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DIREITOS REAIS DE GOZO OU DE FUNÇÃO

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I DIREITOS REAIS DE GOZO OU DE FUNÇÃO OU
DIREITOS REAIS SOBRE COISA ALHEIA
“Direito de uma pessoa sobre alguma coisa alheia”
Aula 11/05/2017
Art. 1.225. São direitos reais: I - a propriedade;
II - a superfície; III - as servidões; IV - o usufruto; V - o
 
uso;
VI - a habitação;
VII - o direito do promitente comprador do imóvel; VIII - o penhor;
IX - a hipoteca; X - a anticrese;
XI - a concessão de uso especial para fins de moradia; XII - a concessão de direito real de uso.
1 – ENFITEUSE:
Sujeitos: 
Senhorio

 
O dono da propriedade (eternamente)
Enfiteuta

 
Exerce a propriedade (eternamente)
A enfiteuse é instituto do Direito Civil e o mais amplo de todos os direitos reais, pois consiste na permissão dada ao proprietário de entregar a outrem todos os direitos sobre a coisa de tal forma que o terceiro que recebeu (enfiteuta) passe a ter o domínio útil da coisa mediante pagamento de uma pensão ou foro ao senhorio. Assim, pela enfiteuse o foreiro ou enfiteuta tem sobre a coisa alheia o direito de posse, uso, gozo e inclusive poderá alienar ou transmitir por herança, contudo com a eterna obrigação de pagar a pensão ao senhorio direto.
	
	POSSE
	
	FUNÇÃO
	CONCEITO
	TRANSMIÇÃO POR HERANÇA
	
	ALIENAÇÃO
GLICIA REIS / 2° BIMESTRE
A enfiteuse prestou relevantes serviços durante a época do Brasil Império com o preenchimento de terras inóspitas, incultivas e inexploradas, que eram entregues ao enfiteuta para dela cuidar e tirar todo o proveito.
Ao foreiro são impostas duas obrigações:
O dever de pagar ao senhorio uma prestação anual, certa e invariável denominada foro, canon ou pensão, o valor de 2%sobre o valor do imóvel, neste sentido STJ
O não pagamento gera a extinção da enfiteuse, volta a posse ao senhoria ( ação declaratória)
Não é imposto, trata-se de obrigação contratual, de modo que o enfiteuta que paga o senhorio, também paga os impostos referente ao imóvel, uma é obrigação contratual, outra é obrigação pública.
Dar ao proprietário o direito de preferência, toda vez que for alienar a enfiteuse e vice e versa.
Se o senhorio não exercer a preferência terá direito ao laudêmio(transmissão da enfiteuse), ou seja, uma porcentagem sobre o negócio realizado, pago pelo adquirente, a qual poderá ser no mínimo de 2,5% sobre o valor da transação ou chegar até 100%. Porém, diante da possibilidade do laudêmio ser o valor integral do negócio, perde-se o interesse na venda e a enfiteuse acaba se resumindo numa transferência de geração em geração.
Com o intuito de evitar essa cláusula abusiva o novo Código Civil proibiu não só sua cobrança como força a extinção do instituto nos termos do dispositivo abaixo:
Art. 2.038. Fica proibida a constituição de enfiteuses e subenfiteuses, subordinando-se as existentes, até sua extinção, às disposições do Código Civil anterior , Lei no 3.071 , de 1o de janeiro de 1916, e leis posteriores.
§ 1o Nos aforamentos a que se refere este artigo é defeso:
I - cobrar laudêmio ou prestação análoga nas transmissões de bem aforado, sobre o valor das construções ou plantações;
Assim, o CC/2002 não extinguiu as enfiteuses existentes, mas impossibilitou a instituição de novas.
Nada disso se aplica às enfiteuses de terras públicas e de terrenos de marinha, que nos termos do parágrafo 2º do artigo 2.038 são regidas por lei especial. Portanto, sob as regras do Decreto Lei 9.760 /46 o Poder Público continua podendo instituir enfiteuses de terras públicas e neste caso a prestação anual será de 0,6% sobre o valor atual do bem.
A Enfiteuse é usada somente em Petrópoilis e em Terezópolis, pelos donos das terras reais, precisa contar no documento de Registro de Imóveis. O enfiteuta proprietário tem todos os poderes, caso este venda seus “direitos emprestados”ao senhorio, este exerce de volta todos os direitos de propriedade. Os dois poderão vender, cada um vende os direitos que possui naquela propriedade.
Subenfiteuse: ato ou contrato com que o foreiro, com prévia autorização do senhorio direto, passa a terceiro o domínio útil do respectivo prédio enfitêutico, O subenfiteuse tem os mesmos direitos e obrigações do enfiteuta.
2 – DIREITO DE SUPERFÍCIE:
Sujeitos: 
Concedente/ Fundieiro

 
Proprietário do terreno que o cede
Superficiário

 
Tutelar do direito de superfície
O Direito de Superfície é uma concessão atribuída pelo proprietário do terreno a outrem, para construção e utilização durante certo tempo, salvo para realização de obra no subsolo a não ser que inerente ao objeto da concessão, que pode ser gratuita, ou mediante pagamento de único à vista ou parcelado.
No caso de construções, ao término do contrato o superficiário cede todas as benfeitorias feitas na vigência do contrato ao concedente, fundieiro.
Pela utilização, o superficiário deverá pagar todos os encargos e tributos que incidam sobre o imóvel como um todo, terreno mais construção, como se proprietário fosse.
Esse direito pode ser transferido a terceiros, sem qualquer necessidade de autorização do concedente (proprietário do terreno), transferindo-se também por sucessão.

O concedente apenas possui direito de preferência na eventual alienação do direito de superfície, visando primordialmente a consolidação da propriedade. Igualmente, o superficiário tem preferência na aquisição do terreno em caso de sua venda pelo
 
concedente.
Uma vez finda a concessão, a construção passará a ser propriedade do concedente. Essa incorporação dar-se-á independentemente de indenização, a não ser que as partes convencionem em contrário no contrato de concessão.
Antes do prazo, a concessão pode se rescindir em caso de destinação diversa ao terreno que porventura venha a ser dada pelo superficiário.
NATUREZA JURÍDICA
Possui previsão legal no art. 1.369 do Código Civil de 2002, que assim preceitua:
Art. 1.369. O proprietário pode conceder a outrem o direito de construir ou de plantar e, seu terreno, por tempo determinado, mediante escritura pública devidamente registrada no Registro de Imóveis.
Parágrafo único. O direito de superfície não autoriza obra no subsolo, salvo se for inerente ao objeto da concessão.
EXTINÇÃO:
pelo advento do termo;
pela desapropriação;
der ao termo destinação diversa daquela para que foi concedida;
pelo desaparecimento da coisa;
por sentença em processo no qual a matéria é discutida;
também se o imóvel é deixado em estado de abandono, permitindo o superficiário sua deterioração ou se o superficiário não edifica ou planta o que prometeu;
pela renúncia;
pelo distrato;
pelo falecimento do superficiário sem herdeiros. Havendo necessidade de notificação para a extinção do negocio, com prazo razoável.
No caso de extinção por desapropriação do imóvel onerado, a indenização paga pelo poder expropriante devera ser entregue ao proprietário e ao superficiário, no valor que corresponder ao direito de cada um deles.
A extinção do direito de superfície deve ser averbada no cartório de registro de imóveis onde foi registrado o contrato de cessão. Enquanto não cancelado o registro, o instituto prossegue gerando efeitos erga omnes. Extinto o direito de superfície, o proprietário recuperara o pleno domínio do terreno, bem como das acessões e benfeitorias introduzidas no imóvel, independentemente de indenização, se as partes não houverem estipulado o contrario no respectivo contrato.
Porém, a extinção poderá se operar, antes do termo final do contrato, na hipótese de o superficiário dar ao terreno destinação diversa daquela para a que for concedida (§ 1º). E se o supérficiário negar-se a devolver o bem, o proprietário, uma vez extinta a concessão, sofrerá esbulho e, por isso, poderá mover a ação de reintegração de posse.
	Características:
	É direito real (direito sobre a coisa, sobre o imóvel)
	Se perfaz por escritura pública com registro obrigatório no Registro Imobiliário,e com pagamento do imposto de transmissão municipal de 2% do valor do imóvel
	Valor fixo (preço) pago à vista ou parcelado
	Pode ser gratuita
	Tempo determinado prorrogável somente com ajuste e de comum acordo
	Encargos e tributos inerentes à qualidade de proprietário
	Possibilidade de cessão (venda) a terceiros
	Em caso de alienação do terreno o direito de superfície subsiste
	Devolução antecipada por mútuo acordo
	Superficiário tem preferência na aquisição do terreno, mas uma vez não concedida, se resolve em perdas e danos
	Medida judicial para a retirada do superficiário é a ação possessória com possibilidade de liminar
	A construção fica para o proprietário do terreno, com ou sem indenização
3 – DAS SERVIDÕES:
Aula 18/05/2017
 
Sujeitos:
 
Prédio
 
dominante
 

 
o
 
que
 
recebe
 
o
 
benefício
 
da
 
servidão,
 
tornando-o
 
mais
 
útil,
agradável
Prédio serviente 

 
o prédio que sofre o encargo
Servidão é direito real sobre imóvel alheio que se constitui em proveito de um prédio, chamado de dominante, sobre outro, denominado serviente, pertencentes a proprietários diferentes. Os prédios não precisam ser contíguos, basta que sejam próximos, como a situação da servidão de passagem que pode onerar não só o prédio contíguo, como também outros. Exige-se para efeito de eficácia erga omnes o registro do título constitutivo, no cartório de registro de imóveis.
A servidão existe para maior comodidade ou utilidade do titular do imóvel, que poderá ser favorecido com a possibilidade de transitar pelo imóvel alheio, nele colher água, etc. O benefício auferido pelo titular do prédio dominante também pode decorrer de uma abstenção imposta ao prédio serviente, como não erguer muro acima de determinada altura para não prejudicar a vista de que o vizinho desfruta. Tem o dono do prédio dominante direito real sobre coisa alheia, ou seja, o direito de servir-se do prédio serviente para sua comodidade. Dispõe o Código Civil:
Art. 1.378. A servidão proporciona utilidade para o prédio dominante, e grava o prédio serviente, que pertence a diverso dono, e constitui-se mediante declaração expressa dos proprietários, ou por testamento, e subseqüente registro no Cartório de Registro de Imóveis.
Modos de Constituição:
Contrato: Inter vivos. Se o título constitutivo for um contrato e seu valor superar o limite, 30 salários mínimos, é necessária sua formalização por escritura pública. Se não ultrapassar esse valor admite-se instrumento particular para sua constituição.
Testamento: Causa mortes. A servidão que decorre de manifestação de vontade, em testamento, requer que o testador, em cláusula testamentária, externe sua vontade no sentido de que sobre o imóvel que vai transmitir a um herdeiro pese o ônus da servidão em favor de prédio que seja vizinho.
Sentença Judicial: Pode decorrer a servidão de sentença proferida em
ação de divisão do imóvel ou ação de inventário. Ao serem divididos e repartidos os quinhões, estabelecer-se-á servidão sobre um quinhão em favor de outro.
Independentemente do valor o registro no registro de imóveis é obrigatório. A servidão só se aperfeiçoa com este.
Por usucapião: Requer posse mansa, pacífica e contínua por 10 anos, desde que o possuidor tenha justo título e boa fé. É necessário o transcurso do prazo de 20 anos de posse, se o possuidor não tiver título. O juiz define em sentença o prazo que o dominante poderá continuar exercendo a servidão.
Art. 1.379. O exercício incontestado e contínuo de uma servidão aparente, por dez anos, nos termos do art. 1.242, autoriza o interessado a registrá-la em seu nome no Registro de Imóveis, valendo-lhe como título a sentença que julgar consumado a usucapião.
Parágrafo único. Se o possuidor não tiver título, o prazo da usucapião será de vinte anos.
Exercício de servidão: O proprietário do prédio dominante pode retirar da servidão as vantagens que possa proporcionar, dentro dos limites estabelecidos no ato constitutivo. Pode realizar obras no prédio serviente necessárias à sua conservação e uso. No caso de a servidão pertencer a mais de um prédio, as despesas serão custeadas pelos respectivos donos. Nada impede que, por acordo, fique a cargo do dono do prédio serviente a responsabilidade pelas obras referidas.
Nesse caso, 
pode exonerar-se na obrigação abandonando total ou parcialmente a propriedade ao dono do prédio dominante. Se as obras forem muito caras para o dono do prédio serviente, pode ele para se livrar do ônus, abandonar a parte onerada com a servidão. Caso o proprietário do prédio dominante se recuse a receber a propriedade do serviente, ou parte dela, deverá custear as obras.
O dono do prédio serviente pode remover a servidão de um local para outro e as suas custas, desde que não diminua as vantagens do prédio dominante. Da mesma forma pode fazer o dono do prédio dominante, desde que haja considerável melhoria na utilidade e não prejudique o prédio serviente.
Instituída uma servidão de trânsito, não está autorizado seu titular a retirar água, porque, constituída para certo fim, não se pode ampliar para outro.
Caso as necessidades de cultura ou da indústria, do prédio dominante imponham à servidão maior largueza, o dono do serviente é obrigado a sofrê-la, mas tem direito a ser indenizado pelo excesso.
Ações relativas a servidão: As ações que podem ser ajuizadas são:
Possessória: O objetivo é proteger a posse da servidão, podendo ser ajuizada as ações de interdito proibitório, manutenção de posse ou reintegração de posse.
Confessória: Se requer o reconhecimento da servidão como de titularidade daquele que acredita ser beneficiado com uma servidão.
Negatória: Ajuizada por aquele que objetiva uma declaração judicial no sentido de que não há servidão no seu imóvel.
Usucapião: Desde que a servidão seja aparente e tenham sido preenchidos os requisitos.
Direitos do proprietário do prédio serviente:
A- Exonerar-se de pagar as despesas / art 1382 c.c.
Art 1382 c.c. Quando a obrigação incumbir ao dono do prédio serviente, este poderá exonerar- se, abandonando, total ou parcialmente, a propriedade ao dono do dominante.
Parágrafo único. Se o proprietário do prédio dominante se recusar a receber a propriedade do serviente, ou parte dela, caber-lhe-á custear as obras.
Remover a servidão
Art 1384 c.c. A servidão pode ser removida, de um local para outro, pelo dono do prédio serviente e à sua custa, se em nada diminuir as vantagens do prédio dominante, ou pelo dono deste e à sua custa, se houver considerável incremento da utilidade e não prejudicar o prédio serviente.
Impedir a efetivação de mudanças na utilização
Art. 1.385. Restringir-se-á o exercício da servidão às necessidades do prédio dominante, evitando- se, quanto possível, agravar o encargo ao prédio serviente.
§ 1o Constituída para certo fim, a servidão não se pode ampliar a outro.
§ 2o Nas servidões de trânsito, a de maior inclui a de menor ônus, e a menor exclui a mais onerosa.
§ 3o Se as necessidades da cultura, ou da indústria, do prédio dominante impuserem à servidão maior largueza, o dono do serviente é obrigado a sofrê-la; mas tem direito a ser indenizado pelo excesso.
Art. 1.386. As servidões prediais são indivisíveis, e subsistem, no caso de divisão dos imóveis, em benefício de cada uma das porções do prédio dominante, e continuam a gravar cada uma das do prédio serviente, salvo se, por natureza, ou destino, só se aplicarem a certa parte de um ou de outro.
Cancelar a servidão por via judicial
Art. 1.388. O dono do prédio serviente tem direito, pelos meios judiciais, ao cancelamento do registro, embora o dono do prédio dominante lho impugne:
- quando o titular houver renunciado a sua servidão;
- quando tiver cessado, para o prédio dominante, a utilidade ou a comodidade, que determinou a constituição da servidão;
- quando o dono do prédioserviente resgatar a servidão.
Obrigações do proprietário do prédio serviente:
Permitir a realização das obras necessárias e conservação
Respeitar o exercício normal da servidão
As obrigações e direitos do prédio dominante estarão sempre expressas no contrato.
Extinção:
Pelo cancelamento do registro. Pode ser pedido pelo dono do prédio serviente, nas seguintes situações: quando o titular do prédio dominante houver renunciado à servidão; quando tiver cessado, para o prédio dominante, a utilidade ou comodidade, que determinou a servidão; e quando o dono do prédio serviente resgatar a servidão, desde que haja acordo nesse sentido
Pela reunião dos dois prédios na mesma pessoa, CONFUSÃO.
Pela supressão das respectivas obras, se a servidão for aparente.
Pelo desuso, não uso por 10 anos contínuos.
Pelo decurso do prazo se a servidão por constituída a termo ou implemento da condição, se a ela estiver subordinada.
Provada a extinção por qualquer desses modos, o dono do prédio serviente está autorizado a requerer o cancelamento.
Características:
A servidão é direito real sobre imóvel alheio, porque o titular do prédio dominante exerce sobre o prédio serviente um poder jurídico de desfrutar de um benefício instituído em seu favor, sem depender de qualquer 
 
intermediário;
É direito imobiliário, por recair sobre bem 
 
imóvel;
É possível ter efeitos erga
 
omnes;
É direito acessório, por sua existência estar vinculada ao prédio 
 
dominante;
Tem duração indefinida, pois uma vez instituída, 
passa a gravar o imóvel serviente, por tempo indeterminado, embora haja opinião em sentido 
 
diverso;
É indivisível porque o ônus permanece íntegro ainda que haja divisão do prédio serviente ou do
 
dominante;
Os prédios devem pertencer a donos diferentes, de modo que não há como instituir servidão se dois prédios pertencerem à mesma 
 
pessoa;
A servidão não se presume, pois constituindo um ônus ao proprietário de um imóvel, na dúvida, deve ser tida por 
 
inexistente;
É inalienável, uma vez que o titular da servidão, que é dono do prédio dominante, não pode transferi-la a
 
terceiro.
 25/05/2017
4 - DO USUFRUTO
Sujeitos: Usufrutuário o que recebe o benefício do usufruto
 Proprietário Quem cede a propriedade
Conceito: O Usufruto está previsto no artigo 1225 IV, direito conferido a alguém, durante certo tempo ou vitalício, de gozar ou fruir de um bem cuja propriedade pertence a outrem.
Usufruto é o direito real sobre coisas alheias, conferindo ao usufrutuário (pessoa para quem foi constituído o usufruto) a capacidade de usar as utilidades e os frutos (rendas) do bem, ainda que não seja o proprietário. O usufrutuário tem direito à posse, uso, administração e percepção dos frutos (rendas).
O usufruto pode recair em um ou mais bens, móveis ou imóveis, em um patrimônio inteiro, ou parte deste, abrangendo-lhe, no todo ou em parte, os frutos e utilidades.
O usufruto de imóveis, quando não resulte de usucapião, constituir-se-á mediante registro no Cartório de Registro de Imóveis.
Salvo disposição em contrário, o usufruto estende-se aos acessórios da coisa e seus acrescidos.
ABRANGÊNCIA Móveis, imóveis e todo patrimônio
4.1 DOS DIREITOS DO USUFRUTO
Art. 1.394. O usufrutuário tem direito à posse, uso, administração e percepção dos frutos.
Posse Tem a posse do bem ou propriedade
UsoDireito de Usar
AdministraçãoDespesas e conservação do bem
Percepção dos FrutosCaberão ao usufrutuário, uma vez que quem cria o fruto, este é o possuidor do fruto, essa regra vale especialmente para FRUTO INDUSTRIAL, que é sempre do usufrutuário.
FRUTOS NATURAIS Pendentes no inicio do usufruto Sempre do usufrutuário
Pendentes no fim do usufruto Sempre do proprietário
Salvo direito adquirido por outrem, o usufrutuário faz seus os frutos naturais, pendentes ao começar o usufruto, sem encargo de pagar as despesas de produção.
Os frutos naturais, pendentes ao tempo em que cessa o usufruto, pertencem ao dono, também sem compensação das despesas.
As crias dos animais pertencem ao usufrutuário, deduzidas quantas bastem para inteirar as cabeças de gado existentes ao começar o usufruto
FRUTOS CIVIS Pendente no inicio do usufruto Usufrutuário
Pendentes no fim do usufruto Do proprietário
Obs: Em caso de alugueis, no dia do vencimento da obrigação de pagar, se o bem tiver em posse do usufrutuário, esse recolhe os frutos, recebe o valor, se estiver em posse do proprietário, a este pertence os frutos.
O usufrutuário (aquele que recebe o usufruto) tem direito à posse, uso, administração e percepção dos frutos.
Quando o usufruto recai em títulos de crédito, o usufrutuário tem direito a perceber os frutos e a cobrar as respectivas dívidas.
Cobradas as dívidas, o usufrutuário aplicará, de imediato, a importância em títulos da mesma natureza, ou em títulos da dívida pública federal, com cláusula de atualização monetária segundo índices oficiais regularmente estabelecidos.
Os frutos civis, vencidos na data inicial do usufruto, pertencem ao proprietário, e ao usufrutuário os vencidos na data em que cessa o usufruto.
O usufrutuário pode usufruir em pessoa, ou mediante arrendamento, o prédio, mas não mudar-lhe a destinação econômica, sem expressa autorização do proprietário.
O usufrutuário não é obrigado a pagar as deteriorações resultantes do exercício regular do usufruto.
Art. 1.399. O usufrutuário pode usufruir em pessoa, ou mediante arrendamento, o prédio, mas não mudar-lhe a destinação econômica, sem expressa autorização do proprietário.
A mudança de destinação do prédio só poderá ocorrer mediante autorização do proprietário, se o bem imóvel é residencial, só poderá ser utilizado como comercial mediante autorização, em caso de patrimônio.
4.2 DOS DEVERES DO USUFRUTUÁRIO
O usufrutuário, antes de assumir o usufruto, inventariará, à sua custa, os bens que receber, determinando o estado em que se acham, e dará caução, fidejussória ou real, se lha exigir o dono, de velar-lhes pela conservação, e entregá-los findo o usufruto.
Art. 1.400. O usufrutuário, antes de assumir o usufruto, inventariará, à sua custa, os bens que receber, determinando o estado em que se acham, e dará caução, fidejussória ou real, se lha exigir o dono, de velar-lhes pela conservação, e entregá-los findo o usufruto.
Parágrafo único. Não é obrigado à caução o doador que se reservar o usufruto da coisa doada
Não é obrigado à caução o doador que se reservar o usufruto da coisa doada.
O usufrutuário que não quiser ou não puder dar caução suficiente perderá o direito de administrar o usufruto; e, neste caso, os bens serão administrados pelo proprietário, que ficará obrigado, mediante caução, a entregar ao usufrutuário o rendimento deles, deduzidas as despesas de administração, entre as quais se incluirá a quantia fixada pelo juiz como remuneração do administrador.
Incumbem ao usufrutuário:
As despesas ordinárias de conservação dos bens no estado em que os recebeu;
Art. 1.403 Incumbem ao usufrutuário:
I - as despesas ordinárias de conservação dos bens no estado em que os recebeu;
II - as prestações e os tributos devidos pela posse ou rendimento da coisa usufruída.
II - as prestações e os tributos devidos pela posse ou rendimento da coisa usufruída.
As prestações e os tributos devidos pela posse ou rendimento da coisa usufruída.
Se o usufruto recair num patrimônio, ou parte deste, será o usufrutuário obrigado aos juros da dívida que onerar o patrimônio ou a parte dele.
O usufrutuário é obrigado a dar ciência ao dono de qualquer lesão produzida contra a posse da coisa, ou os direitos deste.
Art. 1.406. O usufrutuário é obrigado a dar ciência ao dono de qualquer lesão produzida contra a posse da coisa, ou os direitos deste.
4.3 EXTINÇÃO DO USUFRUTO
O usufruto extingue-se, cancelando-se o registro no Cartório de Registro de Imóveis:
I - pela renúncia ou morte do usufrutuário;
II - pelo termo de sua duração;III - pela extinção da pessoa jurídica, em favor de quem o usufruto foi constituído, ou, se ela perdurar, pelo decurso de trinta anos da data em que se começou a exercer;
IV - pela cessação do motivo de que se origina;
V - pela destruição da coisa, guardadas as disposições relativas às hipóteses de indenização de seguro;
VI - pela consolidação;
VII - por culpa do usufrutuário, quando aliena, deteriora, ou deixa arruinar os bens, não lhes acudindo com os reparos de conservação, ou quando, no usufruto de títulos de crédito, não dá às importâncias recebidas a aplicação prevista;
VIII - Pelo não uso, ou não fruição, da coisa em que o usufruto recai.
Constituído o usufruto em favor de duas ou mais pessoas, extinguir-se-á a parte em relação a cada uma das que falecerem, salvo se, por estipulação expressa, o quinhão desses couber ao sobrevivente.
Art. 1.410. O usufruto extingue-se, cancelando-se o registro no Cartório de Registro de Imóveis:I - pela renúncia ou morte do usufrutuário;II - pelo termo de sua duração;III - pela extinção da pessoa jurídica, em favor de quem o usufruto foi constituído, ou, se ela perdurar, pelo decurso de trinta anos da data em que se começou a exercer;IV - pela cessação do motivo de que se origina;V - pela destruição da coisa, guardadas as disposições dos arts. 1.407, 1.408, 2ª parte, e 1.409;VI - pela consolidação;VII - por culpa do usufrutuário, quando aliena, deteriora, ou deixa arruinar os bens, não lhes acudindo com os reparos de conservação, ou quando, no usufruto de títulos de crédito, não dá às importâncias recebidas a aplicação prevista no parágrafo único do art. 1.395;VIII - Pelo não uso, ou não fruição, da coisa em que o usufruto recai (arts. 1.390 e 1.399).
NÃO EXISTE SUCESSÃO DE USUFRUTO, MAS PODERÁ OCORRER ATRAVÉS DE TESTAMENTO
5 - DO USO
Art. 1.412. O usuário usará da coisa e perceberá os seus frutos, quanto o exigirem as necessidades suas e de sua família.
§ 1o Avaliar-se-ão as necessidades pessoais do usuário conforme a sua condição social e o lugar onde viver.
§ 1o Avaliar-se-ão as necessidades pessoais do usuário conforme a sua condição social e o lugar onde viver.
§ 2o As necessidades da família do usuário compreendem as de seu cônjuge, dos filhos solteiros e das pessoas de seu serviço doméstico.
USAR E FRUIR
Necessidade: Condição essencial para existência do uso, cessou a necessidade, cessa também o uso.
É uma aplicação subsidiária do Usufruto. 
01/06/2017
 6 . DIREITO DE HABITAÇÃO
Sujeitos: Habitador o que recebe o benefício de morar no imóvel
 Proprietário Quem cede a propriedade
6.1 CONCEITO
O direito de habitação trata-se de direito real sobre coisa alheia que transfere ao seu detentor o direito de habitar determinado imóvel residencial, não podendo ser utilizado para fim diverso deste, uma vez que seu titular não pode alugar, emprestar ou estabelecer fundo de comércio no imóvel.
O direito de habitação é considerado como uma das espécies de direitos reais de fruição, sendo considerado como o de menor amplitude. Nestes termos, apresenta-se, em uma acepção conceitual, a habitação como o direito real temporário de ocupar gratuitamente  casa alheia, para a moradia do titular e de sua família. 
Sobreleva pontuar que o direito real de habitação apresenta como finalidade o benefício de alguém, assegurando-lhe o mínimo para a sua subsistência, consistente em mora, de forma gratuita, em imóvel alheio. Ao lado disso, é passível grifar que a função assistencial do direito de habitação lhe concede contorno singulares.  
Quadra assinalar que o imóvel só será destinado à ocupação direito do habitador, não sendo passível, em razão de seu aspecto, de ser objeto de locação ou mesmo comodato, sob pena de, em ocorrendo tais situações descaracterizadoras, resolução contratual. 
Impende frisar que, em restando configurada a destinação exclusiva do imóvel para fins comerciais ou industriais, tal prática acarretará a desnaturação do instituto em tela.              
Entrementes, com grossos traços, acresça-se que a utilização do imóvel, para habitação coexiste quando se observa que a atividade comercial ou industrial desenvolvida tem aspecto secundário.
6.2 DIREITOS E OBRIGAÇÕES DO HABITADOR
DIREITOS
Morar sozinho ou com sua família
Hospedar amigos e parentes de maneira gratuita
Defender sua posse (autotutela/interditos possessórios)
Indenização por benfeitorias ( somente necessárias)
 Pode-se considerar que os direitos do habitador guarda direitos, para que haja o devido exercício do direito real de habitação. 
Nesta senda, sobreleva anotar como direito precípuo a possibilidade de morar, sozinho ou com a sua entidade familiar, no imóvel, podendo, inclusive, “hospedar parentes e amigos, desde que estes não paguem tal hospedagem”. 
Ora, dada à essência da habitação, ter-se-ia, em caso de pagamento de hospedagem, a desnaturação do fito precípuo do instituto em tela. De igual maneira, ainda como direitos assegurados ao habitador, poderá este exigir do proprietário do imóvel que respeito o seu direito de moradia. 
Poderá, também, defender sua posse por meio de interditos possessórios, não só contra terceiros, mas também contra o proprietário do imóvel. Neste sentido, inclusive, há que se colacionar o entendimento jurisprudencial que acena:
 Direito real de habitação. Ação possessória. Artigos 718, 748, 1.611, § 2º, e 1.572 do Código Civil de 1916. 
1. O titular do direito real de habitação tem legitimidade ativa para utilizar a defesa possessória, pouco relevando que dirigida contra quem é compossuidor por força do art. 1.572 do Código Civil de 1916. 
Fosse diferente, seria inútil a garantia assegurada ao cônjuge sobrevivente de exercer o direito real de habitação.  
2. Recurso especial conhecido e provido. (Superior Tribunal de Justiça – Terceira Turma/ REsp 616.027/SC/ Relator Ministro Carlos Alberto Menezes Direito/ Julgado em 14.06.2004/ Publicado no DJ em 20.09.2004, p. 293) 
DEVERES:
Guarda e conservação do prédio
Não fruir
Pagamento de despesas
Restituição na forma em que recebeu “Status quo ante”
O habitador reúne como obrigações guardar e conservar o prédio em que habita, arcando, inclusive, com os gastos relativos à manutenção do imóvel. 
Incumbe ao habitador, além do direito de morar na casa, a obrigação de guardar a conservar o imóvel, procedendo os reparos necessários e pagando as despesas de tanto decorrentes. 
Em decorrência do aspecto personalíssimo que eiva o direito real de habitação, subsiste como impossibilidade, no que tange ao habitador, de promover a sua locação ou mesmo comodato.
 Compete, ainda, ao habitador realizar o seguro, caso o título imponha tal realização, “devendo o valor segurado ser empregado na reedificação do prédio se este sofrer destruição por caso fortuito ou força maior”
 Constitui, ainda, como obrigação do habitador, o pagamento de todos os tributos que recaírem sobre o imóvel. Por derradeiro, deverá o beneficiário do direito real  restituir o prédio ao proprietário ou a seus herdeiros, no estado em que o recebeu, excetuando-se deterioração decorrente do uso regular do prédio.
 Em ocorrendo deterioração por negligência do habitador, este deverá arcar com a competente indenização por perdas e danos relativa a todos os prejuízos ocasionados de sua atuação.
6.3 EXTINÇÃO
O direito de habitação se extigue de diversas formas;
MORTE DO HABITADOR
 A primeira espécie contemplada na Lei Substantiva Civil compreende a morte do habitador, quando se tratar de direito real de habitação sucessória, isto porque a legislação vigente não admitiu a habitação sucessiva, ou seja, que o direito concedido ao habitador, quando de sua morte, se transferisse, de modo automático, ao seu lastro sucessório. 
Tal fato encontra guarida na premissa que, em se tratando de um direito personalíssimo, a legislação vigente considera inadmissível a transmissão hereditária. Como bem assinala Venosa,“é direito temporário, tendo por limite máximo a vida do habitador (assim o é na hipótese de habitação sucessória)”
TERMO
Outra forma de extinção da habitação, pelo advento do termo de sua duração, estabelecido no seu ato constitutivo, ou seja, o direito real de habitação extingui-se quando deflui o lapso temporal fixado pelo proprietário do imóvel, devendo, com efeito, tal condição ser expressamente disposta no ato que constitui o direito real em tela, registrado no Cartório de Registro de Imóveis. 
CONDIÇÃO RESOLUTIVA
De igual maneira, pode-se, também, aduzir que haverá a extinção do direito em tela quando implementar a condição resolutiva estabelecida pelo proprietário, como, por exemplo, funcionário que tem direito a moradia de uma residência enquanto presta serviços para a empresa ou parlamentar que tem direito a morar em determinado local enquanto estiver no mandato.
DESTRUIÇÃO DA CASA
Ocorrerá, também, a extinção do direito real de habitação quando restar destruído prédio que estava gravado do instituto em tela. Já que o direito real de habitação grava determinado imóvel, salta aos olhos que, em ocorrendo a destruição do prédio, o direito não subsistirá.
NÃO USO PARA MORADIA
Operar-se-á a extinção do direito real de habitação quando o habitador e sua célula familiar não mais fixarem suas moradias no imóvel ou, ainda, abandonarem o imóvel ou alterar a finalidade a que o imóvel se destina.
Em ocorrendo tal situação, infere-se que a nobilíssima função social a que se destina o instituto em comento restará desnaturada, não mais, por extensão, vigorando as suas disposições. 
RENÚNCIA
Não subsistirá o instituto do direito real de habitação quando houver à renúncia, expressa ou tácita, do mesmo, não podendo ser presumida.
DESAPROPRIAÇÃO
A cessão ao domínio público, compulsória e mediante justa indenização, de propriedade pertencente a um particular. Neste caso, o proprietário não pode manter o direito de propriedade.
Diferenças entre direito real de habitação, uso e usufruto
Ainda que institutos semelhantes, o direito real de habitação, o uso e o usufruto possuem características próprias elementares para sua diferenciação, senão vejamos.
O usufruto é elencado como direito real no inciso IV, do artigo 1.225 do Código Civil de 2002 e regulado pelos artigos 1.390 a 1.411 do mesmo diploma. Como se vê, trata-se de um direito muito mais complexo.
Enquanto o direito à habitação dá ao seu detentor a prerrogativa apenas de ocupar o imóvel para uso próprio e de sua família, o usufruto dá ao usufrutuário o direito à posse, uso, administração e percepção dos frutos, conforme dispõe o artigo 1.394 do Código Civil.
Outra diferença importante está no tipo de bem que pode ser objeto de usufruto. Enquanto o direito real de habitação pode recair apenas sobre bens imóveis residenciais (casa ou apartamento), o usufruto pode recair em um ou mais bens, móveis ou imóveis, em um patrimônio inteiro, ou parte deste, abrangendo-lhe, no todo ou em parte, os frutos e utilidades (artigo 1.390), inclusive títulos de crédito (artigo 1.395) e crias de animais (artigo 1.397).
O direito real de uso, expresso no inciso V, do artigo 1.225 do Código Civil de 2002 e regulado pelos artigos 1.412 e 1.413 do diploma, guarda maior semelhança com o instituto objeto do presente estudo. Neste, o usuário pode usar a coisa e perceber os seus frutos, entretanto, apenas quanto o exigirem as necessidades sua e de sua família (cônjuge, filhos solteiros e das pessoas de seu serviço doméstico), conforme sua condição social e local onde viver.
O artigo 1.412 não faz distinção acerca do tipo de bem que pode recair o direito, compreendendo-se que pode recair tanto sobre bens móveis, quanto imóveis comerciais ou residenciais.
A título de exemplificação, no caso de um imóvel residencial, compete ao usufrutuário usar (habitar), administrar e perceber os frutos, no caso os alugueis, sem qualquer limitação. O usuário, por sua vez, poderia apenas habitar e receber alugueis suficientes para cobrir suas necessidades ou de sua família. Por fim, ao detentor do direito real de habitação, é permitido apenas habitar, sem receber qualquer aluguel ou outro tipo de renda proveniente do imóvel.
7 . DIREITO DE LAJE
Sujeitos: Lajiário o que recebe o benefício de construir na laje
 Proprietário Quem cede a propriedade
Nos estertores do ano de 2016, foi publicada a Medida Provisória 759, que trata sobre “regularização fundiária rural e urbana, sobre a liquidação de créditos concedidos aos assentados da reforma agrária e sobre a regularização fundiária no âmbito da Amazônia Legal, institui mecanismos para aprimorar a eficiência dos procedimentos de alienação de imóveis da União, e dá outras providências”.
O que mais salta aos olhos na MP é a previsão do chamado direito de laje, por ela ALTERANDO o artigo 1225 do Código Civil brasileiro e acrescentando o artigo 1510-A.
Art. 1.225. XIII - a laje. (Incluído pela Medida Provisória nº 759. de 2016)
Art. 1.510-A.  O direito real de laje consiste na possibilidade de coexistência de unidades imobiliárias autônomas de titularidades distintas situadas em uma mesma área, de maneira a permitir que o proprietário ceda a superfície de sua construção a fim de que terceiro edifique unidade distinta daquela originalmente construída sobre o solo (...)
CONCEITO
Possibilidade de coexistência de unidades imobiliárias autônomas de titularidades distintas situadas na mesma área, de maneira a permitir que o proprietário cada a superfície de sua construção a fim de que o terceiro edifique unidade distinta daquela originalmente construída sobre o solo. Por, prof Allan
O que caracteriza o direito de superfície e distingue o seu tipo dos demais direitos reais é a possibilidade de constituir um direito tendo por objeto construção ou plantação, separadamente do direito de propriedade sobre o solo. Em sentido mais técnico, há superfície quando se suspende os efeitos da acessão sobre uma construção ou plantação a ser realizada ou já existente. O implante que, por força da acessão, seria incorporado ao solo, passa a ser objeto de um direito real autônomo, o direito real de superfície. Trata-se, portanto, de uma figura já abarcada pelo tipo do direito de superfície e já utilizada.
Já há alguns anos que se fala em direito de laje como uma expressão popular para a construção de novos pavimentos sem formalização do direito de superfície, algo comum em todas as regiões do país .
Da regulamentação da sobrelevação sob o nome de direito de laje, dois pontos parecem ser mais relevantes: 
A abertura de matrícula registral autônoma, um ponto delicado do direito de superfície no Brasil (artigo 1510-A, parágrafo 5º); 
A permissão de constituição do direito de laje sem submissão ao regime do condomínio edilício (artigo 1510-A, parágrafo 6º).
O LAJIÁRIO NÃO TEM A PROPRIEDADE, DE FORMA QUE, AO CESSAR O DIREITO O DIREITO DE LAJE, ESTA RETORNA AO PROPRIETÁRIO, NO ENTANDO TRATA-SE DE UM DIREITO VITALÍCIO, PERPÉTUO, PODERÁ SER TRANFERIDO POR MEIO DE HERANÇA.
06/06/2017
DO USO ANORMAL DA PROPRIEDADE
Art. 1277 do CC . O proprietário ou o possuidor de um prédio tem o direito de fazer cessar as interferências prejudiciais à segurança, ao sossego e a saúde dos que o habitam, provocadas pela utilização de propriedade vizinha.
Parágrafo único. Proíbem-se as interferências considerando-se a natureza da utilização, a localização do prédio atendidas as normas que distribuem as edificações em zonas e os limites ordinários de tolerância dos moradores da vizinhança.
Art. 1278: O direito a que se refere o artigo antecedente não prevalece quando as interferências forem justificadas por interesse público, caso em que o proprietário ou o possuidor causador delas pagará ao vizinho indenização cabal.
Art. 1279: Ainda que por decisão judicial devem ser toleráveis as interferências, poderá o vizinho exigir a sua redução ou eliminação quando estas se tornarem possíveis.
Art.1280: O proprietário ou o possuidor tem direito a exigir do dono do prédio vizinho a demolição ou a reparação deste quando ameace ruína, bem como que lhe preste caução pelo dano iminente.
Art. 1281: O proprietário ou possuidor de um prédio, em que alguém tenha direito de fazer obras, pode, no caso de dano iminente, exigir do autor delas as necessárias garantias quanto ao prejuízo eventual.
Por parte do proprietário ou possuidor, tem direito a duas atitudes cabíveis decorrentes de transtornos e incômodos decorrentes dos fatos e atos entre vizinhos. 
Quando já ocorre o prejuízo, será adequado o ingresso com uma ação indenizatória, e quando se tratar de prejuízos contínuos, ocasionando prejuízos a saúde, sossego e segurança do vizinho, é adequado a ação de vizinhança, por intermédio da ação de fazer ou não fazer, com a possibilidade de multa diária.
As perturbações à vizinhança podem não apresentar materialidade ou ser visível, pode ser olfativa ou auditiva, atingindo diretamente o meio ambiente. As pessoas e o entorno. A vitima tem a possibilidade de pedir indenização moral pelo mau uso da propriedade.
O bem jurídico tutelado pelo Direito de Vizinhança será a segurança, sossego e a saúde. Um sujeito não pode apropriar-se ou apossar-se de um apartamento, onde os fins a que ele se destina sejam apenas residenciais, fazer dali um criatório de animais.
DAS ÁRVORES LIMÍTROFES.
Art. 1.282. A árvore, cujo tronco estiver na linha divisória, presume-se pertencer em comum aos donos dos prédios confinantes.
Art. 1.283. As raízes e os ramos de árvore, que ultrapassarem a estrema do prédio, poderão ser cortados, até o plano vertical divisório, pelo proprietário do terreno invadido.
Art. 1.284. Os frutos caídos de árvore do terreno vizinho pertencem ao dono do solo onde caíram, se este for de propriedade particular.
Como exemplo, onde haja uma árvore onde seus galhos se estendam ao vizinho, pertence a todos, assim devera definir o juiz. Sendo bem claro que o vizinho não pode ser prejudicado pela invasão dos galhos das árvores limítrofes, pois o art. 1283, do código civil permite o corte até o plano vertical, e os frutos são pertencentes ao proprietário do terreno onde eles caírem.
Deve ser natural a queda dos frutos, para que o dono do terreno vizinho possa ter a aquisição, contido no art. 1.284 do Código Civil. Se a queda for provocada, é praticado ato ilícito pelo agente, se apossando do que não lhe pertence. Enquanto ligados às árvores, os frutos pertencem a seu dono que pode colher, e somente pode entrar no terreno vizinho se tiver autorização.
A lei autoriza o proprietário que tenha imóvel invadido em sua estrema raízes e ramos de árvores a cortá-los, até o plano divisório. Somente se permite esse corte se a invasão de raízes e ramos ocasionar moléstia ao vizinho.
PASSAGEM FORÇADA
A Passagem Forçada não possui sentido igual ao de sua nomenclatura.
Podemos exemplificar a passagem forçada, quando o dono de um prédio que não tiver acesso à via pública, poderá exigir do vizinho que lhe dê passagem, sendo que o vizinho será indenizado, pois ninguém pode de boa fé ou má fé sofrer prejuízos sem ser indenizado.
O vizinho que terá sua propriedade usada será o que estiver em sua propriedade a maior facilidade em relação aos outros vizinhos.
Todo proprietário de um imóvel poderá exercer direito sobre coisa alheia, e vizinha, quando for necessário, sem causar prejuízo ao vizinho.
Art. 1.285. O dono do prédio que não tiver acesso a via pública, nascente ou porto, pode, mediante pagamento de indenização cabal, constranger o vizinho a lhe dar passagem, cujo rumo será judicialmente fixado, se necessário.
§ 1o Sofrerá o constrangimento o vizinho cujo imóvel mais natural e facilmente se prestar à passagem.
§ 2o Se ocorrer alienação parcial do prédio, de modo que uma das partes perca o acesso a via pública, nascente ou porto, o proprietário da outra deve tolerar a passagem.
§ 2o Se ocorrer alienação parcial do prédio, de modo que uma das partes perca o acesso a via pública, nascente ou porto, o proprietário da outra deve tolerar a passagem.
§ 3o Aplica-se o disposto no parágrafo antecedente ainda quando, antes da alienação, existia passagem através de imóvel vizinho, não estando o proprietário deste constrangido, depois, a dar uma outra.
PASSAGEM DE CABOS E TUBULAÇÕES
Art. 1.286. Mediante recebimento de indenização que atenda, também, à desvalorização da área remanescente, o proprietário é obrigado a tolerar a passagem, através de seu imóvel, de cabos, tubulações e outros condutos subterrâneos de serviços de utilidade pública, em proveito de proprietários vizinhos, quando de outro modo for impossível ou excessivamente onerosa.
Parágrafo único. O proprietário prejudicado pode exigir que a instalação seja feita de modo menos gravoso ao prédio onerado, bem como, depois, seja removida, à sua custa, para outro local do imóvel.
Art. 1.287. Se as instalações oferecerem grave risco, será facultado ao proprietário do prédio onerado exigir a realização de obras de segurança.
O vizinho deve tolerar a passagem de cabos, tubulações e outros condutos subterrâneos de utilidade publica, mas sempre sendo indenizado, exercendo seus direitos a fim de assegurar sua propriedade.
Caso as obras ofereçam grave risco, será facultado ao proprietário do prédio onerado exigir obras de segurança, nos termos do art. 1.287 do Código Civil.
DAS ÁGUAS
Segundo o artigo 1.288, o dono ou possuidor do prédio inferior é obrigado a receber águas que correm naturalmente do superior, referentes da chuva ou que brotam do solo, não podendo ser feito obras que mudem o curso das águas. Deixaremos bem claro que a obrigatoriedade do recebimento das águas só se da por aquelas naturais e não as nocivas ou servidas.
O dono ou titular do prédio inferior não está obrigado a receber o fluxo de água de prédio superior que ali não tenha ido por força da natureza, consoante art. 1.289 do Código Civil.
O art. 1.290 faz referência às águas provenientes de nascentes ou às águas pluviais, onde o dono do prédio inferior tem o direito de receber as águas supérfluas, o que se apurará em cada caso, devendo sempre ser coibido o abuso e buscando o maior aproveitamento possível das águas pelo maior número possível de pessoas.
O possuidor do imóvel superior não pode poluir as águas indispensáveis a vida dos possuidores do imóvel inferior (art. 1.291), se caso o fizer, estará sujeitos a ressarcir danos ou prejuízos.
LIMITES ENTRE PRÉDIOS
Entende-se por limites entre prédios, uma linha real ou imaginária que separa dois prédios, com a finalidade de determinar os domínios que não estejam bem definidos, podendo ainda ser feito com a utilização de muros ou cercas.
A fixação dos limites entre prédios consiste em direitos de vizinhança, constituindo direitos e deveres iguais a todos.
Prédios vizinhos são os que podem sofrer repercussão de atos propagados de prédios próximos ou que com estes possam ter vínculos jurídicos.
Na linha de separação de dois imóveis é impossível manter as características absolutas das propriedades.
O direito de cercar, murar, valar ou tapar de qualquer modo o seu prédio é privativo do proprietário. Os tapumes divisórios, as cercas de arame ou de madeira, as valas ou banquetas, enfim, tudo quanto sirva a separar dois terrenos, presume-se, até prova em contrário, pertencer a ambos os proprietários de conformidade com os costumes da localidade, a concorrer, em partes iguais, para as despesas de sua construção e conservação.
DIREITO DE CONSTRUIR
Terá o proprietário de um terreno, direito de construir como desejar, respeitando o direito dos vizinhos e legislação administrativa.
Os direitos de construir, de que fala o art. 1299 e seguintes do Código Civil, também nascem de limitação ao conteúdo do direito de propriedade; são direitos dependentes, contidos no direito de propriedade.
O proprietário pode levantar em seu terreno as construções que lhe aprouver, salvoo direito dos vizinhos e os regulamentos administrativos.
Em tese, cada um constrói no seu terreno o que entende como entende e onde entende. O interesse dos proprietários, e não só o de cada proprietário e o interesse público tem de ser atendidos.
Deve ser entendido que a liberdade de construir é a regra. As limitações, como exceção, devem vir expostas pelo ordenamento.
Essa utilização da propriedade deve, da mesma forma ser sempre examinada em consonância com a regra geral de vizinhança, que reprime o mau uso da propriedade, quando ocasiona prejuízo à segurança, sossego e saúde da vizinhança.
Dentre os direitos dos vizinhos, assegurados pelo Código sobressai o de se opor e poder embargar a construção que invada a área ou lhe deite goteiras. A finalidade é preservar a privacidade.
Cabe à municipalidade estabelecer normas urbanísticas, seu plano diretor, complexo de normas técnicas caracterizadoras dos direitos e limitações de construir.
Cabe ao lesado com a infração tentar contra o vizinho-infrator o competente processo judicial.
	08/06/2017
II. TEORIA DOS DIREITOS REAIS DE GARANTIA
CONCEITO	
Direitos reais que tem por objetivo gravar um determinado bem colocando-o como prioritário em caso de inadimplemento de uma obrigação.
Direito real de garantia é o que confere ao seu titular o poder de obter o pagamento de uma dívida com o valor ou a renda de um bem aplicado exclusivamente à sua satisfação; tem por escopo garantir ao credor o recebimento do débito, por estar vinculado determinado bem pertencente ao devedor ao seu pagamento.
OBJETIVO
Garantir o cumprimento de uma obrigação.
SÃO REQUISITOS:
a) Requisitos subjetivos: capacidade civil + capacidade de alienar.
(RELACIONADO AO AGENTE QUE VAI ALIENAR)
Além da capacidade genérica para os atos da vida civil art 3° C.C., também a de alienar, só aquele que pode alienar poderá hipotecar, dar em anticrese ou empenhar.
Para alienar o agente precisa ser o proprietário e ter legitimidade sobre o bem, obs: Não tem capacidade aquele que esteja em processo de interdição, durante processo de divisão de bens(divorcio), durante o processo de falência, executado durante o processo de execução. 
b) Requisitos objetivos: Bem alienável + bens móveis e imóveis+ que tenha um ou mais proprietários.
(RELACIONADO AO BEM QUE SERÁ DADO EM GARANTIA)
Somente bens suscetíveis de alienação é que podem ser dados em garantia real; bem pertencente em comum a vários proprietários pode ser dado em garantia, na sua totalidade, se todos consentirem com isso; podem recair sobre coisa móvel (penhor) e imóvel (hipoteca e anticrese);
Não confundir com usufruto que pode ser sobre uma totalidade de bens, neste dispositivo cada bem penhorado precisa descrito minuciosamente. Obs: Não pode ser dado como garantia, areia do mar, água da chuva, entre outros que não possui dono específico.
c) Requisitos formais: Especificação+publicidade
(RELACIONADO A EXTRAIR O DIREITO)
Para que os direitos reais de garantia possam valer contra terceiros é preciso que haja especialização e publicidade.
ESPECIFICAÇÃO -> O bem dado em garantia precisa ser descrito no ato constitutivo da garantia de maneira pormenorizada. De modo que não seria possível confundr o bem com nenhum outro. O bem deve ser em regra infungível. 
PUBLICIDADE -> Todo ato constitutivo dado em garantia deverá ser registrado
R.T.D. Registro de títulos e documentos. 
R.G.I. Registro geral de imóveis ( apenas para penhor rural e hipoteca).
Os Bens fungíveis são aqueles que podem ser substituídos por outros de mesma espécie, qualidade e quantidade, por exemplo, o dinheiro.
Art. 85. São fungíveis os móveis que podem substituir-se por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade.
Quanto aos bens infungíveis, o referido código não traz definição, mas não restam duvidas que se trate de termo oposto ao que o código definiu, assim, os bens infungíveis são os que não podem ser substituídos por outros da mesma espécie, quantidade e qualidade. São exemplos de bens infungíveis as obras de arte, bens produzidos em série que foram personalizados, ou objetos raros dos quais restam um único exemplar.
O bem de garantia tem o intuito de responder pela divida, mas se por algum motivo, como exemplo, se por desvalorização o bem não puder responder, o agente devedor que deu o bem em garantia, fica constrangido a pagar o montante restante para suprir o empréstimo. 
Mas se por ventura o bem valorizar e ultrapassar o valor da dívida, o credor só poderá receber o valor acordado, devolvendo ao devedor o “troco”, pois o dispositivo não poderá promover o enriquecimento sem causa.
A especialização do penhor, da hipoteca, da anticrese, vem a ser a pormenorizada enumeração dos elementos que caracterizam a obrigação e o bem dado em garantia.
O principal efeito do direito real de garantia é o de separar do patrimônio do devedor um dado bem, afetando-o ao pagamento prioritário de determinada obrigação, donde se pode deduzir os demais efeitos.
Como a obrigação pela qual se constitui garantia real é acessória, ela acompanha o contrato principal, não subsistindo se a principal for anulada; prorroga-se com a principal, vencendo-se com ela, desde que se vença o prazo marcado para pagamento do débito garantido, hipótese em que se terá vencimento normal do ônus real; entretando, casos há em que se pode exigir o vencimento antecipado da dívida assegurada por garantia real.
DIREITOS DO CREDOR
a) DIREITO DE PREFERÊNCIA em benefício do credor pignoratício ou hipotecário; EM CASO DE CONCURSO DE CREDORES, O CREDOR DO BEM EXERCE PRIORIDADE EM RECEBER O BEM QUE LHE FOPI DADO EM GARANTIA.
C) DIREITO DE SEQÜELA, que vem a ser o poder de seguir a coisa dada como garantia real em poder de quem quer que se encontre, pois mesmo que se transmita por ato jurídico inter vivos ou mortis causa continua ela afetada ao pagamento do débito, NO MOMENTO EM QUE O DEVEDOR SE TORNAR INADIPLENTE, O CREDOR PODERÁ EXECUTAR SEU DIREITO DE GARANTIA SOBRE AQUELE BEM, NÃO IMPORTANDO ONDE OU QUEM ESTE ESTEJA. EVICÇÃO
Evicção é a perda total ou parcial de um bem adquirido em favor de um terceiro, que tem direito anterior, por decisão judicial, relacionada a causas de um contrato.
Um termo jurídico bastante ligado a evicção é a denunciação da lide, que é quando chama-se o indivíduo que foi denunciado e que mantém um vínculo de direito com a parte denunciante, para vir responder pela garantia do negócio jurídico, caso o denunciante saia vencido no processo. O processo de evicção vem a ocorrer nesse caso quando uma parte do processo lança mão da lide e sucumbe perante a reivindicação da outra parte, então o outro perde o direito de exercitar a evicção
Para ficar mais claro, um exemplo é quando alguém vende algo para um indivíduo e descobre-se que o produto não pertencia a pessoa que vendeu e sim a uma terceira, ou seja, é a venda de que produto que não lhe pertence.
A pessoa que comprou o produto pode sofrer evicção e ir para a justiça para restituir o bem à pessoa que realmente é a dona do produto, e a mesma tem direito a indenização pela pessoa que a vendeu, pelo prejuízo sofrido.
Para ocorrer uma evicção, existem alguns requisitos como: a onerosidade na aquisição da coisa; a perda total ou parcial da propriedade, posse ou uso da coisa alienada; a ignorância por parte do adquirente da litigiosidade da coisa; o direito do evictor anterior à alienação e a denunciação da lide ao alienante. A evicção pode ocorrer no caso de vários bens adquiridos, incluindo os adquiridos em hasta pública.
Como a obrigação pela qual se constitui garantia real é acessória, ela acompanha a principal, não subsistindo se a principal for anulada; prorroga-se com a principal, vencendo-se com ela, desde que se vença o prazo marcado para pagamento do débito garantido, hipótese em que se terá vencimento normal do ônus real; entretando, casos há em que se pode exigir o vencimento antecipado da dívida assegurada por garantia real.C) DIREITO DE EXCUSÃO, É o direito de ir diretamente ao bem, penhorar o bem antes de fazer o levantamento da dívida, em casos de inadimplência.
ESPÉCIES DE DIREITOS REAIS DE GARANTIA
PENHOR
Art. 1.447. Podem ser objeto de penhor máquinas, aparelhos, materiais, instrumentos, instalados e em funcionamento, com os acessórios ou sem eles; animais, utilizados na indústria; sal e bens destinados à exploração das salinas; produtos de suinocultura, animais destinados à industrialização de carnes e derivados; matérias-primas e produtos industrializados.
Parágrafo único. Regula-se pelas disposições relativas aos armazéns gerais o penhor das mercadorias neles depositadas.
Conceito: 
Direito real de garantia pelo qual em regra, se transfere ao credora posse de um bem móvel que responderá prioritamente pelo inadimplemento de uma obrigação.
Objeto: 
O penhor pode ser de objetos (coisas móveis), ou de direitos. O penhor só tem efeito quando o objeto empenhado é entregue ao credor. Apesar disso, em alguns casos, o objeto em si continua na posse da pessoa, mas é emitido um documento que indica a sua disponibilidade exclusiva ao credor.
Formalização:
Contrato particular ou público e registro, ato+registro
R.T.D. Registro de títulos e documentos. 
R.G.I. Registro geral de imóveis (apenas para penhor rural).
Modalidades: 
Comum
Rural 
Agrícola
Pecuário
Industrial e Mercantil
Penhor de direitos e títulos de crédito
Veículos
Penhor legal
Penhor comum, regras explicitadas acima, sem condições extras.
Penhor rural, o penhor agrícola visa facilitar a circulação da riqueza representada pelos frutos, favorecendo assim o crédito agrícola e o desenvolvimento da agricultura, pois permite ao agricultor que o seu trabalho represente capital, ainda antes da colheita.
Ao criar a lei fica, se entendeu que este tipo de penhor está estritamente ligado ao terreno a que estes pertencem, fica gravado na escritura do bem imóvel, o penhor d0o bens móveis.
Não recai o gravame real, quando instituído, sobre a propriedade imóvel, mas sim sobre os bens móveis que nela se encontram ou que serão produzidos, quando tratar-se de safra.
E mesmo que tais bens sejam considerados imóveis por destinação, só conservam essa qualidade enquanto ligados à propriedade em que aderem, posto que, acaso dela afastados, readquirem sua natureza móvel.
Penhor rural agrícola, 
I – a desnecessidade de tradição; 
II – a inscrição no registro de imóveis da circunscrição imobiliária a que estiver afeto o imóvel onde se encontre a coisa empenhada (CC, art. 796), em contraposição ao mero registro no Cartório de Títulos e Documentos, quando se trata de penhor tradicional;
 III – prazo limitado a dois anos, prorrogável por outros dois (ao contrário do penhor tradicional que não prevê prazo máximo);
 IV – o objeto sobre que pode recair o penhor, que, segundo alguns autores, podem ser até bens imóveis por destinação, devendo ser especificado com o máximo de precisão para poder a coisa ser identificada. Ainda podem ser objeto do penhor rural safras pendentes, em formação ou futuras, o que constitui uma diferença substancial em relação ao penhor ordinário; 
V – o penhor rural deu origem à Cédula Rural Pignoratícia, com o advento da Lei 492/37, baseada na transcrição do penhor no registro imobiliário, ocasião em que poderia o oficial do registro expedir a cédula rural a pedido do credor (art. 15 da Lei 492), a qual poderia circular mediante endosso.
Penhor rural pecuário
Terá por objeto equipamentos da pecuária, animais ou produtos destinados à pecuária.
Industrial e Mercantil
Podem ser objeto de penhor máquinas, aparelhos, materiais, instrumentos, instalados e em funcionamento, com os acessórios ou sem eles; animais, utilizados na indústria; sal e bens destinados à exploração das salinas; produtos de suinocultura, animais destinados à industrialização de carnes e derivados; matérias-primas e produtos industrializados.
Regula-se pelas disposições relativas aos armazéns gerais o penhor das mercadorias neles depositadas.
Constitui-se o penhor industrial, ou o mercantil, mediante instrumento público ou particular, registrado no Cartório de Registro de Imóveis da circunscrição onde estiverem situadas as coisas empenhadas.
Prometendo pagar em dinheiro a dívida, que garante com penhor industrial ou mercantil, o devedor poderá emitir, em favor do credor, cédula do respectivo crédito, na forma e para os fins que a lei especial determinar.
O devedor não pode, sem o consentimento por escrito do credor, alterar as coisas empenhadas ou mudar-lhes a situação, nem delas dispor.
O devedor que, anuindo o credor, alienar as coisas empenhadas, deverá repor outros bens da mesma natureza, que ficarão sub-rogados no penhor.
Tem o credor direito a verificar o estado das coisas empenhadas, inspecionando-as onde se acharem, por si ou por pessoa que credenciar.
Base: artigos 1.447 a 1.450 do Código Civil.
Penhor de direitos e títulos de crédito
Constitui-se o penhor pela transferência efetiva da posse que, em garantia do débito ao credor ou a quem o represente, faz o devedor, ou alguém por ele, de uma coisa móvel, suscetível de alienação.
Podem ser objeto de penhor direitos, suscetíveis de cessão, sobre coisas móveis.
Constitui-se o penhor de direito mediante instrumento público ou particular, registrado no Registro de Títulos e Documentos.
O titular de direito empenhado deverá entregar ao credor pignoratício os documentos comprobatórios desse direito, salvo se tiver interesse legítimo em conservá-los.
NOTIFICAÇÃO AO DEVEDOR
O penhor de crédito não tem eficácia senão quando notificado ao devedor; por notificado tem-se o devedor que, em instrumento público ou particular, declarar-se ciente da existência do penhor.
VEÍCULOS
Podem ser objeto de penhor os veículos empregados em qualquer espécie de transporte ou condução.
Constitui-se o penhor de veículos mediante instrumento público ou particular, registrado no Cartório de Títulos e Documentos do domicílio do devedor, e anotado no certificado de propriedade.
Prometendo pagar em dinheiro a dívida garantida com o penhor, poderá o devedor emitir cédula de crédito, na forma e para os fins que a lei especial determinar.
VINCULAÇÃO A SEGURO
Não se fará o penhor de veículos sem que estejam previamente segurados contra furto, avaria, perecimento e danos causados a terceiros.
DIREITOS DO CREDOR
Tem o credor direito a verificar o estado do veículo empenhado, inspecionando-o onde se achar, por si ou por pessoa que credenciar.
A alienação, ou a mudança, do veículo empenhado sem prévia comunicação ao credor importa no vencimento antecipado do crédito pignoratício.
PRAZO
O penhor de veículos só se pode convencionar pelo prazo máximo de dois anos, prorrogável até o limite de igual tempo, averbada a prorrogação à margem do registro respectivo.
Base: artigos 1.461 a 1.466 do Código Civil.
PENHOR LEGAL 
O penhor legal é aquele que surge, em razão de uma imposição legal, com o escopo de assegurar o pagamento de certas dívidas de que determinadas pessoas são credoras, a que, por sua natureza, reclamam tratamento especial. Determina a norma jurídica que, serão credores pignoratícios, independentemente de convenção, todos aqueles que preencherem as condições e formalidades legais, podendo, então, apossar-se dos bens do devedor, retirando-os de sua posse, para sobre eles estabelecer o seu direito real, revestido de seqüela, preferência e ação real exercitável erga omnes. 
 
São credores pignoratícios, os hospedeiros, ou fornecedores de pousada ou alimento, sobre as bagagens, móveis, jóias ou dinheiro que os seus consumidores ou fregueses tiverem consigo nas respectivas casas ou estabelecimentos, pelas despesas ou consumo que aí tiverem feito. Em cada um dos casos, o credor poderá tomar em garantia um ou mais objetos até o valor da dívida.
 
São credores pignoratícios, independentemente de convenção: 
 
Os hospedeiros,ou fornecedores de pousada ou alimento, sobre as bagagens, móveis, jóias ou dinheiro que os seus consumidores ou fregueses tiverem consigo nas respectivas casas ou estabelecimentos, pelas despesas ou consumo que aí tiverem feito;
Tais credores, podem fazer efetivo o penhor, antes de recorrerem à autoridade judiciária, sempre que haja perigo na demora, dando aos devedores comprovante dos bens de que se apossarem, isto é, caso os hospedeiros não cumpra com as obrigações, de pagar as despesas de consumo, mediante simples estimativa, autorizado estar por lei, a apreensão das bagagens, apossando-se de um ou mais objetos até o valor da dívida.
A conta das dívidas antecedente será extraída conforme a tabela impressa, prévia e ostensivamente exposta na casa, dos preços de hospedagem, da pensão ou dos gêneros fornecidos, sob pena de nulidade do penhor. Tomado o penhor, requererá o credor, ato contínuo, a sua homologação judicial. Pode o locatário impedir a constituição do penhor mediante caução idônea.
Na petição inicial, instruída com a conta pormenorizada das despesas, a tabela dos preços e a relação dos objetos retidos, pedirá a citação do devedor para, em 24 (vinte e quatro) horas, pagar ou alegar defesa. Estando suficientemente provado o pedido, o juiz poderá homologar de plano o penhor legal
 
Caso haja defesa, que só pode consistir em:
 
Nulidade do processo;
Extinção da obrigação;
Não estar à dívida compreendida entre as previstas em lei ou não estarem os bens sujeitos a penhor legal.
 
Em seguida, o juiz decidirá, e, após homologado o penhor, serão os autos entregues ao requerente 48 (quarenta e oito) horas depois, independentemente de traslado, salvo se, dentro desse prazo, a parte houver pedido certidão; não sendo homologado, o objeto será entregue ao réu, ressalvado ao autor o direito de cobrar a conta por ação ordinária.
 
Prescreve em um ano a pretensão dos hospedeiros ou fornecedores de víveres destinados a consumo no próprio estabelecimento, para o pagamento da hospedagem ou dos alimentos.
 
São credores pignoratícios, independentemente de convenção, o dono do prédio rústico ou urbano, sobre os bens móveis que o rendeiro ou inquilino tiver guarnecendo o mesmo prédio, pelos aluguéis ou rendas.
 
O que se extrai da leitura da lei, é que, o locador poderá reter qualquer coisa móvel, isto é, os bens móveis existentes no interior do imóvel locado, caso o locatário não pague os aluguéis, para garantir o seu pagamento. Caso se trate de prédio rústico, poderá ser objeto de penhor legal, além da mobília, os animais, frutas colhidas, plantas em vasos, madeiras cortadas, sementes, instrumentos agrícolas etc.
 
Os credores podem fazer efetivo o penhor, antes de recorrerem à autoridade judiciária, sempre que haja perigo na demora, dando aos devedores comprovantes dos bens de que se apossarem.
 
Depois que houver retidos os bens que bastem à satisfação do débito, deverá o credor, tomar o mesmo procedimento previsto anteriormente, ou seja, Em cada um dos casos, ao tomar em garantia um ou mais objetos até o valor da dívida, tomado o penhor, requererá o credor, ato contínuo, a sua homologação judicial.
 
Tem privilégio especial, sobre as alfaias e utensílios de uso doméstico, nos prédios rústicos ou urbanos, o credor de aluguéis, quanto às prestações do ano corrente e do anterior. 
 
Os bens que guarnecem a residência do devedor, desde que não essenciais à habilidade, são penhoráveis. (Enunciado 14 – do TJSP);
 
Os profissionais de que trata a Lei nº º 6.533/78, profissões de Artistas e de técnico em Espetáculos de Diversões, têm penhor legal sobre o equipamento e todo o material de propriedade do empregador, utilizado na realização de programa, espetáculo ou produção, pelo valor das obrigações não cumpridas pelo empregador;
O penhor industrial regulado no decreto-lei nº 1.271/39 (Dispõe sobre o penhor de máquinas e aparelhos utilizados na indústria.), não tem preferência sobre o penhor legal do locador do imóvel em que estiverem situados as máquinas e os aparelhos empenhados, salvo se o locador houver consentido expressamente na sua constituição. O consentimento do locador deverá constar de escritura pública ou de instrumento particular e pode ser dado no próprio ato da constituição do penhor, ou posteriormente.
 
No Registro de Imóveis, além da matrícula, serão feitos o registro do penhor de máquinas e de aparelhos utilizados na indústria, instalados e em funcionamento, com os respectivos pertences ou sem eles.
 
 O penhor cedular de máquinas e aparelhos utilizado na indústria tem preferência sobre o penhor legal do locador do imóvel de sua situação. Para a constituição da garantia cedular a que, dispensa-se o consentimento do locador.
 
Em todos os casos de penhor legal, há em primeiro lugar uma providência de caráter privado, pois o credor toma posse do objeto que se encontra em poder do devedor, completando-se in iudicio, ou seja, pela intervenção do magistrado ao homologar o penhor. Se o credor deixar de requerer a referida homologação, nos termos da lei civil, cometerá esbulho, desde que não devolva o bem que aprendeu. A mera apreensão não traz consigo a constituição do penhor; este só se aperfeiçoa com a homologação judicial, que realiza a detenção da coisa pelo credor, dando origem ao direito real de garantia.
 
HIPOTECA
Do latim hypotheca, derivado do grego (“dar como empenho; penhor”), uma hipoteca é uma garantia real que confere ao credor (quem empresta dinheiro, geralmente um banco) o direito de ser pago pelo valor do bem hipotecado, pertencente ao devedor ou a terceiros, com preferência sobre os demais que não gozem de privilégio especial ou de propriedade de registro.
A hipoteca é um direito real de garantia sobre bens imóveis. Ao contrário do penhor, que é um direito real de garantia sobre bem móvel, a hipoteca é um direito real de garantia que afeta um bem imóvel para o cumprimento de uma obrigação. Ela dispensa a tradição (a efetiva entrega da coisa), pois, ao ser registrada (sem o registro, produz efeito apenas entre as partes), já produz efeitos erga omnes. A hipoteca é sempre indivisível (art. 1.421 do CC/2002), ou seja, somente com o cumprimento integral dela é que se pode falar na liberação da hipoteca.
Objeto: bem imóvel art 1473 c.c.
Espécies: 
CONVENCIONAL
LEGAL ART 1489 C.C.
JUDICIAL
Hipoteca convencional: deriva de ato de vontade do devedor. Exige o registro para que possa produzir efeitos perante terceiros.
Hipoteca judicial: resulta de uma sentença condenatória. Também exige o registro.
Hipoteca legal: não precisa de registro, mas sim de especialização. Está prevista no art. 1.489 do CC/2002 . A lei considera que determinados credores são tão importantes que precisam ter garantia prevista em lei. São eles:
A) a Fazenda Pública sobre os imóveis pertencentes aos encarregados da cobrança, guarda ou administração dos respectivos fundos e rendas;
B) filhos, sobre os imóveis do pai ou da mãe que passar a outras núpcias, antes de fazer o inventário do casal anterior (art. 1.523, inciso I, CC/2002);
C)o ofendido, ou os seus herdeiros, sobre os imóveis do delinqüente, para satisfação do dano causado pelo delito e pagamento das despesas judiciais;
D)o co-herdeiro, para garantia do seu quinhão ou torna da partilha, sobre o imóvel adjudicado ao herdeiro reponente;
E) o credor, sobre o imóvel arrematado, para garantia do pagamento do restante do preço da arrematação;
F) tutelado, sobre o imóvel do tutor, enquanto durar a tutela.
Extinção
Extinção – art. 1499, CC: 
- pelo desaparecimento da obrigação principal; 
- pela destruição da coisa; 
- pela resolução da propriedade; 
- pela renúncia do credor; 
- pela remição; 
- pela sentença passada em julgado que decrete a invalidação do ônus real; 
- pela prescrição aquisitiva; 
- pela arrematação ou adjudicação; 
- pela consolidação; 
- pela perempção legal.
3. ANTICRESE
1. Conceito: é o direito real que incide sobre imóvel alheio atravésdo qual o credor recebe a posse da coisa para perceber-lhe os frutos e imputá-los no pagamento da dívida, juros e capital. 
 
Características: 
 É direito real de garantia que recai sobre coisa imóvel alheia; 
 Não confere preferência ao credor anticrético no pagamento do crédito com a importância obtida na excussão do bem onerado; 
 Deve ser constituída mediante escritura pública e registro no cartório imobiliário; 
 
Direitos do credor anticrético (anticresista): 
- reter o imóvel do devedor pelo prazo máximo de 15 anos – art. 1423 e 1507,§ 2°, CC; 
- ter a posse do imóvel para poder retira r-lhe os frutos como fo rma de satisfação da obrigação garantida – art. 1506 e 1507, CC; 
- Reivindicar seus direitos contra o adquirente do imóvel e credores quirografários e hipotecários posteriores ao registro da anticrese – art. 1509, CC; 
- administrar o imóvel – art. 1507, § 1°, CC; 
- defender sua posse, não só contra terceiros, mas também em face do devedor; 
- liquidar o débito, mediante a percepção da renda do imóvel. 
 
4. Deveres do credor anticrético: 
- guardar e conservar a coisa como se fosse sua; 
- responder pelas deteriorações a que der causa; 
- prestar contas de sua administração; 
- restituir o imóvel ao devedor, f indo o prazo do contrato ou quando o débito for liquidado, com baixo no registro. 
 
5. Direitos do devedor anticrético: 
- permanecer como proprietário do imóvel dado em garantia, podendo, inclusive, aliená -lo; 
- exigir a conservação do imóvel, impedindo-o de modificar ou desvirtuar sua finalidade; 
- ressarcir-se das deteriorações causadas ao imóvel, culposamente pelo credor; 
- pedir contas ao anticresista; 
- reaver o seu imóvel assim que o débito se liquidar; 
 
6. Obrigações do devedor anticrético: 
- transferir a posse di imóvel ao credor anticrético; 
- solver o débito para poder reaver a posse do imóvel; 
- respeitar o contrato até o final, não turbando o u impedindo que o credor anticrético se utilize do imóvel gravado até pagar-se ou até que o prazo avençado se finde. 
 
7. Extinção da anticrese: 
- pelo pagamento da dívida; 
- pelo término do prazo legal; 
- pelo perecimento do bem anticrético; 
- pela desapropriação; 
- pela renúncia do anticresista;

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