Buscar

CASO DIR TRIBUTARIO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

Caso Concreto:
Durante os anos de 1989 a 1994 o Governo Federal, através do extinto DAC (Departamento de Aviação Civil) tabelou os preços das passagens aéreas que as empresas cobrariam dos passageiros, e na composição daquele preço o ICMS não foi incluído. Não obstante, os Estados cobravam das Cias aéreas uma vultosa quantia a título de ICMS. Posteriormente, aquele ICMS veio a ser considerado inconstitucional, sendo possível, em tese, o pedido de restituição. Imediatamente a CIA AÉREA VOE BEM - tempestivamente - pleiteou a restituição, via ação de repetição de indébito, em dobro, do ICMS indevidamente recolhido. A Fazenda Estadual, no entanto, contestou o pedido alegando, em preliminar, a ilegitimidade da CIA AÉREA, por descumprimento do art. 166 do CTN, uma vez que o ICMS é imposto indireto, no qual ocorre a transferência do encargo financeiro, bem como ocorreu a prescrição. No mérito, sustenta a impossibilidade de devolução do valor pago em dobro. Enfrente todos os argumentos trazidos pelas partes e aborde, com fundamento na doutrina, na legislação e na jurisprudência, se são procedentes ou improcedentes as alegações apresentadas.
A Cia aérea possui legitimidade, pois o art. 166, do CTN não se aplica nesse caso, pois apesar do ICMS ser um imposto indireto (os que são repassados a terceiros), o fato do preço das passagens terem sido tabelados e não abrangerem o tributo em questão, fez com que as Cias aéreas suportassem sozinhas o pagamento do ICMS, não sendo necessária a autorização dos passageiros (contribuintes de fato), conforme súm. 546, do STF. Em relação a possibilidade de Repetição do indébito por parte da Cia aérea, sim é possível, já que a cobrança foi considerada inconstitucional, conforme art. 165, III, do CTN, dentro do prazo prescricional de 5 anos. Em relação da devolução em dobro não cabe na relação entre Fisco e Contribuinte, mas sim nas relações de consumo. Não há que se falar em prescrição já que o caso concreto narra que a Cia aérea pleiteou a repetição do indébito tempestivamente.
Questão objetiva
João realizou pagamento a maior do IPVA relativo ao fato gerador ocorrido em 2007. Tendo consultado o valor do imposto em relação ao fato gerador ocorrido em 2008, o contribuinte identificou que o valor pago a maior em 2007 é suficiente para quitar o tributo devido em 2008. Diante disso, pretende requerer a seu Estado a utilização do excesso pago em 2007 para liquidar o imposto de 2008. Considerando que inexiste lei específica disciplinando a matéria no Estado, marque a alternativa correta:
a. (x) João deverá proceder ao pagamento do IPVA/2008 e requerer a restituição do IPVA/2007 pago a maior.

Outros materiais