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O inicio do desenvolvimento industrial

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\1, ( 1.1\111", "li, ,11" 1', "1'1: 1\ 1,:1(, \ ("111",111: 'n,rrl,y'rl"III/INlllillnr 1I1II1Il11I,1I1"fI'l 11111/11I11"NI'Nlivllll',
1111.1Vliilil";l1I11 '1,1 v'''NII PI 'SN, PII)'I, "llp, 'I.
1/, VII,I ,1':1 ,A, Auulhu] V, t,,", SII;I,I( iAN, Wilson. 1//: I',,/(/im do 1!.1)tJ1'/·//1iI' I'/~,I'I/III#III" til! fIIlllfllllllllml,l'iM
",, I,I',I'/J I'N, , S I'i: f\loilogl.li 'Ii, n'' 10, 2" '(1., Hio de jun 'im, II'I':A, 197:1, p. "7H-H,I. illclu c Sii1.igliil
,,1i~I'IVIIIII que " ~ISI "1111 ti' .onc 'ss< 'S Ic ferrovias csruvu sujeito a abusos: "As cone 'ss 'S .rum
111'11"'111'111'Ili.' o!'I.:I" 'idlis :01110 (':IVOi'I.:SH pessoas influentes que as vendiam corno 11111privilégio 1110110-
1'1111NIIi.01 IlllItS~(), (lS /.(11runnus de taxas de retorno sobre o capital investido não levaram li um plancjum '11\0
lilillN lli(,II~"lil ti, linhas, que munas vezes eram mais longas que o necessário e tecnicamente imperfeitas", p . .1H I.
,IH. I, II\(; I,:, !1/11l1frior-;s/fl/fr/iw do Brasil, 1939, p. 139.
,li). Idll/II, illid., p. 383-84.
·10. (li ,AI I':,I)/J. cir., p. 303.
-l l , /rIMI, illid., p. 306; GRAHAM, Douglas H. "Migração estrangeira e a questão da oferta de mão-d ,_
,,11'11110 '1' 's .irncnto econômico brasileiro, 1880-1930", Estudos Econômicos 3, n- I, 1973, p. 10-13.
,I. (;I,ADE,ojJ.úr.,p.306.
,1,\, Idl'/II, illid., p. 303.
11. 11O 1.1.0WAY, op. cit.
3
O início do
desenvolvimento industrial
o período anterior à Primeira Guerra Mundial
As LIMITADAS TENTATIVAS de promover a produção de artigos
manufaturados nos últimos anos do Brasil colonial foram anuladas pelas políticas de
portas abertas do governo pós-Independência. A presença de mercadorias inglesas era
muito grande e elas tiveram acesso privilegiado ao mercado brasileiro durante muitos
anos. Produtos de outros países europeus e dos Estados Unidos também apareceram
depois dos tratados comerciais negociados na década de 1820.1 A tarifa de 1828, que
fixou taxas de importação a 15%, precedeu o período comercial mais liberal.
As tarifas foram aumentadas na década de 1840, atingindo uma média superior a
30% ad ualorem em 1844. Embora o objetivo principal da elevação das taxas de impor-
tação fosse ampliar a receita do governo, essa medida exerceu alguns efeitos colaterais
que resultaram na criação de várias empresas têxteis. O Estado também oferecia isen-
ção de taxas para a importação de matérias-primas e maquinário utilizado por empresas
nacionais, que depois também ficaram isentas de pagar impostos.i Até 1852, 64 fábri-
cas e oficinas - do ramo de têxteis, vestuário, sabão, cerveja, fundição, vidros, artigos
de couro e outros - haviam se beneficiado desses privilégios.
Sob a pressão dos interesses dos cafeicultores que eram a favor de importações
mai baratas, algumas dessas tarifas foram revogadas em 1857 e as taxas foram baixa-
das. Na ti ' 'U Ia de 1860, por motivos fiscais, as tarifas sofreram nova elevação para uma
média ti . SO% ',nas duas décadas seguintes, foram introduzidas, ocasionalmente, ain-
da outras m 'di Ias Ic proteção.
As pou 'lIS olkillas que existiam em meados do século XIX estavam concentradas
principalm '1)1" 11(1 ~ 'rOI' têxtil, e várias empresas foram fundadas em meados da dé-
cada de lH40 'orllO rcsuhudo Ia tarifa acima mencionada, criada em 1844, e dos privi-
légios espc ,i li. ('(111' ·dido. pnru li importação de maquinário. número d ' empresas
f'rodllçlllJ
(f.II{)/) /110/1"1I.1)
1.210
3.586
20.595
242.087
470.783
552.446
535.909
477.995
630.738
1.119.738
'11th .lu ,1-
J n licadorcs do pro luto rcul, j 911-11)
(1929 = 100)
Roupas, calçados e
A1lo Têxteis outros têxteis Bebidas Fumo 'fil/a/"
1911 75,4 41,7 37,2 38,2 60,9
1912 79,2 47,3 47,0 42,5 65,~
1913 76,5 46,8 53,8 46,6 65,.
1914 62,0 35,4 48,4 42,2 53,5
1915 91,9 38,9 38,6 40,9 70,8
1916 86,4 47,2 40,8 53,3 70,6
1917 100,9 52,2 38,6 41,3 78,5
1918 91,0 52,1 40,2 46,4 73,4
1919 105,6 54,0 48,8 65,0 85,4
!lI/li NtlllllJr/l dcj'áIJrlca.,
IH5J 8
1866 9
1885 48
1905 110
1915 240
1921 242
1925 257
1929 359
1932 355
1948 409
Oflerárlo",
424
795
3.172
39.159
82.257
108.960
ll4.561
123.470
115.550
224.252
* A ponderação de 1919 foi usada no cálculo do índice desta coluna.
Fonte: VILLELA Annibal V. & SUZIGAN. Wilson. Política do governo e crescimentoda,
economia brasileira, Rio de Janeiro, IPEA/INPES, 1973, p. 432.
FOI/te:Stanley Stein. The Brazilia» COttOIl manufaaure. Cambridge, Mass., Harvard
Univcrsiry Press. 1957, p, 191. '
I xt 'i:-:em funcionamento aumentou ainda mais na primeira metade da década de
IH70 1Ia região do Rio de Janeiro e de São Paulo. Embora existissem 48 firmas têxteis
~'II) IHH5, o impacto total exercido por elas era secundário, como evidenciou o fato de
ti" ' rodas elas juntas empregavam apenas pouco mais que 3 mil trabalhadores.'
0:-; dados disponíveis indicam que o desenvolvimento industrial brasileiro se tornou
Nigllifi 'ativo durante a década de 1880 e assim prosseguiu durante as três décadas se-
)..(lIint.s. A.Tabela 3.1, por exemplo, mostra um aumento superior a dez vezes na produ-
,'10 de tecidos de algodão entre 1885 e 1905 e quase o dobro da produção nos dez anos
subseqüentes. Imediatamente antes de 1914, a produção de tecidos já havia atingido
H5% 10consumo do país. A produção de roupas, sapatos, bebidas e produtos de fumo
-m 1912 alcançara 40% da produção de 1929 (ver Tabelas 3.2 e 3.3). Quando se leva em
consideração que, no final da década de 1920, as indústrias têxteis brasileiras atendiam
11 (' 'r 'a de ~O% do consumo doméstico, a elevada produção anterior a 1914 indica que,
111'sn1O cntao, uma grande parcela do consumo era suprida pelos fabricantes internos."
Indicadores de formação de capital, apresentados na Tabela 3.4, disponíveis so-
111'1,11"de 1901 em diante, cresceram ininterruptamente até 1914 e atingiram níveis
1I111lto.lcvados em meados da década anterior à Primeira Guerra Mundial. O consumo
IIp li' '11\'e.;de cimento aumentou 12 vezes (de 37.300 toneladas em 1901 para 465.300
'1111<)13); o consumo de aço aumentou mais de oito vezes (de 69.300 para 589 mil
1011sludus) e a importação de bens de capital quase quadruplicou no mesmo período. A
'XI 'nSl (l 10 desenvolvimento industrial no último período também está evidente no
(' 'liSO li . '1920, cujos dados se referem ao ano de 1919. De 13.336 estabelecimentos
lnrlnsrrinis .xistcntcs naquele ano, 55,4% foram fundados antes de 1914 e sua dimen-
10 111~di:l, .alculada pelo número de empregados ou pela capacidade de força instala-
rlu por rrubalha 101',era maior do que aquelas instaladas durante a Primeira Guerra
rVllllldilll (v 'r Tabela 3.5).
Í\ 'St'l'utUI'll industrial que se criou nesse primeiro período de desenvolvimento era
rlornlnuclu por indústrias leves. Produtos têxteis, roupas, calçados e indústrias alimcntí-
I1I
cias eram responsáveis por mais de 57% da produção industrial em 1907 e por mais de
64% em 1919.
A força básica que apoiou esse desenvolvimento industrial foi o incremento cafe-
eiro baseado na mão-de-obra imigrante livre. Investimentos significativos voltados para
a infra-cstrutura que atendia ao setor cafeeiro (estradas de ferro, usinas elétricas, etc.),
financiados por fazendeiros e capital estrangeiro,' proporcionaram o ambiente para uma
pro ILição industrial local maior e aos poucos criaram uma demanda para peças de repo-
sição produzidas internamente. A grande população imigrante empregada nos setores
cafeeiro c outros a ele relacionados gerou um enorme mercado para bens de consumo
baratos. I essa forma, ao descrever os acontecimentos em São Paulo, Warren Dean
observou:
Os primeiros produtos a serem manufaturados ... foram aqueles cuja relação peso-custo
'rll I'lO elevada que, mesmo com o emprego das técnicas mais rudimentares, ficava mais
barato produzi-Ias do que comprá-los na Europa ... Asatividades mais importantes emprega-
vam produtos agrícolas locais, especialménte o algodão, o couro, o açúcar, cereais e madeira,
ou mio 'l'llÍs n; o-metálicos, principalmente argila, areia, cal e pedras."
A muioriu dos primeiros industriais brasileiros era importador que, em determinado
estágio ti • SIIIISutivi lades, achou que valeria a pena produzir bens no próprio Brasil,
em v "/. ti ' importá-los. Esse fato ocorreu principalmente em relação aos produtos têx-
teis; 'onSl'lI('(III-SC,por exemplo, que, de 13 indústrias têxteis fundadas no século XIX
e ainda '1111"1111.ionumcnto em 1917, 11 eram controladas por importadores." Esses
ernprc 'ndilll 'IIroS 'rum financiados tanto por importadores como por plantadores de
café. s it1lpOl't'lldOl''N rumbém tinham a .csso eSI ccial a credores europeus para finan-
ciamcnto da illlpOIIli,'I () ti . I1lll.qllin, rio.
,7
:X Tabela 3.3
Índice de produção industrial, 1920-39
(1929 = 100)
1920 1921 1922 1923 1924 1925 1926 1927 1928 1929 1930 1931 1932 1933 1934 1935 1936 1937 1938 1m
Total 78,0 77,1 89,1 106,4 88,9 89,6 88,8 95,9 103,5 100,0 95,2 103,1 103,4 118,6 133,9 152,9 174,9 187,1
Mineração 126,8 99,8 108,4 94,2 81,3 93,6 95,8 85,7 104,7 100,0 91,1 85,8 82,3 86,2 85,0 96,3 104,5 128,3 140.1 Ir.-
Transformação:
Total 76,9 76,6 88,7 106,7 89,1 89,5 88,6 96,1 103,4 100,0 95,3 103,5 103,9 119,3 135,1 154,2 176,5 188,4 200,7 rti6
Minerais
93,0 101,6 104,9 132,0 125,9 87,9 82,7 70,8 97,8 100,0 87,8 151,2 145,4 208,9 282,5 332,0 426,5 498,6 55&3 619.3não-metal,
Produtos
43,7 46,2 47,5 59,7 51,7 62,7 56,1 53,1 78,0 100,0 81,9 71,9 90,2 130,5 155,3 172,2 202,0 225,3 274.1 39';.-rnetalúrgicos
Produtos
67,7 51,2 84,1 100,0 80,3 120,7 102,2 238,8 290,8 424,1 459,7 564,9 566.6 181.9
de papel
Produtos
106,8 100,0 121,0 118,7 107,8 137,2 146,1 172,8 152,8 175,3 160.1 161.0de couro
Químicos e
55,5 52,1 58,7 79,4 82,8 87,8 96,8 105,1 108,8 100,0 100,3 66,4 73,4 82,7 79,2 105,0 113,2 133,6 138.3 151-farmacêuticos
Perfumes,
47,5 46,5 62,6 72,6 84,0 73,0 73,1 97,1 112,9 100,0 77,9 77,0 95,6 107,8 153,7 157,0 285,9 221,0 255.9 259..2sabonetes e velas
Têxteis 106,6 104,1 116,7 116,5 110,2 105,8 105,6 122,1 123,9 100,0 97,2 125,6 127,4 131,0 145,7 165,4 195,8 207,5 219,8 2·H.O
Roupas e calçados 61,7 55,0 63,6 65,6 77,8 76,2 72,9 86,6 95,5 100,0 70,8 75,0 67,3 71,2 74,6 94,7 110,9 121,0 113,8 124.8
Produtos
63,2 66,7 86,2 77,8 79,2 86,7 88,3 90,2 93,4 100,0 107,9 102,3 99,3 111,6 116,9 128,6 132,4 120,9 125,5 12';'.9alimentícios
Bebidas 64,2 63,2 73,2 76,1 70,0 75,5 81,0 92,6 96,4 100,0 83,5 70,3 76,3 79,8 81,7 97,3 107,7 110,4 110.5 1~.6
Produtos do fumo 67,6 61,5 72,4 70,2 67,0 85,8 69,5 81,6 91,7 100,0 86,7 87,7 85,5 88,5 135,5 102,0 121,2 143,4 148A L.'03
Obs.: Os índices para cada grupo de indústria são ponderados de acordo com a média de sua proporção no valor agregado à indústria manufatureira durante os censos de 1919 e lCL..,:.:;.._
Fonti':\'ILLELA, Annibal, SILVA,Sérgio R. da, SUZIGAN, Wilson e SANTOS, Mario J. "Aspectos do crescimento da economia brasileira". Rio de Janeiro, Fundação Getúlio \~
1971; as estimativas se-baseiam em dados do FIBGE, Anuário Estatístico do Brasil, 1939/40; IBGE, Recenseamento Geral do Brasil, de 1920 e 1940, e Ministério da.~
Serviço de Estatística da Produção.
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A \ l)till, lodo ('I' dito iuflucinn rio (l'tlill! '('ido ('01110II/Il'ilh 11/11'1110) 1111d ('lItIll de
IHI)() roi I\l 'Ilt'iOillltlU por ldp;llll~ nn:dii'H'lIH'011\0 11m ,I .m 'lHO qu "OIlIl'lllllÍlI purn o
• 1111>,I 'rim 'Mo ti ' novos 'l11pl'l.:cn limcntos industriais naqu 'lu. ti l'Udll,IIOUI'l'OS, '0-
11''11I1110,afirmam que as evidências existentes não sustentam essa hipórcs .."
As I' sntativas ocasionais para proteção de tarifas desde 1840 não parecem ter cola-
horudo de modo significativo para o desenvolvimento industrial." O mesmo pode ser
dilo sobre o auxílio direto do governo oferecido, raramente autorizado, a determinados
'lor 's. lt verdade, porém, que a ajuda direta do governo era decisiva para setores
sp , 'ffit:os (concessões especiais e/ou subsídios a ferrovias, siderúrgicas, etc.), Final-
111.nt " a ocasional desvalorização da moeda brasileira em relação à libra inglesa, através
do aumento do preço dos bens importados, acelerou o desenvolvimento industrial. 11
Voltando à nossa apresentação quantitativa, é interessante observar o substancial
1I11J1)t:ntoda capacidade produtiva nos oito anos que precederam a Primeira Guerra
M undial. Vimos na Tabela 3.4 que todos os indicadores de formação de capital cresce-
rum mai . rapidamente naquele período do que em qualquer outro observado anterior-
111sntc. Esse grande impulso era devido, em parte, ao aumento da capacidade de im-
portuçâo daqueles anos e também à valorização da moeda em relação à libra esterlina
110p .ríodo de 1905-13, o que reduziu os preços dos bens importados e ocasionou gran-
d 'S aumentos na importação de maquinário. Devemos observar na Tabela 3.5 que as
riI'Ill1lSfundadas entre 1905-14 tinham um coeficiente de capital mais elevado (medido
, por .uvalos-vapor - HP - por trabalhador, excetuando-se as relativamente poucas em-
pr 'SlIScstabelecidas entre 1885-89) do que as fundadas antes desse período ou duran-
I ' a Primeira Guerra Mundial. Além disso, essas firmas originaram uma parcela maior
da prol! ução total em 1920 do que qualquer um dos estabelecimentos fundados no
li 'rfodo de 1885 a 1904 ou mais recentes."
Estabelecimentos
Número de VnIOl't!11
Da/a de operários por HP pI'o(iI,(,n"
fundação Número % estabelecimento por operário (%)
Até 1884 388 2,91 76 1,01 8,7
1885-89 248 1,86 98 1,48 8,3
1890-94 452 3,39 68 1,08 9,3
1895-99 472 3,54 29 1,05 4,7
1900-4 1.080 8,10 18 1,01 7,5
1905-9 1.358 10,18 25 1,17 12,3
1910-14 3.135 23,51 17 1,15 21,3
1915-19 5.936 44,51 11 1,02 26,3
Data desconhecida 267 2,00 16 1,77 1,6
Total
<,
13.336 100,0 20* 1,13* 100,0
• Médias ponderadas.
Fonte: Recenseamenio do Brasil, vaI. 5, IlIdlÍJtria, para 1919, p. 69.
Até recentemente, quase todos os estudiosos da economia brasileira alegavam que a
PI'ÍIlI .iru Guerra Mundial exerceu um pronunciado impacto na produção industrial e no
('I 'Nt'it1lt:nto de sua capacidade.P Um exame mais atento de todos os dados disponíveis,
'1111''llIlll'O, mostrará que a Primeira Guerra Mundial não foi um catalisador do desenvol-
vim ~IH() industrial, especialmente porque a interrupção da navegação dificultou a impor-
111\'1() dos bens de capital necessários ao aumento da capacidade produtiva e no Brasil,
uuqu 'lu época, não havia indústria que os produzisse. •
Os três indicadores de investimentos apresentados na Tabela 3.4 também dão provas'
d ' I'ort 's tendências de queda nos anos de guerra. O consumo aparentede cimento caiu
ti' Illais lc 465 mil toneladas em 1913 para somente 51.700 toneladas em 1918; o consu-
1110upurcntc ele aço caiu de 589 mil para 50 mil toneladas no mesmo período e o índice de
illlJ!OI'III\i'Ode bens de capital sofreu uma redução de 205,3 em 1912 para 32,0 em 1917.
l liuu nnrllisc .omparativa das mudanças ocorridas na quantidade de importaçõe em 1911-
I.~ , I()14-1H também revela uma queda muito maior na importação de bens ele capital do
1111de mrrros pro lutos.
Observando os dados existentes sobre produção, verificamos na Tabela 3.2 um au-
mento considerável na produção de têxteis, roupas e calçados. A produção de bebidas e
fumo sofreu pouca alteração, setores que foram responsáveis por cerca de 50% do valor
agregado em 1919. A indústria alimentícia que, depois da indústria têxtil, era o setor mais
importante da atividade industrial, não está incluída na tabela devido à falta de dados
anuais, e era responsável por 19% do valor agregado na indústria em 1907 e 20,5% em
1919. Essa indústria teve sua capacidade grandemente ampliada na metade da década
anterior à guerra - principalmente as refinarias de açúcar e frigoríficos. Estes últimos
foram estimulados pela quase duplicação da capacidade de geração de eletricidade du-
rante o período de 1910-14.
O efeito exercido pela Primeira Guerra Mundial não foi o de expandir e mudar a
capacidade produtiva do Brasil, mas sim de aumentar a utilização da capacidade de pro-
dução de artigos têxteis e alimentícios originada antes da guerra. O aumento da produção
serviu principalmente para suprir a economia doméstica carente de importações, mas
alguns produtos têxteis eram exportados para a Argentina e África do Sul, e vários países
latino-americanos receberam açúcar e carne congelada. A quantidade dessas exporta-
ções, entretanto, era muito pequena, principalmente se comparada com as realizadas
durante a Segunda Guerra Mundial.
j\ Primeira Guerra Mundial
A década de 1920
O dinamismo da economia brasileira na década de 1920 baseava-se em um s cor
cafeeiro em rápida expansão. A parti ipação do café nas exportações aumentou de %%
em 1919 para mais de 75% em 1924, No mesmo período, as cxportaçõ 'S, 'OIllO 11111I
o . I
PIII(' '11 do I'lIldlllo N I -inuul 111'1110(PNII) IUIll '111111'11111d ',,7% IlIlI I I••, ",I, ,ltllll\'1 o
I'IVOI' ,I do h ri IIlvO de pllgUIll 'lHOS do pu S 11II'llflC' LI ti iudn 11'011• '011.i 'o 1I1ll:!
li/' .lru vlllOl'izlIvl o du tu li ti, 't mhio que, .ornbinuda com o uum 'lHO dos pr 'VOS intcr-
nos, liminuiu qualquer proteção que 'IS indústrias dornésticas tinham '111relação à
concorr n 'ia estrangeira."
/\ década de 1920, em geral, constituiu um período de crescimento relativamente
p 'qu 'no no setor industrial. A taxa média de crescimento anual da produção indus-
triul .aiu de 4,6% no período de 1911-20 para 3% no período de 1920-29. Na Tabela
,L é c pecialmente digno de nota o crescimento extremamente lento da produção da
in Iústria têxtil. Visto que era o setor industrial mais importante na época, sua estag-
nação explica o fraco desempenho geral da indústria. Um exame mais rigoroso, porém,
indica um crescimento muito mais rápido de outros subsetores e uma notável tendên-
.ia em direção à diversificação industrial. Alguns setores tradicionais, como alimentos,
produção de chapéus e de calçados, vivenciaram quedas na produção entre 1924-25,
mas recuperaram-se depois de 1926. Setores mais recentes - química, metalurgia,
produtos de tabacaria - experimentaram um crescimento significativo. Entre 1925 e
1929, os fabricantes de artigos não-têxteis testemunharam taxas de crescimento supe-
riores à média da indústria. 1.1
/\ rápida expansão de artefatos de metal foi resultado do aparecimento de peque-
11IISnovas siderúrgicas e empresas de bens de capital. É claro que a pequena base na
<111111se iniciou o setor metalúrgico no início da década de 1920 também explica as
'I iva Ias taxas de crescimento observadas. A segunda metade da década marcou o
in .io da produção doméstica de cimento. Uma firma estabelecida em 1924 começou
u produzir dois anos depois e a produção aumentou de pouco mais de 30 mil toneladas
.m 1926 para cerca de 96 mil toneladas em 1929.16
/\ diversificação da indústria na década de 1920 tem sido atribuída a várias causas.
Em primeiro lugar, muitas oficinas de reparos que existiam antes da Primeira Guerra
Mun lial ampliaram suas atividades durante os anos da guerra, reinvestindo seus lu-
('ros após a guerra para aumentar sua capacidade de produção. Em segundo lugar, o
rupitul estrangeiro ingressou em setores como cimento, aço e vários bens de consumo
durável, em sua maioria operações de montagem. Em terceiro lugar, o governo con-
e xliu ajuda especial a empresas de novos setores, como isenção de impostos para
importação de equipamentos, empréstimos subsidiados, etc."
(~ interessante comparar o desenvolvimento da produção industrial apresentada na
Tabela 3.3 com os indicadores de formação de capital apresentados na Tabela 3.4.
Embora a produção tenha crescido em taxas relativamente pequenas, a importação de
h 'ns lc capital aumentou dramaticamente na década de 1920 em níveis anuais. médios
SII)1'riores aos apresentados nos anos que antecederam a Primeira Guerra Mundial.
Tumhém digna de nota é a expansão do consumo aparente de cimento e aço, que são
indicudnrcs relativamente confiáveis das atividades de investimento. Assim, temos uma
11'I'(11)t':I<.I"nas ativi lades de investimento juntamente com um crescimento apenas mo-
d 'SIO das taxas anuais de produção industrial. Isso fica especialmente claro ao cornpa-
I 11I11OS 11produção têxtil na década de 1920 com a importação de maquinário têxtil (ver
'I'uhclus ,.1 '3.711). Embora a produção tenha realmente caí 10 cm muitos ano no
PI'I odo ti ' 19 I· I, lIS im] Orc'IÇÕs lc maquinário têxtil aumentaram nos m 'smo:) ní-
vcis uprcscntudos nos anos anteriores à Primeira Guerra lundiul. A Tal> 'lu ';.71>, q\ll'
mostra a diferenciação cxi tente entre o valor do maquinário têxtil importado '01111'0
tipo de maquinário, indica que a importação deste último continuou acre cer durante
a maior parte da segunda metade da década de 1920, enquanto a importação do pri-
meiro diminuiu, o que reflete atividades de investimento em novos setores industriais.
O crescimento industrial, segundo Versiani, foi influenciado pela evolução cambial
e pelas políticas governamentais. Imediatamente após a Primeira Guerra Mundial, a
taxa de câmbio caiu bruscamente como resultado da queda dos preços mundiais do
café e da rápida expansão da oferta de moeda. Entre 1924-26 a taxa de câmbio aumen-
tou novamente, como resultado de políticas monetárias restritivas e, após 1926, caiu
mais uma vez, quando as políticas afrouxaram. Versiani é de opinião que:
"... o sucesso do plano de valorização do café, considerando-se o peso da receita das exportações
desse produto na renda agregada, deve ter exercido um efeiro positivo no nível geral de ativida-
de durante a década. Por outro lado, a política monetária era altamente restritiva nos períodos de
1924-26 e 1929-30. Quanto à taxa de câmbio, as grandes desvalorizações havidas no início da
década de 1920 e, outra vez, em 1926-29, devem ter aumentado a competitividade de produtores
locais; por outro lado, a valorização dos mil-réis em 1923-26 apresentou o resultado oposto. Final-
mente, a política tarifária era, em princípio, prejudicial à indústria local, permitindo uma deterio-
ração no nível relativo da tributação das importações" .18
Versiani também mostra que as movimentações da taxa de câmbio nem sempre tive-
ram o efeito esperado. Por exemplo:
"De 1910 a 1923, os preços em libra esterlina caíram e o mil-réis sofreu uma depreciação;
.esses movimentos contrários causaram amplas oscilações nos preços internos das importações.
Nos três anos seguintes, por outro lado, ambas as forças tenderam a puxar para baixo o preço
interno dasimportações, que foi reduzido à metade em termos reais de 1923 a 1926" .19
O lento crescimento da produção industrial deveu-se somente, em parte, ao influ-
xo de bens estrangeiros de melhor qualidade e preço. Um exame das mudanças na
estrutura das importações apresentada na Tabela 3.8 revela uma queda brusca nos
produtos alimentícios e bebidas durante os anos de guerra, fato que teve continuidade
ainda na década de 1920. Por outro lado, houve alguma recuperação proporcional na
indústria têxtil, que poderia refletir a concorrência da importação de artigos têxteis
com os produtos domésticos. O aumento que mais se destaca na fatia de importados
ocorreu com produtos associados à formação de capital.
O lento crescimento industrial também pode ser atribuído, principalmente no caso
dos artigos têxteis, à arrancada havida na produção durante os anos de guerra que, de
certa forma, previu o crescimento de um mercado para bens de produção doméstica.
Em outras palavras, o aumento do uso da capacidade de fornecer bens no tempo de
guerra poderia ter ocorrido durante um período mais longo caso a guerra não tivesse
existido. Assim, o crescimento pós-guerra foi mais lento, em parte, porque o aumento
"normal" da produção doméstica, que teria ocorrido caso a guerra não tivesse eclodido,
se limitou ao período de 1914-19.
O aumento substancial da capacidade produtiva durante a década de 1920 (til 11) III
pode ser atribuí 10 à Primeira Guerra Mundial. Prin .iro, porque a produçí () durunt 11
Tub 'Ia .7
Importação de rnaquinário, 1913-30
(a) importação de maquinário têxtil (toneladas métricas)
1913 13.345 1921 6.295 1928 6.244
1915 2.194 1922 6.635 1929 4.647
1916 2.450 1923 8.838 1930 1.986
1917 2.002 1924 10.192 1933 2.051
1918 2.932 1925 17.859 1934 4.112
1919 2.753 1926 10.430 1935 3.875
1920 4.262 1927 6.744
'1111) ·111 J.<>
ndi .. de mil íunçu» no volum ' d . in portuçc 'S hr Isil ·jms
""1'",10 11611.v tio CIII/.I·I/IIIII Malt1l"iIl.I·'JlI'IIIIII.I" IJOII.I' tio ('(Iflllal 'Iilll/I
22,2
100,0
44,645,1
100,0
47,8
100,0
65,0
100.011)11 U
11)111 I H
100.0
011\,,' Vnlol"s dos índices baseados na média de importações anuais,
1"0/111',' VII ,I ,EI ,/\ rr nti}. "Aspectos ... ", vol. I, p. 174.
1 'l11pO de guerra crescia devido ao uso gradativamente mais intenso da capacidade, sem
inv 'stimentos para reposição, alguns dos investimentos da década de 1920 podem ser
l'ollsi lcrados simplesmente como reposição e reparo do equipamento existente. Segun-
do, os dados indicam uma relação aceleradora com uma defasagem. O crescimento da
produção, principalmente de artigos têxteis, criou entre os produtores uma previsão do
'1' 'S .in cnto futuro do mercado de produtos domésticos; dessa forma, eles pediram equi-
pumcntos que foram entregues apenas durante a década de 1920,20
Fonte: STEIN, Stanley. The Bmzi/ioll couon manufaaure. Cambridge, Mass . Harvard
University Press, 1957, p. 124.
(b) importações de maquinârio industrial (1.000 libras)
!\ Grande Depressão
Maquinário têxtil Outros
1918 314 760
1919 416 1.189
1920 752 3.587
1921 954 3.137
1922 839 1.443
1923 934 1.537
1924 1.128 2.744
1925 1.778 3.433
1926 1.050 3.306
1927 740 2.985
1928 755 3.415
1929 562 4.095
1930 283 2.220
1\ Depressão da década de 1930 causou um impacto fortemente negativo sobre as
.xportações brasileiras, cujo valor sofreu uma queda de US$ 445,9 milhões em 1929
pura US$ 180,6 milhões em 1932.
Em 1931, o preço do café atingiu um terço do preço médio que alcançara entre 1925
. 1929, e as relações de troca do país haviam caído em 50%. Além da redução das receitas
ti ' exportação, a entrada do capital estrangeiro cessou quase que por completo em 1932.
1\ queda nas exportações e a grande quantidade de divisas necessárias ao financiamento
dll dívida externa do país (que totalizava mais de US$ 1,3 bilhão em 1931), sem contar as
I '111 .ssas dos lucros de entidades privadas, obrigaram o governo a tomar algumas medi- ,
d:ls lrásticas. Em agosto de 1931, ele suspendeu parte dos pagamentos da dívida externa
, ini .iou negociações para chegar a um acordo sobre sua consolidação. O Brasil também
roi () primeiro país da América Latina a introduzir o controle de câmbio e outros controles
dir 'tos [ue, combinados com a desvalorização da moeda, que aumentava o preço das
importações, geraram uma queda no valor das importações de US$ 416,6 milhões em
1 <)2<),para US$ 108,1 milhões em 1932.21
(:omo r o início da Depressão, o café era responsável por 71% do total das expor-
111(,.:<"\ 'I> I.: estas, por sua vez, representavam cerca de 10% do PNB, a principal preocu-
pU\'[ o do govl.:rno residia em apoiar o setor cafeeiro. A forte queda da demanda mundial
pm 'li r', '~Ilrsa Ia pela Depressão também coincidiu com uma grande produção desse
prodlllo, r .sultado do plantio realizado na década de 1920.22 Para proteger o setor e,
li ',,11 111«11 'ira, a e .onornia, do impacto total da queda dos mercados e preços mun-
dllllMdo ('111" , o progrcllWl lc apoio à atividade foi transferido dos estados (principal-
IIH'1I1' 11 ' SlO Puuln) pura () gov'rno fcd .rul. ot sclho Na .ional 10 ."I.~'foi fun-
Fonte: VERSIANI, Flavio R. "Before the depression ...", trabalho para o workshop
sobre os efeitos causados pela Depressão de 1929 na América Latina, St.
Anthony's Collegc, Oxford, 21-23 set./1981, p. 169; obtido por Versiani em
vários exemplares do Comércio Exterior do Brasil.
dado em maio de 1931 e comprou todo o café, destruindo grandes quantidades que
não podiam ser vendidas ou armazenadas. A proteção do governo ao setor cafeeiro
também incluiu medidas para ajudar os endividados produtores rurais, especialmente
no estado de São Paulo, através de seu pagamento criando, assim, moeda nova '
permitindo ao devedor postergar seus pagamentos. Esse programa, conheci 10 'orno
"reajustamento econômico", reduziu as dívidas dos fazendeiros em 50%,l,1
" ihclu J,H
Mudunçus IlII 'SII'UIII I de in p()rru~( 'S 10Hrusil, 1()(l1 ()
(p 'r' 'IHug 'ns unuuis rn xlias)
('111/1/11/111/ t1I,ltIIllIlI'(II('n" /9111·/11 /9//·2IJ /n/·29
M IIl'l'II, o 6.2 8,8 5,5
MIIIIIII'IIIIII'US 83,6 78,7 80,8
Produtos 111'1IIIúrgic s 12,3 13,0 13,8
Mnquinririo 4,8 4,7 7,4
Ilqllipamcnto elétrico l,O 1,8 3,0
I2quipumcnto de transportes 2,6 4,0 8,0
Qufrnicos 5,6 9,0 1l,9
Produtos têxteis 15,1 10,9 12,/
Produtos alimentícios 19,4 12,8 8,9
Bebidas 6,0 4,1 2,1
Jlrodulos não-industrializados 10,2 12,5 13,7
(principalmente trigo)
,1\11111 100,0 100,0 100,0
/<'/11/1/': VI LlJELA tI ai. "Aspectos ... ", vol. 1. p.115.
muis do que dobrou Il()~ oito unos S 'guine 's, I~m I<J.W,6 c 'P~ .ialrncntc digno lc 110[[t
o rápido crescimento da produçí o de setores como o de artigos têxteis (147% maior
que em 1929); produtos de metal (quase três vezes maior que a produção em 1929)
e artigos de papel (quase sete vezes maior que em 1929).
Observando os indicadores de formação de capital (Tabela 3.4), notaremos que os
investimentos se equipararam ou ultrapassaram o nível atingido na década de 1920
somente na última metade da década de 1930. Em 1932, as importações de bens de
capital haviam caído quase que ao nível mais baixo atingido durante a Primeira Guer-
ra Mundial e, depois disso, elevaram-se apenas lentamente, nunca atingindo total-
mente os picos alcançados na década de 1920. O consumo de cimento e aço atingiu
o seu ponto mais baixo em 1931 (o consumo de cimento caiu a menos de 50% do
nível atingido em 1929), mas ambos recuperaram o apogeu anterior em 1937.
Pode-se concluir que, como ocorreu na Primeira Guerra Mundial, o crescimento da
produção industrial na primeira metade da década de 1930 se baseou na utilização
mais completa da capacidade existente, grande parte da qual havia sido subutilizada
e formada na década anterior. Na segunda metade da década de 1930, o crescimento
daprodução industrial foi acompanhado pela expansão da capacidade. A capacidade
do aço cresceu com o surgimento de novas e pequenas firmas e, principalmente, com
a abertura da nova fábrica da Belgo-Mineira em Monlevade." De modo semelhante,
surgiram novas firmas de cimento, e a capacidade de produção de papel cresceu a uma
taxa muito rápida.
Celso Furtado foi o primeiro economista a encarar a política de proteção ao café
como um tipo de programa anticíclico keynesiano; ele declara que esse programa foi
financiado pela expansão de crédito." A garantia de preços mínimos possibilitou man-
ter o nível de emprego do setor cafeeiro e, indiretamente, de setores internos relacio-
nados, Como a produção de café continuava a crescer, foi possível fazer com que a
renda do setor caísse menos que seus preços." Dessa maneira, segundo as palavras de
Furtado: "É importante observar que o valor do produto que foi destruído era muito
menor do que a receita que foi criada, Estávamos, de fato, construindo as famosas
pirâmides que muito depois seriam mencionadas por Keynes. Desse modo, a política
de apoio ao café nos anos da Grande Depressão tornou-se o maior estimulador do
crescimento da renda nacional. Inconscientemente, o Brasil assumiu uma política
anticíclica de proporções relativas mais amplas do que havia sido praticada em países
industrializados até aquela época"."
O dinheiro injetado na economia a fim de adquirir e, parcialmente, destruir o café
d de i . 29excedente e a resultante criação de renda contrabalançaram a que a e mvesnrnentos.
Furtado argumenta que a manutenção da renda interna e do poder aquisitivo, a
queda das importações e o conseqüente aumento relativo dos preços industriais fize-
ram com que o mercado interno se transformasse em um setor dinâmico da economia,
Com um excesso de capacidade no setor industrial e uma pequena indústria de bens
de ~apital, a crescente demand~ interna, es~imulou .u~a .produção indl!.~R':J.aldoméstica
maior que, por sua vez, também contribuiu, a pnncipro, para manter e, depois, au-
mentar a renda interna. . .
O mais severo crítico de Furtado, Carlos M. Peláez, tentou derrubar esses argu-
mentos de várias maneiras.'? Ele sustenta que a maioria dos recursos para a .ornpra dos
Outro fator que agiu como um amortecedor parcial de choques da Depressão diante
da agricultura brasileira foi o rápido crescimento da produção de algodão, principalmen-
rc no estado de São Paulo. Na década de 1920, o governo de São Paulo promoveu pes-
quisas sobre o cultivo dessa planta, gerando melhorias na qualidade das fibras produzi-
das e, em 1930, o Estado distribuiu grandes quantidades de sementes. Com melhorias
patrocinadas pelo governo no marketing doméstico e internacional e com preços relati-
vos na década de 1930 favorecendo o algodão, a produção aumentou substancialmente,
Antes de 1933, o Brasil produzia menos de 10 mil toneladas por ano; em 1934, São Paulo
rol hcu 90 mil toneladas. Entre 1929 e 1940, a participação do país nas áreas mundiais
d xlicadas ao plantio do algodão aumentou de 2% para 8,7% e a participação do algodão
nas suas exportações cresceu de uma média anual de 2,1% no final da década de 1920
pura 18,6% durante o período de 1935 a 1939.24
Crescimento industrial durante a Depressão
t\ restrição das importações e a contínua demanda interna que resultou da receita
li 'i'llda pelo programa de apoio ao café causou escassez de bens manufaturados e um
'OIlN 'qU .ntc aumento em seus preços relativos, o que agiu como catalisador para uma
[111'1111'1\<111 na produção industrial.
E uminundo mais urna vez a Tabela 3,3, observamos que, em 1931, a produção
IIdll rriul S' huviu r' .up .ra 10 totalmente de uma queda que teve in! .io em 1928 '
,7
1111/11'11· I' d' , 01'1·il\oll do, ill'llll, 111,d . pOI'lll~lll I", • I'lodlllO, ti' Illndo qu '
n pltlp,llllIllI de IIwiOlllO pod "rill M 'I' '011,id I'IIdoUIII 111 't'lIlliSIllOIlIIlil' ,I '() I 'YIl'sillllO.
AI '111disso, visco 11" ' o gov '1'1)0 udoruvu poll i 'as 1'11011'I'll'illll OI'IO{ioXllS,\os 'r ,-
dito. 1'01'11'('idos pelo Ban .o '10 Brasil para o apoio ao programa I' '1'1'('ium, ncccssa-
I 11111'111" umu queda nos créditos a outros setores; portanto, houve pouca criação de
l'I~'dilO I quido, Finalmente, Pcláez afirma que o programa de apoio ao café foi
]lI' 'jlldi .iul li industrialização do país por ter distorcido artificialmente a lucratividadc
I -lutivu."
11m estudo empírico realizado por Simão Silber em relação a esse debate esclare-
I' 'li muitas dessas questões e mostrou que a análise de Furtado estava basicamente
corr 'ta, embora mostre que a apresentação dele estava longe de ser completa." Silber
IIIII\;Udúvidas consideráveis sobre muitas das afirmações de Peláez, No período de
11111111de 1931 a fevereiro de 1933, por exemplo, ele constatou que 65% das compras
ti ' cufé foram financiadas por impostos de exportação. Entretanto, ao acrescentar o
p 'I' odo de 1933-34, Silber apurou que somente 48% das compras foram financiadas
d 'ssn forma." Além disso, uma vez que os impostos de exportação não eram total-
111'Ill ' sustentados pelo setor cafeeiro, mas eram partilhados pelos consumidores de
('111"(devi 10 à baixa elasticidade de demanda pelo produto), o efeito final dos impos-
10,~sobre o setor cafeeiro era menor do que o alegado por Pelãez.ê"
]I 'I~ez também desconsiderou a importância que teve a desvalorização do câmbio
II11munutcnção da renda dos exportadores e o fato de que a existência de um progra-
111I li ' defesa ao café evitou que as condições de comércio tivessem caído ainda mais
do que teriam caído sem o programa. Além disso, Silber mostra que a política mone-
I ria na década de 1930 era tudo menos ortodoxa, visto que a expansão monetária na
d'. 'a h era superior a 100%, enquanto o orçamento do governo era freqüenternenre
11,fi .icário." Finalmente, é difícil ver de que modo a defesa do setor cafeeiro preju-
di('oll a indústria na década de 1930. É provável que a maior demanda agregada
I 'slIltante dessa defesa tenha atraído mais investimentos ao setor industrial do que
puru o próprio setor cafeeiro.
I';x "10 quanto Is illdt'ISll'ills sid 'I'I'II~il'lI ' de -im 'lHO, houve pOli 'I 1'0111111' fi di
capital durante a g rcrru ' 'OIlS'guiu-s' 11111llUI11 '11('0 na produção SOl\1'111' 1"1 1111111
utilização mai intensa do equipamento existente. Dessa I arteira, no finul d \ 1'111111,
uma grande parte da capacidade industrial do país se encontrava em um '1IIdo 11
deterioração e obsolescência."
Durante a guerra, as exportações de produtos manufaturados brasileiros '''', (' '1'11111
rapidamente; em um determinado momento, os artigos têxteis contribuíram '111 0%
do total da receita de exportações. Devido ao reaparecimento de tradicionais f'olll "
de abastecimento após a guerra, entretanto, e em parte devido ao péssimo descrnp -
nho das exportações brasileiras (freqüentes atrasos de entrega e controle de qual ida I •
inadequado), os produtos industrializados praticamente desapareceram da lista de
exportações.
Avaliação do início do crescimento industrial brasileiro
1\ Segunda Guerra Mundial
Vimos que ocorreu um crescimento industrial 'significativo nas três décadas que
antecederam a Primeira Guerra Mundial; que a guerra agiu somente como um estí-
mulo à produção, visto que não se podiam realizar investimentos; que a década de
1920 foi um período ele crescimento relativamente lento, mas de elevados investi-
mentos devido aos efeitos exercidos pela Primeira Guerra Mundial nas expectativas
dos produtores e que a grande arrancada na produção industrial na década de 1930,
provocada por uma drástica queda na capacidade de importação, foi, primeiramente,
baseada principalmente na maior utilização da capacidade existente e, a seguir, na
adição de nova capacidade.
Não seria correto, porém, falar sobre um processo contínuo de industrialização
iniciado em 1890. É necessário estabelecer diferençasentre uma era de crescimento
industrial e um período de industrialização. A primeira define acontecimentos ocor-
ridos até o final da década de 1920, durante a qual o crescimento da indústria depen-
dia principalmente das exportações agrícolas, o setor líder. Além disso, apesar do
rápido crescimento de algumas indústrias, esse período não foi acompanhado por
mudanças estruturais drásticas na economia. A industrialização, por outro lado, está
presente quando a indústria se torna o principal setor de crescimento da economia e
gera mudanças estruturais pronunciadas.
Os seguintes dados sobre a distribuição dos produtos físicos brasileiros apóiam, em
certa extensão, essa classificação. Apesar dos acontecimentos que conduziram ao cres-
cimento industrial até e durante a Primeira Guerra Mundial, a indústria, .ribuiu
somente com 21% do total dos produtos físicos em 1907 e 1919, comparados aos 79%
apresentados pela agricultura. Em 1939, entretanto, a cota da indústria havia aumen-
tado para 43%.38 Embora não tivesse sido realizado um censo para medir a participa-
ção da indústria em 1930, seu crescimento mais lento na década de 1920 nos leva a
concluir que essa atuação aumentou na década de 1930. Essa participação surpreen-
dentemente elevada deveu-se, em parte, aos preços mais baixos dos produtos agríco-
las, principalmente do café, que não se havia recuperado totalmente dos reduzidos
pontos atingidos durante a D epr ssão, estando 29% abaixo do elevado nível alcançado
l)a mesma forma que ocorreu na Primeira Guerra Mundial e na primeira metade
dll d 'cada da Depressão, a Segunda Guerra Mundial representou para o Brasil um
p ·rfodo de aumento na produção, mas de pouca expansão da capacidade produtiva.
A produção industrial cresceu a uma taxa de 5,4% no período de 1939-45. Especial-
111'11l ' dignas de nota são as taxas médias de crescimento anual de produtos de metal
(),I %), rôxrcis (6,2%), calçados (7,8%), bebidas e fumo (7,6%), todas essas indústrias
I'II;IIS imporraçõcs foram drasticamente restringidas. O enfraquecimento do setor de
('(pIÍPill)) 'lHos de transporte (-11%) deveu-se ao fato de que, sem importações, a
1'lIplI'idlld' dom 'sti '<\ não poderia operar totalmente. As atividades de investimento
1'00(IIIlIINprimciru» a sofrer uma queda, mas voltaram a subir em 1945 (ver Tabela 3.4),
]ltillt'll'II1111'111' gruçus aos h 'ns de .apitul que o Brasil 1 ôdc importar durante 'I gUCIT'1
]1111111'011truir SIHIprim 'iril grund ' sid 'd'l'gi 'a integrada em Volta Redonda."
1919 193')
Min 'ruis nrío-m 'I licos 5,7 5.2
Produtos de IIlCIaI 4.4 7,6
Maquinário 0,1 3,8
Equipamento elétrico l,2
Equipamento de transportes 2,1 0,6
Produtos de madeira 4,8 3,2
Móveis 2.1 2,1
Produtos de papel 1.3 1,5
Produtos de borracha 0,1 0,7
Produtos de couro l.9 1,7
Químicos 1,7* *
Farmacêuticos 1,2* :::
Perfumes, sabonetes e velas 0.7* *
Têxteis 29,6 22,2
Roupas e calçados 8,7 4,9
Produtos alimentícios 20.6 24.2
Bebidas 5,6 4,4
Fumo 5,5 2.3
Editoras e material gráfico 0,4 3,6
Diversos 3,5 1,0
Total 100,0 100,0
1i ,\0:" l'urcc que unt 'S I'ss' P 'I' odo O ti 'S snvolvim 'I\tO industriul tiuhu uiuu 1111111
reza somente ligciran ente .ubsritutiva no que S<.: refere à irnportuçí o, A prod\l~' íI
industrial cresceu para satisfazer novas necessidades (dos irn igrantes e ela nova in 1'1'11-
estrutura) em vez de crescer para substituir suprimentos anteriormente importado',
situação que mudou antes e especialmente durante a Primeira Guerra Mundial. Es a
substituição à importação inicial, entretanto, não conduziu à industrialização, como já
definido, e se transformou num processo de industrialização somente na década de
1930.
A comparação realizada entre as estruturas industriais de 1919 e 1939 (Tabela 3.9)
deve ajudar a esclarecer a diferença que há entre desenvolvimento industrial e indus-
trialização. A estrutura existente em 1919 era dominada por indústrias leves. Têxteis.
roupas, produtos alimentícios, bebidas e fumo somavam 70% da produção industrial.
Até 1939, os resultados desse grupo reduziram-se a 58%, com notável crescimento
de produtos metalúrgicos, maquinário e produtos elétricos. O avanço em direção a
um equilíbrio maior no setor industrial contribuiu para que a indústria se tornasse
a força propulsora da economia, que é outra maneira de caracterizar o processo de
ind ustrialização.
Medições realizadas por Huddle mostram o grau que a industrialização intensiva
já alcançara no final da década de 1930. Comparando-se os indicadores de su primen-
tos internos com os suprimentos totais, o Brasil se encontrava próximo da auto-sufi-
ciência no que se referia a bens de consumo e fornecia mais de 80% de seus próprios
bens intermediários e mais de 50% de seus bens de capital."
Uma característica notável do setor industrial brasileiro é a pequena quantidade de
mão-de-obra que ele absorveu desde o início do século. A distribuição da população
economicamente ativa, por exemplo, mudou da seguinte forma entre 1920 e 1940:43
,lhl: .lu J,I)
A »nruturu in Illsldlll hrusilciru '1)1 11)11 '11),il)
( listril>lli'l O p 'r' mruul 10 valor agr 'gado rotul)
• A percentagem total de 1919 para essas três categorias foi de 3,6; em 1939, foi de 9,8.
FO/l/C: Censos de 1920 e 1940. 1920 1940
Setor primário 70% 67%
Setor secundário 14 10
Setor terciário 16 23
Total 100 100
'!lI 1930. Além disso, os preços relativos de produtos manufaturados, provavelmente,
'li xmtravam-se mais altos do que no início da década de 1920. Mesmo que todas as
iuformações sobre mudanças de preços estivessem disponíveis, os ajustes não dimi-
uniriam a participação dos manufaturados em 1939 a ponto de anular a impressão de
IIIHa mudança estrutural importante.
As taxas de crescimento estimadas da agricultura e da indústria desde 1920 indi-
cam q uc somente na década de 1930 a indústria se tornou o setor líder, influenciando
~ .nsivclmente o crescimento econômico em geral. As taxas anuais médias de cresci-
111'11(0 de 1920-29, 1933-39 e 1939-45, respectivamente, foram: agricultura ~ 4,1%,
1,7% c 1,7%; indústria - 2,8%, 11,3% e 5,4%; total - 3,9%,4,9% e 3,2%.39
() .ocficicnte de importações de bens industriais (44,6%) de 1907 indica uma
-I .vudu dependência das importações. Essa percentagem, provavelmente, é elevada
d 'muis para ser comparada com os coeficientes de 1919 (28,0%) e 1939 (20,0%), visto
uu - () c inso de 1907 abrangeu somente a produção de empresas de maior expressão."
qu 'da o .orrida de 1907 a 1919 e de 1919 a 1939 reflete a ubstituição [uc houve
1111 i11Iportaç( 'S, .spc .ialm .nt - durante a Primeira Guerra Mun lial c a dé .ada de
A proporção da população economicamente ativa empregada pela indústria real-
mente caiu. Entretanto, devido a diferentes tipos de classificação usados no censo de
1920, as comparações realizadas entre este e censos posteriores são enganosas. O
censo de 1920, por exemplo, incluiu alfaiates e costureiras no setor secundário, en-
quanto censos subseqüentes os inseriram no terciário. Dessa forma, a proporção de
empregos em 1920 na indústria seria muito menor caso tivessem sido aplicados os
critérios de classificação de 1940. Não há informações disponíveis em número sufi-
ciente para fazer os ajustes" e, mesmo que houvesse, e a proporção de emprego na
indústria em 1920 fosse ajustada para uma posição inferior, parece bastante provável
que o crescimento da mão-de-obra no setor industrial no período de 1920-40 teria sido
pequeno.
(11
l'rim il L I 11IulÍ as d ' plun jun: '1110 no Bl'lIsil () uuhulho da Missl () (:ook ' I'.prcscntou o primeiro trabalho de pesquisa anullri 'u
e sistemática jamais realizado em relação à economia brasileira visando à formulação
de um programa de ação. Pela primeira vez, a economia era analisada sob um ponto
de vista regional, dividindo o país em três regiões distintas (Nordeste/Leste, Norte/
Centro e Sul) cujas características econômicas eram diferentes obastante para justi-
ficar programas de desenvolvimento significativamente diversos." Uma das conclu-
sões importantes a que a missão chegou foi a de que deveria ser realizado um esforço
para desenvolver o Sul do país, visto que essa região tinha as melhores condições para
um rápido crescimento econômico. Supunha-se que, a partir de um núcleo de desen-
volvimento nessa área, este se espalharia, inevitavelmente, a outras regiões.
A missão indicou uma série de 'fatores (hoje tão familiares a economistas
desenvolvimentistas) que constituíam obstáculos ao crescimento industrial: um siste-
ma de transportes inadequado, um sistema de distribuição de combustível retrógrado,
falta de recursos para investimentos industriais, restrições ao capital estrangeiro, restri-
ções à imigração, instalações inadequadas para treinamento técnico e uma capacidade
subdesenvolvida para a geração de energia, e assim por diante,
A Missão Cooke recomendou a expansão da indústria siderúrgica, que proporcio-
naria a base para o desenvolvimento de uma indústria de bens de capital, o desenvol-
vimento de indústrias de papel e madeira e a futura expansão de instalações para
produção têxtil, tanto para o consumo interno quanto para o mercado de exportação,
A tarefa de industrialização, de acordo com o relatório da missão, deveria ser deixa-
da a cargo do setor privado, ao mesmo tempo em que o governo deveria concentrar-se
no planejamento industrial em geral, desenvolvendo recursos de crédito industrial e
proporcionando instrução técnica.
O efeito conclusivo da Missão Cooke foi o de esclarecer alguns dos problemas de
desenvolvimento enfrentado' pelo país na época, tendo exercido pouca influência direta
sobre políticas imediatas.
1\( I ti· 'udu de I<'UO, houve PI)lll' 1M rcntutivus por pune los lI) '''\lOS hrusilclros
plll' I pl 111 'jul' () ti 'S envolvim '11 o .con mi 'O 10 pals, prin .ipulm '1)( , no qu ' S' r ,(' 'ria
110d 'S mvolvim .nto industrial, o que nuo signifi 'a que o governo nun 'a tivesse alo-
tudo lima política xmscicntc [uc apoiasse setores cspccífi .os da cconon ia. Vimos '111
S '\'1 'S antcri rcs de .tc capítulo que foi empregado algum "planejamento" na formu-
1i1,'IOdas políticas de defesa do café, Além disso, a política de livre-comércio do século
I representou um programa consciente para manter a estrutura econômica predo-
mil ante na época.
I louve ocasiões, no final do século XIX e no século XX, em que indivíduos perten-
, 'lU 'S ou não ao governo tentaram realizar avaliações sistemáticas da economia bra i-
I 'ira visando à recomendação de políticas que lidassem com o balanço de pagamentos
, outros problemas. Um exemplo desse fato é o programa de estabilização de Joaquim
Murtinho, ministro da Fazenda entre 1888-1902.45
Nas décadas de 1930 e 1940, a realização de análises sistemáticas e avaliações da
'stl'lll'UI"a econômica brasileira visando influenciar o rumo do desenvolvimento do
jlll S, .onduzidas por estrangeiros e brasileiros, tornou-se mais freqüente, O primeiro
I' lueõrio a surgir na década de 1930 foi o Niemeyer Report, publicado em 1931. O relatório
I' : .hcu o nome de Sir Otto Niemeyer, que havia sido convidado pelo governo bra-
iI 'iro para estudar formas pelas quais o país pudesse superar a crise econômica criada
p ,111Depressão, Nierneyer foi o primeiro a declarar publicamente o que muitos bra-
il 'iros já sabiam: que a principal fraqueza da economia residia em sua dependência
du .xportação de uma ou duas lavouras, o que explicava por que a crise mundial
ini .ialmente atingiu a economia brasileira com mais violência do que as nações indus-
rriulizadas. Porém, 'criticar a confiança exagerada que o país depositava no café, na
'))()C'I, era considerado quase um sacrilégio. O relatório foi, portanto, recebido sem
muito entusiasmo.
N icmeyer defendeu a diversificação da estrutura econômica brasileira. Com isso
-I ' se referia à diversificação agrícola, e não a um programa de industrialização. Acre-
dituvu [ue a diversificação na agricultura elevaria a renda do setor que, combinada
\'0111as reservas cambiais, acabaria por gerar os recursos necessários para investir em
1I0VIISind ústrias. 46
Crande parte do restante do Niemeyer Report era dedicado à crítica das finanças
púhli 'as do Brasil e aos métodos utilizados para reestruturá-las. Embora o relatório
I 'lIhll exercido pouca influência e não tenha conduzido a nenhum esforço para influ-
'1Ieiar conscientemente o desenvolvimento econômico brasileiro, ele representou o
prim 'iro empenho por parte das autoridades do país em ter a economia examinada
COIlIOum todo, com a possibilidade de afetar o rumo de seu desenvolvimento.
1\ I' .nrativa seguinte de avaliar a economia do Brasil, com a recomendação de mudan-
\'11, '111sua .strutura c meios de atingi-Ias, foi realizada pela Missão Cooke, que consistia
crn 11111grupo de técnicos americanos patrocinados pelos governos brasileiro e ameri-
I' 1110,1\ 11Iissl o vis ito li o país em 1942 e 1943 c foi concebida dei ois que os dois países
'II( rurum "li gu '1'1'11,'(1111o propósito de determinar de que maneira o Brasil po leria cola-
11111111'(\111os 's"()r~os du lutu armada.
Notas
1. GLADE, William P. Thc Lari» America» economies. Nova York, Ameriean Book-Van Iostrand, 1969,
p. 300; LUZ, Nieia Vilela. A hua pela iudustria/izaVlo do Brasil, 1808 a 1930. São Paulo, Difusão Européia do
Livro, 1961, p. 18.
2. GLADE, op. cit., p. 301; LUZ, op, cit., 19-29; VERSIANI, Flavio Rabelo &VERSIA I, Maria Teresa
R. O. "A industrialização brasileira antes de 1930: Uma contribuição". lu: Formação econômica do Brasil. A
experiência da iudustrializarão; VERSIANI, Flavio R. & BARROS, José Roberto Mendonça de (orgs.), série
ANPEC, Leituras de Economia. São Paulo: Saraiva, 1977, p. 133.
3. STEIN, Stanley. The Brasiãan cotton manufaaure: textile euterprise iu an ltllderdeveloped area, 1850-
1950. Cambridge, Mass., Harvard University Press, 1957, p. 61.
4. Idem, ibid., p. 127
5. Um estudo recente mostra que os plantadores e o capital estrangeiros não foram os únicos a finan-
ciar o desenvolvimento de infra-estrutura; o capital mercantil nativo também estava presente (principal-
mente no Rio de Janeiro). Veja [oseph Sweigert, "The middlemen in Rio: A collcccivc analysis of crcdit
and investment in the Brazrlian coffee cconorny, 1840-1910", tese de doutorado, Universi lndc d(l'I:'XII,~,
em Austin, 1979.
ti . (1\
li I )I'. N, WIIIIIII. '/'!Ir 1/1111/1/11111 111/'1/1 111.\"'/1 /',11I111. /8811/1//. IINI11. 1111\II~ IV 111''I"~IIN I'II'~N,
1'11I'1, p. I' 10.
7. I':HSIANI ~ VI·:I<SIANI,IIIJ.lil" p, I.!II. ,
H. I·'ISIII.()W, AlI! .n. "Ori/.( 'I1S '\:llIlS 'qll l1l'ills du slIllslillliçlll li' iI11p(lftll", CN 11011!'IISil"./II: Vcrsinn]
I' M 'l1doll"'1I ti ' IInl'l'Os, 11/1. rl). p, IS.
9. VlmSIANI & VI':HSIANI, II/J. cir., I. 1~()-7. Outru boa análise; das várias influ 1'1·ills li 11" 'xpli ',"11o
1',~llIh.lccim 'lHO de empreendimentos industriais no período pode ser encontrada em SUZI(;AN, Wilson.
/IIfIII,1'lrill bmsil/'im: OI~l{fIIl e deseuoo/oimento. São Paulo, Brasiliense, 1986, p. 78-84; veja também DEAN,
Wllrr m. "Thc Brazilian cconorny, 1870-1930". /11: The CflIllblirlge History o! Lati» AU/CJim. vol. 5, Leslie Bcthcll,
(:lIl11hriu/.(e;:Carnbridgc University Press, 1986, p. 685-724.
10. STEIN, op. cit., p. 15. Em um trabalho mais recente, Flavio Versiani constatou que a tarifa produziu
11111impacto um tanto protecionista sobre a indústria brasileira antes de 1914, embora ela não devesse ser um
insrnu cnto intencional de política de desenvolvimento, mas fosse grandemente o resultado das ncccssidu-
ti 'S d ' receita pública. Veja VERSIANI, Flavio Rabelo, "Industrial invcstrncnt in an 'expore' cconorny: Thc
Ilm v.itiun cxpcrience before 1914". 111: Journal o! deoelopmetu economtcs 7, 1980, p. 307-29; veja também
SIIZIGAN, op. cit., p. 81.
11. VI LLELA, Annibal v., SILVA, Sérgio Ramos da,SUZIGAN et al. "Aspectos do crescimento da eco-
nnmiu hrusilcira, 1889-1969". Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 1971, vol. 1, p. 287-9. Embora"
IlIlIi"ri:l de minhas referências relacione-se a essa primeira versão mimeografada da pesquisa de Villela, quase
lodllll material pode ser encontrado na versão publicada: VILLELA, Annibal V. & SUZIGAN, Wilson, Pol!-
111'1Ido KIIVfl'/JO e crescimento da economia brasileira, 1889-1945, Série Monográfica nO10, 2' ed., Rio de Janeiro,
lI'I':A,19'i:>.
I . i\ influência exercida pela valorização cambial sobre o investimento também é apoiada pelas desco-
11 'IIIIS de; Versiani & Versiani, op. eu. p. 132. Embora a valorização cambial tenha barateado o maquinário
1llljlortado, ela também reduziu o protecionismo do mercado. Por outro lado, uma desvalorização causou o
111(11' .ionisrno interno ao mesmo tempo em que aumentava os preços dos bens de produção importados.
1'111".c, considerando-se nosso conhecimento atual, que, no caso deste último, O mercado interno em cresci-
111'1110"ta uma força maior do que os custos mais elevados do maquinário importado em tempos de desvalo-
l'i1.UlinO.
13. Veja, por exemplo, SIMONSEN, Roberto. A eoolução industrial rio Brasil. São Paulo, Empresa Gráfi-
cn da Revista dos Tribunais, 1939; PRADO Jr., Caio. Histâria econômica do Brasil, 12" ed., São Paulo, Brasilien-
S', 1970, capo 24; LUZ, op. cit., p. 45; BAER, Werner. lndustriaiization and economia aeoelopmen: i12 Brasil.
l lumcwood, T11.: Richard D. Irwin, 1965, p. 16.
14. SI LB ER, Simão. "Análise da política econômica e do comportamento da economia brasileira duran-
I~' li pcrtodo 1929/1939".111: VERSIANI & BARROS, Mendonça de, op. cit., p. 187.
1.1. VE RSIANI, Flavio Rabelo. "Before the depression: Brazilian industry in the 1920s" .111:Latin Amerit'fl
in fh,' /9.1Os: Thc role of the jJerijJhery ;'1 world crisis. Rosemary Thorp, ed. Oxford: Macmillan, 1984, p. 166-8.
1(,. VI LLELA et al., "Aspectos ... ", vol. 1, p. 243-6. Veja também SUZIGAN, op. cit., p. 87, 249-56.
17. VERSIANT, F. R. "Before the depression ... ", op. at., p. 177-9.
IH. IdnIJ, ibid., p. 171. Veja também FRITSCH, Winston. "Macroeconomie policy in an export econorny:
1I1I1/.il1889-1930". Rio de Janeiro: 1986, capo 6 (manuscrito mimeografado) e "Sobre as interpretações tradi-
riunuis de lógica da política econômica na primeira república". Estudos Econômicos 15, n" 2, 1985, p. 339-46.
lI). VERSIANI. "Before the depression ... ", p. 171-2.
,20. S'I'EIN, oj}. ÚI., p. 108-13.
1. IIAER, aj). rir., p. 20-2; VILLELA & SUZIGAN, op. cir., capo 6; SILBER, op. cir., p. 199-201;
( :AI{I ,SON, Rcynold E. "Brazil's role in international trade". 111: Brasil: Porirai: ~f hrtlf a conrlnenr, T Lynn
SllIilll '1\ I .xundcr Murchunt, Nova York, Thc Dryden Prcss, 1951, p. 274-81. O preço do café caiu de LJS$ 1.1,7.1
11lihru '1\1 1929, puru IIS$ 8,06 em '1932 c US$ 5,25 em 1938, enquanto a quantidade de café exportado sofreu
1111111'1" .du d ' H.1\Imil roncludus inglesas em 1929 para 718 mil em 19~2 c subiu para 1,033 milhão em 19.'S.
() mil I is (dll "pOCII)sofreu uma ti .svuloriznção de Cr$ O, 118 em 1929 para .1'$0,071 em 1932 'CIc;VOII-S'
jllllll (:1$ O,OH7 »n 19,,7.
VII.I.I,:I,A SIIZI(;AN, I/fI. rit., p. Its-t.
~,\, It/MI, l/Jitl., JI. 7()·H .
'I. 1'1':1, 1':/'" (:III'IOS til. "A !lullIl\\'u (,OII"ll'illl, 11/0\111IIlI, I l'JlI 'SN 11 '1\ 11I1I1I'llÍlllilll\'1101IIIISIIl'ItII" /1/
I?I'Vi.\·f(11Im.I·ikim di' Fronomi«, 111a1'./1%H, p, 47; VI 1.1.1':1.A & SlIZI( ;AN, II/i. I';'.. p. 1H'I-7,
25. Para detalhes, veja LlAI~R, Wcrncr. 'J'hl' dl'Vdllj)IJII'1J1 o! Ih/' IJmzilill/l sll'I'l iIJdIJ.I'II:)', Nuxhvillc, '1 '1111"
Vanderbilt University Prcss, 1969.
26. FURTADO, Celso. F017/!a('ãoeconômica do Brasil. São Paulo, Companhia Editora Nacional, 1972, Jl. 1HH.
27. Idem, ibid., p. 190.
28. Idem, ibid., p. 192.
29. Idem, ibid., p. 193-4.
30. PELÁEZ, Carlos M. Histâria da industriairzaçâo brasileira. Rio de Janeiro, APEC, 1972.
31. Idem, ibid., p. 50-213
32. SILBER, op. cito
33. Idem, ibid., p. 192-5.
34. FISHLOW, op. cit., 8. 26-8.
35. SILBER, op. cit., p. 197-200.
36. Para detalhes, veja BAER. The devclofJ1JleJtl of lhe Brazilian steel indusrr», op. az., capo 4.
37. VILLELAetal. "Aspectos ...",ojJ. cit., vol. 1, p.193.
38. /rIeJ/J,ibirl., vol. 2, p. 195-6; dados extraídos de estimativas de valor agregado baseados no censo econô-
mico de 1920 e 1940 e de dados comparáveis disponíveis referentes a 1907.
39. Idem, ibirl., p. 128. As taxas foram obtidas do índice da produção real da agricultura e da indústria
considerando-se a média ponderada da produção física desses setores (valor agregado da agricultura mais indús-
tria) em 1919 e 1939.
40. Irietn, ibid., vol. 1. p. 268. Os coeficientes representam o valor das importações de produtos industriais
dividido pelo valor do suprimento total de produtos industriais; eles foram calculados com base em números
atuais de seguro c frete de importações (CI F) de produtos industriais e dados sobre o valor bruto da produção
industrial.
41. A queda do coeficiente de importação é, de certa forma, exagerada, devido à forma como é medido.
Durante os períodos de industrialização ele substituição de importações, os preços de novos produtos manufatu-
rados são significativamente mais elevados do que as importações CIF devido ao protecionismo. O numerador
de nosso coeficiente é medido com a utilização dos preços de importações CIF, enquanto o denominador con-
siste na soma de produtos internos de preço elevado e importações de preços reduzidos. Assim, o coeficiente
tende a exagerar o grau de substituição de importações. Essas observações também se aplicam à análise dos
coeficientes de importação no período subseqüente à Segunda Guerra Mundial. Outro motivo pelo qual os
dados podem exagerar o grau de substituição de importações é o fato de eles se basearem no valor bruto e,
principalmente, a substituição geralmente se aplicar a setores em que o valor bruto agregado é baixo.
42. HUDDLE, Donald. "Postwar Brazilian industrialization: Growth patterns, inflation and sources of
stagnation". ln: The shaping of moderu Brazil, Eric N. Baklanoff, Baton Rouge: Louisiana State University Press,
1969, p. 96.
43. VILLELA & SUZIGAN, op. cit., p. 94.
44. Para discussões adicionais, veja VILLELA et al., "Aspectos ...", op. cii., vol. 2, p. 71-2.
45. VILLELA & SUZIGAN, op. at., p. 87-8; FURTADO, op. cit., p. 195.
46. Grande parte do material contido nesses parágrafos foi extraído dos artigos de Dorival Teixeira Vieira,
principalmente de O desenuoloimento econômico do Brasil e a illflação (São Paulo: Faculdade de Ciências Econô-
micas e Administrativas, Universidade de São Paulo, 1962), e da série de palestras rnirneografadas, "Desenvol-
vimento econômico do Brasil", proferidas na Escola de Administração de Empresas da Fundação Getúlio Vargas,
em São Paulo.
47. Para detalhes, veja Fundação Getúlio Vargas, A missão Cooke. Rio de Janeiro, Fundação Getúlio Vargas,
1949.
II

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