Buscar

WEB TRIBUTÁRIO II 1 A 16 MODELO ATUALIZADO 2017

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 6, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 9, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

WEB 1
Caso Concreto
JOSÉ MANUEL, proprietário de imóvel no Município do Rio de Janeiro, recebeu informações de
seu contador dando conta de que é necessário dirigir-se à Secretaria Municipal de Fazenda para
ser devidamente intimado do lançamento do IPTU, mesmo após a emissão do carnê pelo órgão
municipal. Diante disso pergunta-se: assiste razão ao contador? A atividade administrativa de
lançamento é discricionária ou vinculada?
O IPTU é tributo sujeito ao lançamento de ofício e a intimação do lançamento ocorre
com a emissão do carnê pelo município. Sobre o tema há firme jurisprudência do STJ,
bastando citar, entre outros, os Recursos Especiais nº 707.699/PR (DJU de 30/08/2007) e
86.372/RS (DJU de 25/10/2004).
INTERDISCIPLINARIEDADE COM O DIREITO ADMINISTRATIVO: A atividade
de lançamento é vinculada à Lei, nos termos do artigo 142, parágrafo único do Código
Tributário Nacional; assim o agente fiscal não tem a faculdade de realizar o lançamento,
ele é obrigado a fazê-lo sob pena de responsabilidade funcional.
Questão objetiva
A alíquota do ITR, em 1995, era de 1,5%; em 1996, de 2%; e em 1997, de 1%. Durante o ano de 1997, o Fisco Federal, verificando que Joaquim de Souza não pagará o ITR de
1995, efetuou o lançamento à alíquota de 2% e promoveu a notificação. Joaquim entende
que a alíquota aplicável é de 1%. Na verdade:
D- a alíquota correta é a da data da ocorrência do fato gerador, ou seja, 1,5%;
WEB 2
Diante de ato de autoridade pública supostamente eivado de ilegalidade, CREMILDO
BULGAR impetra Mandado de Segurança com pedido de liminar para suspender a
exigibilidade do crédito tributário referente ao imposto de renda, que monta em R$
20.000,00. Deferida a liminar, o Juízo de Primeiro Grau leva 3 anos para julgar o mérito,
e, ao fazê-lo, denega a segurança. O contribuinte, então, interpõe Apelação, acreditando
que, ao ser recebida no duplo efeito, esta preservará os efeitos da liminar. A Fazenda, por
sua vez, ajuíza a competente execução fiscal para a satisfação do seu crédito, que a esta
altura já alcança R$ 24.000,00, por estar acrescido de juros de mora e devidamente
corrigido monetariamente. Na execução, o contribuinte alega que a mesma deve ser
extinta em face da existência de mandado de segurança ainda não transitado em julgado.
Pergunta-se:
a) Nas condições apresentadas, a Execução Fiscal deve ser extinta sem resolução de
mérito?
A execução não deve ser julgada extinta sem exame de mérito, uma vez que o referido crédito não mais estava com sua exigibilidade suspensa. O simples fato de o Mandado de Segurança estar pendente de julgamento não é suficiente para suspender a exigibilidade, uma vez que não há liminar em vigor, nem qualquer outra das medidas do art. 151 do
CTN, como o depósito, por exemplo. Além disso, a apelação em mandado de segurança é uma das exceções ao recebimento no duplo efeito, sendo recebida no efeito meramente devolutivo.
b) Quais os efeitos da sentença denegatória da segurança?
REsp. 205301 – Rel. Min. Eliana Calmon – Segunda Turma
PROCESSO CIVIL E TRIBUTÁRIO - LIMINAR E POSTERIOR SENTENÇA
DENEGATÓRIA DE SEGURANÇA: EFEITOS, MORA, CORREÇÃO MONETÁRIA -
ART. 151 DO CTN.
1. A sentença denegatória de segurança, sendo declaratória negativa, tem efeitos ex tunc,
fazendo desaparecer, em conseqüência, a suspensividade da exigência do crédito
tributário adiantada em liminar.
2. Retorno das partes ao status quo ante, com a incidência de juros de mora e correção
monetária no período em que transcorreu o processo.
c) No caso em tela é cabível a incidência de juros e correção monetária?
Sim, conforme REsp. 550592 – Rel. Min. Teori Albino Zavascki – Primeira Turma
PROCESSUAL CIVIL. TRIBUTÁRIO. IMPOSTO DE IMPORTAÇÃO. SUSPENSÃO
DA EXIGIBILIDADE DO CRÉDITO, PELA OBTENÇÃO DE LIMINAR EM
MANDADO DE SEGURANÇA. SUPERVENIÊNCIA DE SENTENÇA
DENEGATÓRIA. EFICÁCIA EX TUNC DA CASSAÇÃO DA LIMINAR.
RECOMPOSIÇÃO DO STATUS QUO. RECOLHIMENTO DOS VALORES
DEVIDOS. CORREÇÃO MONETÁRIA. JUROS. MULTA. SÚMULA 7/STJ.
Questão objetiva:
O depósito do montante integral, previsto no art. 151, II do Código Tributário Nacional é:
c) direito subjetivo da parte concedido por lei;
WEB 3
CASO CONCRETO:
WX SERVIÇOS MÉDICOS LTDA. recebeu, em 25/07/2008, auto de infração lavrado pela Delegacia da Receita Federal do Brasil em São Paulo exigindo-lhe diferenças do imposto de renda (IRPJ) em razão de receitas omitidas durante os 4 (quatro) trimestres de 2005. Segundo o contador da empresa, o crédito tributário objeto do recente lançamento de ofício poderá ser objeto de compensação com valores da COFINS, recolhidos indevidamente pela pessoa jurídica ao longo do ano de 2007, reconhecidos através de medida liminar nos autos de mandado de segurança ainda pendente de decisão final.
Diante desses fatos, responda:
O crédito tributário neste caso concreto pode ser extinto pela compensação?
A hipótese não permite que o crédito tributário objeto do lançamento de ofício (IRPJ)
seja extinto pela compensação, tendo em vista que o valor indevidamente recolhido pela
empresa (COFINS) está sendo objeto de discussão judicial ainda em andamento;
Agiu corretamente o juízo em ter deferido a liminar mencionada no caso concreto?
Agiu de forma equivocada o juízo, já que de forma expressa dispõe o artigo 170-A do
Código de Processo Civil não ser possível a compensação do crédito tributário antes do
trânsito em julgado. Ainda, o verbete 212 da Súmula do STJ estabelece não ser possível
conceder compensação por meio de liminar, por necessitar de Lei e verificação dos
requisitos legais pelo ente da Federação. Com a concessão do direito a compensação o
crédito tributário estará extinto, assim, não poderia o juízo reverter sua decisão, mais um
motivo para não ser deferido o direito à compensação por meio de liminar ou antecipação dos efeitos da tutela.
QUESTÃO OBJETIVA:
João realizou pagamento a maior do IPVA relativo ao fato gerador ocorrido em 2007.
Tendo consultado o valor do imposto em relação ao fato gerador ocorrido em 2008, o
contribuinte identificou que o valor pago a maior em 2007 é suficiente para quitar o
tributo devido em 2008. Diante disso, pretende requerer a seu Estado a utilização do
excesso pago em 2007 para liquidar o imposto de 2008. Considerando que inexiste lei
específica disciplinando a matéria no Estado, marque a alternativa correta:
A- João deverá proceder ao pagamento do IPVA/2008 e requerer a restituição do
IPVA/2007 pago a maior.
WEB 4
CASO CONCRETO:
Em 10/05/2001, a fiscalização estadual lavrou auto de infração e notificou a empresa
COMÉRCIO DE BRINQUEDOS EDUCATIVOS ABC LTDA. para recolher ICMS relativo a fatos geradores ocorridos no período de 20/06/1999 a 31/12/1999. A notificada impugnou, sem sucesso, a autuação e recorreu tempestivamente ao Conselho de Contribuintes, em 20/06/2001. Em face da sobrecarga de processos na 2a. instância administrativa, o recurso restou paralisado, sem qualquer despacho nem petição das partes, até 20/09/2001, vindo a ser julgado, também desfavoravelmente ao contribuinte, em 10/10/2001. Publicada a decisão (e o aresto unânime) em 15/10/2001, foi a sociedade dela notificada, esgotando-se o prazo para pagar o débito em 22/10/2001. Não advindo pagamento nem pedido de parcelamento, foi o crédito tributário inscrito em dívida ativa, em 22/11/2007, vindo, contudo, a execução fiscal a ser ajuizada somente em 29/11/2007. Citada, a executada ofereceu bens suficientes à penhora e, efetuada esta, ajuizou embargos à execução, alegando haver ocorrido a decadência e, ad
argumentandum, a prescrição.
Pergunta-se:
Procede a alegação de decadência? Se positivo, quando ocorreu?
Não se consumou a caducidade, pois o lançamento se deu antes de esgotado o quinquênio (CTN, art.173). (Desnecessário abordar a divergência jurisprudencial surgida no STJ – e já superada – sobre a contagem do prazo nos tributos sujeitos a lançamento por homologação, como o ICMS, pois, aqui, segundoqualquer das duas correntes, é induvidoso não ter havido decadência).
Procede a alegação de prescrição? Se positivo, em que data teria ocorrido?
Ocorreu prescrição, nos termos do artigo 174, caput do Código Tributário Nacional, já que entre a data da notificação da decisão definitiva do Conselho de Contribuintes e o ajuizamento da execução fiscal, transcorreram mais de cinco anos.
c) Quais as causas de suspensão e as de interrupção do prazo prescricional da
ação de cobrança do crédito tributário? (Mencione os dispositivos legais)
Causas de suspensão: CTN, art. 151; Lei 6.830, art. 2o., § 3o., e
art. 40). Causas de interrupção: CTN, art. 174, p. único; Lei 6.830/80, art. 8o., § 2o , c/c
CTN, art. 174, p. único (LC 118/05).
d) Esgotado o prazo prescricional dessa ação, o que se extingue: o direito de ação
ou o próprio crédito tributário?
Segundo a opinião majoritária, a prescrição tributária extingue a ação e o próprio crédito, ou seja, o direito processual e o direito material (CTN, art. 156,
V).
Questões objetivas:
A ação para cobrança do crédito tributário está sujeita a prazo:
D- Prescricional de 5 (cinco) anos, contados da data da sua constituição definitiva.
WEB 5
CASO CONCRETO:
Em 1999, determinado Município concedeu isenção do ISSQN, por 10 (dez) anos, para as empresas prestadoras de serviços que viessem se instalar naquele território, gerando, em cada uma delas 25 (vinte e cinco) empregos diretos.
Várias dessas empresas, atraídas por esse incentivo fiscal, lá se instalaram. E no ano de
2002, surgiu uma outra norma jurídica revogando essa isenção do ISSQN.
Responda:
Este caso concreto refere-se a qual espécie de isenção?
O caso concreto trata de isenção onerosa. O art. 178 estabelece certamente a mais importante regra sobre isenção fiscal dentre as poucas constantes no CTN que consagra o reconhecimento de que as isenções onerosas concedidas por prazo certo geram direito adquirido à fruição do benefício, pelo prazo estipulado, para aqueles que cumpram as condições na lei previstas.
Deve esta isenção ser revogada? Qual(is) princípio(s) deve(m) ser observado(s)?
Isso, entretanto, não significa, de forma nenhuma, que a lei não possa ser revogada. A
lei que conceda isenção fiscal sempre pode ser revogada.
O que ocorre é que, se a isenção concedida por essa lei for onerosa e por prazo certo, aqueles sujeitos passivos que, antes da revogação da lei, tiverem cumprido os requisitos
exigidos, para a fruição do benefício, terão direito a gozá-lo pelo prazo estabelecido, mesmo depois de a lei haver sido revogada. É o que ocorreu com essas empresas, que passaram a ter direito à isenção e, por isso, poderão fruí-la durante o prazo previsto na lei, mesmo tendo sido revogada ou modificada antes de concluído esse prazo. O entendimento do legislador (CTN) é o mesmo dos doutrinadores, ou seja, é a da observância do princípio da anterioridade pela norma que revoga a isenção. O STF tem decidindo que a revogação da isenção tem eficácia imediata, vale dizer, ocorrendo a revogação da isenção, o tributo pode ser cobrado no curso do mesmo exercício, sem ofensa ao princípio da anterioridade da lei. Entretanto, a posição firmada pelo STF, de que não há obrigatoriedade de observância do princípio da anterioridade, no caso de revogação de isenções, não significa e jamais pode significar, que disciplina mais benéfica não possa ser estabelecida para o contribuinte.
Com o princípio da anterioridade da lei, porque a revogação de uma lei que concede isenção equivale à criação de um tributo.
c) É possível o ajuizamento de alguma ação para evitar a revogação da isenção
mencionada no caso concreto? Caso positivo, qual(is)?
É possível ser impetrado mandado de segurança com pedido de liminar, já que a
matéria não está relaciona com a simples expectativa de direito, mas sim com o direito
adquirido das empresas, tornando, portanto, a revogação inválida, não observando a
Súmula do STF de n° 544: “Isenções tributárias concedidas, sob condição onerosa, não
podem ser livremente suprimidas”, vez que as mesmas geram direito adquirido.
O argumento que embasaria o meu ato seria o de que “a isenção concedida por prazo
certo e sob condições não pode ser revogada a qualquer tempo, porque ofende a
segurança das relações jurídicas”, sustentado, inclusive, pelo STF.
O taxista João recebeu do fisco estadual uma correspondência na qual lhe foi
informado que, mesmo tendo ocorrido o fato gerador do IPVA, ele não precisaria pagar
o tributo, uma vez que fora aprovada uma lei, pela respectiva assembleia legislativa, que
excluía o crédito tributário dos taxistas, relativamente ao IPVA.
Nessa situação hipotética, pode-se dizer que a citada lei estabeleceu uma:
C- ISENÇÃO
WEB 6
CASO CONCRETO
Em dificuldade para saldar seus débitos, inclusive tributários, a sociedade comercial
Irmãos Tavares & Cia. Ltda., decidiu cerrar suas portas sumariamente, deixando de dar baixa regular em seus registros e obrigações comerciais e fiscais. Tomando conhecimento do fato, fiscais da Receita Federal verificaram não ter sido recolhido o Imposto de Renda dos dois últimos exercícios, tendo em consequência procedido ao lançamento. Notificada regularmente a empresa, na pessoa de seu sócio-gerente, deixou de defender-se administrativamente, correndo o processo administrativo-fiscal à revelia e culminando com a inscrição do crédito tributário em dívida ativa e imediato ajuizamento da execução fiscal. Alertado por seu ex contador, o sócio-gerente aliena vários bens sociais. Pergunta se:
São válidos esses atos de alienação? Em que circunstâncias?
A resposta deverá fundar-se no art. 185 e seu parágrafo do
CTN, que estabelece a presunção de fraude à execução dos atos de alienação e oneração de bens do sujeito passivo da obrigação tributária, praticados após a inscrição do respectivo crédito em dívida ativa, salvo se remanescerem bens ourendas suficientes para garantir a execução fiscal. Assim, os atos do sócio-gerente alienando bens sociais são nulos de pleno direito, a não ser que haja reservado outros bens sociais bastantes para assegurar a execução.
Poderão ser executados bens do sócio-gerente? Em qualquer hipótese?
No que respeita à letra b, se a Fazenda Pública exequente não lograr
executar bens sociais suficientes, poderá executar bens particulares de quem foi sócio-gerente à época do descumprimento da obrigação tributária, como entende a jurisprudência, ao aplicar conjugadamente na hipótese, os arts. 134, VII, e 135, I e III, do CTN.
E bens dos demais sócios não-gerentes?
Já quanto aos bens dos sócios não-gerentes, estão eles fora do alcance
da execução.
QUESTAO OBJETIVA
Marque a opção incorreta:
D- O exercício da fiscalização tributária é o mais amplo possível, implicando o
atendimento de todas as exigências de apresentação de qualquer documento e
informação, sem exceção.
WEB 7
CASO CONCRETO
A Prefeitura Municipal de Belo Horizonte, objetivando incrementar a recuperação de sua
dívida ativa, realiza a emissão de duplicatas relativamente aos débitos de IPTU inscritos
em nome do contribuinte Imobiliária Irmãos Guimarães S/A, e desconta os títulos na
agência local do Banco do Brasil. Este estabelecimento bancário, sub-rogado, vencido o
prazo para pagamento amigável e notificado pela Prefeitura à empresa contribuinte,
promove o protesto das duplicatas no cartório competente da Comarca, que dá ciência ao devedor, assinando-lhe prazo para quitar os títulos. Pergunta-se:
Que medida judicial pode a empresa tomar, nessas circunstâncias emergenciais para defesa imediata de seus interesses?
O crédito tributário regularmente inscrito em Dívida Ativa goza de garantias e de
privilégios processuais (CTN, arts. 183/193), constituindo a certidão respectiva título
executivo extrajudicial (CTN, arts. 201/204; CPC, art. 585, VI). O instrumento
processual adequado para cobrá-lo é a execução fiscal (Lei 6.830/80). De outro lado,
como lembra pacificamente a doutrina, o instituto da novação, que permitiriasubstituir o crédito tributário por outro de natureza diversa (crédito por obrigação “comercial”, in
casu), é inaplicável ao Direito Tributário brasileiro. A emissão de “duplicata” de crédito
tributário é, assim, incabível legalmente e, portanto, nula, como também seu “protesto”.
A empresa devedora pode, nessas circunstâncias, ingressar com ação cautelar de sustação de protesto, com pedido de liminar (CPC, art. 798), para obstar o ato de protesto.
b) Se tivesse optado pela emissão de certidão de inscrição em Dívida Ativa,
poderia a Prefeitura requerer a falência da empresa comercial?
A Fazenda Pública, credora privilegiada, não tem interesse processual em requerer a falência de seus devedores, como deflui do art. 187 do CTN e dos arts. 29 e 38 da Lei 6.830/80. Ademais, a Lei de Falências (Lei 11.101/05), em seu art. 97, não inclui a Fazenda Pública dentre aqueles que podem requerer a quebra. Este foi o entendimento prevalecente na doutrina (v. Rubens Requião) e na jurisprudência, enquanto vigia a Lei de Falências anterior, de no. 7.661/45 (RESP 138868-MG, 4ª T. do STJ, Rel. Min. Ruy
Rosado de Aguiar).
QUESTÃO OBJETIVA
Determinado contribuinte, devedor de tributo, obtém parcelamento e vem efetuado o
pagamento conforme deferido. Apesar disso, sofre processo de execução fiscal para a
cobrança do referido tributo. Nos embargos de devedor, o executado poderá alegar:
D- A carência da execução fiscal, em face da suspensão da exigibilidade do crédito tributário.
WEB 8
CASO CONCRETO
Irmãos Souza & Cia. Ltda., grande atacadista de gêneros alimentícios, foi autuada em
novembro/2008 pela fiscalização do ICMS, por recolhimentos insuficientes do imposto
durante os anos de 2005 e 2006, tendo o auto de infração totalizado créditos tributários
(principal, multas, juros e atualização monetária) no valor de R$ 5 milhões. Impugnado
tempestivamente, o lançamento veio a ser mantido, em fevereiro/2009, pela Junta de
Revisão Fiscal. Dessa decisão, recorre voluntariamente a empresa para o Conselho de
Contribuintes, deixando contudo de efetuar depósito de 30% da quantia em discussão,
bem assim de, alternativamente, oferecer fiança bancária, conforme prevê a legislação de regência, para “garantia de instância”.
O processo administrativo fiscal é encaminhado ao Presidente do Conselho de
Contribuintes, que detém o juízo preliminar de admissibilidade do recurso; que se vier a
ser admitido, será distribuído a uma das Câmaras, a qual poderá rever a decisão
vestibular de admissibilidade.
Como deve o Presidente do Conselho de contribuintes proceder? Deve exigir o
mencionado depósito prévio administrativo?
A resposta deverá mostrar conhecimento sobre os princípios constitucionais e legais colidentes, a serem objeto de ponderação.
De um lado, militam a favor da inconstitucionalidade/ilegalidade da “garantia de instância”: devido processo legal e ampla defesa; vedação do solve et repete; exigência de duplo grau/direito do contribuinte ao recurso (CF/88, art 5º., XV; CTN, art.
151, III); proporcionalidade/razoabilidade, com seus três postulados (adequação,
Necessidade meio menos gravoso, e proporcionalidade em sentido estrito). De outro lado, a favor da exigência: prevalência do interesse público na
evitação de recursos administrativos protelatórios e na necessidade de garantia de crédito essencial à atuação estatal; existência de exigência similar no recurso trabalhista ordinário, sem qualquer increpação de inconstitucionalidade; status infraconstitucional da garantia do duplo grau e condicionamento da previsão de recurso administrativo no CTN (art. 151, III) aos “termos das leis reguladoras do processo tributário administrativo”; e, na órbita jurisprudencial, a decisão do STF indeferindo a suspensão cautelar requerida nas ADINs 1.922 e 1.976 (mérito ainda não julgado!) e a jurisprudência majoritária, inclusive do TJ-RJ. Em 2006, o STF-Pleno voltou a apreciar a questão, no bojo de REs, tendendo a mudar a orientação: até início de agosto/06, a votação estava 5 X 1 pela inconstitucionalidade da exigência de depósito, interrompido o julgamento por pedido de vista. Entendimento atual do SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL:
NOVA SÚMULA VINCULANTE A RESPEITO DO TEMA:
Súmula Vinculante 21
É inconstitucional a exigência de depósito ou arrolamento prévios de
dinheiro ou bens para admissibilidade de recurso administrativo.
QUESTÃO OBJETIVA
Pessoa física, contribuinte do Imposto sobre a Renda, apresenta sua declaração anual de
ajuste, entendendo fazer jus à restituição de R$ 10.000,00. Processada a declaração pela
Secretaria da Receita Federal durante quase três anos, é finalmente intimado o
contribuinte, por via postal, de que suas deduções foram glosadas, ocasionando a
expedição de notificação de lançamento do imposto pela autoridade administrativa, com
penalidades e acréscimos legais, por entender o Fisco que as despesas eram indedutíveis, sendo, consequentemente, indeferida sua restituição. O contribuinte, dois dias depois de haver recebido a intimação pelo Correio, busca assistência profissional de um advogado.
Indique a providência INCORRETA e que não seria tomada pelo advogado:
C- Impugnar a exigência representada pela notificação de lançamento, 60 (sessenta)
dias depois da data em que tiver sido feita a intimação da exigência ao cliente, isto é, da
data de recebimento, pelo cliente, da intimação por via postal.
WEB 9
CASO CONCRETO:
Adão Alves e Joana Lima, coproprietários de certo imóvel, ao receberem carnê para
pagamento parcelado do imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana (IPTU), foram surpreendidos com a cobrança de taxa de remoção de lixo, tributo regularmente instituído pelo município do Vale Verde, onde se localiza o bem imóvel.
Ocorre que Adão Alves e Joana Lima consideram a cobrança da mencionada taxa inconstitucional, pois não tem por objeto serviço público divisível e não é destinada a contribuintes determinados. Ao se dirigirem à secretaria de fazenda municipal, foram impedidos de efetuar os pagamentos devidos a título de IPTU sob o argumento de que o Estado somente receberia as importâncias relativas ao IPTU se houvesse o pagamento concomitante da referida taxa de remoção de lixo. Considerando a situação hipotética acima apresentada e na condição de procurador de
Adão Alves e Joana Lima, identifique a peça processual que entende cabível para a defesa dos interesses dos dois contribuintes, abordando todos os aspectos de direito processual pertinentes e examinando, necessariamente, os seguintes itens: possibilidade jurídica do pedido; pedido e causa de pedir; legitimidade ad causam ativa e passiva; pressupostos processuais; competência do juízo.
Tema: Ação de Consignação em Pagamento
QUESTÃO OBJETIVA:
Em relação à ação anulatória de dívida fiscal inscrita, pode-se afirmar que:
B- Poderá ser proposta com o depósito do valor integral da dívida, hipótese em que
suspenderá a exigibilidade do débito;
WEB 11
CASO CONCRETO
Já nos idos dos anos 50, se verificavam estímulos que demonstravam o interesse de
alguns países, no estudo de possibilidades de integração econômica. E, de fato, dessa
época para cá vários blocos econômicos foram criados. É o que a doutrina passou a
chamar de Nova Ordem Econômica Internacional. Verifica-se então que o fenômeno da
globalização é inevitável, surgindo o que hoje já é chamado de direito comunitário.
Atualmente, existem diversos grupos econômicos, dentre eles o Mercosul (Tratado de
Assunção, de 26 de março de 1991), do qual o Brasil participa e a União Européia,
integrada pela sua grande maioria de países europeus. Numa reunião realizada em Roma
(jan de 2005), o Brasil estreitou os laços com a União Européia com objetivo de estimular o comércio entre o Mercosul e a União Européia, o que aquece o mercado internacional de uma maneira geral, sobretudo a economia brasileira. Nesse sentido, no que se refere à globalização, pergunta-se:
a) Qual a distinção entre processo de integração econômicae processo unilateral de
abertura econômica?
O processo de integração regional é um processo de cooperação político-econômica
entre determinados países através de criação de regras e de algum nível de
institucionalização comuns. Por outro lado, processo unilateral de abertura econômica é
unilateral (MARIANO, Marcelo Passini. A Estrutura Institucional do Mercosul, São
Paulo: Edições Aduaneiras, 2000, p 39), onde um governo promove um intercâmbio
maior com um outro país, ou grupo de países, estimulando investimentos recíprocos e
troca de informações, acabando por favorecer as trocas comerciais entre estes países.
Segundo a doutrina, quais as fases do processo de integração econômica?
O processo de integração econômica comporta cinco fases (GONZALES CANO,
Hugo. A Harmonização Tributária nos Processos de Integração Econômica, Brasília:
ESAF, 1986, p.11), a saber: a criação de uma Zona de Livre Comércio, uma União
Aduaneira, a instituição de um Mercado Comum, a União Econômica, e por fim uma
Integração Econômica. Nesse sentido encontramos as duas maiores distinções entre o
Mercosul e União Européia. Enquanto que o Mercosul visa à criação de um Mercado
Comum do Sul, objetivando chegar à terceira fase, a União Européia, sem dúvida o mais estruturado bloco econômico do mundo, alcançou todas as fases do referido processo, criando inclusive uma moeda única. Outra distinção significativa, se mostra, no aspecto da supranacionalidade encontrada na União Européia e no sistema de tomada de decisões adotado no Mercosul que é intergovernamental (Nomenclatura utilizada pelo próprio
Mercosul. Disponível em <http//www.mercosul.gov.br / Fac/ default.asp> Acesso em
25.11.2003. Nesse sentido, também BASSO, Maristela), tornando-se necessária a incorporação das normas aprovadas no ordenamento jurídico, de seus Estados-Partes. Ter natureza intergovernamental significa dizer que, a tomada das decisões, pressupõe a manifestação consensual de todos os integrantes do bloco econômico.
QUESTAO OBJETIVA
Consoante a Constituição Federal, assinale a opção correta em relação ao imposto
sobre importação de produtos estrangeiros:
Pode ser cobrado no mesmo exercício financeiro em que foi instituído.
WEB 12
CASO CONCRETO
A empresa Oceania, com sede no Estado do Espírito Santo e beneficiária de sistema
tributário mais favorável, realiza importação de mercadorias em favor da empresa
Polaroid do Brasil Ltda., com sede no Estado de São Paulo. A empresa importadora
promoveu o desembaraço das mercadorias no Porto de Santos-SP, remetendo a
mercadoria para a sede da empresa Polaroid, e recolheu o ICMS em favor do Estado do
Espírito Santo. O Fisco paulista lavrou auto de infração contra a empresa Polaroid
exigindo o ICMS devido. Inconformada, a empresa ingressa com ação anulatória ao
argumento que o ICMS foi corretamente recolhido pelo importador. O Estado de São
Paulo alega que o ICMS é devido ao estado onde a mercadoria é desembaraçada, pouco
importando a sede do importador. Pergunta-se: no caso em tela a qual Estado é devido o
ICMS? Resposta fundamentada.
Momento do desembaraço aduaneiro (art. 12, IX, LC 87/96), sendo possível a exigência do ICMS naquele instante – súmula 661.
Entende, ainda, o STF que na importação o ICMS cabe ao Estado onde estiver situado o destinatário da mercadoria, bem ou serviço, pouco importando se o desembaraço ocorreu em repartição fiscal localizada em Ente federativo diverso. Vide RE 299.079 e AI 765892
/ RS.
No caso em tela o STF entendeu que a empresa Oceania figurou como mera consignatária da mercadoria e que o destinatário era a empresa Polaroid. Além do mais, entendeu que como as mercadorias não transitaram fisicamente no Estado do Espírito Santo o ICMS seria devido ao Estado de São Paulo.
QUESTÃO OBJETIVA
No último mês de julho, Sernambetiba Indústria de Lâmpadas Ltda., empresa com sede
no município do Rio de Janeiro, auferiu receita de vendas das mercadorias que produziu
no total de R$ 500.000,00. No mesmo mês de julho/2007, recebeu em seu
estabelecimento matérias-primas e novas máquinas para a produção de lâmpadas, ambas
tributadas pelo IPI e pelo ICMS na etapa anterior. A energia elétrica consumida pela
empresa no mês de julho de 2007 alcançou o valor de R$ 18.000,00.
Em face da situação hipotética acima e considerando que a concessionária de energia
elétrica seja isenta do ICMS, assinale a opção correta.
Não poderá haver compensação do ICMS sobre a energia elétrica consumida, mas poderá haver creditamento do IPI e do ICMS sobre as matérias-primas adquiridas.
WEB 13
CASO CONCRETO
O BANCO DO BRASIL S/A promove ação anulatória perante o Município de Goiânia para obter a declaração de nulidade de auto de infração, lavrado pelo não recolhimento do ISSQN, sobre serviços bancários não incluídos na lista anexa a Lei 116/03. Como fundamento de sua pretensão invoca a impossibilidade de aplicação de analogia para exigir pagamento de tributo não previsto na lei, consoante previsão do art. 108, § 1º,
CTN. O Município de Goiânia, em sede de contestação, resiste à pretensão autoral sob a justificativa de que o caso é de aplicação extensiva da lei e não de analogia. Com quem está a razão?
O entendimento sedimentado perante o STJ é de que a lista anexa à LC 116/03, embora taxativa em sua enumeração de serviços, admite interpretação extensiva quanto à compreensão do que sejam os serviços congêneres. Assim não se trata de analogia, pois os serviços que não se aproximam daqueles enumerados nos itens da lei, não podem ser objeto de tributação, mas aqueles que se revelam como desdobramentos ou da mesma natureza dos já previstos, mas que, por uma imprecisão do legislador, não foram ali arrolados, podem ser pacificamente inseridos no campo de incidência do imposto municipal.
A doutrina, no entanto, tem resistência a tal entendimento e considera que tal posicionamento fere, frontalmente, o princípio da legalidade estrita (art.150,I e
art. 97, III, CTN).
No caso em análise, os serviços bancários estão arrolados no item 15 da LC
116/03, por isso, o caso não é de analogia, mas sim de interpretação extensiva.
QUESTÃO OBJETIVA
Com relação à competência para estabelecer normas gerais de direito tributário, julgue os seguintes itens:
I - A lei complementar tributária pode fixar alíquotas específicas para tributos da
competência estadual ou municipal.
II - A lei complementar tributária deve versar apenas sobre normas gerais tributárias,
consideradas estas como normas-quadro, versando sobre princípios, diretrizes e balizas
normativas, dentro das quais o ente tributante deverá exercer sua competência tributária,
definindo os elementos essenciais da hipótese de incidência, respeitando o princípio
federativo e seu corolário: a autonomia financeira e tributária dos entes integrantes da
República Federativa do Brasil.
III - As obrigações acessórias em relação a tributos de competência de estados e
municípios podem ser especificadas em lei complementar tributária federal.
IV - Na hipótese de ser revogada a lista de serviços anexa à lei complementar tributária
nacional do ISSQN (imposto sobre serviços de qualquer natureza), não poderão os
municípios cobrar o referido imposto em seus territórios.
Estão certos apenas os itens:
D- II e IV
WEB 14
CASO CONCRETO
João Manuel saiu de casa em uma comum noite de sábado com a finalidade de comprar
um maço de cigarros no botequim da esquina. Sua esposa, Maria, estranhou a situação,
mas não questionou a vontade do marido. O seu estranhamento somente se manifestou
horas mais tarde ao não ver o marido retornar. Dirigiu-se ao bar e não o encontrou.
Disseram-lhe, contudo que ele havia entrado em um veículo, onde se podia ver a figura
de uma loura. Buscou ajuda dos filhos para encontrar João Manuel. Nenhum sucesso.
Com o passar dos anos, decidiram pedir a partilha dos bens e, assim, a decretação da
morte presumida de João, nos termos da lei civil. Seguindo-se o rito processual, é
decretadaa morte presumida e realizada a sucessão provisória. Alguns meses após esta
última decisão, João Manuel regressa de sua longa lua-de-mel com a loura e requer a
devolução de seu patrimônio - o que é imediatamente deferido pelo juízo competente.
Indaga-se:
Há incidência do ITCMD na sucessão provisória?
Conforme o verbete 331 da Súmula do STF, "é legítima a incidência do imposto de transmissão causa mortis no inventário por morte presumida".
Há incidência do ITCMD na devolução do patrimônio a João Manuel?
Para esta hipótese não há uma resposta fechada. Podemos citar como exemplo a legislação do Distrito Federal que, diferente da fluminense, expressamente determina a restituição do tributo. Não podemos sequer falar em jurisprudência para o caso, pois são raríssimos os casos em que há o regresso daquele que desapareceu. O aluno deve trabalhar a devolução do patrimônio partilhado na sucessão provisória como um desfazimento desta.
QUESTÃO OBJETIVA
Assinale a opção correta no que se refere aos impostos de competência dos municípios:
Considere-se um ato de compra e venda de bem imóvel localizado no DF, sendo o comprador domiciliado em Goiânia – GO e o vendedor, em Imperatriz – MA. Nesse caso, será devido ao DF o imposto sobre transmissão inter vivos, a qualquer título, de bem imóvel.
Web 15
CASO CONCRETO
Determinado proprietário de veículo automotor (VECTRA-GT) ajuíza ação anulatória de lançamento do IPVA, tendo como argumentos o texto do artigo 146, inciso III da
CRFB/88, e a ausência de dispositivos no Código Tributário Nacional acerca do IPVA.
Entende o proprietário do veículo automotor que os Estados não podem inovar a ordem jurídica na ausência de Lei Complementar sobre o tributo em exame, já que a tributação não teria suporte constitucional. A liminar pleiteada foi indeferida.
O Estado do Rio de Janeiro apresenta contestação, defendendo a tributação em comento, já que a ausência da Lei Complementar geral não impossibilita a cobrança do IPVA.
 A ação anulatória não merece acolhida pelo Juízo, uma vez que a ausência de LC não
impede que os Estados legislem sobre o IPVA, consoante a firme orientação pretoriana e atento às lições da doutrina. Ressalte-se que o art. 24, § 3º da CRFB permite que os
Estados legislem sobre temas não enfrentados pela União, sendo oportuno trazer à
colação o art. 34 do ADCT. Nesse sentido são os julgados do STF: Ag.Reg.Ag 167.777, Ag.Reg.Rext 203.301, e REXT 236.931.
Tendo em vista a clareza de raciocínio, é indicada a leitura de ROGÉRIO
LINDENMEYER VIDAL GANDRA DA SILVA MARTINS, na obra Curso de Direito
Tributário (Coordenada por Ives Gandra da Silva – págs. 609 e ss).
QUESTÃO OBJETIVA
Com base em contrato, locatário de imóvel assumiu a responsabilidade pelo pagamento
dos encargos referentes à locação. Por mais de um ano o administrador indicado pelo
proprietário recebeu os valores correspondentes ao aluguel, quotas de condomínio e
tributos, fazendo pressupor o recolhimento regular dos tributos. Em certo momento,
porém, verificou-se que o IPTU deixou de ser recolhido ao fisco municipal. De posse da
intimação do município, o proprietário exigiu que o locatário efetuasse o pagamento do
imposto em atraso. Nesse caso, o locatário:
Pode recusar-se a pagar o tributo, alegando que a responsabilidade pelo pagamento do tributo remanesce com o proprietário, apesar do contrato.
A WEB 10 TEMA QUE NÃO FOI VISTO EM SALA DE AULA.
WEB 16 NÃO TEM EXERCÍCIO.

Outros materiais