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Perspectivas a respeito dos conceitos de Contextualização, Flexibilidade e Interdisciplinaridade presentes nos currículos

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Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira – Universidade 
Estadual Júlio de Mesquita Filho 
 
Disciplina: Currículo, Cultura e Sociedade 
Docente: Prof. Dr. Harryson Júnio Lessa Gonçalves 
Mestrando: Sérgio do Nascimento Senna 
 
Perspectivas a respeito dos conceitos de 
Contextualização, Flexibilidade e 
Interdisciplinaridade presentes nos currículos 
1 
CONTEXTUALIZAÇÃO 
BISERRA, João Aloisio. Contextualização: Possíveis relações entre o 
olhar de professores de matemática e os Livros didáticos adotados. 
2013. 188 f. Dissertação (Mestrado). Curso de Educação, Universidade 
Federal do Mato Grosso, Cuiabá, 2013. 
 
 
2 
 
 
 
O que é contexto? 
 
O que é contextualização? 
 
 
 
3 
Contextualização é ... 
 
 
 
A contextualização do saber é uma das mais importantes noções 
pedagógicas que devem ocupar um lugar de maior destaque na 
análise didática contemporânea. Trata-se de um conceito didático 
fundamental para a expansão do significado da educação escolar. O 
valor educacional de uma disciplina expande na medida em que o 
aluno compreende os vínculos do conteúdo estudado com o 
contexto compreensível por ele (PAIS, 2002, p.27). 
4 
Lei nº 9394/96: Seção IV - Do Ensino Médio 
Art. 35-A. A Base Nacional Comum Curricular definirá direitos e 
objetivos de aprendizagem do Ensino Médio, conforme diretrizes do 
Conselho Nacional de Educação, nas seguintes áreas do 
conhecimento: 
 
I - linguagens e suas tecnologias; 
II - matemática e suas tecnologias; 
III - ciências da natureza e suas tecnologias; 
IV - ciências humanas e sociais aplicadas. 
 
§ 1o A parte diversificada dos currículos de que trata o caput do 
art. 26, definida em cada sistema de ensino, deverá estar 
harmonizada à Base Nacional Comum Curricular e ser articulada a 
partir do contexto histórico, econômico, social, ambiental e cultural. 
5 
Lei nº 9394/96: Seção IV - Do Ensino Médio 
 
Art. 36. O currículo do Ensino Médio será composto pela Base 
Nacional Comum Curricular e por itinerários formativos, que deverão 
ser organizados por meio da oferta de diferentes arranjos 
curriculares, conforme a relevância para o contexto local e a 
possibilidade dos sistemas de ensino, a saber: 
 
I - linguagens e suas tecnologias; 
II - matemática e suas tecnologias; 
III - ciências da natureza e suas tecnologias; 
IV - ciências humanas e sociais aplicadas; 
V - formação técnica e profissional. 
6 
Contextualização Histórico-Cultural 
FREIRE, Paulo. 
Ação cultural 
para a liberdade. 
5ª ed: Rio de 
Janeiro, Paz e 
Terra. 1981. 
CULTURA DO 
SILÊNCIO 
7 
Contextualização Histórico-Cultural 
 
 
 
 
 
Abordar uma realidade cultural é tomar para o estudo exatamente a 
transformabilidade de algo dinâmico que se cumpre na dialética 
entre continuidade e ruptura, inovação e tradição (MORAIS, 1989, 
p.75). 
 
8 
Contextualização Histórico-Cultural 
 
 
 
O diálogo não tem nada que ver, de um lado, com o monólogo 
do educador “bancário”; de outro, com o silêncio espontaneista 
de certo tipo de educador liberal. O diálogo engaja ativamente 
a ambos os sujeitos do ato de conhecer educador-educando e 
educando-educador (FREIRE, 1981, p. 42). 
9 
Contextualização Sóciopolitica 
 
 
 
Inclusive, Biserra (2013) se fundamenta em Freire (1983) para 
defender no âmbito da educação a importância de um ensino 
contextualizado sociopoliticamente objetivando uma tomada 
de consciência (crítica) que possibilite o aluno ver realmente a 
sociedade com seus próprios olhos, podendo interagir, intervir 
e contribuir para o desenvolvimento da mesma. 
10 
FLEXIBILIDADE 
DE ROSSI, V. L. S. A gestão do currículo no tempo flexível: uma 
reflexão inicial. In: PACHECO, J. A.; MORGADO, J. C.; VIANA, I. M. T. 
C. (Org.) Caminhos da flexibilização e Integração: políticas 
curriculares. 1ed., Braga e Porto: Porto Editora, 2000, v. 1, p. 147-155. 
 
 
11 
Lei nº 9394/96: Seção IV - Do Ensino Médio 
 
EXPLICITAMENTE! 
 
Art. 35. O Ensino Médio, etapa final da Educação Básica, com 
duração mínima de três anos, terá como finalidades: 
 
II - a preparação básica para o trabalho e a cidadania do educando, 
para continuar aprendendo, de modo a ser capaz de se adaptar com 
flexibilidade a novas condições de ocupação ou aperfeiçoamento 
posteriores; 
12 
O que é conservadorismo na Educação? 
(Correia, 2013) 
 
Esse autor, nos alertou para o contexto conservador que 
interferiu nas reformas educacionais realizadas na década de 
1990. 
 
 
Aí estão os discursos afirmando que a educação deve formar 
para o mercado de trabalho (tecnicismo) e para a cidadania 
(escolanovismo e construtivismo). (CORREIA, 2013, p. 86) 
 
13 
Lei nº 9394/96: Título IV – Da organização 
do Educação Nacional 
IMPLICITAMENTE! 
 
 
Art. 15. Os sistemas de ensino assegurarão às unidades 
escolares públicas de Educação Básica que os integram 
progressivos graus de autonomia pedagógica e administrativa 
e de gestão financeira, observadas as normas gerais de direito 
financeiro público. 
14 
Sentidos de flexibilidade 
 
A palavra – flexibilidade – vem do latim e quer dizer – 
qualidade do que é flexível. No século XV na língua inglesa, a 
palavra flexibilidade passa a ser mais usada para designar a 
capacidade de ceder e recuperar-se, ou ainda, de teste e 
restauração da forma. Até hoje, em Língua Portuguesa, 
flexibilidade também tem um sentido positivo de: – 
elasticidade, destreza, flexibilidade corporal, maleabilidade de 
espírito, docilidade e compreensão. Inflexível, por sua vez, 
carrega toda a carga de comportamento indesejável, 
implacável, indiferente, insensível, inexorável. (DE ROSSI, 
2000, p. 148) 
15 
 
 
 
 
Hoje, as práticas de flexibilidade concentram-se mais nas 
forças que dobram as pessoas e não na sua recuperação 
normal. (DE ROSSI, 2000, p. 148) 
16 
17 
Conclusões 
Segundo De Rossi (2000), temos as seguintes conclusões: 
 
Surge um novo sistema de poder (reinvenção do sistema neoliberal 
– 1980/1990) que recria, por exemplo, a escola com concentração 
de poder sem centralizá-lo. 
 
Mesmo com o “estado fraco”, defendido pelo neoliberalismo, este 
sistema de poder fragmentado o possibilita intervir e, tudo isso, 
aliado a um clima de otimismo criado pela termo. 
 
Um sistema educacional flexível, educadores com comportamento 
flexíveis adaptam as mudanças rápidas, contínuas e inesperadas 
fragmentando o tempo que associa o presente apenas ao futuro, 
tornando-se descontínuo do passado. Assim, mudança é sempre 
vista como sempre melhor do que a permanência, por mais 
improdutiva e desorganizada que seja. 
18 
Conclusões 
 
 
Segundo De Rossi (2000), podemos concluir também que: 
 
Contrapondo a rigidez do fordismo e do taylorismo cujo tempo 
era contabilizado pelos relógios de ponto, o novo sistema de 
poder esta baseado no tempo da flexibilidade e no toyotismo 
(Just in Time / Controle Total de Qualidade). 
 
 
19 
Um caminho ... 
 
 
As práticas de flexibilidade deveriam estar associadas aos 
sentidos positivos existentes na Língua Portuguesa – 
maleabilidade de espírito, compreensão e tolerância – em vez 
de apatia. Desse modo, a flexibilidade possibilitaria consolidar 
uma gestão conflitual dos currículos, bem como, das 
organizações sindicais e partidárias que favoreçam a política 
de flexibilização. 
20 
INTERDISCIPLINARIDADE 
LENOIR,Yves. Três interpretações da perspectiva interdisciplinar em educação em função de três tradições culturais 
distintas. Revista e-curriculum, v. 1, n. 1, 2005. 
 
FORTES, Clarissa Corrêa. Interdisciplinaridade: origem, conceito e valor. Revista acadêmica Senac on-line. 6a ed. setembro-
novembro, 2009. 
 
GARCIA, Joe. A interdisciplinaridade segundo os PCNs. Revista de Educação Pública, v. 17, n. 35, p. 363-378, 2012. 
 
MORIN, E. A Articulação dos saberes. In: MORIN, E.; ALMEIDA, M.C.; CARVALHO, E.A. (Org.). Educação e complexidade: os 
sete saberes e outros ensaios. São Paulo: Cortez, 2002. 
 
CARLOS, Jairo Gonçalves. Interdisciplinaridade no Ensino Médio: desafios e potencialidades. 2007, 171 f. Dissertação 
(mestrado) – Curso de Ensino de Ciências, Universidade de Brasília, Brasília, 2007. 
 
GONÇALVES, H. J. L. A educação profissional e o ensino de matemática: conjunturas para uma abordagem interdisciplinar. 
2012. 173 f. Tese (Doutorado em Educação Matemática) – Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 2012. 
 
FAZENDA, I. C. Integração e interdisciplinaridade no ensino brasileiro: efetividade ou ideologia. 2. ed. São Paulo: Edições Loyola, 
1992. 
 
 
 
21 
Uma conceito polissêmico 
 
 
Segundo Jacquad, o conceito de interdisciplinaridade é 
polissêmico e se assemelha a uma esponja que 
 
“[...] se enriquece de todos os sentidos atribuídos por aqueles 
que a empregam; mas, quando espremida (a esponja), ela se 
esvazia; repetindo várias vezes, ela (a palavra) corre o risco 
de não mais ter qualquer significado”. (JACQUAD, 1987, p. 
301, apud LENOIR, 2005, p. ?) 
22 
Nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) 
 
 
Para exemplificação, nos PCN do Ensino Fundamental e 
Ensino Médio, Garcia (2012) identificou que ele está 
relacionado a diferentes significados: abordagem 
epistemológica, modo de articular conteúdos, forma de 
contribuição das disciplinas, forma de organizar as disciplinas 
em projetos, perspectiva de reorganização curricular, 
instrumento para articular conhecimentos e processo de 
integração das disciplinas. 
 
 
23 
Nas Diretrizes Curriculares Nacionais da 
Educação Básica 
 
 
 
A interdisciplinaridade é, portanto, entendida aqui como 
abordagem teórico-metodológica em que a ênfase incide 
sobre o trabalho de integração das diferentes áreas do 
conhecimento, um real trabalho de cooperação e troca, aberto 
ao diálogo e ao planejamento (Nogueira, 2001, p. 27) 
24 
Inter – disciplina – ridade 
 
 
 
Qual a origem da discussão dessa 
temática? 
25 
A disciplina 
 
Para se entender o termo interdisciplinaridade, deve-se partir 
da noção de disciplina: 
 
Uma categoria que organiza o conhecimento científico e que 
institui nesse conhecimento a divisão e a especialização do 
trabalho respondendo à diversidade de domínios que as 
ciências recobrem. Apesar de estar englobada num conjunto 
científico mais vasto, uma disciplina tende naturalmente à 
autonomia pela delimitação de suas fronteiras, pela linguagem 
que instaura, pelas técnicas que é levada a elaborar ou a 
utilizar e, eventualmente, pelas teorias que lhe são próprias 
(MORIN, 2002, p.37). 
26 
 
No entanto, 
 
“[...] a interdisciplinaridade se trata de uma prática que não 
dilui as disciplinas no contexto escolar, mas que amplia o 
trabalho disciplinar na medida em que promove a aproximação 
e a articulação das atividades docentes numa ação 
coordenada e orientada para objetivos bem definidos 
(CARLOS, 2007, p.7). 
27 
Multi, pluri, inter e trans 
 
 
Segundo Mangini e Mioto (2009, apud Gonçalves, 2013), foi a 
partir do relatório do Centro para Pesquisa e Inovação do 
Ensino (CERI) publicado em 1969, que apontou uma 
imprecisão terminológica dos programas de estudos das 
universidades em relação a integração dos saberes, que se 
inicia uma reflexão epistemológica visando uma conceituação, 
diferenciando-a em quatro níveis: multidisciplinaridade, 
pluridisciplinaridade, interdisciplinaridade e 
transdisciplinaridade. 
28 
Divergências em vez do consenso 
 
 
 
As contribuições de especialistas como Jantasch, 
Heckhausen, Piaget, Michaud, nos eventos relacionados, 
conformaram as bases conceituais da interdisciplinaridade. 
Contudo, apesar das semelhanças entra alguns grupos de 
estudiosos não se chegou a uma definição consensual. 
(MANGINI; MIOTO, 2009, p. 208) 
29 
Multi, pluri, inter e trans segundo Michaud 
1. Multidisciplina – Justaposição de disciplinas diversas, desprovidas de 
relação aparente entre elas. Ex.: música + matemática + história. 
2. Pluridisciplina – Justaposição de disciplinas mais ou menos vizinhas nos 
domínios do conhecimento. Ex: domínio científico: matemática + física. 
3. Interdisciplina – Interação existente entre duas ou mais disciplinas. Essa 
interação pode ir da simples comunicação de ideias à integração mútua 
dos conceitos diretores da epistemologia, da terminologia, da 
metodologia, dos procedimentos, dos dados e da organização 
referentes ao ensino e à pesquisa. Um grupo interdisciplinar compõe-se 
de pessoas que receberam sua formação em diferentes domínios do 
conhecimento (disciplinas) com seus métodos, conceitos, dados e 
termos próprios. 
4. Transdisciplina – resultado de uma axiomática comum a um conjunto de 
disciplinas (ex. Antropologia considerada como a ‘ciência do homem e 
de suas obras’, segundo a definição de Linton) (MICHAUD, 1972 apud 
FAZENDA 1992, p. 27). 
30 
As teorias sobre interdisciplinaridade 
De acordo com os três últimos slides podemos concluir que embora 
não exista uma teoria única da interdisciplinaridade, é importante 
explicitar as fases, as pesquisas e as contradições desse 
movimento. Segundo Fazenda (1999 apud FORTES, 2009, p. 8), os 
primeiros estudos dessa temática podem ser divididos em três 
décadas: 
 
 1970 - construção epistemológica da interdisciplinaridade, em 
busca de uma explicitação filosófica, procuravam a definição de 
interdisciplinaridade. 
 1980 - explicitação das contradições epistemológicas decorrentes 
dessa construção, em busca de uma diretriz sociológica, tentar 
explicitar um método para a interdisciplinaridade. 
 1990 - construir uma nova epistemologia, a própria da 
interdisciplinaridade, em busca de um projeto antropológico, 
construção de uma teoria da interdisciplinaridade. 
31 
Uma aproximação conceitual 
 
 
 
A mencionada polissemia do termo interdisciplinaridade pode 
ser compreendida nas significações: “da simples cooperação 
de disciplinas ao intercâmbio mútuo e integração recíproca ou, 
ainda, a uma integração capaz de romper a estrutura de cada 
disciplina e alcançar uma axiomática comum.” (POMBO, 1994, 
p. 10) 
32

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