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B ESTUDO DE MERCADO

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ESTUDO DE MERCADO 
 
 O estudo primordial para o planejamento e projeto de uma indústria é o 
estudo de mercado. O estudo de mercado representa a análise completa da 
venda/transferência de um produto/serviço, investigando-se a respeito do 
fornecimento de matéria-prima, do mercado consumidor, da concorrência e do 
mercado substituto (ADLER, 1971). Assim, o estudo de mercado tem como 
objetivo conhecer, analisar e quantificar as oportunidades de vendas, bem 
como seus esforços. 
 
1. Mercado fornecedor. 
 
 Dentre os processos de produção de hidrogênio e hélio, o mais 
empregado em ambos os casos é a obtenção a partir do gás natural. O gás 
natural é um combustível fóssil formado por hidrocarbonetos leves (em sua 
maioria, o metano), encontrado no subsolo em rochas porosas, podendo estar 
associada ou não a reservas petrolíferas. No Brasil, a maioria das reservas de 
gás natural encontram-se no litoral. (ABEGÁS, 2016) 
Estimativas da Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de 
Gás Canalizado (ABEGÁS) indicam que as reservas de gás natural no Brasil 
permanecem em torno de 459 bilhões de metros cúbicos. Dados da ANP 
(2015) mostraram que o Brasil consumiu naquele ano 39,6 bilhões de metros 
cúbicos de gás natural, 6,34% a mais que no ano anterior, estimando-se ainda 
que o consumo de gás natural seguiria em alta. 
 Do gás natural consumido anualmente, aproximadamente 17,4 bilhões 
de metros cúbicos foram importados, sendo que 69% dessas importações são 
da Bolívia, diretamente pelo gasoduto Brasil-Bolívia, enquanto que o resto é 
importado na forma de GNL. Na via contrária, o Brasil exportou 90,5 milhões de 
metros cúbicos de gás natural liquefeito, principalmente para a Argentina (ANP, 
2015). 
 Segundo a ABEGÁS, atualmente encontram-se em operação no Brasil 
sete gasodutos transportadores de gás natural, além do gasoduto Brasil-
Bolívia. O mapa exposto na Figura 1 indica os gasodutos em operação, bem 
como os gasodutos em estudo e em implantação. A capacidade de transporte 
dos gasodutos variam entre 5,5 e 365 milhões de metros cúbicos por dia, 
dependendo da linha. 
Dessa forma, a fim de diminuir-se os custos de transporte de matéria-
prima até a indústria, a localização ideal do ponto de vista do mercado 
fornecedor para uma indústria de hidrogênio e hélio é em uma cidade na qual 
passa-se algum gasoduto. 
 
 
 
Figura 1: Mapa dos gasodutos de gás natural no Brasil. (Fonte: ABEGÁS, 
2016). 
 
2. Mercado consumidor. 
 
 Segundo uma análise do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos 
(CGEE, 2010), o mercado consumidor brasileiro de hidrogênio aproxima-se de 
920 mil toneladas por ano, sendo consumido principalmente por refinarias de 
petróleo, indústrias de fertilizantes e indústria alimentícia, além de siderúrgicas 
e indústrias de semicondutores. 
 Tendo então o hidrogênio uma grande aplicação na indústria, tem-se 
que o mesmo é demandado em diversos polos industriais ao longo do território 
brasileiro. Uma vez que o maior emprego do hidrogênio se dá em refinarias de 
petróleo (CGEE, 2010), estuda-se a localização das mesmas a fim de que a 
localização da planta de hidrogênio seja suficientemente perto do mercado 
consumidor, diminuindo assim custos de transporte. A Figura 2 indica as 
principais refinarias de petróleo do Brasil. 
 O gás hélio, por sua vez, tem sua aplicação voltada na mecânica, em 
soldagens de ligas de alumínio, aço inoxidável e magnésio; no teste de peças 
automotivas críticas; e como fluido refrigerante inerte. 
 Uma vez que ambos os gases são empregados em diversas indústrias, 
a demanda não representa um ponto crítico da análise de mercado por ter um 
mercado consumidor consideravelmente extenso ao longo do território 
nacional. 
 
 
 
Figura 2: Localização das refinarias de petróleo brasileiras. (Fonte: Petrodelta, 
2006). 
 
3. Mercado concorrente. 
 
Atualmente, no Brasil, os principais produtores dos gases hélio e 
hidrogênio são a Praxair – White Martins e a Air Liquide. Ambas as empresas 
são multinacionais que operam em diversos países do mundo. No Brasil, estão 
localizadas principalmente na região de São Paulo e de Curitiba. A Figura 3 
indica a localização das principais plantas e distribuidoras da White Martins. 
 
 
Figura 3: Principais plantas e distribuidoras da White Martins no Brasil 
(Fonte: Google Maps, 2016). 
A Air Liquide possui plantas e distribuidoras em diversas cidades de São 
Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina, além de 
algumas filiais no Nordeste e no Centro-Oeste. A matriz da Air Liquide localiza-
se na cidade de São Paulo (Air Liquide, 2016). A Figura 4 indica a localização 
das principais plantas e distribuidoras da Air Liquide. 
 
 
Figura 4: Principais plantas e distribuidoras da Air Liquide no Brasil. 
(Fonte: Google Maps, 2016). 
 
Analisando-se o mercado geográfico, ambas as concorrentes estão 
localizadas nas regiões de maior demanda, ou seja, nas regiões aonde se tem 
a maior concentração de indústrias que aplicam hélio e hidrogênio em seus 
processos; dessa forma, o mercado geográfico pode ser dominado ao instalar-
se a indústria em uma região em que não se tem a presença forte de ambas as 
concorrentes. 
 
4. Mercado substituto. 
 
O gás hidrogênio tem sua principal aplicação como reagente em 
diversas reações na indústria. Desta forma, o hidrogênio é insubstituível nesse 
setor da indústria química. Entretanto, a mudança do método produtivo em uma 
indústria química pode eliminar o gás hidrogênio do seu processo, atuando de 
certa forma como um produto substituto. 
Os principais substitutos do gás hélio são os demais gases nobres 
produzidos industrialmente, como o neônio e o argônio, uma vez que somente 
essa classe de gases são quimicamente inertes. Entretanto, tais gases não são 
tão leves quanto o gás hélio, sendo esta outra propriedade pelo qual o gás 
hélio é tão demandado na indústria. De fato, não existe outro gás que seja 
inerte e leve e que seja produzido em escala industrial, tornando o gás hélio um 
produto insubstituível em praticamente todas as suas aplicações. 
 
5. Capacidade da planta. 
 
Tendo-se estudado os mercados fornecedor, consumidor, concorrente e 
substituto, faz-se uma estimativa da capacidade da planta de hidrogênio e hélio 
a ser projetada. A partir da demanda brasileira estimada de 920 mil toneladas 
por ano de gás hidrogênio, e estimando-se que a planta projetada neste 
trabalho procure cobrir 5% da demanda nacional, tem-se então que a 
capacidade da planta será de 46 mil toneladas por ano de gás hidrogênio. 
Dentro dessa capacidade da planta, uma vez que o gás hélio pode ser 
extraído da corrente de gases de exaustão da produção de hidrogênio, projeta-
se a capacidade de produção de gás hélio a partir da capacidade do 
hidrogênio, utilizando-se para isso balanços de massa apropriados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
Agência Nacional do Petróleo – ANP. Anuário Estatístico Brasileiro do 
Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis 2015. Disponível em 
<http://www.anp.gov.br/?id=548>. Acesso em 20 abr 2016. 
 
Air Liquide Brasil. Disponível em <http://www.br.airliquide.com/pt_BR/air-
liquide-brasil.html>. Acesso em 20 abr 2016. 
 
Hidrogênio energético no Brasil – subsídios para políticas de 
competitividade. Disponível em 
<https://www.cgee.org.br/documents/10182/734063/Hidrogenio_energetico_co
mpleto_22102010_9561.pdf>. Acesso em 20 abr 2016. 
 
M. K. ADLER. A Moderna Pesquisa de Mercado. 2ª edição, Pioneira,1971. 
 
Praxair – White Martins. Disponível em <http://www.praxair.com.br/>. Acesso 
em 21 abr 2016.

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