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DIREITO PROCESSUAL 2 BIMESTRE

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PROF GABRIEL / PROCESSO CIVIL EXECUÇÕES
2° BIMESTRE – ALUNA GLICIA REIS
	AULA 12/04/2017
V – DEFESA DO EXECUTADO
	A . 	IMPUGNAÇÃO 
Art. 523. No caso de condenação em quantia certa, ou já fixada em liquidação, e no caso de decisão sobre parcela incontroversa, o cumprimento definitivo da sentença far-se-á a requerimento do exeqüente, sendo o executado intimado para pagar o débito, no prazo de 15 (quinze) dias, acrescido de custas, se houver.
§ 1º Não ocorrendo pagamento voluntário no prazo do caput, o débito será acrescido de multa de dez por cento e, também, de honorários de advogado de dez por cento.
§ 2º Efetuado o pagamento parcial no prazo previsto no caput, a multa e os honorários previstos no § 1º incidirão sobre o restante.
§ 3º Não efetuado tempestivamente o pagamento voluntário, será expedido, desde logo, mandado de penhora e avaliação, seguindo-se os atos de expropriação.
Art. 524. O requerimento previsto no art. 523 será instruído com demonstrativo discriminado e atualizado do crédito, devendo a petição conter:
I - o nome completo, o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica do exeqüente e do executado, observado o disposto no art. 319, §§ 1o a 3o;
II - o índice de correção monetária adotado;
III - os juros aplicados e as respectivas taxas;
IV - o termo inicial e o termo final dos juros e da correção monetária utilizados;
V - a periodicidade da capitalização dos juros, se for o caso;
VI - especificação dos eventuais descontos obrigatórios realizados;
VII - indicação dos bens passíveis de penhora, sempre que possível.
§ 1o Quando o valor apontado no demonstrativo aparentemente exceder os limites da condenação, a execução será iniciada pelo valor pretendido, mas a penhora terá por base a importância que o juiz entender adequada.
§ 2o Para a verificação dos cálculos, o juiz poderá valer-se de contabilista do juízo, que terá o prazo máximo de 30 (trinta) dias para efetuá-la, exceto se outro lhe for determinado.
§ 3o Quando a elaboração do demonstrativo depender de dados em poder de terceiros ou do executado, o juiz poderá requisitá-los, sob cominação do crime de desobediência.
§ 4o Quando a complementação do demonstrativo depender de dados adicionais em poder do executado, o juiz poderá, a requerimento do exequente, requisitá-los, fixando prazo de até 30 (trinta) dias para o cumprimento da diligência.
§ 5o Se os dados adicionais a que se refere o § 4o não forem apresentados pelo executado, sem justificativa, no prazo designado, reputar-se-ão corretos os cálculos apresentados pelo exeqüente apenas com base nos dados de que dispõe.
Art. 525. Transcorrido o prazo previsto no art. 523 sem o pagamento voluntário, inicia-se o prazo de 15 (quinze) dias para que o executado, independentemente de penhora ou nova intimação, apresente, nos próprios autos, sua impugnação.
§ 1º Na impugnação, o executado poderá alegar:
I - falta ou nulidade da citação se, na fase de conhecimento, o processo correu à revelia;
II - ilegitimidade de parte;
III - inexequibilidade do título ou inexigibilidade da obrigação;
IV - penhora incorreta ou avaliação errônea;
V - excesso de execução ou cumulação indevida de execuções;
VI - incompetência absoluta ou relativa do juízo da execução;
VII - qualquer causa modificativa ou extintiva da obrigação, como pagamento, novação, compensação, transação ou prescrição, desde que supervenientes à sentença.
§ 2º A alegação de impedimento ou suspeição observará o disposto nos arts. 146 e 148.
§ 3º Aplica-se à impugnação o disposto no art. 229.
§ 4º Quando o executado alegar que o exeqüente, em excesso de execução, pleiteia quantia superior à resultante da sentença, cumprir-lhe-á declarar de imediato o valor que entende correto, apresentando demonstrativo discriminado e atualizado de seu cálculo.
§ 5º Na hipótese do § 4º, não apontado o valor correto ou não apresentado o demonstrativo, a impugnação será liminarmente rejeitada, se o excesso de execução for o seu único fundamento, ou, se houver outro, a impugnação será processada, mas o juiz não examinará a alegação de excesso de execução.
§ 6º A apresentação de impugnação não impede a prática dos atos executivos, inclusive os de expropriação, podendo o juiz, a requerimento do executado e desde que garantido o juízo com penhora, caução ou depósito suficientes, atribuir-lhe efeito suspensivo, se seus fundamentos forem relevantes e se o prosseguimento da execução for manifestamente suscetível de causar ao executado grave dano de difícil ou incerta reparação.
§ 7º A concessão de efeito suspensivo a que se refere o § 6º não impedirá a efetivação dos atos de substituição, de reforço ou de redução da penhora e de avaliação dos bens
§ 8º Quando o efeito suspensivo atribuído à impugnação disser respeito apenas a parte do objeto da execução, esta prosseguirá quanto à parte restante.
§ 9º A concessão de efeito suspensivo à impugnação deduzida por um dos executados não suspenderá a execução contra os que não impugnaram, quando o respectivo fundamento disser respeito exclusivamente ao impugnante.
§ 10. Ainda que atribuído efeito suspensivo à impugnação, é lícito ao exequente requerer o prosseguimento da execução, oferecendo e prestando, nos próprios autos, caução suficiente e idônea a ser arbitrada pelo juiz.
§ 11. As questões relativas a fato superveniente ao término do prazo para apresentação da impugnação, assim como aquelas relativas à validade e à adequação da penhora, da avaliação e dos atos executivos subsequentes, podem ser arguidas por simples petição, tendo o executado, em qualquer dos casos, o prazo de 15 (quinze) dias para formular esta arguição, contado da comprovada ciência do fato ou da intimação do ato.
§ 12. Para efeito do disposto no inciso III do § 1º deste artigo, considera-se também inexigível a obrigação reconhecida em título executivo judicial fundado em lei ou ato normativo considerado inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal, ou fundado em aplicação ou interpretação da lei ou do ato normativo tido pelo Supremo Tribunal Federal como incompatível com a Constituição Federal, em controle de constitucionalidade concentrado ou difuso.
§ 13. No caso do § 12, os efeitos da decisão do Supremo Tribunal Federal poderão ser modulados no tempo, em atenção à segurança jurídica.
§ 14. A decisão do Supremo Tribunal Federal referida no § 12 deve ser anterior ao trânsito em julgado da decisão exequenda.
§ 15. Se a decisão referida no § 12 for proferida após o trânsito em julgado da decisão exequenda, caberá ação rescisória, cujo prazo será contado do trânsito em julgado da decisão proferida pelo Supremo Tribunal Federal.
A.1 DEFINIÇÃO
É uma defesa do executado que tem por objetivo exercer o contraditório e a ampla defesa, quanto ao cumprimento de sentença. A impugnação tem o conteúdo de defesa restrito a matérias descritas no art 525 .
Não é permitido discutir questões de mérito, especialmente aquelas que se encontram preclusas na fase de conhecimento.
A.2 PRAZO
O prazo da impugnação é de 15 dias, contados automaticamente após anunciado o prazo para pó cumprimento voluntário. Portanto, não há necessidade de nova intimação.
Obs: Havendo litisconsorte passivo de escritórios diferentes, o prazo para impugnar é em dobro, se o processo for eletrônico o prazo permanece sendo de 15 dias
A.3 GARANTIA DE JUÍZO
Não obtendo êxito no pedido de decretação de falência, em virtude da nulidade dos títulos reconhecida pelo Juízo da falência, os “credores” intentaram ação de execução, tomando por base os mesmos títulos executivos.
Ajuizada a ação de execução, a única forma da companhia se defender, questionando a existência válida dos títulos, seria por meio dos embargos do devedor, sendo necessário, para tanto, a garantia do juízo. Todavia, tal ato executivo, necessário para assegurar a defesa através dos embargos, prejudicaria o exercício regular das atividades da empresa executada, que devido à penhora não poderia dispor de seu patrimônio.Em seu parecer, Pontes de Miranda ressaltou o reconhecimento pelo juízo da falência da falsidade dos títulos executivos, e, com base nisso, defendeu a desnecessidade da realização da penhora in casu para que o executado pudesse apresentar defesa, alegando, para tanto, que a falta de alguma das condições da ação executiva deveria ser conhecida de ofício pelo magistrado.
O conceito deste instituto sofreu transformações bem como se deu o alargamento das matérias que podem ser suscitadas através do mesmo.
Acerca das matérias argüíveis no instituto, a priori, identifica-se o elemento comum às hipóteses de exceção de pré-executividade, residia na iniciativa de conhecimento da matéria, que tocava ao magistrado, originariamente, cabendo ao devedor suprir sua ocasional inércia, ou seja, só havia a possibilidade de arguir matérias de ordem pública e, por isso, conhecíveis de ofício pelo magistrado.
Nessa época, constantes eram os conceitos que diziam ser o instituto uma espécie de defesa do executado, sem necessidade de garantia do juízo, na qual eram levantadas questões de ordem pública que são conhecíveis de ofício pelo juiz. Sendo esse também o posicionamento ainda adotado por Nelson Nery Júnior e Rosa Nery,
AULA 19/05/207
	B. EXCEÇÃO OU OBJEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE art 518 NCPC
Art. 518. Todas as questões relativas à validade do procedimento de cumprimento da sentença e dos atos executivos subsequentes poderão ser arguidas pelo executado nos próprios autos e nestes serão decididas pelo juiz.
Matéria de ordem pública Qualquer tempo e qualquer grau de jurisdição, por simples petição STJ
EXCEÇÃO OU OBJEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE é aquela que permite o executado alegar violação a matéria de ordem pública.
A matéria de ordem pública deriva do corpo constitucional com natureza fundamental, possibilidade a autoridade judicial reconhecer a sua violação de oficio ou a requerimento por simples petição a qualquer tempo ou a qualquer grau de jurisdição. A exceção é apresentar por simples petição, não sendo obrigatório o preenchimento de requisitos dos artigos 319 e 320, que são os requisitos da petição inicial. Importante registrar que a exceção é tratada no novo código de processo civil apenas no artigo 518, sendo possível concluir a intenção do legislador em delegar a sistematização do instituto a jurisprudência. 
VI – CONSIDERAÇÕES FINAIS
Um meio coercitivo é a penhora e a multa de dez por cento, se o cumprimento da sentença é definitivo, aplica-se tudo (todo o procedimento).
A primeira consideração consiste em lembrar que a penhora e a multa de dez por cento são meios coercitivos aplicados especificamente ao cumprimento definitivo da obrigação por quantia certa.
A segunda consideração, o cumprimento definitivo da sentença que reconhece a exigibilidade da obrigação por quantia certa aplica as mesmas regras procedimentais estudadas na presente unidade, salvo no caso da dispensa da garantia do juízo para o levantamento de bens ou de valores considerados incorretos. Até mesmo porque existe o trânsito em julgado e não há risco de reversibilidade no titulo judicial e a parte executada reconhece a quantia devida.
UNIDADE III 
CUMPRIMENTO DE SENTENÇA QUE RECONHECE A EXIGIBILIDADE DA OBRIGAÇÃO DE FAZER E DE NÃO FAZER ART 536 NCPC
1 OBRIGAÇÃO DE FAZER E DE NÃO FAZER
FAZER prestação / positivo/ fungível e infungível 
Obrigação de fazer fungível poderá ser executada por terceiros
Obrigação de fazer infungível é personalíssima e gera perdas e danos
NÃO FAZER abstenção/ negativo/ instantâneo/ permanente
INSTANT = Não status quo ante, acontece imediato e não há como retroagir
PERMANETE= Status quo ante, tem como retroagir
2. TUTELA ESPECÍFICA E RESULTADO PRÁTICO EQUIVALENTE
A tutela específica é aquela que exige satisfação do dever obrigacional exatamente da forma pactuada entre as partes. O resultado prático equivalente é a condição que o legislador concedeu ao juiz de satisfazer o direito material através de uma fórmula mais aproximada possível daquela celebrada entyre as partes, uma vez que a forma originária era mais gravosa e a exceção deve seguir o principio do menor sacrifício possível ao executado. A doutrina e a jurisprudência são pacíficas no sentido de entender que o resultado prático equivalente não constitui um julgamento fora do pedido.
Podemos citar o exemplo da ação proposta pelo ministério público para interditar determinada empresa poluente e por conseqüência proteger o meio ambiente, o juiz poderá determinar a instalação de filtros, ao invés de interditar.
3. INSTAURAÇÃO DO CUMPRIMENTO DE SENTENÇA
Cumprimeto definitivo – requerimento ex officio
Cumprimento provisório - apenas requerimento 
Ex officio é: 1.Por obrigação e regimento; por dever do cargo. 2.Diz-se do ato oficial que se realiza sem provocação das partes.
4. INTIMAÇÃO DO EXECUTADO 
Polo Ativo Exeqüente Polo Passivo Executado
Art. 513. O cumprimento da sentença será feito segundo as regras deste Título, observando-se, no que couber e conforme a natureza da obrigação, o disposto no Livro II da Parte Especial deste Código.
§ 2o O devedor será intimado para cumprir a sentença:
I - pelo Diário da Justiça, na pessoa de seu advogado constituído nos auto
II - por carta com aviso de recebimento, quando representado pela Defensoria Pública ou quando não tiver procurador constituído nos autos, ressalvada a hipótese do inciso IV;
III - por meio eletrônico, quando, no caso do § 1o do art. 246, não tiver procurador constituído nos autos
IV - por edital, quando, citado na forma do art. 256, tiver sido revel na fase de conhecimento.
Art. 246. A citação será feita:
I - pelo correio
II - por oficial de justiça;
III - pelo escrivão ou chefe de secretaria, se o citando comparecer em cartório;
IV - por edital;
V - por meio eletrônico, conforme regulado em lei.
§ 1o Com exceção das microempresas e das empresas de pequeno porte, as empresas públicas e privadas são obrigadas a manter cadastro nos sistemas de processo em autos eletrônicos, para efeito de recebimento de citações e intimações, as quais serão efetuadas preferencialmente por esse meio.
§ 2o O disposto no § 1o aplica-se à União, aos Estados, ao Distrito Federal, aos Municípios e às entidades da administração indireta.
§ 3o Na ação de usucapião de imóvel, os confinantes serão citados pessoalmente, exceto quando tiver por objeto unidade autônoma de prédio em condomínio, caso em que tal citação é dispensada
Não poderá participar da condição de executado fiador, mesmo que obrigado ou corresponsável que não tiver sido devidamente citado a participar da fase de conhecimento.
A intimação do executado no Cumprimento de Sentença daqueles processos que transitaram em julgado no prazo de até 1 ano devem seguir as seguintes regras:
a) A intimação deve ser publicada, em regra, através de diário oficial na pessoa do advogado constituído nos autos.
b) A intimação da defensoria pública ou executado que não tiver advogado constituído deve ser feita através de A.R Aviso De Recebimento (Intimação Pessoal) – Quando o A.R. chegar na casa dele
5. PRAZO PARA O CUMPRIMENTO VOLUNTÁRIO
Prazo judicial
6.IMPUGNAÇÃO
Vide unidade II	
7.TÉCNICAS COERSITIVAS 
Requisição de força policial Ordem 
O mandato coercitivo é cumprido por oficial de justiça, se necessário a requisição de força policial.
Art. 536. No cumprimento de sentença que reconheça a exigibilidade de obrigação de fazer ou de não fazer, o juiz poderá, de ofício ou a requerimento, para a efetivação da tutela específica ou a obtenção de tutela pelo resultado prático equivalente, determinar as medidas necessárias à satisfação do exequente.
§ 1o Para atender ao disposto no caput, o juiz poderá determinar, entre outras medidas, a imposição de multa, a busca e apreensão, a remoção de pessoas e coisas, o desfazimento de obras e o impedimento de atividade nociva, podendo, caso necessário, requisitar o auxílio de força policial.
8.ASTREINTES 
É uma multa processual que não se confunde com a multa de 10%, deriva doFrancês, Não deriva do negócio jurídico material. Ele pode deduzir de oficio desde que comprovado e enriquecimento sem causa. O titular é o exeqüente (beneficiário)
Razoabilidade 
Capital econômico 
Enriquecimento sem causa
Trata-se de uma multa processual que tem natureza coercitiva e deve ser aplicada diariamente. O juiz deve fixar com base no princípio da razoabilidade, fazendo uma ponderação entre a capacidade econômica, do executado e o risco de enriquecimento sem causa do exeqüente.
O STJ entende que a multa entende que a multa pode ser fixada, majorada ou reduzida pelo próprio juiz de oficio ou a requerimento das partes.
Por sim, deve-se mencionar que o titular da multa processual é o próprio exeqüente, cabendo inclusive o cumprimento provisório da quantia certa.
UNIDADE IV
CUMPRIMENTO DE SENTENÇA QUE RECONHECE A EXIGIBILIDADE DA OBRIGAÇÃO DE DAR COISA CERTA ART 538 NCPC
Art. 538  Não cumprida a obrigação de entregar coisa no prazo estabelecido na sentença, será expedido mandado de busca e apreensão ou de imissão na posse em favor do credor, conforme se tratar de coisa móvel ou imóvel.
§ 1º A existência de benfeitorias deve ser alegada na fase de conhecimento, em contestação, de forma discriminada e com atribuição, sempre que possível e justificadamente, do respectivo valor.
§ 2º O direito de retenção por benfeitorias deve ser exercido na contestação, na fase de conhecimento.
§ 3º Aplicam-se ao procedimento previsto neste artigo, no que couber, as disposições sobre o cumprimento de obrigação de fazer ou de não fazer
1.OBRIGAÇÃO DE DAR COISA CERTA
DAR Entregar – restituir
COISA móvel = desloca sem deteriorar ou imóvel= não é sujeito a deslocamento
Individualizada em gênero, quantidade e qualidade
Incerta Individualizada em gênero e quantidade, não pode dar o pior e nem é obrigado a dar o melhor.
2.INSTAURAÇÃO DO CUMPRIMENTO DE SENTENÇA
Definitivo, requerimento ou ex officio
Cumprimento provisório – requerimento
3. INTIMAÇÃO
Vide unidade II
4.PRAZO PARA O CUMPRIMENTO VOLUNTÁRIO
Prazo Judicial
5.IMPUGNAÇÃO
Vide unidade II
6.TÉCNICAS COERCITIVAS
Bem móvel, busca e apreensão
Bem imóvel, Imissão na posse
7.BENFEITORIAS
As benfeitorias são discutidas na fase de conhecimento
UNIDADE V
PROCESSO DE EXECUÇÃO
1.NOÇÕES DO PROCESSO DE EXECUÇÃO
Art. 771. Este Livro regula o procedimento da execução fundada em título extrajudicial, e suas disposições aplicam-se, também, no que couber, aos procedimentos especiais de execução, aos atos executivos realizados no procedimento de cumprimento de sentença, bem como aos efeitos de atos ou fatos processuais a que a lei atribuir força executiva.
Parágrafo único. Aplicam-se subsidiariamente à execução as disposições do Livro I da Parte Especial.
2.PODERES DO JUIZ
Art 772 O juiz pode, em qualquer momento do processo:
I - ordenar o comparecimento das partes;
II - advertir o executado de que seu procedimento constitui ato atentatório à dignidade da justiça;
Art. 774. Considera-se atentatória à dignidade da justiça a conduta comissiva ou omissiva do executado que:
I - frauda a execução;
Obs : Não confundir com fraude contra credores art 158 c.c. Na fraude contra credores não existe processo, a fraude acontece antes da ação de conhecimento.
Ação Pauliana ou Revocatória (Fraude contra credores), Litisconsórcio necessário obrigatório. 
Requisito, objetivo frustrar o negócio
Consilium Fraudis Má fé
Eventus DominiInsolvência
Objetivo, ocultar o patrimônio, frustrar 
Da execução
A execução responsabiliza patrimonialmente os chamados bens presentes e futuros. 
Os bens presentes são aqueles devidamente incorporados ao patrimônio do devedor, desde o momento da existência do processo. 
Os bens futuros são aqueles incorporados durante o processo.
Sendo assim, considera-se fraude à execução todo o ato de desfazimento de bens, cujo o resultado aponta a insolvência. O exeqüente deve apresentar Petição dentro dos próprios autos processuais, cabendo prova a insolvência ou a tentativa de insolvência.
	O legislador entendeu que má-fé é presumida pela própria Lei, não necessitando de prova nesse sentido. Por fim, deve-se mensurar que a existência de qualquer processo (Cognitivo ou Execução) é suficiente para caracterizar a Fraude. A Fraude contra Credores é um vício social no Negócio Jurídico, cujo objetivo consiste na TENTATIVA de FRAUDAR A RELAÇÃO JURÍDICA de direito material, conforme o art. 158, CC.
→ A Fraude contra Credores acontece antes mesmo da existência de um processo, sendo necessário a postulação da AÇÃO PAULIANA ou REVOCATÓRIA.
→ Em regra, o credor deve provar o Consilium Fraudis (Má-Fé do devedor e do terceiro) e o Eventus Dammnis (Insolvência). 
FRAUDE CONTRA CREDORES:
Vícios Social no Negócio Jurídico (Direito Material), conforme art. 158, CC/02
Acontece ANTES da Existência de um Processo;
A Fraude deve ser alegada por AÇÃO PAULIANA ou REVOCATÓRIA
A Fraude DEPENDE, em regra, da COMPROVAÇÃO do “Consilium Fraudis” (Má-fé) e do “Eventus Dammnis” (Insolvência).
FRAUDE À EXECUÇÃO
	Vício Processual, conforme art. 774, I, CPC/15;
	Acontece DURANTE um Processo (Conhec. ou Execução);
	Deve ser alegada por PETIÇÃO dentro dos próprios autos processuais;
	A Fraude deve COMPROVAR A INSOLVÊNCIA.
b) Se opõe maliciosamente a execução empregando ardis ou meios artificiosos (Intuito de Postergar a Atividade Jurisdicional)
O legislador entendeu que o abuso no exercício do direito à defesa também é um ato, pois tem a finalidade de POSTERGAR A ATIVIDADE JURISDICIONAL.
	O abuso pode ser pela APRESENTAÇÃO DE DEFESAS ou RECURSOS INDEVIDOS.
c) Dificulta ou embaraça a realização da Penhora (Prestar inf. errada)
	O embaraçamento da Penhora consiste na prestação equivocada das informações da coisa. Por exemplo, o executado informa intencionalmente o número errado da placa de um veículo terrestre (carro).
d) Resiste Injustificadamente às Ordens Judiciais , significa que o executado NÃO PODE se opor às diligências judiciais, inclusive os mandados a serem cumpridos por oficial de justiça.
e) Intimado, não indica o juiz quais são e onde estão os bens sujeitos à penhora e os respectivos valores, nem exibe prova de sua propriedade e, se for o caso, certidão negativa de ônus. (Ocultação ou até docs.)
	A redação tem o sentido de OCULTAÇÃO DA PRÓPRIA COISA ou até mesma a alteração de suas características. O mesmo raciocínio de ocultação aplica-se ao documento que comprova a titularidade da coisa.
Obs: O ato atentatório à Dignidade da Justiça é passível de multa no limite de 20% do valor atualizado da Execução, sem prejuízo de outras multas processuais ou penalidades.
AULA 31/05/2017
III - determinar que sujeitos indicados pelo exequente forneçam informações em geral relacionadas ao objeto da execução, tais como documentos e dados que tenham em seu poder, assinando-lhes prazo razoável.
Os sujeitos (terceiros),serão convocados a prestarem informações complementares, os documentos juntados devem respeitar o prazo judicial. A doutrina fomenta que o respectivo inciso só se aplica ao requerimento aplicado ao exeqüente.
Isso significa que não é possível aplicar a mesma regra em favor do executado, pois a nova legislação processual tende a prestigiar o credor. 
No entanto, alguns posicionamentos minoritários defendem que a redação deveria fazer menção ao executado, garantindo a igualdade.
3.PARTES
Sabe-se que parte legítima é a pessoa que pode promover e contra a qual se pode dirigir a execução. A legitimidade para a execução, além de ativa e passiva, pode ser ordinária (primária ou secundária) ou extraordinária (autônoma ou subordinada).
A legitimidade ordinária divide-se em primária e secundária, superveniente ou derivada.
A primeira atine a quem figurou como parte no processo que originou o título executivo ou participou da constituição do título extrajudicial, nele se encontrando como credor ou devedor.
A legitimidade secundária, por sua vez, conhecida também como derivada ou superveniente, trata de circunstânciaslegitimadoras posteriores à criação do título ou independentes deste. Nesse caso, a lei confere essa legitimidade tendo em conta que, em certas ocasiões, o interesse para a execução surge fora do título ou posteriormente à constituição deste.
A legitimidade extraordinária, por sua vez, compreende a autônoma e a subordinada, sendo que a autônoma pode ser ainda exclusiva ou concorrente. Na autônoma, a parte tem plenos poderes para agir, figurando como parte principal na relação processual com toda independência que tal status garante; na subordinada o legitimado extraordinário não se apresenta como parte independente e autônoma, mas como coadjuvante ou parte secundária, sem os poderes principais da parte principal.
No polo ativo é possível encontrar uma legitimação ordinária primária ou originária, sempre que o sujeito legitimado a propor o processo executivo ou a dar início à fase de cumprimento de sentença estiver indicado como credor no próprio título executivo. Nesse caso, o litigante atua em nome próprio e defendendo interesse próprio e o fato de tal legitimidade já ser criada junto com a criação do título executivo a torna originária ou primária.
Já na legitimação ordinária superveniente ou secundária, o sujeito que demanda, apesar de fazê-lo em nome próprio e em defesa de interesse próprio, só ganha a legitimação para propor a demanda executiva ou nela prosseguir por um ato ou fato superveniente ao surgimento do título executivo. São os casos previstos no art. 567 do CPC (herdeiros, sucessores, cessionário etc.).
Por fim, ainda no tocante ao polo ativo da demanda executiva, poderá existir a legitimação extraordinária, pela qual o sujeito litigará em nome próprio na defesa de interesse alheio, como geralmente ocorre em demandas propostas pelo Ministério Público na defesa de interesses difusos e coletivos.
No que diz respeito ao polo passivo da demanda, o art. 568 do CPC indica hipóteses de legitimação ordinária primária ou originária, ordinária superveniente ou secundária e legitimação extraordinária.
Com relação ao sujeito que figura no título como devedor, o art. 568, I, do CPC aponta como legitimado passivo na execução o aquele que figura no título como devedor, ainda que afirme não ser o devedor por não ter participado como parte principal na relação de direito material da qual surgiu a dívida. Assim, além do condenado na sentença judicial e do emitente do título extrajudicial, também são considerados devedores para fins de legitimidade passiva na execução o avalista, o fiador convencional, o endossante etc.
A legitimação ordinária superveniente por causa mortis vem expressamente prevista no art. 568, II, do CPC. Dessa forma, uma vez realizada a partilha dos bens do de cujus, a legitimação passiva restará tão somente àquele sujeito que ficou em seu quinhão com o débito. É importante observar que os herdeiros e sucessores só respondem pelas dívidas do de cujus nos limites da herança, de forma que os bens de seu patrimônio que não vieram da herança jamais poderão ser atingidos por dívidas contraídas originariamente pelo de cujus.
A legitimidade ordinária superveniente por ato inter vivos encontra-se prevista no art. 568, III, do CPC, que trata do fenômeno da assunção de dívida ou cessão de débito. Essa transferência da dívida a um novo sujeito, que não o devedor originário, exige a concordância expressa do credor (art. 299 do CC) porque a partir do momento em que se modifica o devedor, automaticamente modifica-se o patrimônio que responderá pela dívida.
O inciso IV do art. 568 reconhece a legitimidade passiva do “fiador judicial”. O fiador judicial é aquele que presta garantia em favor de uma das partes nos autos do processo, predispondo-se ao pagamento do que é devido caso haja inadimplemento pelo devedor principal.
Por fim, o inciso V do art. 568 identifica como legitimado passivo para a execução “o responsável tributário, assim definido na legislação própria”, orientação que é expressa também no art. 4º, V, da Lei n.6.830/1980, a “Lei de Execução Fiscal”. É o próprio Código Tributário Nacional que, nos incisos I e IIdo parágrafo único do art. 121, distingue, com nitidez, as figuras do devedor (o “contribuinte”) e do responsável pelo pagamento do tributo, assunto disciplinado pelos arts. 130 a 135 daquele Código.
3.1 LEGITIMIDADE ATIVA
Art. 778. Pode promover a execução forçada o credor a quem a lei confere título executivo.
§ 1º Podem promover a execução forçada ou nela prosseguir, em sucessão ao exequente originário:
I - o Ministério Público, nos casos previstos em lei;
II - o espólio, os herdeiros ou os sucessores do credor, sempre que, por morte deste, lhes for transmitido o direito resultante do título executivo;
III - o cessionário, quando o direito resultante do título executivo lhe for transferido por ato entre vivos;
IV - o sub-rogado, nos casos de sub-rogação legal ou convencional.
§ 2º A suces
são prevista no § 1º independe de consentimento do executado.
Em regra é conferida aquele descrito como credor do próprio título executivo, conforme o caput do art 778
A legitimidade prevista é chamada de ordinária pois apenas o credor pode pleitear o objeto da execução.
Sobre outros legítimos do pólo ativo de execução, quais sejam:
I - o Ministério Público, nos casos previstos em lei;
O órgão ministerial tem legitimidade ativa extraordinária, sendo que a lei deve autorizar expressamente sua condição de legitima. Podemos citar o exemploda lei 7.347/85, que permite o MP a utilizar importante instrumentos processuais na proteção dos direitos coletivos.
O termo de ajustamento de conduta é uma ferramenta, prevista nessa legislação, com a finalidade compor administrativamente um conflito, podendo o órgão ministerial postular a execução por descumprimento do devedor.
O TAC é um titulo executivo extrajudicial. 
II - o espólio, os herdeiros ou os sucessores do credor, sempre que, por morte deste, lhes for transmitido o direito resultante do título executivo
Causa mortis Mortis cause De cujus Falecido
O espólio, os herdeiros ou os sucessores do credor, sempre que, por morte destes lhe for transmitido o direito resultante do título executivo.
A aplicabilidade do inciso depende da morte do credor. Assim sendo haverá sucessão processual por conta da legitimidade ativa derivada ou superveniente. Em outras palavras, os legítimos chamados substituirão o decujos no processo de execução.
III - o cessionário, quando o direito resultante do título executivo lhe for transferido por ato entre vivos;
Cessionário = condensação de crédito, seção de crédito. O cessionário quando resultante do titulo executivo.
A sessão de crédito é a transferência do direito de forma gratuita ou onerosa. O inciso menciona a sessão da coisa litigiosa, objeto de processo judicial. A legitimidade do cessionário também é classificada como ativa derivada ou superveniente. 
IV - o sub-rogado, nos casos de sub-rogação legal ou convencional.
A sub-rogação é o instituto que permite que o terceiro que assumiu o ônus da divida a exercer os mesmos direitos do credor em face do devedor. O sub-rogado tem legitimidade ativa superveniente e derivada.
09/06/2017
3.2 LEGITIMIDADE PASSIVA 
Art. 779. A execução pode ser promovida contra:
I - o devedor, reconhecido como tal no título executivo;
Reconhecido no titulo executivo / legitimidade passiva originário.
II - o espólio, os herdeiros ou os sucessores do devedor;
A legitimidade é passiva derivada ou superveniente, a divida não poderá ultrapassar o limite de bens a serem partilhados pelos herdeiros sucessores, portanto a execução não recai aos bens particulares dos herdeiros.
III - o novo devedor que assumiu, com o consentimento do credor, a obrigação resultante do título executivo;
Assunção de dividas, legitimidade passiva, derivada ou superveniente
É necessário a concordância expressa do credor (exeqüente), a ASSUNÇÃO PODE SER CONSIDERADA INEFICAZ, SEM EFEITO, RETORNANDO AO ESTADO ANTERIOR, SE AO TEMPO DA ALTERAÇÃOO CREDOR IGNORAVA A CONDIÇÃODE INSOLVENCIA(sem recursos, financeiros ou patrimoniais, para saldar as obrigações contraídas; inadimplência) DO NOVO DEVEDOR.
IV - o fiador do débito constante em título extrajudicial;
O fiador responderá com todos os seus bens, abrindo mão da prerrogativa de bem de família, no entanto poderá exercer a prerrogativa do benefício de outrem, pois é possível indicar bens do devedor originário para serem restritos pela penhora, recaindo a execução apenas para valores remanescentes. Obs; o avalista não tem tal prerrogativa.
V - o responsável titular do bem vinculado por garantia real ao pagamento do débito;
A garantia é caracterizada pelo fato da dívida ser garantida por um bem específico, de posse do devedor ou de outrem:
PENHOR Bem imóvel
HIPOTECA Bem imóvel
ANTICRESEFrutos ou rendimento da coisa
VI - o responsável tributário, assim definido em lei.
A execução deve ser provida contra aquele que tem o ônus de fazer o recolhimento do tributo do contribuinte. Por exemplo, a execução deve ser promovida contra o empregador que não recolhe os tributos de seu empregado (imposto de renda direto da fonte)
	
4.COMPETÊNCIA
 Art. 781. A execução fundada em título extrajudicial será processada perante o juízo competente, observando-se o seguinte:
I - a execução poderá ser proposta no foro de domicílio do executado, de eleição constante do título ou, ainda, de situação dos bens a ela sujeitos;
II - tendo mais de um domicílio, o executado poderá ser demandado no foro de qualquer deles;
III - sendo incerto ou desconhecido o domicílio do executado, a execução poderá ser proposta no lugar onde for encontrado ou no foro de domicílio do exeqüente;
IV - havendo mais de um devedor, com diferentes domicílios, a execução será proposta no foro de qualquer deles, à escolha do exeqüente;
V - a execução poderá ser proposta no foro do lugar em que se praticou o ato ou em que ocorreu o fato que deu origem ao título, mesmo que nele não mais resida o executado.
Na execução devem ser aplicados os critério por fixação de competência material, fundamental, territorial e valor de causa. Em regra, a execução será promovida no foro do domicilio do executado.
OBS 1 - a execução poderá ser promovida através do foro de execução ( autonomia da vontade)
OBS 2 - Quando a coisa for bem imóvel, a execução deve ser promovida no foro da situação da coisa.
OBS 3 – A execução com foro incerto, não localizado, pode ser promovida no foro do exeqüente, ou onde o executado se encontrar
OBS 4 – À escolha do exeqüente, se o executado tiver dois domicílios.
OBS5 – À escolha do exeqüente, se os executados possuem diferentes domicílios
De acordo com o principio da tipicidade, todos os títulos executivos necessitam de expressa previsão legal.
5.TITULOS EXECUTIVOS EXTRAJUDICIAIS
Título Executivo
Consubstancia-se exclusivamente em ato capaz de dar início a uma execução, 
“Título executivo é um ato ou fato jurídico indicado em lei como portador do efeito de tornar adequada a tutela executiva em relação ao preciso direito a que se refere.”
Seja ele judicial ou extrajudicial, deve sempre expressar uma obrigação certa, líquida e exigível. As características de liquidez, certeza e exigibilidade são comumente associadas ao próprio título executivo, de modo equivocado. Na verdade, aludidas características são inerentes, de fato, às obrigações a ser executadas.
Art. 784. São títulos executivos extrajudiciais:
I - a letra de câmbio, a nota promissória, a duplicata, a debênture e o cheque;
Debêntures é um título de dívida em que seu investimento é um empréstimo para determinada empresa que não seja uma instituição financeira ou uma instituição de crédito imobiliário. Assim o investidor se torna um credor da empresa em questão e recebe juros fixos ou variáveis ao final do período pactuado.
II - a escritura pública ou outro documento público assinado pelo devedor;
Documento público é aquele constituído e registrado pela autoridade notorial
III - o documento particular assinado pelo devedor e por 2 (duas) testemunhas;
Avalista e fiado não são considerados testemunha, testemunha é pessoa isenta que não tenha nenhuma pessoalidade com as partes contratantes.6
IV - o instrumento de transação referendado pelo Ministério Público, pela Defensoria Pública, pela Advocacia Pública, pelos advogados dos transatores ou por conciliador ou mediador credenciado por tribunal;
A transação homologada judicialmente torna o titulo executivo judicial
V - o contrato garantido por hipoteca, penhor, anticrese ou outro direito real de garantia e aquele garantido por caução;
VI - o contrato de seguro de vida em caso de morte;
Existem duas súmulas que tratam sobre o tema:
Súmula 105-STF: Salvo se tiver havido premeditação, o suicídio do segurado no período contratual de carência não exime o segurador do pagamento do seguro.
Súmula 61-STJ: O seguro de vida cobre o suicídio não premeditado.
 VII - o crédito decorrente de foro e laudêmio;
Foro, tributo anual pelo uso da coisa. Com a integração ao patrimônio da União das áreas de marinha (aquelas situadas à 33 metros da linha média litorânea do preamar de 1.831 (média das marés altas deste ano), bem como com a aquisição de áreas pela igreja Católica no curso da história nacional, passamos a ter, como credores do foro (aquele aluguel anual de 2% ou 5%):
a) A União, quanto às áreas de Marinha;
b) O município, quanto aos imóveis de sua titularidade, gravados com enfiteuse;
c) A Igreja Católica, sobre os bens imóveis sob seu domínio e utilizados por terceiros;
d) Particulares, quanto aos bens gravados pelo direito real de enfiteuse constituídos até a vigência do CC/02 (janeiro de 2003).
Quanto ao laudêmio, tributo da transferência da titularidade da coisa; o mesmo será pago aos mesmos titulares epigrafados e constitui uma contraprestação pela não reivindicação da propriedade plena (de direito e de fato) sobre o bem, no ato da transmissão dos direitos sobre o imóvel pelo enfiteuta.
VIII - o crédito, documentalmente comprovado, decorrente de aluguel de imóvel, bem como de encargos acessórios, tais como taxas e despesas de condomínio;
Acessórios do aluguel são os bens guarnecem (integram) o imóvel: Armários, chuveiros, luminárias, etc..
IX - a certidão de dívida ativa da Fazenda Pública da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, correspondente aos créditos inscritos na forma da lei;
Processo tributário, o devedor é o contribuinte, pessoa física ou jurídica que deve tributo à fazenda pública.
Certidão de dívida ativa, execução fiscal, a partir da lei 6830/80, não segue as leis do cpc
X - o crédito referente às contribuições ordinárias ou extraordinárias de condomínio edilício, previstas na respectiva convenção ou aprovadas em assembléia geral, desde que documentalmente comprovadas;
XI - a certidão expedida por serventia notarial ou de registro relativa a valores de emolumentos e demais despesas devidas pelos atos por ela praticados, fixados nas tabelas estabelecidas em lei;
O emolumento (dinheiro ou objeto dado a quem o mereceu; prêmio, recompensa, gratificação) de serviço notorial, é a custa devida pelo particular em razão do registro ou averbação oriundos do serviço notórial.
XII - todos os demais títulos aos quais, por disposição expressa, a lei atribuir força executiva.
É possível a previsão de títulos extrajudiciais na legislação extravagante (leis que se encontram fora do código que regula o sector da vida social a que se destina).
§ 1º A propositura de qualquer ação relativa a débito constante de título executivo não inibe o credor de promover-lhe a execução.
§ 2º Os títulos executivos extrajudiciais oriundos de país estrangeiro não dependem de homologação para serem executados.
§ 3º O título estrangeiro só terá eficácia executiva quando satisfeitos os requisitos de formação exigidos pela lei do lugar de sua celebração e quando o Brasil for indicado como o lugar de cumprimento da obrigação.
6.PETIÇÃO INICIAL
Art. 798. Ao propor a execução, incumbe ao exequente:I - instruir a petição inicial com:
a) o título executivo extrajudicial;
b) o demonstrativo do débito atualizado até a data de propositura da ação, quando se tratar de execução por quantia certa;
c) a prova de que se verificou a condição ou ocorreu o termo, se for o caso;
d) a prova, se for o caso, de que adimpliu a contraprestação que lhe corresponde ou que lhe assegura o cumprimento, se o executado não for obrigado a satisfazer a sua prestação senão mediante a contraprestação do exequente;
II - indicar:
a) a espécie de execução de sua preferência, quando por mais de um modo puder ser realizada; 
b) os nomes completos do exequente e do executado e seus números de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica;
c) os bens suscetíveis de penhora, sempre que possível.
Parágrafo único. O demonstrativo do débito deverá conter:
I - o índice de correção monetária adotado;
II - a taxa de juros aplicada;
III - os termos inicial e final de incidência do índice de correção monetária e da taxa de juros utilizados;
IV - a periodicidade da capitalização dos juros, se for o caso;
V - a especificação de desconto obrigatório realizado.
A petição inicial deve observar as regras contidas no art acima, aplicando o que couber os artigos 319 E 320 CPC.
Art. 319. A petição inicial indicará:
I - o juízo a que é dirigida;
II - os nomes, os prenomes, o estado civil, a existência de união estável, a profissão, o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, o endereço eletrônico, o domicílio e a residência do autor e do réu;
III - o fato e os fundamentos jurídicos do pedido;
IV - o pedido com as suas especificações;
V - o valor da causa;
VI - as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados;
VII - a opção do autor pela realização ou não de audiência de conciliação ou de mediação.
§ 1º Caso não disponha das informações previstas no inciso II, poderá o autor, na petição inicial, requerer ao juiz diligências necessárias a sua obtenção.
§ 2º A petição inicial não será indeferida se, a despeito da falta de informações a que se refere o inciso II, for possível a citação do réu.
§ 3º A petição inicial não será indeferida pelo não atendimento ao disposto no inciso II deste artigo se a obtenção de tais informações tornar impossível ou excessivamente oneroso o acesso à justiça.
Art. 320. A petição inicial será instruída com os documentos indispensáveis à propositura da ação.
OBS; o Artigo 801 prevê a possibilidade da emenda da inicial, no prazo de quinze dias, sob pena de indeferimento, artigo 330 CPC
Art. 801. Verificando que a petição inicial está incompleta ou que não está acompanhada dos documentos indispensáveis à propositura da execução, o juiz determinará que o exeqüente a corrija, no prazo de 15 (quinze) dias, sob pena de indeferimento.
Art. 330. A petição inicial será indeferida quando:
I - for inepta;
II - a parte for manifestamente ilegítima;
III - o autor carecer de interesse processual;
IV - não atendidas as prescrições dos arts. 106 e 321.
§ 1º Considera-se inepta a petição inicial quando:
I - lhe faltar pedido ou causa de pedir;
II - o pedido for indeterminado, ressalvadas as hipóteses legais em que se permite o pedido genérico;
III - da narração dos fatos não decorrer logicamente a conclusão;
IV - contiver pedidos incompatíveis entre si.
§ 2º Nas ações que tenham por objeto a revisão de obrigação decorrente de empréstimo, de financiamento ou de alienação de bens, o autor terá de, sob pena de inépcia, discriminar na petição inicial, dentre as obrigações contratuais, aquelas que pretende controverter, além de quantificar o valor incontroverso do débito.
§ 3º Na hipótese do § 2º, o valor incontroverso deverá continuar a ser pago no tempo e modo contratados.

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