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Aula 06 (3)

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CURSO ON-LINE – DIREITO PENAL 
PROFESSOR PEDRO IVO 
 
Professor: Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 
 
 
1
DIREITO PENAL – TEORIA E EXERCÍCIOS 
ANALISTA - MPU 
PROFESSOR PEDRO IVO 
 
AULA 06 – CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO 
PÚBLICA – PARTE II 
 
Olá, Pessoal! 
 
Hoje daremos continuidade aos crimes contra a Administração Pública e, 
diferentemente da aula passada em que falamos de delitos cometidos por 
funcionários contra o poder público, trataremos agora dos atos ilegais praticados 
por PARTICULARES contra a Administração. 
Posteriormente, analisaremos os crimes contra a Administração da Justiça, 
assunto este que será abordado com a maior objetividade possível. 
Por fim, após o conhecimento das figuras típicas, veremos algumas 
particularidades referentes a TODOS os crimes contra a Administração. 
Sendo assim, reforce bem os conceitos aprendidos na última aula para não 
confundir com os delitos que aqui serão apresentados e esteja preparado para os 
exercícios que abrangerão TODOS os crimes contra a Administração Pública. 
 
Vamos começar! 
 
Bons estudos!!! 
***************************************************************** 
6.1 DOS CRIMES PRATICADOS POR PARTICULAR CONTRA A 
ADMINISTRAÇÃO EM GERAL 
 
O título XI do Código Penal traz em seu capítulo I a previsão dos delitos 
praticados por funcionários públicos contra a Administração, os quais já foram 
estudados na aula passada. 
Obviamente que apenas tipificar condutas de FUNCIONÁRIOS não protege o 
normal funcionamento da máquina administrativa. Sendo assim, no capítulo II o 
legislador inseriu os delitos que podem ser praticados por PARTICULARES contra 
a Administração. 
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2
DIREITO PENAL – TEORIA E EXERCÍCIOS 
ANALISTA - MPU 
PROFESSOR PEDRO IVO 
 
Dito isto, podemos afirmar que o funcionário público não poderá ser enquadrado 
nos crimes do segundo capítulo? 
Claro que não, pois as denominações “crimes praticados por funcionários” e 
“crimes praticados por particular“ foram utilizadas pelo legislador para diferenciar 
o delito próprio, que exige uma qualidade especial, do comum, que pode ser 
praticado por qualquer pessoa, inclusive pelo funcionário que age como 
particular. 
 
 6.1.1 USURPAÇÃO DE FUNÇÃO PÚBLICA 
 
Usurpar é derivado do latim USURPARE, que significa apossar-se sem ter 
direito. Usurpar a função pública é, portanto, exercer ou praticar ato de uma 
função que não lhe é devida. Encontra previsão no Código Penal nos seguintes 
termos: 
 
Art. 328 - Usurpar o exercício de função pública: 
Pena - detenção, de três meses a dois anos, e multa. 
 
 6.1.1.1 CARACTERIZADORES DO DELITO 
 
• SUJEITOS DO DELITO: 
 
1. SUJEITO ATIVO: É crime comum, podendo ser cometido por 
qualquer pessoa, inclusive por funcionário que exerce função que 
não lhe compete. 
2. SUJEITO PASSIVO: É o ESTADO. 
 
• ELEMENTOS: 
 
1. OBJETIVO: É elementar do tipo: 
• Usurpar (o exercício de função pública) � Neste ponto, cabe 
um importante comentário. Imagine que Tício, particular, diz 
para todos os seus amigos e familiares que exerce 
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DIREITO PENAL – TEORIA E EXERCÍCIOS 
ANALISTA - MPU 
PROFESSOR PEDRO IVO 
 
determinada função pública. Podemos dizer que ele comete o 
delito em tela? 
A resposta é NEGATIVA, pois o entendimento majoritário é 
o de que para ocorrer usurpação o particular deve realizar ao 
menos um ato oficial. 
2. SUBJETIVO: 
• Dolo (Exige-se o dolo para a caracterização do crime); 
 
• CONSUMAÇÃO E TENTATIVA 
 
1. O crime é consumado com a prática do primeiro ato de ofício, 
independentemente do resultado, ou seja, não importando se o 
exercício da função usurpada é gratuito ou oneroso. 
2. É admissível a tentativa. 
 
• TIPO QUALIFICADO 
 
Encontra previsão no parágrafo único do artigo 328, ocorrendo se o 
agente obtém vantagem moral ou material em razão da usurpação. 
Veja: 
 
Art. 328 [...] 
Parágrafo único - Se do fato o agente aufere vantagem: 
Pena - reclusão, de dois a cinco anos, e multa. 
 
 6.1.2 RESISTÊNCIA 
 
Imagine que Tício está estudando para fazer prova para Auditor Fiscal e, após 
a sua aprovação, é designado pelo seu superior para fazer uma diligência em 
determinada empresa. 
Você acha que existe alguma empresa que ADORA receber a visita de um 
órgão fiscalizador? É claro que não! Exatamente por isso, o CP tenta 
resguardar os agentes do poder público da conduta de quem, mediante 
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VIOLÊNCIA FÍSICA ou GRAVE AMEAÇA, tenta impedir a execução de ato 
legítimo. 
Observe o artigo 329: 
 
Art. 329 - Opor-se à execução de ato legal, mediante violência ou 
ameaça a funcionário competente para executá-lo ou a quem lhe 
esteja prestando auxílio: 
Pena - detenção, de dois meses a dois anos. 
 
 6.1.2.1 CARACTERIZADORES DO DELITO 
 
• SUJEITOS DO DELITO: 
 
1. SUJEITO ATIVO: É crime comum, podendo ser cometido por 
qualquer pessoa. Regra geral, é cometido pela pessoa a quem se 
dirige o ato, mas nada impede que seja cometido por terceiros. É o 
caso, por exemplo, do particular que vai ser preso e sua família 
tenta impor resistência. 
2. SUJEITO PASSIVO: É o ESTADO. 
 
• ELEMENTOS: 
1. OBJETIVO: É elementar do tipo: 
• Opor-se (mediante violência ou ameaça); 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
OBSERVAÇÕES: 
 
• A VIOLÊNCIA DEVE SER DIRIGIDA AO FUNCIONÁRIO. SE FOR 
DIRIGIDA A ALGUMA “COISA” NÃO CARACTERIZA O DELITO. 
EXEMPLO: OS FAMILIARES DO PRESO QUEBRAM O VIDRO DO 
CARRO DA POLÍCIA. 
• PERCEBA QUE O TIPO LEGAL NÃO FALA EM “GRAVE AMEAÇA”, 
MAS SOMENTE EM AMEAÇA. DESTA FORMA, QUALQUER 
AMEAÇA, MESMO QUE BRANDA, ORAL OU POR ESCRITO, 
CARACTERIZA O CRIME. 
 
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2. SUBJETIVO: 
• Dolo de agir com violência ou ameaçar; e 
• Finalidade de impedir ato funcional. 
 
3. NORMATIVO: 
• No tipo há dois elementos normativos necessários para a 
caracterização do crime: O ato deve ser "legal" e cometido 
por “funcionário competente” para a execução do ato. 
Assim, se a resistência é oposta contra um ato legal que é 
executado por servidor incompetente, o fato é atípico. 
 
• CONSUMAÇÃO E TENTATIVA 
 
1. É delito formal, consumando-se no momento da violência ou 
ameaça. 
2. É admissível a tentativa. 
 
• TIPO QUALIFICADO 
 
Normalmente a resistência não impede o poder público de agir, somente 
dificulta a ação. Caso o ato não seja realizado em virtude da resistência, 
incide a qualificadora do parágrafo 1º do artigo 329: 
 
Art. 329 
§ 1º - Se o ato, em razão da resistência, não se executa: 
Pena - reclusão, de um a três anos. 
 
• CONCURSO DE CRIMES 
 
Na aula anterior, tratamos de alguns crimes que apresentavam o chamado 
caráter subsidiário, ou seja, o agente só seria incriminado caso não 
houvesse tipo mais grave. 
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Com relação à resistência, isto não ocorre. Se da violência advêm uma 
lesão corporal ou até mesmo um homicídio, responde o agente por LESÃO 
CORPORAL + RESISTÊNCIA OU HOMICÍDIO + RESISTÊNCIA. Observe 
o disposto sobre o tema no CP: 
 
Art. 329 [...] 
§ 2º - As penas deste artigo são aplicáveis sem prejuízo das 
correspondentes à violência. 
 
Para este caso, em que as penas de todos os crimes são aplicadas 
cumulativamente, o Direito Penal dá o nome de CONCURSO MATERIAL. 
 
 6.1.3 DESOBEDIÊNCIA 
 
Encontra previsão no artigo 330 do CP nos seguintes termos: 
 
 Art. 330 - Desobedecer a ordem legal de funcionário público: 
 Pena - detenção, de quinze dias a seis meses, e multa. 
 
Quanto a este delito, o CP é bem claro ao dizer que ele é caracterizado pelo 
não cumprimento de ordem LEGAL do funcionário público. Vamos analisá-lo: 
 
 6.1.1.1 CARACTERIZADORES DO DELITO 
 
• SUJEITOS DO DELITO: 
 
1. SUJEITO ATIVO: É crime comum, podendo ser cometido por 
qualquer pessoa, inclusive por funcionário, desde que o objeto da 
ordem não esteja relacionado com suas funções. 
E se estiver relacionado com as funções? 
Neste caso, não há que se falar em desobediência, podendo 
ocorrer, por exemplo, o delito de prevaricação. 
2. SUJEITO PASSIVO: É o ESTADO. 
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• ELEMENTOS: 
1. OBJETIVO: É elementar do tipo: 
• Desobedecer (ordem legal de funcionário público). 
2. SUBJETIVO: 
• Dolo � É necessário que o indivíduo saiba que tem o dever 
de cumprir e esteja consciente de que não esta cumprindo. 
 
• CONSUMAÇÃO E TENTATIVA 
1. O crime é consumado com a ação ou omissão do desobediente. 
2. É admissível a tentativa. 
 
6.1.4 DESACATO 
 
Este é o delito que encontramos escrito em papéis colados na parede da 
maioria dos órgãos que atendem público. 
Encontra previsão no artigo 331 do CP nos seguintes termos: 
 
 Art. 331 - Desacatar funcionário público no exercício da função 
ou em razão dela: 
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa. 
 
 
Tutela-se a Administração Pública no que concerne à dignidade, ao prestígio e 
ao respeito devidos aos seus agentes no exercício da função. 
 
 
 
 
 
 
NO CRIME DE DESACATO, O FUNCIONÁRIO PÚBLICO DEVE ESTAR NO 
EXERCÍCIO DA FUNÇÃO; OU, AINDA QUE FORA DO EXERCÍCIO, A OFENSA 
DEVE SER FEITA EM RAZÃO DA FUNÇÃO. É O CASO, POR EXEMPLO, DO 
PARTICULAR QUE ENCONTRA UM JUIZ EM UM SUPERMERCADO E DIZ: 
“JUIZ É TUDO LADRÃO, INCLUSIVE VOCÊ”. 
 
NO DESACATO, A OFENSA NÃO PRECISA SER PRESENCIADA POR OUTRAS 
PESSOAS. 
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Eu vou 
desviar, mas 
já consumou 
o desacato!! 
 6.1.4.1 CARACTERIZADORES DO DELITO 
 
• SUJEITOS DO DELITO: 
1. SUJEITO ATIVO: É crime comum, podendo ser cometido por 
qualquer pessoa. Há uma divergência doutrinária e jurisprudencial 
muito grande sobre quando um funcionário público pode cometer 
desacato. Não vou esmiuçar o tema, pois é informação inútil para 
você. Para sua PROVA, o funcionário público pode cometer o 
delito de desacato quando na posição de PARTICULAR. 
2. SUJEITO PASSIVO: É o ESTADO. 
 
• ELEMENTOS: 
1. OBJETIVO: É elementar do tipo: 
• Desacatar (funcionário público no exercício da função) � O 
desacato pode ser por gestos, gritos, agressões etc. É 
indispensável, entretanto, que o fato seja cometido na 
presença do sujeito passivo. Não há desacato na ofensa por 
carta, telefone, televisão etc., podendo ocorrer o delito de 
injúria. 
 
 
 
 
2. SUBJETIVO: 
• Dolo 
 
• CONSUMAÇÃO E TENTATIVA 
1. O crime é consumado com o ato ofensivo. 
2. Segundo doutrina majoritária, NÃO é admissível a tentativa. 
3. Alguns autores dizem ser possível a tentativa, como no caso de um 
indivíduo que joga alguma coisa em um funcionário público e erra. 
Mas, repetindo, para A SUA PROVA siga a doutrina majoritária e 
afirme que não é admissível a figura tentada do delito. 
 
O DESACATO É UM CRIME FORMAL E, CONSEQUENTEMENTE, 
INDEPENDE SE O FUNCIONÁRIO SENTIU-SE OFENDIDO OU NÃO. 
BASTA QUE A CONDUTA SEJA CAPAZ DE CAUSAR DANO À SUA HONRA 
PROFISSIONAL. 
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6.1.5 TRÁFICO DE INFLUÊNCIA 
 
É o delito praticado por particular contra a Administração Pública, no qual 
determinada pessoa, usufruindo de sua influência sobre ato praticado por 
funcionário público no exercício de sua função, solicita, exige, cobra ou obtêm 
vantagem ou promessa de vantagem para si ou para terceiros. 
Apresenta a seguinte redação típica: 
 
Art. 332 - Solicitar, exigir, cobrar ou obter, para si ou para outrem, 
vantagem ou promessa de vantagem, a pretexto de influir em ato 
praticado por funcionário público no exercício da função: 
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa. 
 
Para ficar mais claro, podemos dizer que este delito caracteriza uma forma de 
fraude, em que o sujeito, alegando ter prestígio junto a funcionário público, 
engana a vítima através da promessa de poder alterar algum ato praticado 
pelo poder público. 
A expressão “a pretexto” significa “com a desculpa”, no sentido de que o 
agente FAZ UMA SIMULAÇÂO. 
“Mas, professor... E se ele realmente tiver prestígio frente ao funcionário 
público?” 
Mesmo assim, persiste o delito, pois o que caracteriza o tráfico de influência é 
a FRAUDE, ou seja, ele promete que vai influenciar ato com a idéia de não 
fazer nada. 
 
 6.1.5.1 CARACTERIZADORES DO DELITO 
 
• SUJEITOS DO DELITO: 
 
1. SUJEITO ATIVO: É crime comum, podendo ser cometido por 
qualquer pessoa. 
2. SUJEITO PASSIVO: É o ESTADO. 
 
• ELEMENTOS: 
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1. OBJETIVO: São elementares do tipo: 
• Solicitar; 
• Exigir; 
• Cobrar; 
• Obter; 
2. SUBJETIVO: 
• Dolo; 
• A expressão “para si ou para outrem”. 
 
• CONSUMAÇÃO E TENTATIVA 
 
1. No verbo obter, trata-se de CRIME MATERIAL e a consumação 
ocorre no momento em que o sujeito obtém a vantagem (ou a 
promessa). Nos verbos solicitar, exigir e cobrar temos o CRIME 
FORMAL e a consumação opera-se com a simples ação do sujeito. 
2. É admissível a tentativa. 
 
• CAUSA DE AUMENTO DE PENA 
 
A pena é aumentada se o agente alega ou insinua que a vantagem 
também é destinada ao funcionário público. 
Sabe aqueles “flanelinhas” que querem exigir valores (vantagem) para 
que possamos estacionar? Imagine que um deles fale para você: 
“Mano, aqui num pode para não... Mas, nois têm contexto com os pulicia 
e eles libera o local em troca de um dinheiro” (Obs: Copiei exatamente a 
fala...com uns “pequenos” errinhos gramaticais). 
Neste caso, é tráfico de influência com causa de aumento de pena. 
 
Art. 332 
[...] 
Parágrafo único - A pena é aumentada da metade, se o agente alega 
ou insinua que a vantagem é também destinada ao funcionário. 
VANTAGEM OU PROMESSA 
DE VANTAGEM 
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DIREITO PENAL – TEORIA E EXERCÍCIOS 
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 6.1.6 CORRUPÇÃO ATIVA 
 
Na aula passada, tratamos de um importante delito chamado corrupção 
passiva. Você lembra? Claro que sim!!! Sobre ele dispõe o CP: 
 
Art. 317 - Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou 
indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas 
em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal 
vantagem 
 
Perceba que na corrupção passiva o funcionário SOLICITA OU RECEBE 
vantagem. Diferentemente, na corrupção ativa o PARTICULAR OFERECE OU 
PROMETE vantagem. Observe: 
 
Art. 333 - Oferecer ou prometer vantagem indevida a funcionário 
público, para determiná-lo a praticar, omitir ou retardar ato de 
ofício: 
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa. 
 
 6.1.6.1 CARACTERIZADORES DO DELITO 
 
• SUJEITOS DO DELITO: 
 
1. SUJEITO ATIVO: É crime comum, podendo ser cometido por 
qualquer pessoa, inclusive por funcionário público, desde que não 
aja nesta qualidade. 
2. SUJEITO PASSIVO: É o ESTADO. 
 
• ELEMENTOS: 
 
1. OBJETIVO: São elementares do tipo: 
• Oferecer (vantagem indevida); 
• Prometer; 
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DIREITO PENAL – TEORIA E EXERCÍCIOS 
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Sendo assim, inexiste delito no caso de ausência de oferta ou 
promessa de vantagem. Exemplo: Se Tício pede a Mévio 
(Funcionário Público) que passe seu processo na frente sem 
oferecer qualquer vantagem, obviamente não é crime. 
Mas e se o funcionário EXIGE vantagem? É corrupção passiva ou 
ativa? 
Nem um nem outro!!! É o delito de CONCUSSÃO que já vimos aula 
passada: 
 
Art. 316 - Exigir, para si ou para outrem, direta ou 
indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, 
mas em razão dela, vantagem indevida. 
 
 
 
 
 
 
2. SUBJETIVO: 
• Dolo; 
• A expressão “para determiná-lo a praticar, omitir ou retardar 
ato de ofício”. 
Se inexistir qualquer dos dois elementos, o fato é ATÍPICO. 
 
 
 
 
 
3. NORMATIVO: 
• Encontra-se na expressão “indevida”, referindo-se à 
vantagem. 
 
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DIREITO PENAL – TEORIA E EXERCÍCIOS 
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• CONSUMAÇÃO E TENTATIVA 
1. O crime é FORMAL e consuma-se no momento em que o 
funcionário público toma conhecimento da oferta ou promessa. 
2. É admissível a tentativa. 
 
• TIPO QUALIFICADO 
 
Art. 333 
[...] 
Parágrafo único - A pena é aumentada de um terço, se, em razão da 
vantagem ou promessa, o funcionário retarda ou omite ato de ofício, 
ou o pratica infringindo dever funcional. 
 
 
 
 
 
 
 6.1.7 CONTRABANDO E DESCAMINHO 
 
O art. 334 do Código Penal menciona os crimes de contrabando e descaminho: 
 
Art. 334 Importar ou exportar mercadoria proibida ou iludir, no todo 
ou em parte, o pagamento de direito ou imposto devido pela 
entrada, pela saída ou pelo consumo de mercadoria: 
 Pena - reclusão, de um a quatro anos. 
 
Embora eles estejam no mesmo artigo, são crimes distintos e quase sempre 
confundidos. Vamos compreender a diferenciação: 
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DIREITO PENAL – TEORIA E EXERCÍCIOS 
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Contrabando é a entrada ou saída de produto proibido ou que atente contra a 
saúde ou a moralidade. Já o descaminho é a entrada ou saída de produtos 
permitidos, mas sem passar pelos tramites burocráticos / tributários devidos. 
Por exemplo, se alguém traz uma televisão ou filmadora do Paraguai sem 
pagar os tributos devidos, o crime não é de contrabando, mas de descaminho. 
Diferentemente, se alguém traz cigarros do Paraguai (produto cuja importação 
é proibida pela lei brasileira) ou armas e munições (produtos que só podem 
ser importados se o governo autorizar), o crime é de contrabando. 
Sendo assim, diferentemente do que normalmente escutamos na televisão, as 
famosas sacoleiras não cometem o crime de contrabando, mas de descaminho. 
 
 6.1.7.1 CARACTERIZADORES DO DELITO 
 
• SUJEITOS DO DELITO: 
 
1. SUJEITO ATIVO: É crime comum, podendo ser cometido por 
qualquer pessoa. 
Quanto ao funcionário público, aqui temos que ter uma GRANDE 
atenção: Se este participa do fato com INFRAÇÃO DE DEVER 
FUNCIONAL, comete o delito do artigo 318 que tratamos aula 
passada: 
 
Art. 318 - Facilitar, com infração de dever funcional, a 
prática de contrabando ou descaminho 
 
Diferentemente, se não afronta dever funcional, responde por 
contrabando ou descaminho. 
 
2. SUJEITO PASSIVO: É o ESTADO. 
 
• ELEMENTOS: 
 
1. OBJETIVO: São elementares do tipo: 
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• Importar / Exportar (mercadoria proibida � Contrabando) 
• Iludir (o pagamento de tributo exigido � Descaminho) 
2. SUBJETIVO: 
• Dolo; 
 
• CONSUMAÇÃO E TENTATIVA 
 
1. Se a mercadoria deu entrada ou saída pela alfândega, a 
consumação ocorre no momento em que a mercadoria é liberada. 
Se a conduta é interrompida e não ocorre a liberação, há tentativa. 
Se a mercadoria entra por outro local que não pela aduana, 
consuma-se o delito no momento da entrada em território 
nacional. 
2. É admissível a tentativa. 
 
• TIPO QUALIFICADO 
 
O parágrafo 3º do artigo 334 amplia a pena caso o delito seja cometido 
via transporte aéreo. Observe: 
 
Art. 334 
[...] 
§ 3º - A pena aplica-se em dobro, se o crime de contrabando ou 
descaminho é praticado em transporte aéreo. 
 
A idéia da qualificadora é dar um tratamento especial a este meio de 
transporte que acaba por dificultar a fiscalização. 
Faz-se mister destacar que só incide o aumento de pena quando o 
transporte aéreo é clandestino. Se o indivíduo pratica contrabando 
embarcando na TAM ou na GOL, por exemplo, não há que se falar em 
tipo qualificado. 
 
• CONTRABANDO OU DESCAMINHO POR ASSIMILAÇÃO 
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Caro aluno, este item praticamente não é exigido em prova. Desta 
forma, vou tratá-lo de uma maneira geral, não sendo necessário 
“perder” muito tempo com este item. 
De acordo com o parágrafo 1º do artigo 334: 
 
Art. 334 
[...] 
§ 1º - Incorre na mesma pena quem: 
a) pratica navegação de cabotagem, fora dos casos permitidos em 
lei; 
 
 
 
 
 
 
b) pratica fato assimilado, em lei especial, a contrabando ou 
descaminho; 
 
 
 
 
c) vende, expõe à venda, mantém em depósito ou, de qualquer 
forma, utiliza em proveito próprio ou alheio, no exercício de 
atividade comercial ou industrial, mercadoria de procedência 
estrangeira que introduziu clandestinamente no País ou importou 
fraudulentamente ou que sabe ser produto de introdução 
clandestina no território nacional ou de importação fraudulenta por 
parte de outrem; 
 
 
 
 
Cabotagem é a navegação realizada entre portos interiores do 
país pelo litoral ou por vias fluviais. A cabotagem secontrapõe à 
navegação de longo curso, ou seja, aquela realizada entre 
portos de diferentes nações. 
A alínea “b” é um exemplo da chamada norma penal em branco. 
Ela depende de leis especiais que NÃO CAEM NA SUA PROVA!!! 
O indivíduo que pratica contrabando e depois é surpreendido 
vendendo a mercadoria, não responde por dois delitos, mas 
somente pelo contrabando ou descaminho. 
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d) adquire, recebe ou oculta, em proveito próprio ou alheio, no 
exercício de atividade comercial ou industrial, mercadoria de 
procedência estrangeira, desacompanhada de documentação legal, 
ou acompanhada de documentos que sabe serem falsos. 
 
 
 
 
 
 
 
Por fim, o parágrafo 2º estende o conceito de atividade comercial nos 
seguintes termos: 
§ 2º - Equipara-se às atividades comerciais, para os efeitos deste 
artigo, qualquer forma de comércio irregular ou clandestino de 
mercadorias estrangeiras, inclusive o exercido em residências. 
 
6.1.8 INUTILIZAÇÃO DE EDITAL OU SINAL 
 
Visando mais uma vez à proteção da Administração Pública, o legislador fez 
constar no Código Penal que constitui crime: 
 
Art. 336 - Rasgar ou, de qualquer forma, inutilizar ou conspurcar 
edital afixado por ordem de funcionário público; violar ou inutilizar 
selo ou sinal empregado, por determinação legal ou por ordem de 
funcionário público, para identificar ou cerrar qualquer objeto: 
Pena - detenção, de um mês a um ano, ou multa. 
 
 
 
 
 
 
Esta última alínea trata da receptação de mercadorias objeto do 
contrabando. Se o sujeito agiu dolosamente, responde pelo 
delito de contrabando e descaminho. Se culposamente, incide 
nas penas de receptação culposa. 
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Conforme deixa claro o supracitado artigo, o tipo prevê duas figuras: 
• INUTILIZAÇÃO DE EDITAL; 
• INUTILIZAÇÃO DE SELO OU SINAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 6.1.8.1 CARACTERIZADORES DO DELITO 
 
• SUJEITOS DO DELITO: 
 
1. SUJEITO ATIVO: É crime comum, podendo ser cometido por 
qualquer pessoa, inclusive por funcionário que exerce função que 
não lhe compete. 
2. SUJEITO PASSIVO: É o ESTADO. 
 
• ELEMENTOS: 
 
1. OBJETIVO: São elementares do tipo: 
• Rasgar; 
• Inutilizar; 
• Conspurcar. 
 
• Violar; 
• Inutilizar. 
DICIONÁRIO DO CONCURSEIRO 
 
EDITAL ��� GENERICAMENTE, EDITAL É UMA PUBLICAÇÃO PARA 
CONHECIMENTO DE TERCEIROS. A FINALIDADE É TORNAR PÚBLICO 
DETERMINADO FATO OU ATO, SEJA POR CAUTELA, SEJA POR PUBLICIDADE 
OU SEJA PARA CUMPRIR UM REQUISITO LEGAL. OS EDITAIS SÃO 
PUBLICADOS NA IMPRENSA E TAMBÉM SÃO AFIXADOS (EM PORTAS OU 
CORREDORES) NA REPARTIÇÃO OU SEÇÃO RELACIONADA AO TEMA DO 
EDITAL. 
 
SELO OU SINAL ��� É O MEIO UTILIZADO PARA IDENTIFICAR OU FECHAR 
QUALQUER COISA (MÓVEL OU IMÓVEL). 
SELO OU SINAL 
EDITAL 
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2. SUBJETIVO: 
• Dolo; 
 
• CONSUMAÇÃO E TENTATIVA 
 
1. Consuma-se o delito com o ato de rasgar, inutilizar, conspurcar ou 
violar. 
2. Trata-se de CRIME MATERIAL e admite a tentativa. 
 
6.9.1 SUBTRAÇÃO OU INUTILIZAÇÃO DE LIVRO OU 
DOCUMENTO 
 
Vimos na aula passada o delito de extravio, sonegação ou inutilização de livro 
ou documento, tipificado da seguinte forma: 
 
Art. 314 - Extraviar livro oficial ou qualquer documento, de que tem 
a guarda em razão do cargo; sonegá-lo ou inutilizá-lo, total ou 
parcialmente. 
 
Do supra artigo fica óbvio, então, a preocupação do legislador em tutelar, 
frente à atuação funcional, a guarda de livros oficiais ou documentos públicos. 
No mesmo sentido, o Código Penal vem aumentar a tutela sobre livros e 
documentos, estendendo também aos particulares nos seguintes termos: 
 
Art. 337 - Subtrair, ou inutilizar, total ou parcialmente, livro oficial, 
processo ou documento confiado à custódia de funcionário, em 
razão de ofício, ou de particular em serviço público: 
Pena - reclusão, de dois a cinco anos, se o fato não constitui crime 
mais grave. 
 
 6.1.9.1 CARACTERIZADORES DO DELITO 
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• SUJEITOS DO DELITO: 
 
1. SUJEITO ATIVO: É crime comum, podendo ser cometido por 
qualquer pessoa. Se cometido por funcionário público, conforme já 
vimos, incide o tipo especial do artigo 314; 
2. SUJEITO PASSIVO: É o ESTADO. 
 
• ELEMENTOS: 
 
1. OBJETIVO: São elementares do tipo: 
• Subtrair; 
• Inutilizar. 
 
2. SUBJETIVO: 
• Dolo; 
 
• CONSUMAÇÃO E TENTATIVA 
1. O crime é consumado com a subtração ou efetivação da 
inutilização. 
2. Trata-se de crime material e admite a tentativa. 
 
***************************************************************** 
Parabéns! Aqui finalizamos mais um importante tópico! 
Passemos agora à análise dos crimes contra a administração da justiça. 
***************************************************************** 
 
6.2 DOS CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO DA JUSTIÇA 
 
Futuro (a) Aprovado (a), a partir de agora passaremos a analisar os crimes contra 
a Administração da Justiça e, como você perceberá, é um tema bem amplo. 
LIVRO OFICIAL / PROCESSO / DOCUMENTO 
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Desta forma, abordarei aquilo que você precisa saber para sua PROVA sob a ótica 
do CESPE. Assim, concentre seus estudos ao que está sendo apresentado. 
Vamos começar a adquirir conhecimento! 
 
CRIME CONDUTA OBSERVAÇÕES 
REINGRESSO DE 
ESTRANGEIRO 
EXPULSO 
Reingressar no 
território nacional o 
estrangeiro que dele 
foi expulso. 
Trata-se de crime próprio, pois o tipo exige 
qualificação especial do sujeito ativo, qual 
seja: a de estrangeiro. 
O delito consuma-se no momento em que o 
estrangeiro expulso de nosso território, 
nele penetra. 
É admissível a tentativa. 
DENUNCIAÇÃO 
CALUNIOSA 
Dar causa à 
instauração de 
investigação policial, 
de processo judicial, 
instauração de 
investigação 
administrativa, 
inquérito civil ou 
ação de improbidade 
administrativa contra 
alguém, imputando-
lhe crime de que o 
sabe inocente. 
Este delito não se confunde com a calúnia. 
Na calúnia o sujeito somente atribui 
falsamente ao sujeito passivo a prática de 
um fato descrito como delito. 
Na denunciação caluniosa ele, além de 
atribuir à vítima, falsamente, a prática de 
um delito, leva tal fato ao conhecimento da 
autoridade e, com isso dá causa a 
instauração de inquérito policial ou de ação 
penal. 
O delito se consuma com a instauração da 
investigação policial, o processo penal etc. 
A tentativa é admissível como, por 
exemplo, no caso em que a autoridade 
policial não leva a sério a falsa 
comunicação. 
TIPOS QUALIFICADO E PRIVILEGIADO: 
A pena é aumentada de sexta parte, se o 
agente se serve de anonimato ou de nome 
suposto.A pena é diminuída de metade, se a 
imputação é de prática de contravenção. 
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COMUNICAÇÃO 
FALSA DE CRIME 
OU DE 
CONTRAVENÇÃO 
Provocar a ação de 
autoridade, 
comunicando-lhe a 
ocorrência de crime 
ou de contravenção 
que sabe não se ter 
verificado. 
Este delito não pode ser confundido com a 
denunciação caluniosa. Nesta, como vimos, 
o sujeito indica uma determinada pessoa 
como suposta autora. 
Diferentemente, na comunicação falsa, o 
indivíduo apenas noticia à autoridade um 
fato que não ocorreu, deixando de lhe 
apontar a autoria. 
 
Assim, para sua PROVA, pense: 
 
1 - APONTOU AUTORIA ��� DENUNCIAÇÃO 
CALUNIOSA. 
2 - SÓ COMUNICOU UM FATO ��� COMUNICAÇÃO 
FALSA. 
 
Consuma-se o delito com a ação da 
autoridade e a tentativa é possível. 
AUTO-ACUSAÇÃO 
FALSA 
Acusar-se, perante a 
autoridade, de crime 
inexistente ou 
praticado por outrem. 
O objeto da auto-acusação deve ser crime. 
Se for contravenção, o fato será atípico. 
A conduta deve ocorrer perante autoridade 
(policial, judicial ou administrativa). Se 
ocorrer perante funcionário público, não há 
caracterização do delito 
A consumação ocorre quando a autoridade 
toma conhecimento da auto-acusação. 
A tentativa é possível na auto-acusação 
realizada por escrito. 
FALSO 
TESTEMUNHO OU 
FALSA PERÍCIA 
Fazer afirmação 
falsa, ou negar ou 
calar a verdade como 
testemunha, perito, 
contador, tradutor ou 
intérprete em 
processo judicial, ou 
administrativo, 
inquérito policial, ou 
em juízo arbitral. 
Trata-se de crime próprio, pois só pode ser 
cometido por testemunha, perito, contador, 
tradutor e intérprete. 
Há uma grande divergência doutrinária 
quanto à possibilidade da existência de 
concurso de pessoas nesta espécie de 
delito. 
Entendem as bancas que é possível a 
participação no crime de falso testemunho. 
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O falso testemunho se consuma com o 
encerramento do depoimento e a tentativa 
é admissível (Ex: O depoimento, por 
qualquer circunstância, não se encerra). 
 
A falsa perícia se consuma com a entrega 
do laudo à autoridade. É admissível a 
tentativa. 
 
FIGURAS TÍPICAS AGRAVADAS: 
 
As penas aumentam-se de um sexto a um 
terço, se: 
 
1. O crime é praticado mediante suborno; 
2. O crime é cometido com o fim de obter 
prova destinada a produzir efeito em 
processo penal; 
3. O crime ocorre em processo civil em que 
for parte entidade da administração pública 
direta ou indireta. 
 
RETRATAÇÃO: 
 
O fato deixa de ser punível se, antes da 
sentença no processo em que ocorreu o 
ilícito, o agente se retrata ou declara a 
verdade 
CORRUPÇÃO ATIVA 
DE TESTEMUNHA, 
PERITO, 
CONTADOR, 
TRADUTOR OU 
INTÉRPRETE. 
Dar, oferecer ou 
prometer dinheiro ou 
qualquer outra 
vantagem a 
testemunha, perito, 
contador, tradutor ou 
intérprete, para fazer 
afirmação falsa, 
negar ou calar a 
verdade em 
depoimento, perícia, 
Consuma-se no momento em que o sujeito 
dá, oferece ou promete o objeto material, 
independentemente de qualquer resultado. 
 
A forma tentada só é admitida nos casos 
em que o sujeito emprega a forma escrita 
para dar, oferecer ou prometer a 
vantagem. Exemplo: Carta com a promessa 
é interceptada pela autoridade policial. 
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cálculos, tradução ou 
interpretação. 
FIGURA TÍPICA AGRAVADA: 
 
As penas aumentam-se de um sexto a um 
terço, se o crime é cometido com o fim de 
obter prova destinada a produzir efeito em 
processo penal ou em processo civil em que 
for parte entidade da administração pública 
direta ou indireta 
COAÇÃO NO CURSO 
DO PROCESSO 
Usar de violência ou 
grave ameaça, com o 
fim de favorecer 
interesse próprio ou 
alheio, contra 
autoridade, parte, ou 
qualquer outra 
pessoa que funciona 
ou é chamada a inter-
vir em processo 
judicial, policial ou 
administrativo, ou em 
juízo arbitral. 
Trata-se de crime de forma vinculada, ou 
seja, que só pode ser praticado mediante 
violência ou grave ameaça. 
O processo pode ser judicial, administrativo 
ou em curso em juízo arbitral. Também se 
inclui o inquérito policial. 
A consumação ocorre com o emprego da 
violência ou grave ameaça, não importando 
que o sujeito consiga o fim que objetiva. 
Admite-se a tentativa. 
EXERCÍCIO 
ARBITRÁRIO DAS 
PRÓPRIAS RAZÕES 
Fazer justiça pelas 
próprias mãos, para 
satisfazer pretensão, 
embora legítima, 
salvo quando a lei o 
permite. 
 
 
Exige-se, para a caracterização do delito, a 
legitimidade da pretensão ou, ao menos, 
que o sujeito suponha legítima a sua 
pretensão com base em razões 
convincentes. 
Assim, se o dono de imóvel alugado invade 
a casa, a fim de obter, através de objetos 
do inquilino, o aluguel devido, teremos o 
exercício arbitrário das próprias razões e 
não o furto. 
O delito consuma-se com o emprego dos 
meios executórios para a satisfação da 
pretensão. É admissível a tentativa. 
 
AÇÃO PENAL: 
Se não há emprego de violência, somente 
se procede mediante queixa, ou seja, a 
ação será privada. 
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SUBTRAÇÃO OU 
DANO DE COISA 
PRÓPRIA EM 
PODER DE 
TERCEIRO 
Tirar, suprimir, 
destruir ou danificar 
coisa própria, que se 
acha em poder de 
terceiro por 
determinação judicial 
ou convenção. 
Trata-se de crime próprio que só pode ser 
cometido pelo proprietário do objeto 
material. 
 
Tem sua consumação no momento em que 
o sujeito subtrai, destrói, suprime, ou 
danifica o objeto material. 
Admite-se a tentativa. 
FRAUDE 
PROCESSUAL 
Inovar 
artificiosamente, na 
pendência de 
processo civil ou 
administrativo, o 
estado de lugar, de 
coisa ou de pessoa, 
com o fim de induzir 
a erro o juiz ou o 
perito. 
Este delito também é denominado de 
“estelionato processual”. 
A diferença entre a fraude processual e o 
estelionato reside no fato de que neste 
(estelionato) a fraude objetiva permitir que 
o sujeito venha a obter vantagem ilícita em 
prejuízo alheio. Na fraude processual a 
intenção é enganar o Juiz ou Perito. 
 
Não havendo modificação no mundo 
externo, ou seja, não se inovando 
(alterando) um local (lugar), uma coisa 
(móvel ou imóvel) ou pessoa (fisicamente), 
sem transformar seu o estado original, real, 
não haverá crime. 
 
Neste sentido, vale transcrever o seguinte 
entendimento que versa sobre a inovação: 
 
“(...) inovar artificiosamente o estado de 
lugar, coisa ou pessoa, escreve Heleno 
Cláudio Fragoso, citando Manzini, significa 
provocar em lugar, coisa ou pessoa 
modificações materiais, extrínsecas ou 
intrínsecas, de forma a alterar o aspecto ou 
outra propriedade probatória que o lugar, 
coisa ou pessoa tinha precedentemente, e 
idôneas para induzir o juiz ou perito.” 
 
No mesmo sentido, importante se faz 
constar o entendimento abaixo: 
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“Inova-se artificiosamente: o estado de 
lugar, quando, por exemplo, se abre um 
caminho, para inculcar uma servidão 
‘itineris’; o estado de coisa, quando, ‘verbi 
gratia’, se eliminam os vestígios de sangue 
numa peça indiciária da autoria de um 
homicídio, ou se coloca um revólver junto a 
uma vítima de homicídio, para fazer crer 
em suicídio; o estado (físico) de pessoa, 
quando, ‘in exemplis’, se suprimem, 
mediante operação plástica, certos sinais 
característicos de um individuo procurado 
pela justiça’.” 
 
Cabe ressaltar que, se for a fraude tida 
como grosseira, constatável à primeira 
vista, não se configurará o crime, pois o 
artigo 347 do CP trás em sua redação a 
palavra “artificiosamente” o que integra 
seu tipo. 
Por iguais razões, não incorrerá no crime 
aqui tratado o agente que, mesmo 
intencionalmente, corta ou deixa crescer 
seus cabelos, extrai seu bigode, passa a 
usar óculos ou pratica qualquer ato similar 
com o intuito de não ser reconhecido onde, 
portanto, tais condutas não configuram o 
tipo penal, ou seja, a inovação artificiosa. 
 
Quanto à consumação, apesar de haver 
divergências, para a sua PROVA entenda 
que ocorre com a inovação, não sendo 
necessário que o sujeito engane o Juiz ou 
Perito. 
A tentativa é admissível. 
FAVORECIMENTO 
PESSOAL 
Auxiliar a subtrair-se 
à ação de autoridade 
pública autor de 
crime a que é 
cominada pena de 
reclusão. 
Distingue-se a conduta do agente que 
presta auxílio ao criminoso daquele que 
exerce a co-autoria ou participação no 
crime. 
No crime aqui tratado o agente presta 
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auxílio desempenhando qualquer ação que 
vise a subtração do criminoso à ação da 
autoridade. 
É indispensável, para a existência do crime, 
que o auxílio não tenha sido prestado ou 
prometido antes ou durante o crime 
precedente, pois, de outro modo, o que 
haveria a reconhecer, como é claro, seria a 
co-participação. 
As ações mais comuns que levam o agente 
a incorrer no crime de favorecimento 
pessoal são, entre outras, ocultar o 
criminoso dando-lhe abrigo (esconderijo); 
auxiliá-lo a disfarçar-se, fornecer-lhe 
transporte para evasão. 
Em relação às condutas que levam o 
agente a incorrer no crime, cabe 
transcrever o seguinte entendimento 
jurisprudencial: 
 
“O favorecimento pessoal pode ser 
praticado por qualquer meio, desde que 
traduza uma ação positiva e direta, com 
referência ao escopo pretendido, podendo 
ser considerado como modalidade de 
auxilio o fato de subtrair o criminoso às 
diligências realizadas pela autoridade para 
encontrá-lo.” 
 
O sujeito ativo do crime poderá ser 
qualquer pessoa, excetuado o co-autor do 
delito precedente, ainda que sua 
participação no crime se tenha limitado à 
promessa de auxiliar, após a prática 
criminosa. 
 
A consumação opera-se no momento da 
prestação do auxílio que subtraiu o 
criminoso à autoridade. É admissível a 
tentativa. 
 
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FIGURA TÍPICA PRIVILEGIADA: 
Quando imposta abstratamente ao crime 
antecedente pena de detenção. 
 
ESCUSA ABSOLUTÓRIA: 
Se quem presta o auxílio é ascendente, 
descendente, cônjuge ou irmão do 
criminoso, fica isento de pena. 
FAVORECIMENTO 
REAL 
Prestar a criminoso, 
fora dos casos de co-
autoria ou de 
receptação, auxílio 
destinado a tornar 
seguro o proveito do 
crime. 
 
Ingressar, promover, 
intermediar, auxiliar 
ou facilitar a entrada 
de aparelho 
telefônico de 
comunicação móvel, 
de rádio ou similar, 
sem autorização 
legal, em 
estabelecimento 
prisional. 
FAVORECIMENTO REAL X PESSOAL: 
No real o agente objetiva tornar seguro o 
proveito do delito. Diferentemente, no 
pessoal, visa tornar seguro o autor do 
crime antecedente. 
Por “proveito do crime” devemos entender 
qualquer vantagem, material ou imaterial. 
A título de exemplo podemos citar como 
vantagem material a posse do objeto 
furtado anteriormente, e imaterial o valor 
pago pela pratica, ou seja, a coisa 
(dinheiro) que veio a substituir o objeto do 
material do crime. 
 
FAVORECIMENTO REAL X 
RECEPTAÇÃO: 
Na receptação o proveito deve ser 
econômico enquanto no favorecimento real 
pode ser econômico ou moral. 
Na receptação o agente age em proveito 
próprio ou de terceiro, que não o autor da 
conduta anterior. No favorecimento real 
age, exclusivamente, em favor do autor do 
crime antecedente. 
No favorecimento real a ação do sujeito 
visa ao autor do crime antecedente 
enquanto na receptação a conduta recai no 
objeto material do delito anterior. 
 
O crime de favorecimento real não 
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comporta a modalidade culposa, pois o 
agente uma vez exprimindo sua vontade 
em auxiliar o autor de crime, sabedor se 
tratar da ilicitude do objeto, exerce vontade 
consciente, dolosa. 
 
Consuma-se com a prestação do auxílio e a 
tentativa é admissível. 
EXERCÍCIO 
ARBITRÁRIO OU 
ABUSO DE PODER 
Art. 350 - Ordenar ou 
executar medida 
privativa de liberdade 
individual, sem as 
formalidades legais 
ou com abuso de 
poder. 
Parágrafo único - Na 
mesma pena incorre 
o funcionário que: 
I - ilegalmente 
recebe e recolhe 
alguém a prisão, ou a 
estabelecimento 
destinado a execução 
de pena privativa de 
liberdade ou de 
medida de segurança; 
II - prolonga a 
execução de pena ou 
de medida de 
segurança, deixando 
de expedir em tempo 
oportuno ou de 
executar 
imediatamente a 
ordem de liberdade; 
III - submete pessoa 
que está sob sua 
guarda ou custódia a 
vexame ou a 
constrangimento não 
autorizado em lei; 
IV - efetua, com 
abuso de poder, 
qualquer diligência. 
Há divergências quanto à revogação do art. 
350 do CP pela lei de abuso de autoridade. 
O entendimento majoritário é o de que não 
houve revogação total, mas apenas do 
inciso III do citado dispositivo. 
De qualquer forma, devido a estas 
divergências, dificilmente este delito 
aparece em PROVAS e, para você, basta 
uma noção geral das condutas descritas 
nos incisos I, II e IV. 
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30
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FUGA DE PESSOA 
PRESA OU 
SUBMETIDA À 
MEDIDA DE 
SEGURANÇA 
Promover ou facilitar 
a fuga de pessoa 
legalmente presa ou 
submetida a medida 
de segurança 
detentiva. 
Para a caracterização do delito é necessário 
que a pessoa esteja legalmente presa ou 
submetida a medida de segurança. Caso a 
prisão ou medida de segurança seja ilegal, 
não haverá o delito por atipicidade do fato. 
 
TIPOS QUALIFICADOS: 
Se o crime é praticado a mão armada, ou 
por mais de uma pessoa, ou mediante 
arrombamento, a pena é de reclusão, de 
dois a seis anos. 
A pena é de reclusão, de um a quatro anos, 
se o crime é praticado por pessoa sob cuja 
custódia ou guarda está o preso ou o 
internado.FORMA CULPOSA 
No caso de culpa do funcionário incumbido 
da custódia ou guarda, aplica-se a pena de 
detenção, de três meses a um ano, ou 
multa. 
 
A consumação ocorre no momento da fuga 
e a tentativa, salvo na modalidade culposa, 
é admissível. 
 
EVASÃO MEDIANTE 
VIOLÊNCIA 
CONTRA A PESSOA 
Evadir-se ou tentar 
evadir-se o preso ou 
o indivíduo 
submetido a medida 
de segurança 
detentiva, usando de 
violência contra a 
pessoa. 
Trata-se de crime próprio, pois só pode ser 
cometido por preso ou indivíduo submetido 
à medida de segurança. 
 
A consumação ocorre com o emprego da 
violência física contra a pessoa. 
Observe que a tentativa é admissível, mas, 
como é tratada no próprio tipo penal 
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31
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(“tentar evadir-se”), tem a mesma pena da 
forma consumada. 
ARREBATAMENTO 
DE PRESO 
Arrebatar preso, a 
fim de maltratá-lo, do 
poder de quem o 
tenha sob custódia ou 
guarda. 
Este crime praticamente não aparece nas 
provas. Consuma-se com o arrebatamento 
do preso e a tentativa é admissível. 
 
Obs.: Arrebatar significa tirar, arrancar, 
tomar. 
MOTIM DE PRESOS Amotinarem-se 
presos, perturbando 
a ordem ou disciplina 
da prisão. 
Este crime, assim como o anterior, também 
não vem sendo muito exigido em provas. 
Trata-se de crime próprio que só pode ser 
cometido por presos. 
Atinge sua consumação com a efetiva 
perturbação da ordem ou disciplina e 
admite-se a forma tentada. 
 
 
PATROCÍNIO 
INFIEL 
Trair, na qualidade de 
advogado ou 
procurador, o dever 
profissional, 
prejudicando 
interesse, cujo 
patrocínio, em juízo, 
lhe é confiado. 
Trata-se de crime próprio que só pode ser 
praticado por advogado regularmente 
inscrito na OAB ou por estagiário de 
advocacia nos termos do art. 3º do 
Estatuto da Advocacia e a Ordem dos 
Advogados do Brasil. 
 
Consuma-se com a produção do prejuízo e 
é admissível a tentativa na forma 
comissiva. 
PATROCÍNIO 
SIMULTÂNEO OU 
TERGIVERSAÇÃO 
Incorre na pena 
deste artigo o 
advogado ou 
procurador judicial 
que defende na 
mesma causa, 
simultânea ou 
sucessivamente, 
partes contrárias. 
Trata-se de crime praticado por advogado 
ou procurador judicial que defende, na 
mesma causa, simultânea ou 
sucessivamente, partes contrárias. 
 
O sujeito ativo só pode ser o advogado, 
regularmente inscrito na OAB ou 
procurador judicial (estagiário ou 
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32
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provisionado inscrito na Ordem). A 
disposição não inclui os membros do 
Ministério Público e os Procuradores do 
Estado. 
O tipo penal prevê duas condutas: 
 
1. Patrocínio simultâneo; e 
2. Patrocínio sucessivo das partes 
contrárias (tergiversação). 
 
No primeiro caso, o advogado, ao mesmo 
tempo, defende interesses, na mesma 
causa, de partes contrárias. 
Não é necessário que seja no mesmo 
processo, uma vez que a figura penal fala 
“na mesma causa”, pois uma causa pode 
ter mais de um processo. 
Na segunda hipótese, o advogado, após 
defender um litigante, passa a defender o 
outro. 
 
As partes contrárias são as pessoas com 
interesses diversos na mesma causa 
(pessoas físicas ou jurídicas, autor, réu, 
ofendido etc.), não sendo suficiente que 
haja colisão de interesses, pois é 
necessário que as partes sejam contrárias. 
Como “mesma causa” deve-se entender a 
mesma pretensão jurídica, ainda que ela se 
estenda em processos diversos, como, por 
exemplo, a cobrança de alimentos por 
períodos sucessivos. 
 
A consumação ocorre com a efetiva prática 
de ato processual no interesse simultâneo 
de partes contrárias. 
 
O consentimento exclui a ilicitude da 
conduta. É admissível a tentativa na 
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33
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modalidade de defesa simultânea, mas não 
na de patrocínio sucessivo. 
 
Exemplo: Em uma separação consensual, 
no qual o advogado defende interesses de 
ambos os cônjuges há inexistência de 
crime, podendo os cônjuges contratar o 
mesmo advogado, pois inexistem partes 
contrárias. Em uma separação litigiosa, o 
advogado que defende ambos os cônjuges 
pratica o crime de patrocínio simultâneo. 
SONEGAÇÃO DE 
PAPEL OU OBJETO 
DE VALOR 
PROBATÓRIO 
Inutilizar, total ou 
parcialmente, ou 
deixar de restituir 
autos, documento ou 
objeto de valor 
probatório, que 
recebeu na qualidade 
de advogado ou 
procurador 
Este crime quase não é encontrado em 
provas, bastando o conhecimento da 
conduta típica. 
EXPLORAÇÃO DE 
PRESTÍGIO 
Solicitar ou receber 
dinheiro ou qualquer 
outra utilidade, a 
pretexto de influir em 
juiz, jurado, órgão do 
Ministério Público, 
funcionário de 
justiça, perito, 
tradutor, intérprete 
ou testemunha. 
Trata-se de delito bem parecido com o 
tráfico de influência que analisamos na aula 
passada. 
A diferença reside no fato de que aqui a lei 
expressamente cita as pessoas que servem 
à justiça (em juiz, jurado, órgão do 
Ministério Público, funcionário de justiça, 
perito, tradutor, intérprete ou testemunha). 
O rol é taxativo. 
 
A consumação ocorre com a solicitação ou 
recebimento e a tentativa é admissível no 
caso de solicitação por escrito e no 
recebimento. 
 
TIPO QUALIFICADO: 
 
As penas aumentam-se de um terço, se o 
agente alega ou insinua que o dinheiro ou 
utilidade também se destina a qualquer das 
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pessoas referidas no dispositivo legal. 
VIOLÊNCIA OU 
FRAUDE EM 
ARREMATAÇÃO 
JUDICIAL 
Impedir, perturbar ou 
fraudar arrematação 
Judicial; afastar ou 
procurar afastar 
concorrente ou 
licitante, por meio de 
violência, grave 
ameaça, fraude ou 
oferecimento de 
vantagem. 
Atenha-se apenas ao conhecimento da 
figura típica. 
DESOBEDIÊNCIA A 
DECISÃO JUDICIAL 
SOBRE PERDA OU 
SUSPENSÃO DE 
DIREITO 
Exercer função, 
atividade, direito, 
autoridade ou múnus, 
de que foi suspenso 
ou privado por 
decisão judicial. 
Trata-se de crime próprio, pois só pode ser 
cometido por quem foi suspenso ou privado 
por decisão judicial, de exercer função, 
atividade, direito, autoridade ou múnus. 
 
Consuma-se o delito no momento em que o 
sujeito desobedece à decisão judicial e 
passa a exercer atividade, direito, função 
etc. Admite-se a tentativa. 
 
6.3 CONSIDERAÇÕES FINAIS SOBRE OS CRIMES CONTRA A 
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
 
6.3.1 CONCURSO DE PESSOAS 
 
Imagine que Tício, funcionário público, pratica o delito de peculato junto com 
Mévio, que não faz parte do quadro da Administração. Poderá Mévio, sendo 
particular, responder pelo citado crime (PECULATO)? 
A resposta é positiva, pois na hipótese de concurso de pessoas, a elementar 
“funcionário público” é comunicável, desde que cumprido um requisito 
essencial: É necessário que o terceiro (particular) tenha conhecimento de que 
pratica o delito juntamente com um funcionário público. Observe o disposto 
sobre o tema no Código Penal: 
 
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Art. 30 - Não se comunicam as circunstâncias e as condições de 
caráter pessoal, salvo quando elementares do crime. 
 
Para exemplificar, imagine que Caio é convidado por Tício, funcionário público, 
para cometer um furto. Sem saber da qualidade especial de Tício, Caio pratica 
o delito. Nesta situação, responderá Tício por peculato-furto e Caio por furto. 
É importante ressaltar que não há necessidade de que o terceiro conheça 
EXATAMENTE o que o funcionário público faz, ou seja, aqui vale o dolo 
eventual, bastando que saiba que o “companheiro do delito”, também 
chamado executor primário, exerce serviço de natureza pública. 
 
************************************************** 
 
 
FUTURO (A) APROVADO (A), 
 
Mais uma etapa completada. Aqui finalizamos os temas de nossa aula e, para 
complementar, nada mais importante do que muita prática. 
Sendo assim, seguem exercícios para você se divertir e consolidar de vez o 
aprendizado. 
Procure fazer primeiro a lista com as questões SEM O GABARITO apresentada no 
final da aula e depois confira suas respostas. 
Abraços e bons estudos, 
Pedro Ivo 
 
"A vitória pertence ao mais perseverante.” 
(Napoleão Bonaparte) 
 
 
 
 
 
 
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RESUMO DA MATÉRIA APRESENTADA 
 
CRIME CONDUTA CONSUMAÇÃO TENTATIVA 
USURPAÇÃO DE 
FUNÇÃO PÚBLICA 
 
Usurpar o exercício de função 
pública. 
Se do fato o agente aufere 
vantagem � Tipo qualificado. 
O crime é consumado com 
a prática do primeiro ato 
de ofício, independente do 
resultado, ou seja, não 
importando se o exercício 
da função usurpada é 
gratuito ou oneroso. 
 
RESISTÊNCIA 
Opor-se à execução de ato 
legal mediante violência ou 
ameaça à funcionário 
competente para executá-lo 
ou a quem lhe esteja 
prestando auxílio. 
Se o ato, em razão da 
resistência, não se executa � 
Tipo qualificado. 
É delito formal, 
consumando-se no 
momento da violência ou 
ameaça. 
 
DESOBEDIÊNCIA 
Desobedecer à ordem legal de 
funcionário público. 
O crime é consumado com 
a ação ou omissão 
(omissivo próprio) do 
desobediente. 
 
DESACATO 
Desacatar funcionário público 
no exercício da função ou em 
razão dela. 
O crime é consumado com 
o ato ofensivo. 
 
 
TRÁFICO DE 
INFLUÊNCIA 
Solicitar, exigir, cobrar ou 
obter, para si ou para outrem, 
vantagem ou promessa de 
vantagem, a pretexto de 
influir em ato praticado por 
funcionário público no 
No verbo obter, trata-se 
de CRIME MATERIAL e a 
consumação ocorre no 
momento em que o sujeito 
obtém a vantagem (ou a 
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exercício da função. 
A pena é aumentada da 
metade se o agente alega ou 
insinua que a vantagem é 
também destinada ao 
funcionário. 
promessa). 
Nos verbos solicitar, exigir 
e cobrar, temos o CRIME 
FORMAL e a consumação 
opera-se com a simples 
ação do sujeito. 
 
CORRUPÇÃO ATIVA 
 
Oferecer ou prometer 
vantagem indevida a 
funcionário público, para 
determiná-lo a praticar, omitir 
ou retardar ato de ofício. 
A pena é aumentada de um 
terço se, em razão da 
vantagem ou promessa, o 
funcionário retarda ou omite 
ato de ofício ou o pratica 
infringindo dever funcional. 
O crime é FORMAL e 
consuma-se no momento 
em que o funcionário 
público toma 
conhecimento da oferta ou 
promessa. 
 
 
CONTRABANDO OU 
DESCAMINHO 
Importar ou exportar 
mercadoria proibida ou iludir, 
no todo ou em parte, o 
pagamento de direito ou 
imposto devido pela entrada, 
pela saída ou pelo consumo 
de mercadoria. 
Se a mercadoria deu 
entrada ou saída pela 
alfândega, a consumação 
ocorre no momento em 
que a mercadoria é 
liberada. Se a conduta é 
interrompida e não ocorre 
a liberação, há tentativa. 
Se a mercadoria entra por 
outro local que não pela 
aduana, consuma-se o 
delito no momento da 
entrada em território 
nacional. 
 
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INUTILIZAÇÃO DE 
EDITAL OU DE 
SINAL 
Rasgar ou, de qualquer 
forma, inutilizar ou 
conspurcar edital afixado por 
ordem de funcionário público; 
violar ou inutilizar selo ou 
sinal empregado, por 
determinação legal ou por 
ordem de funcionário público 
para identificar ou cerrar 
qualquer objeto. 
Trata-se de CRIME 
MATERIAL. Consuma-se o 
delito com o ato de rasgar, 
inutilizar, conspurcar ou 
violar. 
 
SUBTRAÇÃO OU 
INUTILIZAÇÃO DE 
LIVRO OU 
DOCUMENTO 
Subtrair ou inutilizar, total ou 
parcialmente, livro oficial, 
processo ou documento 
confiado à custódia de 
funcionário em razão de ofício 
ou de particular em serviço 
público. 
O crime é consumado com 
a subtração ou efetivação 
da inutilização. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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EXERCÍCIOS 
 
1. (CESPE / Analista Judiciário - STM / 2011) Caso o indivíduo X, servidor 
público, aceite dinheiro oferecido pelo indivíduo Y para retardar o 
andamento de processo que tramita na vara onde X exerce suas funções, 
os dois deverão responder por corrupção passiva, em concurso de 
pessoas. 
 
Errado. O agente público, se solicita ou recebe vantagem indevida, responde por 
corrupção passiva. Diferentemente, a pessoa que oferece ou promete responde 
por corrupção ativa. 
 
2. (CESPE / Analista Judiciário - STM / 2011) A pessoa que exige para si 
vantagem a pretexto de influir em ato praticado por servidor público no 
exercício da função comete crime de tráfico de influência. Caracteriza-se 
a exploração de prestígio quando a solicitação é feita a pretexto de 
influir, por exemplo, sobre juiz ou funcionário da justiça. 
 
Certo. A questão enuncia de forma correta o tráfico de influência (art. 332, do 
CP) e o delito de exploração de prestígio (art. 357, do CP). 
 
3. (CESPE / Juiz - TRT 1ª Região / 2010) Quem der causa à instauração 
de mera investigação administrativa contra alguém, imputando-lhe crime 
de que o sabe inocente, não responde pelo delito de denunciação 
caluniosa. 
 
Errado. A denunciação caluniosa está prevista no art. 339 do código Penal. É 
definida como a conduta de dar causa à instauração de investigação policial, de 
processo judicial, instauração de investigação administrativa, inquérito civil 
ou ação de improbidade administrativa contra alguém, imputando-lhe crime de 
que o sabe inocente. 
 
4. (CESPE / Juiz - TRT 1ª Região / 2010) Aquele que provoca a ação de 
autoridade, comunicando-lhe a ocorrência de simples contravenção penal 
que sabe não se ter verificado, não comete crime contra a administração 
da justiça. 
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Errado. Aquele que provoca a ação de autoridade, comunicando-lhe a ocorrência 
de simples contravenção penal que sabe não se ter verificado, comete crime de 
comunicação falsa de crime ou de contravenção, delito previsto no art. 340 
do Código Penal 
 
5. (CESPE / Juiz - TRT 1ª Região / 2010) Aquele que facilita a entrada de 
aparelho telefônico de comunicação móvel, de rádio ou similar, sem 
autorização legal, em estabelecimento prisional comete crime contra a 
administração da justiça. 
 
Certo. Ingressar, promover, intermediar, auxiliar ou facilitar a entrada de 
aparelho telefônico de comunicação móvel, de rádio ou similar, sem autorização 
legal, em estabelecimento prisional, caracteriza modalidade de favorecimento 
real, prevista no art. 349-A do Código Penal. 
 
6. (CESPE / Juiz - TRT 1ª Região / 2010) A respeito do delito de falso 
testemunho, o Código Penal adotou, em relação à falsidade, a teoria 
objetiva, segundo a qual o delito se consuma com a mera divergência 
entre o fato narrado e a realidade dos fatos. 
 
Errado. A doutrina menciona a existência de duas teorias: objetiva e subjetiva. A 
primeira diz que a falsidade corresponde aos fatos que não aconteceram, mas 
que foram narrados como se tivessem acontecido. Denota mera divergência entre 
o fato narrado e a realidade dos fatos. A segunda teoria relaciona-se diretamente 
à ciência do agente. Refere que a falsidade é o relato verdadeiro, amplamente em 
consonância com os fatos, mas que não foram presenciados pela testemunha. Ou 
seja, o agente falsamente afirma ter presenciado um fato verídico. 
O Código Penal, no que diz respeito ao falso testemunho, adota a teoria 
subjetiva. Assim, para fins de comprovação do crime de falso testemunho (art. 
342 do CP), é necessário que reste demonstrada a dissensão entre o depoimento 
e a ciência da testemunha (teoria subjetiva), e não a mera existência de 
contraste entre o depoimento da testemunha e o que efetivamente sucedeu 
(teoria objetiva). 
 
7. (CESPE / Juiz - TRT 1ª Região / 2010) A fraude processual é crime 
comum e material, exigindo-se, para a sua consumação, que o juiz ou o 
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perito tenham sido efetivamente induzidos a erro, não podendo ser 
cometido por pessoa que não tenha interesse no processo. 
 
Errado. O código penal brasileiro prevê em seu artigo 347 o crime de fraude 
processual. O referido dispositivo pressupõe que, na pendência da lide, o agente 
inove artificiosamente o estado do lugar, da coisa ou da pessoa, com o fito de 
induzir em erro o juiz ou o perito. 
A fraude processual é crime comum e formal, não se exigindo para a sua 
consumação, que o juiz ou o perito tenham sido efetivamente induzidos a erro, 
bastando que a inovação seja apta, num primeiro momento, a produzir tal 
resultado. 
O sujeito ativo do crime poderá ser qualquer pessoa, pois trata-se de crime 
comum, podendo o agente ter ou não interesse na lide, ou seja, incorrerá em 
crime inclusive pessoa estranha a relação processual. O sujeito passivo é o 
Estado e a pessoa prejudicada pela ação do agente. 
 
8. (CESPE / AGU-ADM / 2010) Um servidor público, nomeado para 
elaborar prova de concurso para a progressão de servidores para classe 
imediatamente superior, antecipou a alguns candidatos as questões e as 
respostas do exame, o que acarretou graves consequências de ordem 
administrativa e patrimonial devido à anulação do certame. Nessa 
situação, além das sanções administrativas correspondentes, o agente 
responderá pelo crime de violação de sigilo funcional. 
 
Certo. A conduta descrita caracteriza o delito de violação de sigilo funcional. Tal 
delito encontra-se definido no art. 325 do Código Penal como a conduta de 
Revelar fato de que tem ciência em razão do cargo e que deva permanecer em 
segredo, ou facilitar-lhe a revelação. 
 
9. (CESPE / AGU-ADM / 2010) Um delegado de polícia, por desleixo e 
mera indolência, omitiu-se na apuração de diversas ocorrências policiais 
sob sua responsabilidade, não cumprindo, pelos mesmos motivos, o 
prazo de conclusão de vários procedimentos policiais em curso. Nessa 
situação, a conduta do policial constitui crime de prevaricação. 
 
Errado. A prevaricação está definida no artigo 319 do Código Penal como a 
conduta de retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou 
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praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou 
sentimento pessoal. 
O tipo penal exige com elemento subjetivo o dolo e a intenção de satisfazer 
interesse ou sentimento pessoal. 
Como na questão não há qualquer menção ao fato de à autoridade querer 
satisfazer interesse ou sentimento pessoal, não estará caracterizada a 
prevaricação. 
 
10. (CESPE / AGU-ADM / 2010) Um policial militar em serviço, ao 
abordar um cidadão, exigiu dele o pagamento de determinada soma em 
dinheiro, utilizando-se de violência e ameaçando-o de sequestrar o seu 
filho. A vítima, ante o temor da ameaça, cedeu às exigências formuladas 
e entregou ao policial a quantia exigida. Nessa situação, não obstante a 
prática de crime pelo agente, não há que se falar em delito de concussão, 
pois inexiste nexo causal entre a função pública desempenhada pelo 
policial e a ameaça proferida. 
 
Certo. Para que haja concussão é necessário que exista correlação ou nexo causal 
entre a ameaça e a função pública desempenhada pelo agente. No caso em 
análise não há correlação, não há nexo, pois qualquer pessoa e não apenas um 
policial poderia ameaçar sequestrar o filho da vítima a fim de obter a vantagem 
indevida. 
 
11. (CESPE / AGU-ADM / 2010) Um funcionário que ocupa cargo em 
comissão de uma prefeitura foi exonerado, de ofício, pelo prefeito, tendo 
sido formalmente cientificado do ato mediante comunicação oficial 
devidamente publicada no diário oficial. A despeito disso, o servidor 
continuou a praticar atos próprios da função pública, sem preencher 
condições legais para tanto. Nessa situação, configurou-se o delito de 
usurpação de função pública. 
 
Errado. O crime de Usurpação de função pública, previsto no art. 328 do Código 
Penal, consiste em usurpar o exercício de função pública. 
Usurpar que é derivado do latim USURPARE, significa apossar-se sem ter direito. 
Usurpar a função pública é, portanto, exercer ou praticar ato de uma função 
que não lhe é devida. 
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A punição se dá quando alguém toma para si, indevidamente, uma função pública 
alheia, praticando algum ato ou vontade correspondente, entretanto, a função 
usurpada há de ser absolutamente estranha ao usurpador para a configuração do 
crime. 
 
12. (CESPE / Procurador - BACEN / 2009) Não haverá o crime de 
condescendência criminosa quando faltar ao funcionário público 
competência para responsabilizar o subordinado que cometeu a infração 
no exercício do cargo. 
 
Errado. O crime de condescendência criminosa, previsto no art. 320 do Código 
Penal, pode ocorrer em duas situações: Quando o funcionário, por indulgência, 
deixar de responsabilizar subordinado que cometeu infração no exercício do cargo 
ou, quando lhe falte competência, não levar o fato ao conhecimento da 
autoridade competente.Assim, não é correto afirmar que o delito em tela só 
ocorre quando há relação de subordinação. 
 
13. (CESPE / Procurador - BACEN / 2009) No crime de prevaricação, a 
satisfação de interesse ou sentimento pessoal é mero exaurimento do 
crime, não sendo obrigatória a sua presença para a configuração do 
delito 
 
Errado. Consiste a prevaricação em retardar ou deixar de praticar, 
indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, para 
satisfazer interesse ou sentimento pessoal. Assim, a satisfação de interesse ou 
sentimento pessoal não é mero exaurimento do crime, mas sim elemento 
subjetivo que deve coexistir com o dolo, a fim de caracterizar o crime. 
 
14. (CESPE / Procurador - BACEN / 2009) A ocorrência de prejuízo 
público como resultado do fato não influencia a pena do crime de 
abandono de função. 
 
Errado. Conforme previsão do § 1º do art. 323 do Código Penal, se do abandono 
de função resulta prejuízo público, a pena é ampliada em relação ao tipo 
fundamental. 
 
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15. (CESPE / Analista - IBRAM / 2009) O agente público que, 
descumprindo dever funcional, praticar ato de ofício apenas por ceder à 
influência de outrem comete o crime de prevaricação. 
 
Errado. Caracteriza o delito de corrupção passiva, previsto no § 2º do art. 317 
do Código Penal o fato de o funcionário praticar, deixar de praticar ou retardar 
ato de ofício, com infração de dever funcional, cedendo a pedido ou influência de 
outrem. 
 
16. (CESPE / Analista - IBRAM / 2009) O agente público que, mediante 
ameaças e lesão corporal, exige vantagem pecuniária indevida comete o 
crime de concussão. 
 
Errado. O delito de concussão, previsto no art. 316 do Código Penal, se tipifica 
quando o funcionário público exige, impõe, ameaça ou intima a vantagem espúria 
e o sujeito passivo cede à exigência pelo temor. Em outros termos, o crime de 
concussão é uma espécie de extorsão praticada pelo funcionário público, com 
abuso de autoridade, contra particular que cede ou virá a ceder em face do 
metu publicae potestatis (medo do poder público). Neste delito a exigência 
não advém de ameaças e lesão corporal. 
 
17. (CESPE / Analista Judiciário - TRE-MA / 2009) No delito de peculato, 
é desnecessário o elemento subjetivo do tipo denominado animus rem 
sibi habendi, sendo certo que o mero uso do bem público para satisfazer 
interesse particular, ainda que haja devolução posterior, configura o 
crime em tela. 
 
Errado. No crime de peculato, definido no art. 312 do Código Penal, o elemento 
subjetivo do tipo é o dolo, caracterizado pela vontade livre e consciente de 
apropriar-se ou desviar a coisa móvel pública ou particular, com o ânimo de 
apoderar-se dela de forma definitiva sem a intenção de restituí-la. O funcionário 
passa a agir como se fosse o dono ou desvia a coisa dando um fim diverso do 
previsto legalmente. É o denominado animus rem sibi habendi. 
 
18. (CESPE / Analista Judiciário - TRE-MA / 2009) É inadmissível a 
aplicação do princípio da insignificância aos delitos praticados contra a 
administração pública. 
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Errado. A questão acima é controvertida em nossos tribunais superiores. Existem 
decisões divergentes entre o STJ e o STF. O STF no HC 87.478-PA entendeu ser 
perfeitamente aplicável o principio da insignificância nos crimes contra a 
Administração Pública. Já o STJ no REsp. 655.946-DF entendeu não ser aplicável. 
O CESPE segue o entendimento do STF segundo o qual é admissível a aplicação 
do princípio da insignificância aos delitos praticados contra a Administração 
Pública. 
 
19. (CESPE / Analista Judiciário - TRE-MA / 2009) A formalidade do 
compromisso não integra o crime de falso testemunho, razão pela qual 
quem não é obrigado pela lei a testemunhar, mas que se dispõe a fazê-lo 
e é advertido pelo juiz, mesmo sem ter prestado compromisso, pode ficar 
sujeito às penas do crime de falso testemunho. 
 
Certo. Segundo o entendimento do STF, a formalidade do compromisso não mais 
integra o tipo do crime de falso testemunho, diversamente do que ocorria no 
primeiro Código Penal da Republica, Decreto 847, de 11/10/1890. Quem não e 
obrigado pela lei a depor como testemunha, mas que se dispõe a fazê-lo e é 
advertido pelo Juiz, mesmo sem ter prestado compromisso pode ficar sujeito as 
penas do crime de falso testemunho. 
 
20. (CESPE / Analista Judiciário - TRE-MA / 2009) A autoridade 
administrativa que se nega a cumprir ordem judicial para satisfazer 
sentimento pessoal pratica o delito de desobediência. 
 
Errado. O crime de desobediência não pode ter por sujeito ativo o funcionário 
público, salvo atuando como particular, ou seja, descumprindo ordem não 
referente às suas funções. 
Se o servidor público, recebendo ordem judicial para cumprimento, retarda ou 
deixa de praticar, indevidamente, os respectivos atos de ofício, ou os pratica 
contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento 
pessoal, resta passível de ser processado criminalmente, porém por prevaricação 
(art. 319 do CP). 
 
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21. (CESPE / Analista Judiciário - TRE-MA / 2009) Policial civil que 
ingressa no depósito de veículos e subtrai uma motocicleta apreendida 
comete o crime de peculato desvio. 
 
Errado. No caso em tela, há ocorrência do peculato furto. Segundo o STF, tal 
espécie de peculato ocorre quando o funcionário público não detém a posse da 
coisa (valor, dinheiro ou outro bem móvel) em razão do cargo que ocupa, mas 
sua qualidade de funcionário público propicia facilidade para a ocorrência da 
subtração devido ao trânsito que mantém no órgão público em que atua ou 
desempenha suas funções 
 
22. (CESPE / Analista Judiciário - TRE-MA / 2009) Comete o crime de 
concussão o médico de hospital público que exige de paciente, em razão 
de sua função, dinheiro para viabilizar o atendimento pelo SUS. 
 
Certo. O médico do SUS, nos termos do art. 327 do Código Penal, é considerado 
funcionário público para fins penais. Assim, como a conduta se enquadra na 
figura típica do art. 316, responderá o agente pelo crime de concussão. 
 
23. (CESPE / Analista Judiciário - TRE-MA / 2009) Se um gerente do 
Banco do Brasil, entidade paraestatal, apropriar-se de dinheiro particular 
de que tem a posse em razão do cargo, o crime por ele cometido será o 
de apropriação indébita, uma vez que ele não pode ser considerado 
funcionário público para fins penais. 
 
Errado. Segundo o art. 327 do Código Penal, considera-se funcionário público, 
para os efeitos penais, quem, embora transitoriamente ou sem remuneração, 
exerce cargo, emprego ou função pública. O Banco do Brasil é uma sociedade de 
economia mista, integra a Administração Indireta e, portanto, o gerente será 
considerado funcionário público para fins penais. 
 
24. (CESPE / Analista Judiciário - TRE-MA / 2009) No crime de 
concussão, o ressarcimento do dano é causa de extinção da punibilidade. 
 
Errado. O Código Penal não prevê hipótese de extinção de punibilidade, no caso 
de ressarcimento do dano, para o delito de concussão. 
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