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G2 DIREITO PENAL I

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G2
Culpabilidade
Não é um elemento do crime, inclusive não integra o conceito de crime. Há diversas discussões sobre a culpabilidade, se existe o fato típico, o crime já ocorreu. Na culpabilidade não serão excluídos o dolo e a culpa, nem o fato típico, ou seja, o crime é um fato existente para o mundo penal.
A culpabilidade também chamada de juízo de reprovação é a possibilidade de declarar culpado o autor de um fato típico e ilícito, ou seja, é a responsabilidade de alguém pela prática de uma infração penal.
O pressuposto para se analisar a culpabilidade é que já existe o crime, ou seja, a ausência da culpabilidade não exclui o crime o agente da infração penal não responderá pelo crime que cometeu. Atualmente, os requisitos para a culpabilidade são:
- imputabilidade;
- consciência da ilicitude;
- a exigibilidade da conduta diversa ou típica.
2 - Imputabilidade
É a capacidade de compreender o caráter criminoso do fato e de orientar-se de acordo com esse entendimento. A imputabilidade possui dois elementos, 1° - Intelectivo: capacidade de entender; 2° - Volitivo: capacidade de querer.
2.1 – Requisitos da inimputabilidade
- Causal: a inimputabilidade deve ser causada por doença mental, desenvolvimento mental incompleto, dependência química, embriagues completa, proveniência de caso fortuito ou força maior. Somente essas causas podem tirar a capacidade de entender ou de querer.
- Cronológico: as causas que levam a imputabilidade deve existir no tempo na infração penal.
- Consequencial: Capacidade direta de entender e capacidade direta de querer.
Relembrando: Existem diversos tipos de inimputabilidade, dentre elas destacam-se a embriagues, a emoção e paixão, e as do sistema psicológico, os inimputáveis por razão de discernimento.
3 - Exigibilidade da conduta diversa
É a expectativa social de que o agente tenha outro comportamento e não aquele tipificado na Lei Penal. Esta é a teoria da normalidade das circunstâncias concomitantes, que significa, somente se pode julgar alguém se essa pessoa agiu em circunstâncias normais, ou seja, somente se pode julgar se alguém agiu de forma errada e este aconteceu em circunstâncias absolutamente normais. 
3.1 – Hipóteses de Anormalidade
- Coação moral irresistível é a grave ameaça contra a qual a pessoa não consegue resistir. Essa coação não elimina nem o fato típico nem o dolo, porém exclui a culpabilidade. 
Exemplo: assaltante obriga a vítima a arrecadar e a transportar a res furtiva ou o produto do roubo.
Tipos de Coação
Física, ou seja, uso da força;
Coação moral, ou seja, grave ameaça.
3.2 - Obediência Hierárquica
O sujeito atua em cumprimento de uma ordem específica. Essa ordem deve ser de um superior hierárquico, Deve haver um vínculo de natureza administrativa, a ordem deve ser ilegal com aparente legalidade. O sujeito cumpre com a ordem manifestadamente ilegal acreditando que seja legal.
3.3 – Causas supralegais de exclusão da culpabilidade
Atualmente, o STJ, sustenta que, além da coação moral irresistível e da obediência hierárquica, qualquer circunstância que no caso concreto venha tornar inexigível a conduta diversa conduz a causa de exclusão da culpabilidade.
Amparo legal da imputabilidade penal: art. 26 ao art. 28 e seguintes do CP.
Concurso de pessoas:
Amparo legal art. 29 do CP.
O concurso de várias pessoas em um mesmo evento, não é um fenômeno que se da somente no direito penal, é algo cotidiano, onde pessoas buscando apoio, amparo, coragem, necessitam da participação de um outro agente na busca da eficácia do objetivo. E para o direito penal a autoria de um fato criminoso pode ser dividida. 
Ex. suponhamos que A e B, agindo com o animus furandi (dolo de subtração) unidos pela vontade subjetiva resolvam furtar o televisor da residência do C. A tem a função de vigiar a porta de entrada da casa bem como de vender a res furtiva (televisor), enquanto B ingressa na casa e subtrai o televisor. Observe que A e B participaram do fato criminoso, entretanto B foi o executor do crime de furto, e o elemento A, tem participação apenas na garantia da execução e posteriormente no desfecho da ação. 
Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na medida da sua culpabilidade. Art. 29 CP.
Conforme o parágrafo 1° do art. 29 se a participação for de menor importância a pena pode ser reduzida de 1/6, á 1/3. E ainda o § 2° do mesmo art. Diz, e algum dos concorrentes quis participar de crime menor ou menos grave, ser-lhe-á aplicada a pena deste crime; A pena será aumentada de até a metade, na hipótese de ter como prever o resultado mais grave.
Circunstâncias comunicáveis
Coautoria - a teoria do domínio do fato fica mais evidente quando diversas pessoas, unidas por um vínculo subjetivo, resolvem praticar a mesma infração penal. Aqui agora mais do que nunca é de extrema importância saber quais são os autores e os partícipes.
A coautoria e a autoria, a agente tem domínio do fato unitário e este é comum a várias pessoas. O coautor possui as qualidades pessoais do autor, e tão quanto tem o poder decisório e em virtude disso, toma parte na execução do delito. 
Ex. Crime da fraude bancária onde as notas de um caixa eletrônico foram trocadas por falsas. Tendo como autores e coautores respectivamente um agente externo e um interno da empresa de transporte de valores, sendo partícipes o motorista e os agentes de segurança externo. 
Circunstâncias incomunicáveis – art. 30
Não se comunicam as circunstâncias e as condições de caráter pessoal, salvo quando elementares do crime, art. 30 CP.
Casos de Imputabilidade – art. 31 CP
O ajuste, a determinação ou instigação e o auxílio, salvo disposição expressa em contrário, não são puníveis, se o crime não chega, pelo menos, a ocorrer na modalidade tentada.
Teorias do concurso de Pessoas
Á primordialmente três teorias que abordam o assunto:
Teoria Pluralista: Por essa teoria dois ou mais agente se unem para a prática de um crime, contudo, os tipos penais praticados são diferentes mas visa o mesmo objetivo. Ex. aborto. art. 124. Provocar aborto em si mesma ou consentir que outro lhe provoque; art. 126 – provocar aborto com consentimento da gestante. Ex. ativa e passiva. Art. 333 e 317 CP, Ex. bigamia, art. 235, §1° CP. Essas são as exceções previstas como teoria pluralista.
Teoria dualista ou dualística: No concurso de pessoas há um crime ara autores e outro para partícipes. Existe no crime a ação principal executada pelo autor e a ação secundária, acessória, que são realizadas pelas pessoas que auxiliam ou instiga o autor a cometer o crime.
Teoria monista ou monística e ainda unitária: Esta é a teoria majoritária entendida pelo STF e jurisprudências diversas que o direito penal brasileiro tem como regra principal. O crime ainda quando tenha sido praticado em concurso de várias pessoas permanece único e indivisível. Conforme art. 29 CP- “ Quem, de qualquer modo concorre para o crime incide nas penas a essa cominadas”
Requisitos do concurso de agentes
A –Pluralidade de condutas
B – Relação ou causalidade material entre condutas desenvolvidas e o resultado;
C – Vínculo de natureza psicológica negando as condutas entre si (liame subjetivo). Não há necessidade de ajuste prévio entre os autores (coautores) 
D – Reconhecimento da prática da mesma infração por todos.
Relevância causal da Conduta
Não basta a multiplicidade de agentes e condutas para que se tenha configurado o concurso das pessoas. Necessário se faz que em meio a todas essas condutas seja possível deslumbrar nexo de casualidade. Entre elas e o resultado obtido.
Identidade da infração penal
Segundo o mestre Damásio de Jesus, devemos tratar “identidade de infração para todos os participantes” não propriamente de um requisito, mas sim da verdadeira consequência jurídica diante de outras condições.
Enfim, a unidade de infração penal apresenta-se conforme o posicionamento adotado.
 
1 Sanção Penal
Das penas
A sanção pena subdivide-se em penas e medidas de segurança. A pena éuma espécie do gênero “sanção penal”.
Pena é a sanção penal imposta pelo estado, mediante o devido processo legal, ao autor, de um fato típico e ilícito que foi reconhecido culpado, tendo como finalidade puni-lo e ressocializá-lo, bem como prevenir a prática de novas infrações mediante a intimidação penal.
A pena tem dupla finalidade.
Prevenção especial: consiste no tratamento ressocializante e na punição ao infrator;
Prevenção geral: desmotivar a prática e futuras infrações mediante a ameaça de coerção. 
Características da Pena:
Legalidade: A pena deve estar prevista em Lei (principio da reserva legal art. 5° XXXIX CF);
Anterioridade: A pena deve estar prevista na Lei vigente ao tempo da infração Penal (art. 5° XXXIX CF);
Irretroatividade: A pena não pode alcançar fatos anteriores a ela (art. 5° XL CF);
Proporcionalidade: A pena deve ser proporcional ao crime. A resposta do Estado deve ser proporcional à agressão;
Individualidade: A pena deve ser individualizada conforme as características de cada autor;
Personalidade: A pena não pode passar da pessoa do delinquente. (art. 5° XLV CF);
Humanidade: Estão proibidas as penas cruéis que tragam castigo físico, ou acarretam infâmia para o condenado, ou trabalhos forçados;
Inderrogabilidade: É a certeza da aplicação da pena.
Espécies de Pena 
Privativas de liberdade; 
Alternativas: que se dividem em restritivas de direitos ou multa;
Das penas privativas de Liberdade
O código penal somente reconhece duas espécies de pena privativa de liberdade, Reclusão e Detenção. A diferença entre elas esta no regime penitenciário a que a pena esta sujeita.
Reclusão: Pode ser cumprida em três regimes distintos:
Regime fechado: Estabelecimentos de segurança máxima e média; regime inicial quando a pena aplicada exceda há oito anos.
Regime semi-aberto: É aquele em que a pena é cumprida em “colônias penais agrícolas e industriais”; Regime inicial quando a pena aplicada for superior a quatro anos, mas não exceda de oito anos;
Regime aberto: O sujeito trabalha durante o dia e, à noite e nos dias de folga, deve se recolher ao albergue ou prisão ou estabelecimento congênere (patronato); Regime inicial quando a pena aplicada for igual ou inferior a quatro anos. 
2.2 Detenção
A pena de detenção jamais pode começar a ser cumprida no regime fechado. Essa é a grande diferença entre a detenção e a reclusão. Tem somente dois regimes iniciais:
Regime semi-aberto: Quando a pena aplicada exceder a quatro anos;
Regime Aberto: Quando a pena aplicada for igual ou inferior a quatro anos. 
Observações
No caso de pena de reclusão, se o condenado for reincidente, sua pena começa a ser cumprida obrigatoriamente em regime fechado; o critério quantitativo só vale para os primários.
No caso de pena de reclusão, se o condenado, embora primário, não preencher os requisitos do art. 59 CP (bons antecedentes, boa conduta social etc.), começará, obrigatoriamente em regime fechado. 
No caso de pena de detenção, se o condenado for reincidente, ou não preencher os requisitos do art. 59 CP, começará obrigatoriamente no regime semi-aberto. 
Progressão de Regime
O condenado tem direito a passar do regime inicial para um regime mais brando, após o cumprimento de 1/6, da pena, desde que o seu mérito autorize a progressão. 
A jurisprudência não tem conhecido, em regra, a impetração de habeas corpus para se requerer a progressão de regime, visto que ela não tem dilação probatória para se comprovar o mérito do condenado. 
O tráfico ilícito de entorpecentes, o terrorismo e os crimes hediondos não autorizam a progressão de regime, devendo apenas ser cumprida integralmente no regime fechado (reclusão). O crime de tortura admite a progressão, uma vez que está previsto expressamente na Lei de tortura. 
3.1 Progressão por Salto
Também chamada de Progressão Per saltum, é a passagem direta do regime fechado para o aberto. No Brasil, não é possível essa progressão (é a regra), visto que a Lei de Execuções Penais (LEP) exige para a progressão de pena o cumprimento de 1/6 da pena no regime anterior do aberto e do semi-aberto, não podendo haver passagem direta do fechado para o aberto. 
A progressão da pena depende do mérito (requisito subjetivo) e do transcurso do lapso temporal 1/6 da pena (critério objetivo), e ainda que seja autorizada por juiz (requisito formal). 
Regressão de Regime art. 118 LEP
É a volta do condenado para o regime mais rigoroso. É possível a progressão por salto, ou seja, pode o condenado estar cumprindo a pena em regime aberto e regredir diretamente para o regime fechado. Na pena de detenção existe a regressão para o regime fechado, havendo então a possibilidade do condenado cumprir a pena em regime fechado mesmo que, a pena imputada, inicialmente, seja a detenção. 
Prisão Albergue e Domiciliar
Existem algumas hipóteses, previstas no art. 117 da LEP, em que o condenado em regime aberto tenha o direito de se recolher, à noite e nos dias de folga, à sua própria residência em vez da casa do albergado (o patronato).
Condenado com mais de 70 anos;
Condenada gestante;
Condenado ou condenada com filho menor ou deficiente físico ou mental;
Condenado acometido de doença grave terminal;
No caso de não haver vaga no albergue, discute-se a possibilidade de se aplicar o art. 117 LEP, por analogia. Existem discussões sobre esse assunto onde certos doutrinadores argumentam que o rol de possibilidades do art. 117 é taxativo, e outros que argumentam que o rol é exemplificativo. Cabe ao juiz analisar caso a caso e através do bom senso e humanidade prover ou não o pedido do apenado. 
A LEP fixou o prazo de seis meses ao poder executivo para que fossem construídas instalações carcerárias objetivando a sua aplicação. Passando-se muitos anos pouco foi feito. Por esse motivo o condenado não pode pagar pela inércia do poder executivo. Para isto deve-se buscar soluções alternativas. O STF já se posicionou de forma mais benéfica ao apenado, contudo, esse entendimento não é majoritário.
Penas Alternativas
São alternativas penais à pena privativa de liberdade, portanto, qualquer opção sancionatória que não leve à privação de liberdade é chamada de pena alternativa. Existem duas espécies de penas alternativas: Penas alternativas restritivas de direitos e multa.
6.1 Penas alternativas restritivas de direitos:
Estas subdividem-se em: 
Pena alternativa restritiva de direitos stricto sensu – 
Penas alternativas restritivas de direitos pecuniárias.
Esta espécie de pena é aplicada em substituição à pena privativa de liberdade, logo, primeiro o juiz aplica a pena privativa de liberdade na sentença condenatória, em seguida, se estiverem preenchidos os requisitos legais, substituirá essa pena por uma das penas alternativas restritiva de direitos. 
Os requisitos para essa substituição subdividem-se em
Requisitos objetivos (que dizem respeito ao fato e a pena);
Que a pena aplicada seja igual ou inferior a quatro anos. Tratando-se de crime culposo, não existe limite de pena, ou seja, esse limite de quatro anos só vale para crimes dolosos;
Crime cometido sem violência ou grave ameaça.
Requisitos subjetivos (que dizem a respeito ao agente):
Não reincidência em crime doloso (se entre a extinção da pena pelo primeiro crime e a prática do novo delito decorrem mais de 05 anos, a reincidência caduca (período depurador) prescrição quinquenal. Art. 44, §1°, CP);
Se a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social, a personalidade e os motivos do crime aconselharem a substituição.
Se a pena for igual ou inferior a um ano, o juiz poderá substituir por uma pena somente restritiva ou somente uma pena de multa. Obs. Lesão corporal leve, ameaça, constrangimento ilegal, e vias de fato: são infrações de menor potencial ofensivo, admitindo a transação penal, e admitem as penas alternativas, antes mesmo de proposta da ação, por esse motivo podem ser aplicadas as penas alternativas restritivas de direitos. 
Obs.2. O tráfico ilícito de entorpecentes é incompatívelcom a aplicação das penas alternativas restritivas de direito, visto que a lei de crimes hediondos dispõe que a pena deverá ser cumprida integralmente em regime fechado.
 Obs.2. Estupro com violência presumida é incompatível com a aplicação das penas alternativas restritivas de direito, visto que a lei de crimes hediondos dispõe que a pena deverá ser cumprida integralmente no regime fechado.
Obs.3. O crime de dano pode ser aplicado na substituição, visto que a violência é aplicada contra a coisa e não contra a pessoa. 
Conversão da pena alternativa em privativa de liberdade
A única pena que não pode ser convertida é a multa. Todas as outras penas alternativas podem ser convertidas em penas privativas de liberdade. As hipóteses de conversão são as seguintes:
- Descumprimento da restrição imposta; 
- Se o sujeito sofre condenação, transitada em julgado, à pena privativa de liberdade, desde que isso torne impossível a manutenção da pena alternativa. 
Obs. Convertida a pena, aproveita-se o tempo cumprido, por expressa disposição legal; se estiverem faltando menos de 30 dias quando se opera a conversão, o condenado deverá cumprir, no mínimo, 30 dias. 
Penas alternativas (prestação inominada) 
O juiz, em vez de fixar a prestação de um valor, poderá fixar a prestação de qualquer coisa. Ex. Cesta básica. 
Prestação pecuniária consiste na obrigação do condenado pagar a quantia de um até 360 salários mínimos para a vítima ou para os herdeiros, ou ainda para instituição com finalidade social. Quando o pagamento for para a vítima ou para os herdeiros esse valor será descontado da indenização pelo dano. O valor é fixado conforme o entendimento do juiz, que tem por finalidade a reprovação do delito, levando-se em conta dois parâmetros:
1° - Extensão do prejuízo.
2° Capacidade econômica do agente.
Perda de Bens e valores: É um confisco dos bens do condenado em favor do fundo penitenciário nacional (FUNPEN). O parâmetro para se calcular o confisco é o montante do prejuízo causado ou a extensão do lucro da vantagem obtida. A perda de bens e valores cai sobre o patrimônio ilícito do agente e nunca sobre os bens de origem lícita. 
- Produto: origem direta do crime. Readquirido por meio de busca e apreensão. 
- Proveito: Origem direta do crime. Readquirido por meio de sequestro. 
- Prestação de serviço à comunidade (pena restritiva de direito em sentido stricto): é uma obrigação imposta ao condenado em favor de entidades assistenciais, orfanatos, creches, etc. ou em favor de entidades públicas, por 8 horas semanais. Só poderá ser imposta quando a pena privativa aplicada for superior a 6 meses.
- Limitação do Fim de Semana (sentido stricto): O condenado deverá comparecer a casa do albergado ou estabelecimento congênere e, durante 05 horas no sábado e 05 horas no domingo, deverá assistir a palestras. Obs. Pouco utilizada. 
- Intervenção temporária de direitos: suspenção da habilitação para dirigir veículo automotor (aplicadas nos crimes de trânsito).
- Proibição de frequentar determinados lugares: estádio de futebol, baladas, bares após as 22hrs,e outros. 
- Proibição do exercício de profissão: ou atividade que dependa de habilitação especial. 
6.4 Penas de Multa
É uma espécie de pena alternativa, é a única destas que não pode ser convertida. O código não trás o valor da multa em moeda corrente, por este motivo a multa deve ser calculada. São três etapas para se calcular o valor da multa: 
Calcular o número de dias-multa. 
Calcular o valor em moeda corrente de cada dia-multa. 
Multiplicar o valor de cada dia-multa pelo número de dias-multa a que o sujeito foi condenado. 
Obs. O número de dias-multa varia entre um mínimo de 10 e o máximo de 360 (art. 49 CP). Três eram os critérios propostos para fixar o número de dias-multa. 
1° - O juiz fixava o número de dias-multa da mesma forma que fixava a pena privativa de liberdade;
2° - O juiz fixava o número de dias-multa levando em conta as circunstâncias judiciais, ou seja, a primeira fase da fixação da pena.
3° - O juiz fixava o número de dias multa de acordo com a capacidade econômica do condenado (esse é o método atual). 
Execução da multa:
Para fins de cobrança, a multa é considerada dívida tributária, no entanto, sua natureza continua sendo a de pena, por este motivo, não pode passar da pessoa do condenado (art. 5, inc. XLV CF). 
Comunicabilidade e elementares e circunstâncias
O art. 30 do CP dispõe que não se comunicam as circunstâncias de caráter pessoal, salvo quando elementares do crime. Vejamos três regras deste art.: duas relacionadas as circunstâncias e uma relacionada às elementares.
1.1 Elementares: É todo componente essencial da figura típica, sem o qual essa desaparece (atipicidade absoluta) ou se transforma em outra (atipicidade relativa). Normalmente as elementares estão sempre no caput dos arts, pois é no caput que se descreve o tipo penal. Algumas elementares estarão nos parágrafos, quando houver previsão de figuras equiparadas neles. 
1.2 Circunstâncias: É todo dado assessório, não fundamental para a existência do crime, que fica agregado a figura típica e tem por função influenciar na pena. A circunstância não altera o crime, somente influi na maior ou menor gravidade do delito. Existem circunstâncias agravantes e atenuantes. Há também circunstâncias judiciais que ficam a critério do juiz (art. 59 CP). 
Existem ainda, causas de aumento ou diminuição da pena, que também são circunstâncias. 
Ainda, hás qualificadoras, que serão circunstâncias do crime, somente influencia na pena, não modificando o tipo penal. 
Regras do art. 30 do CP
Circunstâncias de caráter pessoal (circunstâncias subjetivas): não se comunicam no concurso de agentes. Ex. antecedentes, personalidade, reincidência, motivo do crime etc. 
 Comunicam-se as circunstâncias de caráter objetivo, são aquelas que dizem respeito ao crime. Ex. emprego de arma, meio cruel, repouso noturno, idade da vítima, meios empregados, modos de execução, etc. 
As elementares sempre se comunicam, não importando se são de caráter pessoal ou não. 
Da aplicação da pena 
De acordo com o art. 59 do CP, a aplicação na aplicação da pena leva-se em conta:
Intensidade do Dolo: O grau de culpa interessa na dosagem da pena. A premeditação pode representar uma intensidade de dolo maior. 
Os antecedentes criminais: são os registros criminais que podem representar inquéritos ou processos. Entende-se por processos, em andamento ou absolvição por insuficiência de prova, configurando maus antecedentes. Há uma corrente que entende que somente as condenações definitivas podem ser consideradas como maus antecedentes. 
Há inda outras circunstâncias judiciais que influenciam na dosagem da pena: 
Personalidade do agente (perfil psicológico)
Conduta social
Comportamento da vítima (pode atenuar ou agravar) 
Consequência do crime. (exaurimento) 
Concurso de crimes
Ocorre quando o mesmo agente realiza dois ou mais crimes. Há uma pluralidade de crimes. Existem dois sistemas para aplicação da sanção penal nas hipóteses do concurso de crimes.
Sistema do cumulo material: consiste na simples soma das penas, por exemplo, se o agente praticar 05 crimes, ser-lhe-ão aplicadas 05 penas. 
Sistema da exasperação da pena: aplica-se a pena de um só dos crimes, aumentando-a de um determinado quantum.
Formas: existem 03 formas de concursos de crime: concurso material, concurso formal e crime continuado. 
1.3.1- Concurso material ou real: quando são praticadas duas ou mais infrações penais, idênticas ou não, mediante a prática de duas ou mais condutas, vários crimes; cada conduta corresponde a um crime diferente. Pode ser: 
Homogêneo: quando as condutas são idênticas, ou seja, da mesma espécie; 
Heterogêneo: quando as infrações são diversas, ou seja, quando se trata de crimes de espécies diferentes.
Obs. No caso de concurso material, será aplicado o sistema do cúmulo material, e as penas serão somadas. 
1.3.2 – Concurso formal ou ideal: Ocorre quando o agente, mediante umaúnica conduta, pratica dois ou mais crimes, idênticos ou não. Da mesma forma pode ser homogêneo ou heterogêneo. 
Podem ainda ser próprio ou perfeito, impróprio ou imperfeito.
 Ex. de concurso formal próprio: O sujeito pega uma arma para matar uma pessoa, atira na pessoa e acerta um terceiro. Tinha um só designo atingir a vítima, mas acabou atingindo uma terceira pessoa. 
Ex. de concurso formal impróprio: quando os resultados derivam de designíos autônomos. Pode ocorrer tanto o dolo direto, quanto o dolo eventual. (assumir o risco de produzir o resultado). 
Obs. No caso de concurso formal, aplica-se o sistema de exasperação da pena, ou seja, aplica-se a pena de um dos delitos (o mais grave), aumentando-se 1/6, ou até ½, do quantum da pena. Ex. O aumento varia de acordo com o número de resultados. 
1.3.3 Crime Continuado
Ocorre quando o agente, mediante duas ou mais, condutas, pratica dois ou mais crimes da mesma espécie, os quais pelas semelhantes condições de tempo, lugar, e modo de execução, podem ser ávidos uns como continuação dos outros. As características do crime continuado são: 
Crimes da mesma espécie: São crimes previstos no mesmo tipo penal, não importando se na forma tentada ou consumada, simples ou qualificada. 
 Semelhantes condições: devem ser praticados em condições semelhantes, de tempo, lugar e modo de execução. Devem estar preenchidas todas as características, ou seja, o lapso temporal em tese não ultrapasse trinta dias, os lugares devem ser próximos, e o modos operandi, idêntico. 
Prova:
Olhar princípios, preceito primário secundário.
Normas penais em branco e complementares.
G2: Concurso de pessoas, entender a função de cada um no concurso. verificar se é ou não o criminoso, a pena aplicada, acréscimo ou atenuante, agravante, etc. se for menor o que acontece: media sócio educativa.
Saber a pena em abstrato esta no preceito secundário. 
Detenção e reclusão, tipos de regime.
Progressão da pena, quando a pessoa tem ou não direito sobre a progressão, salto na progressão e regressão. 
Concurso de crimes: quando é concurso formal, material...
reincidência e maus antecedentes.

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