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CADERNO DE QUESTÕES Empresarial II 2017.01

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DIREITO EMPRESARIAL II
Caderno de questões 2017.01
	01 - 
	A) Não. A firma social não pode conter o objeto da sociedade, apenas nome de sócio com o aditamento, se necessário, da expressão “e companhia” ou sua abreviatura, com base no Art. 1.157 do CC. Portanto, não pode ser aceita a designação proposta por Tobias.
 
B) O âmbito geográfico da proteção ao nome empresarial é estadual, de acordo com o Art. 1.166, caput, do CC. Não há necessidade de registro próprio, como ocorre com as marcas, porque a proteção ao nome empresarial decorre automaticamente do arquivamento dos atos constitutivos de sociedades, em conformidade com o Art. 33 da Lei nº 8.934/94.
QUESTÕES OBJETIVAS:
1. C
2. C
	02 - 
	A. A sociedade era regular/possuía personalidade jurídica no momento da celebração do contrato, pois como o ato constitutivo foi registrado dentro dos 30 dias subsequentes à assinatura, seus efeitos retroagem a tal data, nos termos do artigo 36, da Lei nº 8.934/94.
B. Miguel não pode cobrar da integralidade da dívida de Maria, mas pode cobrar até o limite do capital ainda não integralizado por Joana (qual seja: R$4.000,00), pois os sócios de uma sociedade limitada respondem solidariamente pela integralização do capital social, nos termos da parte final do artigo 1.052, do Código Civil.
QUESTÃO OBJETIVA 1: D
QUESTÃO OBJETIVA 2 D
	03 - 
	
A. João, mesmo interditado, pode permanecer na sociedade, desde que seja devidamente representado ou assistido, conforme a causa de sua interdição. Por se tratar de sócio de sociedade empresária, e não de empresário individual, são inaplicáveis ao caso proposto o caput e os parágrafos 1º e 2º do art. 974. O caput prevê a continuidade da empresa pelo incapaz e João não irá continuar empresa porque é sócio e não empresário. Os parágrafos 1º e 2º do art. 974, da mesma forma, estabelecem regras que se aplicam exclusivamente ao empresário individual. Por conseguinte, não se aplica a João a necessária autorização judicial prévia, onde o juiz examinará os riscos do prosseguimento da atividade pelo incapaz, ainda mais sendo sócio de responsabilidade limitada. A condição a ser respeitada para que João permaneça na sociedade encontra-se, exclusivamente, no art. 974, § 3º, do CC.
  
B. Para que seja arquivada a alteração contratual, a Junta Comercial deverá verificar o cumprimento dos requisitos previstos no art. 974, § 3º, CC: (i) nenhum dos sócios incapazes poderá exercer a administração da sociedade; (ii) o capital social estar totalmente integralizado; (iii) o sócio Bruno deve estar assistido, o sócio Pedro deve estar representado e o sócio João, representado ou assistido, conforme a causa de sua interdição.  
Sobre o terceiro requisito do art. 974, § 3º do CC, o aluno poderá diferenciar a incapacidade absoluta da relativa, enquadrando Pedro como absolutamente incapaz, conforme o art. 3º, inciso I do CC, e Bruno como relativamente incapaz, conforme o art. 4º, inciso I do CC. Em relação a João sua incapacidade pode ser absoluta ou relativa, conforme a causa que determinou a interdição (art. 1.767 do Código Civil). Se for absolutamente incapaz deverá ser representado, se relativamente incapaz, assistido. 
Alternativamente, o aluno poderá indicar que os sócios absolutamente incapazes devem estar representados e os relativamente incapazes assistidos, sem precisar a situação individual de cada um.
QUESTÃO OBJETIVA 1: C
QUESTÃO OBJETIVA 2: B
	04 - 
	A instituição do Conselho Fiscal na sociedade limitada é facultada pelo artigo 1.066 do Código Civil; sua composição obedece aos ditames contidos no mesmo dispositivo.
 
A primeira deliberação – aprovação das contas dos administradores – é ilegal porque invade a competência da assembleia ou reunião dos sócios, nos termos do Art. 1071, I c/c Art. 1066, caput, do Código Civil. A instituição de Conselho Fiscal na sociedade limitada não pode se dar em prejuízo dos poderes conferidos à assembleia/reunião de sócios. Verifica-se por esta disposição do Art. 1.066 que houve ilegalidade na deliberação dos conselheiros.
 
A segunda deliberação é perfeitamente válida porque na competência do Conselho Fiscal inclui-se a prerrogativa de convocar reunião sempre que ocorram motivos graves e urgentes, com fundamento nos artigos 1.069, V e 1.073, II, do Código Civil. Fica patente no enunciado que foram recebidas denúncias pelos conselheiros embasadas em vários documentos, cuja validade o órgão fiscalizador confirmou em diligências e que apontam indícios graves de ilícitos civis e penais. Portanto, trata-se de motivo grave e urgente que enseja a convocação pelo Conselho de reunião extraordinária de sócios.
QUESTÃO OBJETIVA 1: A
QUESTÃO OBJETIVA 2: CORRETO
QUESTÃO OBJETIVA 3: D
	05 - 
	A) A justificativa prevista na legislação para a redução do capital é o excesso deste em relação ao objeto social, de acordo com o Art. 1.082, inciso II, do Código Civil. Quanto ao procedimento, deverá ser realizada a modificação do contrato social, de acordo com o Art. 1.082, caput, do Código Civil, por meio de deliberação dos sócios em reunião ou assembleia, observando-se o quórum de, no mínimo, ¾ (três quartos) do capital social, nos termos do que dispõe o Art. 1.071, inciso V, e o Art. 1.076, inciso I, ambos do Código Civil.
B) Sim. Mesmo que a sociedade não possua dívidas em mora e pague pontualmente aos credores, a redução somente se tornará eficaz se, no prazo de noventa dias, contados da data da publicação da ata da assembleia ou da reunião que aprovar a redução, não for impugnada por credor quirografário, por título líquido anterior a essa data, ou se provado o pagamento da dívida ou o depósito judicial do respectivo valor, com fundamento no Art. 1.084, §§ 1º e 2º, do Código Civil.
QUESTÃO OBJETIVA 1: E
QUESTÃO OBJETIVA 2: A
	06 - 
	CASO CONCRETO:
A) FALSA
B) FALSA
C) FALSA
D) VERDADEIRA
E) FALSA
QUESTÃO OBJETIVA 1: A
QUESTÃO OBJETIVA 2: C
	07 - 
	A) Não. O fato de todos os subscritores serem condôminos do imóvel não dispensa a avaliação do bem, que é obrigatória mesmo neste caso. Deve ser nomeado avaliador pessoa jurídica ou 3 peritos para avaliar o imóvel em condomínio e os subscritores poderão aprovar o laudo, com base no Art. 8º, caput, e no Art. 115, § 2º, ambos da Lei nº 6.404/76.
B) Se o valor apresentado no laudo for superior ao que tiver sido dado pelo subscritor, o bem não poderá ser incorporado ao patrimônio da companhia por esse valor, em razão do disposto no Art. 8º, § 4º, da Lei nº 6.404/76 e a companhia deverá devolver/pagar ao subscritor o excesso (ou a importância superior ao valor das ações).
QUESTÃO OBJETIVA 1: C
QUESTÃO OBJETIVA 2: A
	08 - 
	Sim.  Fundamento art. 15 parágrafo 2º da Lei 6404 de 1976
Art. 15 § 2o: O número de ações preferenciais sem direito a voto, ou sujeitas a restrição no exercício desse direito, não pode ultrapassar 50% (cinquenta por cento) do total das ações emitidas. (Redação dada pela Lei nº 10.303, de 2001).
QUESTÃO OBJETIVA: C
	09 - 
	Sim. Trata-se de uma Cia. fechada que admite a diversidade de classes ordinárias, de acordo com o Art. 15 § 1º da LSA.
QUESTÃO OBJETIVA 1: C 
QUESTÃO OBJETIVA 2: B
	10 - 
	Sim. Como são debêntures conversíveis em ações, da mesma forma que os acionistas têm preferência para adquirir ações da Cia., o mesmo direito lhes é conferido, em se tratando destes títulos apresentados no caso acima. De acordo com o § 1º do inciso IV do artigo 57 da Lei das S/As.
QUESTÃO OBJETIVA 01: Letra “A”. Artigo 57, inc. IV, § 1º da lei das S/As.
QUESTÃO OBJETIVA 02: Letra “A”. Somente as ações é que compõem o capital da Cia.
	11 - 
	A peça a ser elaborada pelo aluno é um RECURSO ESPECIAL, com base no art. 105, III, a, da Constituição Federal, tendo em vista que a decisão do Tribunal negou vigência ou violou os dispositivos legais que embasam a tese de “M”.
Cumpre ao aluno elaborar petição de interposição endereçada ao Desembargador
Presidente do TJ/PI, conforme o art. 541, do CPC. Nesta peça, deverá ser requerida (i) a intimação do recorrido para apresentação de contrarrazões; e (ii) o juízo positivo de admissibilidade. 
Além desta, deve ser elaborada petição endereçada a uma das Eg. Turmas do Superior Tribunal de Justiça, com indicação da parte recorrente e recorrida, bem como com referência à Apelação. Nesta peça, deverá constar a exposição do fato e do direito, a demonstração do cabimento do recurso e as razões do pedido de reforma da decisão recorrida.
 
A partir da leitura do enunciado, o aluno deve perceber que os dispositivos legais violados foram os artigos 286; 287, II, b, 2; 159; e 134, § 3º, todos da Lei n. 6.404/76, os quais devem ser aplicados em detrimento do art. 158, I, da mesma Lei, por serem mais específicos, uma vez que a Lei determina a realização de assembleia prévia que aprove o ajuizamento da demanda reparatória (art. 159).
 
Além disso, tal ação não pode ser ajuizada contra administrador que teve suas contas aprovadas “sem ressalvas” em assembleia “limpa”, sem manifestações e votos dolosos, culposos, fraudados ou simulados, o que implica na ausência de reconhecimento de eventual atuação do administrador com dolo ou culpa (134, § 3º).
 
Ademais, ainda que algum desses vícios fosse verificado, o prazo para anular a deliberação seria de dois anos (art. 286), o qual foi verificado em 05/02/2008 e, ainda que se entendesse pela possibilidade do ajuizamento de ação para responsabilizar “M”, esta pretensão prescreveu ao final do dia 05/02/2009 (art. 287, II, b, 2).
 
Finalmente, o pedido deve ser o provimento do recurso especial, com o consequente reconhecimento da prescrição da ação tanto para anular a deliberação da assembleia que aprovou as contas de “M”, quanto da ação para responsabilizá-lo pelos prejuízos causados à companhia.
	12 - 
	Não. Antes da Lei 12431/2011, o Conselho de Administração deveria ser composto por no mínimo três sócios. A partir da vigência desta Lei, que modificou o caput do artigo 146 da lei das S/As, os três membros não necessitam ser obrigatoriamente sócios, tais como os membros da diretoria. 
QUESTÃO OBJETIVA 01: Letra A. Art. 138 par. 2º, c/c artigo 146 da L. 6404/76 
QUESTÃO OBJETIVA 02: Letra D. Art. 159, parágrafo 5º Lei 6404/76
	13 - 
	Sim. Como a companhia foi incorporada por outra, por não mais existir, não está legitimada para executar os devedores. Tal direito passou à Incorporadora, sucessora da XXX S/A.  Não. Por ter sido extinta em razão da Incorporação.  A Ata da Assembleia Geral da Incorporadora que aprovou o laudo de avaliação e a incorporação, devidamente arquivada e publicada. De acordo com o artigo 227 da Lei das S/As e § 3º do mesmo dispositivo legal.
 
QUESTÃO OBJETIVA 01:
Letra D. Cisão. De acordo com o artigo 229 da Lei das S/As. Se for total, a sociedade será extinta; se for parcial, a sociedade não se extingue, ocorrendo uma divisão de seu capital (cisão parcial).
QUESTÃO OBJETIVA 02:
 
Letra C. Artigo 227 Lei 6.404/76
	14 - 
	CASO CONCRETO: As diferenças começam no próprio conceito: o consórcio é feito por quem quer juntar esforços coletivos, mas não quer virar sócio.
Já os efeitos legais também são distintos. Se nas sociedades o grupo ganha uma nova identidade, no consórcio isso não ocorre. O parágrafo primeiro do artigo 278 da lei 6.404 deixa isso bem claro:
§ 1º O consórcio não tem personalidade jurídica e as consorciadas somente se obrigam nas condições previstas no respectivo contrato, respondendo cada uma por suas obrigações, sem presunção de solidariedade. (grifos nossos)
Como se trata de um instituto jurídico que se posiciona entre a sociedade e o contrato (que não é de sociedade), insta ressaltar o que faz com que uma sociedade exista. Veja o que dizem os artigos 981 do Novo Código Civil (clique aqui) e 305 (Código Comercial - clique aqui):
Código Civil - Art. 981 - Celebram contrato de sociedade as pessoas que reciprocamente se obrigam a contribuir, com bens ou serviços, para o exercício de atividades econômicas e a partilha, entre si, dos resultados.
Parágrafo único. A atividade pode restringir-se à realização de um ou mais negócios determinados.
	15 - 
	Conclui-se que a dissolução e liquidação da A. - Comercial e Administradora S/A ocorreram, legítima e efetivamente, de fato e de direito, com a aquisição das ações dos demais sócios e subsequente escritura de dissolução, liquidação e extinção. 
A venda das ações do Banco A. S/A, feita após, foi negócio legitimamente realizado pela pessoa física de A.M.E., não sujeito à incidência do Imposto sobre a Renda. Desaparecida, assim, qualquer base para incidência do referido Imposto, seja pela inocorrência de qualquer irregularidade nos negócios que conduziram à dissolução da sociedade, seja pela total improcedência da tese tendente a sustentar sua persistência após a aludida escritura e atribuir-lhe a venda das ações do Banco A. S/A, resulta sem qualquer amparo jurídico o lançamento criticado e, com maior soma de razão, a pretensão da Fazenda, de responsabilizar o apelado pelo suposto débito.
	16 - 
	O aluno deverá ser capaz de conhecer as disposições do Código Civil sobre a incorporação de sociedade, em especial a possibilidade da operação ser realizada entre sociedades de tipos diferentes e a facultatividade de elaboração de protocolo e justificação.
A) Sim, não há impedimento que as operações de incorporação possam ser realizadas entre sociedades de tipos diferentes, no caso uma sociedade limitada e duas simples, com base no artigo 1.116 do Código Civil, devendo ser observadas as regras dos respectivos tipos.
B) Não. Nas fusões e incorporações entre sociedades reguladas pelo Código Civil, é facultativa a elaboração de protocolo e justificação pelos sócios ou administradores das sociedades envolvidas, em razão de inexistência destas providências nos artigos 1.116 a 1.118 do Código Civil, que dispõem sobre a incorporação.

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