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ASSOCIAÇÃO TERESINENSE DE ENSINO – ATE FACULDADE SANTO AGOSTINHO – FSA DISCIPLINA: BIOESTATÍSTICA PROFESSOR: Ms. GILBERTO DE ARAÚJO COSTA CONCEITOS FUNDAMENTAIS PARA A COMPREENÇÃO DA ESTATÍSTICA ESTATÍSTICA: Ciência que se preocupa com a organização, análise e interpretação dos dados experimentais. Compreende duas funções (ou campos) Função descritiva (Estatística descritiva) Função Indutiva (Estatística indutiva) ESTATÍSTICA DESCRITIVA: É a função cujo objetivo é a observação de fenômenos da mesma natureza, coleta de dados e sua apresentação através de gráficos e tabelas, além do cálculo de coeficientes (estatísticos) que permitem descrever resumidamente os fenômenos. ESTATÍSTICA INDUTIVA OU INFERÊNCIA ESTATÍSTICA: Refere-se a um a um processo de generalização a partir de resultados particulares. Consiste em obter e generalizar conclusões, ou seja, inferir propriedades para o todo com base na parte. Tem raciocínio mais complexo do que a estatística descritiva. Durante o processo de generalização, que é caracterizado do método indutivo, associamos uma margem de incerteza a qual é tratada nos fundamentos da TEORIA DA PROBABILIDADE. A margem de incerteza deve-se ao fato de que a conclusão que pretende obter a respeito de todos os indivíduos analisados enquanto determinada característica comum, baseia-se em uma parcela do total de observações. Se as nossas conclusões com relação ao total se baseiam na parte (AMOSTRA), então devemos nos preocupar com a maneira pela qual essa amostra é colhida para que seja bem representativa. Recorremos às TÉCNICAS DE AMOSTRAGEM. BIOESTATÍSTICA: Aplicação da estatística nos campos relacionados à saúde. BIOESTATÍSTICA NA MEDICINA: Avaliação da literatura. Aplicação de resultados de estudos no atendimento aos pacientes. Interpretação de estatísticas vitais. Interpretação de informações sobre fármacos e equipamentos. Utilização de procedimentos diagnósticos. Manter-se informado. Avaliação de protocolos de estudo e artigos. Participação ou coordenação de projetos de pesquisa. POPULAÇÀO E AMOSTRA POPULAÇÃO: É o conjunto constituído por todos os indivíduos que apresentem pelo menos uma característica comum e sobre o qual se faz uma inferência. Uma população é estudada em termos de observações de característica individuais e não em termos de pessoas ou objetos em si. Finita – número limitado de indivíduos. Ex.: domicílios de Teresina. População Infinita – número infinito de observações. Ex.: um técnico de laboratório ao fazer pesagem em um deter- minado material pode, de certo modo, obter leituras diferentes. AMOSTRA: É uma parte selecionada do total de observações abrangidas pela população, através da qual se faz uma inferência, um juízo, sobre as características da população. ATRIBUTO E VARIÁVEL ATRIBUTO: Refere-se ao caráter qualitativo dos dados estatísticos. Ex.: Classificação dos indivíduos quanto ao sexo. Classificação: Dicotômica ou Dicotomia. Múltipla ou Policotômica. 1. DICOTOMIA: Quando cada classe em que o atributo é considerado admite uma subdivisão em duas subclasses. Ex.: Classificação dos indivíduos quanto ao sexo. 2. POLICOTOMIA: Quando a classe se subdivide em mais de duas classes. Ex.: Classificação dos indivíduos quanto ao estado civil. ATRIBUTO - Se subdivide em: 1. Ordinais ou (Por Postos) – São aquelas que podem ser colocadas em ordem. Ex.: lista de concursos, tabela de campeonato, etc. 2. Nominais – São aquelas que não podem ser ordenadas. Ex.: sexo, cor, raça, etc. VARIÁVEL: É o termo genérico que pode assumir qualquer valor, dentro de um intervalo finito ou infinito. É a variação no caráter quantitativo dos dados estatísticos. - Os resultados das observações serão expressos sempre através de valores numéricos. Ex.: Número de empregados admitidos em determinado mês por uma empresa de saúde. Classificação: Variável Discreta Variável Contínua VARIÁVEL DISCRETA: Se a quantidade de seus possíveis valores for finita ou infinita enumerável, ou seja, quando a variável assume valores em pontos da reta. Normalmente resulta de contagem. Ex.: Números de alunos matriculados na FSA. VARIÁVEL CONTÍNUA: Quando a variável puder assumir teoricamente qualquer valor em certo intervalo da reta real. Ex.: Pesos dos alunos na FSA. FASES DO MÉTODO ESTATÍSTICO O método Estatístico Descritivo é constituído das seguintes fases (ou etapas). I – Definição do Problema IV – Apuração dos dados II – Planejamento V – Apresentação dos dados III – Coleta de dados VI – Análise e interpretação dos dados. I – DEFINIÇÃO DO PROBLEMA: O primeiro passo para a realização de uma pesquisa é a formulação do problema a ser estudado, ou seja, saber se é exatamente aquilo que se pretende pesquisar, além de verificar que trabalhos já podem ter sido realizados dentro do mesmo campo. II – PLANEJAMENTO: Nessa fase planeja-se o trabalho a ser realizado tendo em vista o objetivo a ser alcançado. Na fase de planejamento: - Define-se o conjunto a ser pesquisado. - Escolhe-se o tipo de levantamento: a) Levantamento Censitário; b) Levantamento por Amostragem. - Trata-se do cronograma de atividades; - Ver-se os custos envolvidos; - Examinam-se informações já disponíveis; - Determina-se o trabalho da amostra; - Escolhe-se o processo de coleta de dados a ser utilizado; - Escolhem-se as perguntas a serem formuladas; - Elabora-se o questionário. III – COLETA DE DADOS: Refere-se à obtenção reunião e registro sistemático dos dados: Dados: Primários – São comunicados ou publicados pela pessoa ou organização que colheu. Secundários – São comunicados ou publicados por outra organização. - Contínua COLETA Direta - Periódica - Ocasional DE Indireta - Por Analogia DADOS - Por Proporcionalização - Por indícios - Por Avaliação COLETA DE DADOS DIRETA – Obtida diretamente da fonte. Ex.: Uma empresa que realiza uma pesquisa para saber a preferência dos consumidores pela sua marca. CONTÍNUA – Os dados são obtidos ininterruptamente. Ex.: Nascimentos, óbitos e a freqüência dos alunos às aulas. PERIÓDICA – Quando a coleta for de tempo em tempos. Ex.: Censos (de 10 em 10 anos) e as avaliações periódicas dos alunos. OCASIONAL – Quando a coleta é feita esporadicamente, atendendo a uma conjuntura ou emergência. Ex.: No caso de epidemias que assolam ou dizimam rebanhos inteiros. COLETA DE DADOS INDIRETA – Inferida dos dados conseguidos na coleta direta ou através do conhecimento de outros fenômenos que se relacionam com o fenômeno em questão. POR ANALOGIA – Quando o conhecimento de um fato se induz a partir de outro que com ele guarda relações de casualidade. POR PROPORCIONALIZAÇÃO – Quando o conhecimento de um fato se induz a partir das condições quantitativas de uma parte dele. POR INDÍCIOS – Quando se escolhe aspectos sintomáticos para se discutir um aspecto geral da vida social. POR AVALIAÇÃO – Através de informações fidedignas ou estimativas cadastrais se presume o estudo quantitativa de um fenômeno. IV – APURAÇÃO DOS DADOS Consiste em reunir os dados através de uma contagem agrupamento. Existem várias formas de fazer a apuração dependendo das necessidades e dos recursos disponíveis: manual, mecânica, eletrônica. V – APRESENTAÇÃO DOS DADOS: Consiste na apresentação ou exposição dos dados observados. FORMAS DE APRESENTAÇÃO: APRESENTAÇÃOTABULAR - É uma apresentação numérica de dados em linhas e colunas distribuídas de forma ordenadas. ( Existem algumas regras práticas adotadas pelos diversos sistemas estatísticos). APRESENTAÇÃO GRÁFICA – Apresentação geométrica dos dados. A apresentação gráfica permite ao analista uma visualização mais rápida, fácil e clara dos fenômenos. VI – ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS: Fase mais importante e mais delicada está ligada ao cálculo de medidas que permitem descrever o fenômeno, as estatísticas. - O significado de cada um dos valores obtidos deve ser bem interpretado. - Usam-se aqui a estatística indutiva para se fazer generalizações para a população com base na amostra e com certa margem de incerteza. BOA SORTE!
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