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AULA+ 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO 
Prof. Edna Raquel Hogemann 
Aula 10: FONTES E INTEGRAÇÃO DO DIREITO II 
 
Pág 149 a 155 
 
 
 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO 
FONTES E INTEGRAÇÃO DO DIREITO II 
CONTEÚDO DESTA AULA 
 
Fontes e Integração do Direito 
 
• A jurisprudência. 
• A doutrina jurídica 
• Procedimentos de integração. 
• Segurança Jurídica 
 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO 
FONTES E INTEGRAÇÃO DO DIREITO II 3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Identificar: a importância da doutrina e da 
jurisprudência no sistema jurídico brasileiro. 
 o papel da doutrina e da jurisprudência 
no sistema jurídico. 
 
Compreender: a estrutura e o funcionamento dos 
procedimentos de integração através da analogia e dos 
princípios gerais do direito. 
 as especificidades relativas à Súmula 
Vinculante e sua base constitucional. 
 a importância do direito comparado 
como fonte mediata do direito 
NOSSOS OBJETIVOS NESSE ENCONTRO 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO 
FONTES E INTEGRAÇÃO DO DIREITO II 
A JURISPRUDENCIA 
AULA 1 
Em sentido amplo é a coletânea de decisões 
proferidas pelos juízes ou tribunais sobre uma 
determinada matéria jurídica. 
 
Inclui jurisprudência uniforme (decisões 
convergentes) e jurisprudência contraditória 
(decisões divergentes). 
 
Em sentido estrito é o Conjunto de decisões 
uniformes prolatadas pelos órgãos do Poder 
Judiciário sobre uma determinada questão 
jurídica. 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO 
FONTES E INTEGRAÇÃO DO DIREITO II 
Mor
al 
5 
 
 Na prática tem afinidade 
 com o CASE LAW e o que se deseja da 
jurisprudência é estabelecer a 
uniformidade e a constância das decisões 
para os casos idênticos, é em outras 
palavras a criação da figura do precedente 
judicial. 
O CASE LAW tem 
força obrigatória. 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO 
FONTES E INTEGRAÇÃO DO DIREITO II 
CLASSIFICA-SE EM: 
JURISPRUDENCIA 
SECUNDUM 
LEGEM 
PRAETER 
LEGEM 
CONTRA 
LEGEM 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO 
FONTES E INTEGRAÇÃO DO DIREITO II 
Conforme a lei, secundum legem, a interpretação da lei 
realizada pelos juizes harmonizando o disposto no texto 
e o seu sentido. Já a praeter legem, é a jurisprudência 
que se considera efetivamente fonte subsidiária do 
direito. É a que preenche as lacunas da lei. 
A contra legem não é considerada como fonte legítima. 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO 
FONTES E INTEGRAÇÃO DO DIREITO II 
A JURISPRUDÊNCIA CRIA DIREITO? 
 
Quanto ao Direito anglo-saxão não há a 
menor dúvida. 
Nos ordenamentos filiados à tradição 
romano-germânica, como o nosso, há 
quem reconheça o seu papel formador 
do Direito e quem o rejeite. 
 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO 
FONTES E INTEGRAÇÃO DO DIREITO II 
Os que admitem alegam que as transformações sociais 
exigem um pronunciamento judicial sobre assuntos que 
eventualmente não se encontram na lei. 
O juiz, impossibilitado de alegar a lacuna da lei para furtar-
se à decisão, constrói através de uma interpretação ora 
extensiva, ora restritiva, regras para os casos concretos 
que lhe são propostos. Em inúmeros casos os tribunais 
acabaram criando um Direito novo, embora 
aparentemente tenham se limitado a aplicar as leis 
existentes. 
Ex.: Art 8o. CLT: “As autoridades administrativas e a justiça 
do trabalho, na falta de disposições legais ou contratuais, 
decidirão, conforme o caso, pela jurisprudência, por 
analogia, ...” 
 
AULA 1 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO 
FONTES E INTEGRAÇÃO DO DIREITO II 10 
Os que negam sustentam que o juiz é um 
mero intérprete da lei. Em verdade, ao dar 
certa conotação a um artigo de lei 
interpretando-o restritiva ou 
extensivamente, está apenas aplicando o 
Direito positivado. 
 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO 
FONTES E INTEGRAÇÃO DO DIREITO II 
DISTINÇÃO ENTRE JURISPRUDENCIA E 
PRECEDENTE JUDICIAL. 
 
AULA 1 
Reserva-se o termo jurisprudência para as 
decisões dos tribunais e “precedentes” para as 
decisões de juízes de primeiro grau. 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO 
FONTES E INTEGRAÇÃO DO DIREITO II 
• Uma das novidades introduzidas pela EC n.º 45/04 que mais 
polarizam opiniões é a chamada súmula "vinculante”. 
• Segundo esse novo instituto, o "Supremo Tribunal Federal poderá, 
de ofício ou por provocação, mediante decisão de dois terços dos 
seus membros, após reiteradas decisões sobre matéria 
constitucional, aprovar súmula que, a partir de sua publicação na 
imprensa oficial, terá efeito vinculante em relação aos demais 
órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e 
indireta, nas esferas federal, estadual e municipal, bem como 
proceder à sua revisão ou cancelamento, na forma estabelecida 
em lei" (CF, art. 103-A, instituído pela EC 45/04). 
SÚMULA VINCULANTE 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO 
FONTES E INTEGRAÇÃO DO DIREITO II 
• A Emenda Constitucional n° 45 de 08 de dezembro 
de 2004, também alterou o artigo 102 da CRFB ao 
inserir em seu parágrafo segundo que as decisões 
definitivas de mérito, proferidas pelo STF nas ações 
diretas de inconstitucionalidade e nas ações 
declaratórias de constitucionalidade produzirão 
eficácia contra todos e efeito vinculante 
relativamente aos demais órgãos do Poder 
Judiciário e da administração pública direta e 
indireta, nas esferas federal, estadual e municipal. 
 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO 
FONTES E INTEGRAÇÃO DO DIREITO II 
 A doutrina é o direito resultante de estudos 
voltados à sistematização, esclarecimento, 
adequação e inovação. 
 Também alcança diversas posições: 
 *Apresentação detalhada do direito em tese; 
 * Classificação e sistematização do direito 
exposto; 
 *Elucidação e interpretação dos textos legais 
e do direito cientificamente estudado; 
 *Concepção e formulação de novos institutos 
jurídicos. 
 
 
14 
DOUTRINA 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO 
FONTES E INTEGRAÇÃO DO DIREITO II 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO 
FONTES E INTEGRAÇÃO DO DIREITO II 
PROCEDIMENTOS DE INTEGRAÇÃO: 
ANALOGIA LEGAL E OS PRINCÍPIOS GERAIS 
DE DIREITO 
16 
Tendo em vista que o aplicador do direito não pode 
deixar sem resposta as questões postas à sua 
apreciação e, não havendo uma norma jurídica que se 
encaixe de forma específica ao caso concreto, o juiz 
deve se utilizar de meios adequados para aplicar o 
direito. 
Dentre os métodos sugeridos pelo próprio legislar, 
encontra-se a analogia, podendo ser utilizada para a 
constatação e suprimento das lacunas. 
 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO 
FONTES E INTEGRAÇÃO DO DIREITO II 
O QUE É ANALOGIA? 
Afirma MAXIMILIANO que a analogia consiste em aplicar a uma 
hipótese não prevista em Lei a disposição relativa a um caso 
semelhante. 
Para VICENTE RÁO, a analogia consiste na aplicação dos 
princípios extraídos da norma existente a casos outros que não 
expressamente contemplados. 
MARIA HELENA DINIZ entende que a analogia consiste em aplicar 
a um caso não previsto de modo direto ou específico por uma 
norma jurídica, uma norma prevista para uma hipótese distinta, 
mas semelhante ao caso não contemplado, fundado na 
identidade do motivo da norma e não da identidade do fato 
 
 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO 
FONTES E INTEGRAÇÃO DO DIREITO II 
FUNDAMENTOS DA ANALOGIA 
É forma primordial para o preenchimento das lacunas 
no ordenamento jurídico, também sendo conhecida 
como autointegração, pois é realizadacom os 
próprios recursos do sistema legislativo. 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO 
FONTES E INTEGRAÇÃO DO DIREITO II 19 
ESPÉCIES DE ANALOGIA 
1. ANALOGIA LEGIS - é aplicação de lei a caso semelhante por 
ela previsto, ou seja, parte de um preceito legal e concreto, 
e faz a sua aplicação aos casos similares. 
2. ANALOGIA IURIS é aplicação de princípios de direito nos 
casos de inexistência de norma jurídica aplicável. 
 
Para TÉRCIO SAMPAIO DE FERRAZ JÚNIOR, a analogia iuris é 
uma espécie de conjugação de dois métodos lógicos: a 
indução e a dedução. A partir de casos particulares obtém-se 
uma generalização da qual resultam princípios os quais se 
aplicam, então dedutivamente, a outros casos. É um 
raciocínio quase-lógico. 
 
 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO 
FONTES E INTEGRAÇÃO DO DIREITO II 
REQUISITOS 
Requisitos necessários para a aplicação da lei através da 
analogia: 
 
1º) o caso deve ser absolutamente não previsto em lei; 
2º ) deve existir elementos semelhantes entre o caso 
previsto e aquele não previsto; 
3º ) esse elemento deve ser essencial e não um elemento 
qualquer, acidental. 
 
Somente após observados tais requisitos é que será lícito 
ao aplicador da lei valer-se da analogia. 
 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO 
FONTES E INTEGRAÇÃO DO DIREITO II 
A analogia não é permitida no ramo do Direito 
Penal, salvo para beneficiar o réu; tampouco em 
matéria tributária para a criação de novos tributos. 
 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO 
FONTES E INTEGRAÇÃO DO DIREITO II 
PRINCÍPIOS GERAIS DO DIREITO. 
É possível dizer que os princípios gerais de direito 
são aqueles que decorrem dos próprios 
fundamentos do ordenamento positivo. A rigor, não 
precisam mostrar de forma expressa, ainda que 
constituam pressupostos lógicos de um determinado 
ordenamento jurídico. Quando se diz, por exemplo, 
que ninguém deve ser punido por seus pensamentos 
(cogitationis poenam nemo patitur), ou ninguém 
está obrigado ao impossível (ad impossibilia nemo 
tenetur), têm-se clássicos princípios gerais de 
direito. 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO 
FONTES E INTEGRAÇÃO DO DIREITO II 
Entre os princípios que se designam processuais estão 
o da oralidade, o da publicidade, o da certeza, o da 
oficialidade (de oficiosidade e de autoridade), o da 
indisponibilidade, o da iniciativa das partes e os dos 
limites da lide. Já entre os princípios constitucionais 
encontram-se o da legalidade, o do contraditório 
(ampla defesa, cientificação e produção de provas) e 
o importantíssimo princípio do juízo natural (e o 
superlativo aqui se evidencia pela ênfase que a ele 
têm dado por exemplo a Declaração Universal do 
Direito do Homem, o Pacto de Costa Rica e outros 
tratados e convenções internacionais). 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO 
FONTES E INTEGRAÇÃO DO DIREITO II 
Outros exemplos: 
 
1. Pacta sunt servanda. 
2. Auctori incumbit onus probandi. 
3. Auctore nam probante, reus 
absolvitur. 
4. Nullum crimen, nulla poena sine 
lege. 
5. Todos são iguais perante a lei. 
[Art. 5º da Constituição. Art. 1º da 
Declaração dos Direitos do Homem 
da ONU]. 
 
24 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO 
FONTES E INTEGRAÇÃO DO DIREITO II 
EQUIDADE 
É o princípio pelo qual o direito se adapta á realidade da vida sócio-
jurídica, conformando-se com a ética e a boa-razão, salvando as lacunas do 
Direito para melhorá-lo e enobrecê-lo, tal como demonstram os pretores da 
Roma antiga. 
Para Paulo Nader, a equidade não é fonte do direito. É um critério de 
aplicação pelo qual se leva em conta o que há de particular em cada 
relação. 
Na concepção de Aristóteles, a característica do eqüitativo consiste em 
restabelecer a lei nos pontos em que se enganou, em virtude da formula 
geral que se serviu. 
A equidade, tanto pode ser um “elemento de integração” perante uma 
lacuna do sistema legal, como ser um “elemento de adaptação” da norma 
às circunstâncias do caso concreto por ocasião da aplicação do direito. Na 
primeira hipótese, a equidade pode ser vista como sendo o “direito do caso 
concreto”; na segunda, como a “justiça do caso concreto”. 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO 
FONTES E INTEGRAÇÃO DO DIREITO II 
• A equidade, tanto pode ser um 
“elemento de integração” 
perante uma lacuna do sistema 
legal, como ser um “elemento 
de adaptação” da norma às 
circunstâncias do caso 
concreto por ocasião da 
aplicação do direito. Na 
primeira hipótese, a equidade 
pode ser vista como sendo o 
“direito do caso concreto”; na 
segunda, como a “justiça do 
caso concreto” 
26 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO 
FONTES E INTEGRAÇÃO DO DIREITO II 
• O art. 127 do Código de Processo Civil estabelece 
que o juiz decida por equidade nos casos previstos 
em lei. 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO 
FONTES E INTEGRAÇÃO DO DIREITO II 
DIREITO COMPARADO 
Ao confrontar ordenamentos jurídicos vigentes em diversos 
povos, o Direito Comparado “aponta-lhes as semelhanças e as 
diferenças, procurando elaborar sínteses conceituais e 
preparar o caminho para unificação de certos setores do 
Direito” (Wilson de Souza Campos Batalha). 
O direito comparado estuda as diferenças e as semelhanças 
entre os ordenamentos jurídicos de diferentes Estados, 
agrupando-os em famílias. 
28 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO 
FONTES E INTEGRAÇÃO DO DIREITO II 
• Os antigos gregos já se esforçavam por comparar o 
direito em vigor em diferentes cidades-Estado: 
Aristóteles estudou 153 constituições de cidades-
Estado gregas para escrever a sua Política; Sólon 
teria feito o mesmo antes de promulgar as leis de 
Atenas. Os decênviros romanos somente teriam 
preparado a Lei das Doze Tábuas após consulta às 
instituições gregas. 
• Na Idade Média, comparava-se o direito romano e o 
direito canônico. 
• Contudo, apenas no século XX surgiu o estudo 
sistemático do direito comparado, como ciência. 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO 
FONTES E INTEGRAÇÃO DO DIREITO II 
SEGURANÇA JURÍDICA 
 
A segurança jurídica existe para que a Justiça, 
finalidade maior do Direito, se concretize. Vale 
dizer que a segurança jurídica concede aos indivíduos 
a garantia necessária para o desenvolvimento 
de suas relações sociais, tendo, no Direito, a certeza 
da consequência dos atos praticados. 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO 
FONTES E INTEGRAÇÃO DO DIREITO II 
São características da segurança jurídica: 
• estabilidade, 
• irretroatividade, 
• generalidade, 
• taxatividade. 
A segurança jurídica implica que o Direito seja certo, 
que as normas sejam conhecidas, compreendidas e 
fixem com razoável previsão o que ordenam. 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO 
FONTES E INTEGRAÇÃO DO DIREITO II 
No entanto, a segurança não se opõe a que a 
Administração ou os Tribunais, gozem de alguma 
liberdade na aplicação das leis, que possuam certa 
elasticidade para permitir atender às particularidades 
dos casos concretos por elas regulados. 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO 
FONTES E INTEGRAÇÃO DO DIREITO II 
 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO 
FONTES E INTEGRAÇÃO DO DIREITO II 
CASO CONCRETO 
Cena comum no dia a dia estressado de qualquer grande cidade brasileira: 
João Honorato de Souza, profissão motoboy, ia conduzindo sua moto entre os 
carros na Avenida Litorânea quando de repente é abalroado por uma van de 
transporte de pequenas cargas, da empresa Transportes Leves Ltda. No acidente 
feriram-se João Honorato e o ajudante do motorista da van. 
 Qual não foi a surpresa de João Honorato ao receber, uma semana depois, uma 
citação para defender-sede uma ação de responsabilidade civil que o ajudante 
de motorista da van havia interposto junto à Vara Civil da Comarca loca, 
alegando que o motorista da van estava fugindo de um assalto.. 
Em sua defesa, João Honorato alegou que fora culpa exclusiva do motorista da 
van, que invadiu a contramão de direção. 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO 
FONTES E INTEGRAÇÃO DO DIREITO II 
CASO CONCRETO 
Indo a julgamento, a sentença julgou improcedente o pedido, com base na 
Súmula n° do Supremo Tribunal Federal, que diz: “A responsabilidade 
contratual do transportador, pelo acidente com passageiro, não elidida por culpa 
de terceiro, contra o qual tem ação regressiva.” Argumentou ainda que esta 
súmula foi transformada em texto legal no artigo 735 o novo Código Civil. 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO 
FONTES E INTEGRAÇÃO DO DIREITO II 
Após a leitura da sentença, um dos clientes faz as 
seguintes perguntas a você que assistira ao julgamento 
e que é aluno do Curso de Direito De uma faculdade do 
Grupo Estácio de Sá: 
a) O que vem a ser uma Súmula? 
b) A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, 
citada na sentença, pode ser considerada fonte formal 
do direito? Como assim? 
c) Em que medida se pode dizer que a jurisprudência 
passa a ser fonte do direito no momento em que o juiz 
a levou em conta para decidir a questão? Por quê? 
 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO 
FONTES E INTEGRAÇÃO DO DIREITO II 
a) O que vem a ser uma Súmula? 
 Súmulas são enunciados normativos que resumem as teses consagradas em 
reiteradas decisões dos tribunais superiores - STF e STJ. (Miguel Reale, p. 175). 
b) A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, citada na sentença, pode ser 
considerada fonte formal do direito? Como assim? 
A maioria da doutrina considera a jurisprudência como fonte formal do direito já 
que ela é o processo ou atividade jurisdicional do Estado no exercício de aplicar o 
direito, que se expressa através dela. A obra dos tribunais havendo uma série de 
julgados que guarda entre si certa continuidade e coerência converte-se em 
fonte formal do direito, de alcance geral, pois suas decisões se incorporam na 
vida jurídica, sendo consideradas pelas pessoas e passando a integrar o direito 
vigente sob a denominação de jurisprudência. (Maria Helena Diniz, p. 293). 
Desta forma, pode-se entender a jurisprudência do STF como fonte formal do 
Direito, uma vez que é uma das formas de expressão daquele. 
 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO 
FONTES E INTEGRAÇÃO DO DIREITO II 
c) Em que medida se pode dizer que a jurisprudência passa a ser fonte 
do direito no momento em que o juiz a levou em conta para decidir a 
questão? Por quê? 
A jurisprudência tem a função de orientar, informar, possuindo 
autoridade científica; os juízes de instâncias inferiores não têm o dever 
de acompanhar a interpretação hermenêutica dos tribunais superiores. A 
interpretação do direito há de ser um procedimento intelectual do 
próprio julgador. 
Hoje, no entanto, vige a Emenda Constitucional n° 45 de 08 de 
dezembro de 2004, que alterou o artigo 102 da CRFB ao inserir em seu 
parágrafo segundo que as decisões definitivas de mérito, proferidas pelo 
STF nas ações diretas de inconstitucionalidade e nas ações declaratórias 
de constitucionalidade produzirão eficácia contra todos e efeito 
vinculante relativamente aos demais órgãos do Poder Judiciário e da 
administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e 
municipal. 
 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO 
FONTES E INTEGRAÇÃO DO DIREITO II 
QUESTÃO OBJETIVA 
1 Leia as afirmações abaixo: 
I - Por analogia estende-se a um caso não previsto aquilo que o legislador previu para um 
caso semelhante, em igualdade de razões, preenchendo uma lacuna na lei. 
II - Na interpretação extensiva supõe-se que a norma existe, sendo passível de aplicação 
ao caso concreto, desde que sua abrangência seja estendida além do que usualmente 
se faz. 
III - Quando se afirma a existência de uma lacuna legal e se nega a aplicação de norma 
por analogia ao caso concreto, o operador jurídico ainda pode utilizar os princípios 
gerais de direito para a solução do conflito. 
a) todas as proposições estão corretas 
 b) somente as proposições I e II estão corretas 
 c) somente as proposições II e III estão corretas 
 d) somente a proposição I está correta. 
 e) somente a proposição II está correta. 
 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO 
FONTES E INTEGRAÇÃO DO DIREITO II 
QUESTÃO OBJETIVA 
1 Leia as afirmações abaixo: 
I - Por analogia estende-se a um caso não previsto aquilo que o legislador previu para um 
caso semelhante, em igualdade de razões, preenchendo uma lacuna na lei. 
II - Na interpretação extensiva supõe-se que a norma existe, sendo passível de aplicação 
ao caso concreto, desde que sua abrangência seja estendida além do que usualmente 
se faz. 
III - Quando se afirma a existência de uma lacuna legal e se nega a aplicação de norma 
por analogia ao caso concreto, o operador jurídico ainda pode utilizar os princípios 
gerais de direito para a solução do conflito. 
a) todas as proposições estão corretas 
 b) somente as proposições I e II estão corretas 
 c) somente as proposições II e III estão corretas 
 d) somente a proposição I está correta. 
 e) somente a proposição II está correta. 
 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO 
FONTES E INTEGRAÇÃO DO DIREITO II 
2- Correlacione as fontes do Direito abaixo apontadas e as afirmativas a 
elas referentes: 
I - Doutrina II - Jurisprudência III – Costume IV - Lei 
 X - Influencia fortemente o Direito por traduzir reiteração de decisões 
contenciosas. 
Y - Tem tido utilização crescente nos demais ramos do direito, sendo 
importante para o Direito em razão da deficiência da legislação. 
Z - Distingue as regras que convêm a cada um dos sub-ramos do saber 
jurídico e influi tanto na elaboração da Lei quanto nas decisões 
contenciosas ou não contenciosas. 
A relação correta é: 
 a) I - X; II - Z; III - Y 
 b) I - Y; II - X; IV - Z 
 c) I - Y; III - Z; IV - X 
 d) I - Z; II - X; III - Y 
 e) II - Z; III - Y; IV - X 
 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO 
FONTES E INTEGRAÇÃO DO DIREITO II 
2- Correlacione as fontes do Direito abaixo apontadas e as 
afirmativas a elas referentes: 
I - Doutrina II - Jurisprudência III – Costume IV - Lei 
 X - Influencia fortemente o Direito por traduzir reiteração de 
decisões contenciosas. 
Y - Tem tido utilização crescente nos demais ramos do direito, sendo 
importante para o Direito em razão da deficiência da legislação. 
Z - Distingue as regras que convêm a cada um dos sub-ramos do 
saber jurídico e influi tanto na elaboração da Lei quanto nas 
decisões contenciosas ou não contenciosas. 
A relação correta é: 
 a) I - X; II - Z; III - Y 
 b) I - Y; II - X; IV - Z 
 c) I - Y; III - Z; IV - X 
 d) I - Z; II - X; III - Y 
 e) II - Z; III - Y; IV - X 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO 
FONTES E INTEGRAÇÃO DO DIREITO II 
GALERA, POR 
HOJE É SÓ! 
 
Façam a leitura da 
próxima aula , os 
exercícios do livro 
 e da webaula

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