Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ACRE – UFAC CCET – CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS BACHARELADO EM ENG. ELÉTRICA LAB. DE MÁQUINAS ELÉTRICAS I RIO BRANCO – AC INTRODUÇÃO Durante o início da disciplina foi apresentado aos alunos sobre o que a disciplina trataria. Nosso objetivo é claro: entender o funcionamento e as características de uma máquina elétrica, saber como operar e fazer operar uma mesma. Dentro desse ambiente nós nos deparamos com muitas perguntas, uma delas é o que diabos é uma ligação estrela e triangulo e quais as diferenças entre as ligações. Nesse quesito, ficou claro que não chegaríamos e simplesmente ligaríamos uma máquina. Era necessário um conhecimento prévio. Diante disso foi proposto o seguinte: no início nosso objetivo é entender as características de fabricação do produto, que em grande parte descrevem o comportamento físico do equipamento. É necessária uma abordagem mais intensa do assunto para entendermos essas características e como utilizar ao nosso favor. Assim, esse relatório trata necessariamente de uma “missão de reconhecimento” sobre máquinas elétricas, no quesito de fabricação. Relatório I - Primeiros Passos Introdução Eng. Elétrica 1 CONCEITOS BASE 1.1 – MÁQUINAS ELÉTRICAS Antes de iniciarmos a análise dos dados de fabricação dos equipamentos, uma pergunta deve estar em sua cabeça: o que são máquinas elétricas? É louvável que se faça essa pergunta, afinal é impossível ler as tabelas das máquinas sem entender alguns conceitos base delas. Assim as máquinas elétricas em uma definição mais rústica, como máquinas responsáveis pela conversão de energia. Elas podem ser divididas primordialmente entre três máquinas: os transformadores, os motores e os geradores. A sua divisão principal se dá pela diferenciação do tipo de energia com que lida. Enquanto suas secundárias se dão por vários fatores como velocidade, tipo de corrente utilizada e o número de fases. Para melhor conceituação: MÁQUINAS ELÉTRICAS CLASSIFICAÇÃO PRINCIPAL CLASSIFICAÇÃO SECUNDÁRIA Máquinas Rotativas: Estas são caracterizadas por converter energia elétrica em mecânica ou vice e versa. Exemplos desse tipo de máquina são os motores e os geradores. Máquinas corrente contínua / alternada: São máquinas que utilizam corrente contínua ou alternada para o seu funcionamento. A importância dessa diferenciação é que em máquinas de corrente alternada, o campo magnético é maior que em de correntes contínuas e sua potência possui característica complexa. (S=P+jQ) Maquinas Estacionárias: São máquinas elétricas cuja principal função é converter energia elétrica com a função de elevar ou abaixar tensões além de que em alguns tipos fazer o isolamento entre o primário e o secundário. O principal representante dessa categoria é o transformador. Máquinas de Velocidade Síncrona / Assíncrona: Aqui as máquinas são classificadas de acordo com sua velocidade. Note que esse tipo de classificação só é válida para máquinas rotativas. Máquinas monofásicas / trifásicas: São consideradas máquinas monofásicas aquelas que operam apenas em uma fase. Enquanto as trifásicas operam em três. Note que nas classificações de máquinas elétricas não são citadas máquinas bifásicas ou polifásicas por exemplo porém no Fitzgerald, ele trata o estudo em máquinas polifásicas. A ideia é classificar pelos tipos mais utilizados, não pelos tipos existentes de máquinas. TABELA 1: Tipos de máquinas (Fonte: acervo pessoal) 2 Eng. Elétrica Relatório I - Primeiros Passos Sessão 1: Máquinas Elétricas Durante nosso curso nos deparamos diversas vezes com máquinas elétricas estacionárias, elas são alvo de estudo em nossa grade, principalmente nas disciplinas de Eletromagnetismo II, Circuitos Elétricos II, Conversão Eletromecânica de Energia e Lab. de Conversão Eletromecânica de Energia. Agora com o avanço na grade e no conhecimento dos discentes o alvo nessa disciplina serão as máquinas elétricas rotativas, sua operação, seus métodos de controle e seus cálculos relacionados. Diagrama 1 – Os tipos de máquinas elétricas, exemplificações e os principais causadores de seu funcionamento/aprimoramento. (Fonte: acervo pessoal) Até esse ponto foi dito que as máquinas elétricas rotativas relacionam um trabalho elétrico com um trabalho mecânico. De uma maneira mais dedutiva, elas relacionam um trabalho eletromagnético a uma rotação, portanto os princípios eletromagnéticos são todos aplicados nesse tipo de máquina. Outro ponto interessante é que as máquinas (motores, mais precisamente) precisam de uma tensão induzida em sua entrada para o funcionamento, pense que na entrada desse motor em questão entre uma tensão com muitas alterações em sua linha, muitas interferências. Consequente essa máquina sofrerá algum impacto dessa ligação mas atualmente com alguns avanços na área de eletrônica, principalmente a área de eletrônica de potência, permitiram uma melhora na proteção desses motores em relação à rede. É visível que uma análise de circuitos elétricos permite entender o funcionamento da máquina em questão no quesito das forças elétricas aplicadas a ele. Por último, um último avanço mais recente se provou crucial na introdução de máquinas elétricas industriais, elas permitem o melhor controle de por exemplo motores de indução trifásicos, que futuramente serão citados nos próximos relatórios. Se você parou para ler até agora o que acontece com as máquinas, deve pensar que existem alguns fatores que devem se levar em conta. No próximo tópico eles serão explicados. Máquinas Estáticas ou Estacionárias Máquinas Rotativas Motor Elétric o Gerador elétrico Autotransformador Transformador Linear Eletromagnetismo Circuitos Elétricos Eletrônica Programação 3 Eng. Elétrica Relatório I - Primeiros Passos Sessão 1: Máquinas Elétricas 1.2 – PERDAS E SEGURANÇA Se até aqui você entendeu o que é uma máquina elétrica rotativa, você também deve ter entendido que manter sua vida útil não é fácil. O mundo não é um conto de fadas e deve ser entendido que problemas surgiram e que o motor, levando pro lado mais metafórico da coisa, não é de ferro. Problemas surgem e em grande parte das vezes são relacionados ao comportamento físico da máquina em relação à sua metodologia de funcionamento. Assim o fabricante procura mostrar os limites de sua máquina e suas vantagens para que não haja nenhum imprevisto na hora em que o comprador ligar ela. Assim são definidas duas coisas para análise dos pontos positivos e negativos da máquina (de maneira resumida) as perdas e a segurança. As perdas estão relacionadas ao comportamento físico da máquina quando está ligada, elas são quantificadas pela quantidade de energia perdida durante o processo de ligamento da máquina. Enquanto segurança é dada pelo comportamento físico da máquina em relação a fatores internos e externos da máquina. Ela não pode ser quantificada mas pode ser definida. Tenha em mente que apesar de os dois fatores estarem diretamente relacionados em grande parte dos casos não é sempre que eles estarão relacionados. Por exemplo a variação máxima de temperatura pode estar relacionada à perca por aquecimento, mas não necessariamente esse excesso de temperatura possa ser a causa da perda.Pode ser que haja algum componente defeituoso dentro da máquina que causa esse tipo de perda. O ponto é que para alguns problemas, não há como você ter uma previsão. Mas para aqueles que há basta ter um bom entendimento da tabela. 1.2.2 – FATORES DE SEGURANÇA PLACA: Vamos citar dois fatores de segurança da placa, relacionados a sua operação para um melhor entendimento do por que esses dados têm que estar especificados na máquina: IP (Índice de Proteção): Relacionado à proteção da máquina ao ambiente externo, ele é descrito com dois algarismos, o primeiro de 0 à 6 e o segundo de 0 à 8. Um exemplo claro da utilidade desse índice é o motor com IP igual a 55. Um motor com IP de 55 pode ser utilizado em aplicações que envolvem acumulo de poeira e jatos de água já que tem proteção contra esse tipo de adversidade do ambiente. A proteção contra acumulo de poeira é excelente para ambientes que não são acessíveis e a proteção contra jatos de água permite a utilização em ambientes como por exemplo poços e açudes. No caso desse tipo de motor, ele poderia ser aplicado como uma bomba de água por exemplo. Variação máxima de temperatura e classe de isolamento: Determina a proteção do motor em relação a variação máxima de temperatura que ele pode atingir. No caso do motor de classe F, são 155 graus. 4 Eng. Elétrica Relatório I - Primeiros Passos Sessão 1: Perdas e Segurança ANÁLISE PRÁTICA 2.1 - TABELAS Após entendermos quais são os princípios de funcionamento de uma máquina elétrica e seus comportamentos perante a sua fabricação, foi dito aos alunos que fizessem a leitura e obtivessem os dados tabelados de cinco diferentes máquinas elétricas. Algumas delas possuiam características de funcionamento semelhantes, porém com características nominais e de magnitude diferentes. Assim, obtivemos os seguintes dados tabelados: MÁQUINA I – MOTOR DE INDUÇÃO TRIFÁSICO Tensão de operação: 220 V – 380 V Corrente de Operação: 13.5 A – 7.5 A Frequência (Hz): 60 FP (): 0.82 Nº de fases: 03 Regime: S1 Rotação por minuto (RPM): 1730 IP: 55 Número: 271014 Potência Aparente (S): 4.878 kVA Ip/In= 7.2 Norma: NBR17094 Tipo: V100L4 FS: 1.15 Fabricante: Variação Máxima de Temperatura: 155º Classe de Isolação Térmica: F Mancais: 6206 ZZ | 6206 ZZ Tabela 2 – Tabela referente à máquina I. (Fonte: Acervo pessoal) MÁQUINA II – MOTOR DE INDUÇÃO TRIFÁSICO Tensão de operação: 220 V – 380 V Corrente de Operação: 18 A – 10.4 A Frequência (Hz): 60 FP (): 0.63 Nº de fases: 03 Regime: S1 Rotação por minuto (RPM): 880 IP: 55 Número: 201214 Potência Aparente (S): 6.869 kVA Ip/In= 6 Norma: NBR17094 Tipo: V132M8 FS: 1.15 Fabricante: Variação Máxima de Temperatura: 155º Classe de Isolação Térmica: F Mancais: 6308 ZZ | 6308 ZZ Tabela 3 – Tabela referente à máquina II. (Fonte: Acervo pessoal.) MÁQUINA III – MOTOR DE INDUÇÃO TRIFÁSICO Tensão de operação: 220 V – 380 V Corrente de Operação: 25.2A – 14.5 A Frequência (Hz): 60 FP (): 0.84 Nº de fases: 03 Regime: S1 Rotação por minuto (RPM): 1760 IP: 55 Número: 291214 Potência Aparente (S): 7.8116 Ip/In= 8.6 Norma: NBR17094 Tipo: V132S4 FS: 1.15 Fabricante: Variação Máxima de Temperatura: 155º Classe de Isolação Térmica: F Mancais: 6308 ZZ | 6308 ZZ Tabela 4 – Tabela referente à máquina III. (Fonte: Acervo pessoal.) Relatório I - Primeiros Passos Sessão 2: Tabelas 5 Eng. Elétrica MÁQUINA IV – MOTOR DE INDUÇÃO MONOFÁSICO Tensão de operação: 220 V – 110 V 254 V – 127 V Corrente de Operação: 6.4 A – 10.8 A 6.8 A – 11.8 A Frequência (Hz): 60 FP (): 0.84 Nº de fases: 01 Regime: S1 Rotação por minuto (RPM): 1730 IP: 21 Número: LN10146117 Potência Aparente (S): 1.1904 kVA Ip/In= 6.0 Norma: NBR17094 Tipo: 10NJ56 FS: 1.15 Fabricante: Variação Máxima de Temperatura: 130º Classe de Isolação Térmica: B Mancais: N/A Tabela 5 – Tabela referente à máquina IV. (Fonte: Acervo pessoal.) MÁQUINA V – MOTOR DE INDUÇÃO MONOFÁSICO Tensão de operação: 220 V – 110 V 254 V – 127 V Corrente de Operação: 10.0A – 10.2 A 20.0A – 20.4 A Frequência (Hz): 60 FP (): 0.87 Nº de fases: 01 Regime: S1 Rotação por minuto (RPM): 1725 IP: 21 Número: LN10146119 Potência Aparente (S): 2.2086 kVA Ip/In= 6.2 Norma: NBR17094 Tipo: 10NH56 FS: 1.15 Fabricante: Variação Máxima de Temperatura: 155º Classe de Isolação Térmica: F Mancais: N/A Tabela 6 – Tabela referente à máquina V. (Fonte: Acervo pessoal.) 2.2 - GRÁFICOS Para uma análise mais aprofundada serão apresentados alguns gráficos com o intuito que comparar alguns valores nominais da máquina: Gráfico 1 - Gráfico relacionando o índice Ip/In (Fonte: Acervo pessoal) Relatório I - Primeiros Passos Sessão 2: Tabelas Eng. Elétrica 6 Gráfico 2 - Gráfico comparando as segundas tensões de operação das máquinas. (Fonte: Acervo Pessoal) Gráfico 3 - Gráfico comparando as potências nominais de cada máquina. (Fonte: Acervo pessoal) Gráfico 4 - Gráfico comparando as duas correntes de operação de cada máquina. (Fonte:Acervo pessoal) Eng. Elétrica 7 Relatório I - Primeiros Passos Sessão 2: Gráficos DISCENTES: Lucas Costa Vichinsky DOCENTE: Pr. Dr. Diodomiro Baldomero Luque Carcasi Relatório I: Primeiros passos para análise prática de máquinas elétricas. Nesse relatório estão a leitura das placas e os conceitos base sobre máquinas elétricas. Rio Branco - AC CONCLUSÃO É notável a importância do estudo dos quesitos industriais das máquinas elétricas. Grande parte dos nossos problemas podem ser evitados ou resolvidos apenas lendo as especificações das mesmas e procurando alguma máquina que será compatível com nossos desejos de aplicações. Contudo, também deve se atentar que sem entender os princípios básicos do curso de engenharia elétrica é difícil entender quais problemas tal máquina pode vir a ter e o por que. Entender o funcionamento da máquina, em grande parte das vezes ajuda que algum fator indesejado nem chegue a ocorrer. Por isso a importância desses dois aspectos: entender o funcionamento e também entender a parte mais técnica. Eng. Elétrica 8 Relatório I - Primeiros Passos Conclusão SUMÁRIO Introdução Conceitos Base 1.1 - Máquinas Elétricas 1.2 - Perdas e Segurança Análise Prática 2.1 - Tabelas 2.2 - Gráficos Conclusão ................................................................................5 ................................................................................6 ................................................................4 ................................................................2 Relatório I - Primeiros Passos Sumário Eng. Elétrica Unknow: 404 error ................................................................................1 ............................................................................................7
Compartilhar