Difere da lesão, porquanto nesta há desproporção das prestações, 
causada por necessidade de ordem econômica. O estado de perigo é 
causado pela necessidade de salvar-se ou salvar a pessoa da família, 
A assunção de obrigação excessivamente onerosa se dá pelo temor 
de dano, no estado de perigo. Na lesão, a desproporcionalidade das 
prestações decorre de necessidade econômica ou inexperiência. 
Incorreto o item V. 
A alternativa correta, pois,é a “A”. 
 
(Mag. Est. RN 2000) 
16. Segundo o sistema de nulidades do Código Civil, 
 
A) o ato nulo pode ser ratificado pelas partes. 
B) o ato anulável pode ser considerado como tal pelo Juiz, de ofício. 
C) o ato anulável só pode ser assim considerado quando julgado por 
sentença. 
D) qualquer pessoa pode alegar que um ato é nulo. 
E) uma vez reconhecido, por sentença, que um ato é anulável, tal 
declaração aproveita mesmo aos que não alegaram a invalidade. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
O negócio jurídico nulo não é suscetível de confirmação, de 
ratificação pelas partes (art. 169). Incorreta a alternativa “A”. 
A anulabilidade não se pronuncia de ofício, ou seja, sem provocação 
do interessado (art. 177). Incorreta a alternativa “B”. 
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A anulabilidade não tem efeito antes de julgada por sentença, ou 
seja, além de ter que ser alegada pelo interessado, só tem efeito 
quando declarada por meio de sentença judicial (art. 177). Correta a 
alternativa “C”. 
Não é qualquer pessoa, e sim qualquer interessado no negócio 
jurídico ou em seus efeitos, que pode alegar a nulidade, além do 
Ministério Público, quando lhe couber intervir (art. 168). Incorreta a 
alternativa “D”. 
A declaração de anulabilidade aproveita exclusivamente aos que a 
alegarem, não prejudicando ou beneficiando quem não alegou (art. 
177). Incorreta a alternativa “E”. 
 
 
(Magistratura/PR/1998) 
17. Quanto aos defeitos dos atos jurídicos e de acordo com 
disposições do Código Civil, é correto afirmar-se que: 
 
A) o erro na indicação da pessoa, ou coisa, a que se referir a 
declaração de vontade, viciará o ato, ainda que, por seu contexto e 
pelas circunstâncias, possam ambas ser identificadas. 
B) a coação, quando exercida por terceiro, não vicia o ato. 
C) a invalidade dos atos simulados poderá ser demandada pelos 
terceiros lesados pela simulação. 
D) o dolo de terceiro, embora dele tenha ciência uma das partes, não 
autoriza a anulação do ato. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
O erro na indicação da pessoa ou coisa que for objeto do negócio 
jurídico não prejudica a sua validade, se pelo contexto e 
circunstâncias for possível indentificá-los (art. 142). Incorreta a 
alternativa “A”. 
A coação pode ser exercida pela própria pessoa que pratica o negócio 
jurídico, ou por um terceiro, desde que a pessoa beneficiada tivesse 
ou devesse ter conhecimento da coação (art. 154). Incorreta a 
alternativa “B”. 
Os negócios jurídicos simulados são nulos, e a nulidade pode ser 
alegada por qualquer interessado, incluindo-se dentre os quais os 
terceiros prejudicados pela simulação. Correta a alternativa “C”. 
O dolo pode ser praticado por um terceiro, se a parte a quem ele 
aproveite tivesse ou devesse ter conhecimento do dolo, tornando o 
negócio jurídico igualmente anulável, ainda que praticado por terceira 
pessoa (art. 148). Incorreta a alternativa “D”. 
 
(Mag. Est. DF 29/06/2003) 
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18. É anulável o negócio jurídico: Assinale a alternativa 
correta: 
 
A) celebrado por pessoa que, mesmo por causa transitória, não 
possa exprimir sua vontade; 
B) quando for indeterminável o seu objeto; 
C) quando o motivo determinante, comum a ambas as partes, for 
ilícito; 
D) quando ocorrente fraude contra credores. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
O negócio jurídico praticado pelo absolutamente incapaz é nulo, e não 
anulável (art. 166, I). 
Também é causa de nulidade a indeterminação do objeto (art. 166, 
II), assim como é nulo o negócio jurídico quando o motivo 
determinante, comum a ambas as partes, for ilícito (art. 166, III). 
Incorretas, pois, as alternativas “A”, “B” e “C”. 
A fraude contra credores é vício do negócio jurídico, tornando-o 
anulável (art. 158). Correta a alternativa “D”. 
 
(Mag. Est. DF 29/06/2003) 
19. Assinale a alternativa correta: Caracteriza-se a lesão: 
 
A) quando alguém, premido da necessidade de salvar-se, ou a 
pessoa de sua família, de grave dano conhecido pela outra parte, 
assume obrigação excessivamente onerosa; 
B) quando uma pessoa, sob premente necessidade, ou por 
inexperiência, se obriga à prestação manifestamente desproporcional 
ao valor da prestação oposta; 
C) quando artifício ou expediente astucioso é usado para induzir 
alguém à prática de um ato jurídico, que o prejudica, aproveitando ao 
autor do artifício ou expediente astucioso, ou a terceiro; 
D) quando incutido na vítima fundado temor de dano iminente e 
considerável à sua pessoa, à sua família, ou aos seus bens, realiza 
ela, perdendo a espontaneidade do querer, o ato que lhe é exigido. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
A alternativa “A” está incorreta, porque trata do estado de perigo, em 
que alguém, por urgente necessidade de salvar-se ou a pessoa de 
sua família, assume obrigação excessivamente onerosa. 
A alternativa “B” é a correta, pois corresponde à lesão, em que a 
pessoa, por necessidade ou inexperiência, assume prestação 
desproporcional ao valor da prestação oposta. 
A alternativa “C” refere-se ao dolo, estando, pois, incorreta. 
A alternativa “D” trata da coação. Incorreta, portanto. 
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(MPE/PR/14/03/2004) 
20. Sobre Defeitos do Negócio Jurídico, assinale a alternativa 
incorreta: 
 
A) A coação, para viciar a declaração da vontade, há de ser tal que 
incuta ao paciente fundado temor de dano iminente e considerável à 
sua pessoa, à sua família, ou aos seus bens. Se disser respeito a 
pessoa não pertencente à família do paciente, o juiz, com base nas 
circunstâncias, decidirá se houve coação; 
B) A anulabilidade do negócio jurídico, quando pronunciada de ofício, 
terá efeito antes de julgada por sentença. Só os interessados a 
podem alegar, e aproveita exclusivamente aos que a alegarem, salvo 
o caso de solidariedade ou indivisibilidade; 
C) Configura-se o estado de perigo quando alguém, premido da 
necessidade de salvar-se, ou a pessoa de sua família, de grave dano 
conhecido pela outra parte, assume obrigação excessivamente 
onerosa. Tratando-se de pessoa não pertencente à família do 
declarante, o juiz decidirá segundo as circunstâncias; 
D) O menor, entre dezesseis e dezoito anos, não pode, para eximir-
se de uma obrigação, invocar a sua idade se dolosamente a ocultou 
quando inquirido pela outra parte, ou se, no ato de obrigar-se, 
declarou-se maior; 
E) O dolo do representante legal de uma das partes só obriga o 
representado a responder civilmente até a importância do proveito 
que teve; se, porém, o dolo for do representante convencional, o 
representado responderá solidariamente com ele por perdas e danos. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
A coação pode incidir sobre a própria pessoa, seus bens ou seus 
familiares, podendo o juiz, conforme as circunstâncias do caso 
concreto, estender à proteção à pessoa não integrante da família, a 
fim de anular o negócio jurídico praticado sob ameaça a essa pessoa. 
Correta a alternativa “A”. 
A alternativa “B” está incorreta pelo simples fato de dizer que a 
anulabilidade pode ser pronunciada de ofício, premissa que não é 
verdadeira. Deve, pois, ser a assinalada. 
Correta está a alternativa “C”, que prevê o estadode perigo. 
O menor, relativamente incapaz (entre dezesseis e dezoito anos), 
quando dolosamente ocultar a sua idade, ou quando declarou-se 
maior, na celebração de um negócio jurídico, não pode invocar a sua 
incapacidade para anular o negócio jurídico. Correta a alternativa “D”. 
O dolo pode ser praticado pelo representante legal da parte, e esta só 
responderá civilmente pelo negócio jurídico por aquele entabulado até 
a importância do benefício que auferiu. Se o dolo for do 
representante convencional, o representado terá responsabilidade 
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solidária com este pelas perdas e danos (art. 149). Correta, pois, a 
alternativa “E”. 
 
(MP/SP/82ºConcurso/2001) 
21. A expressão "dôo o meu terreno situado à rua X, no 30, 
bairro Bela Vista, nesta cidade, à Municipalidade, a fim de que 
nele seja construído um hospital" encerra uma liberalidade 
gravada com: 
 
A) condição resolutiva. 
B) condição suspensiva. 
C) termo certo. 
D) condição potestativa. 
E) encargo. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
O modo, ou encargo, é a cláusula acessória presente geralmente em 
atos de liberalidade, impondo um ônus, uma obrigação ao 
beneficiário. Assim, se faço uma liberalidade (doação) impondo a 
construção de um hospital, estou inserindo um encargo ao 
contemplado. Correta, portanto, a alternativa “E”. 
 
(Ministério Público/PE/2002) 
22. Lúcio, para esconder receitas oriundas de venda e compra 
de imóveis, negociava-os em nome de seu amigo Ângelo, 
usando-o como "laranja" ou "testa de ferro". Em cada 
contrato, o ato jurídico foi viciado: 
 
A) pela simulação, podendo ser anulado a requerimento de quem 
tenha legítimo interesse. 
B) pela simulação e não gera nenhum efeito, porque é nulo de pleno 
direito. 
C) pelo dolo, em face da má-fé de Lúcio e de Ângelo, causa de sua 
nulidade. 
D) pelo dolo de Lúcio e pela ignorância de Ângelo, considerando-se 
inexistente. 
E) pela coação irresistível de Lúcio sobre Ângelo, sem a qual ele não 
subscreveria os atos necessários. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
A simulação é vício ou defeito do negócio jurídico, que o torna nulo. 
Consiste na declaração enganosa da vontade, visando a produzir 
efeito diverso do ostensivamente, externamente indicado. Há um 
desacordo entre a vontade declarada e a intencionada, no sentido de 
criar uma situação inexistente. 
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Origina-se de um conluio, de um ajuste entre as partes, para 
prejudicar terceiros. 
Haverá simulação, segundo o art. 167, § 1º do CC, quando o negócio 
jurídico aparentar transferir direitos a pessoas diversas daquelas às 
quais realmente se transferem. 
É, repita-se, causa de nulidade, e não de anulação, como os demais 
defeitos do negócio jurídico. Assim, correta a alternativa “B”. 
 
(OAB/AL/1º-2000) 
23. A condição, para o direito civil é.... 
 
A) cláusula que subordina o efeito do ato jurídico a evento futuro e 
incerto, podendo ser suspensiva ou resolutiva. 
B) cláusula que subordina o efeito do ato jurídico a evento futuro e 
certo, podendo ser suspensiva ou resolutiva 
C) cláusula que subordina o efeito do ato jurídico a evento futuro e 
incerto, podendo ser supressiva ou resolutiva. 
D) NDR 
 
COMENTÁRIOS: 
 
A condição é elemento acessório ou acidental, que pode ser inserida 
nos negócios jurídicos, consistindo na cláusula que submete os 
efeitos do negócio jurídico a evento futuro e incerto. Difere do termo, 
porque neste o negócio jurídico está submetido a evento futuro e 
certo. Incorreta, com efeito, a alternativa “B”. 
A condicao pode ser suspensiva, quando a eficácia do negócio jurídico 
depender do evento futuro e incerto ou resolutiva, em que a 
ineficácia do negócio jurídico estiver submetida a evento futuro e 
incerto. Correta, portanto, a alternativa “A”, e incorreta a alternativa 
“C”, já que não existe condição “supressiva”. 
 
(OAB/DF/30/11/2003) 
24. Ressalte a opção que carrega uma afirmativa inadequada: 
 
A) termo inicial suspende o exercício, mas não a aquisição do direito. 
B) encargo não suspende a aquisição e muito menos o exercício do 
direito, salvo quando expressamente imposto no negócio jurídico, 
pelo disponente, como condição suspensiva. 
C) falso motivo somente vicia a declaração de vontade quando 
expresso como razão determinante. 
D) dolo do representante legal ou convencional de uma das partes 
obriga o representado a responder civil e solidariamente por perdas e 
danos. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
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Termo é a cláusula acidental, presente em negócios jurídicos, que 
subordina os efeitos deste a evento futuro e certo. O termo, portanto, 
é o momento em que começa ou termina a eficácia do negócio 
jurídico. Pode ser inicial, que é aquele em que se inicia a sua eficácia, 
ou final, aquele em que cessa a sua eficácia. 
O direito considera-se adquirido desde o momento em que o negócio 
jurídico seja celebrado, mas o seu exercício condiciona-se à 
ocorrência do termo. Por isso, o termo inicial suspende o exercício, 
mas o direito considera-se adquirido desde logo (art. 131). Correta, 
destarte, a alternativa “A”. 
O encargo, ou obrigação imposta ao beneficiário de um ato de 
liberalidade não suspende a aquisição nem o exercício do direito, 
salvo se imposto como condição suspensiva pelo disponente (art. 
136). Correta a alternativa “B”. 
O falso motivo declarado pelas partes só torna o negócio jurídico 
anulável se for o motivo determinante da declaração da vontade (art. 
140). Correta a alternativa “C”. 
O dolo do representante legal de uma das partes só obriga esta a 
responder civilmente até a importância do proveito que teve. Se o 
representante for convencional, o dolo deste obriga o representado, 
que responde solidariamente pelas perdas e danos. Incorreta a 
alternativa “D”, que deve ser a assinalada. 
 
(OAB/GO/21-03-99) 
25. Quanto aos atos jurídicos, assinale a alternativa correta: 
 
A) São nulos de pleno direito os atos jurídicos, quando as 
declarações de vontade emanarem de erro substancial; 
B) O dolo acidental não obriga à satisfação de perdas e danos; 
C) A coação exercida por terceiro não vicia o ato; 
D) A validade do ato jurídico requer agente capaz, objeto lícito e 
forma prescrita ou não defesa em lei. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
O erro essencial ou substancial é vício ou defeito do negócio jurídico 
que o torna anulável. Incorreta, por conseguinte, a alternativa “A”. 
O dolo substancial é causa de anulabilidade do negócio jurídico, mas 
o dolo acidental só obriga a satisfação das perdas e danos. Incorreta 
a alternativa “B”. 
A coação exercida por terceiro, se dele teve ou devesse ter 
conhecimento a parte a quem aproveitou o negócio jurídico, vicia-o, 
tornando-o anulável. Incorreta a alternativa “C”. 
São elementos essenciais de validade dos negócios jurídicos a 
capacidade do agente, o objeto lícito e a forma prescrita ou não 
proibida por lei. Correta a alternativa “D”. 
 
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(OAB-MG-2002) 
26. É CORRETO afirmar que será considerado nulo de pleno 
direito todo ato jurídico, quando: 
 
A) for preterida alguma solenidade que a lei considere essencial para 
a sua validade. 
B) for praticado por pessoa relativamente incapaz. 
C) for praticado com vício resultante de coação. 
D) for praticado com vício resultante de erro, dolo, simulação ou 
fraude. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
O negócio jurídico praticado pelo relativamente incapaz é anulável, e 
não nulo. Incorreta a alternativa “B”. 
O negócio jurídico praticado sob coação,erro, dolo ou fraude contra 
credores é anulável. A simulação é causa de nulidade do negócio 
jurídico. Incorretas as alternativas “C” e “D”. 
É nulo o negócio jurídico quando praticado com preterição de alguma 
formalidade que a lei considere essencial. Correta a alternativa “A”. 
 
(OAB/PB/2002) 
27. Sobre defeitos do negócio jurídico, assinale a alternativa 
incorreta: 
 
A) para que se configure erro, um dos requisitos é o de que ele deva 
ser real, ou seja, recair sobre o objeto do contrato e não 
simplesmente sobre o nome ou sobre qualificações. 
B) há erro acidental se o sujeito "A" doa para o sujeito "B" um bem 
móvel, supondo que o sujeito "B" havia salvado sua vida, o que não 
ocorreu. 
C) no dolo acidental não há vício do consentimento, mas sim, ato 
ilícito que gera responsabilidade para o culpado. 
D) na coação absoluta, não há configuração de vício de vontade, 
existindo total ausência de vontade, o negócio jurídico se reduz a 
caso de nulidade. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
O erro só é causa de anulabilidade do negócio jurídico quando for 
substancial, ou seja, relevante, de razão plausível, não ensejando a 
anulação o simples erro na indicação da pessoa ou da coisa a que se 
refira o negócio jurídico, se for possível a sua identificação. Correta, 
pois, a alternativa “A”. 
O erro é substancial quando incide sobre a identidade ou qualidade 
essencial de uma pessoa, que tenha influído nesta de modo relevante 
para a conclusão do negócio. Assim, se penso que uma pessoa me 
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salvou a vida, quando isto não ocorreu, e por esse motivo faço-lhe 
uma doação, incorri em erro essencial, e não em erro acidental, 
porque não fosse inexistente a causa, não teria realizado o negócio 
jurídico. Incorreta a alternativa “B”, que deve ser assinalada. 
O dolo acidental só obriga a satisfação das perdas e danos, não 
ensejando a anulabilidade do negócio jurídico. Correta a alternativa 
“C”. 
A coação que é considerada defeito do negócio jurídico é a moral ou 
psicológica. A coação física é causa de nulidade, e não de anulação. 
Correta a alternativa “D”. 
 
(OAB/RJ Março - 2004) 
28. Sobre simulação no novo Código Civil, é correto afirmar 
que: 
 
A) Não se trata de hipótese de anulação, como no Código anterior, 
mas sim de nulidade do negócio jurídico; 
B) Decorre da prática de atos legais, mas com a finalidade de 
prejudicar terceiros, ou, ao menos, frustar a aplicação de 
determinada regra jurídica; 
C) Foi excluída do novo Código Civil, não sendo causa de 
inexistência, nem nulidade e, tampouco, de anulação do negócio 
jurídico; 
D) É o artifício ou expediente astucioso, empregado para induzir 
alguém à prática de um ato jurídico, que o prejudica. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
Diferentemente do tratamento dado pelo Código Civil de 1916, que 
considerava a simulação como defeito do negócio jurídico, ensejando 
a sua anulabilidade, o CC de 2002 trata da simulação como causa 
para a nulidade do negócio jurídico. Assim, o ato jurídico simulado é 
nulo. Correta a afirmativa “A”. 
O negócio jurídico simulado é nulo, porque ilegal, tendente a 
prejudicar terceiros ou fraudar a lei. Portanto, incorreta a alternativa 
“B”. 
Incorreta a alternativa “C”, porquanto é prevista a simulação 
expressamente no CC/2002 como causa de nulidade. 
O artifício ou expediente astucioso, empregado em face de alguém 
para induzi-la à prática de um negócio jurídico é o dolo, e não 
simulação. 
 
QUESTÕES APRESENTADAS 
 
(Anal.ass.jur/SE/2001) 
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01. Se alguém fizer seguro de vida, omitindo moléstia grave, e 
vier a falecer poucos meses depois, vindo a prejudicar a 
seguradora e a beneficiar os sucessores, ter-se-á a 
configuração de: 
 
A) dolo positivo. 
B) dolo acidental. 
C) simulação relativa subjetiva. 
D) simulação absoluta. 
E) dolo negativo. 
 
(Analista Jud./1ªReg./2003) 
02. Dentre os defeitos do negócio jurídico, pode-se citar: 
 
A) o objeto ilícito; 
B) a condição; 
C) o erro substancial; 
D) a incapacidade do agente; 
E) o encargo. 
 
(AnalistaJudiciário/CE/2003) 
03. Se "A" pensa adquirir uma jóia de prata, que, na verdade, 
é de aço, ter-se-á anulabilidade do negócio por: 
 
A) erro acidental. 
B) erro quanto ao motivo do negócio. 
C) lesão. 
D) erro substancial sobre a qualidade essencial do objeto. 
E) erro na transmissão da vontade por meios interpostos. 
 
(Delegado de polícia/SP/03) 
04. Assinale a alternativa correta: Causa a anulabilidade do 
negócio jurídico o vício resultante de: 
 
A) coação, que deverá ser suficiente para incutir ao paciente 
qualquer temor de dano, dirigido a sua pessoa, sua família, ou aos 
seus bens. 
B) dolo, mesmo se acidental. 
C) erro acerca da identidade ou de qualidade essencial da pessoa a 
quem se refira à declaração de vontade, desde que tenha influído 
nesta de modo relevante. 
D) simulação, cuja ocorrência sempre se verificará quando os 
instrumentos particulares forem antedatados ou pós-datados. 
 
(Fiscal do Trabalho/MT-1/2003) 
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05. "A" constitui uma renda em favor de "B", enquanto este 
estiver estudando. Trata-se de negócio que contém: 
 
A) condição resolutiva 
B) encargo 
C) condição necessária 
D) condição contraditória 
E) condição suspensiva 
 
(Mag. Trab. 14ºReg./2004) 
06. TOMANDO POR BASE AS AFIRMAÇÕES ABAIXO ASSINALE 
A ALTERNATIVA CORRETA. 
Levando consideração os critérios estabelecidos pelo Código 
Civil para determinação dos defeitos dos negócios jurídico é 
correto afirmar: 
 
I - O falso motivo vicia a declaração em todas hipóteses. 
II - O erro não é substancial quando sendo de direito e não 
implicando recusa à aplicação da lei, for o motivo principal do negócio 
jurídico. 
III - Quando ambas as partes procedem com dolo na pratica do 
negócio jurídico qualquer delas poderá alegá-lo para anula-lo e 
requerer indenização. 
IV - O dolo acidental só obriga à satisfação das perdas, danos e 
lucros cessantes. 
 
A) A afirmativa I está correta. 
B) A afirmativa II está correta. 
C) A afirmativas III e IV estão corretas. 
D) Todas as afirmativas estão corretas. 
E) Todas afirmativas estão incorretas. 
 
(TRT Mag./PI/2000) 
07. São vícios do consentimento: 
 
A) Erro, dolo e simulação; 
B) Simulação e fraude contra credores; 
C) Erro, dolo e coação; 
D) Coação, lesão e simulação; 
E) n.r.a. 
 
(TRT Mag./PI/2000) 
08. O erro, para levar à anulação do negócio jurídico, deve ser: 
 
A) Susbstancial e escusável; 
B) Acidental e escusável; 
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C) Substancial e inescusável; 
D) Acidental e inescusável; 
E) n.r.a. 
 
(Mag. Trab. PR/2001) (ADAPTADA) 
09. ASSINALAR A ALTERNATIVA CORRETA. 
Para sabermos se um ato jurídico é válido devemos analisar: 
 
I - Se quem o praticou tinha capacidade. 
II - Se seu objeto era lícito, possível, determinado ou determinável. 
III - Se a forma foi prevista ou não proibida por lei. 
IV - Se na declaração da vontade se atendeu mais ao sentido literal 
da linguagem que sua intenção. 
 
A) I e IV estão corretas. 
B) II, III e IV estão corretas. 
C) I e III são incorretas. 
D) Apenas a IV está incorreta. 
E) Todas alternativas são incorretas. 
 
(Mag. Trab. PR/2001) (ADAPTADA) 
10. SÃO NULOS OS NEGÓCIOS JURÍDICOS: 
 
I - Quando praticados por pessoa absolutamente incapaz. 
II - Que têm seu efeito negado por lei. 
III - Que sejam praticados com inobservância de alguma solenidade 
que a Lei considere essencial para sua validade.IV - Que sejam praticados em fraude contra credores. 
 
A) I e III estão corretas. 
B) I e IV estão incorretas. 
C) Apenas a IV esta incorreta. 
D) Todas as alternativas são incorretas. 
E) Todas as alternativas estão corretas. 
 
(Magistratura Estadual/SC/27/04/2003) 
11. A LESÃO é vício de consentimento previsto no atual Código 
Civil. Assinale, então, entre as alternativas seguintes, a 
INCORRETA: 
 
A) lesão tem como um dos seus pressupostos a premente 
necessidade daquele que se obriga a prestação manifestamente 
desproporcional ao valor da prestação oposta. 
B) A lesão ocorre, também, quando alguém, por inexperiência, se 
obriga a prestação manifestamente desproporcional ao valor da 
prestação oposta. 
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C) A lesão não é causa de anulação do negócio jurídico, se o 
favorecido concordar com a redução do proveito que obteve. 
D) A desproporção entre as prestações há que considerar, para que 
haja lesão, os valores vigentes quando da celebração do negócio 
jurídico. 
E) Há lesão, ainda quando a manifesta desproporcionalidade entre o 
valor da prestação a que se obriga alguém e o valor da prestação 
oposta, decorrer de fato superveniente. 
 
(Magistratura Estadual-SP-2003) 
12. A propósito dos defeitos que, segundo o novo Código Civil, 
tornam anuláveis os negócios jurídicos, analise as seguintes 
relações: 
 
I. o erro, a coação e o estado de perigo; 
II. a lesão, a fraude contra credores e a coação; 
III. o estado de perigo, a lesão e o dolo; 
IV. o dolo, o erro e a simulação. 
 
Pode-se afirmar que são integralmente verdadeiras as relações: 
 
A) I e II, somente. 
B) III e IV, somente. 
C) I, II e III, somente. 
D) I, II, III e IV. 
 
(Magistratura/ES/2003) 
13. Quando a ineficácia de um negócio jurídico está 
subordinada a um evento futuro e incerto, diz-se que o 
negócio está submetido a: 
 
A) termo final; 
B) encargo; 
C) Condição Resolutiva; 
D) condição potestativa; 
E) condição. 
 
(Ministério Público/RS/03-2003) (adaptada) 
14. Considerando o novo Código Civil e as seguintes 
assertivas: 
 
I - Incorre em nulidade o negócio jurídico quando apresente objeto 
indeterminável. 
II - Nulifica o negócio jurídico ofensa cometida contra lei imperativa, 
que tanto pode dar-se por ofensa frontal ou direta. 
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III - É nulo o contrato de compra e venda se a fixação do preço resta 
com o exclusivo arbítrio de uma das partes. 
IV - É nulo o negócio jurídico praticado direta e pessoalmente por 
quem, em razão de causa transitória, não possa exprimir a sua 
vontade. 
V - É nulo o negócio jurídico por vício resultante de dolo. 
 
Assinale a alternativa correta: 
 
A) Somente as assertivas I, II, III e IV estão corretas. 
B) Somente as assertivas I, III e V estão corretas. 
C) Somente as assertivas II, III e V estão corretas. 
D) Somente as assertivas I, II, e IV estão corretas. 
E) Todas as assertivas estão corretas. 
 
(Ministério Público/RS/03-2003) 
15. Em relação ao estado de perigo, considerando o novo 
Código Civil e as seguintes assertivas: 
 
I - Está disposto na categoria de causa de anulabilidade do negócio 
jurídico. 
II - Em seu substrato não está a ficção de igualdade das partes, de 
modo que a regra tem relevância na tutela do contratante fraco. 
III - É indiferente que a parte beneficiada saiba que a obrigação foi 
assumida pela parte contrária para que esta se salve de grave dano. 
IV - Não pode o juiz considerar circunstâncias favoráveis para o efeito 
de estender a regra para pessoa não integrante da família do 
declarante. 
V - Confunde-se com o instituto da lesão, pois como ocorre nesta 
última, considera-se, além da premente necessidade econômica, a 
inexperiência de quem se obriga a contratar, circunstâncias 
determinantes das prestações avençadas de maneira manifestamente 
desproporcional. 
 
Assinale a alternativa correta: 
 
A) Somente as assertivas I, II estão corretas. 
B) Somente as assertivas II, III e IV estão corretas. 
C) Somente as assertivas I, II, III, e IV estão corretas. 
D) Somente as assertivas III e V estão corretas. 
E) Somente as assertivas IV e V estão corretas. 
 
(Mag. Est. RN 2000) 
16. Segundo o sistema de nulidades do Código Civil, 
 
A) o ato nulo pode ser ratificado pelas partes. 
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B) o ato anulável pode ser considerado como tal pelo Juiz, de ofício. 
C) o ato anulável só pode ser assim considerado quando julgado por 
sentença. 
D) qualquer pessoa pode alegar que um ato é nulo. 
E) uma vez reconhecido, por sentença, que um ato é anulável, tal 
declaração aproveita mesmo aos que não alegaram a invalidade. 
 
(Magistratura/PR/1998) 
17. Quanto aos defeitos dos atos jurídicos e de acordo com 
disposições do Código Civil, é correto afirmar-se que: 
 
A) o erro na indicação da pessoa, ou coisa, a que se referir a 
declaração de vontade, viciará o ato, ainda que, por seu contexto e 
pelas circunstâncias, possam ambas ser identificadas. 
B) a coação, quando exercida por terceiro, não vicia o ato. 
C) a invalidade dos atos simulados poderá ser demandada pelos 
terceiros lesados pela simulação. 
D) o dolo de terceiro, embora dele tenha ciência uma das partes, não 
autoriza a anulação do ato. 
 
(Mag. Est. DF 29/06/2003) 
18. É anulável o negócio jurídico: Assinale a alternativa 
correta: 
 
A) celebrado por pessoa que, mesmo por causa transitória, não 
possa exprimir sua vontade; 
B) quando for indeterminável o seu objeto; 
C) quando o motivo determinante, comum a ambas as partes, for 
ilícito; 
D) quando ocorrente fraude contra credores. 
 
(Mag. Est. DF 29/06/2003) 
19. Assinale a alternativa correta: Caracteriza-se a lesão: 
 
A) quando alguém, premido da necessidade de salvar-se, ou a 
pessoa de sua família, de grave dano conhecido pela outra parte, 
assume obrigação excessivamente onerosa; 
B) quando uma pessoa, sob premente necessidade, ou por 
inexperiência, se obriga à prestação manifestamente desproporcional 
ao valor da prestação oposta; 
C) quando artifício ou expediente astucioso é usado para induzir 
alguém à prática de um ato jurídico, que o prejudica, aproveitando ao 
autor do artifício ou expediente astucioso, ou a terceiro; 
D) quando incutido na vítima fundado temor de dano iminente e 
considerável à sua pessoa, à sua família, ou aos seus bens, realiza 
ela, perdendo a espontaneidade do querer, o ato que lhe é exigido. 
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(MPE/PR/14/03/2004) 
20. Sobre Defeitos do Negócio Jurídico, assinale a alternativa 
incorreta: 
 
A) A coação, para viciar a declaração da vontade, há de ser tal que 
incuta ao paciente fundado temor de dano iminente e considerável à 
sua pessoa, à sua família, ou aos seus bens. Se disser respeito a 
pessoa não pertencente à família do paciente, o juiz, com base nas 
circunstâncias, decidirá se houve coação; 
B) A anulabilidade do negócio jurídico, quando pronunciada de ofício, 
terá efeito antes de julgada por sentença. Só os interessados a 
podem alegar, e aproveita exclusivamente aos que a alegarem, salvo 
o caso de solidariedade ou indivisibilidade; 
C) Configura-se o estado de perigo quando alguém, premido da 
necessidade de salvar-se, ou a pessoa de sua família, de grave dano 
conhecido pela outra parte, assume obrigação excessivamente 
onerosa. Tratando-se de pessoa não pertencente à família do 
declarante, o juiz decidirá segundo as circunstâncias; 
D) O menor, entre dezesseis e dezoito anos, não pode, para eximir-se de uma obrigação, invocar a sua idade se dolosamente a ocultou 
quando inquirido pela outra parte, ou se, no ato de obrigar-se, 
declarou-se maior; 
E) O dolo do representante legal de uma das partes só obriga o 
representado a responder civilmente até a importância do proveito 
que teve; se, porém, o dolo for do representante convencional, o 
representado responderá solidariamente com ele por perdas e danos. 
 
(MP/SP/82ºConcurso/2001) 
21. A expressão "dôo o meu terreno situado à rua X, no 30, 
bairro Bela Vista, nesta cidade, à Municipalidade, a fim de que 
nele seja construído um hospital" encerra uma liberalidade 
gravada com: 
 
A) condição resolutiva. 
B) condição suspensiva. 
C) termo certo. 
D) condição potestativa. 
E) encargo. 
 
(Ministério Público/PE/2002) 
22. Lúcio, para esconder receitas oriundas de venda e compra 
de imóveis, negociava-os em nome de seu amigo Ângelo, 
usando-o como "laranja" ou "testa de ferro". Em cada 
contrato, o ato jurídico foi viciado: 
 
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A) pela simulação, podendo ser anulado a requerimento de quem 
tenha legítimo interesse. 
B) pela simulação e não gera nenhum efeito, porque é nulo de pleno 
direito. 
C) pelo dolo, em face da má-fé de Lúcio e de Ângelo, causa de sua 
nulidade. 
D) pelo dolo de Lúcio e pela ignorância de Ângelo, considerando-se 
inexistente. 
E) pela coação irresistível de Lúcio sobre Ângelo, sem a qual ele não 
subscreveria os atos necessários. 
 
(OAB/AL/1º-2000) 
23. A condição, para o direito civil é.... 
 
A) cláusula que subordina o efeito do ato jurídico a evento futuro e 
incerto, podendo ser suspensiva ou resolutiva. 
B) cláusula que subordina o efeito do ato jurídico a evento futuro e 
certo, podendo ser suspensiva ou resolutiva 
C) cláusula que subordina o efeito do ato jurídico a evento futuro e 
incerto, podendo ser supressiva ou resolutiva. 
D) NDR 
 
(OAB/DF/30/11/2003) 
24. Ressalte a opção que carrega uma afirmativa inadequada: 
 
A) termo inicial suspende o exercício, mas não a aquisição do direito. 
B) encargo não suspende a aquisição e muito menos o exercício do 
direito, salvo quando expressamente imposto no negócio jurídico, 
pelo disponente, como condição suspensiva. 
C) falso motivo somente vicia a declaração de vontade quando 
expresso como razão determinante. 
D) dolo do representante legal ou convencional de uma das partes 
obriga o representado a responder civil e solidariamente por perdas e 
danos. 
 
(OAB/GO/21-03-99) 
25. Quanto aos atos jurídicos, assinale a alternativa correta: 
 
A) São nulos de pleno direito os atos jurídicos, quando as 
declarações de vontade emanarem de erro substancial; 
B) O dolo acidental não obriga à satisfação de perdas e danos; 
C) A coação exercida por terceiro não vicia o ato; 
D) A validade do ato jurídico requer agente capaz, objeto lícito e 
forma prescrita ou não defesa em lei. 
 
(OAB-MG-2002) 
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26. É CORRETO afirmar que será considerado nulo de pleno 
direito todo ato jurídico, quando: 
 
A) for preterida alguma solenidade que a lei considere essencial para 
a sua validade. 
B) for praticado por pessoa relativamente incapaz. 
C) for praticado com vício resultante de coação. 
D) for praticado com vício resultante de erro, dolo, simulação ou 
fraude. 
 
 
(OAB/PB/2002) 
27. Sobre defeitos do negócio jurídico, assinale a alternativa 
incorreta: 
 
A) para que se configure erro, um dos requisitos é o de que ele deva 
ser real, ou seja, recair sobre o objeto do contrato e não 
simplesmente sobre o nome ou sobre qualificações. 
B) há erro acidental se o sujeito "A" doa para o sujeito "B" um bem 
móvel, supondo que o sujeito "B" havia salvado sua vida, o que não 
ocorreu. 
C) no dolo acidental não há vício do consentimento, mas sim, ato 
ilícito que gera responsabilidade para o culpado. 
D) na coação absoluta, não há configuração de vício de vontade, 
existindo total ausência de vontade, o negócio jurídico se reduz a 
caso de nulidade. 
 
(OAB/RJ Março - 2004) 
28. Sobre simulação no novo Código Civil, é correto afirmar 
que: 
 
A) Não se trata de hipótese de anulação, como no Código anterior, 
mas sim de nulidade do negócio jurídico; 
B) Decorre da prática de atos legais, mas com a finalidade de 
prejudicar terceiros, ou, ao menos, frustar a aplicação de 
determinada regra jurídica; 
C) Foi excluída do novo Código Civil, não sendo causa de 
inexistência, nem nulidade e, tampouco, de anulação do negócio 
jurídico; 
D) É o artifício ou expediente astucioso, empregado para induzir 
alguém à prática de um ato jurídico, que o prejudica. 
 
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AULA 4 – PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA 
 
(Analista Jud./1ªReg./2003) 
01. Quanto à prescrição e à decadência, é correto afirmar que: 
 
A) o prazo prescricional é estabelecido por lei ou por vontade das 
partes, o prazo decadencial somente é estabelecido por lei; 
B) a decadência e a prescrição são conhecidas de ofício pelo 
magistrado; 
C) a decadência e a prescrição são renunciáveis; 
D) a decadência não corre contra os ausentes; 
E) a prescrição pode ser interrompida por qualquer interessado. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
Os prazos prescricionais são estabelecidos somente em lei. Aliás, 
quanto a lei não fixar que o prazo é prescricional, será ele 
considerado decadencial. Incorreta a alternativa “A”. 
A prescricão só pode ser decretada de ofício se favorecer a 
absolutamente incapaz (art. 194). A decadência legal (cujo prazo é 
estabelecido em lei) pode ser pronunciada de ofício, mas não a 
decadência convencional (estabelecida por acordo entre as partes) 
(art. 211). Incorreta a alternativa “B”. ATENÇÃO!!! A lei 
11280/2006 revogou o art. 194, sendo que agora o juiz pode 
conhecer da prescrição de ofício. Entretanto, essa lei só 
entrará em vigor em maio de 2006. 
O prazo de prescrição pode ser renunciado, mas só valerá se for feita 
a renúncia sem prejuízo de terceiro, e desde que já consumada (art. 
191). A decadência convencional pode ser renunciada, mas não a 
decadência legal (art. 209). Incorreta a alternativa “C”. 
Os prazos de decadência não se sujeitam às causas de impedimento, 
interrupção ou suspensão, assim como os prazos prescricionais. A 
única exceção encontra-se no art. 208, que prevê que os prazos 
decadenciais não corre contra os absolutamente incapazes (art. 
198,I). Incorreta a alternativa “D”. 
A prescrição pode ser alegada em qualquer grau de jurisdição, pela 
parte a quem aproveita, ou seja, por qualquer interessado em sua 
alegação (art. 193). Portanto, correta a alternativa “E”. 
 
(AnalistaJudiciário/5º Reg.TRT/06/2003) 
02. Quanto à decadência, é INCORRETO afirmar que: 
 
A) o prazo de decadência não corre contra os absolutamente 
incapazes. 
B) o juiz deve, de ofício, conhecer da decadência, quando 
estabelecida por lei. 
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C) a renúncia à decadência fixada em lei é nula. 
D) aplicam-se à decadência as normas que impedem, suspendem ou 
interrompem a prescrição. 
E) parte a quem aproveita pode alegá-la em qualquer grau de 
jurisdição, mas o juiz não pode suprir a alegação, se a decadência for 
convencional. 
 
COMENTÁRIOS: 
A única regra prescricional que se aplica à decadência é a que prevê 
que esta não corre contra os absolutamente incapazes, como prevê o 
art. 208. Correta a alternativa “A”. 
A decadência legal pode ser conhecida de ofício pelo juiz, ou seja, 
sem provocação da parte interessada. Somente a decadênciaconvencional é que não pode ser decretada de ofício (art. 210). 
Correta a alternativa “B”. 
O art. 209 é claro ao dispor que a renúncia à decadência fixada em lei 
é nula. Portanto, correta a alternativa “C”. 
A alternativa “D” está parcialmente incorreta, mas parcialmente 
correta também. As regras sobre impedimento, suspensão e 
interrupção da prescrição não se aplicam à decadência, “salvo 
disposição em contrário”, como preleciona o art. 207. Assim, a regra 
geral é que elas não se aplicam. Portanto, incorreta a alternativa “D”, 
que deve ser assinalada. 
A decadência pode ser alegada por quem tenha interesse em 
qualquer grau de jurisdição, mas o juiz não pode de ofício declarar a 
decadência convencional. Correta a alternativa “E”. 
 
(Analista Jud. 4º Reg. 2004) 
03. De acordo com o Código Civil brasileiro, prescreve em 5 
(cinco) anos a pretensão: 
 
A) relativa à tutela, a contar da data da aprovação das contas. 
B) de cobrança de dívidas líquidas constantes de instrumento público 
ou particular. 
C) para receber prestações vencidas de rendas temporárias ou 
vitalícias. 
D) do beneficiário contra o segurador, no caso de seguro de 
responsabilidade civil obrigatório. 
E) de obter ressarcimento de enriquecimento sem causa. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
Os prazos prescricionais estão previstos nos arts. 205 e 206. 
A pretensão relativa à tutela, a contar da data da aprovação das 
contas, prescreve em 04 anos. Incorreta a alternativa “A”. 
O prazo para cobrança de dívidas originadas de instrumento público 
ou particular é de 05 anos. Correta a alternativa “B”. 
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O prazo prescricional para receber prestações vencidas de rendas 
temporárias ou vitalícias é de 03 anos. Incorreta a alternativa “C”. 
Para pretensões relativas a seguro, o segurado tem o prazo de 01 
ano. Incorreta a alternativa “D”. 
A pretensão para o ressarcimento oriundo de enriquecimento sem 
causa é de 03 anos. Incorreta a alternativa “E”. 
ATENÇÃO!!! Sugerimos a leitura dos arts. 205 e 206, para 
conhecimento de outros prazos prescricionais. 
 
(Anal.Jud/TRE/BA/ÁreaJudiciária/09/2003) (ADAPTADA) 
04. Considere as afirmações abaixo. 
 
I. As causas que impedem, suspendem ou interrompem a prescrição 
aplicam-se à decadência, ante a similitude dos institutos. 
II. O prazo prescricional é fruto de previsão legal, enquanto o 
decadencial tanto pode ser legal como resultar de acordo entre as 
partes. 
III. À decadência, de regra, não se aplicam as causas que impedem, 
suspendem ou interrompem a prescrição, por expressa disposição 
legal. 
IV. O Juiz pode conhecer a decadência de ofício, quando ela for 
convencional. 
 
Está correto APENAS o que se afirma em 
A) I e IV. 
B) I e II. 
C) III e IV. 
D) II e IV. 
E) II e III. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
A decadência e a prescrição não são institutos similares, embora 
excepcionalmente, e muito excepcionalmente, algumas regras 
prescricionais, por expressa deferência legal, são aplicáveis à 
decadência. As causas que impedem, interrompem ou suspendem, 
regra geral, não são aplicáveis ao instituto da decadência. Incorreto o 
item “I” e correto o item “III”. 
Os prazos de prescrição são aqueles, e apenas aqueles estabelecidos 
em lei. Os prazos decadenciais, por seu turno, podem ser 
estabelecidos por lei, caso em que não podem ser alterados, ou por 
vontade das partes (decadência convencional). Correto o item “II”. 
O juiz pode declarar de ofício a decadência legal, mas não a 
convencional, que depende de provocação da parte interessada. 
Incorreto o item “IV”. 
A alternativa correta, com efeito, é a “E”. 
 
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(Anal.Jud/TRE/PI/ÁreaAdministrativa/05/2002) 
05. Corria uma prescrição contra Joaquim e ele veio a morrer. 
Nesse caso, a 
 
A) morte interrompe o curso da prescrição, recomeçando a contar do 
início contra os herdeiros. 
B) prescrição continua a correr contra seus herdeiros, se não 
existirem causas impeditivas ou suspensivas. 
C) morte suspende o curso da prescrição, que recomeça a correr 
contra os herdeiros trinta dias depois. 
D) prescrição deixa de correr e é considerada extinta para todos os 
fins. 
E) prescrição continua a correr, mas o prazo prescricional é contado 
em dobro. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
A prescrição pode ser impedida, suspensa ou interrompida. Quando 
houver uma causa de impedimento, o prazo prescricional não começa 
a fluir. Quando a causa for suspensiva, o prazo fica parado, e cessada 
a causa da suspensão, recomeça a correr de onde parou. Se a causa 
for de interrupção, o prazo que havia sido iniciado passa a recomeçar 
do zero, integralmente. 
Dentre as causas impeditivas, suspensivas e interruptivas, não se 
encontra a morte da pessoa, de modo que, segundo a dicção do art. 
196, “a prescrição iniciada contra uma pessoa continua a correr 
contra o seu sucessor”. Assim, incorreta a alternativa “A”, porque a 
morte não é causa de interrupção da prescrição. 
Correta a alternativa “B”, que compreende o teor do art. 196. 
Incorreta a alternativa “C”, porque não é causa de suspensão, nem 
muito menos existe o prazo temporal de 30 dias para que ela 
recomece a correr. 
Igualmente incorreta a alternativa “D”, já que há previsão legal de 
sua continuação no art. 196 supra referido. 
Incorreta a alternativa “E”, pois embora a prescrição continue a 
correr contra os sucessores do falecido, não existe a previsão do 
prazo prescricional ser contado em dobro. 
 
(AnalistaJudiciário/3ªReg/TRT/01/2005) 
06. A prescrição e a decadência não correm: 
 
A) pendendo condição suspensiva ou ação de evicção. 
B) contra os ausentes do país em serviço público da União. 
C) enquanto o autor do ato ilícito considerado crime não for 
definitivamente condenado no juízo criminal. 
D) se o prazo para o pagamento da dívida não estiver vencido. 
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E) contra os absolutamente incapazes. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
A questão requer seja informada a causa que corresponde ao 
impedimento tanto da prescrição como da decadência, ou seja, 
quando esta não começa. Quisemos grifar a decadência porque, como 
já havíamos afirmado anteriormente, as causas que se referem à 
prescrição, regra geral, não se aplicam à decadência. 
Assim, incorreta a alternativa “A”, pois embora na pendência de 
condição suspensiva ou de ação de evicção não corra a prescrição 
(art. 199, I), esta causa não se aplica à decadência. 
Não corre igualmente prescrição quanto aos ausentes do País a 
serviço público da União, dos Estados ou dos Municípios (art. 198, II), 
mas esta causa só se aplica à prescrição, e não à decadência. 
Incorreta a alternativa “B”. 
Não está previsto no Código Civil, seja como causa de impedimento, 
de suspensão ou de interrupção, a ausência de trânsito em julgado 
de condenação na esfera criminal, que, aliás, é autônoma em relação 
à seara cível, salvo em algumas hipóteses excepcionais. Incorreta a 
alternativa “C”. 
Segundo o art. 199, II, enquanto não estiver vencido o prazo, não 
corre a prescrição, mas essa regra não se aplica à decadência. 
Incorreta a alternativa “D”. 
Além da regra contida no art. 195, a única regra prescricional que se 
aplica à decadência é a de que esta, em ambos os casos, não corre 
contra os absolutamente incapazes, por expressa previsão legal (art. 
208). Correta a alternativa “E”. 
 
(Analista Jud. 4º Reg. 2004) 
07. Tendo em conta o disposto no Código Civil vigente a 
respeito dos prazos prescricionais, é INCORRETO afirmar que 
prescreve em: 
 
A) 2 anos a pretensão para haver prestações alimentares, a partir da 
data em que vencerem. 
B)3 anos a pretensão relativa a aluguéis de prédios urbanos ou 
rústicos. 
C) 4 anos a pretensão relativa à tutela, a contar da data de 
aprovação das contas. 
D) 5 anos a pretensão de cobrança de dívidas líquidas constantes de 
instrumento público ou particular. 
E) 20 anos a ação sempre que a lei não haja fixado prazo menor. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
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A pretensão relativa à pensão alimentícia, a partir da data em que se 
vencerem, prescreve em 02 anos. Correta a alternativa “A”. 
Também está correto o prazo prescricional de 03 anos para as 
pretensões relativas a aluguéis de prédios urbanos ou rústicos. 
Correta a alternativa “B”. 
A pretensão relativa à tutela, a contar da data da aprovação das 
contas, prescreve em 04 anos. Correta a alternativa “C”. 
Prescreve em 05 anos as pretensões relativas a dívidas oriundas de 
instrumentos públicos ou particulares. Correta a alternativa “D”. 
Por expressa previsão legal, quando a lei não haja fixado o prazo 
prescricional para a pretensão, está será de 10 anos, e não de 20 
anos. Incorreta a alternativa “”E”, que deve ser assinalada. 
 
(Assessor Jurídico/PI/02/2002) (ADAPTADA) 
08. Já promovida a interdição, quando necessária, não corre 
prescrição contra: 
 
A) pródigos e menores de dezesseis anos. 
B) os que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir sua 
vontade e os maiores de dezesseis mas menores de dezoito anos. 
C) menores absoluta ou relativamente incapazes. 
D) menores de dezesseis anos os que, por enfermidade ou deficiência 
mental, não tiverem necessário discernimento para a prática desses 
atos. 
E) menores de 16 anos e pródigos. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
Os pródigos, considerados tais em processo de interdição, são 
relativamente incapazes. Contra estes, corre a prescrição. Não corre 
contra os menores de 16 anos, que são absolutamente incapazes. 
Incorreta a alternativa “A”. 
São absolutamente incapazes aqueles que, mesmo por causa 
transitória, não puderem exprimir sua vontade e, contra estes, não 
corre a prescrição. Vale lembrar, contudo, que nesta situação, não há 
necessidade de um processo de interdição, até porque a causa da 
incapacidade é temporária, bastando o pleito de nulidade do ato 
praticado nestas condições. Os maiores de 16 e menores de 18 são 
relativamente incapazes, e contra estes corre a prescrição. Incorreta 
a alternativa “B”. 
Contra os relativamente incapazes corre a prescrição. Tal não ocorre 
apenas em relação aos absolutamente incapazes. Incorreta a 
alternativa “C”. 
Os menores de 16 anos e os que, por enfermidade ou deficiência 
mental, não tiverem necessário discernimento para a prática de atos 
da vida civil são considerados absolutamente incapazes. Estes 
dependem de um processo de interdição. No caso da incapacidade 
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por menoridade, não há necessidade de interdição, a incapacidade 
decorre da menoridade, é causa automática. Como contra os 
absolutamente incapazes não corre a prescrição, correta está a 
alternativa “D”. 
Os menores de 16 anos são absolutamente incapazes, e contra estes 
não corre a prescrição, mas os pródigos são relativamente incapazes, 
não se lhes aplicando a regra do impedimento do curso do prazo 
prescricional. Incorreta a alternativa “E”. 
 
(Delegado de Polícia/SP/03) 
09. Assinale a alternativa correta: A prescrição, que alude à 
extinção da pretensão de um direito material, por seu não 
exercício no prazo legal, 
 
A) poderá ser alegada, em qualquer grau de jurisdição, pela parte a 
quem aproveita. 
B) será sempre interrompida, por qualquer ato judicial. 
C) não correrá contra as pessoas jurídicas de direito público interno. 
D) ocorrerá em vinte anos, quando a lei não lhe tenha fixado prazo 
menor. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
A prescrição, segundo a clara dicção do art. 193, pode ser alegada 
em qualquer grau de jurisdição pela parte a quem aproveita. Correta 
a alternativa “A”. 
Nem todos os atos judiciais motivam a interrupção da prescrição, 
mas somente aqueles previstos no art. 202, quais sejam: a) 
despacho do juiz, mesmo que incompetente, que ordenar a citação; 
b) protesto judicial; c) apresentação do título de crédito em juízo de 
inventário ou em concurso de credores; d) qualquer ato judicial que 
constitua em mora o devedor. Outros atos extrajudiciais também são 
elencados no art. 202, o que implica dizer que nem todos os atos 
judiciais interrompem a prescrição, e que existem outros atos, 
extrajudiciais, que podem promover dita interrupção. Incorreta a 
alternativa “B”. 
Nos arts. 197, 198 e 199 estão previstas as causas de impedimento 
da prescrição. Neles, não existe a previsão de que esta não corra 
contra as pessoas jurídicas de direito público, que também se 
sujeitam às regras prescricionais. Incorreta a alternativa “D”. 
Quando a lei não fixar prazo menor para a prescrição da pretensão, a 
regra a viger é de que este prazo é de 10 anos. Incorreta a 
alternativa “E”. 
 
(Mag. Trab. PR/2001) (ADAPTADA) 
10. EM RELAÇÃO À PRESCRIÇÃO E À DECADÊNCIA É CORRETO 
AFIRMAR QUE: 
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a. Ambas não se confundem, apesar de passíveis de suspensão, pois, 
na prescrição ocorre a perda do direito de ação e na decadência, a 
perda do direito material. 
b. Ocorre interrupção de prescrição na propositura de ação de 
evicção, computando-se o tempo já transcorrido antes da causa que 
a motivou. 
c. A decadência é oponível "erga omnes", enquanto a prescrição não 
é oponível a certas pessoas, como menores de 16 anos e portadores 
de doença mental. 
d. São requisitos da prescrição e da decadência a inércia do titular de 
um direito e o decurso do tempo para o exercício desse mesmo 
direito, sendo que a decadência legal pode ser declarada "ex officio" 
pelo juiz. 
 
A) I e IV estão incorretas. 
B) II e IV estão corretas. 
C) III e IV estão corretas. 
D) Todas as alternativas estão corretas. 
E) Nenhuma das alternativas está correta. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
Prescrição e decadência não se confundem. A prescrição é a perda da 
pretensão (do direito de ação) por não ter o seu titular exercido no 
prazo legalmente previsto. Se sujeita à regras de impedimento, 
suspensão e interrupção. A decadência compreende a perda do 
próprio direito material. Aquela atinge a pretensão, e indiretamente o 
direito, que não pode mais ser exercido. Esta atinge o próprio direito 
e, pela via oblíqua, a pretensão. Regra geral, a decadência não se 
sujeita ao impedimento, suspensão e interrupção. Incorreta a 
alternativa “a”. 
Pendendo ação de evicção, não corre a prescrição (art. 199, III). A 
causa de interrupção, quando ocorrida, faz com que, quando cessada, 
o prazo prescricional recomece do início, desprezando-se o tempo 
eventualmente transcorrido antes da causa interruptiva. Incorreta a 
alternativa “b”. 
A regra geral é que a decadência corre contra todos, enquanto que a 
prescrição não corre contra os absolutamente incapazes. Correta a 
alternativa “c”. 
Em ambos os casos, deve haver inércia do titular do direito, que não 
exerceu a sua pretensão (no caso de prescrição) ou o seu direito (no 
caso de decadência) no prazo legalmente previsto. A decadência legal 
pode ser decretada de ofício pelo magistrado, mas não a 
convencional. A prescrição somente pode ser decretada mediante 
provocação, salvo se favorecer a absolutamente incapaz, mas repita-
se: o art. 194 do CC foi revogado pela Lei 11280/2006, e a partir de 
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maio de 2006, a prescrição, em qualquer situação,pode ser alegada 
pelo magistrado de ofício. Correta a alternativa “d”. 
Deve ser assinalada, portanto, a alternativa “C”. 
 
(Magistratura Estadual-SP-2003) 
11. Considere as seguintes afirmações sobre prescrição e 
decadência: 
 
I. a prescrição ocorre em 15 (quinze) anos, quando a lei não lhe haja 
fixado prazo menor; 
II. em nenhuma hipótese o juiz pode suprir, de ofício, a alegação de 
prescrição; 
III. deve o juiz conhecer, de ofício, da decadência, tanto a 
convencional, quanto a estabelecida por lei; 
IV. entre as causas que interrompem a prescrição, inclui-se o 
protesto, salvo o cambial. 
 
Pode-se afirmar que não são integralmente corretas as afirmações 
 
A) I e II, somente. 
B) III e IV, somente. 
C) I, II, III, somente. 
D) I, II, III e IV. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
Quando a lei nao haja fixado prazo menor para a prescrição de 
determinada pretensão, esse prazo é de 10 anos. Incorreto o item 
“I”. 
O juiz pode decretar de ofício a prescrição, quando beneficiar um 
absolutamente incapaz (art. 194). Incorreto o item “II”. 
Somente a decadência legal pode ser conhecida de ofício pelo juiz; a 
convencional depende de provocação da parte interessada. Incorreto 
o item “III”. 
Está previsto como causa de interrupção da prescrição (art. 202, III) 
o protesto cambial. Incorreto o item “IV”. 
Como todos os itens estão incorretos, a alternativa correta é a letra 
“D”. 
 
(MinistérioPúblico/RS/03-2003) 
12. Quanto à prescrição, tendo em vista o novo Código Civil e 
as seguintes assertivas: 
 
I - A exceção (meio de defesa) prescreve no mesmo prazo que a 
pretensão (direito de ação). 
II - Podem as partes, por acordo, promover a alteração de prazos de 
prescrição. 
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III - A prescrição pode ser interrompida por qualquer interessado. 
IV - Dá-se em dez anos a prescrição quando a lei não lhe haja fixado 
prazo menor. 
V - O juiz pode suprir de ofício a alegação de prescrição para 
favorecer a absolutamente incapaz. 
 
Assinale a alternativa correta: 
A) Somente as assertivas I, II, III , IV estão corretas. 
B) Somente as assertivas I, II, IV, V estão corretas. 
C) Somente as assertivas I, III, IV e V estão corretas. 
D) Somente as assertivas II, III e V estão corretas. 
E) Todas as assertivas estão corretas. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
O art. 190 do CC prevê que a exceção (defesa) prescreve no mesmo 
prazo da pretensão. Correto o item I. 
Os prazos prescricionais são estabelecidos em lei, e não podem ser 
alterados pelas partes (art. 192). Incorreto o item II. 
A prescrição pode ser alegada em qualquer grau de jurisdição pelo 
interessado (art. 193). Correto o item III. 
Quando a lei não houver fixado menor prazo, este será de 10 anos 
para a prescrição da pretensão. Correto o item IV. 
Enquanto não entrar em vigor a lei 10280/2006, que revogou o art. 
194, e está em vacatio legis, o juiz só poderá declarar de ofício a 
prescrição se esta favorecer a um absolutamente incapaz. Correto o 
item IV. 
Assim, a questão correta é a “C”. 
 
(Mag. Est. DF/2003) 
13. A pretensão de reparação civil, de acordo com o vigente 
Código Civil, prescreve:Assinale a alternativa correta: 
 
A) em vinte anos; 
B) em cinco anos; 
C) em três anos; 
D) em dez anos. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
A pretensão de reparação civil, segundo o art. 205 do CC, prescreve 
em 03 anos. Correta a alternativa “C”. 
 
(Mag. Fed. TRT 18ª reg/2002) 
14. Assinale alternativa correta. No âmbito do direito civil, é 
correto afirmar-se: 
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I - as pessoas jurídicas estão sujeitas aos efeitos da prescrição e 
podem invocá-los sempre que lhes aproveitar; 
II - a renúncia da prescrição pode ser expressa, ou tácita; 
III - tácita é a renúncia, quando se presume de fatos do interessado 
incompatíveis com a prescrição; 
IV - o juiz deve conhecer da prescrição de direitos patrimoniais, 
mesmo se não foi invocada pelas partes; 
 
A) as assertivas II e IV estão corretas; 
B) as assertivas I e II estão incorretas; 
C) somente a assertiva III está correta; 
D) as assertivas I, II e III estão corretas; 
E) somente a assertiva IV está correta. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
Todas as pessoas estão sujeitas às regras prescricionais, inclusive as 
pessoas jurídicas de direito público, não tendo sido estabelecida 
legalmente qualquer ressalva quanto a estas. Qualquer interessado, 
inclusive estas pessoas, podem alega-la. Correto o item I. 
O art. 191 prevê que a renúncia à prescrição pode ser tácita ou 
expressa, mas só valerá se feita depois de consumado o prazo e 
desde que sem prejuízo de terceiros. Tácita, segundo o dispositivo 
legal em comento, é aquela que se presume por fatos do interessado, 
incompatíveis com a prescrição. Corretos os itens II e III. 
A prescrição só pode ser reconhecida de ofício pelo juiz quando 
favorecer absolutamente incapazes. Incorreto o item IV. 
A alternativa correta, pois, é a “D”. 
 
(OAB/AM/24-08-2002) 
15. A prescrição: 
 
A) não corre pendendo ação de evicção. 
B) é suspensa pela citação válida, ainda que ordenada por juiz 
incompetente. 
C) suspensa em favor de um dos credores solidários, aproveita- se 
em qualquer caso a todos os outros credores. 
D) pode ser interrompida nos casos legais, mas não suspensa. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
Não corre a prescrição pendendo ação de evicção, como deixa claro o 
art. 199, III. Correta a alternativa “A”. 
A prescrição é interrompida, e não suspensa, pela citação, ainda 
que ordenada por juiz incompetente (art. 202, I). Incorreta a 
alternativa “B”. 
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A prescrição suspensa em favor de um dos credores solidários não 
aproveita aos demais credores, regra geral. Incorreta a alternativa 
“C”. 
A prescrição pode ser interrompida ou suspensa nos casos legalmente 
previstos. Incorreta a alternativa “D” 
 
(OAB/CE/13/03/2005) 
16. A prescrição: 
 
A) iniciada contra uma pessoa continua a correr contra o seu 
sucessor. 
B) correrá, mesmo pendendo ação de evicção. 
C) suspensa em favor de um dos credores solidários, aproveitará aos 
outros, independentemente da espécie da obrigação. 
D) ocorre em 20 anos, quando a lei não lhe haja fixado prazo menor. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
Segundo a previsão contida no art. 196, a prescrição iniciada contra 
uma pessoa continua a correr contra o seu sucessor. Correta a 
alternativa “A”. 
Está prevista como causa de impedimento do curso prescricional a 
pendência de ação de evicção (art. 199, III). Incorreta a alternativa 
“B”. 
A prescrição suspensa em favor de um dos credores solidários, regra 
geral, não aproveita aos outros. Incorreta a alternativa “C”. 
Quando a lei não houver fixado prazo menor, considera-se a 
prescrição em 10 anos, e não em 20 anos. Incorreta a alternativa 
“D”. 
 
17. (OAB/DF 28.03.2004) 
Assinale o item incorreto. Com relação aos institutos da 
prescrição e da decadência: 
 
A) O Código Civil em vigor deixou claro o antigo entendimento 
doutrinário no sentido de que a prescrição atinge a pretensão; 
B) A decadência atinge direitos não-dotados de pretensão; 
C) A prescrição é renunciável, expressa ou tacitamente; a decadência 
fixada em lei, não; 
D) A suspensão da prescrição em favor de um dos credores aos 
outros aproveita 
 
COMENTÁRIOS: 
 
O Código Civil revogado, de 1916, previa que a prescrição atingia a 
ação, no que foi condenado pelos juristas pátrios. O CC/2002 passou 
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a entender que a prescrição atinge a pretensão, estando correta a 
alternativa “A”.A decadência, por seu turno, atinge o próprio direito, já que a 
pretensão refere-se à prescrição. Correta, igualmente, a alternativa 
“B”. 
A prescrição, depois de consumada, pode ser renunciada, tácita ou 
expressamente. Os prazos decadenciais fixados em lei não podem ser 
alterados ou renunciados pelas partes. Correta a alternativa “C”. 
Regra geral, a suspensão da prescrição em favor de um dos credores 
não aproveita aos demais. Incorreta a alternativa “D”, que deve ser 
assinalada. 
 
(OAB/GO/21-03-99) 
18. Quanto à prescrição é correto afirmar: 
 
A) A prescrição pode ser alegada, em qualquer instância, pela parte a 
quem aproveita; 
B) As pessoas jurídicas não estão sujeitas aos efeitos da prescrição; 
C) O juiz pode conhecer da prescrição de direitos patrimoniais 
mesmo se não foi invocada pelas partes; 
D) A prescrição iniciada contra uma pessoa não corre contra o seu 
herdeiro. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
A prescrição pode ser alegada em qualquer grau de jurisdição, pela 
parte a quem aproveita (art. 193). Correta a alternativa “A”. 
Todas as pessoas, sejam naturais, sejam jurídicas, inclusive de 
direito público, estão sujeitas às regras prescricionais. Incorreta a 
alternativa “B”. 
Enquanto não entrar em vigor, em maio de 2006, a Lei 11280/2006, 
que revogou o art. 194 do CC, o juiz não pode declarar de ofício a 
prescrição, se não for provocado pela parte interessada. Incorreta a 
alternativa “C”. 
A prescrição iniciada contra uma pessoa continua a correr contra o 
seu sucessor (art. 196). Incorreta a alternativa “E”. 
 
(OAB/GO/26-08-01) (ADAPTADA) 
19. Marque a única questão verdadeira: 
 
A) Entre os cônjuges, na constância da sociedade conjugal, corre a 
prescrição. 
B) Não corre a prescrição contra os ausentes do Brasil em serviço 
público da União, dos Estados, ou dos Municípios. 
C) A prescrição só é interrompida por ato judicial que constitua em 
mora o devedor. 
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D) O juiz não pode, em nenhuma situação, ex officio, decretar a 
prescrição. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
Durante a constância da sociedade conjugal, entre os cônjuges, não 
corre a prescrição (art. 197), que só inicia a partir da sua dissolução. 
Incorreta a alternativa “A”. 
Segundo a dicção do art. 198, II, não corre a prescrição contra os 
ausentes do Brasil em serviço público da União, dos Estados ou dos 
Municípios. Correta a alternativa “B”. 
Existem outros casos de interrupção da prescrição que não são 
judiciais (art. 202). Incorreta a alternativa “C”. 
O juiz pode conhecer de ofício a prescrição, desde que para favorecer 
absolutamente incapaz (art. 194). Incorreta a alternativa “D”. 
 
(OAB/MG/03/2003) 
20. Considerando-se o que determina a lei específica, é 
CORRETO afirmar que: 
 
A) a prescrição é irrenunciável. 
B) a prescrição somente pode ser alegada em sede de contestação. 
C) o juiz não pode suprir, de ofício, a alegação de prescrição, salvo se 
favorecer a absolutamente incapaz. 
D) os prazos de prescrição podem ser alterados por convenção das 
partes. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
A prescrição pode ser renunciada, tácita ou expressamente, depois de 
consumada (art. 191). Incorreta a alternativa “A”. 
A prescrição pode ser alegada em qualquer instância, em qualquer 
fase do processo, em qualquer grau de jurisdição (art. 193). 
Incorreta a alternativa “B”. 
O juiz não pode decretar de ofício a prescrição, salvo em benefício de 
absolutamente incapaz. Mas cuidado: O art. 194 foi revogado pela Lei 
11280/2006, e, a partir de maio de 2006, o juiz poderá decretar a 
prescrição de ofício em qualquer situação. Correta a alternativa “C”. 
Os prazos de prescrição, posto que estabelecidos em lei, não podem 
ser objeto de alteração por acordo entre as partes (art. 192). 
Incorreta a alternativa “D”. 
 
(OAB/MG/Dez/01) 
21. Assinale a alternativa INCORRETA: A prescrição não corre: 
 
A) Não estando vencido o prazo. 
B) Contra os relativamente incapazes. 
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C) Pendendo condição suspensiva. 
D) Entre cônjuges, na constância do matrimônio. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
Entre as causas que impedem a prescrição, o CC elenca: 
a) o não vencimento do prazo (art. 199, II); 
b) a pendência de condição suspensiva (art. 199, I); 
c) entre os cônjuges, na constância da sociedade conjugal (art. 197, 
I). 
Corretas, portanto, as alternativas “A”, “C” e “D”. 
A prescrição flui normalmente em face dos relativamente incapazes. 
Só não corre contra os absolutamente incapazes. Incorreta a 
alternativa “B”, que deve ser a assinalada. 
 
(OAB/MT/2001) 
22. É incorreto afirmar que a prescrição pode ser: 
 
A) Renunciada tacitamente pela parte interessada. 
B) Renunciada previamente a sua consumação. 
C) Alegada somente pela parte a quem ela aproveite. 
D) Alegada em qualquer instância. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
A prescrição pode ser renunciada, tácita ou expressamente, 
consoante permissão contida no art. 191 do CC. Correta a alternativa 
“A”. Contudo, a renúncia à prescrição, seja tácita, seja expressa, só 
pode se efetivar depois de consumada, ou seja, depois de 
ultrapassado o seu prazo (art. 191 do CC), tornando incorreta a 
alternativa “B”, que deve ser assinalada. 
A prescrição pode ser alegada pelo interessado em seu benefício em 
qualquer instância, em qualquer fase do processo, em qualquer grau 
de jurisdição. Corretas as alternativas “C” e “D”. 
 
(OAB/MT/2005) 
23.Prescreve em 1 (um) ano: 
 
A) pretensão para haver prestações alimentares; 
B) pretensão para haver aluguéis de prédios rústicos; 
C) pretensão dos credores não pagos contra os sócios da sociedade; 
D) pretensão relativa à tutela. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
A pretensão relativa à prestações alimentícias prescreve em 02 anos, 
a partir da data em que se vencerem. Incorreta a alternativa “A”. 
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A pretensão de aluguéis de prédios rústicos ou urbanos sujeita-se a 
prazo prescricional de 03 anos. Incorreta a alternativa “B”. 
A pretensão relativa à tutela, a contar da data de aprovação das 
contas prestadas pelo tutor, sujeita-se à prescrição em 04 anos. 
Incorreta a alternativa “D”. 
A pretensão dos credores não pagos em face dos sócios da sociedade 
prescreve em 01 ano. Correta a alternativa “C”. 
(OAB/SC/2003) 
24. Assinale a alternativa CORRETA, de acordo com o Código 
Civil (Lei 10.406/2002). 
 
A) Os prazos de prescrição podem ser alterados por acordo das 
partes. 
B) O juiz não pode suprir, de ofício, a alegação de prescrição, salvo 
se favorecer a absolutamente incapaz. 
C) A prescrição ocorre em vinte anos, quando a lei não lhe haja 
fixado prazo menor. 
D) A prescrição iniciada contra uma pessoa não continua a correr 
contra o seu sucessor. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
Os prazos prescricionais são estabelecidos em lei, e, portanto, não 
podem ser alterados pelas partes (art. 192). Incorreta a alternativa 
“A”. 
Enquanto não entrar em vigor, em maio de 2006, a Lei 11280/06, 
que revogou o art. 194 do CC, o juiz só pode suprir de ofício a 
alegação de prescrição para favorecer absolutamente incapaz. 
Correta a alternativa “B”. 
A prescrição, quando a lei não tenha estabelecido menor prazo, 
ocorre em 10 anos. Incorreta a alternativa “C”. 
A prescrição iniciada contra uma pessoa continua a correr contra o 
seu sucessor (art. 196). Assim, se o prazo prescricional estava fluindo 
para uma pessoa, e esta vem a falecer, esse prazo continua fluindo 
em relação aos seus herdeiros. Incorreta a alternativa “D”. 
 
(MinistérioPúblico/RS/03-2003) 
25. Quanto à prescrição, tendo em vista o novo Código Civil e 
as seguintes assertivas:I - A exceção (meio de defesa) prescreve no mesmo prazo que a 
pretensão (direito de ação). 
II - Podem as partes, por acordo, promover a alteração de prazos de 
prescrição. 
III - A prescrição pode ser interrompida por qualquer interessado. 
IV - Dá-se em dez anos a prescrição quando a lei não lhe haja fixado 
prazo menor. 
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V - O juiz pode suprir de ofício a alegação de prescrição para 
favorecer a absolutamente incapaz. 
 
Assinale a alternativa correta: 
 
A) Somente as assertivas I, II, III, IV estão corretas. 
B) Somente as assertivas I, II, IV, V estão corretas. 
C) Somente as assertivas I, III, IV e V estão corretas. 
D) Somente as assertivas II, III e V estão corretas. 
E) Todas as assertivas estão corretas. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
Da mesma forma que a pretensão, a exceção (meio de defesa) 
prescreve em igual prazo (art. 190). Correto o item “I”. 
Os prazos prescricionais não podem ser alterados pelas partes (art. 
192). Incorreto o item “II”. 
A prescrição pode ser alegada por qualquer interessado (art. 193). 
Correto o item “III”. 
Quando a lei não haja fixado prazo prescricional menor, este será de 
10 anos. Correto o item “IV”. 
O juiz não pode declarar a prescrição de ofício, ou seja, sem 
provocação da parte interessada, a não ser para beneficiar 
absolutamente incapaz (art. 194). 
A alternativa correta, portanto, é a letra “C”. 
 
QUESTÕES APRESENTADAS 
 
(Analista Jud./1ªReg./2003) 
01. Quanto à prescrição e à decadência, é correto afirmar que: 
 
A) o prazo prescricional é estabelecido por lei ou por vontade das 
partes, o prazo decadencial somente é estabelecido por lei; 
B) a decadência e a prescrição são conhecidas de ofício pelo 
magistrado; 
C) a decadência e a prescrição são renunciáveis; 
D) a decadência não corre contra os ausentes; 
E) a prescrição pode ser interrompida por qualquer interessado. 
 
(AnalistaJudiciário/5º Reg.TRT/06/2003) 
02. Quanto à decadência, é INCORRETO afirmar que: 
 
A) o prazo de decadência não corre contra os absolutamente 
incapazes. 
B) o juiz deve, de ofício, conhecer da decadência, quando 
estabelecida por lei. 
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C) a renúncia à decadência fixada em lei é nula. 
D) aplicam-se à decadência as normas que impedem, suspendem ou 
interrompem a prescrição. 
E) parte a quem aproveita pode alegá-la em qualquer grau de 
jurisdição, mas o juiz não pode suprir a alegação, se a decadência for 
convencional. 
 
(Analista Jud. 4º Reg. 2004) 
03. De acordo com o Código Civil brasileiro, prescreve em 5 
(cinco) anos a pretensão: 
 
A) relativa à tutela, a contar da data da aprovação das contas. 
B) de cobrança de dívidas líquidas constantes de instrumento público 
ou particular. 
C) para receber prestações vencidas de rendas temporárias ou 
vitalícias. 
D) do beneficiário contra o segurador, no caso de seguro de 
responsabilidade civil obrigatório. 
E) de obter ressarcimento de enriquecimento sem causa. 
 
(Anal.Jud/TRE/BA/ÁreaJudiciária/09/2003) (ADAPTADA) 
04. Considere as afirmações abaixo. 
 
I. As causas que impedem, suspendem ou interrompem a prescrição 
aplicam-se à decadência, ante a similitude dos institutos. 
II. O prazo prescricional é fruto de previsão legal, enquanto o 
decadencial tanto pode ser legal como resultar de acordo entre as 
partes. 
III. À decadência, de regra, não se aplicam as causas que impedem, 
suspendem ou interrompem a prescrição, por expressa disposição 
legal. 
IV. O Juiz pode conhecer a decadência de ofício, quando ela for 
convencional. 
 
Está correto APENAS o que se afirma em 
A) I e IV. 
B) I e II. 
C) III e IV. 
D) II e IV. 
E) II e III. 
 
(Anal.Jud/TRE/PI/ÁreaAdministrativa/05/2002) 
05. Corria uma prescrição contra Joaquim e ele veio a morrer. 
Nesse caso, a 
 
A) morte interrompe o curso da prescrição, recomeçando a contar do 
início contra os herdeiros. 
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B) prescrição continua a correr contra seus herdeiros, se não 
existirem causas impeditivas ou suspensivas. 
C) morte suspende o curso da prescrição, que recomeça a correr 
contra os herdeiros trinta dias depois. 
D) prescrição deixa de correr e é considerada extinta para todos os 
fins. 
E) prescrição continua a correr, mas o prazo prescricional é contado 
em dobro. 
(AnalistaJudiciário/3ªReg/TRT/01/2005) 
06. A prescrição e a decadência não correm: 
 
A) pendendo condição suspensiva ou ação de evicção. 
B) contra os ausentes do país em serviço público da União. 
C) enquanto o autor do ato ilícito considerado crime não for 
definitivamente condenado no juízo criminal. 
D) se o prazo para o pagamento da dívida não estiver vencido. 
E) contra os absolutamente incapazes. 
 
(Analista Jud. 4º Reg. 2004) 
07. Tendo em conta o disposto no Código Civil vigente a 
respeito dos prazos prescricionais, é INCORRETO afirmar que 
prescreve em: 
 
A) 2 anos a pretensão para haver prestações alimentares, a partir da 
data em que vencerem. 
B) 3 anos a pretensão relativa a aluguéis de prédios urbanos ou 
rústicos. 
C) 4 anos a pretensão relativa à tutela, a contar da data de 
aprovação das contas. 
D) 5 anos a pretensão de cobrança de dívidas líquidas constantes de 
instrumento público ou particular. 
E) 20 anos a ação sempre que a lei não haja fixado prazo menor. 
 
(Assessor Jurídico/PI/02/2002) (ADAPTADA) 
08. Já promovida a interdição, quando necessária, não corre 
prescrição contra: 
 
A) pródigos e menores de dezesseis anos. 
B) os que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir sua 
vontade e os maiores de dezesseis mas menores de dezoito anos. 
C) menores absoluta ou relativamente incapazes. 
D) menores de dezesseis anos os que, por enfermidade ou deficiência 
mental, não tiverem necessário discernimento para a prática desses 
atos. 
E) menores de 16 anos e pródigos. 
 
(Delegado de Polícia/SP/03) 
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09. Assinale a alternativa correta: A prescrição, que alude à 
extinção da pretensão de um direito material, por seu não 
exercício no prazo legal, 
 
A) poderá ser alegada, em qualquer grau de jurisdição, pela parte a 
quem aproveita. 
B) será sempre interrompida, por qualquer ato judicial. 
C) não correrá contra as pessoas jurídicas de direito público interno. 
D) ocorrerá em vinte anos, quando a lei não lhe tenha fixado prazo 
menor. 
 
(Mag. Trab. PR/2001) (ADAPTADA) 
10. EM RELAÇÃO À PRESCRIÇÃO E À DECADÊNCIA É CORRETO 
AFIRMAR QUE: 
 
a. Ambas não se confundem, apesar de passíveis de suspensão, pois, 
na prescrição ocorre a perda do direito de ação e na decadência, a 
perda do direito material. 
b. Ocorre interrupção de prescrição na propositura de ação de 
evicção, computando-se o tempo já transcorrido antes da causa que 
a motivou. 
c. A decadência é oponível "erga omnes", enquanto a prescrição não 
é oponível a certas pessoas, como menores de 16 anos e portadores 
de doença mental. 
d. São requisitos da prescrição e da decadência a inércia do titular de 
um direito e o decurso do tempo para o exercício desse mesmo 
direito, sendo que a decadência legal pode ser declarada "ex officio" 
pelo juiz. 
 
A) I e IV estão incorretas. 
B) II e IV estão corretas. 
C) III e IV estão corretas. 
D) Todas as alternativas estão corretas. 
E) Nenhuma das alternativas está correta. 
 
(Magistratura Estadual-SP-2003) 
11. Considere as seguintes afirmações sobre prescrição e 
decadência: 
 
I. a prescrição ocorre em 15 (quinze) anos, quando a lei não lhe haja 
fixado prazo menor;II. em nenhuma hipótese o juiz pode suprir, de ofício, a alegação de 
prescrição; 
III. deve o juiz conhecer, de ofício, da decadência, tanto a 
convencional, quanto a estabelecida por lei; 
IV. entre as causas que interrompem a prescrição, inclui-se o 
protesto, salvo o cambial. 
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Pode-se afirmar que não são integralmente corretas as afirmações 
 
A) I e II, somente. 
B) III e IV, somente. 
C) I, II, III, somente. 
D) I, II, III e IV 
 
(MinistérioPúblico/RS/03-2003) 
12. Quanto à prescrição, tendo em vista o novo Código Civil e 
as seguintes assertivas: 
 
I - A exceção (meio de defesa) prescreve no mesmo prazo que a 
pretensão (direito de ação). 
II - Podem as partes, por acordo, promover a alteração de prazos de 
prescrição. 
III - A prescrição pode ser interrompida por qualquer interessado. 
IV - Dá-se em dez anos a prescrição quando a lei não lhe haja fixado 
prazo menor. 
V - O juiz pode suprir de ofício a alegação de prescrição para 
favorecer a absolutamente incapaz. 
 
Assinale a alternativa correta: 
A) Somente as assertivas I, II, III , IV estão corretas. 
B) Somente as assertivas I, II, IV, V estão corretas. 
C) Somente as assertivas I, III, IV e V estão corretas. 
D) Somente as assertivas II, III e V estão corretas. 
E) Todas as assertivas estão corretas. 
 
(Mag. Est. DF/2003) 
13. A pretensão de reparação civil, de acordo com o vigente 
Código Civil, prescreve:Assinale a alternativa correta: 
 
A) em vinte anos; 
B) em cinco anos; 
C) em três anos; 
D) em dez anos. 
 
(Mag. Fed. TRT 18ª reg/2002) 
14. Assinale alternativa correta. No âmbito do direito civil, é 
correto afirmar-se: 
 
I - as pessoas jurídicas estão sujeitas aos efeitos da prescrição e 
podem invocá-los sempre que lhes aproveitar; 
II - a renúncia da prescrição pode ser expressa, ou tácita; 
III - tácita é a renúncia, quando se presume de fatos do interessado 
incompatíveis com a prescrição; 
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IV - o juiz deve conhecer da prescrição de direitos patrimoniais, 
mesmo se não foi invocada pelas partes; 
 
A) as assertivas II e IV estão corretas; 
B) as assertivas I e II estão incorretas; 
C) somente a assertiva III está correta; 
D) as assertivas I, II e III estão corretas; 
E) somente a assertiva IV está correta. 
 
(OAB/AM/24-08-2002) 
15. A prescrição: 
 
A) não corre pendendo ação de evicção. 
B) é suspensa pela citação válida, ainda que ordenada por juiz 
incompetente. 
C) suspensa em favor de um dos credores solidários, aproveita- se 
em qualquer caso a todos os outros credores. 
D) pode ser interrompida nos casos legais, mas não suspensa. 
 
(OAB/CE/13/03/2005) 
16. A prescrição: 
 
A) iniciada contra uma pessoa continua a correr contra o seu 
sucessor. 
B) correrá, mesmo pendendo ação de evicção. 
C) suspensa em favor de um dos credores solidários, aproveitará aos 
outros, independentemente da espécie da obrigação. 
D) ocorre em 20 anos, quando a lei não lhe haja fixado prazo menor. 
 
17. (OAB/DF 28.03.2004) 
Assinale o item incorreto. Com relação aos institutos da 
prescrição e da decadência: 
 
A) O Código Civil em vigor deixou claro o antigo entendimento 
doutrinário no sentido de que a prescrição atinge a pretensão; 
B) A decadência atinge direitos não-dotados de pretensão; 
C) A prescrição é renunciável, expressa ou tacitamente; a decadência 
fixada em lei, não; 
D) A suspensão da prescrição em favor de um dos credores aos 
outros aproveita 
 
(OAB/GO/21-03-99) 
18. Quanto à prescrição é correto afirmar: 
 
A) A prescrição pode ser alegada, em qualquer instância, pela parte a 
quem aproveita; 
B) As pessoas jurídicas não estão sujeitas aos efeitos da prescrição; 
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C) O juiz pode conhecer da prescrição de direitos patrimoniais 
mesmo se não foi invocada pelas partes; 
D) A prescrição iniciada contra uma pessoa não corre contra o seu 
herdeiro. 
 
(OAB/GO/26-08-01) (ADAPTADA) 
19. Marque a única questão verdadeira: 
 
A) Entre os cônjuges, na constância da sociedade conjugal, corre a 
prescrição. 
B) Não corre a prescrição contra os ausentes do Brasil em serviço 
público da União, dos Estados, ou dos Municípios. 
C) A prescrição só é interrompida por ato judicial que constitua em 
mora o devedor. 
D) O juiz não pode, em nenhuma situação, ex officio, decretar a 
prescrição. 
 
(OAB/MG/03/2003) 
20. Considerando-se o que determina a lei específica, é 
CORRETO afirmar que: 
 
A) a prescrição é irrenunciável. 
B) a prescrição somente pode ser alegada em sede de contestação. 
C) o juiz não pode suprir, de ofício, a alegação de prescrição, salvo se 
favorecer a absolutamente incapaz. 
D) os prazos de prescrição podem ser alterados por convenção das 
partes. 
 
(OAB/MG/Dez/01) 
21. Assinale a alternativa INCORRETA: A prescrição não corre: 
 
A) Não estando vencido o prazo. 
B) Contra os relativamente incapazes. 
C) Pendendo condição suspensiva. 
D) Entre cônjuges, na constância do matrimônio. 
 
(OAB/MT/2001) 
22. É incorreto afirmar que a prescrição pode ser: 
 
A) Renunciada tacitamente pela parte interessada. 
B) Renunciada previamente a sua consumação. 
C) Alegada somente pela parte a quem ela aproveite. 
D) Alegada em qualquer instância. 
 
(OAB/MT/2005) 
23.Prescreve em 1 (um) ano: 
 
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A) pretensão para haver prestações alimentares; 
B) pretensão para haver aluguéis de prédios rústicos; 
C) pretensão dos credores não pagos contra os sócios da sociedade; 
D) pretensão relativa à tutela. 
 
(OAB/SC/2003) 
24. Assinale a alternativa CORRETA, de acordo com o Código 
Civil (Lei 10.406/2002). 
 
A) Os prazos de prescrição podem ser alterados por acordo das 
partes. 
B) O juiz não pode suprir, de ofício, a alegação de prescrição, salvo 
se favorecer a absolutamente incapaz. 
C) A prescrição ocorre em vinte anos, quando a lei não lhe haja 
fixado prazo menor. 
D) A prescrição iniciada contra uma pessoa não continua a correr 
contra o seu sucessor. 
 
(MinistérioPúblico/RS/03-2003) 
25. Quanto à prescrição, tendo em vista o novo Código Civil e 
as seguintes assertivas: 
 
I - A exceção (meio de defesa) prescreve no mesmo prazo que a 
pretensão (direito de ação). 
II - Podem as partes, por acordo, promover a alteração de prazos de 
prescrição. 
III - A prescrição pode ser interrompida por qualquer interessado. 
IV - Dá-se em dez anos a prescrição quando a lei não lhe haja fixado 
prazo menor. 
V - O juiz pode suprir de ofício a alegação de prescrição para 
favorecer a absolutamente incapaz. 
 
Assinale a alternativa correta: 
 
A) Somente as assertivas I, II, III, IV estão corretas. 
B) Somente as assertivas I, II, IV, V estão corretas. 
C) Somente as assertivas I, III, IV e V estão corretas. 
D) Somente as assertivas II, III e V estão corretas. 
E) Todas as assertivas estão corretas. 
 
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AULA 5 – DIREITO DAS COISAS. POSSE. EFEITOS DA 
POSSE. PROPRIEDADE. DIREITOS REAIS SOBRE 
COISAS ALHEIAS. 
 
(AGU-2ªCategoria 1998) 
01. Quando houver acréscimo paulatino de terras às margens 
de um rio em razão do afastamento das águas, que descobrem 
parte do álveo, ter-se-á o (a): 
 
A) abandono de álveo 
B) aluvião própria 
C) avulsão 
D) acessão artificial 
E) aluvião imprópria 
 
COMENTÁRIOS: 
 
A acessão é uma das formas originárias (originária porque independede translatividade, de transmissão voluntária da propriedade pelo 
proprietário anterior do bem) de aquisição da propriedade, em que o 
proprietário de um bem passa a adquirir o domínio de tudo aquilo que 
a ele adere. Daí o significado da expressão “acessão”, que implica 
aceder, aderir, acrescentar. Assim, uma coisa se une a outra, e o 
proprietário da coisa principal passa a ser também da coisa acessória 
que a ela aderiu. 
A acessão pode ser dar pela aluvião, formação de ilhas, álveo 
abandonado e avulsão, que são as acessões naturais ou industriais, 
decorrentes de eventos naturais, e pelas construções e plantações, 
que são acessões artificiais, decorrentes de ação humana voluntária. 
O abandono de álveo é o abandono do leito do rio, de forma 
permanente e total, ficando este descoberto, caso em que passa a 
pertencer aos proprietários ribeirinhos das duas margens, seja o rio 
seja público ou particular. 
A aluvião é o acréscimo paulatino de terras que o rio deixa 
naturalmente nos terrenos ribeirinhos (aluvião própria) ou o 
acréscimo que se forma quando parte do álveo (leito do rio) se 
descobre em razão do afastamento das águas correntes (aluvião 
imprópria). Não se confunde com o abandono de álveo, que é 
permanente, pois a aluvião imprópria é um desvio no curso das 
águas. 
Já a avulsão é ocorre pela força súbita da corrente que arranca uma 
parte de um prédio, que adere ao outro, a quem passa a pertencer. 
Difere da aluvião, porque neste o acréscimo é paulatino, e na avulsão 
é súbito e abrupto. 
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As acessões artificiais ou industriais são aquelas devidas ao engenho 
humano, ou seja, são as construções e plantações. 
Assim, a resposta que se coaduna com as informações prestadas 
acima é a alternativa “E”. 
 
(AGU-2ªCategoria 1998) 
02. A convenção, mediante a qual o credor, possuindo um 
imóvel do devedor, percebe os seus frutos para conseguir a 
soma de dinheiro emprestada, imputando na dívida e até o seu 
resgate, as importâncias que for recebendo, denomina-se: 
 
A) anticrese 
B) sub-hipoteca 
C) penhor de direitos 
D) caução de título de crédito 
E) servidão predial 
 
COMENTÁRIOS: 
 
Os direitos reais sobre coisas alheias são: servidão, usufruto, uso, 
habitação, superfície, direito do promitente comprador do imóvel, 
penhor, hipoteca e anticrese. Estes três últimos são denominados 
direitos reais de garantia, posto que são concedidos pelo proprietário 
do bem para garantir uma dívida. 
Pode ser conceituada a anticrese como o direito real sobre coisa 
alheia em que o credor recebe a posse de coisa frugífera (que pode 
ser usufruída), ficando autorizado a perceber os seus frutos como 
pagamento da dívida perante o devedor. Tem por objeto bem imóvel 
e o credor pode perceber os frutos dele decorrentes até o pagamento 
da dívida. 
Hipoteca também é um direito real sobre coisa alheia, que tem por 
objeto bens imóveis, navios e aeronaves que garantem uma dívida 
perante o credor, embora a posse fique com o devedor. 
O penhor é um direito real de garantia que incide sobre bens móveis, 
caracterizando-se pela transferência da posse do bem, em regra, ao 
credor até que uma dívida seja paga pelo devedor. 
A servidão predial é direito real sobre coisa alheia pelo qual um 
prédio (serviente) serve ao outro (dominante), pertencentes a donos 
distintos, por meio de acordo de vontades. 
Assim, a alternativa que se coaduna com o enunciado é a “A”. 
 
(AnalistaJudiciário/5º Reg.TRT/06/2003) 
03. Eu vinha mantendo posse sobre uma chácara havia mais 
de oito anos. Hoje tomei conhecimento de que há uma semana 
sofri esbulho dessa posse, uma vez que encontrei outra 
pessoa dentro da minha chácara. Nesse caso, 
 
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A) perderei a posse se me abstiver de retomar, imediatamente, o 
imóvel, ou se, tentando recuperálo, for violentamente repelido. 
B) reputa-se que já perdi a posse há uma semana, com o ato de 
invasão realizada pelo terceiro. 
C) só perderei a posse se não usar de diligência para retomar, 
imediatamente, o imóvel. 
D) considera-se que a posse foi perdida no exato momento em que 
tomei conhecimento do esbulho, nada podendo fazer sem o socorro 
judiciário. 
E) só perderei a posse se não usar, imediatamente, do socorro 
judiciário. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
Embora a agressão à posse tenha ocorrido há mais de uma semana, 
o Código Civil, em seu art. 1.224, assevera que a posse só se 
considera perdida “para quem não presenciou o esbulho, quando, 
tendo notícia dele, se abstém de retomar a coisa, ou, tentando 
recuperá-la, é violentamente repelido”. Assim, no momento em que 
teve notícia da invasão, o possuidor pode usar da auto-defesa e a sua 
posse só se considera perdida se se abstiver de retomar a coisa ou 
se, tentando, for violentamente repelido. Isso não implica dizer que 
essa perda é definitiva, já que o possuidor vai poder usar dos meios 
jurídicos (judiciais) cabíveis para recuperar a sua posse. Correta a 
alternativa “A”. 
 
(AnalistaJudiciário/5º Reg.TRT/06/2003) 
04. O prazo necessário, sem interrupção, nem oposição, para 
aquele que possuir como seu um imóvel, adquirir-lhe a 
propriedade, sem título ou boa-fé, mas tendo realizado no 
imóvel obras e serviços de caráter produtivo, ficou, no atual 
Código, reduzido a 
 
A) 5 anos. 
B) 5 anos, se ali também fixar sua moradia habitual. 
C) 10 anos. 
D) 10 anos, se ali também fixar sua moradia habitual. 
E) 15 anos. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
A usucapião é forma de aquisição originária da propriedade (móvel ou 
imóvel) pela posse prolongada, atendidos os requisitos legais. Dentre 
as várias espécies de usucapião, existe a extraordinária, prevista no 
art. 1.238 do CC, que prevê que: “aquele que, por quinze anos, sem 
interrupção, nem oposição, possuir como seu um imóvel, adquirir-lhe 
a propriedade, independentemente de título e boa-fé...”. O parágrafo 
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único desse mesmo dispositivo dispõe que “o prazo estabelecido 
neste artigo reduzir-se-á a dez anos se o possuidor houver 
estabelecido no imóvel a sua moradia habitual, ou nele realizado 
obras ou serviços de caráter produtivo”. Assim, a hipótese que 
atende ao enunciado da questão é a “C”. Não é a alternativa “D” 
porque a lei não exige que haja moradia habitual E investimentos, 
cumulativamente. Exige apenas um ou outro. 
 
(Analista Jud. 4º Reg. 2004) 
05. A respeito da propriedade em geral, é INCORRETO afirmar 
que: 
 
A) o proprietário tem a faculdade de usar, gozar e dispor da coisa, e 
o direito de reavê-la do poder de quem quer que injustamente a 
possua ou detenha. 
B) o proprietário pode ser privado da coisa, na hipótese de 
requisição, em caso de perigo público iminente. 
C) os frutos e mais produtos da coisa pertencem, ainda quando 
separados, ao seu proprietário, salvo se por preceito jurídico especial, 
couberem a outrem. 
D) a propriedade do solo abrange, dentre outros bens, as jazidas, 
minas e demais recursos minerais, bem como os potenciais de 
energia hidráulica. 
E) no uso e gozo da coisa, são defesos os atos que não trazem ao 
proprietário qualquer comodidade, ou utilidade, e visem a prejudicar 
outrem. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
Dentre os atributos da propriedade encontram-se o direito de usar, 
gozar, dispor e reivindicar. O “jus reivindicatio” é corolário do direito 
de seqüela, que é o direito de retomar o bem de quem injustamente 
o detenha, onde quer que esteja e com quem esteja. Assim, correta a 
alternativa “A”. 
A propriedade hoje não tem mais o caráter absoluto, privatístico e 
individualista da época do Direito Romano, e do Código Civilde 1916. 
Hoje ela condiciona-se, limita-se ao interesse público, ao interesse da 
coletividade. Assim, razões de ordem pública podem motivar 
limitações ao direito de propriedade, e uma dessas limitações é a 
requisição administrativa, em caso de perigo público iminente, como 
ensina o art. 1.228, § 3º do CC. Correta a alternativa “B”. 
Seguindo-se a regra geral de que o acessório segue o principal, os 
frutos, que são acessórios, pertencem, salvo prova em contrário, ao 
proprietário do principal. Correta a alternativa “C”. 
De acordo com disposição expressa contida no art. 1230 do CC, a 
propriedade do solo não abrange as jazidas, minas e demais recursos 
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minerais. Tais bens são de propriedade da União. Incorreta, portanto, 
a alternativa “D”, que deve ser assinalada. 
Como dito em linhas anteriores, hoje a propriedade privada sobre 
limitações em prol do bem-estar social. O direito de usar, gozar, 
dispor da propriedade não implica no abuso, já que o abuso também 
é considerado ilícito. O proprietário, pois, tem o direito de usufruir da 
sua propriedade, de forma normal, sem prejudicar direitos de 
terceiros, sendo proibido pelo art. 1228, § 2º os atos que não trazem 
ao proprietário qualquer comodidade, ou utilidade, e sejam 
praticados com o ânimo de prejudicar outrem. Correta a alternativa 
“E”. 
 
(Analista Jud. 4º Reg. 2004) 
06. A respeito da posse, considere as afirmativas: 
 
I. Se duas ou mais pessoas possuírem coisa indivisa, poderá cada 
uma exercer sobre ela atos possessórios, contanto que tais atos não 
excluam os dos outros compossuidores. 
II. O possuidor com justo título tem em seu favor a presunção 
absoluta de boa-fé, que não admite prova em contrário. 
III. A posse, ainda que precária, é justa, mas, considera-se injusta a 
que for clandestina ou violenta. 
 
Está correto o que se afirma APENAS em: 
 
A) I. 
B) I e II. 
C) I e III. 
D) II e III. 
E) III. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
O art. 1999 trata da composse, situação pela qual duas ou mais 
pessoas são possuidoras de um mesmo bem indiviso. Neste caso, 
cada uma pode exercer os seus direitos possessórios contra terceiros, 
em relação a todo o bem, desde que não exclua os direitos 
possessórios dos outros compossuidores. Correto o item I. 
O possuidor com justo título (aquele que, se não contivesse um vício, 
um defeito, seria hábil a transferir a posse ao possuidor) tem a seu 
favor a presunção de boa-fé (ou seja, de que adquiriu a posse do 
bem de forma legítima, de que desconhecia o vício no documento), 
mas essa presunção não tem caráter absoluto, pois comporta prova 
em contrário (art. 1202, parág. único). Incorreto, pois, o item II. 
Segundo o art. 1200, é justa a posse que não for violenta, 
clandestina ou precária. Dessa ilação, se extrai que a posse, seja 
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clandestina, seja violenta, seja precária, é injusta. É o que a doutrina 
denomina de vícios da posse. Assim, incorreto o item III. 
Correta, pois, a alternativa “A”. 
 
(AnalistaJudiciário/3ªReg/TRT/01/2005) (ADAPTADA) 
07. O imóvel situado na zona rural que o proprietário 
abandonou, com a intenção de não mais conservar em seu 
patrimônio, inclusive deixando de satisfazer os ônus fiscais, 
 
A) se não se encontrar na posse de outrem, após 3 anos, será 
arrecadado como bem vago, e passar, após três anos, à propriedade 
da União, onde quer que se localize. 
B) se não se encontrar na posse de outrem, após 5 anos, será 
arrecadado pelo Estado ou pelo Distrito Federal. 
C) será adquirido, decorridos 10 anos, pelo município onde se situa 
por usucapião. 
D) será adjudicado em partes iguais pelo Município, pelo Estado e 
pela União. 
E) após 15 anos, passará ao domínio do Município, mediante 
arrecadação como coisa vaga. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
Uma das formas de perda da propriedade imóvel é o abandono e, 
segundo o art. 1276, caput do CC, o imóvel urbano que o proprietário 
abandonar com intenção de não mais o conservar em sua 
propriedade, e que não se encontrar na posse de outrem, poderá ser 
arrecadado como bem vago e, após três anos, passar à propriedade 
do Município ou do Distrito Federal, se localizado nas respectivas 
circunscrições. 
Já o § 1º explica que, em se tratando de imóvel rural, nas mesmas 
condições passará à propriedade da União. 
Por fim, o § 2º estabelece a presunção de abandono quando o 
proprietário deixa de satisfazer os ônus fiscais que incidem sobre o 
imóvel. Assim posto, correta a alternativa “A”. 
 
(ComissáriodeJustiça/RJ/02/2002) 
08. São características das ações possessórias: 
 
A) caráter dúplice, fungibilidade e possibilidade de cumulação de 
pedidos; 
B) fungibilidade e impossibilidade de litisconsórcio; 
C) caráter dúplice, fungibilidade e impossibilidade de litisconsórcio; 
D) fungibilidade, impossibilidade de litisconsórcio e possibilidade de 
cumulação de pedidos; 
E) caráter dúplice e impossibilidade de litisconsórcio. 
 
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COMENTÁRIOS: 
 
As ações possessórias, ou interditos possessórios (ação de 
reintegração de posse, ação de manutenção de posse e ação de 
interdito proibitório), possuem características peculiares, dentre as 
quais sobrelevam-se as seguintes: 
a) são ações dúplices, em que o réu, na própria contestação, pode 
oferecer pedido contraposto contra o autor, ou seja contra atacar, 
sem necessidade de recorrer à reconvenção. 
b) são ações fungíveis, posto que a propositura de uma ação 
possessória por outra não obsta a que o juiz conheça do pedido, se 
presentes os requisitos, isto é, se é interposta erroneamente uma 
ação de reintegração de posse em vez de uma manutenção de posse, 
se presentes os requisitos desta, o juiz pode recebe-la como tal, e 
conceder o provimento jurisdicional requerido. 
c) pode haver cumulação de pedidos, além do próprio pedido de 
proteção possessória, perdas e danos e desfazimento de construções 
ou plantações feitas em detrimento do possuidor, e estabelecimento 
de multa cominatória para o caso de reincidência. 
Não existe qualquer impeditivo legal ao litisconsórcio, seja ativo, seja 
passivo, podendo figurar no pólo ativo, como legitimados, todos 
aqueles que sejam vítimas da agressão à posse, assim como estão 
legitimados passivos, todos aqueles que cometeram a agressão à 
posse. Aliás, o próprio art. 1211 prevê que o possuidor também pode 
intentar a ação contra o terceiro que recebeu a coisa esbulhada 
sabendo que o era. 
Do exposto, a alternativa “A” é a correta. Incorretas as “B”, “C”, “D” 
e “E” porque é possível litisconsórcio. 
 
(Def.Pública-MA/03) 
09. Quem, não sendo proprietário de outro imóvel urbano ou 
rural, possuir como sua área urbana de até duzentos e 
cinqüenta metros quadrados sem oposição, utilizando-a para 
sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio: 
 
A) somente depois de dez anos ininterruptos entre presentes e 
quinze anos entre ausentes, por usucapião ordinária. 
B) por acessão, após dez anos ininterruptos. 
C) por usucapião, após cinco anos ininterruptos. 
D) somente após vinte anos ininterruptos, desde que ostente justo 
título e boa-fé, por usucapião. 
E) apenas se ostentar justo título e boa fé, após dez anos 
ininterruptos desde o término da construção da moradia, pela 
usucapião social. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
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Uma das formas de aquisição da propriedade imobiliária pela 
usucapião é a usucapião pro moradia, chamada de usucapião especial 
urbana, prevista no art. 1240 do CC. Segundo este, “aqueleque 
possuir, como sua, área urbana de até duzentos e cinquenta metros 
quadrados, por cinco anos ininterruptamente e sem oposição, 
utilizando-a para sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o 
domínio, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou 
rural”. Destarte, correta a alternativa “C”. 
 
(DP/MG/Dezembro/2001) 
10. Não pode ser objeto de hipoteca: 
 
A) estrada de ferro. 
B) automóvel. 
C) avião. 
D) navio. 
E) imóvel já hipotecado. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
O art. 1.473 prevê os bens que podem ser objeto de hipoteca, dentre 
os quais: as estradas de ferro (inc. IV), os navios (inc. VI), as 
aeronaves (inc. VII). Incorretas as alternativas “A”, “C” e “D”. 
O art. 1476 prevê a possibilidade ao proprietário de constituir nova 
hipoteca sobre o imóvel já hipotecado, em favor do mesmo ou a 
outro credor. É a sub-hipoteca. Incorreta a alternativa “E”. 
Os automóveis são bens móveis, e sujeitam-se a penhor (art. 1.461). 
Portanto, a alternativa correta é a “B”. 
 
(Del.Pol/SP/2001) 
11. O direito de usar, gozar, dispor e reivindicar caracteriza a 
propriedade: 
 
A) resolúvel. 
B) plena. 
C) limitada. 
D) usufrutuária. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
A propriedade é plena quando todos os atributos do domínio 
concentram-se nas mãos do titular: direito de usar, gozar, dispor e 
reivindicar. Correta a alternativa “B” 
Resolúvel é a propriedade que se sujeita a uma condição resolutiva 
que, ocorrendo, faz extinguir o domínio. Incorreta a alternativa “A”. 
Limitada é aquela em que algum ou alguns dos poderes do domínio 
não se concentram nas mãos do proprietário, e sim de outrem. É 
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onde surgem os direitos reais sobre coisas alheias, dentre os quais o 
usufruto, em que o proprietário (nu-proprietário) concede ao 
usufrutuário o direito de usar e gozar da propriedade. Incorreta a 
alternativa “D”. 
 
(Delegado de Polícia/SP/03) 
12. Assinale a alternativa correta: A propriedade: 
 
A) móvel será adquirida pelo assenhoreamento de coisa sem dono, 
desde que essa ocupação não seja proibida por lei. 
B) trata-se de direito constitucional individual, não podendo o seu 
exercício ser de forma alguma limitado. 
C) de área urbana, até duzentos e cinqüenta metros quadrados, será 
adquirida por aquele que a possuir por cinco anos ininterruptos, 
independentemente de qualquer outra condição. 
D) do solo abrange a do espaço aéreo e do subsolo, incluindo as suas 
jazidas, minas e demais recursos minerais. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
Uma das formas de aquisição originária da propriedade móvel é pela 
ocupação. Prevê o art. 1263 que “Quem se assenhorear de coisa sem 
dono para logo lhe adquire a propriedade, não sendo essa ocupação 
defesa por lei”. A alternativa “A”, portanto, está incorreta. Quanto à 
parte final do dispositivo, a lei proíbe, por exemplo, que a pessoa se 
assenhore de coisa perdida, que deve ser restituída ao proprietário. 
A propriedade continua sendo um direito individual, prevista inclusive 
em nível constitucional. Contudo, não é mais um direito meramente 
individual, representando um múnus, um dever em face da 
coletividade. Em prol do bem estar social, portanto, podem ser 
estabelecidas limitações à propriedade. Incorreta a alternativa “B”. 
Para a aquisição de propriedade por meio do usucapião especial pro 
moradia, além da limitação quanto à área (até 250m2), exige a lei 
que a possuir sem oposição, utilizando-a para sua moradia ou de sua 
família, e desde que não possua outro imóvel urbano ou rural. 
Incorreta a alternativa “C”. 
O art. 1230 é claro ao dispor que a propriedade do solo não abrange 
as jazidas, minas e demais recursos minerais, tornando incorreta a 
alternativa “D”. 
 
(Delegado de Polícia/SP/03) 
13. Assinale a alternativa correta: O direito real, que permite 
ao beneficiário ocupar, gratuitamente, com sua família, casa 
alheia, denomina-se: 
 
A) uso. 
B) habitação. 
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C) empréstimo. 
D) usufruto. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
O uso é direito real sobre coisa alheia pelo qual o beneficiário 
(usuário) pode utilizar a coisa alheia, nos limites das suas 
necessidades e de sua família. 
A habitação é também direito real sobre coisa alheia que permite ao 
beneficiário a faculdade de residir num prédio alheio com a família. 
Empréstimo é vínculo de direito obrigacional, pessoal, que não se 
constitui em direito real, e não incide apenas sobre imóvel, mas 
também sobre móveis. 
Usufruto é o direito real sobre coisa alheia em que o proprietário de 
um bem concede a outrem o direito de fruir as utilidades e frutos de 
uma coisa. 
Assim, o direito de apenas residir no imóvel alheio é habitação, 
estando correta a alternativa “B”. 
 
(Delegado de Polícia/SP/03) 
14. Assinale a alternativa correta: Não se trata de direito real: 
 
A) a propriedade. 
B) o usufruto. 
C) a superfície. 
D) a enfiteuse. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
Os únicos direitos reais permitidos no ordenamento jurídico brasileiro 
são os contemplados no art. 1225, quais sejam: propriedade, 
superfície, servidão, usufruto, uso, habitação, direito do promitente 
comprador do imóvel, penhor, hipoteca e anticrese. São 10 no total. 
A enfiteuse era prevista no CC/1916, mas não é mais no CC/2002, de 
modo que a alternativa correta é a “D”. 
 
(Delegado de Polícia/DF/2004) 
15. Em virtude de viagem, Adriano solicitou de Sérgio que 
guardasse, durante o período em que estivesse viajando, 
alguns pertences seus, entre os quais um automóvel, uma 
motocicleta e um computador. Convencionaram um valor fixo 
que seria pago por Adriano pela guarda dos bens. Dez dias 
depois, aproximadamente, Priscila, irmã de Adriano, esteve na 
residência de Sérgio e exigiu a entrega do computador, pois 
este lhe pertencia. Diante da negativa de Sérgio em entregar o 
computador, Priscila tentou usar de violência para pegar o 
bem. Pode-se afirmar que, neste caso: 
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A) Sérgio pode fazer uso da autodefesa da posse, pois é possuidor do 
bem; 
B) Sérgio somente pode solucionar a questão, ajuizando uma ação de 
manutenção de posse; 
C) Sérgio somente pode solucionar a questão, ajuizando uma ação de 
reintegração de posse; 
D) Sérgio somente pode solucionar a questão, ajuizando uma ação 
de interdito proibitório; 
E) Sérgio nada pode fazer, pois é mero detentor do bem. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
A proteção possessória pode se dar de duas formas: 
 
a) pela auto-defesa ou autotutela ou defesa direta, que compreende 
a legítima defesa, em caso de turbação, e o desforço imediato, em 
caso de esbulho da posse. Pela auto defesa, o possuidor pode 
manter-se ou restituir-se por sua própria força, para manter-se ou 
restituir sua posse, contanto que o faça logo (art. 1210, § 1º). Esse 
logo deve ser entendido como imediatamente, ou seja, logo que o 
possuidor tenha conhecimento da turbação ou esbulho. 
b) Além da autotutela, a proteção da posse pode ser dar através da 
interposição de ações possessórias (ação de reintegração de posse, 
manutenção de posse e interdito proibitório). 
O locatário, depositário, comodatário, mutuário, usufrutuário, como é 
o caso de Sérgio, que é depositário, são considerados possuidores, 
por isso podem exercer a proteção possessória por meio da 
autotutela. 
Assim, correta é a alternativa “A”. 
 
(Magistratura Estadual-SP-2003) 
16. Escolha a assertiva incorreta sobre direitos reais de 
garantia. 
 
A) É nula a cláusula que autoriza o credor pignoratício, anticrético ou 
hipotecário a ficar com o objeto da garantia, se a dívida não for paga 
no vencimento. 
B) É válida a cláusula queproíbe o proprietário alienar o imóvel 
hipotecado. 
C) É possível o desmembramento do ônus hipotecário, se o imóvel 
dado em garantia vier a ser loteado ou objeto de condomínio edilício, 
de modo a gravar cada lote ou unidade autônoma. 
D) A lei confere hipoteca ao credor sobre o imóvel arrematado, para 
garantia do pagamento do restante do preço da arrematação. 
 
COMENTÁRIOS: 
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As dívidas garantidas por meio de penhor, hipoteca ou anticrese 
vinculam o bem ao cumprimento da obrigação (art. 1.419). 
Descumprida esta, o credor pode, por meio judicial, pleitear a venda 
do bem para ver-se pago da dívida inadimplida. Não assiste direito ao 
credor, contudo, de estabelecer cláusula que lhe permita a ficar com 
o objeto dado em garantia se a dívida não for paga no vencimento, 
sob pena de nulidade de referida cláusula (art. 1428). Correta a 
alternativa “A”. 
Também padece de nulidade a cláusula que proíba o proprietário de 
alienar o imóvel hipotecado (art. 1475). O ônus, o gravame persiste 
em face do novo proprietário, mas não há impedimento legal a que o 
proprietário aliene o imóvel hipotecado. Incorreta a alternativa “B”, 
que deve ser assinalada. 
Segundo expressa previsão contida no art. 1488, “se o imóvel, dado 
em garantia hipotecária, vier a ser loteado, ou se nele se constituir 
condomínio edilício, poderá o ônus ser dividido, gravando cada lote 
ou unidade autônoma, se o requererem ao juiz o credor, o devedor 
ou os donos, obedecida a proporção entre o valor de cada um deles e 
o crédito”. Assim, a lei permite expressamente o desdobramento da 
hipoteca em caso de loteamento ou condomínio edilício. Correta a 
alternativa “C”. 
A hipoteca pode ser legal (estabelecida em lei) ou convencional 
(estabelecida por acordo de vontades). As hipóteses de hipoteca legal 
estão previstas no art. 1489 do CC, dentre elas se incluindo a do 
credor sobre o imóvel arrematado, para garantia do pagamento do 
restante do preço da arrematação (inc. V). Correta a alternativa “E”. 
 
(Magistratura/ES/2003) 
17. Em matéria de posse é correto afirmar que: 
 
A) O justo título gera presunção, "juris et de jure", de boa fé; 
B) A ação possessória sempre terá natureza dúplice, mesmo que o 
réu não demande, na contestação, proteção possessória; 
C) A composse somente é admissível em relação aos bens 
indivisíveis; 
D) Pelo constituto possessório ocorre aquisição da posse, sem a 
tradição do bem; 
E) O possuidor de boa-fé tem direito enquanto ela durar, aos frutos 
percebidos e aos colhidos antecipadamente. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
O justo título gera a presunção de boa-fé, mas admite prova em 
contrário (art. 1201, parágrafo único). Incorreta a alternativa “A”. 
A natureza dúplice das ações possessórias significa um contra ataque 
do réu demandado, na própria contestação. Se este não requereu a 
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proteção possessória, não se pode afirmar que usou da natureza 
dúplice da ação possessória, porque essa implica num pedido 
contraposto em face do autor, um pedido de proteção contra o 
demandante. Incorreta a alternativa “B”. 
A composse é a situação pela qual duas ou mais pessoas exercem a 
posse sobre um mesmo bem. Nada impede que haja composse sobre 
bens divisíveis, mas quando exercida sobre bens indivisíveis, cada um 
dos compossuidores poderá exercer a posse sobre o todo, em face de 
terceiros, contanto que não exclua os outros compossuidores. 
Incorreta a alternativa “C”. 
O constituto possessório ou “cláusula constituti” é aquela em que 
uma pessoa passa de proprietário (ou possuidor indireto) a possuidor 
direto (locatário), sem que precise haver uma tradição efetiva, real, 
material do bem, continuando ela na posse, a outro título. Correta a 
alternativa “D”. 
Um dos efeitos da posse diz respeito ao direito que o possuidor tem 
aos frutos. O possuidor de boa-fé tem direito, enquanto ela durar, 
aos frutos percebidos (art. 1214), mas aqueles colhidos 
antecipadamente devem ser restituídos ao legítimo possuidor (art. 
Art. 1214, parágrafo único). Incorreta a alternativa “E”. Apenas a 
título de complementação, o possuidor de boa-fé é aquele que ignora 
a existência de ilegitimidade em sua posse, é o que tem a crença de 
estar em uma situação legítima. 
 
(Magistratura/ES/2003) (ADAPTADA) 
18. Assinale a alternativa correta: 
 
A) A constituição da posse de má fé não retira o direito do possuidor 
quanto aos frutos colhidos e percebidos; 
B) O usufruto próprio é o que tem por objeto coisas consumíveis e 
fungíveis; 
C) O ‘jus tollendi’ do possuidor de boa fé em relação as benfeitorias 
voluptuárias se não lhe forem pagas, é incondicionado; 
D) O direito à percepção dos frutos do bem sobre o qual existe 
usufruto é do nu-proprietário. 
E) n.d.a. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
Possuidor de boa-fé é aquele que desconhece a ilegitimidade de sua 
posse, é o que tem a crença de estar sob situação legítima de posse. 
O de má-fé, ao revés, tem conhecimento de que sua situação 
possessória é ilegítima. O possuidor de ma-fé, portanto, responde por 
todos os frutos colhidos e percebidos, bem como pelos que, por culpa 
sua, deixou de perceber, tendo direito apenas às despesas de 
produção e custeio (art. 1216). Incorreta a alternativa “A”. 
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O usufruto pode ser próprio, que é aquele incidente sobre bens 
móveis ou imóveis, em um patrimônio inteiro ou parte deste, 
abrangendo, total ou parcialmente, os frutos e as utilidades (art. 
1390). É chamado impróprio ou quase usufruto o que recai sobre 
bens consumíveis (que se destroem com o primeiro uso) e fungíveis 
(que pode ser substituído por outro, de mesma espécie, qualidade e 
quantidade). Incorreta, pois, a alternativa “B”. 
Quanto ao direito do possuidor em relação às benfeitorias, para o de 
boa-fé existe o ‘jus tolendi’ ou direito de retenção, em que este pode 
reter o bem enquanto não for indenizado das benfeitorias necessárias 
e úteis que houver feito no bem. Quanto às voluptuárias, não lhe 
assiste direito de retenção, mas apenas o de levanta-las (retirá-las, 
extraí-las) desde que possa sem detrimento do bem. O possuidor de 
má-fé, por seu turno, só tem direito de ser indenizado das 
benfeitorias necessárias, e ainda assim não lhe assiste direito de 
retenção quanto a estas. Assim, incorreta a alternativa “C”. 
O usufruto é direito real sobre coisa alheia em que o proprietário (nu-
proprietário) concede ao usufrutuário o direito de usufruir do bem, 
retirar dele as suas utilidades, dentre as quais os frutos, que a este 
pertencem. Incorreta a alternativa “D”. 
Correta, com efeito, a alternativa “E”, que contempla nenhuma das 
alternativas anteriores corretas. 
 
(Magistratura/PR/1998) 
19. No que concerne à aquisição e efeitos da posse segundo o 
disposto no Código Civil, é correto afirmar-se que: 
 
A) a ninguém é dado adquirir a posse por meio de representante ou 
procurador. 
B) ainda que seja qualificado como possuidor de má fé, o possuidor 
tem direito à retenção do imóvel até ser ressarcido pelas benfeitorias 
necessárias nele introduzidas. 
C) se não lhes deu causa, o possuidor de boa fé não responde pela 
perda ou deterioração da coisa. 
D) o constituto possessório não é modo de aquisição da posse. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
A posse pode ser adquirida pelo próprio possuidor ou por seu 
representante ou por terceiro sem mandato, dependendo de 
ratificação (art. 1205). Assim, incorreta a alternativa “A”. 
O possuidor de má-fé tem direito de ser ressarcido das benfeitorias 
necessárias que houver realizado no imóvel, mas não lhe assiste o 
direito de retençãonem o de levantar as voluptuárias e perdendo as 
úteis em favor do legítimo possuidor (art. 1220). Incorreta a 
alternativa “B”. 
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O possuidor de boa-fé não se responsabiliza pela perda ou 
deterioração da coisa, a que não deu causa (art. 1217). Correta a 
alternativa “C”. 
O constituto possessório, embora não previsto expressamente no 
Código Civil, é considerado doutrinariamente como causa de 
aquisição da posse, até porque nem se chega a perder propriamente 
a posse, e sim convertendo-se a posse indireta em direta. Incorreta a 
alternativa “D”. 
 
(Magistratura/PR/1998) 
20. De acordo com disposições do Código Civil e do Código de 
Águas no que se refere à aquisição da propriedade, é correto 
afirmar-se que: 
A) para completar o tempo exigido pelo usucapião, o possuidor pode 
acrescentar a sua a posse do seu antecessor, desde que ambas 
sejam contínuas e pacíficas. 
B) o usucapião não é modo de aquisição da propriedade móvel. 
C) avulsão são os acréscimos formados por depósitos e aterros 
naturais, ou pelo desvio das águas dos rios, ainda que estes sejam 
navegáveis. 
D) o álveo abandonado da corrente pública passa a pertencer aos 
proprietários ribeirinhos das duas margens, mas devem eles 
indenização ao dono do terreno por onde as águas abrigaram novo 
curso. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
A lei civil admite a chamada união de posses, em que o possuidor 
atual, para completar seu tempo de posse, une o tempo do possuidor 
anterior (art. 1207, 2ª parte). Correta a alternativa “A”. 
A usucapião, que é a aquisição da propriedade pela posse prolongada 
pelo tempo previsto em lei, atendidos os demais requisitos legais, 
pode se dar tanto em relação a imóveis quanto a bens móveis. 
Incorreta a alternativa “B”. 
Já tivemos oportunidade de conceituar a avulsão e a aluvião, na 1ª 
questão, de modo que a alternativa “C” corresponde a aluvião. 
Incorreta, portanto. 
O álveo abandonado, como já conceituado na questão 1ª, passa a 
pertencer aos proprietários ribeirinhos das duas margens, mas o 
proprietário que perdeu o terreno não tem direito à indenização. 
Incorreta a alternativa “D”. 
 
(Mag. Est. DF/2003) 
21. Assinale a alternativa correta : O possuidor de má-fé tem 
direito: 
 
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A) ao ressarcimento das benfeitorias necessárias, sem direito de 
retenção pela importância delas; 
B) ao ressarcimento das benfeitorias necessárias, com direito de 
retenção pela importância delas; 
C) ao ressarcimento das benfeitorias necessárias e úteis, sem direito 
de retenção pela importância delas; 
D) ao ressarcimento das benfeitorias necessárias e úteis, com direito 
de retenção pela importância delas. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
O possuidor de má-fé só faz jus ao ressarcimento das benfeitorias 
necessárias. Perderá as úteis e as voluptuárias em favor do legítimo 
possuidor. Assim, incorretas as alternativas “C” e “D”. Quanto à 
necessárias a que tem direito, não faz jus ao direito de reter o bem 
enquanto não lhe forem indenizadas. Incorreta a alternativa “B” e 
correta a alternativa “A”. 
 
(Mag. Est. DF/2003) 
22. Assinale a alternativa correta: Podem ser objeto de 
penhor: 
 
A) as estradas de ferro; 
B) domínio útil; 
C) colheitas pendentes, ou em via de formação; 
D) os navios. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
As estradas de ferro podem se sujeitar à hipoteca (art. 1473, IV), 
assim como o domínio útil (art. 1473, III) e os navios (art. 1473, VI). 
Incorretas, portanto, as alternativas “A”, “B” e “D”. 
Podem ser objeto de penhor agrícola as colheitas pendentes ou em 
vias de formação (art. 1442, II). Correta a alternativa “C”. 
 
(MagistraturaEstadual/SC/2004) (ADAPTADA) 
23. Assinale a alternativa correta. 
 
A) A proteção possessória, consistente em meios de defesa de 
situações de fato, que aparentam ser exteriorização do domínio, é 
assegurada exclusivamente pelas ações possessórias. 
B) No juízo petitório, os litigantes alegando posse, podem ver 
asseguradas liminares de enorme eficácia. 
C) Imissão da posse, nunciação de obra nova e embargos de terceiro 
senhor e possuidor são ações de controvertida natureza possessória. 
D) Nenhuma das alternativas anteriores está correta. 
 
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COMENTÁRIOS: 
 
A proteção possessória pode dar-se por dois meios: a) pela auto-
defesa (legítima defesa e desforço imediato) e pelas ações 
possessórias (ação de manutenção de posse, ação de reintegração de 
posse e ação de interdito proibitório). Incorreta a alternativa “A”. 
Quando se discute propriedade, e apenas ela, fala-se em juízo 
petitório, e quando se discute posse, e apenas ela, fala-se em juízo 
possessório. Neste, existem situações peculiares, liminares, com 
eficácia bastante ampla, mas tal situação não ocorre no juízo 
petitório. Incorreta a alternativa “B”. 
As ações de imissão da posse, nunciação de obra nova e embargos de 
terceiro senhor e possuidor são, realmente, de natureza jurídica 
controvertida, porque não se destinam à proteção específica e 
exclusiva da posse, mas também a outros direitos, tais como o direito 
de propriedade e de vizinhança. Correta a alternativa “C”. 
Incorreta a alternativa “D”, por conseqüência, porque a “C” está 
correta. 
 
(Mag. Fed. 4º Reg. TRF 2001) (ADAPTADA) 
24. Assinale a alternativa correta: 
 
A) A usucapião extraordinária se dá em dez anos, por posse contínua 
e incontestada, com justo título e boa fé. 
B) Pela usucapião urbana o possuidor deve possuir como sua área 
urbana de até trezentos metros quadrados, por cinco anos, 
ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a como sua moradia ou 
de sua família. 
C) Pela usucapião rural o possuidor, desprovido de outro imóvel, 
deve possuir como seu, por cinco anos ininterruptos, sem oposição, 
área de terra em zona rural, não superior a quinze hectares, 
tornando-a produtiva por seu trabalho ou de sua família e tendo nela 
sua moradia. 
D) A usucapião ordinária se dá em dez anos, por posse contínua e 
incontestada, com justo título e boa fé. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
A usucapião extraordinária é forma aquisitiva da propriedade pela 
posse contínua, ininterrupta e sem oposição, independente de título e 
de boa fé. Dá-se após 15 anos (art. 1238). Incorreta a alternativa 
“A”. 
A usucapião especial urbana dá-se pela posse, por cinco anos, 
ininterruptamente e sem oposição, de área não superior a 250m2, 
que seja utilizada para moradia do possuidor ou de sua família (art. 
1240). Incorreta a alternativa “B”. 
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A usucapião especial rural pro labore dá-se pela posse por cinco anos 
ininterruptos, sem oposição, de área rural não superior a 50Ha., 
tornando-a produtiva por seu trabalho e de sua família, e tendo nela 
sua moradia (art. 1239). Incorreta a alternativa “C”. 
A usucapião ordinária é aquela exercida contínua e 
incontestadamente por 10 anos, com justo título e boa-fé (art. 1242). 
Correta a alternativa “D”. 
 
(MP-Procurador Fed.16º 2003) 
25. O usufruto que foi estabelecido para beneficiar duas ou 
mais pessoas, extinguindo-se gradativamente em relação a 
cada uma das que falecerem, denominam-se: 
 
A) usufruto simultâneo; 
B) usufruto temporário; 
C) usufruto sucessivo; 
D) usufruto universal. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
Como já explicitado antes, o usufruto é espécie de direito real sobre 
coisa alheia, em que o nu-proprietário concede a outrem 
(usufrutuário) o direito de fruir do bem, extraindo dele suas 
utilidades. 
São espécies de usufruto: 
Simultâneo – quando constituído emfavor de duas ou mais pessoas, 
ao mesmo tempo, extinguindo-se gradativamente em relação a cada 
uma das que falecerem, salvo se expressamente previsto o direito de 
acrescer, ou seja, de que os remanescentes passem a usufruir da 
parte do falecido. 
Temporário é o usufruto estabelecido por prazo certo de vigência, 
extinguindo-se quando escoado tal prazo. 
Sucessivo é aquele instituído em favor de uma pessoa, para que 
depois de sua morte seja transmitido a terceiro. Não é admitido no 
ordenamento jurídico brasileiro. 
Universal é o usufruto exercido em função de direito mortis causa. 
Assim, correta é a alternativa “A”, que contempla o conceito de 
usufruto simultâneo. 
 
(MP-Procurador Fed.16º 2003) 
26. Dá-se a Traditio Brevi Manu quando: 
 
A) se substitui a entrega material do bem por ato indicativo do 
propósito de transmitir a posse; 
B) o possuidor de uma coisa em nome alheio passa a possuí-la como 
própria; 
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C) a posse pode ser continuada pela soma do tempo do atual 
possuidor com os seus antecessores; 
D) o possuidor de um bem imóvel em nome próprio passa a possuí-lo 
em nome alheio. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
A tradição é forma derivada de aquisição da posse, em que há a 
entrega da coisa pelo antigo possuidor ao atual proprietário. Pode 
ser: efetiva ou real, em que há a entrega material, efetiva do bem, 
ou ficta, simbólica, traduzida por atos que simbolizam a entrega da 
coisa (como a entrega das chaves do carro, p.ex.) ou consensual. 
Dentre as formas de tradição consensual, está a traditio brevi manu, 
em que o possuidor de uma coisa em nome alheio (possuidor direto) 
passa a ser possuidor em nome próprio (proprietário), não 
necessitando de um ato efetivo de tradição, já que ele permanece na 
posse, não mais a título de possuidor direto, e sim como proprietário 
do bem. 
Está incorreta a alternativa “A”, pois esta se refere à tradição 
simbólica ou ficta. 
Correta a alternativa “B”, que trata da traditio brevi manu, forma de 
tradição consensual. 
Embora possa haver a união de posses, esta não corresponde à idéia 
de traditio brevi manu. Incorreta a alternativa “C”. 
A alternativa “D” contempla o caso de constituto possessório, ou 
cláusula constituti, que é o inverso da traditio brevi manu, já que 
naquela o possuidor em nome próprio (proprietário) passa a possuir 
em nome alheio (como possuidor direto). Incorreta, portanto. 
 
(OAB/AL/2004) 
27. É correto afirmar que: 
 
A) aquele que, não sendo proprietário de imóvel rural ou urbano, 
possua como sua, por 3 anos ininterruptos, sem oposição, área de 
terra em zona rural não superior a 50 hectares, tornando-a produtiva 
por seu trabalho ou de sua família, tendo nela sua moradia, adquirir-
lhe-á a propriedade. 
B) aquele que por 10 anos, sem interrupção nem oposição, possui 
como seu um imóvel, adquire-lhe a propriedade, independentemente 
de título e boa-fé. 
C) aquele que possuir, como sua, área urbana de até 250 m2, por 5 
anos ininterruptamente e sem oposição, utilizando- a para sua 
moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio, desde que não 
seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural. 
D) adquire também a propriedade do imóvel aquele que, contínua e 
incontestadamente, com justo título e boafé, possuí-lo por 5 anos. 
 
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COMENTÁRIOS: 
 
O prazo para a aquisição da propriedade pela usucapião especial 
rural, pro labore, é de cinco anos, e não de três. Incorreta a 
alternativa “A”. 
O prazo para a aquisição da propriedade pela usucapião 
extraordinária (independente de título e boa-fé) é de 15 anos, e não 
de 10 anos. Incorreta a alternativa “B”. 
O prazo para a usucapião especial urbana ou pro moradia, é de 5 
anos, e limita-se à área de 250 m2. Correta a alternativa “C”. 
O prazo para a usucapião ordinária (com justo título e boa-fé) é de 
10 anos, e não de 5 anos. Incorreta a alternativa “D”. 
 
(OAB/AL/2004) 
28. A hipoteca: 
 
A) impede a venda do imóvel pelo proprietário. 
B) será registrada no local onde deve ser paga a dívida. 
C) não abrange todas as acessões e melhoramentos do imóvel. 
D) pode ser constituída para garantia de dívida futura. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
O CC prevê a nulidade de cláusula que impeça o proprietário de 
alienar o imóvel hipotecado (art. 1475). Incorreta a alternativa “A”. 
O registro da hipoteca, segundo a dicção do art. 1492, é feito no 
cartório do lugar onde situado o imóvel. Incorreta a alternativa “B”. 
O art. 1474 preleciona que a hipoteca abrange todas as acessões, 
melhoramentos ou construções do imóvel. Incorreta a alternativa “C”. 
O art. 1487 autoriza a constituição de hipoteca para garantia de 
dívida futura ou condicionada. Correta, via de conseqüência, a 
alternativa “D”. 
 
(OAB/BA/Agosto/2002) (ADAPTADA) 
29. No que toca aos efeitos da posse, pode-se afirmar: 
 
A) o compromisso de compra e venda em que é atribuída a posse ao 
compromissário-comprador é título idôneo para fins de usucapião; 
B) a ação reinvidicatória e a ação de reintegração de posse se 
fundamentam em idênticas causas de pedir: o direito à posse; 
C) o reinvidicante obrigado a indenizar as benfeitorias feitas pelo 
possuidor de má-fé tem direito de optar entre o seu valor atual e o 
seu custo; 
D) a posse exercida em virtude de contrato de locação, vigente há 
mais de 20 (vinte) anos, enseja usucapião. 
 
COMENTÁRIOS: 
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Os contratos, pelo direito brasileiro, geram efeitos de ordem 
meramente pessoal, obrigacional. Daí porque o compromisso de 
compra e venda não é título hábil à aquisição da propriedade por 
usucapião, cujas exigências legais são outras (posse prolongada pelo 
período previsto em lei, além de outros requisitos). Incorreta a 
alternativa “A”. 
Na ação reivindicatória se discute propriedade; nas ações 
possessórias, discute-se unicamente posse. Portanto, têm natureza, 
objeto e finalidade distintas. Incorreta a alternativa “B”. 
O reivindicante, que indenizar as benfeitorias necessárias feitas pelo 
possuidor de má-fé pode optar pelo valor atual ou pelo custo delas. 
Se ao possuidor de boa-fé, indenizará as benfeitorias pelo seu valor 
atual (art. 1222). Correta a alternativa “C”. 
O locatário é chamado possuidor precário, porquanto tem a posse do 
bem com a obrigação de restituí-lo, ao final do prazo previsto 
contratualmente. Embora, como possuidor, goze da proteção 
possessória, por sua posse ser precária, não importa por quanto 
tempo permaneça no imóvel a título de locatário, jamais poderá 
adquirir a propriedade por usucapião. Incorreta a alternativa “D”. 
 
 
(OAB/GO/21-03-99) 
30. A posse pode ser adquirida: 
 
A) pela própria pessoa que a pretende, por seu representante ou 
procurador, por terceiro sem mandato, dependendo de ratificação e 
pelo constituto possessório; 
B) pela própria pessoa que a pretende e pelo constituto possessório; 
C) pela própria pessoa que a pretende, por seu representante ou 
procurador e por terceiro sem mandato, dependendo de ratificação; 
D) pela própria pessoa que a pretende, por seu representante ou 
procurador e pelo constituto possessório. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
Quanto aos sujeitos, pode ser adquirida a posse pela própria pessoa 
que a pretende ou por seu representante (legal ou convencional) ou 
por terceiro sem mandato, dependendo, neste caso, de ratificação do 
possuidor (art. 1205). 
O constituto possessório não é propriamente forma de aquisição da 
posse, mas de conversão da posse em nome próprio (como 
proprietário) para posse em nome de outrem (posse direta). 
Assim, correta a alternativa“A”. 
 
(OAB/GO/99) 
31. São direitos reais de garantia: 
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A) a enfiteuse, o penhor e a hipoteca; 
B) a hipoteca, o penhor, o usufruto e o uso; 
C) a anticrese, o penhor e a hipoteca; 
D) a anticrese, o usufruto, a hipoteca e a enfiteuse. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
A enfiteuse não está mais prevista no Código Civil de 2002 como 
direito real. O uso e o usufruto são direitos reais de fruição, e não de 
garantia. Dentre os direitos reais, são de garantia o penhor, a 
hipoteca e a anticrese. Correta, portanto, a alternativa “C”. 
Apenas a título de complementação, os direitos reais sobre coisas 
alheias são assim divididos: 
 
a) direitos reais de fruição: servidão, superfície, uso, usufruto, 
habitação; 
b) direitos reais de aquisição: direito do promitente comprador do 
imóvel; 
c) direitos reais de garantia: penhor, hipoteca e anticrese. 
 
 
 
(OAB/GO/25/03/2001) 
32. João adquiriu de José a propriedade de uma casa, na qual 
este sempre residiu com sua família, desde a sua construção. 
Após a lavratura da respectiva escritura de compra e venda 
com o conseqüente registro junto ao Único Cartório de 
Registro de Imóveis da cidade, João solicitou de José que este 
lhe entregasse a posse direta do imóvel, no que não foi 
atendido pelo vendedor, que, imotivadamente, continuou a 
residir na casa. Na condição de advogado de João, indique o 
instrumento jurídico adequado à defesa dos interesses deste. 
 
A) ação de Reintegração de Posse; 
B) ação de Interdito Proibitório; 
C) ação de Imissão de Posse; 
D) ação de Manutenção de Posse. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
A ação de reintegração de posse pode ser movida pelo possuidor 
esbulhado (despojado) de sua posse. Incorreta a alternativa “A”. 
A ação de interdito proibitório é movida pelo possuidor que está com 
a sua posse ameaçada de agressão. Incorreta a alternativa “B”. 
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A ação de manutenção de posse é interposta pelo possuidor cuja 
posse foi turbada (incomodada, perturbada, mas não perdida). 
Incorreta a alternativa “D”. 
A ação de imissão de posse é do proprietário não possuidor, para 
adquirir a posse. Assim, como João não adquiriu a posse, não era 
considerado possuidor, embora já fosse proprietário. Para adquirir 
essa posse, o meio judicial cabível é a ação de imissão de posse. 
Correta a alternativa “C”. 
 
(OAB/GO28-03-98) (ADAPTADA) 
33. O CC diz que a lei assegura ao proprietário o direito de 
usar, gozar e dispor de seus bens, e de reavê-los do poder de 
quem quer que injustamente os possua ou detenha. 
A proposição de uma ação baseada nesse artigo denomina-se: 
 
A) manutenção de posse. 
B) reivindicatória. 
C) reintegração de posse. 
D) interdito possessório. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
A propriedade de um bem é discutida, como já dito anteriormente, no 
juízo petitório. Assim, deve ser movida a ação reivindicatória, já que 
todas as demais têm por objeto a discussão da posse, e não de 
propriedade. Correta a alternativa “B”. 
 
(OAB/GO-98) 
34. O usufruto extingue-se: Marque a opção correta: 
 
A) pela consolidação. 
B) pela perempção. 
C) pela ascensão. 
D) pela evicção. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
A perempção, ascensão e evicção não estão elencadas no Código Civil 
como causas de extinção do usufruto. Incorretas, pois, as alternativas 
“B”, “C” e “D”. Dentre os casos de extinção previstos no art. 1410 do 
CC, está a consolidação (inc. VI), quando na mesma pessoa se 
reúnem a qualidade de nu-proprietário e usufrutuário (que ocorre, 
por exemplo, quando o nu-proprietário morre e o usufrutuário 
adquire a propriedade do bem por ato causa mortis). 
 
35. (OAB/GO/99) 
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Marque a única opção correta: Compete ao Município, a fim de 
impedir que o particular construa em contravenção da lei, do 
regulamento ou de postura, propor: 
 
A) ação de reintegração de posse, cumulada com cominatória. 
B) ação de indenização, cumulada com perdas e danos. 
C) ação de interdito proibitório. 
D) ação de nunciação de obra nova. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
Para impedir que o particular construa em afronta à lei ou aos 
regulamentos administrativos, cabe ação de nunciação de obra nova, 
que pode ser movida pelo Município, pelo proprietário ou pelo 
condômino, para evitar a sua continuação ou o seu início. Correta a 
alternativa “D”. 
As demais ações, previstas nas alternativas “A”, “B” e “C”, que são as 
ações possessórias, tem por objeto a discussão sobre posse, 
portanto, estão incorretas. 
 
(OAB/GO/99) (ADAPTADA) 
36. Assinale a alternativa correta: 
 
A) Estão sujeitos ao Registro, no respectivo Cartório de Imóveis, os 
títulos translativos da propriedade imóvel, por ato entre vivos; 
B) Adquire-se a propriedade imóvel pela apreensão da coisa, ou pelo 
exercício do direito; pelo fato de se dispor da coisa, ou do direito; por 
qualquer dos modos de aquisição em geral; 
C) Adquire-se a posse pela acessão, pelo usucapião, pelo direito 
hereditário e por qualquer dos modos de aquisição em geral; 
D) A posse pode ser adquirida pela própria pessoa que a pretende e 
por terceiro sem mandato, independente de ratificação. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
A aquisição de direitos reais sobre imóveis, por ato inter vivos, 
sujeita-se ao Registro no Cartório de Imóveis (art. 1227). Correta a 
alternativa “A”. 
A alternativa “B” contempla modos aquisitivos da posse de móveis. 
Incorreta, portanto. 
A alternativa “C” trata dos modos de aquisição da propriedade, e não 
da posse. Incorreta, pois. 
A posse, quando adquirida por terceiro, depende de ratificação pelo 
possuidor. Incorreta pois a alternativa “D”. 
 
(OAB/GO/99) (ADAPTADA) 
37. Assinale a alternativa incorreta quanto ao usufruto: 
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A) O usufrutuário tem direito à posse, uso, administração e 
percepção dos frutos; 
B) Salvo disposição em contrário, o usufruto estende-se aos 
acessórios da coisa e seus acrescidos; 
C) O usufrutuário não é obrigado a pagar as deteriorações 
resultantes do exercício regular do usufruto; 
D) O usufruto extingue-se apenas pela morte do usufrutuário e pelo 
termo de sua duração. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
Com o usufruto, o nu-proprietário transmite ao usufrutuário o direito 
de fruir do bem. Este passa a ter a posse direta, usando e 
administrando as utilidades que ele produz, incluindo os frutos (art. 
1394) Correta a alternativa “A”. 
Os frutos são bens acessórios, e seguem a regra de que o acessório 
segue o principal, salvo disposição em contrário. Correta a alternativa 
“B”. 
Segundo preleciona o art. 1402, o usufrutuário não é obrigado a 
pagar as deteriorações resultantes do uso regular do próprio bem, até 
porque tais deteriorações existiriam mesmo se o bem estivesse em 
mãos do nu-proprietário. Correta, pois, a alternativa “C”. 
As causas de extinção do usufruto estão previstas no art. 1410, e não 
se restringem apenas à morte do usufrutuário e pelo término do 
prazo de sua duração, sendo previstas ainda outras causas. 
 
 
 
(OAB/GO/00) (ADAPTADA) 
38. Assinale a alternativa incorreta: 
 
A) A posse pode ser transmitida, por causa mortis, aos herdeiros do 
de cujus, continuando, a posse, com os mesmos caracteres (vícios ou 
qualidades); 
B) Interdito proibitório, manutenção de posse, reintegração de posse 
e usucapião são remédios que garantem a proteção da posse; 
C) É mero detentor aquele que se mantém em situação de 
dependência econômica ou com vínculo de subordinação a terceiro e 
em nome deste mantém a posse; 
D)O instituto da descoberta disciplina as obrigações de quem acha 
coisa alheia perdida. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
A posse dos herdeiros ou legatários do falecido é a estes transmitida 
com os mesmos vícios da posse que tinha a do possuidor (art. 1206). 
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Em complementação, o art. 1207 explica que o sucessor universal 
(herdeiro) continua de direito a posse de seu antecessor. Correta, 
portanto, a alternativa “A”. 
A tutela específica da posse se dá através das ações possessórias, 
quais sejam: ação de manutenção de posse, ação de reintegração de 
posse e interdito proibitório. A usucapião é forma de aquisição da 
propriedade pela posse prolongada. Incorreta, pois, a alternativa “B”. 
O detentor, também chamado de fâmulo da posse, servidor da posse 
ou gestor da posse, é aquele que exerce a posse em nome de 
outrem, e sob subordinação deste, em cumprimento de ordens ou 
instruções suas (art. 1198). Correta a alternativa “C”. 
A descoberta é disciplinada no art. 1233 e ss. do CC, que prevê que 
“quem quer que ache coisa alheia perdida há de restituí-la ao dono 
ou legítimo possuidor”. Correta a alternativa “D”. 
 
(OAB/MG-2004) 
39. Extingue-se o usufruto, EXCETO: 
 
A) pela renúncia do usufrutuário. 
B) pela extinção da pessoa jurídica, em favor de quem o usufruto foi 
constituído, ou, se ela perdurar, pelo decurso de 30 anos da data em 
que se começou a exercer. 
C) pelo não uso, ou não fruição, da coisa em que o usufruto recai. 
D) pela morte de quem o instituiu. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
O usufruto extingue-se pela renúncia (art. 1410, I), pela extinção da 
pessoa jurídica, em favor de quem o usufruto foi instituído, ou, se ela 
perdurar, em 30 anos (art. 1410, III), pelo não uso ou não fruição do 
bem (art. 1410, VIII) e pela morte do usufrutuário, ou seja, do 
beneficiário do usufruto (art. 1410, I), mas não pela morte do 
instituidor. Correta, pois, a alternativa “D”. 
 
(OAB/MG/03/2003) 
40. Com base no que se estabelece na legislação específica, é 
INCORRETO afirmar que: 
 
A) a posse é adquirida desde o momento em que se torna possível o 
exercício, em nome próprio, de qualquer dos poderes inerentes à 
propriedade. 
B) aquele que, contínua e incontestadamente, com justo título e boa-
fé, o possuir por 10 anos adquire a propriedade do imóvel. 
C) aquele que, por 15 anos, sem interrupção nem oposição, possuir 
como seu um imóvel, adquire-lhe a propriedade, independentemente 
de título e boa-fé. 
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D) os direitos reais sobre coisas imóveis, quando constituídos, ou 
transmitidos por atos entre vivos, só se adquirem com a tradição. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
O Código Civil de 2002 não se preocupou em elencar as hipóteses em 
que se adquire a posse, e sim quanto ao momento em que esta é 
adquirida, dispondo, no art. 1204, que a aquisição da posse ocorre 
desde o momento em que se torna possível o exercício, em nome 
próprio, de qualquer dos poderes inerentes ao domínio. Com tal 
afirmativa, implicitamente excluiu a figura do detentor, que não é 
considerado possuidor porque este não exerce posse em nome 
próprio. Complementando, os poderes inerentes ao domínio estão 
elencados no art. 1228, e são a faculdade de usar, gozar, dispor e 
reivindicar. Correta a alternativa “A”. 
A usucapião ordinária é forma de aquisição da propriedade pela posse 
prolongada de bem imóvel por 10 anos, desde que o possuidor tenha 
justo título e boa fé. Correta a alternativa “B”. 
Já a aquisição da propriedade imóvel por usucapião extraordinária 
dá-se pela posse prolongada por 15 anos, independentemente de 
justo título e boa fé. Correta a alternativa “C”. 
Os direitos reais sobre imóveis, ou a sua transmissão, por ato entre 
vivos, segundo o art. 1227, só se adquirem mediante registro no 
Cartório de Registro de Imóveis, salvo nos casos excepcionados por 
lei (art. 108). Incorreta a alternativa “D”, já que a tradição é o meio 
de constituição e transmissão dos direitos reais sobre bens móveis. 
 
(OAB-MG-2002) 
41. Considerando-se os direitos reais de garantia, é 
INCORRETO afirmar que: 
 
A) a coisa dada em garantia, nas dívidas garantidas por penhor, 
anticrese ou hipoteca, fica sujeita, por vínculo real, ao cumprimento 
da obrigação. 
B) a extinção da hipoteca só começa a ter efeito contra terceiros 
depois de averbada no respectivo registro. 
C) o devedor, ou outrem por ele, pode constituir hipoteca, 
entregando ao credor um imóvel e cedendo-lhe o direito de perceber, 
em compensação da dívida, os frutos e rendimentos. 
D) o penhor se constitui pela tradição efetiva, que, em garantia do 
débito, ao credor, ou a quem o represente, faz o devedor, ou alguém 
por ele, de um objeto móvel, suscetível de alienação. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
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A hipoteca, o penhor e a anticrese são direitos reais que subordinam 
o bem ao pagamento de uma dívida. Portanto, correta a alternativa 
“A”. 
Pelo princípio da publicidade, e para fins de serem exercidos e valer 
em face de terceiros, a hipoteca deve ser objeto de averbação no 
registro do imóvel. Correta a alternativa “B”. 
O direito real de garantia em que o titular do bem concede a outrem 
o direito de fruir das utilidades de um imóvel, a título de pagamento 
de uma dívida, é a anticrese, e não hipoteca. Incorreta a alternativa 
“C”, que deve ser assinalada. 
O penhor, como direito real de garantia, vincula o bem móvel ao 
cumprimento de uma obrigação e, salvo nos casos excepcionados em 
lei, implica na tradição do bem ao credor, que passa a exercer a 
posse direta sobre este. Correta a alternativa “D”. 
 
(OAB-MG-2002) 
42. Assinale a opção INCORRETA: 
 
A) Adquire-se a propriedade imóvel pela acessão. 
B) O proprietário pode reaver seus bens de quem injustamente os 
possuía. 
C) O dono do imóvel hipotecado não pode constituir sobre ele, 
mediante novo título, outra hipoteca, em favor de outro credor. 
D) Os frutos caídos de árvore do terreno vizinho, tratando-se de 
propriedade particular, pertencem ao dono do solo de onde caíram. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
Uma das formas de aquisição da propriedade imóvel é pela acessão, 
já explicada em questões anteriores. Correta a alternativa “A”. 
O domínio, ou direito de propriedade, compreende a faculdade de 
usar, gozar, dispor e reivindicar o bem de quem quer que 
injustamente o possua ou detenha, segundo a dicção do art. 
1228. Correta a alternativa “B”. 
Segundo previsão expressa do art. 1476, o devedor pode constituir 
nova hipoteca sobre o mesmo bem imóvel já hipotecado, no que se 
denomina sub hipoteca, que pode ser em favor do mesmo ou de 
outro credor. Incorreta a alternativa “C”, que deve ser assinalada. 
Sob o título “das árvores limítrofes”, o art. 1284 prevê que os frutos 
caídos de árvore do terreno vizinho pertencem ao dono do solo onde 
caíram. Correta a alternativa “D”. 
 
(OAB/MG-2004) 
43. Sobre a posse, no Código Civil, marque a opção 
INCORRETA: 
 
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A) A presunção de boa-fé que milita em favor do possuidor com justo 
título é iure et de iure. 
B) A tolerância do proprietário não gera posse. 
C) Pode ser adquirida pessoalmente ou através de mandatário. 
D) É o exercício de fato de algum dos poderes inerentes à 
propriedade. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
Justo título é aquele que, se não contivesse um vício, defeito, seria 
hábil a transferir o domínio. Possuidor de boa fé, por seu turno, é 
aquele que tem a crença de que sua posse é legítima. O art. 1201, 
parágrafo único do CC, firma a presunçãorelativa – juris tantum – de 
boa fé do possuidor que detém justo título. Essa presunção, repita-
se, é relativa, comportando prova em contrário. Não é absolua – jure 
et de jure. Incorreta a alternativa “A”, que deve ser assinalada. 
Os atos de mera permissão ou tolerância do proprietário não induzem 
posse, segundo o que preleciona o art. 1208. Correta a alternativa 
“B”. 
A posse pode ser adquirida tanto pelo próprio possuidor como por seu 
representante, ou ainda por terceiro sem mandato, dependendo, 
neste último caso, de ratificação (art. 1205). Correta a alternativa 
“C”. 
O art. 1204 é claro ao dispor que a posse constitui-se pelo exercício 
de qualquer dos poderes do domínio (usar, gozar, dispor e 
reivindicar). Correta a alternativa “D”. 
 
(OAB/MG/01) 
44. Quanto aos efeitos da posse, é CORRETO afirmar que: 
 
A) O proprietário, não-possuidor, tem direito a ser mantido ou 
reintegrado na posse, em caso de turbação ou esbulho praticado pelo 
possuidor, não-proprietário. 
B) O possuidor de boa-fé responde pela perda, ou deterioração da 
coisa, a que não der causa. 
C) O possuidor de boa-fé tem direito, enquanto ela durar, aos frutos 
percebidos. 
D) Ao possuidor de má-fé serão ressarcidas somente as benfeitorias 
necessárias, sendo-lhe assistido o direito de retenção pela 
importância destas. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
O uso das ações possessórias é exclusivo do possuidor. Se o 
proprietário não tem posse, não está legitimado a interpor ação 
possessória. Aliás, para a interposição de ação possessória, é preciso 
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estar provada a qualidade de possuidor, e não de proprietário. 
Incorreta a alternativa “A”. 
Quanto aos efeitos da posse, o possuidor de boa fé não responde pela 
perda ou deterioração da coisa a que não deu causa (art. 1217). 
Incorreta a alternativa “B”. 
Ainda sobre o possuidor de boa fé, este tem direito aos frutos 
percebidos, enquanto esta durar (art. 1214). Correta a alternativa 
“C”. 
O possuidor de má fé só tem direito de ser indenizado das 
benfeitorias necessárias que houver realizado e, ainda assim, não 
tem direito de retenção, ou seja, de reter o bem até que lhe sejam 
pagas as benfeitorias (art. 1220). Incorreta a alternativa “D”. 
 
(OAB/MG/Dez/01) (ADAPTADA) 
45. Assinale a opção INCORRETA: 
 
A) São direitos reais, dentre outros, as servidões, o uso, a 
propriedade e o penhor. 
B) Constitui usufruto o direito real de fruir as utilidades e frutos de 
uma coisa, enquanto temporariamente destacado da propriedade. 
C) O usufrutuário responde pelas deteriorações resultantes do 
exercício regular do usufruto. 
D) n.d.a. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
Pelo princípio da taxatividade, só são considerados direitos reais 
aqueles elencados no art. 1225 do CC, que somam dez: propriedade, 
superfície, servidão, uso, usufruto, habitação, direito do promitente 
comprador do imóvel, penhor, hipoteca e anticrese. Assim, correta a 
alternativa “A”. 
Pelo direito real de usufruto, o proprietário de um bem (nu-
proprietário) concede a outrem (usufrutuário) o direito de fruir das 
utilidades da coisa. Correta a alternativa “B”. 
O exercício regular do usufruto não implica responsabilização do 
usufrutuário pela deterioração do bem. Incorreta a alternativa “C”, a 
ser assinalada. 
 
 
(OAB/MS/2004) 
46. Assinale a questão correta: 
 
A) São condições exclusivas impostas pela lei civil para o usucapião 
de área urbana, ter a mesma até 250 metros quadrados, posse pelo 
prazo de 5 (cinco) anos e ausência de oposição. 
B) Para que a posse exercida sobre um seja considerada de boa-fé, 
exige-se que o possuidor ignore o vício ou obstáculo que lhe impeça a 
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aquisição da coisa ou do direito possuído, ou que, mesmo tendo 
conhecimento de algum impedimento que lhe oponha a aquisição, 
possua título que determine que ele não seja apto a transferir a 
propriedade, sito é, que não exerça uma posse justa. 
C) O usucapião consuma-se em 10 (dez) anos, independentemente 
de título e boa-fé. 
D) O ordenamento jurídico tutela a posse decorrente de justo título e 
boa fé e, excepcionalmente, prescinde de tais atributos, se a 
ocupação datada de 10 (dez) anos é exercida com animus de moradia 
habitual ou no interregno de seu exercício tenha o possuidor 
realizado obras e serviços de caráter produtivo. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
A usucapião especial pro moradia prevê, como requisitos, que o 
imóvel tenha até 250 m2, posse prolongada por 5 anos, ininterrupta 
e sem oposição, que o possuidor não seja proprietário de outro 
imóvel urbano ou rural e que tenha feito do imóvel 
usucapiendo a sua moradia ou de sua família. Incorreta a 
alternativa “A”. 
Se o possuidor desconhece a ilegitimidade de sua posse, 
principalmente o vício do título, é de má-fé, não podendo se presumir 
a sua boa-fé. Incorreta a alternativa “B”. 
Para a aquisição da propriedade pela usucapião extraordinária (que 
independe de justo título e boa-fé), o prazo exigido pelo legislador 
civil é de 15 anos, e não de 10 anos. Incorreta a alternativa “C”. 
A aquisição da propriedade imóvel pela usucapião ordinária dá-se, 
regra geral, pela posse prolongada por 10 anos, com justo título e 
boa-fé. Contudo, o parágrafo único do art. 1242 diminui o prazo para 
05 anos, se o possuidor houver estabelecido a sua moradia ou 
realizado no bem investimentos de interesse social e econômico. 
Correta, pois, a alternativa “D”. 
 
(OAB/MT/2005) 
47. Assinale a alternativa que caracteriza a posse de fâmulo: 
 
A) a posse exercida pelo locatário; 
B) a posse exercida pelo proprietário; 
C) a posse exercida pelo caseiro; 
D) a posse exercida pelo usufrutuário. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
O detentor, fâmulo da posse, servidor da posse ou gestor da posse é 
aquele que, achando-se em relação de dependência, de subordinação 
em relação a outrem, conserva a posse do bem em nome deste, 
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seguindo suas ordens ou instruções. Não é considerado possuidor. 
Clássica figura de detentor é a do caseiro. 
Assim, correta a alternativa “C”, pois todas as alternativas anteriores 
contemplam hipóteses de pessoas que exercem poderes inerentes ao 
domínio e são, portanto, consideradas possuidoras. 
 
(OAB/RJ/2004) 
48. Sobre os vícios da posse, diga qual a opção correta: 
 
A) A violência, precariedade e clandestinidade são vícios sanáveis; 
B) Só a precariedade é insanável, enquanto a clandestinidade e a 
violência são sanáveis; 
C) A violência e a precariedade são vícios insanáveis; 
D) A violência, precariedade e clandestinidade são vícios insanáveis; 
 
COMENTÁRIOS: 
 
Os vícios da posse são a violência, a clandestinidade e a 
precariedade. 
Violenta é a posse obtida à força. Clandestina é a posse obtida 
furtivamente, clandestinamente. Precária é a posse obtida sob a 
condição de ser restituída posteriormente. Só são sanáveis a posse 
violenta e a clandestina, pois, após cessada a violência ou a 
clandestinidade, o legislador civil admite a sua aquisição (da posse). 
A precariedade é um vício que não cessa jamais, porque representa 
abuso de confiança daquele que recebeu o bem por um título que o 
obriga, ao final de certo período, a restituí-lo. Portanto, correta a 
alternativa “B”. 
 
(OAB/RS/01/2005) 
49. Em relação à posse, assinale a assertiva correta. 
 
A) O Direito brasileiro adotou a teoria objetiva da posse, de autoria 
de Savigny. 
B) A tutela da posse pode ser argüida pelo detentor. 
C) Atendidos os requisitos legais, o possuidor poderá defender-se do 
esbulho por seus próprios meios. 
D) O possuidor direto não tem proteção possessória frenteao 
possuidor indireto. 
 
 
 
COMENTÁRIOS: 
 
Dentre as teorias que procuram explicar a posse, duas se destacam: 
a teoria subjetiva, de Savigny, segundo a qual possuidor é aquele 
que tem o ‘corpus’ (disposição física do bem) e ‘animus’ (intenção de 
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ser dono). Essa teoria só foi acolhida quanto à usucapião, mas 
predominantemente foi acolhida a teoria de Jhering, objetiva, para 
quem possuidor é quem tem o ‘corpus’, quem exerce algum ou 
alguns dos poderes do domínio. Incorreta a alternativa “A”. 
A proteção possessória é exclusiva do possuidor. O detentor não é 
considerado possuidor, por isso não pode buscar a tutela da posse. 
Incorreta a alternativa “B”. 
A proteção possessória, como já explicado em questões anteriores, 
pode se dar pela auto-defesa, ou auto tutela, e também através das 
ações possessórias. Assim, correta a alternativa “C”. 
Tanto o possuidor direto como o indireto (proprietário) têm podem 
proteger a sua posse, contra terceiros e um contra o outro. Incorreta 
a alternativa “D”. 
 
(PolíciaCivil/AgentePenitenciário/DF/2004) 
50. Manifestantes, universitários e grevistas ocupam uma 
parte de uma universidade pública, impedindo a entrada das 
pessoas. Encontram-se estabelecidos no local há uma semana. 
Nesse caso, pode-se afirmar que o Reitor da Universidade, 
para retirar os invasores: 
 
A) terá que ajuizar ação de reintegração de posse; 
B) terá que ajuizar ação de reivindicação; 
C) terá que ajuizar ação de despejo; 
D) poderá solicitar auxílio policial para reaver o espaço, 
independentemente de ação judicial; 
E) terá que agir pessoalmente através da força física. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
O possuidor possui auto tutela, ou auto defesa, que é o direito de 
proteger a sua posse sem necessidade de recurso ao Poder Judiciário, 
atendidos os requisitos do art. 1210, § 1º do CC. A auto tutela não 
significa que a proteção tem que se dar pessoal e exclusivamente 
pelo possuidor; este pode buscar auxílio de terceiros. No caso, pois, 
correta a alternativa “D”. 
 
QUESTÕES APRESENTADAS 
 
(AGU-2ªCategoria 1998) 
01. Quando houver acréscimo paulatino de terras às margens 
de um rio em razão do afastamento das águas, que descobrem 
parte do álveo, ter-se-á o (a): 
 
A) abandono de álveo 
B) aluvião própria 
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C) avulsão 
D) acessão artificial 
E) aluvião imprópria 
 
(AGU-2ªCategoria 1998) 
02. A convenção, mediante a qual o credor, possuindo um 
imóvel do devedor, percebe os seus frutos para conseguir a 
soma de dinheiro emprestada, imputando na dívida e até o seu 
resgate, as importâncias que for recebendo, denomina-se: 
 
A) anticrese 
B) sub-hipoteca 
C) penhor de direitos 
D) caução de título de crédito 
E) servidão predial 
 
(AnalistaJudiciário/5º Reg.TRT/06/2003) 
03. Eu vinha mantendo posse sobre uma chácara havia mais 
de oito anos. Hoje tomei conhecimento de que há uma semana 
sofri esbulho dessa posse, uma vez que encontrei outra 
pessoa dentro da minha chácara. Nesse caso, 
 
A) perderei a posse se me abstiver de retomar, imediatamente, o 
imóvel, ou se, tentando recuperálo, for violentamente repelido. 
B) reputa-se que já perdi a posse há uma semana, com o ato de 
invasão realizada pelo terceiro. 
C) só perderei a posse se não usar de diligência para retomar, 
imediatamente, o imóvel. 
D) considera-se que a posse foi perdida no exato momento em que 
tomei conhecimento do esbulho, nada podendo fazer sem o socorro 
judiciário. 
E) só perderei a posse se não usar, imediatamente, do socorro 
judiciário. 
 
(AnalistaJudiciário/5º Reg.TRT/06/2003) 
04. O prazo necessário, sem interrupção, nem oposição, para 
aquele que possuir como seu um imóvel, adquirir-lhe a 
propriedade, sem título ou boa-fé, mas tendo realizado no 
imóvel obras e serviços de caráter produtivo, ficou, no atual 
Código, reduzido a 
 
A) 5 anos. 
B) 5 anos, se ali também fixar sua moradia habitual. 
C) 10 anos. 
D) 10 anos, se ali também fixar sua moradia habitual. 
E) 15 anos. 
 
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(Analista Jud. 4º Reg. 2004) 
05. A respeito da propriedade em geral, é INCORRETO afirmar 
que: 
 
A) o proprietário tem a faculdade de usar, gozar e dispor da coisa, e 
o direito de reavê-la do poder de quem quer que injustamente a 
possua ou detenha. 
B) o proprietário pode ser privado da coisa, na hipótese de 
requisição, em caso de perigo público iminente. 
C) os frutos e mais produtos da coisa pertencem, ainda quando 
separados, ao seu proprietário, salvo se por preceito jurídico especial, 
couberem a outrem. 
D) a propriedade do solo abrange, dentre outros bens, as jazidas, 
minas e demais recursos minerais, bem como os potenciais de 
energia hidráulica. 
E) no uso e gozo da coisa, são defesos os atos que não trazem ao 
proprietário qualquer comodidade, ou utilidade, e visem a prejudicar 
outrem. 
 
(Analista Jud. 4º Reg. 2004) 
06. A respeito da posse, considere as afirmativas: 
 
I. Se duas ou mais pessoas possuírem coisa indivisa, poderá cada 
uma exercer sobre ela atos possessórios, contanto que tais atos não 
excluam os dos outros compossuidores. 
II. O possuidor com justo título tem em seu favor a presunção 
absoluta de boa-fé, que não admite prova em contrário. 
III. A posse, ainda que precária, é justa, mas, considera-se injusta a 
que for clandestina ou violenta. 
 
Está correto o que se afirma APENAS em: 
 
A) I. 
B) I e II. 
C) I e III. 
D) II e III. 
E) III. 
 
07. O imóvel situado na zona rural que o proprietário 
abandonou, com a intenção de não mais conservar em seu 
patrimônio, inclusive deixando de satisfazer os ônus fiscais, 
 
A) se não se encontrar na posse de outrem, após 3 anos, será 
arrecadado como bem vago, e passar, após três anos, à propriedade 
da União, onde quer que se localize. 
B) se não se encontrar na posse de outrem, após 5 anos, será 
arrecadado pelo Estado ou pelo Distrito Federal. 
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C) será adquirido, decorridos 10 anos, pelo município onde se situa 
por usucapião. 
D) será adjudicado em partes iguais pelo Município, pelo Estado e 
pela União. 
E) após 15 anos, passará ao domínio do Município, mediante 
arrecadação como coisa vaga. 
 
(ComissáriodeJustiça/RJ/02/2002) 
08. São características das ações possessórias: 
 
A) caráter dúplice, fungibilidade e possibilidade de cumulação de 
pedidos; 
B) fungibilidade e impossibilidade de litisconsórcio; 
C) caráter dúplice, fungibilidade e impossibilidade de litisconsórcio; 
D) fungibilidade, impossibilidade de litisconsórcio e possibilidade de 
cumulação de pedidos; 
E) caráter dúplice e impossibilidade de litisconsórcio. 
 
(Def.Pública-MA/03) 
09. Quem, não sendo proprietário de outro imóvel urbano ou 
rural, possuir como sua área urbana de até duzentos e 
cinqüenta metros quadrados sem oposição, utilizando-a para 
sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio: 
 
A) somente depois de dez anos ininterruptos entre presentes e 
quinze anos entre ausentes, por usucapião ordinária. 
B) por acessão, após dez anos ininterruptos. 
C) por usucapião, após cinco anos ininterruptos. 
D) somente após vinte anos ininterruptos, desde que ostente justo 
título e boa-fé, por usucapião. 
E) apenas se ostentar justo título e boa fé, após dez anos 
ininterruptos desde o término da construção da moradia, pela 
usucapião social. 
 
(DP/MG/Dezembro/2001) 
10. Não pode ser objeto de hipoteca: 
 
A) estrada de ferro. 
B) automóvel. 
C) avião. 
D) navio. 
E)imóvel já hipotecado. 
 
(Del.Pol/SP/2001) 
11. O direito de usar, gozar, dispor e reivindicar caracteriza a 
propriedade: 
 
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A) resolúvel. 
B) plena. 
C) limitada. 
D) usufrutuária. 
 
(Delegado de Polícia/SP/03) 
12. Assinale a alternativa correta: A propriedade: 
 
A) móvel será adquirida pelo assenhoreamento de coisa sem dono, 
desde que essa ocupação não seja proibida por lei. 
B) trata-se de direito constitucional individual, não podendo o seu 
exercício ser de forma alguma limitado. 
C) de área urbana, até duzentos e cinqüenta metros quadrados, será 
adquirida por aquele que a possuir por cinco anos ininterruptos, 
independentemente de qualquer outra condição. 
D) do solo abrange a do espaço aéreo e do subsolo, incluindo as suas 
jazidas, minas e demais recursos minerais. 
 
(Delegado de Polícia/SP/03) 
13. Assinale a alternativa correta: O direito real, que permite 
ao beneficiário ocupar, gratuitamente, com sua família, casa 
alheia, denomina-se: 
 
A) uso. 
B) habitação. 
C) empréstimo. 
D) usufruto. 
 
(Delegado de Polícia/SP/03) 
14. Assinale a alternativa correta: Não se trata de direito real: 
 
A) a propriedade. 
B) o usufruto. 
C) a superfície. 
D) a enfiteuse. 
 
(Delegado de Polícia/DF/2004) 
15. Em virtude de viagem, Adriano solicitou de Sérgio que 
guardasse, durante o período em que estivesse viajando, 
alguns pertences seus, entre os quais um automóvel, uma 
motocicleta e um computador. Convencionaram um valor fixo 
que seria pago por Adriano pela guarda dos bens. Dez dias 
depois, aproximadamente, Priscila, irmã de Adriano, esteve na 
residência de Sérgio e exigiu a entrega do computador, pois 
este lhe pertencia. Diante da negativa de Sérgio em entregar o 
computador, Priscila tentou usar de violência para pegar o 
bem. Pode-se afirmar que, neste caso: 
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A) Sérgio pode fazer uso da autodefesa da posse, pois é possuidor do 
bem; 
B) Sérgio somente pode solucionar a questão, ajuizando uma ação de 
manutenção de posse; 
C) Sérgio somente pode solucionar a questão, ajuizando uma ação de 
reintegração de posse; 
D) Sérgio somente pode solucionar a questão, ajuizando uma ação 
de interdito proibitório; 
E) Sérgio nada pode fazer, pois é mero detentor do bem. 
 
(Magistratura Estadual-SP-2003) 
16. Escolha a assertiva incorreta sobre direitos reais de 
garantia. 
 
A) É nula a cláusula que autoriza o credor pignoratício, anticrético ou 
hipotecário a ficar com o objeto da garantia, se a dívida não for paga 
no vencimento. 
B) É válida a cláusula que proíbe o proprietário alienar o imóvel 
hipotecado. 
C) É possível o desmembramento do ônus hipotecário, se o imóvel 
dado em garantia vier a ser loteado ou objeto de condomínio edilício, 
de modo a gravar cada lote ou unidade autônoma. 
D) A lei confere hipoteca ao credor sobre o imóvel arrematado, para 
garantia do pagamento do restante do preço da arrematação. 
 
(Magistratura/ES/2003) 
17. Em matéria de posse é correto afirmar que: 
 
A) O justo título gera presunção, "juris et de jure", de boa fé; 
B) A ação possessória sempre terá natureza dúplice, mesmo que o 
réu não demande, na contestação, proteção possessória; 
C) A composse somente é admissível em relação aos bens 
indivisíveis; 
D) Pelo constituto possessório ocorre aquisição da posse, sem a 
tradição do bem; 
E) O possuidor de boa-fé tem direito enquanto ela durar, aos frutos 
percebidos e aos colhidos antecipadamente. 
 
(Magistratura/ES/2003) (ADAPTADA) 
18. Assinale a alternativa correta: 
 
A) A constituição da posse de má fé não retira o direito do possuidor 
quanto aos frutos colhidos e percebidos; 
B) O usufruto próprio é o que tem por objeto coisas consumíveis e 
fungíveis; 
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C) O ‘jus tollendi’ do possuidor de boa fé em relação as benfeitorias 
voluptuárias se não lhe forem pagas, é incondicionado; 
D) O direito à percepção dos frutos do bem sobre o qual existe 
usufruto é do nu-proprietário. 
E) n.d.a. 
 
(Magistratura/PR/1998) 
19. No que concerne à aquisição e efeitos da posse segundo o 
disposto no Código Civil, é correto afirmar-se que: 
 
A) a ninguém é dado adquirir a posse por meio de representante ou 
procurador. 
B) ainda que seja qualificado como possuidor de má fé, o possuidor 
tem direito à retenção do imóvel até ser ressarcido pelas benfeitorias 
necessárias nele introduzidas. 
C) se não lhes deu causa, o possuidor de boa fé não responde pela 
perda ou deterioração da coisa. 
D) o constituto possessório não é modo de aquisição da posse. 
 
(Magistratura/PR/1998) 
20. De acordo com disposições do Código Civil e do Código de 
Águas no que se refere à aquisição da propriedade, é correto 
afirmar-se que: 
A) para completar o tempo exigido pelo usucapião, o possuidor pode 
acrescentar a sua a posse do seu antecessor, desde que ambas 
sejam contínuas e pacíficas. 
B) o usucapião não é modo de aquisição da propriedade móvel. 
C) avulsão são os acréscimos formados por depósitos e aterros 
naturais, ou pelo desvio das águas dos rios, ainda que estes sejam 
navegáveis. 
D) o álveo abandonado da corrente pública passa a pertencer aos 
proprietários ribeirinhos das duas margens, mas devem eles 
indenização ao dono do terreno por onde as águas abrigaram novo 
curso. 
 
(Mag. Est. DF/2003) 
21. Assinale a alternativa correta : O possuidor de má-fé tem 
direito: 
 
A) ao ressarcimento das benfeitorias necessárias, sem direito de 
retenção pela importância delas; 
B) ao ressarcimento das benfeitorias necessárias, com direito de 
retenção pela importância delas; 
C) ao ressarcimento das benfeitorias necessárias e úteis, sem direito 
de retenção pela importância delas; 
D) ao ressarcimento das benfeitorias necessárias e úteis, com direito 
de retenção pela importância delas. 
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(Mag. Est. DF/2003) 
22. Assinale a alternativa correta: Podem ser objeto de 
penhor: 
 
A) as estradas de ferro; 
B) domínio útil; 
C) colheitas pendentes, ou em via de formação; 
D) os navios. 
 
(MagistraturaEstadual/SC/2004) (ADAPTADA) 
23. Assinale a alternativa correta. 
 
A) A proteção possessória, consistente em meios de defesa de 
situações de fato, que aparentam ser exteriorização do domínio, é 
assegurada exclusivamente pelas ações possessórias. 
B) No juízo petitório, os litigantes alegando posse, podem ver 
asseguradas liminares de enorme eficácia. 
C) Imissão da posse, nunciação de obra nova e embargos de terceiro 
senhor e possuidor são ações de controvertida natureza possessória. 
D) Nenhuma das alternativas anteriores está correta. 
 
(Mag. Fed. 4º Reg. TRF 2001) (ADAPTADA) 
24. Assinale a alternativa correta: 
 
A) A usucapião extraordinária se dá em dez anos, por posse contínua 
e incontestada, com justo título e boa fé. 
B) Pela usucapião urbana o possuidor deve possuir como sua área 
urbana de até trezentos metros quadrados, por cinco anos, 
ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a como sua moradia ou 
de sua família. 
C) Pela usucapião rural o possuidor, desprovido de outro imóvel, 
deve possuir como seu, por cinco anos ininterruptos, sem oposição, 
área de terra em zona rural, não superior a quinze hectares, 
tornando-a produtiva por seu trabalho ou de sua família e tendo nela 
sua moradia. 
D) A usucapião ordinária se dá em dez anos, por posse contínua e 
incontestada, com justo título e boa fé. 
 
(MP-Procurador Fed.16º 2003) 
25. O usufruto que foi estabelecidopara beneficiar duas ou 
mais pessoas, extinguindo-se gradativamente em relação a 
cada uma das que falecerem, denominam-se: 
 
A) usufruto simultâneo; 
B) usufruto temporário; 
C) usufruto sucessivo; 
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D) usufruto universal. 
 
(MP-Procurador Fed.16º 2003) 
26. Dá-se a Traditio Brevi Manu quando: 
 
A) se substitui a entrega material do bem por ato indicativo do 
propósito de transmitir a posse; 
B) o possuidor de uma coisa em nome alheio passa a possuí-la como 
própria; 
C) a posse pode ser continuada pela soma do tempo do atual 
possuidor com os seus antecessores; 
D) o possuidor de um bem imóvel em nome próprio passa a possuí-lo 
em nome alheio. 
 
(OAB/AL/2004) 
27. É correto afirmar que: 
 
A) aquele que, não sendo proprietário de imóvel rural ou urbano, 
possua como sua, por 3 anos ininterruptos, sem oposição, área de 
terra em zona rural não superior a 50 hectares, tornando-a produtiva 
por seu trabalho ou de sua família, tendo nela sua moradia, adquirir-
lhe-á a propriedade. 
B) aquele que por 10 anos, sem interrupção nem oposição, possui 
como seu um imóvel, adquire-lhe a propriedade, independentemente 
de título e boa-fé. 
C) aquele que possuir, como sua, área urbana de até 250 m2, por 5 
anos ininterruptamente e sem oposição, utilizando- a para sua 
moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio, desde que não 
seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural. 
D) adquire também a propriedade do imóvel aquele que, contínua e 
incontestadamente, com justo título e boafé, possuí-lo por 5 anos. 
 
(OAB/AL/2004) 
28. A hipoteca: 
 
A) impede a venda do imóvel pelo proprietário. 
B) será registrada no local onde deve ser paga a dívida. 
C) não abrange todas as acessões e melhoramentos do imóvel. 
D) pode ser constituída para garantia de dívida futura. 
 
(OAB/BA/Agosto/2002) (ADAPTADA) 
29. No que toca aos efeitos da posse, pode-se afirmar: 
 
A) o compromisso de compra e venda em que é atribuída a posse ao 
compromissário-comprador é título idôneo para fins de usucapião; 
B) a ação reinvidicatória e a ação de reintegração de posse se 
fundamentam em idênticas causas de pedir: o direito à posse; 
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C) o reinvidicante obrigado a indenizar as benfeitorias feitas pelo 
possuidor de má-fé tem direito de optar entre o seu valor atual e o 
seu custo; 
D) a posse exercida em virtude de contrato de locação, vigente há 
mais de 20 (vinte) anos, enseja usucapião. 
 
(OAB/GO/21-03-99) 
30. A posse pode ser adquirida: 
 
A) pela própria pessoa que a pretende, por seu representante ou 
procurador, por terceiro sem mandato, dependendo de ratificação e 
pelo constituto possessório; 
B) pela própria pessoa que a pretende e pelo constituto possessório; 
C) pela própria pessoa que a pretende, por seu representante ou 
procurador e por terceiro sem mandato, dependendo de ratificação; 
D) pela própria pessoa que a pretende, por seu representante ou 
procurador e pelo constituto possessório. 
 
(OAB/GO/99) 
31. São direitos reais de garantia: 
 
A) a enfiteuse, o penhor e a hipoteca; 
B) a hipoteca, o penhor, o usufruto e o uso; 
C) a anticrese, o penhor e a hipoteca; 
D) a anticrese, o usufruto, a hipoteca e a enfiteuse. 
 
(OAB/GO/25/03/2001) 
32. João adquiriu de José a propriedade de uma casa, na qual 
este sempre residiu com sua família, desde a sua construção. 
Após a lavratura da respectiva escritura de compra e venda 
com o conseqüente registro junto ao Único Cartório de 
Registro de Imóveis da cidade, João solicitou de José que este 
lhe entregasse a posse direta do imóvel, no que não foi 
atendido pelo vendedor, que, imotivadamente, continuou a 
residir na casa. Na condição de advogado de João, indique o 
instrumento jurídico adequado à defesa dos interesses deste. 
 
A) ação de Reintegração de Posse; 
B) ação de Interdito Proibitório; 
C) ação de Imissão de Posse; 
D) ação de Manutenção de Posse. 
 
(OAB/GO28-03-98) (ADAPTADA) 
33. O CC diz que a lei assegura ao proprietário o direito de 
usar, gozar e dispor de seus bens, e de reavê-los do poder de 
quem quer que injustamente os possua ou detenha. 
A proposição de uma ação baseada nesse artigo denomina-se: 
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A) manutenção de posse. 
B) reivindicatória. 
C) reintegração de posse. 
D) interdito possessório. 
 
(OAB/GO-98) 
34. O usufruto extingue-se: Marque a opção correta: 
 
A) pela consolidação. 
B) pela perempção. 
C) pela ascensão. 
D) pela evicção. 
 
35. (OAB/GO/99) 
Marque a única opção correta: Compete ao Município, a fim de 
impedir que o particular construa em contravenção da lei, do 
regulamento ou de postura, propor: 
 
A) ação de reintegração de posse, cumulada com cominatória. 
B) ação de indenização, cumulada com perdas e danos. 
C) ação de interdito proibitório. 
D) ação de nunciação de obra nova. 
 
(OAB/GO/99) (ADAPTADA) 
36. Assinale a alternativa correta: 
 
A) Estão sujeitos ao Registro, no respectivo Cartório de Imóveis, os 
títulos translativos da propriedade imóvel, por ato entre vivos; 
B) Adquire-se a propriedade imóvel pela apreensão da coisa, ou pelo 
exercício do direito; pelo fato de se dispor da coisa, ou do direito; por 
qualquer dos modos de aquisição em geral; 
C) Adquire-se a posse pela acessão, pelo usucapião, pelo direito 
hereditário e por qualquer dos modos de aquisição em geral; 
D) A posse pode ser adquirida pela própria pessoa que a pretende e 
por terceiro sem mandato, independente de ratificação. 
 
(OAB/GO/99) (ADAPTADA) 
37. Assinale a alternativa incorreta quanto ao usufruto: 
 
A) O usufrutuário tem direito à posse, uso, administração e 
percepção dos frutos; 
B) Salvo disposição em contrário, o usufruto estende-se aos 
acessórios da coisa e seus acrescidos; 
C) O usufrutuário não é obrigado a pagar as deteriorações 
resultantes do exercício regular do usufruto; 
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D) O usufruto extingue-se apenas pela morte do usufrutuário e pelo 
termo de sua duração. 
 
(OAB/GO/00) (ADAPTADA) 
38. Assinale a alternativa incorreta: 
 
A) A posse pode ser transmitida, por causa mortis, aos herdeiros do 
de cujus, continuando, a posse, com os mesmos caracteres (vícios ou 
qualidades); 
B) Interdito proibitório, manutenção de posse, reintegração de posse 
e usucapião são remédios que garantem a proteção da posse; 
C) É mero detentor aquele que se mantém em situação de 
dependência econômica ou com vínculo de subordinação a terceiro e 
em nome deste mantém a posse; 
D) O instituto da descoberta disciplina as obrigações de quem acha 
coisa alheia perdida. 
 
(OAB/MG-2004) 
39. Extingue-se o usufruto, EXCETO: 
 
A) pela renúncia do usufrutuário. 
B) pela extinção da pessoa jurídica, em favor de quem o usufruto foi 
constituído, ou, se ela perdurar, pelo decurso de 30 anos da data em 
que se começou a exercer. 
C) pelo não uso, ou não fruição, da coisa em que o usufruto recai. 
D) pela morte de quem o instituiu. 
 
(OAB/MG/03/2003) 
40. Com base no que se estabelece na legislação específica, é 
INCORRETO afirmar que: 
 
A) a posse é adquirida desde o momento em que se torna possível o 
exercício, em nome próprio, de qualquer dos poderes inerentes à 
propriedade. 
B) aquele que, contínua e incontestadamente, com justo título e boa-
fé, o possuir por 10 anos adquire a propriedade do imóvel. 
C) aquele que, por 15 anos, sem interrupção nem oposição, possuir 
como seu um imóvel, adquire-lhe a propriedade, independentementede título e boa-fé. 
D) os direitos reais sobre coisas imóveis, quando constituídos, ou 
transmitidos por atos entre vivos, só se adquirem com a tradição. 
 
(OAB-MG-2002) 
41. Considerando-se os direitos reais de garantia, é 
INCORRETO afirmar que: 
 
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A) a coisa dada em garantia, nas dívidas garantidas por penhor, 
anticrese ou hipoteca, fica sujeita, por vínculo real, ao cumprimento 
da obrigação. 
B) a extinção da hipoteca só começa a ter efeito contra terceiros 
depois de averbada no respectivo registro. 
C) o devedor, ou outrem por ele, pode constituir hipoteca, 
entregando ao credor um imóvel e cedendo-lhe o direito de perceber, 
em compensação da dívida, os frutos e rendimentos. 
D) o penhor se constitui pela tradição efetiva, que, em garantia do 
débito, ao credor, ou a quem o represente, faz o devedor, ou alguém 
por ele, de um objeto móvel, suscetível de alienação. 
 
(OAB-MG-2002) 
42. Assinale a opção INCORRETA: 
 
A) Adquire-se a propriedade imóvel pela acessão. 
B) O proprietário pode reaver seus bens de quem injustamente os 
possuía. 
C) O dono do imóvel hipotecado não pode constituir sobre ele, 
mediante novo título, outra hipoteca, em favor de outro credor. 
D) Os frutos caídos de árvore do terreno vizinho, tratando-se de 
propriedade particular, pertencem ao dono do solo de onde caíram. 
 
(OAB/MG-2004) 
43. Sobre a posse, no Código Civil, marque a opção 
INCORRETA: 
 
A) A presunção de boa-fé que milita em favor do possuidor com justo 
título é iure et de iure. 
B) A tolerância do proprietário não gera posse. 
C) Pode ser adquirida pessoalmente ou através de mandatário. 
D) É o exercício de fato de algum dos poderes inerentes à 
propriedade. 
 
(OAB/MG/01) 
44. Quanto aos efeitos da posse, é CORRETO afirmar que: 
 
A) O proprietário, não-possuidor, tem direito a ser mantido ou 
reintegrado na posse, em caso de turbação ou esbulho praticado pelo 
possuidor, não-proprietário. 
B) O possuidor de boa-fé responde pela perda, ou deterioração da 
coisa, a que não der causa. 
C) O possuidor de boa-fé tem direito, enquanto ela durar, aos frutos 
percebidos. 
D) Ao possuidor de má-fé serão ressarcidas somente as benfeitorias 
necessárias, sendo-lhe assistido o direito de retenção pela 
importância destas. 
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(OAB/MG/Dez/01) (ADAPTADA) 
45. Assinale a opção INCORRETA: 
 
A) São direitos reais, dentre outros, as servidões, o uso, a 
propriedade e o penhor. 
B) Constitui usufruto o direito real de fruir as utilidades e frutos de 
uma coisa, enquanto temporariamente destacado da propriedade. 
C) O usufrutuário responde pelas deteriorações resultantes do 
exercício regular do usufruto. 
D) n.d.a. 
 
(OAB/MS/2004) 
46. Assinale a questão correta: 
 
A) São condições exclusivas impostas pela lei civil para o usucapião 
de área urbana, ter a mesma até 250 metros quadrados, posse pelo 
prazo de 5 (cinco) anos e ausência de oposição. 
B) Para que a posse exercida sobre um seja considerada de boa-fé, 
exige-se que o possuidor ignore o vício ou obstáculo que lhe impeça a 
aquisição da coisa ou do direito possuído, ou que, mesmo tendo 
conhecimento de algum impedimento que lhe oponha a aquisição, 
possua título que determine que ele não seja apto a transferir a 
propriedade, sito é, que não exerça uma posse justa. 
C) O usucapião consuma-se em 10 (dez) anos, independentemente 
de título e boa-fé. 
D) O ordenamento jurídico tutela a posse decorrente de justo título e 
boa fé e, excepcionalmente, prescinde de tais atributos, se a 
ocupação datada de 10 (dez) anos é exercida com animus de moradia 
habitual ou no interregno de seu exercício tenha o possuidor 
realizado obras e serviços de caráter produtivo. 
 
(OAB/MT/2005) 
47. Assinale a alternativa que caracteriza a posse de fâmulo: 
 
A) a posse exercida pelo locatário; 
B) a posse exercida pelo proprietário; 
C) a posse exercida pelo caseiro; 
D) a posse exercida pelo usufrutuário. 
 
(OAB/RJ/2004) 
48. Sobre os vícios da posse, diga qual a opção correta: 
 
A) A violência, precariedade e clandestinidade são vícios sanáveis; 
B) Só a precariedade é insanável, enquanto a clandestinidade e a 
violência são sanáveis; 
C) A violência e a precariedade são vícios insanáveis; 
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D) A violência, precariedade e clandestinidade são vícios insanáveis; 
 
(OAB/RS/01/2005) 
49. Em relação à posse, assinale a assertiva correta. 
 
A) O Direito brasileiro adotou a teoria objetiva da posse, de autoria 
de Savigny. 
B) A tutela da posse pode ser argüida pelo detentor. 
C) Atendidos os requisitos legais, o possuidor poderá defender-se do 
esbulho por seus próprios meios. 
D) O possuidor direto não tem proteção possessória frente ao 
possuidor indireto. 
 
(PolíciaCivil/AgentePenitenciário/DF/2004) 
50. Manifestantes, universitários e grevistas ocupam uma 
parte de uma universidade pública, impedindo a entrada das 
pessoas. Encontram-se estabelecidos no local há uma semana. 
Nesse caso, pode-se afirmar que o Reitor da Universidade, 
para retirar os invasores: 
 
A) terá que ajuizar ação de reintegração de posse; 
B) terá que ajuizar ação de reivindicação; 
C) terá que ajuizar ação de despejo; 
D) poderá solicitar auxílio policial para reaver o espaço, 
independentemente de ação judicial; 
E) terá que agir pessoalmente através da força física. 
 
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1
 
AULA 6 - Teoria geral das obrigações. Direito das 
obrigações. Modalidades das obrigações. As formas 
de extinção das obrigações. A inexecução das 
obrigações. Transmissão das obrigações 
 
(Tabelião Registrador/RS/2004) 
01. André, Bolívar, Carlos e Dario tornaram-se devedores 
solidários (cláusula de solidariedade expressa no instrumento 
contratual) de Zenóbio pela quantia de R$ 120.000,00 (cento 
e vinte mil reais). Antes do vencimento, André promove um 
negócio com Zenóbio, através do qual este renuncia à 
solidariedade de André, recebendo deste a quantia 
correspondente à sua quota-parte na dívida solidária. Após, 
ainda anteriormente ao vencimento, é decretada a insolvência 
de Dario, que restou sem nenhum patrimônio. Não paga a 
dívida no vencimento, Zenóbio executa Bolívar, que salda o 
débito, acordando com o credor a dispensa do pagamento de 
juros, correção monetária e despesas judiciais. Bolívar poderá 
exigir dos co-devedores: 
 
A) R$ 10.000,00 de André e R$ 30.000,00 de Carlos. 
B) R$ 10.000,00 de André e R$ 40.000,00 de Carlos. 
C) R$ 30.000,00 de André e R$ 30.000,00 de Carlos. 
D) R$ 30.000,00 de André, R$ 30.000,00 de Carlos e R$ 30.000,00 
de Dario. 
E) R$ 40.000,00 de André e R$ 40.000,00 de Carlos. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
Como se infere da hipótese prevista na questão, André, Bolívar, 
Carlos e Dario são devedores solidários de Zenóbio. A obrigação 
solidária é aquela em que, na mesma obrigação, concorre uma 
pluralidade de devedores, cada um obrigado à divida por inteiro. 
Assim, o credor pode exigir de apenas um, de alguns ou de todos a 
dívida toda (art. 264). A solidariedade não se presume (art. 265): 
resulta de determinação da lei ou da vontade das partes, como 
ocorreu na hipótese, já que os contratantes firmaram-na no contrato. 
O credor, nessas obrigações, pode renunciar à solidariedade em favor 
de um, de alguns ou de todos os devedores (art. 282). Se o fizer 
apenas quanto a um deles, a obrigação permanece solidária em 
relação aos demais devedores (art. 282, parágrafo único). 
Assim, como Zenóbio já tinharecebido R$ 30.000,00 de André, 
referente à sua quota-parte, e a sua própria parte na dívida é de R$ 
30.000,00, Bolívar poderia exigir dos co-devedores R$ 60.000,00. 
iPad Sisley Barreto
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2
Mas como um dos devedores se tornou insolvente, a parte que lhe 
cabia na dívida é repartida entre os outros co-devedores. Como 
informa o art. 283, “o devedor que satisfez a dívida por inteiro tem 
direito a exigir de cada um a sua quota, dividindo-se igualmente por 
todos a do insolvente, se o houver, presumindo-se iguais, no débito, 
as partes de todos os co-devedores”. Assim, pelo débito do insolvente 
– Dario – estão responsáveis o próprio Bolívar, André e Carlos, cada 
um na quota-parte de R$ 10.000,00. E mais: “no caso de rateio entre 
os co-devedores, contribuirão também os exonerados da 
solidariedade, pela parte que na obrigação incumbia ao insolvente”. 
Assim, André ficará responsável por R$ 10.000,00, correspondente à 
sua quota-parte na de Dario – insolvente, já que pagou a sua própria 
parte. Carlos ficará responsável pela sua quota-parte (R$ 30.000,00) 
e mais R$ 10.000,00 da parte do devedor insolvente, totalizando R$ 
40.000,00. Correta, portanto, a alternativa “B”. 
 
(AGU-2ªCategoria 1998) 
02. "A" deve a "B" R$ 20.000,00. "B" se propõe a liberar "A" 
se ele concordar em contrair com "C" dívida de igual quantia. 
Se a proposta for aceita, o débito de "A" para com "B" 
desaparece e surge uma nova dívida de "A" para com "C". 
Neste caso configura-se a novação: 
 
A) subjetiva passiva por expromissão 
B) subjetiva ativa 
C) subjetiva passiva por delegação 
D) real 
E) objetiva 
 
COMENTÁRIOS: 
 
Novação é forma de extinção das obrigações, consistente na criação 
de uma obrigação nova, para extinguir uma obrigação anterior. 
Substitui-se uma dívida por outra, ficando a primeira extinta. 
A novação comporta três espécies: objetiva, subjetiva e mista. Na 
objetiva, altera-se o objeto da prestação. Na subjetiva, substituem-se 
os sujeitos da obrigação (credor ou devedor). Mista ocorre quando 
mudam o objeto da prestação e os sujeitos da obrigação. A novação, 
neste caso, é subjetiva ativa, porque haverá mudança nos credores – 
de “B” para “C”, que passará a ser o novo credor. Se a mudança 
fosse de devedor, a novação seria subjetiva passiva. Apenas a título 
de complementação, subjetiva passiva por expromissão, quando é 
feita independentemente de consentimento do devedor, ou por 
delegação, por ordem ou consentimento deste. Correta, pois, a 
alternativa “B”. 
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3
 
(Analista Jud./1ªReg./2003) 
03. Leia atentamente as assertivas abaixo acerca das 
obrigações solidárias. 
 
I - A suspensão da prescrição em favor de um dos credores solidários 
estender-se-á a todos. 
II - O julgamento contrário a um dos credores solidários não atinge 
os demais. 
III - O pagamento feito a um dos credores solidários extingue 
inteiramente a dívida. 
IV - A um dos credores solidários não pode o devedor opor as 
exceções pessoais oponíveis aos outros. 
V - Convertendo-se a prestação em perdas e danos, subsiste, para 
todos os efeitos, a solidariedade. 
 
Sobre as assertivas acima, pode-se afirmar que estão corretas: 
 
A) I, II e III; 
B) II, IV e V; 
C) I, III e IV; 
D) II, III e IV; 
E) III, IV e V. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
A suspensão da prescrição em favor de um dos credores solidários só 
aproveita aos demais credores se a obrigação for indivisível (art. 
201), e não quando a obrigação for solidária. Incorreto o item I. 
O julgamento contrário a um dos credores solidários não atinge os 
demais (art. 274). Se o julgamento for favorável, será a estes 
estendido, a não ser que o julgamento se funde em exceção pessoal 
ao credor que o obteve. Correto o item II. 
Segundo o art. 269, o pagamento feito a um dos credores solidários 
só extingue a dívida até o montante do que foi pago, e não a dívida 
toda. Incorreto o item III. 
Preleciona o art. 273 que “a um dos credores solidários não pode o 
devedor opor as exceções pessoais oponíveis aos outros”, ou seja, o 
devedor não pode alegar matéria de defesa que se refira a outro co-
devedor. Correto o item IV. 
Se a prestação for inadimplida, e houver a sua conversão em perdas 
e danos, a solidariedade entre os co-devedores subsiste (art. 271). 
Igual não ocorre quando a prestação for indivisível. Convertida esta 
em perdas e danos, cessa a indivisibilidade. Correto o item V. 
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4
A alternativa correta é a letra “B”. 
 
(Analista Judiciário/5º Reg.TRT/2003) 
04. Quanto ao pagamento, pode-se afirmar que: 
 
A) não é válido, quando feito ao credor putativo, ainda que de boa-
fé. 
B) o credor não é obrigado a receber prestação diversa da que lhe é 
devida, ainda que mais valiosa. 
C) sua retenção, sob pretexto da não entrega de quitação, não é 
direito do devedor. 
D) a posse do título pelo devedor não firma a presunção do 
pagamento. 
E) o local previsto no contrato é irrenunciável, mesmo que o credor 
tenha reiteradamente recebido o pagamento em local diverso. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
O pagamento é a forma natural de extinção das obrigações. Significa 
não apenas a entrega de dinheiro, mas o cumprimento da prestação. 
Quando feito ao credor putativo, é válido, se o devedor estava de 
boa-fé. Credor putativo é aquele que, aos olhos do devedor, parece 
ser o verdadeiro credor, mas não é. Assim, prevê o art. 309 que o 
pagamento feito de boa-fé pelo devedor ao credor putativo é válido, e 
extingue a obrigação. Incorreta a alternativa “A”. 
O art. 313 é claro ao afirmar que o credor não é obrigado a receber 
prestação diversa da que foi contratada, ainda que seja mais valiosa. 
A alternativa “B”, portanto, está correta. 
A principal prova do pagamento é a quitação, e é o principal direito 
do devedor recebê-la. Assim, negando-se o credor a dar quitação, o 
devedor pode reter o pagamento enquanto não lhe for entregue (art. 
319). Incorreta a alternativa “C”. 
A princípio, a entrega do título ao devedor firma a presunção de 
pagamento (art. 324). Assim, por exemplo, se o credor entrega a 
promissória, presume-se que o devedor pagou-a. Esta presunção 
não é absoluta, comportando prova em contrário. Incorreta a 
alternativa “D”. 
Em regra, o pagamento deve ser feito no domicílio do devedor, se 
nada se convencionou em contrário, ou se o contrário não resultar da 
lei, da natureza da obrigação ou das circunstâncias (art. 328). 
Contudo, mesmo convencionado o pagamento em um determinado 
lugar, a lei presume que houve renúncia do credor ao local do 
pagamento se este foi feito reiteradamente em outro local (art. 330). 
Incorreta a alternativa “D”. 
 
(AnalistaJudiciário/CE/2003) 
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5
05. Se "A" se comprometer perante "B", a demolir uma casa 
em ruínas ou a fazer melhoramentos nesse prédio, e não 
consegue licença da autoridade competente para a realização 
da reforma: 
 
A) o credor pode exigir ou a prestação subsistente ou o valor da 
outra, com perdas e danos. 
B) liberado está o devedor. 
C) o débito subsiste quanto à prestação remanescente. 
D) o credor pode reclamar o valor da que se impossibilitou por último 
mais perdas e danos. 
E) o credor pode exigir o valor de qualquer das duas, além das 
perdas e danos. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
Obrigações alternativas ou disjuntivas são aquelas que têm por 
objeto duas ou mais prestações, sendo que o devedor se desonera da 
obrigação cumprindoapenas uma delas. As prestações, portanto, são 
excludentes entre si: ou o devedor cumpre uma, ou outra. 
Se não se convencionou o contrário, a escolha compete ao devedor. 
O CC, art. 253 prevê que, se uma das duas prestações se tornou 
inexeqüível, não tendo havido culpa do devedor, subsiste o débito 
quanto à outra. Assim, se “A”, sem culpa sua, não pode cumprir a 
obrigação de reformar o bem, subsiste sua obrigação quanto à outra 
prestação, ou seja, de demolir a casa. Correta, pois, a alternativa 
“C”. 
 
(AnalistaJudiciário/CE/2003) 
06. Assinale a opção falsa. 
 
A) Na solidariedade, o co-devedor culpado pelos juros moratórios 
responderá aos outros pela obrigação acrescida. 
B) O credor pode renunciar à solidariedade em favor de um, alguns 
ou todos os devedores. 
C) A cláusula, condição ou obrigação adicional, estipulada entre um 
dos co-devedores e o credor, não poderá agravar a posição dos 
demais, sem anuência destes. 
D) A morte de um dos devedores solidários rompe a solidariedade. 
E) O pagamento parcial feito por um dos devedores e a remissão por 
ele obtida não aproveitarão aos demais, senão até a concorrência da 
quantia paga ou relevada. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
Obrigações solidárias são aqueles em que concorrem uma pluralidade 
de devedores ou de credores para uma mesma obrigação, 
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respondendo cada um deles pela dívida toda, ou tendo o direito de 
receber a dívida toda. 
Havendo solidariedade, todos os devedores respondem pelos juros de 
mora, mas somente devedor que deu causa ao retardo no 
cumprimento da obrigação responde perante os outros pelo 
acréscimo, ou seja, os co-devedores tem contra o devedor culpado 
pelo atraso direito de regresso. Correta a alternativa “A”. 
Há a possibilidade de renúncia da solidariedade pelo credor em face 
de um, de alguns ou de todos os devedores (art. 282). Correta, 
portanto, a alternativa “B”. 
Qualquer cláusula, condição ou obrigação adicional contraída por um 
dos devedores solidários perante o credor não responsabilizará os 
demais, se não houve anuência destes (art. 278). Correta a 
alternativa “C”. 
O art. 277 prevê que, em caso de morte, os sucessores respondem 
pela obrigação do devedor falecido, assumindo a sua posição, mas 
estão obrigados a pagar senão a sua quota na herança. Contudo, 
estes serão solidários em relação aos demais devedores. Incorreta, 
pois, a alternativa “D”, que deve ser assinalada. 
O perdão parcial da dívida pelo credor em relação a um dos co-
devedores solidários não aproveita aos outros devedores, senão até a 
concorrência da quantia paga ou relevada (art. 277), ou seja, a 
solidariedade pelo remanescente subsistirá. Correta a alternativa “E”. 
 
(AnalistaJudiciário/GO/2003) 
07. Analise as assertivas abaixo e assinale a resposta correta: 
 
I - Não importa renúncia da solidariedade a propositura de ação pelo 
credor contra um ou alguns dos devedores solidários. 
II - Na ação proposta pelos credores solidários em face do devedor 
comum, o julgamento contrário a algum deles não atinge os demais, 
mas o julgamento favorável aproveita-lhes, a menos que se funde em 
exceção pessoal do credor que o obteve. 
 
A) A primeira proposição é verdadeira e a segunda é falsa. 
B) A primeira proposição é falsa e a segunda é verdadeira. 
C) Ambas as proposições são verdadeiras. 
D) Ambas as proposições são falsas. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
Se apenas um ou alguns dos devedores forem acionados para o 
pagamento, isso não importa renúncia pelo credor da solidariedade 
quanto aos demais (art. 275, parágrafo único). Correto o item “I”. 
O art. 274 prevê que o julgamento contrário a um dos credores 
solidários não atinge os demais, mas o julgamento favorável 
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aproveita aos demais credores, salvo se fundado em exceção pessoal 
do credor que o obteve. Correto o item “II”. 
Assim, correta a alternativa “C”. 
 
(Analista Jud. 4º Reg. 2004) 
08. O terceiro, não interessado, que pagar a dívida 
(ADAPTADA) 
 
A) com desconhecimento do devedor terá direito a reembolso, se o 
devedor tiver meios para ilidir a ação. 
B) em seu próprio nome se sub-rogará nos direitos do credor. 
C) em seu próprio nome terá direito a reembolsar-se do que pagar. 
D) com oposição do devedor terá direito a reembolso, se o devedor 
tiver meios para ilidir a ação. 
E) antes da data do seu vencimento terá, a qualquer tempo, direito 
ao reembolso do que pagou. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
Regra geral, o pagamento deve ser feito pelo devedor ou por seu 
representante legal ou convencional. Mas a lei civil prevê outros 
legitimados ao pagamento, que são o terceiro interessado e o terceiro 
não interessado. Terceiro interessado é a pessoa que, apesar de não 
fazer parte da relação obrigacional, encontra-se juridicamente 
obrigada ao pagamento da dívida, ou seja, é aquele que pode vir a 
ser obrigado a pagar, caso o devedor não pague. É o caso, por 
exemplo, do fiador, do subinquilino. Não interessado é a pessoa que 
não está vinculada juridicamente à obrigação, mantendo interesse de 
ordem moral ou de solidariedade. É o caso do pai que paga a dívida 
do filho, do amigo que paga a dívida de outro, etc. 
O pagamento feito pelo terceiro não interessado em seu próprio 
nome tem direito de reaver o que pagou, mas não se sub-roga nos 
direitos do credor (art. 305), ou seja, tem o direito de cobrar o que 
pagou, mas não substitui o credor em todas as suas prerrogativas. 
Assim, incorreta a alternativa “B” e correta a alternativa “C”. 
Se pagar antes do vencimento, só terá direito ao reembolso quando 
este ocorrer (art. 305, parágrafo único). Incorreta, pois, a alternativa 
“E”. 
Feito o pagamento pelo terceiro não interessado com 
desconhecimento ou oposição do devedor, não obriga que este o 
reembolse, se tinha meios para ilidir a ação (art. 306). Incorretas as 
alternativas “A” e “D”. 
 
(Analista Judiciário 4ºReg./TRT/01) 
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09. Nas obrigações de dar coisa determinada pelo gênero, a 
escolha pertence ao: 
 
A) devedor ou credor, indiferentemente, salvo se o título da 
obrigação indicar um dos dois. 
B) devedor, sem qualquer exceção, pois é de sua natureza. 
C) credor, sem qualquer exceção, pois é de sua natureza. 
D) credor, se o contrário não resultar do título da obrigação. 
E) devedor, se o contrário não resultar do título da obrigação. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
As obrigações de dar são classificadas em obrigação de dar coisa 
certa (determinada, individualizada) e coisa incerta (determinada 
apenas pelo gênero e quantidade). Nessas obrigações, a escolha 
pertence ao devedor (art. 244), a princípio, se o contrário não for 
estipulado pelas partes. À essa escolha dá-se o nome de 
concentração do débito. Assim, correta a alternativa “E”. 
 
(Anal.Jud./TJ/DF/Ativ.Processual/06/2003) (ADAPTADA) 
10. Com relação aos direitos das obrigações e seus efeitos, 
julgue os itens subseqüentes. 
 
I - Na novação, a obrigação primitiva é substituída pela nova, 
permanecendo, entretanto, a obrigação preexistente. 
II - Na obrigação solidária passiva, o devedor poderá alegar o 
benefício da divisão, caso o credor não exija o pagamento por parte 
dos demais devedores. 
III - A invalidade da dação em pagamento importará sempre o 
restabelecimento da obrigação primitiva, perdendo efeito a quitação 
dada. 
 
Estão certos apenas os itens: 
 
A) I, II e III. 
B) I, e II. 
C) II e III. 
D) II. 
E) III. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
Dá-se a novação quando é criada uma nova obrigação, extinguindo-
se a obrigação anterior. É uma substituiçãoda dívida originária por 
outra dívida nova, extinguindo-se aquela. Assim, incorreta a 
alternativa “A”. 
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9
A característica das obrigações solidárias passivas, em que vários 
devedores estão obrigados ao pagamento da dívida toda, é que o 
credor pode cobrar a dívida por inteiro, de um, de alguns ou de todos 
os devedores. Assim, incorreta a alternativa “B”. 
Dá-se a dação em pagamento quando o credor e o devedor acordam 
em que o primeiro irá receber prestação diversa da inicialmente 
pactuada, extinguindo-se a obrigação. A invalidade da dação em 
pagamento importará no restabelecimento da obrigação primitiva, 
ficando sem efeito a quitação dada (art. 359). Correta a alternativa 
“C”. 
Portanto, a questão a ser marcada é a letra “E”. 
 
(Anal.Jud/TRE/PI/ÁreaJudiciária/05/2002) 
11. Comprei um quadro de que gostei muito, paguei-o, e o 
vendedor prometeu entregá-lo em três dias, mas o quadro se 
perdeu, havendo culpa do vendedor. Expirando o prazo, 
pretendeu que eu recebesse uma outra obra de arte com o 
dobro do valor. Nesse caso 
 
A) o vendedor culpado deve devolver meu dinheiro em dobro, além 
de recompor minhas perdas e danos. 
B) sou obrigado a receber a coisa mais valiosa, porque seu valor 
cobre o preço que paguei e mais perdas e danos. 
C) o vendedor está obrigado a devolver singelamente o preço, 
resolvendo-se a obrigação. 
D) não estou obrigado a receber a outra obra de arte, ainda que mais 
valiosa. 
E) estou impedido, por dispositivo expresso de lei, de aceitar uma 
obra pela outra. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
Trata-se a hipótese de obrigação de dar coisa certa. Nessas espécies 
de obrigações, havendo a perda da coisa por culpa do devedor, 
responderá este pelo equivalente mais perdas e danos (art. 234, 2ª 
parte). Assim, incorreta a alternativa “A”, porque não há previsão de 
que a devolução seja em dobro. 
A regra máxima que gravita em torno do direito das obrigações é a 
contida no art. 313, segundo a qual o credor não é obrigado a 
receber prestação diversa da pactuada, ainda que mais valiosa. 
Incorreta a alternativa “B” e correta a alternativa “D”. 
Apenas se a perda da coisa houvesse se dado sem culpa do devedor 
é que este estaria obrigado a restituir apenas o valor pago (art. 234, 
1ª parte). Se houve culpa sua, cabe o pagamento do equivalente 
mais perdas e danos. Incorreta a alternativa “C”. 
Seguindo-se o mesmo raciocínio de que o credor não é obrigado a 
receber prestação diversa da pactuada, também lhe é facultado 
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10
recebê-la. É a chamada dação em pagamento. Incorreta, pois, a 
alternativa “E”. 
 
12. Assinale a alternativa correta. 
 
A) A obrigação natural é juridicamente exigível, apenas não é 
exigível a obrigação moral. 
B) A obrigação de dar coisa certa, se a coisa se perder, sem culpa do 
devedor, antes da tradição, a obrigação não fica resolvida, devendo 
cada contratante cumprir com sua parte. 
C) O médico que realiza uma cirurgia plástica estética, portanto não 
reparadora, realiza ainda assim uma obrigação de meio, pois não 
pode dar certeza de que o resultado almejado irá ocorrer. 
D) Todas as alternativas estão erradas. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
Obrigação natural, também chamada de incompleta, é o débito em 
que não pode ser exigido, judicialmente, a responsabilização 
patrimonial do devedor, mas que, sendo cumprido, não caracterizará 
pagamento indevido, ou seja, é a obrigação que a lei não prevê 
direito ao credor de exigir o seu cumprimento. Este tem o direito de 
receber, mas não o de cobrar. Enfim, não são judicialmente exigíveis, 
mas, se forem cumpridas espontaneamente, o pagamento será 
válido, não podendo aquele que pagou exigir de volta. Ex.: dívidas de 
jogo, juros não pactuados, alimentos a pessoa por ela não obrigada 
com a intenção de ajudar, gorjetas a funcionários de restaurantes ou 
hotéis, etc. Assim, como a obrigação natural é inexigível 
judicialmente, incorreta está a alternativa “A”. 
Nas obrigações de dar coisa certa, se a coisa se perder antes da 
tradição, a obrigação resolve-se, voltando as partes ao status quo 
ante (art. 234, 1ª parte). Incorreta a alternativa “B”, portanto. 
Quanto ao conteúdo, a obrigação pode ser de meio, de resultado ou 
de garantia. As obrigações de meio são aquelas em que o devedor se 
obriga a empreender sua atividade, sem garantir, todavia, o 
resultado esperado. Ex.: obrigação do médico, do advogado, etc. De 
resultado são as obrigações em que o devedor se obriga não apenas 
a empreender sua atividade, mas em produzir o resultado esperado 
pelo credor. Ex.: contrato de transporte. 
Prevalece na doutrina e na jurisprudência a tese de que a obrigação 
do médico é, em geral, de meio, mas a do cirurgião plástico é de 
resultado, se a cirurgia for estética. Se for reparadora, é de meio. 
Assim, incorreta a alternativa “C”. 
Correta, pois, a alternativa “D”. 
 
(Def. Pública MA/03) 
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11
13. Salvo disposição legal ou contratual em contrário ou 
diferente, ou em razão da natureza da obrigação, o pagamento 
efetuar-se-á: 
 
A) em se tratando de prestações periódicas alternadamente no 
domicílio do devedor e do credor. 
B) no domicílio do credor, ainda que reiteradamente feito em outro 
local, não fazendo isto presumir renúncia a disposição contratual. 
C) indistintamente no domicílio do credor ou do devedor, a critério 
deste. 
D) no domicílio do devedor, mas se reiteradamente feito em outro 
local faz presumir renúncia do credor relativamente ao previsto no 
contrato. 
E) no domicílio do credor, podendo porém o devedor fazê-lo noutro 
local, desde que não haja prejuízo para aquele. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
Salvo disposição legal ou contratual em contrário, o pagamento deve 
ser cumprida no domicílio do devedor. São as obrigações quesíveis ou 
quérables, que devem ser cobradas pelo credor no domicílio do 
devedor (art. 327), diferentemente das obrigações portáveis ou 
portábles, que devem ser pagas no domicílio do credor. Incorretas as 
alternativas “A”, “B” e “E”, pois ainda que se trate de obrigações com 
prestações periódicas, ainda vale a regra geral do domicílio do 
devedor. 
A escolha do lugar do pagamento é feita através do que as partes 
convencionaram. Se nada ficou acertado quanto ao local, prevalece a 
regra de que deve ser feito o pagamento no domicílio do devedor. 
Incorreta a alternativa “C”. 
Ainda que previsto o pagamento em um determinado local, se foi 
feito reiteradamente em outro, presume a lei a renúncia do credor ao 
local inicialmente ajustado (art. 330). Correta a alternativa “D”. 
 
 
(DP/MG/2001) 
14. São elementos essenciais da obrigação: 
 
A) sujeito ativo, sujeito passivo, objeto e forma prescrita em lei. 
B) sujeito ativo, sujeito passivo, objeto e vínculo subjetivo. 
C) sujeito ativo, sujeito passivo, objeto e vínculo jurídico. 
D) sujeito ativo, sujeito passivo, objeto lícito e forma prescrita em 
lei. 
E) sujeito ativo, sujeito passivo, objeto lícito e vínculo subjetivo. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
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12
A relação jurídica obrigacional comporta quatro elementos: o sujeito 
ativo (credor), o sujeito passivo (devedor) e o objeto (prestação), 
estando a relação unida por um vínculo jurídico (a fonte de onde se 
originou). Assim, correta a alternativa “C”. 
 
(Magistratura Estadual/SC//2003) 
15. Considerando os dispositivos do Código Civil de 2002, 
assinale a alternativa correta: 
 
A) O devedor pode opor a todos os credores solidáriosas exceções 
pessoais que tiver contra um deles. 
B) O julgamento contrário a um dos credores solidários atinge todos 
os demais credores solidários. 
C) De regra, o julgamento favorável a um dos credores solidários 
aproveita os demais credores solidários. 
D) Mesmo que o julgamento favorável a um dos credores solidários 
se funde em exceção pessoal ao credor que o obteve, aproveita aos 
demais credores solidários. 
E) A conversão da prestação em perdas e danos faz desaparecer a 
solidariedade ativa. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
Nas obrigações solidárias, as exceções pessoais (matéria de defesa) 
em relação ao credor só poderão ser opostas a ele. As exceções 
comuns a todos os credores é que contra todos eles podem ser 
opostas (art. 281). Incorreta a alternativa “A”. 
O julgamento contrário a um dos credores solidários só a ele atinge 
(art. 274, 1ª parte). Incorreta a alternativa “B”. 
O julgamento favorável a um dos credores solidários aos outros 
aproveita, a não ser que se trate de exceção pessoal, a não ser que 
se trate de exceção pessoal ao credor que o obteve (art. 274, 2ª 
parte). Correta a alternativa “C” e incorreta a alternativa “D”. 
A conversão em perdas e danos da obrigação solidária não faz cessar 
a solidariedade (art. 271). Somente vale essa regra para as 
obrigações indivisíveis. Incorreta, pois, a alternativa “E”. 
 
(Magistratura/ES/2003) 
16. Assinale a alternativa correta: 
 
A) A obrigação de resultado é aquela em que o devedor se obriga a 
usar de prudência e diligência normais na prestação de certo serviço 
para atingir um resultado; 
B) Se a dívida é querable não se aplica a regra dies interpellat pro 
homine; 
C) A novação subjetiva ativa realiza-se por expromissão ou por 
delegação; 
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13
D) A exigência legal de que só caberá compensação entre pessoas 
que são entre si, reciprocamente credor e devedor, não comporta 
exceção; 
E) O inadimplemento da obrigação no seu termo, por si só não 
constitui o devedor em mora, exigindo prévia notificação. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
Obrigação de resultado é aquela em que o devedor, além de se 
obrigar a empreender a sua atividade, mas também a produzir o 
resultado esperado pelo credor. Incorreta a alternativa “A”. 
O princípio dies interpelatti pro homine ensina que “o dia do 
vencimento interpela pelo homem”, que significa dizer que não há 
necessidade de interpelar o devedor, pois a própria chegada do 
vencimento corresponde a uma interpelação. Assim, a falta de 
pagamento no vencimento constitui em mora o devedor de pleno 
direito. Contudo, nas obrigações quesíveis, que são as em que o 
credor deve procurar o devedor em seu domicílio para o pagamento, 
não se aplica esta regra, pois o credor é quem deve tomar a iniciativa 
de, no vencimento, procurar o devedor. Não o fazendo, não estará 
em mora o devedor. Correta a alternativa “”B”. 
A novação subjetiva passiva, e não a ativa, pode ser efetuada por 
expromissao, independentemente de consentimento do devedor, ou 
por delegação, em que o devedor participa, dando o seu 
consentimento. Incorreta a alternativa “C”. 
A compensação é forma de extinção das obrigações entre as pessoas 
são, ao mesmo tempo, credor e devedor um do outro, ocorrendo a 
extinção da obrigação até onde se compensarem (art. 368). Regra 
geral, só pode existir compensação entre credor e devedor 
recíprocos, mas o art. 371 permite que o fiador possa compensar a 
sua dívida com a de seu credor ao afiançado (art. 371). O fiador não 
é devedor, é terceiro interessado. Incorreta, pois, a alternativa “D”. 
Em se tratando de obrigação positiva, líquida, o seu vencimento 
constitui de pleno direito o devedor em mora (art. 396). Incorreta a 
alternativa “E”. 
 
(Magistratura/SP/174º) 
17. Tornando-se impossível a prestação por culpa de um dos 
devedores solidários, 
 
A) subsiste para todos o encargo de pagar o equivalente e as perdas 
e danos decorrentes da impossibilidade. 
B) os devedores solidários não culpados respondem somente pelo 
encargo de pagar o equivalente. 
C) fica insubsistente a solidariedade passiva, passando o devedor que 
impossibilitou a prestação a responder isoladamente pelo encargo de 
pagar o equivalente e pelas perdas e danos decorrentes. 
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14
D) os devedores solidários não culpados respondem somente por 
perdas e danos decorrentes da impossibilidade. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
Solidariedade passiva existe quando há vários devedores 
responsáveis pelo pagamento de toda a dívida. Se a impossibilidade 
do cumprimento da prestação se der por culpa de um dos devedores 
solidários, subsiste para todos o dever de cumprir a prestação, mas 
pelas perdas e danos só responde o devedor culpado. É o que 
preleciona o art. 279. Portanto, correta a alternativa “B”. 
 
(Magistratura/PR/1998) 
18. Sobre os modos especiais de extinção das obrigações, de 
acordo com disposições do Código Civil, assinale a alternativa 
correta: 
 
A) a pessoa que se obrigar por terceiro tem o direito de compensar a 
dívida, a cujo pagamento se obrigou, com a que o credor dele lhe 
dever. 
B) a consignação tem lugar sempre que o credor se recusar a receber 
o pagamento. 
C) o credor pode receber coisa que não seja dinheiro, em 
substituição da prestação que lhe era devida. 
D) a novação por substituição do devedor não pode ser efetuada sem 
o consentimento deste. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
Regra geral, o pagamento deve ser feito pelo próprio devedor ou por 
seu representante legal. Contudo, a lei civil admite que terceiro 
venha a pagar a dívida. São os chamados terceiros interessados e 
não interessados (art. 304). A lei não prevê o direito do terceiro de 
compensar a dívida paga com o crédito que porventura tenha em 
relação ao credor. Incorreta a alternativa “A”. 
A consignação em pagamento, ou pagamento em consiginação 
consiste no depósito, pelo devedor, da coisa ou quantia devida, com 
o objetivo de liberar-se da obrigação, quando não for possível realizar 
o pagamento ao credor, em razão de recusa deste em receber, ou 
por outras circunstâncias, previstas no art. 335 do CC. Assim, a 
recusa do credor em receber não é a única razão para a consignação 
em pagamento, já que existem outras previstas no artigo acima 
referido. Incorreta, pois, a alternativa “B”. 
Pelo instituto da dação em pagamento, o credor consente em receber 
prestação diversa da que fora anteriormente pactuada, a fim de 
extinguir a obrigação. Correta a alternativa “C”. 
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15
A novação subjetiva passiva pode se dar por expromissão, ou seja, 
sem consentimento do devedor, ou por delegação, quando este 
consente na substituição. Assim, incorreta a alternativa “D”. 
 
(Mag. Est. DF/2003) 
19. Nas obrigações alternativas:Assinale a alternativa correta: 
 
A) a escolha cabe ao credor, se outra coisa não se estipulou; 
B) pode o devedor obrigar o credor a receber parte em uma 
prestação e parte em outra; 
C) pode o credor exigir do devedor parte em uma prestação e parte 
em outra; 
D) a escolha cabe ao devedor, se outra coisa não se estipulou 
 
COMENTÁRIOS: 
 
As obrigações alternativas são aquelas que contém duas prestações, 
sendo que o devedor se exonera cumprindo apenas uma delas (ou 
uma, ou outra). Na falta de disposição das partes sobre a quem 
pertence o direito de escolha, compete ao devedor fazê-la (art. 252). 
Incorreta a alternativa “A” e correta a alternativa “D”. 
Está previsto expressamente no art. 252, § 1º que o devedor não 
pode compelir o credor a receber parte em uma prestação, e parte 
em outra. Incorreta, portanto,a alternativa “B”, assim como o 
devedor também não pode ser obrigado a pagar a prestação, parte 
em uma, parte em outra. Igualmente incorreta a alternativa “C”. 
 
(Mag. Fed. TRT 18ª reg. 08/06/2002) 
20. Assinale a alternativa correta: 
 
Sobre a obrigação de dar coisa certa é correto afirmar-se: 
 
I - o credor de coisa certa pode ser compelido em juízo a receber 
outra, desde que mais valiosa; 
II - a obrigação de dar coisa certa abrange-lhe os acessórios, posto 
não mencionados, salvo se o contrário resultar do título, ou das 
circunstâncias do caso; 
III - para o completo cumprimento da obrigação de dar dispensa-se 
cláusula especial impondo a entrega dos acessórios; 
IV - deteriorada a coisa antes da tradição, mesmo sendo o devedor 
culpado, fica resolvida a obrigação, tornando inexistente o contrato; 
 
A) as assertivas I e IV estão corretas; 
B) as assertivas II e III estão corretas; 
C) somente a assertiva III está correta; 
D) as assertivas III e IV estão corretas; 
E) somente a alternativa II está correta 
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16
 
COMENTÁRIOS: 
 
Pela obrigação de dar coisa certa, o devedor se obriga a dar, entregar 
ou restituir coisa específica, determinada, individualizada. 
Pelo princípio basilar do direito das obrigações, insculpido no art. 313, 
o credor não está obrigado a receber prestação diversa da que lhe é 
devida, ainda que mais valiosa. Incorreto o item I. 
Pela dicção do art. 233, a obrigação de dar coisa certa abrange os 
acessórios, ainda que não mencionados, salvo se o contrário resultar 
do título ou das circunstâncias do caso. Assim, dispensa-se cláusula 
expressa no sentido de que os acessórios estão incluídos, até porque 
segue-se a regra de que “o acessório segue o principal”. Corretos os 
itens II e III. 
Havendo deterioração (perda parcial) do bem antes da tradição, por 
culpa do devedor, poderá o credor exigir o equivalente, ou aceitar a 
coisa no estado em que se achar, com direito a reclamar, em 
qualquer, caso, perdas e danos (art. 236). Se a coisa se deteriorar 
antes da tradição (entrega) sem culpa do devedor, pode o credor 
resolver a obrigação ou aceitar a coisa no estado em que ela se achar 
(art. 235). Incorreto o item IV. 
Consequentemente, a alternativa correta é a “B”. 
 
(Mag. Fed. TRT 18ª reg. 2002) 
21. Assinale alternativa correta 
O devedor pode exercer o direito de retenção do pagamento 
quando: 
 
A) o credor se recusar de lhe dar a quitação 
B) já constituído em mora, o credor se recusar a dispensá-lo do 
pagamento dos acréscimos 
C) o credor recusando-se a receber pessoalmente o pagamento, 
mande um representante; 
D) o credor se recusar a reembolsá-lo com as despesas que teve com 
o deslocamento até o lugar onde deveria efetuar o pagamento; 
E) o credor se recusa a devolver o título a que corresponda o 
pagamento. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
Pagar é não somente um dever, mas um direito do devedor. A lei civil 
prevê situações em que o devedor pode reter o pagamento, sem que 
isto se constitua um inadimplemento da obrigação, por atos 
imputados ao credor. 
O pagamento, contudo, deve ser dar no vencimento, salvo nos casos 
excepcionalmente previstos, imputados ao credor. Fora do prazo, o 
devedor constitui-se em mora (em atraso) e, por isso, o credor faz 
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jus ao pagamento dos juros da mora (art. 394). Por isso, se é direito 
do credor o pagamento dos acréscimos, em caso de atraso não 
justificado, não pode o devedor reter o pagamento. Incorreta a 
alternativa “B”. 
Dispõe o art. 308 que o pagamento deve ser feito ao credor ou ao 
seu representante, legitimando, portanto, que o representante do 
credor possa receber o pagamento. Não pode, pois, o devedor 
rejeitar efetuar o pagamento ao representante. Incorreta a 
alternativa “C”. 
Presumem-se a cargo do devedor as despesas com o pagamento, 
salvo se o contrário for convencionado ou se ocorrer a despesa por 
fato imputado ao credor. Assim, o credor, a não ser que haja 
convenção em contrário, não tem que reembolsar o devedor das 
despesas que este houver contraído para efetuar o pagamento 
(despesas com transporte, p.ex.). Incorreta, pois, a alternativa “D”. 
A entrega do título faz presumir o pagamento. Não tendo havido este, 
não pode o credor ser compelido a entregar o título, ou seja, a 
entrega deste é ato posterior ao pagamento. Incorreta a alternativa 
“E”. 
A quitação é a prova principal do pagamento. Se o credor se recusar 
a entregá-la, o devedor pode reter o pagamento, consoante 
prescreve o art. 319. Correta a alternativa “A”. 
 
(Mag. Fed. TRT 18ª reg. 08/06/2002) 
22. Para que seja possível a imputação do pagamento, 
deverão concorrer os seguintes requisitos: 
 
A) Dois ou mais débitos de um devedor a um só credor, de igual 
valor, com vencimentos distintos. 
B) Dois ou mais débitos de um devedor a um só credor, positivos, 
ainda que ilíquidos, mas com vencimentos simultâneos. 
C) Dois ou mais débitos de um devedor a um só credor, um deles 
mais antigo que o(s) outro(s). 
D) Dois ou mais débitos de um devedor a um só credor, da mesma 
natureza, positivos e vencidos. 
E) Dois ou mais débitos de um devedor a um só credor, constituídos 
de capital e juros, de igual valor, o segundo mais antigo que o 
primeiro. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
A imputação do pagamento consiste na indicação ou determinação da 
dívida a ser quitada, quando uma pessoa está obrigada por dois ou 
mais débitos da mesma natureza a um mesmo credor, e efetua 
pagamento parcial, que não é suficiente para a quitação de todas 
elas. Assim, p.ex., uma pessoa que deve várias importâncias em 
dinheiro a um mesmo credor. 
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Segundo o que preleciona o art. 352, a pessoa obrigada por dois ou 
mais débitos da mesma natureza, a um só credor, tem o direito de 
indicar a qual deles oferece pagamento, se todos forem líquidos e 
vencidos. Diz respeito tanto a dívidas vencidas simultaneamente, 
quanto à dívidas com vencimento distintos. Assim, incorretas as 
alternativas “A e B”. Correta, com efeito, a alternativa “D”. 
Só haverá imputação do pagamento à dívida mais antiga, se o 
devedor não fizer a indicação e a quitação for omissa (art. 355), e 
nada impede que os débitos tenham vencimento simultâneo. 
Portanto, incorreta a alternativa “C”. 
Quando a dívida for de capital e juros, o pagamento imputar-se-á 
primeiro nos juros vencidos, e depois no capital, salvo estipulação em 
contrário, ou se o credor passar quitação por conta do capital (art. 
354). Incorreta a alternativa “E”. 
 
23. A compromissou-se em face de B, relativamente à entrega 
de um quadro pintado por artista plástico consagrado, 
obrigando-se a proceder à tradição da coisa no próprio 
domicílio do credor, o qual contratou uma cara festa para a 
exibição do quadro adquirido. Ocorre que, às vésperas do 
prazo avençado, A, negligentemente, inutilizou a obra de arte, 
por inteiro, ao tentar limpá-la. Analise a situação e assinale a 
alternativa correta: 
 
A) Trata-se de dívida portável, da espécie obrigação de dar, cujo 
objeto pereceu por culpa do devedor, incumbindo-lhe, por 
conseqüência, o dever de responder pelo equivalente, mais perdas e 
danos. 
B) Trata-se de dívida portável, da espécie obrigação de dar, sendo 
certo que a ocorrência da perda total do objeto, antes da tradição, 
por negligência do devedor, implicará na dupla possibilidade de o 
credor aceitá-la no estado em que se acha, ou exigir o equivalente, 
sempre com direito à indenização por perdas e danos. 
C) Trata-se de dívida quesível, da espécie obrigação de dar, cujainexecução deve-se ao perecimento culposo da coisa, objeto da 
prestação, restando o devedor obrigado à entrega de outra, de igual 
qualidade e quantidade, para o efeito da satisfação do interesse 
jurídico do credor. 
D) Trata-se de dívida quesível, da espécie obrigação de fazer, cujo 
devedor culposo, em face da impossibilidade de proceder à entrega, 
estará obrigado, tão apenas, à indenização por perdas e danos ao 
credor, titular do direito subjetivo. 
E) Trata-se de dívida portável, da espécie obrigação de fazer, de 
caráter imaterial (infungível a coisa), cuja impossibilidade de adimplir 
obrigará o devedor culposo ao pagamento do equivalente em 
dinheiro, bem como à devolução do preço pago. 
 
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COMENTÁRIOS: 
 
Trata-se de obrigação de dar coisa certa, infungível, posto que se 
trata de artista plástico consagrado, em que, por culpa do devedor, 
houve perda do bem objeto da obrigação. Assim, se a perda resultar 
de culpa do devedor, como mostra a hipótese formulada na questão, 
a solução encontra-se no art. 234, 2ª parte do CC, que determina 
que este responderá pelo equivalente mais perdas e danos, 
responsabilizando-se, inclusive, pelos prejuízos decorrentes da 
contratação e cancelamento da festa. 
Incorreta a alternativa “E”, que se refere a obrigação de fazer, e à 
infungibilidade como se fosse pelo fato do bem ser imaterial, o que 
está incorreto, além de não prever o direito do credor de ser 
indenizado pelas perdas e danos. 
Igualmente incorreta a alternativa “D”, que se refere à obrigação de 
fazer. Esta obrigação só seria de fazer se a contratação fosse feita 
com o próprio artista plástico, o que não ocorreu, já que um terceiro 
se comprometeu em dar a obra por este pintada. 
Sempre que houver culpa do devedor, este estará obrigado não só a 
restituir o equivalente, mais as perdas e danos. Também não se trata 
de perecimento (perda parcial), e sim de perda total da coisa. 
Incorreta, pois, a alternativa “C”. 
A possibilidade do credor aceitá-la no estado em que se acha, ou 
exigir o equivalente, sempre com direito à indenização por perdas e 
danos ocorre em caso de perecimento (perda parcial) (art. 236), mas 
não no caso de perda total. Incorreta a alternativa “B”. 
Por fim, como se trata de dívida que deve ser paga no domicílio do 
credor, esta é portável, estando integralmente correta a alternativa 
“A”. 
 
(MP-Procurador Fed.16º 2003) 
24. A obrigação que contém duas ou mais prestações com 
objetos distintos, da qual o devedor libera-se cumprindo 
apenas uma delas, mediante escolha sua ou do credor, 
denomina-se: 
 
A) obrigação conjuntiva; 
B) obrigação cumulativa; 
C) obrigação alternativa; 
D) obrigação facultativa. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
Obrigações conjuntivas, ou conjuntas, ou unitárias, ou em mão 
comum são aquelas em que concorre uma pluralidade de devedores 
ou credores, impondo-se a todos o pagamento conjunto de toda a 
dívida, não se autorizando a um dos credores exigi-la 
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individualmente. O direito do credor, portanto, não pode ser exigido 
contra cada qual, individualmente, mas contra todos os devedores. 
Só pode acionar a todos ao mesmo tempo. Incorreta, pois, a 
alternativa “A”. 
Obrigações cumulativas são as que têm por objeto uma pluralidade 
de prestações, que devem ser cumpridas, todas, pelo devedor. Este 
só se desobriga cumprindo todas as prestações somadas. Incorreta a 
alternativa “B”. 
Obrigações alternativas, ou disjuntivas, são aquelas compostas de 
duas ou mais prestações, sendo que o devedor se exonera cumprindo 
apenas uma delas. Correta a alternativa “C”. 
Facultativas são as obrigações que têm um único objeto, podendo o 
devedor substituir a prestação única devida por outra de natureza 
diversa, subsidiariamente. Se distingue das obrigações alternativas 
porque o objeto é único, não obstante o devedor possa substituir a 
prestação. Incorreta a alternativa “D”. 
 
(OAB/AL/2004) 
25. O credor pode consentir em receber prestação diversa da 
que lhe é devida através do instituto da 
 
A) novação. 
B) dação em pagamento. 
C) compensação. 
D) remissão. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
Pela novação, cria-se obrigação nova, para extinguir uma anterior. 
Substitui-se uma dívida originária por uma nova, extinguindo-se 
aquela. Incorreta a alternativa “A”. 
A dação em pagamento consiste no acordo de vontades firmado entre 
o credor e o devedor, em que aquele consente em receber prestação 
diversa da inicialmente pactuada, a fim de extinguir a obrigação. 
Correta a alternativa “B”. 
Pela compensação, duas pessoas são credor e devedor uma da outra, 
extinguindo-se as obrigações recíprocas, até onde se compensarem. 
Incorreta a alternativa “C”. 
Remissão é o perdão do credor, exonerando o devedor do 
cumprimento da obrigação. Incorreta a alternativa “D”. 
 
(OAB/BA/Agosto/2002) 
26. As regras do pagamento devem ser observadas tanto pelo 
credor, quanto pelo devedor para fins da extinção natural das 
relações creditícias. Em regra, o pagamento é feito pelo 
devedor diretamente ao credor, mas pode haver intervenção 
de terceiro para a sua efetivação, desde que inexista 
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obstáculo legal, convencional ou decorrente da própria 
natureza da obrigação. Sobre o pagamento por terceiro, pode-
se afirmar: 
 
A) o terceiro interessado e o não interessado têm os mesmos direitos 
em relação ao devedor efetivo; 
B) o terceiro interessado é alguém que, juridicamente, pode sofrer as 
conseqüências da propositura da execução; 
C) o terceiro não interessado sempre se sub-roga, .ex lege., nos 
direitos do credor; 
D) o terceiro não interessado pode intervir na relação, opondo, 
inclusive, compensação ao credor. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
O pagamento, regra geral, deve ser feito pelo próprio devedor, mas a 
lei civil admite que o pagamento seja feito por um terceiro, 
interessado ou não interessado. Interessado é o que está vinculado 
ao pagamento da dívida, embora não esteja fazendo parte da relação 
obrigacional. Ex. fiador. Não interessado é aquele que não guarda 
qualquer vinculação jurídica com a obrigação, nutrindo interesse 
meramente moral ou de solidariedade (pai que paga a dívida de filho 
maior, amigo que paga a dívida de outro). A diferença entre um e 
outro é que, embora a princípio tenham o direito de reaver o que 
pagaram, o terceiro interessado se sub-roga nos direitos do credor, 
assumindo as suas prerrogativas, o que não ocorre com o terceiro 
não interessado. Portanto, incorreta a alternativa “A”. 
O terceiro interessado é aquele que pode vir a ser acionado para 
pagar a dívida, caso o devedor não pague, como ocorre com o fiador. 
Assim, correta a alternativa “B”. 
Como dito, o terceiro não interessado tem direito de reembolso do 
que pagou, mas não substitui (não se sub-roga) os direitos do credor. 
Incorreta a alternativa “C”. 
Como não substituiu as prerrogativas do credor, o terceiro não 
interessado não pode contra este opor compensação. Incorreta a 
alternativa “D”. 
 
(OAB/DF 28.03.2004) 
27. Assinale o item incorreto. 
 
A) A assunção de dívida, figura positivada pelo Código Civil brasileiro, 
guarda certa simetria com a cessão de crédito e tem afinidade com a 
novação subjetiva passiva; 
B) Na cessão de crédito, o devedor pode opor ao cessionário as 
exceções que lhe competir, bem como as que, no momento em que 
veio a ter conhecimento da cessão, tinha contra o cedente. Na 
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assunção

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