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RESPONSABILIDADE CIVIL CONTRATUAL

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RESPONSABILIDADE CIVIL 
2° BIMESTRE – PROF LEONARDO 
GLICIA REIS / MULTIVIX 
12/05/2017 
RESPONSABILIDADE CIVIL CONTRATUAL 
“Será inter partes, excepcionalmente será erga omnes, a relação 
contratual depende da vontade entre as partes” 
NOÇÕES GERAIS: 
A responsabilidade contratual se origina da inexecução contratual. Pode 
ser de um negócio jurídico bilateral ou unilateral. Resulta, portanto, de ilícito 
contratual, ou seja, de falta de adimplemento ou da mora no cumprimento 
de qualquer obrigação. É uma infração a um dever especial estabelecido 
pela vontade dos contratantes, por isso decorre de relação obrigacional 
preexistente e pressupõe capacidade para contratar. A responsabilidade 
contratual é o resultado da violação de uma obrigação anterior, logo, para 
que exista é imprescindível a preexistência de uma obrigação. 
Na responsabilidade contratual, não precisa o contratante provar a culpa 
do inadimplente, para obter reparação das perdas e danos, basta provar o 
inadimplemento. O ônus da prova, na responsabilidade contratual, 
competirá ao devedor, que deverá provar, ante o inadimplemento, a 
inexistência de sua culpa ou presença de qualquer excludente do dever de 
indenizar ( Arts. 1056 CC ). Para que o devedor não seja obrigado a 
indenizar, o mesmo deverá provar que o fato ocorreu devido a caso fortuito 
ou força maior ( Art. 1058 CC). 
Pode-se definir a responsabilidade civil contratual como: uma 
conseqüência do inadimplemento de uma obrigação pelo devedor, em 
desfavor do credor, ou, ainda, de um cumprimento inadequado (defeito) 
de uma obrigação. 
 
INADIPLEMENTO: 
“Caracteriza o não cumprimento da obrigação e gera reponsabilidade 
civil” 
ESPÉCIES: 
 ABSOLUTO  que impossibilita o cumprimento da prestação. 
 RELATIVO – MORA  ainda existe a possibilidade do cumprimento 
da obrigação; violação positiva do contrato. 
RESPONSABILIDADE CIVIL 
2° BIMESTRE – PROF LEONARDO 
GLICIA REIS / MULTIVIX 
Já no inadimplemento relativo, inadimplemeto / mora ou 
inadimplemento moratório, o devedor ainda é capaz de cumprir a 
obrigação no lugar e no modo devidos, mas fica em mora (atraso) por 
não cumprir a obrigação no tempo combinado. Dos dois tipos de 
inadimplemento também decorrem consequências jurídicas distintas 
para o devedor: no inadimplemento absoluto, o devedor deve ao 
credor a prestação que o credor lhe pagou mais as perdas e danos 
causados pelo inadimplemento. Quando acontece inadimplemento 
relativo, o devedor paga a prestação acrescida dos juros moratórios 
(decorrentes do atraso no adimplemento) adicionados de correção 
monetária, dependendo do período de tempo em que o devedor ficou 
em mora. 
EFEITOS: 
ART. 389 - "Não cumprida a obrigação, responde o devedor por perdas 
e danos, mais juros e atualização monetária segundo índices oficiais 
regularmente estabelecidos, e honorários de advogado". 
1 - PERDAS E DANOS: 
 
 
DANO MORAL: violação de algum dos valores imateriais do 
cidadão, como a honra, a imagem, o nome, a intimidade e a 
privacidade, que englobam os chamadosdireitos da personalidade. 
RESPONSABILIDADE CIVIL 
2° BIMESTRE – PROF LEONARDO 
GLICIA REIS / MULTIVIX 
DANO PATRIMONIAL: É toda lesão nos interesses sejam de ordem 
patrimonial 
LUCRO CESSANTE: É aquilo que a vítima deixou de alferir 
PERDA DE UMA CHANCE: baseia-se no direito à reparação em 
virtude de “dano”, da perda de uma oportunidade, não 
necessariamente de alcançar determinada coisa, mas de tentar 
alcançar. 
2 – CLAUSULA PENAL: 
“Resilição contratual antecipada, também conhecido como multa” 
O objetivo das cláusulas penais é assegurar que ao menos parte dos 
prejuízos sejam recompostos caso uma das partes não cumpra o 
contrato. Nesse caso, a multa é estabelecida pelo Código Civil, que 
determina, no artigo 409, que a cláusula penal estipulada em conjunto 
com a obrigação pode se referir à inexecução completa da obrigação, 
de alguma cláusula especial ou à mora. De acordo com o artigo 412 do 
mesmo código, o valor da multa imposta na cláusula penal não pode 
exceder o da obrigação principal. 
Existem dois tipos de cláusula penal: a compensatória, que pode gerar 
multa por descumprimento total ou parcial de obrigações previstas em 
leis ou contratos, e outra na hipótese de mora, ou seja, de atraso. No 
Direito Civil, a cláusula é elaborada com base em um valor previamente 
estipulado pelas próprias partes contratantes, a título de indenização 
para o caso de descumprimento culposo da obrigação. 
A multa compensatória ocorreria no caso de, por exemplo, um inquilino 
desocupar o imóvel antes do fim do prazo locatício – a cláusula penal 
compensatória, nesse caso, poderia ser estipulada no pagamento do 
valor de três aluguéis. Como o próprio nome já diz, a cláusula 
compensatória visa compensar a parte lesada pela quebra do 
contrato. A cláusula penal, funciona, na prática, como uma prévia 
avaliação das perdas e danos sem necessidade de comprovação. 
A CLAUSULA PENAL COMPENSATÓRIA PREESTABELECE O VALOR DAS 
PERDAS E DANOS 
Já a multa moratória, aplicada para os casos de inadimplemento – ou 
seja, em que há atraso no cumprimento de determinada obrigação –
 pode ser aplicada se, por exemplo, o inquilino não pagar o aluguel 
dentro do prazo. Nos contratos de consumo, o artigo 52 do Código de 
Defesa do Consumidor estabelece que o percentual da multa não 
pode ultrapassar 2% do valor da prestação. 
RESPONSABILIDADE CIVIL 
2° BIMESTRE – PROF LEONARDO 
GLICIA REIS / MULTIVIX 
As principais vantagens das cláusulas penais é aumentar a possibilidade 
de seu cumprimento, já que o devedor teme que o valor da prestação 
aumente pelo acréscimo da multa, e facilitar o recebimento da 
indenização em caso de descumprimento. Além disso, o 
estabelecimento da cláusula poupa o trabalho do credor de provar 
judicialmente o montante de seu prejuízo, caso tenha que batalhar por 
uma indenização. 
 
3 - JUROS: 
“Jurus são frutos civis” 
 LEGAIS: Previstos, permitidos e limitados pela lei, equivalem a 1% 
ao mês, Os juros praticados são ditados pela lei de mercado 
conforme ditado pelo Banco Central. 
 
 MORATÓRIOS: são aqueles pagos pelo devedor em razão do 
inadimplemento da obrigação. São os juros que incidem, por 
exemplo, quando o devedor não paga a prestação em dia. 
Têm um certo caráter punitivo pelo descumprimento da 
obrigação. 
 
 REMUNERATÓRIA: Os juros remuneratórios têm caráter de lucro, 
de ganho que o concedente do empréstimo aufere durante o 
tempo em que o tomador se vale do crédito. Em palavras mais 
simples, são a recompensa ou rendimento pagos a quem 
empresta o dinheiro. 
 
4 -ATUALIZAÇÕES DE MERCADO 
As perdas e danos, nas obrigações de pagamento em dinheiro, 
serão pagas com atualização monetária segundo índices oficiais 
regularmente estabelecidos, abrangendo juros, custas e honorários 
de advogado, sem prejuízo da pena convencional. 
Provado que os juros da mora não cobrem o prejuízo, e não 
havendo pena convencional, pode o juiz conceder ao credor 
indenização suplementar. 
26/05/2017 
5 –HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS 
Contratuais e sucumbências: 
RESPONSABILIDADE CIVIL 
2° BIMESTRE – PROF LEONARDO 
GLICIA REIS / MULTIVIX 
Aquele que deu causa ao processo deve restituir os valores 
despendidos pela outra parte com os honorários contratuais, que 
integram o valor devido a título de perdas e danos, nos termos dos 
arts. 389, 395 e 404 do CC/02. Os honorários sucumbênciais, por 
constituírem crédito autônomo do advogado, não importam em 
decréscimo patrimonial do vencedor da demanda. Assim, como 
os honorários convencionais são retirados dopatrimônio da parte 
lesada – para que haja reparação integral do dano sofrido –, 
aquele que deu causa ao processo deve restituir os valores 
despendidos com os honorários contratuais 
Os honorários advocatícios constituem acessório inseparável do 
pedido principal de pagamento de perdas e danos, visto que o 
pagamento da indenização advinda da contratação de 
advogado não existe por si só, pois pressupõe a existência do 
pedido principal de pagamento de perdas e danos. No processo 
trabalhista, ao contrário do que estabelecido no processo civil, 
não vigora o princípio da sucumbência como único critério para a 
concessão da verba honorária, que é regulada pelo artigo 14 da 
Lei nº 5.584/70. Assim, a sua concessão se encontra condicionada 
também ao preenchimento dos requisitos indicados na Súmula nº 
219, item I, do TST. I: 
“Na Justiça do Trabalho, a condenação ao pagamento de honorários 
advocatícios não decorre pura e simplesmente da sucumbência, 
devendo a parte, concomitantemente: 
a) estar assistida por sindicato da categoria profissional; 
b) comprovar a percepção de salário inferior ao dobro do salário 
mínimo ou encontrar-se em situação econômica que não lhe permita 
demandar sem prejuízo do próprio sustento ou da respectiva família 
(art.14, § 1º, da Lei nº 5.584/1970). (ex-OJ nº 305 da SBDI-I).” 
 
6 . ARRAS OU SINAL: 
Em ambos as hipóteses supracitadas, a parte inocente pode pedir 
indenização suplementar, se provar maior prejuízo, valendo as arras 
como taxa mínima. Pode, também, a parte inocente exigir a 
execução do contrato, com as perdas e danos, valendo as arras 
como o mínimo da indenização 
CONFIRMATÓRIOS: 
Sucintamente, visando o melhor entendimento acerca das duas 
espécies das ARRAS ou SINAIS, tem-se por arras confirmatórias 
 aquelas cujo arrependimento não é concedido. Sua principal 
RESPONSABILIDADE CIVIL 
2° BIMESTRE – PROF LEONARDO 
GLICIA REIS / MULTIVIX 
função é confirmar o contrato, que se torna obrigatório após a sua 
entrega. Prova o acordo de vontades, não sendo mais lícito a 
qualquer dos contratantes rescindi-lo unilateralmente. Quem o fizer 
responderá por perdas e danos, nos termos do 
arts. 418 e 419 do Código Civil. 
O Art. 418 do Código Civil, bem claramente, estabelece que em 
caso da parte que deu as arras não executar o contrato, poderá a 
outra tê-lo por desfeito, retendo-as. Ao passo que, se a inexecução 
for de quem recebeu as arras, poderá quem as deu haver o 
contrato por desfeito, e exigir sua devolução mais o equivalente, 
com atualização monetária segundo índices oficiais regularmente 
estabelecidos, juros e honorários de advogado. 
PENITENCIAIS: 
Profª Maria Helena Diniz sustenta que os contratantes, nesse caso, 
expressamente estipulam o direito ao arrependimento, tornando o 
contrato resolúvel imediatamente – com a condição de que a parte 
que assim o desejar perca o que deu em adiantamento, ou tenha 
que restituir, em dobro, o quanto recebeu. Muito importante ressaltar 
que, para a jurista, as arras penitenciais são uma indenização por 
perdas e danos “pré-fixada”, de modo que excluiriam qualquer 
indenização suplementar. A estas arras a jurista confere a mesma 
destinação da convenção penal. Nessa toada, Carlos Roberto 
Gonçalves ressalta que as arras denominam-se penitenciais, porque 
atuam como pena convencional, como sanção à parte que se 
valer dessa faculdade. Com efeito, o art. 420 do CC: 
“Se no contrato for estipulado o direito de arrependimento para 
qualquer das partes, as arras ou sinal terão função unicamente 
indenizatória. Neste caso, quem as deu perdê-las-á em benefício 
da outra parte; e quem as recebeu devolvê-las-á, mais o 
equivalente. Em ambos os casos não haverá direito a indenização 
suplementar.”. 
Com as arras penitenciais, diferentemente das confirmatórias, não é 
cabível a indenização suplementar. Em virtude do direito de 
arrependimento, as arras ou sinal, funcionam apenas a título 
indenizatório, ou seja, que as deu perdê-las-á em vantagem da 
outra parte e quem as recebeu devolvê-las-á em dobro. 
A devolução em dobro visa criar um “equilíbrio”, em outras 
palavras, a parte que recebeu as arras penitenciais, caso apenas as 
devolva, não terá indenizado a parte contrária, sendo, com isso, 
RESPONSABILIDADE CIVIL 
2° BIMESTRE – PROF LEONARDO 
GLICIA REIS / MULTIVIX 
devido a sua devolução em dobro, para que cumpra sua função 
indenizatória. 
Por fim e ainda sobre arras penitenciais, não se exige prova de 
prejuízo real. Por outro lado, não se admite a cobrança de outra 
verba, a título de perdas e danos, ainda que a parte inocente 
tenha sofrido prejuízo superior ao valor do sinal. Nesse sentido, 
proclama a súmula 412 do STF: 
“No compromisso de compra e venda com cláusula de 
arrependimento, a devolução do sinal, por quem o deu, ou a sua 
restituição em dobro, por quem o recebeu, exclui indenização 
maior, a título de perdas e danos, salvo os juros moratórios e os 
encargos do processo.” 
 
RESPONSABILIDADE DAS PESSOAS JURÍDICAS 
 
I. CONCEITO 
A Pessoa Jurídica é um ser totalmente abstrato e fictício. Esse ser 
nasce em razão da união de pessoas físicas ou outras pessoas 
jurídicas, ou, ainda, da afetação de determinado patrimônio. 
A sociedade é a Pessoa Jurídica, no nosso caso empresarial, 
constituído por no mínimo duas pessoas naturais que se reúnem e 
constituem o Contrato Social ou estatuto Social esses instrumentos 
serão a lei entre os membros dessas sociedades. 
É a unidade de pessoas naturais ou de patrimônio, que visa à 
consecução de certos fins, reconhecida pela ordem jurídica como 
sujeito de direitos e obrigações, possuidora de personalidade jurídica. 
Aplica-se às pessoas jurídicas, no que couber, a proteção dos Direitos 
da Personalidade. 
 São 3 os seus requisitos: 
a)Organização de pessoas ou de bens; 
b)Licitude de seus propósitos ou fins; 
c)Capacidade jurídica reconhecida por norma. 
Deve ser registrado no registro competente, Junta comercial, ou OAB 
para registros de escritório de advocacia. 
RESPONSABILIDADE CIVIL 
2° BIMESTRE – PROF LEONARDO 
GLICIA REIS / MULTIVIX 
 Ficção Legal 
 Personalidade Jurídica – Sujeitos de deveres e obrigações 
 Atos constitutivos ou contrato social ( públicos)/ certidão de 
nascimento 
 
Espécies de PESSOA JURÍDICA 
As pessoas jurídicas são de direito público, interno ou externo, e de 
direito privado. 
I. As pessoas jurídicas de direito privado buscam realizar os fins pelos 
quais foram criadas. 
São pessoas jurídicas de direito privado: 
I - as associações; 
II - as sociedades; 
III - as fundações. 
IV - as organizações religiosas; 
V - os partidos políticos. 
VI - as empresas individuais de responsabilidade limitada. 
Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com 
a inscrição do ato constitutivo no respectivo registro, precedida, 
quando necessário, de autorização ou aprovação do Poder Executivo, 
averbando-se no registro todas as alterações por que passar o ato 
constitutivo. 
Decai em três anos o direito de anular a constituição das pessoas 
jurídicas de direito privado, por defeito do ato respectivo, contado o 
prazo da publicação de sua inscrição no registro. 
REQUISITOS 
O registro declarará: 
I - a denominação, os fins, a sede, o tempo de duração e o fundo 
social, quando houver; 
II - o nome e a individualização dos fundadores ou instituidores, e dos 
diretores; 
RESPONSABILIDADE CIVIL 
2° BIMESTRE – PROF LEONARDO 
GLICIA REIS / MULTIVIX 
III - o modo por que se administra e representa, ativa e passivamente, 
judicial e extrajudicialmente;IV - se o ato constitutivo é reformável no tocante à administração, e de 
que modo; 
V - se os membros respondem, ou não, subsidiariamente, pelas 
obrigações sociais; 
VI - as condições de extinção da pessoa jurídica e o destino do seu 
patrimônio, nesse caso. 
OBRIGAÇÕES 
Obrigam a pessoa jurídica os atos dos administradores, exercidos nos 
limites de seus poderes definidos no ato constitutivo. 
Se a pessoa jurídica tiver administração coletiva, as decisões se 
tomarão pela maioria de votos dos presentes, salvo se o ato constitutivo 
dispuser de modo diverso. 
Decai em três anos o direito de anular as decisões a que se refere este 
artigo, quando violarem a lei ou estatuto, ou forem eivadas de erro, 
dolo, simulação ou fraude. 
Se a administração da pessoa jurídica vier a faltar, o juiz, a requerimento 
de qualquer interessado, nomear-lhe-á administrador provisório. 
II. As pessoas jurídicas de direito público tem um compromisso com 
a coletividade: 
 
1. As Pessoas Jurídicas de direito publico interno estão voltadas atuar 
em prol de interesses da coletividade: 
I - a União; 
II - os Estados, o Distrito Federal e os Territórios; 
III - os Municípios; 
IV - as autarquias, inclusive as associações públicas; 
V - as demais entidades de caráter público criadas por lei. 
Salvo disposição em contrário, as pessoas jurídicas de direito público, a 
que se tenha dado estrutura de direito privado, regem-se, no que 
couber, quanto ao seu funcionamento, pelas normas do Código Civil. 
RESPONSABILIDADE CIVIL 
2° BIMESTRE – PROF LEONARDO 
GLICIA REIS / MULTIVIX 
As pessoas jurídicas de direito público interno são civilmente 
responsáveis por atos dos seus agentes que nessa qualidade causem 
danos a terceiros, ressalvado direito regressivo contra os causadores do 
dano, se houver, por parte destes, culpa ou dolo. 
2. São pessoas jurídicas de direito público externo os Estados 
estrangeiros e todas as pessoas que forem regidas pelo direito 
internacional público, suas atuações consistem na representação 
dos interesses da nação. 
DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA 
Busca a satisfação da obrigação executando o patrimônio dos sócios. 
A procedência da desconsideração da personalidade jurídica 
depende do preenchimento dos requisitos do artigo 50 c.c. Obs: É certo 
que o pedido de desconsideração da personalidade jurídica deve ser 
posterior à comprovação da sua incapacidade em cumprir suas 
obrigações. 
Relações obrigacionais protegidas pelo art 50 c.c. 
Quais sejam:  DESVIO DE FINALIDADE e CONFUSÃO PATRIMONIAL 
O desvio de finalidade ocorre quando uma pessoa jurídica prática 
atividades diferentes das atividades pelas quais foi criada. 
A confusão patrimonial ocorre quando não se consegue dissociar o 
patrimônio da pessoa jurídica do seu sócio ou de seus sócios. ~ 
Nas relações consumistas, trabalhistas e ambientais, dotadas de 
hipossuficiencia, a responsabilização civil dos sócios por meio da 
desconsideração jurídica da P.J. dependerá da prova de sua 
insuficiência patrimonial, seguindo as diretrizes do art 28 do cdc, por 
tanto não se faz necessário 0 cumprimento dos requisitos do art 50 c.c. 
DISSOLUÇÃO INVERSA 
Base: artigos 40 a 52 do Código Civil. Quando o patrimônio pessoal do 
sócio é incapaz de responder por suas obrigações pessoais, sendo 
possível para a execução de suas obrigações que o patrimônio da 
pessoa jurídica, seja afetado. 
02/06/2017 
RESPONSABILIDADE CIVIL CONTRATUAL DAS PESSOAS JURÍDICAS 
 
RESPONSABILIDADE CIVIL 
2° BIMESTRE – PROF LEONARDO 
GLICIA REIS / MULTIVIX 
PESSOA JURIDICA 
 Atos constitutivos ou razão social 
 Finalidade 
 Legitimidade 
 Personalidade Juridica própria=sujeito de direitos e deveres 
A pessoa jurídica é ficcta, não tem materialidade, é representada por 
uma pessoa física. Em regra, os sócios, que podem ser meramente 
sócios, ou sócios administrativos. 
Sócios Integra ou integraliza o patrimônio da empresa, ponderar ser 
sócio meramente ou ainda sócio administrador, geralmente aquele que 
possui maioria da cotas. 
1- ADMINISTRADORES 
O sócio administrador, além da integralização do patrimônio da 
empresa, desenvolve atividades de gestão e administração da pessoa 
jurídica, limitado pelo contrato social. 
A responsabilidade dos adm é subjetiva, pois não assumem o risco da 
atividade. De outro lado, ultrapassando o limite da administração, a 
responsabilidade do administrador se torna objetiva. 
Obs: Administrador é o terceiro alheio ao contrato social, designado 
pela P.J. a prática dos atos de gestão e administração. 
Os sócios somente poderão ser afetados após a desconsideração da 
pessoa jurídica, após o procedimento de desconsideração, pode-se 
trazer a responsabilidade para os sócios. 
Questão de prova: 
Quando apenas um dos sócios der causa ao prejuízo do patrimônio da 
empresa, seja afetando o patrimônio de outrem ou o da empresa, a 
responsabilidade deste é subjetiva, só responde se tiver culpa e a 
responsabilidade da empresa é objetiva. 
A empresa sempre responde objetivamente sobre prejuízos causados 
ao patrimônio de outrem, mas poderá pedir o ressarcimento para o 
funcionário ou sócio que agir com dolo ou culpa. 
A responsabilidade civil CDC, ambiental e trabalhista é objetiva 
 
RESPONSABILIDADE CIVIL 
2° BIMESTRE – PROF LEONARDO 
GLICIA REIS / MULTIVIX 
2 . DANO MATERIAL 
É cumulável dano moral e dano material da pessoa jurídica, pois ela 
tem tutelado o direito de resguardae seu patrimônio, e seu direito de 
existência. 
 
Dano material 
 
Lucros cessantes 
Dano emergente 
Perda de uma chance 
 
O Dano Material é o prejuízo financeiro efetivamente sofrido pela 
vítima, seja física ou jurídica, causando redução do seu patrimônio. 
Esse dano pode ser de duas espécies: o que efetivamente o lesado 
perdeu, dano emergente, e o que razoavelmente deixou de 
ganhar, lucro cessante, ou perda de uma chance proveniente da 
privação injusta da possibilidade de se poder alcançar algo 
proveitoso. 
Para a reparação do dano material é “sine qua non” (indispensável 
essencial) demonstrar o nexo de causalidade entre a conduta 
indevida do terceiro e o efetivo prejuízo patrimonial suportado pelo 
lesado. Por sua natureza, evidentemente, a demonstração da 
extensão do dano material deve ser precisa quanto ao valor da 
indenização pretendida, pois o que se visa através da ação judicial é 
a recomposição da efetiva situação patrimonial que se tinha antes 
da ocorrência do dano. 
3. DANO MORAL – Fere a credibilidade da empresa 
A indenização por dano moral de rigor tem como origem: o “caráter 
punitivo“ para que o causador do dano, pelo fato da condenação, 
se veja castigado pela ofensa que praticou; “caráter compensatório” 
para a vítima que receberá uma soma que lhe proporcione prazeres 
como contrapartida do mal sofrido, ante o ato ilícito praticado pelo 
autor. 
Ocorre quando há a violação do direito da personalidade da P.J. 
como por exemplo a violação da sua imagem, credibilidade, nome, 
confiança. 
Entende-se como honra também os valores morais, relacionados com 
a reputação, o bom nome ou o crédito, valores estes inteiramente 
RESPONSABILIDADE CIVIL 
2° BIMESTRE – PROF LEONARDO 
GLICIA REIS / MULTIVIX 
aplicáveis às pessoas jurídicas; não apenas aqueles que afetam a 
alma e o sentimento do indivíduo, valores próprios do ser humano. 
A ofensa à empresa tanto pode causar-lhe prejuízo de ordem 
material quanto de ordem apenas moral, devendo recompor-se o seu 
patrimônio dessa natureza atingido. Irrelevante que o reflexo não seja 
íntimo, psíquico ou espiritual, pois que a tanto não se limita o conceitoa extrair-se do vocábulo "honra". 
O uso indevido do nome da empresa configura violação à imagem e 
valores sociais da ofendida no meio comercial, prejudicando as 
atividades e acarretando descrédito frente aos membros de 
determinada comunidade. 
A pessoa jurídica pode reclamar indenização por dano moral, desde 
que violados quaisquer dos direitos pela mesma titulados e previstos 
no inciso X do artigo 5º da Constituição Federal, porquanto o 
legislador não a distinguiu, para esses efeitos, da pessoa física. 
4. PRESSUPOSTOS DA RESPONSABILIDADE CIVIL DO PESSOA JURIDICA 
 
a. Agente  Preposto e/ou administrador, aquele que 
representa os interesses da pessoa jurídica 
b. Conduta  Que gera o evento danoso( positiva ou 
negativa/ comissiva=objetiva ou omissiva=subjetiva) 
c. Nexo Causal  Elo entre a conduta e o dano 
d. Dano Prejuízo material ou imaterial causado pelo 
agente 
A responsabilidade da p.j. é objetiva, exclui a culpa. 
A responsabilidade do estado é extracontratual, adotando a teoria 
do risco, responde objetivamente sempre, em seus diversos níveis, 
com direito a ação de regresso. 
Celso Antônio Bandeira de Mello define a responsabilidade 
patrimonial extracontratual do Estado como “como a obrigação que 
lhe incumbe de reparar economicamente os danos lesivos à esfera 
juridicamente garantida de outrem e que lhe sejam imputáveis em 
decorrência de comportamentos unilaterais, lícitos ou ilícitos, 
comissivos ou omissivos, materiais ou jurídicos.” 
A Constituição Federal de 1988, em seu artigo 37, § 6º dispõe que: “as 
pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras 
de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, 
RESPONSABILIDADE CIVIL 
2° BIMESTRE – PROF LEONARDO 
GLICIA REIS / MULTIVIX 
nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de 
regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa”, ou seja, as 
entidades de direito privado prestadoras de serviço público 
(fundações governamentais de direito privado, empresas públicas, 
sociedades de economia mista, empresas permissionárias e 
concessionárias de serviços públicos) respondem objetivamente por 
danos causados por seus agentes. 
Quando há culpa exclusiva da vítima, o Estado não responde; irá 
responder parcialmente, se demonstrar que houve culpa concorrente 
do prejudicado. 
RESPONSABILIDADE CIVIL 
2° BIMESTRE – PROF LEONARDO 
GLICIA REIS / MULTIVIX

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