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DIREITO PENAL
1. Anistia, Graça E Indulto.
1.1 Anistia.
A anistia ocorre quando o Estado perdoa a prática de uma infração penal, de cunho político, porém, nada impede que ela seja utilizada em outros tipos penais também. Esse instituto é regido pelo artigo 187 da Lei de Execuções, com base no art. 21, XVII, da Constituição Federal. Penais Serve para beneficiar os agentes, e pode ser concedida antes (chamada de própria) ou depois (chamada de imprópria) da sentença condenatória. Os crimes hediondos são insuscetíveis de anistia.
1.2 Graça E Indulto.
A Graça e o Indulto são amparados pelo art. 84, XII da Constituição Federal e são de competência do Presidente da República. A Graça é concedida de maneira individual a determinada pessoa enquanto o Indulto é concedido de maneira coletiva a fatos determinados. 
A Graça também é conhecida como Indulto individual e pode ser provocada pelo réu, por iniciativa do Ministério Público, do Conselheiro Penitenciário ou da Autoridade Administrativa. O Indulto é consentido anualmente pelo Presidente da República através de Decreto. Os crimes hediondos são insuscetíveis de Indulto ou Graça. Nos crimes de tortura (Lei 9.455/97) há uma omissão no artigo sexto onde diz ser insuscetível ao réu a Graça e a Anistia, porém nada fala sobre o Indulto. 
2. Retroatividade de Lei que não ais considera o fato como criminoso.
Ocorre o abolitio criminis quando um bem, que antes tinha certa importância e era reconhecido como crime, deixa de sê-lo em virtude da evolução social que não possui a mesma importância de antes. Há o afastamento de incriminação do que antes era um delito. Dessa maneira, a reincidência e os maus-antecedentes desaparecem junto com o abolitio criminis restando os efeitos de natureza civil, como por exemplo, proceder com a execução de um título executivo judicial.
3. Prescrição, decadência e perempção.
3.1 Prescrição. 
 A Prescrição ocorre quando o Estado perde o ius puniendi, por causa do decurso do tempo. É a perda do direito de punir que o Estado possui perante o infrator. Com isso, ocorre a extinção da punibilidade. É diferente, por exemplo, dos institutos acima citados, Graça, Indulto e a Anistia onde o Estado abre mão do seu direito de punir.
 A Prescrição se dá pelos seguintes fundamentos segundo Damásio de Jesus:
 1°) Decurso do tempo, 2°) A correção do condenado e 3°) a negligência da autoridade.
 São duas as espécies de prescrição: a da pretensão punitiva e da pretensão executória, sendo a primeira referente a perca da possibilidade do Estado formar seu título executivo de natureza judicial. O STJ entende que ocorrida à prescrição da pretensão punitiva há rescisão na sentença condenatória, que não faz coisa julgada material e gera efeitos de perca do direito de ação do Estado, não acarretando ainda, a reincidência ou maus antecedentes ao réu. Já a segunda refere-se a perca do direito do Estado de executar sua decisão via decurso do tempo. O título executório será formado, porém não poderá ser executado. Se acaso, o réu vier a cometer novo crime, poderá ser considerado reincidente ou em maus antecedentes.
3.2 Decadência.
É o instituto que trata da perca do direito de queixa ou de representação da vítima ou de seu representante legal. Essa perca se dá em virtude do decurso do tempo. O art. 103 prevê que a vítima tem direito de queixa dentro de seis meses contados do dia da ciência de quem é o autor do crime.
 Em casos de lesão corporal culposa, a vítima tem o prazo decadencial contado a partir da ciência que foi vítima de determinada infração que o lesou.
3.3 Perempção.
Destinada ás ações penais de iniciativa privada ou personalíssimas, trata-se da perca do direito de prosseguir na ação penal pelo querelante por inércia, negligência e contumácia. A perempção é um instituto aplicável às ações penais de iniciativa privada não se limitando, portanto, as de iniciativa pública. O art. 60 do Código Penal determina que a perempção ocorra quando o querelante deixar de promover andamento ao processo durante 30 dias seguidos ou quando deixar de comparecer a atos do processo que deve comparecer, sem motivo justificado, ou ainda, quando não formular pedido de condenação nas alegações finais.
 
4. Renúncia ao direito de queixa ou perdão aceito nos crimes de ação privada.
4.1 Renúncia ao direito de queixa.
Segundo o art. 104 do CP a renúncia trata-se de quando o ofendido pratica atos incompatíveis com a vontade de exercê-lo,como quando, por exemplo, convida o autor do crime para ser sócio de sua empresa ou para ser padrinho de seu filho. Essa modalidade de renuncia é chamada de tácita. Há também a de modalidade expressa, onde o querelante assina declaração e formaliza com base no art. 50 do CPP.
Com base no art. 49 do Código de Processo Penal que acentua que a renúncia a um dos autores a todos se estenderá e no artigo de Mirabete em que acentua o seguinte: “O princípio da indivisibilidade obriga ao querelante promover a ação penal contra todos os coautores do fato delituoso em tese, não podendo abstrair nenhum, a menos que seja desconhecido. Excluído algum deles, tem-se que o querelante tacitamente renunciou ao direito de processá-lo, devendo ser estendida a todos sua abdicação”. [1: GRECO, Rogério. Curso de Direito Penal. 16. Ed. Impetus. Rio de Janeiro. 2014. P. 722]
4.2 Perdão do ofendido. 
O perdão se dá apenas nos casos em que procede mediante queixa podendo ser Processual, quando gera efeitos intra-autos após iniciada a ação penal privada; Extraprocessual, quando se dá fora dessa ação penal privada; Expresso, quando o ofendido assinar declaração expressamente; Tácito, quando o ofendido praticar conduta incompatível com a vontade de prosseguir na ação penal. De acordo com o art. 106 do CP, o perdão ira aproveitar a todos que praticaram a infração e se o perdão for concedido por um dos ofendidos aos demais não se aproveita. 
Já o inciso II do art. 106 diz que o querelado pode não aceitar o perdão impugnado pelo ofendido caso entenda que não nada tenha feito. O querelado terá três dias para dizer se aceita ou não, e seu silêncio presumi aceitação do mesmo.
5. Retratação do agente nos casos em que a lei a admite. 
Na retratação o agente volta atrás naquilo que declarou e denuncia o seu á autoridade. Há permissão na legislação penal do autor se retratar como, por exemplo, ocorre nos crimes de difamação e calunia (não cabe nos crimes de injúria por imputar adjetivos e não fatos) e nos de falso testemunho e falsa perícia. 
Antes da sentença o querelado que se retrata, fica isento de pena. Tanto nos crimes de calúnia quanto de falso testemunho. 
6. Perdão judicial, nos casos previstos em lei. 
O perdão judicial só será aplicado em casos autorizados por lei. Não se trata da aplicação da analogia in bonam partem quando se tratar da hipótese do perdão.
O STJ afirma que a concessão do perdão é declaratória da extinção de punibilidade. Damásio de Jesus conceitua da seguinte maneira: “um direito penal publico subjetivo de liberdade. É um direito do réu. Se presentes as circunstâncias exigidas pelo tipo, o juiz não pode, segundo puro arbítrio, deixar de aplica-lo. A expressão ‘pode’ empregada pelo CP nos dispositivos que disciplinam o perdão judicial de acordo com a moderna doutrina penal, perdeu a natureza de simples faculdade judicial, no sentido de o juiz poder, sem fundamentação, aplicar ou não o privilegio. Satisfeitos os pressupostos exigidos pela norma, está o juiz obrigado a deixar de aplicar a pena”. [2: GRECO, Rogério. Curso de Direito Penal. 16. Ed. Impetus. Rio de Janeiro. 2014. P.726]

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