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AULA+ 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO 
Prof. Edna Raquel Hogemann 
Aula 11: HERMENÊUTICA JURÍDICA 
 
Pág 159 a 172 
 
 
 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO 
HERMENÊUTICA JURÍDICA 
CONTEÚDO DESTA AULA 
HERMENÊUTICA JURÍDICA I 
Hermenêutica e interpretação 
A Hermenêutica jurídica 
A Interpretação 
Sentido da norma jurídica 
Teoria subjetiva 
Teoria objetiva 
Crítica à busca da vontade do legislador 
Métodos e processos de interpretação do Direito 
Processos com base na escola da exegese 
Processo gramatical, literal ou filológico 
Processo lógico 
Processo sistemático 
Interpretação lógico-sistemática 
Processos com base na escola histórica 
Processo histórico-evolutivo 
Concepção atual 
 
 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO 
HERMENÊUTICA JURÍDICA 
 
3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Compreender: - os conceitos de hermenêutica e 
interpretação da norma. 
- a necessidade do operador promover a devida 
interpretação da norma na solução do caso concreto. 
- o fenômeno jurídico da antinomia . 
- a concepção sistêmica do Direito 
Distinguir: - as diversas formas de interpretação das 
leis . 
- os princípios possibilitadores da resolução dos conflitos 
a partir da utilização da hermenêutica jurídica, à luz dos 
princípios constitucionais. 
os diversos critérios de solução das antinomias. 
 
Nossos objetivos nesse encontro 
 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO 
HERMENÊUTICA JURÍDICA 
Representa o estudo dos 
processos de 
interpretação das 
normas. A expressão 
hermenêutica remonta à 
mitologia grega, na qual 
o deus Hermes era tido 
como aquele incumbido 
de traduzir para os 
mortais a linguagem dos 
deuses. 
 
HERMENÊUTICA JURÍDICA 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO 
HERMENÊUTICA JURÍDICA 
A hermenêutica tem os seus 
fundamentos no debate 
teológico da Baixa Idade 
Média, no qual os 
membros da Igreja 
desenvolveram técnicas 
de interpretação do 
Evangelho inspiradas no 
pensamento dialético de 
Aristóteles, voltadas a 
permitir o alcance da 
verdadeira palavra de 
Deus, a partir da 
discussão de pontos-de-
vista opostos. 
 
Mais tarde, formou-se a 
chamada hermenêutica 
filosófica, que tem como alvo 
a interpretação dos textos dos 
pensadores da Antiguidade 
Grega 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO 
HERMENÊUTICA JURÍDICA 
• A hermenêutica jurídica representa uma espécie de 
direcionamento desta preocupação interpretativa 
textual para o desenvolvimento de técnicas próprias, 
aplicáveis à busca do significado de comandos 
normativos. 
• Ela constitui a dimensão científica do processo 
interpretativo do direito, na qual são concebidos 
os parâmetros que serão seguidos na prática no 
direito. 
 
HERMENÊUTICA JURÍDICA 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO 
HERMENÊUTICA JURÍDICA 
• A hermenêutica jurídica se 
aproxima de uma dimensão 
científica do fenômeno 
jurídico, ao fornecer as bases 
teóricas para o 
desenvolvimento dos 
processos de interpretação 
do direito, que seriam 
basicamente técnicas de 
aplicação do direito, utilizadas 
rotineiramente por advogados 
e demais profissionais da 
área jurídica. 
 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO 
HERMENÊUTICA JURÍDICA 
• É formada pelos procedimentos técnicos, de que 
lança mão o profissional de direito na busca do 
sentido e alcance das regras jurídicas. A lei 
representa uma expressão linguística dotada de 
imperatividade, apresentando o que se chama de 
uma linguagem prescritiva, que determina a ação a 
ser seguida pelo seu destinatário. Como mecanismo 
de linguagem, a lei não tem um significado imediato, 
devendo ser construída semanticamente a partir de 
uma técnica determinada. 
INTERPRETAÇÃO 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO 
HERMENÊUTICA JURÍDICA 
• "Interpretar" é fixar o verdadeiro sentido e o alcance, 
de uma norma jurídica. “É indagar a vontade atual da 
norma e determinar seu campo de incidência” (JOÃO 
BAPTISTA HERKENHOFF); "interpretar a lei é 
revelar o pensamento que anima as suas 
palavras"(CLÓVIS BEVILAQUA). 
 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO 
HERMENÊUTICA JURÍDICA 
Três elementos que integram o conceito de 
interpretação: 
a) Revelar o seu sentido: isso não significa somente 
conhecer o significado das palavras, mas, sobretudo 
descobrir a finalidade da norma jurídica. Com outras 
palavras, interpretar é "compreender"; as normas 
jurídicas são parte do universo cultural e a cultura, 
como vimos, não se explica, se compreende em 
função do sentido que os objetos culturais encerram. 
E compreender é justamente conhecer o sentido, 
entender os fenômenos em razão dos fins para os 
quais foram produzidos. 
 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO 
HERMENÊUTICA JURÍDICA 
b) Fixar o seu alcance: significa delimitar o seu campo 
de incidência; é conhecer sobre que fatos sociais e 
em que circunstâncias a norma jurídica tem 
aplicação. 
Por exemplo, as normas trabalhistas contidas na 
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) se aplicam 
apenas aos trabalhadores assalariados, isto é, que 
participam em uma relação de emprego; as normas 
contidas no Estatuto dos Funcionários Públicos da 
União têm o seu campo de incidência limitado a 
estes funcionários. 
 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO 
HERMENÊUTICA JURÍDICA 
c) Norma jurídica: falamos em "norma jurídica" como 
gênero, uma vez que não são apenas as leis, ou 
normas jurídicas legais que precisam ser 
interpretadas, embora sejam elas o objeto principal 
da interpretação. Assim, todas as normas jurídicas 
podem ser objeto de interpretação: as legais, as 
jurisdicionais (sentenças judiciais), as costumeiras e 
os negócios jurídicos. 
 
 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO 
HERMENÊUTICA JURÍDICA 
Usos da interpretação 
A interpretação serve de referência para a formação da 
convicção do juiz, que na fundamentação de sua 
sentença deverá fazer as conexões lógicas 
necessárias entre fato e norma e, para isso, deverá 
lançar mão de procedimentos hermenêuticos na 
determinação do sentido e do alcance fático do 
direito aplicável ao caso. 
 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO 
HERMENÊUTICA JURÍDICA 
HERMENÊUTICA X INTERPRETAÇÃO 
 
• A hermenêutica terá, então, um horizonte de 
conteúdo mais amplo do que da interpretação, ao 
englobar também a ideia de construção, que 
seria um resultado exatamente do acréscimo de 
significado que a hermenêutica jurídica propicia 
às normas jurídicas. 
• A tendência do indivíduo não iniciado no direito é a 
de enxergá-lo pela sua literalidade, o que não ocorre 
com aquele que tem conhecimento dos fundamentos 
da hermenêutica jurídica, que se mostra capaz de 
agregar conteúdo ao texto jurídico, contribuindo para 
a plena construção da norma jurídica: 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO 
HERMENÊUTICA JURÍDICA 
HERMENÊUTICA 
CONSTR
UÇÃO 
INTER
PRET
AÇÃO 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO 
HERMENÊUTICA JURÍDICA 
SENTIDO DA NORMA JURÍDICA 
• A construção do significado das normas jurídicas 
segue basicamente duas concepções teóricas, 
historicamente falando, que demonstram a 
preocupação surgida com as escolas de pensamento 
jurídico do Século XIX, de criação de critérios 
técnicos específicos para a interpretação das leis 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO 
HERMENÊUTICA JURÍDICA 
TEORIA SUBJETIVA 
 
A concepção subjetivista 
da interpretação ou 
teoria subjetiva tem 
como preocupação 
central a busca a 
vontade do legislador 
(mens legislatoris) e 
representaa primeira 
teoria sobre a 
interpretação das 
normas, que hoje 
inclusive não é a 
predominante no direito. 
 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO 
HERMENÊUTICA JURÍDICA 
• Crítica à busca da 
vontade do legislador 
O sentido objetivo da norma 
é dado pelo presente, e 
não pelo passado, 
devendo o processo de 
interpretação de o direito 
ser orientado pelas 
necessidades sociais da 
época em que a lei é 
aplicada e não pelas da 
época em que ela foi 
criada. 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO 
HERMENÊUTICA JURÍDICA 
 TEORIA OBJETIVA 
Representa a tendência predominante do direito 
contemporâneo, que vê o ponto de referência 
principal do processo hermenêutico na vontade da lei 
(mens legis), como ente dotado de vida própria, 
cabendo ao intérprete buscar a adaptação da lei à 
dinâmica social. Há um claro deslocamento do 
centro gravitacional do processo de interpretação do 
sujeito criador da norma (legislador), para a norma 
em si, cujo sentido será dado pelo contexto do 
momento da sua aplicação e não pelo da sua 
criação. 
 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO 
HERMENÊUTICA JURÍDICA 
MÉTODOS E PROCESSOS DE 
INTERPRETAÇÃO DO DIREITO 
 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO 
HERMENÊUTICA JURÍDICA 
PROCESSOS COM BASE NA ESCOLA DA EXEGESE 
 
Contexto histórico 
Na visão da Escola da Exegese, trata-se de uma lógica 
puramente formal, orientada pela interdependência 
entre as regras do código, que interagem a partir de 
parâmetros lógicos gerais de inclusão, exclusão, 
pertinência, 
continência, dedução etc., sem uma dependência maior 
do campo dos fatos. 
No direito contemporâneo, a concepção lógica aplicável à 
hermenêutica jurídica segue o perfil culturalista, 
que predomina no pensamento jurídico da atualidade. 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO 
HERMENÊUTICA JURÍDICA 
PROCESSOS COM BASE NA ESCOLA DA EXEGESE 
 
Processo gramatical, literal ou filológico 
Representa o primeiro ponto de contato entre o intérprete e a 
norma. Muito embora seja apenas a etapa inicial do processo 
hermenêutico, o processo gramatical é de grande 
importância, pois a primeira tarefa do intérprete é 
compreender o texto jurídico em sua literalidade. 
 Processo lógico 
Relacionado ao plano lógico do conhecimento jurídico, recebe 
os seus fundamentos da lógica jurídica e trata das operações 
mentais do intérprete na correlação entre as normas no 
ordenamento jurídico e entre a norma e o fato. 
 
 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO 
HERMENÊUTICA JURÍDICA 
PROCESSOS COM BASE NA ESCOLA HISTÓRICA 
Tinha grande preocupação em aplicar ao estudo do 
direito um método histórico de investigação. 
Justamente daí deriva este processo de 
interpretação, que parte da premissa de que a lei 
surge em função de determinadas circunstâncias, 
mutáveis com o tempo, que devem ser levadas em 
consideração no momento de sua interpretação. 
O processo histórico-evolutivo valoriza o estudo das 
bases históricas do direito positivo e das motivações 
para a edição da lei, mas não segue a linha da teoria 
subjetiva da interpretação,de absoluta submissão do 
intérprete ao legislador histórico. 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO 
HERMENÊUTICA JURÍDICA 
PROCESSOS COM BASE NA ESCOLA HISTÓRICA 
· Processo histórico-evolutivo 
A Escola Histórica alemã tinha grande preocupação em 
aplicar ao estudo do direito um método histórico de 
investigação. Justamente daí deriva este processo 
de interpretação, que parte da premissa de que a lei 
surge em função de determinadas circunstâncias, 
mutáveis com o tempo, que devem ser levadas em 
consideração no momento de sua interpretação 
 
· Processo sistemático 
Parte da premissa de que o ordenamento jurídico é um 
sistema integrado de normas e que elas não podem 
ser interpretadas isoladamente. 
 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO 
HERMENÊUTICA JURÍDICA 
CONCEPÇÃO ATUAL 
 Processo teleológico ou finalístico 
Enxerga o significado da lei em sua finalidade social, 
sendo esta obviamente a do presente e não a da 
época em que a lei entrou em vigor, havendo uma 
clara convergência entre este procedimento técnico-
interpretativo e a teoria objetiva da interpretação, 
uma vez que no processo teleológico a norma será 
interpretada em função de sua capacidade de 
alcançar os resultados esperados a seu respeito pela 
sociedade. 
 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO 
HERMENÊUTICA JURÍDICA 
ATENÇÃO!!! 
Se por um lado, norma 
jurídica é vista como um 
resultado de um conjunto 
de valores consolidados 
na vida social, por outro 
lado, o sentido da norma 
aplicada é dado pela 
concretização de 
determinados fins sociais 
(convergência entre 
aspectos morais e fatos). 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO 
HERMENÊUTICA JURÍDICA 
ESPÉCIES DE INTERPRETAÇÃO 
1 - Quanto à origem ou fonte de que emana: 
a) Autêntica: quando emana do próprio poder que fez 
o ato cujo sentido e alcance ela declara. 
 
Há certos textos legais que, pela confusão que 
provocam no mundo jurídico, levam o próprio 
legislador a determinar melhor o seu conteúdo. 
Assim, p. ex., a Lei nº 5334/67 interpretou 
dispositivos da Lei nº 4484/64, no seu artigo 1º . 
 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO 
HERMENÊUTICA JURÍDICA 
b) Judicial ou jurisprudencial: é a resultante das 
decisões prolatadas pela Justiça; vem a ser aquela 
que realizam os juízes ao sentenciar, encontrando-
se nas Sentenças, nos Acórdãos e Súmulas dos 
Tribunais (formando a sua jurisprudência). 
 
 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO 
HERMENÊUTICA JURÍDICA 
c) Administrativa: aquela cuja fonte elaboradora é a própria 
Administração Pública, através de seus órgãos e mediante 
pareceres, despachos, decisões, circulares, portarias etc. 
Essa interpretação vincula as autoridades administrativas que 
estiverem no âmbito das regras interpretadas, mas não 
impede que os particulares adotem interpretações diversas. 
 
d) Doutrinária: vem a ser a realizada cientificamente pelos 
doutrinadores e juristas em suas obras e pareceres. Há 
livros especializados de Direito, que comentam artigo por 
artigo de uma lei, código ou consolidação, dando o sentido 
do texto comentado, com base em critérios científicos. 
 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO 
HERMENÊUTICA JURÍDICA 
2 –“Quanto à sua natureza”: 
 
a) Literal ou gramatical: toma como ponto de partida o exame 
do significado e alcance de cada uma das palavras da 
norma jurídica; ela se baseia na letra da norma jurídica. 
 
b) Racional: Feita com a utilização de sistemas lógicos 
tradicionais, que priorizam o formalismo. 
 
c) Lógico-sistemática: busca descobrir o sentido e alcance 
da norma, situando-a no conjunto do sistema jurídico; busca 
compreendê-la como parte integrante de um todo, em 
conexão com as demais normas jurídicas que com ela se 
articulam logicamente. 
 
 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO 
HERMENÊUTICA JURÍDICA 
• d) Sociológica: a interpretação sociológica discute 
o Direito a partir das relações entre sociedade e 
poder: influência da estrutura da sociedade na 
estrutura do Direito; discutirá a efetividade e a função 
social do Direito, sua influência na transformação 
social e suas novas tendências com o 
desenvolvimento da sociedade. 
 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO 
HERMENÊUTICA JURÍDICA 
e) Histórica: indaga das condições de meio e momento 
da elaboração da norma jurídica, bem como das 
causas pretéritas da solução dada pelo legislador 
("origo legis" e "occasio legis").f)Teleológica: busca o fim que a norma jurídica 
tenciona servir ou tutelar. 
 
 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO 
HERMENÊUTICA JURÍDICA 
3 - Quanto a seus efeitos ou resultados: 
a) Extensiva: quando o intérprete conclui que o 
alcance da norma é mais amplo do que indicam os 
seus termos. Nesse caso, diz-se que o legislador 
escreveu menos do que queria dizer e o intérprete, 
alargando o campo de incidência da norma, aplica-
la-á a determinadas situações não previstas 
expressamente em sua letra, mas que nela se 
encontram, virtualmente, incluídas. 
 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO 
HERMENÊUTICA JURÍDICA 
• Por exemplo, a lei diz "filho", quando na realidade 
queria dizer "descendente". Ou ainda, a Lei do 
Inquilinato dispõe que: "o proprietário tem direito de 
pedir o prédio para seu uso"; a interpretação que 
conclui por incluir o "usufrutuário" entre os que 
podem pedir o prédio para uso próprio, por entender 
que a intenção da lei é a de abranger também 
aquele que tem sobre o prédio um direito real de 
usufruto, é uma interpretação extensiva. 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO 
HERMENÊUTICA JURÍDICA 
b) Restritiva: quando o intérprete restringe o sentido 
da norma ou limita sua incidência, concluindo que o 
legislador escreveu mais do que realmente pretendia 
e assim o intérprete elimina a amplitude das 
palavras. 
Por exemplo, a lei diz "descendente", quando na 
realidade queria dizer "filho". A mesma norma da Lei 
do Inquilinato, acima mencionada, serve também 
para modelo de uma interpretação restritiva, no caso 
do "nu-proprietário", isto é, daquele que tem apenas 
a nua-propriedade, mas não o direito de uso e gozo 
do prédio; este não poderia pedir o mesmo para seu 
uso. 
 
 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO 
HERMENÊUTICA JURÍDICA 
ANTINOMIAS JURÍDICAS 
É aquela situação indesejada, na qual são positivadas 
em um mesmo ordenamento duas normas 
conflitantes, das quais uma obriga e outra proíbe, ou 
uma obriga e outra permite, ou uma proíbe e outra 
permite o mesmo comportamento. 
Para que ocorra antinomia as duas normas devem 
incidir total ou parcialmente sobre o mesmo caso e 
naturalmente apresentar comandos incompatíveis 
entre si. 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO 
HERMENÊUTICA JURÍDICA 
• Antinomias Solúveis (Aparentes) 
A solução dos conflitos entre normas jurídicas de um 
mesmo ordenamento, comporta basicamente três 
critérios de natureza técnica, voltados a eleger um 
dos comandos como aplicável ao caso e afastar o 
outro, exatamente com a finalidade de preservar a 
coerência do ordenamento jurídico: 
 
Classificação das antinomias quanto aos critérios 
de solução 
 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO 
HERMENÊUTICA JURÍDICA 
• a) Critério cronológico ou temporal - chamado 
também de Lex posterior, é aquele com base no 
qual, entre duas normas incompatíveis, prevalece a 
norma posterior (Lex posterior derogat priori). Esse 
critério parte da premissa lógica de que a norma 
editada mais recentemente tende a expressar de 
maneira mais fiel a realidade social a que se destina, 
do que uma norma editada no passado. 
 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO 
HERMENÊUTICA JURÍDICA 
• b) Critério hierárquico - derivação lógica da 
estrutura hierarquizada do ordenamento, é aquele 
pelo qual, entre duas normas incompatíveis, 
prevalece a hierarquicamente superior, exatamente 
porque ela é norma de produção, não podendo ser 
contrariada por uma norma de execução. 
 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO 
HERMENÊUTICA JURÍDICA 
• c) Critério de especialidade da lei - o terceiro 
critério é o mais complexo dos três, por apresentar 
um certo grau de subjetividade, inexistente nos 
demais, em que a norma entrou em vigor 
posteriormente ou se apresenta em uma posição 
hierárquica superior. Neste caso, trata-se de conflito 
entre normas de graus de especialidade distintos, o 
que vai ser aferido a partir do exame do conteúdo de 
cada uma das normas. A norma que trata da matéria 
do modo mais específico prepondera em relação à 
norma que disciplina o tema de modo mais genérico, 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO 
HERMENÊUTICA JURÍDICA 
• Antinomias Insolúveis (Reais) 
São assim denominadas aquelas antinomias que não 
são de imediato equacionadas pelos critérios de 
solução anteriormente mencionados porque não 
comportam a aplicação de qualquer dos três 
parâmetros básicos para a solução de antinomias 
(insuficiência de critérios) ou então porque se pode 
solucionar a antinomias por dois ou mais dos 
critérios de solução. 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO 
HERMENÊUTICA JURÍDICA 
CONFLITO DE CRITÉRIOS DE SOLUÇÃO DE 
ANTINOMIAS 
a) Conflito entre o critério hierárquico e o critério 
cronológico - O critério hierárquico prevalece sobre 
o cronológico, o que tem por consequência o 
afastamento da norma inferior antinômica, mesmo 
que posteriormente editada. 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO 
HERMENÊUTICA JURÍDICA 
b) Conflito entre o critério de especialidade e o 
critério cronológico - Com base nessa regra, o 
conflito entre critério de especialidade e critério 
cronológico deve ser resolvido em favor da norma 
que disciplina de modo específico a matéria, ainda 
que editada anteriormente: a lei geral sucessiva não 
prepondera sobre a lei especial precedente (art. 2º, 
§ 2º da Lei de Introdução às Normas do Direito 
Brasileiro). Em realidade, o que se constata é que o 
aspecto temporal cede em relação à hierarquia e à 
especificidade normativa, que são critérios mais 
“fortes” de solução de antinomia. 
 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO 
HERMENÊUTICA JURÍDICA 
c) Conflito entre o critério hierárquico e o critério de 
especialidade - Não existe uma regra geral 
consolidada neste caso. A solução da antinomia 
dependerá do exame das peculiaridades de cada 
caso, pois ainda que a questão hierárquica seja um 
dos postulados fundamentais do ordenamento 
jurídico, as normas situadas ao topo da pirâmide do 
ordenamento jurídico tendem a ter um conteúdo 
mais aberto e de menor densidade normativa, o que 
pode fazer ver ao intérprete uma aparente 
contradição com normas inferiores, que disciplinam 
de forma mais detalhada certas questões jurídicas, 
sendo de fato a antinomia muitas vezes apenas 
aparente. 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO 
HERMENÊUTICA JURÍDICA 
 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO 
HERMENÊUTICA JURÍDICA 
1 - Com frequência o termo hermenêutica jurídica é 
usado como sinônimo de interpretação da norma 
jurídica. MIGUEL REALE, por exemplo, fala em 
"hermenêutica ou interpretação do Direito", em suas 
Lições Preliminares de Direito. CARLOS 
MAXIMILIANO, por sua vez, distingue "hermenêutica" 
e "interpretação"; aquela seria a teoria científica da arte 
de interpretar; esta seria a aplicação da hermenêutica; 
em suma, a hermenêutica seria teórica e a 
interpretação seria de cunho prático, aplicando os 
ensinamentos da hermenêutica. Outros autores dão ao 
vocábulo um sentido mais amplo, que abrange a 
interpretação, a aplicação e a integração do 
Direito. Com base nessas informações, conclui-se 
que: 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO 
HERMENÊUTICA JURÍDICA 
(A) Não há necessidade de interpretação quando a norma é "clara, ou seja, "in 
claris cessat interpretatio" (dispensa-se a interpretação quanto o texto é 
claro). 
(B) Um dos elementos que encerra o conceito de interpretação da norma é 
fixar o seu alcance: significa delimitar o seu campo de incidência; é 
conhecer sobre que fatos sociais e em que circunstâncias a norma jurídica 
temaplicação. 
(C) Quando se fala em interpretação da norma está-se referindo tão somente 
às leis, na medida em que somente as leis são utilizadas como 
fundamentos das decisões judiciais que precisam dessa interpretação 
jurídica. 
(D) O trabalho do intérprete apenas é necessário quando as leis são obscuras. 
A interpretação nem sempre é necessária, a não ser que sejam obscuras ou 
pouco claras as palavras da lei ou de qualquer outra norma jurídica. 
(E) A hermenêutica jurídica leva em conta o estado de espírito do intérprete da 
norma que pode influir nesta interpretação, razão pela qual a hermenêutica 
não pode ser considerada uma ciência. 
 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO 
HERMENÊUTICA JURÍDICA 
(A) Não há necessidade de interpretação quando a norma é "clara, ou seja, "in 
claris cessat interpretatio" (dispensa-se a interpretação quanto o texto é 
claro). 
(B) Um dos elementos que encerra o conceito de interpretação da norma é 
fixar o seu alcance: significa delimitar o seu campo de incidência; é 
conhecer sobre que fatos sociais e em que circunstâncias a norma jurídica 
tem aplicação. 
(C) Quando se fala em interpretação da norma está-se referindo tão somente 
às leis, na medida em que somente as leis são utilizadas como 
fundamentos das decisões judiciais que precisam dessa interpretação 
jurídica. 
(D) O trabalho do intérprete apenas é necessário quando as leis são obscuras. 
A interpretação nem sempre é necessária, a não ser que sejam obscuras ou 
pouco claras as palavras da lei ou de qualquer outra norma jurídica. 
(E) A hermenêutica jurídica leva em conta o estado de espírito do intérprete da 
norma que pode influir nesta interpretação, razão pela qual a hermenêutica 
não pode ser considerada uma ciência. 
 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO 
HERMENÊUTICA JURÍDICA 
AGORA VAMOS CORRIGIR OS 
EXERCÍCIOS DO LIVRO 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO 
HERMENÊUTICA JURÍDICA 
1. A interpretação da lei pode ser classificada em: 
a) doutrinária, jurisprudencial e restritiva 
b) restritiva, costumeira e jusnaturalista 
c) analógica, extensiva e jurisprudencial 
d) analógica, costumeira e extensiva 
e) jurisprudencial, doutrinária e jusnaturalista. 
 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO 
HERMENÊUTICA JURÍDICA 
1. A interpretação da lei pode ser classificada em: 
a) doutrinária, jurisprudencial e restritiva 
b) restritiva, costumeira e jusnaturalista 
c) analógica, extensiva e jurisprudencial 
d) analógica, costumeira e extensiva 
e) jurisprudencial, doutrinária e jusnaturalista. 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO 
HERMENÊUTICA JURÍDICA 
2. Sobre a interpretação autêntica da lei, pode-se 
afirmar que é aquela que decorre da atuação: 
a) do Poder Judiciário 
b) do Poder Executivo 
c) do Poder Legislativo. 
d) do Ministério Público 
e) da Ordem dos Advogados do Brasil. 
 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO 
HERMENÊUTICA JURÍDICA 
2. Sobre a interpretação autêntica da lei, pode-se 
afirmar que é aquela que decorre da atuação: 
a) do Poder Judiciário 
b) do Poder Executivo 
c) do Poder Legislativo. 
d) do Ministério Público 
e) da Ordem dos Advogados do Brasil. 
 
 
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HERMENÊUTICA JURÍDICA 
3. Em se tratando do conflito de leis no tempo, pode-se 
dizer que: 
a) a lei revogada recupera sua eficácia quando a lei 
revogadora é revogada. 
b) a lei revogada não se restaura por ter a lei 
revogadora perdido a vigência, salvo determinação 
expressa. 
c) a lei revogada pode ser aplicada em caso de lacuna 
na lei revogadora. 
d) o fato, uma vez tratado em lei, não pode mais deixar 
de ser disciplinado pela legislação. 
e) a lei revogadora pode alterar a coisa julgada fundada 
na lei revogada. 
 
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HERMENÊUTICA JURÍDICA 
3. Em se tratando do conflito de leis no tempo, pode-se 
dizer que: 
a) a lei revogada recupera sua eficácia quando a lei 
revogadora é revogada. 
b) a lei revogada não se restaura por ter a lei 
revogadora perdido a vigência, salvo determinação 
expressa. 
c) a lei revogada pode ser aplicada em caso de lacuna 
na lei revogadora. 
d) o fato, uma vez tratado em lei, não pode mais deixar 
de ser disciplinado pela legislação. 
e) a lei revogadora pode alterar a coisa julgada fundada 
na lei revogada. 
 
 
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HERMENÊUTICA JURÍDICA 
4. De acordo com a Teoria do Ordenamento Jurídico de 
Norberto Bobbio, pode-se afirmar o seguinte sobre os 
critérios de solução de antinomias jurídicas: 
a) o critério temporal prevalece sobre o critério hierárquico. 
b) a impossibilidade de aplicação dos critérios temporal, 
hierárquico e de especialidade da norma inviabiliza a 
solução da antinomia. 
c) a possibilidade de aplicação simultânea dos critérios 
temporal, hierárquico e de especialidade da norma 
inviabiliza a solução da antinomia. 
d) não há critérios de solução de antinomias jurídicas, 
simplesmente porque elas nunca ocorrem no 
ordenamento jurídico. 
e) o critério da especialidade da norma prevalece sobre o 
critério temporal. 
 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO 
HERMENÊUTICA JURÍDICA 
4. De acordo com a Teoria do Ordenamento Jurídico de 
Norberto Bobbio, pode-se afirmar o seguinte sobre os 
critérios de solução de antinomias jurídicas: 
a) o critério temporal prevalece sobre o critério hierárquico. 
b) a impossibilidade de aplicação dos critérios temporal, 
hierárquico e de especialidade da norma inviabiliza a 
solução da antinomia. 
c) a possibilidade de aplicação simultânea dos critérios 
temporal, hierárquico e de especialidade da norma 
inviabiliza a solução da antinomia. 
d) não há critérios de solução de antinomias jurídicas, 
simplesmente porque elas nunca ocorrem no ordenamento 
jurídico. 
e) o critério da especialidade da norma prevalece sobre o 
critério temporal. 
 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO 
HERMENÊUTICA JURÍDICA 
Examine as situações em que o direito brasileiro admite 
a aplicação retroativa da lei e os seus limites: 
a) A norma que atinge os efeitos de atos jurídicos 
praticados sob o império da lei revogada é retroativa, 
tem eficácia pretérita; a que não se aplica a qualquer 
situação jurídica constituída anteriormente é 
irretroativa, hipótese em que a norma revogada 
permanece vinculante para os casos anteriores à 
sua revogação. 
 
 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO 
HERMENÊUTICA JURÍDICA 
b) Em princípio, as leis não devem retroagir; em face 
do seu caráter prospectivo, devem disciplinar 
situações futuras. O fundamento maior do princípio 
da irretroatividade, consagrado na doutrina, e pela 
generalidade das legislações, é a proteção do 
indivíduo contra possível arbitrariedade do legislador. 
Se fosse admitida a retroatividade como princípio 
absoluto, a segurança do indivíduo não ficaria 
preservada. 
 
 
 
 
 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO 
HERMENÊUTICA JURÍDICA 
c) A eficácia retroativa das leis é, portanto, excepcional; 
não se presume, devendo provir de texto expresso. 
 
Temos ainda que a Constituição Federal, na verdade, 
não proíbe a retroatividade da lei, a não ser da lei 
penal que não beneficia o réu (art. 5º, XL, CF), e 
resguardados sempre o direito adquirido, o ato 
jurídico perfeito e a coisa julgada (art. 5º, XXXVI, 
CF). 
 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO 
HERMENÊUTICA JURÍDICA 
GALERA, POR 
HOJE É SÓ! 
 
Façam a leitura da 
próxima aula , os 
exercícios do livro 
 e da webaula

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