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A consciência, o inconsciente e a individuação em geral surgem próximo ao final de um processo analítico. Para Jung, todo processo é analítico quando ele leva em consideração a existência de um inconsciente psíquico. Chama-se de analítico todo processo que é resultado do confronto entre consciência e inconsciência. Em geral a individuação pode surgir em estágios avançados nesse processo, pois está ausente de métodos sugestivos. Jung define esse conceito de individuação como o processo para formação de um “individuum” psicológico. A consciência representa o todo do indivíduo psicológico. “Individuum” psicológico é o processo que vai levar ao desenvolvimento da individualidade. Jung entende individualidade como processo gradual de separação da psique coletiva. O processo de individuação em certo sentido é um processo de diferenciação e esse processo de diferenciação leva ao surgimento que Jung chama de indivíduo. A grande contribuição de Jung sobre o conceito de individuação foi que o termo individuação é diferente de individualismo e a individuação não pode ser simplesmente procurada pelo complexo do eu. É o processo natural, espontâneo e o objetivo do inconsciente. Jung chamou o processo de individuação como o processo de desenvolvimento e amadurecimento da personalidade. O inconsciente é tudo aquilo que eu desconheço tudo aquilo que eu não sei. O inconsciente é tudo aquilo que eu sei ser psiquicamente real, mais que não é consciente. A consciência é um fenômeno momentâneo de adaptação, ela se caracteriza pela sua intermitência, como nós dormimos como nós perdemos a concentração que faz com que essa consciência não seja constante. O inconsciente por outro lado é anterior, simultâneo e posterior a consciência. O fenômeno psíquico basilar é o inconsciente. A ideia de integração do self inconsciente e consciente é que a consciência vai surgir dessas bases inconscientes e o inconsciente vai funcionar em paralelo a consciência que vai ser constantemente atravessada por fenômenos que não são por elas produzidos. O campo fenomênico, o campo da experiência que nós temos o acesso direto são os conteúdos da consciência, o campo da consciência. Em termos psicológicos, o conteúdo é consciente quando está associado ao complexo do eu. O inconsciente vai ser capaz de interferir ativamente na consciência. O inconsciente é autônomo. É uma instância que vai ter um funcionamento diferente da consciência. Jung propôs uma objetividade psíquica que esses conteúdos inconscientes não só são autônomos como eles são objetivos. O Inconsciente é um conceito negativo, pois não estou afirmando nada sobre ele. Estou afirmando que existe algo que eu desconheço. A relação que se estabelece ente a consciência e o inconsciente é uma relação de compensação e de complementaridade. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA JUNG, Carl Gustav. Os Arquétipos e o Inconsciente Coletivo. 2ª Edição. Editora Vozes.
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