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OTIMIZAÇÃO Somente dimensionar os equipamentos e projetar as edificações industriais não garante que o projeto seja totalmente viável. Além dos aspectos técnicos envolvidos, deve-se levar em conta no dimensionamento dos equipamentos o custo total deles, tal que esse custo seja minimizado de forma a atingir um maior lucro. Assim, a partir das dimensões características dos equipamentos dimensionados para a indústria de hélio e hidrogênio deste trabalho, bem como dos custos totais relacionados à construção/compra, funcionamento e manutenção dos mesmos, faz-se a otimização do design do maquinário. A técnica utilizada na otimização envolve a relação entre o custo de materiais e energia necessários para o funcionamento do equipamento e as equações de projeto dos mesmos, desenvolvidas anteriormente. Assim, desenvolvendo-se as relações, encontra-se uma equação de otimização, a partir da qual se faz o dimensionamento do equipamento, analisando-se tanto o viés técnico quanto o viés econômico. 1. Otimização do Trocador de Calor Os parâmetros avaliados e a simbologia atribuída encontram-se na Tabela 1: Tabela 1. Lista de parâmetros e simbologia para o Trocador de Calor PARÂMETROS UNIDADE SIMBOLOGIA Custo Total R$ CT Custos Variáveis R$ CV Custos Fixos R$ CF Custo do material do sapecador R$/m² CS Custo do material isolante R$/m² CI Custo energético do sapecador R$/kW CE Custo de instalação/manutenção R$/h CM Calor KW/h Q Coeficiente de condução do T.C W/(m·K) ks Coeficiente de condução do isolante W/(m·K) ki Coeficiente de convecção interna W/(m2K) hi Coeficiente de convecção externa W/(m2K) he Área externa do T.C m² Ae No caso do Trocador de Calor, objetivando uma redução de custos, optou-se pela otimização do isolante térmico; a variável analisada será o número de camadas (N). A equação do custo total (CT) pode ser descrita como: 𝐶𝑇 = 𝐶𝑉 + 𝐶𝐹 (1) Onde, 𝐶𝐹 = (𝐶𝑆 ∗ 𝐴) 𝑡𝑠 + (𝐶𝑀) + 𝐶𝐼 ∗ 𝐴𝑖𝑠 ∗ 𝑁 𝑡𝑢 (2) 𝐶𝑉 = 𝐶𝐸 ∗ 𝑄 ∗ 𝑡 (3) Pela definição de calor, tem-se que: 𝑄 = 𝑇𝑖 − 𝑇𝑒 1 𝐴𝑖 ∗ ℎ𝑖 + 𝑒𝑠 𝐴𝑖 ∗ 𝑘𝑠 + 1 𝐴𝑒 ∗ ℎ𝑒 + 𝑒𝑖 ∗ 𝑛 + 𝑒𝑖 𝐴𝑖𝑠 ∗ 𝑘𝑖 (4) Área interna do T.C m² Ai Área do material do T.C m² A Área do isolante m² Ais Espessura do T.C m es Espessura do isolante m ei Tempo de operação h t Tempo de vida útil do material do T.C Anos ts Tempo de vida útil do material isolante Anos tu Número de camadas do isolante N Temperatura Interna °C Ti Temperatura Externa °C Te Comprimento do T.C m L Sabe-se que: 𝐴𝑖𝑠 = 𝜋 ∗ (𝐷 + 𝑛. 𝑒𝑖 + 𝑒𝑖) ∗ 𝐿 (5) Substituindo (5) em (4): 𝑄 = 𝑇𝑖 − 𝑇𝑒 1 𝐴𝑖 ∗ ℎ𝑖 + 𝑒𝑠 𝐴𝑖 ∗ 𝑘𝑠 + 1 𝐴𝑒 ∗ ℎ𝑒 + 𝑒𝑖 ∗ 𝑛 + 𝑒𝑖 𝜋 ∗ (𝐷 + 𝑛. 𝑒𝑖 + 𝑒𝑖) ∗ 𝐿 ∗ 𝑘𝑖 (6) Define-se então a função objetivo para o Trocador de Calor: 𝐶𝑇(𝑁) = ( 𝑇𝑖 − 𝑇𝑒 1 𝐴𝑖 ∗ ℎ𝑖 + 𝑒𝑠 𝐴𝑖 ∗ 𝑘𝑠 + 1 𝐴𝑒 ∗ ℎ𝑒 + 𝑒𝑖 ∗ 𝑛 + 𝑒𝑖 𝜋 ∗ (𝐷 + 𝑛. 𝑒𝑖 + 𝑒𝑖) ∗ 𝐿 ∗ 𝑘𝑖 ) ∗ 𝐶𝐸 ∗ 𝑡 + (𝐶𝑆 ∗ 𝐴) 𝑡𝑠 + (𝐶𝑀) + 𝐶𝐼 ∗ 𝐴𝑖𝑠 ∗ 𝑁 𝑡𝑢 (7) Com a finalidade de se encontrar o custo mínimo aplica-se a derivada à função objetivo e iguala-se a zero: 𝑑𝐶𝑇 𝑑𝑁 = 0 (8) O resultado obtido através do software maple® é: (9) A resolução da equação consiste em isolar N, já que os demais parâmetros são conhecidos: (10) Por fim, substitui-se a variável N encontrada na equação (4) e respectivamente no balanço de massa e/ou energia. 2. Otimização do Leito Catalítico Os parâmetros avaliados e a simbologia atribuída encontram-se na Tabela 2: Tabela 2. Parâmetros avaliados para otimização da peneira No caso da peneira, objetivando uma redução de custos, optou-se pela otimização do diâmetro do reator. PARÂMETROS UNIDADE SIMBOLOGIA Custo Total R$ CT Custos Variáveis R$ CV Custos Fixos R$ CF Custo do material do leito catalítico R$/m² CS Custo do material do leito R$/m² CMa Custo energético do leito R$/kW CE Custo de instalação/manutenção R$ CM Energia elétrica gasta kW/h E Vazão de entrada no leito m³/h Qe Vazão de saída do leito m³/h Qs Comprimento do Leito m H Tempo de operação h t Tempo de vida útil do leito Anos ts Capacidade do leito m-6 V Custo do material que entra no leito R$/m³ CC Para os custos fixos tem-se que: 𝐶𝐹 = 𝐶𝑀𝑎 ∗ 𝑉 + 𝐶𝐸 ∗ 𝐸 ∗ 𝑡 + 𝐶𝑆 ∗ (𝜋 ∗ 𝐷) ∗ 𝐿 + 𝐶𝑀 (11) Já para os custos variáveis tem-se: 𝐶𝑉 = 𝐶𝐶 ∗ 𝑘 ∗ 𝑄𝑒 ∗ 𝑉² ∗ 𝑡 𝑉 = 𝜋 ∗ 𝐷2 4 ∗ 𝐿 (12) (13) Substituindo na equação (1) tem-se: 𝐶𝑇 = 𝐶𝑀𝑎 ∗ (𝜋 ∗ 𝐷2 4 ) + 𝐶𝐸 ∗ 𝐸 ∗ 𝑡 + 𝐶𝑆 ∗ (𝜋 ∗ 𝐷) ∗ 𝐿 + 𝐶𝑀 + 𝐶𝐶 ∗ 𝑘 ∗ 𝑄𝑒 ∗ 𝜋 ∗ 𝐷2 4 ∗ 𝐿 (14) Derivando em função do diâmetro e igualando a 0 utilizando o programa Maple® e isolando D tem-se: (15) Resolve-se a equação, e ao encontrar um novo balanço de massa, substitui-se então no balanço de massa. 3. Otimização do Tanque Pulmão Para otimização do tanque pulmão, os parâmetros avaliados estão na Tabela 3: Tabela 3. Parâmetros para análise de otimização do tanque pulmão Definiu-se os custos variáveis e fixos como: 𝐶𝐹 = ( 𝜋 ∗ 𝐷2 4 ∗ 𝐻) ∗ 𝐶 ∗ 𝑡𝑢 𝑡𝑣𝑢 + 𝐶𝐼 𝐶𝑉 = (𝐻 ∗ 𝜋 ∗ 𝐷2 4 ) ∗ 𝑁 ∗ 𝐵 𝑡𝑒 ∗ 𝐶 ( 16) ( 17) Substituindo tudo em (1) tem-se: 𝐶𝑇 = ( 𝜋 ∗ 𝐷2 4 ∗ 𝐻) ∗ 𝐶 ∗ 𝑡𝑢 𝑡𝑣𝑢 + 𝐶𝐼 + (𝐻 ∗ 𝜋 ∗ 𝐷2 4 ) ∗ 𝑁 ∗ 𝐵 𝑡𝑒 ∗ 𝐶 ( 18) Derivando a função do custo total em função do diâmetro, igualando a zero e isolando D, tem-se: 𝑑𝐶𝑇 𝑑𝐷 = ( 𝜋 ∗ 𝐷 2 ∗ 𝐻) ∗ 𝐶 ∗ 𝑡𝑢 𝑡𝑣𝑢 + 𝐶𝐼 + ( 𝜋 ∗ 𝐷 2 ∗ 𝐻) = 0 ( 19) PARÂMETROS UNIDADE SIMBOLOGIA Custo Total R$ CT Custos Variáveis R$ CV Custos Fixos R$ CF Custo unitário do tanque R$/m³ C Custo de Instalação R$ CI Custo de enchimento unitário R$/m³ CE Vazão de entrada do tanque m³/h Qe Vazão de saído do tanque m³/h Qs Altura do tanque m H Capacidade de armazenamento m³ V Diâmetro do tanque m D Quantas vezes preencheu-se o tanque N Tempo de vida útil anos tvu Tempo de utilização h tu Tempo de enchimento h te Fator de utilização h B
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