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Aula Livre Historia

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Aula Livre - Historia/Historia - Aula 01 - apostila-periodo-colonial.pdf
 
 
 
 
 
 
 
 
Aula 01 
 
 
 
O Período Colonial brasileiro inicia em 1500 
com a chegada oficial dos portugueses na 
América e se encerra em 1822 com a 
independência. Pode-se caracterizá-lo 
genericamente como monocultor, latifundiário, 
escravista e agro-exportador. 
 
 
A colonização do Brasil se insere dentro de um 
quadro maior de estruturação e expansão do 
capitalismo na Europa baseado, nesta fase 
inicial, no comércio. Três continentes – o 
americano, o africano e o asiático – serão 
sistematicamente explorados por nações 
europeias. Formou-se, então, um subsistema 
dentro do sistema capitalista: o Antigo Sistema 
Colonial, no qual os países da Europa são as 
metrópoles e os territórios dos outros 
continentes serão as colônias a serem 
exploradas. 
O Antigo Sistema Colonial estava alicerçado 
em três princípios básicos: Pacto Colonial, 
Monopólio e Sistema de Portos Fechados. O 
Pacto Colonial, funcionando como uma espécie 
de reserva de mercado, estabelecia que uma 
colônia somente poderia comercializar 
diretamente com a sua metrópole. Sobre a 
colônia seria estabelecido, ainda, o Monopólio 
ou seja, a colônia importa, da sua metrópole, 
manufaturados e todos os produtos de que 
necessita e exporta produtos tropicais e 
metais preciosos. Todos os portos da colônia 
estão fechados à presença de navios 
estrangeiros, ou seja, de outras metrópoles 
formando o sistema de Portos Fechados. 
Antigo sistema colonial 
 
• PACTO COLONIAL (Exclusivo Metropolitano) 
• Metrópole = monopólio da exploração dos 
produtos coloniais 
• Colônia = só compra produtos da Metrópole/ 
possibilidade de acumulação interna 
 
 
 
O período pré-colonial (1500-1530) 
Nas três primeiras décadas do Período 
Colonial, os portugueses não haviam 
encontrado especiarias de grande valor 
comercial e nem metais preciosos, por isso 
não ocuparam a colônia. Se dedicaram 
exclusivamente a exploração de pau-brasil. 
Utilizam para a coleta de pau-brasil, a mão-
de-obra indígena realizando com eles o 
escambo, isto é, faziam o pagamento do 
trabalho com quinquilharias. 
 
 
 
 
O período colonial (1530-1822) 
Nesta fase há a ocupação da terra. A Coroa 
portuguesa cria uma estrutura administrativa 
na colônia que possibilita sua exploração 
econômica de forma mais efetiva, ao mesmo 
tempo em que, ao longo do período, forma-se 
uma sociedade com características peculiares. 
 
Economia 
A economia ficou, de um modo geral, restrita a 
praticamente duas atividades: produção 
açucareira nos séculos XVI e XVII e mineradora 
no século XVIII. 
 
 
 
A empresa açucareira – 
características 
Participação do capital holandês nos 
empréstimos, no transporte, no refino e na 
comercialização do produto na Europa. 
Sistema utilizado: ‘Plantation’ açucareira 
caracterizada por: 
Latifúndio: produção de açúcar em 
grandes extensões de terra 
(sesmarias); 
Monocultura: produção especializada 
em um único produto; 
Trabalho escravo: mão de obra 
escravizada, em um primeiro momento, 
indígena e a seguir, importada da 
África; 
Produção voltada para a exportação: 
toda a riqueza produzida é enviada e 
comercializada no exterior. 
Capital da colônia: Salvador (Bahia) 
 
A mineração - características 
Ouro de aluvião: encontrado nos leitos de rios, 
lagoas e riachos; 
Sistemas de exploração do ouro: faiscação 
(exploração individual e com uso de poucos 
recursos tecnológicos) e lavras (exploração 
em larga escala, com grande número de 
escravos e tecnologia mais sofisticada); 
Administração das Minas Gerais 
Intendência das Minas: administra as 
regiões de onde se extrai ouro; 
Cobrança de impostos: Quinto (20% do 
ouro encontrado é pago como tributo real); 
Casas de Fundição: responsáveis por 
impedir a circulação do ouro em pó, se 
dedicam a fundir em barras, quintar e 
selar o ouro. 
Capital da colônia: desde 1763, no governo do 
Marquês de Pombal, passa a era o Rio de 
Janeiro, por estar mais próximo da zona 
mineradora. 
Consequências da mineração: 
Ocupação e urbanização do interior da 
colônia; 
Florescimento de uma classe média; 
Integração econômica da colônia; 
Surgimento de um mercado interno. 
 
 
 
 
 
Administração Colonial 
Visando ocupar efetivamente a colônia, a Coroa 
portuguesa cria três estruturas 
administrativas que se superpõe ao longo do 
tempo: Capitanias Hereditárias, governo Geral 
e Câmaras Municipais. 
Capitanias Hereditárias: eram faixas de terra 
que se estendiam do litoral ao Meridiano de 
Tordesilhas e que foram doadas, aos capitães 
donatários que, via de regra, pertenciam à 
pequena nobreza. Recebem dois documentos 
que orientam o governo da capitania: a Foral e 
a Carta de Doação. 
Governo Geral: como a centralização político-
administrativa do sistema de capitanias 
fracassou, a Coroa portuguesa cria o Governo 
Geral. O objetivo maior era estimular a 
colonização e centralizar o poder na colônia. 
Câmaras Municipais: verdadeiros centros de 
poder na colônia, as Câmaras existem desde o 
início da ocupação do território. Eram 
controladas pelos ‘homens bons’, senhores de 
terras e de escravos. 
 
 
 
 
 
Sociedade Colonial 
A sociedade que se forma no Brasil colonial se 
caracteriza por ser rural, patriarcal, 
hierárquica, estratificada. 
Rural: todas as atividades mais importantes da 
vida colonial possuíam relação com a atividade 
rural. 
Patriarcal: o Sr. de engenho, possuía poder de 
vida e morte sobre sua família, seus escravos, 
seus agregados e dependentes. 
Hierárquica: os indivíduos ocupavam uma 
determinada posição social a partir da posse 
de terras, escravos e do engenho açucareiro. 
Estratificada: havia pouca mobilidade social na 
sociedade colonial e, particularmente, na 
região açucareira havia dois grupos que se 
distribuíam na pirâmide social: no vétice, um 
pequeno número de senhores constituía a 
elite; na base, uma enorme massa de 
escravos. Um escravo não ascendia à condição 
de senhor e vice-versa. 
 
 
 
 
 
 
Exercícios: 
1. (FUVEST) No Brasil colonial, a escravidão 
caracterizou-se essencialmente 
a) por sua vinculação exclusiva ao sistema 
agrário exportador 
b) pelo incentivo da Igreja e da Coroa à 
escravidão de índios e negros 
c) por destinar os trabalhos mais penosos aos 
negros e mais leves aos índios 
d) por estar amplamente distribuída entre a 
população livre, constituindo a base econômica 
da sociedade 
e) por impedir a emigração em massa de 
trabalhadores livres para o Brasil. 
 
2. (UFES) - No período colonial, existiam 
mecanismos de acesso à terra, como as 
sesmarias, que eram: 
a) autorizações de Portugal para importação 
de escravos negros como condição para que os 
filhos de donatários tivessem direito ao 
recebimento de terras 
b) lotes de terra doados pelos donatários ao 
colono para que fossem explorados 
c) impostos correspondentes ao uso da terra, 
cujo pagamento possibilitaria posterior aluguel 
d) parceria de recursos que a Coroa enviava 
aos donatários para financiar a distribuição 
das terras e que deveriam ser pagas a longo 
prazo 
e) títulos de terra ocupada mediante 
mecanismo de compra, conforme a Lei de 
Terras.
3. (UNIFENAS) - Foram consequências da 
mineração, exceto: 
a) o surgimento de um mercado interno; 
b) a urbanização; 
c) a melhoria do nível cultural; 
d) a decadência da atividade açucareira; 
e) a maior fiscalização da Coroa sobre a 
colônia. 
 
4. (UFAL) -A implantação em 1548, no Brasil do 
Governo-Geral tinha por objetivo: 
a) legislar e executar as decisões das Câmaras 
Municipais 
b) iniciar o processo de colonização da costa 
brasileira 
c) promover e desenvolver atividades no 
mercado de consumo 
d) expandir a ocupação do interior do território 
nacional 
e) coordenar e centralizar a administração das 
Capitanias. 
 
(UFRGS) As Câmaras Municipais foram 
instituições fundamentais em todos os lugares 
onde houve a presença do Império ultramarino 
lusitano. Na América portuguesa não foi 
diferente, pois nas principais aglomerações 
urbanas elas exerciam um papel político 
essencial. Considere as seguintes afirmações, 
referentes à caracterização dessas 
instituições: 
 
 
I. Eram os canais de expressão política das 
elites locais, dos homens bons residentes nas 
diferentes vilas coloniais. Através da ocupação 
dos cargos na Câmara, essas elites 
expressavam suas demandas junto aos 
poderes centrais, como os governadores e a 
própria Coroa. 
II. Eram órgãos legislativos dedicados à 
aplicação das Ordenações Filipinas, sendo a 
eleição para os cargos camarários feita pelo 
voto direto e democrático do conjunto da 
população. 
III. Eram corpos deliberativos para os quais 
podia ser elegível a maior parte da população, 
excetuando-se somente os escravos africanos 
e os indígenas. 
Quais estão corretas? 
A - Apenas I 
B - Apenas III 
C - Apenas I e II 
D - Apenas I e III 
E - Apenas II e III 
 
 
 
 
 
Exercícios: 
1- D 2- B 3-D 4-E 5-A 
 
 
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Aula Livre - Historia/Historia - Aula 02 - apostila-brasil-imperio.pdf
 
 
 
 
Aula 02 
O PERÍODO IMPERIAL (1822-1889) 
 
Para melhor compreender o Período Imperial 
englobaremos nele o Período Joanino (1808-
1822). A chegada da corte real portuguesa ao 
Brasil no início do século XIX, alterará 
profundamente o destino da colônia. Mesmo 
quando, em 1821, D João retorna a Portugal, a 
maior parte da corte continua no Brasil e 
participará do processo de independência. Há, 
deste modo, uma certa continuidade entre o 
Período Joanino e o dito Período Imperial. 
De qualquer maneira e para efeitos didáticos, 
dividiremos a história do Império propriamente 
dito em três períodos: I Reinado (1822-1831), 
Regências (1831-1840) e II Reinado (1840-
1889). 
 
 
As ocorrências mais importantes deste 
período foram: 
- Abertura dos Portos em 1808: D. João logo 
que desembarca no Brasil, atendendo 
compromissos assumidos com os ingleses, 
franqueia os portos brasileiros às nações 
amigas. Deste modo, na prática, se encerra a 
 
situação de colônia, pois esta medida rompe 
francamente com o estipulado pelo Pacto 
Colonial. Neste mesmo ano, D. João revoga o 
Alvará de 1785 que proibia a manufaturas, 
permitindo o ressurgimento das mesmas na 
colônia. 
- Tratados de 1810: foram acordos celebrados 
entre Portugal e Inglaterra em que esta 
garantia tarifas alfandegárias privilegiadas 
(15%) para a venda de seus produtos aqui no 
Brasil. 
- Revolução do Porto 1820: foi uma revolução 
liberal conduzida pela burguesia portuguesa 
que fazia três reivindicações especiais: criação 
de uma constituição para Portugal, eliminando 
desta forma o absolutismo; retorno da Corte a 
Portugal; recondução do Brasil á condição de 
colônia. A insistência dos revolucionários neste 
último quesito, levará ao rompimento do Brasil 
com Portugal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 A grande marca deste período será a disputa 
ente o Partido Português (que governa o Brasil 
recém-independente) e o Partido Brasileiro. As 
ocorrências mais importantes do período 
foram: 
- Constituição 1824: primeira carta brasileira, 
foi outorgada (imposta) por D. Pedro I. 
Institui, além dos 3 poderes clássicos 
(Legislativo, Executivo e Judiciário) o 
Poder Moderador ocupado 
exclusivamente pelo imperador. 
Voto censitário (exigência de renda 
para votar e ser votado) 
Unitarismo (poder central controlado 
fortemente pelo Rio de Janeiro) 
- Confederação Equador: rebelião que estoura 
em Pernambuco contra a outorga da carta e o 
autoritarismo de D. Pedro I. 
- Guerra Cisplatina: Uruguai é anexado ao 
Brasil em 1821. Em seguida, 1825, inicia seu 
processo de independência quando então, 
Brasil e Argentina brigam pelo controle do 
Uruguai. Finalmente, em 1828, surge o 
Uruguai como nação autônoma. 
- Abdicação: depois de muita pressão de má 
 
administração e do assassinato de liderança 
do Partido Brasileiro (Líbero Badaró), D. Pedro 
renuncia em abril de 1831. 
 
Período marcado por grande turbulência 
política e risco de fragmentação territorial por 
causa da eclosão de grandes rebeliões 
provinciais (Farroupilha, Cabanagem, 
Balaiada, Sabinada). Divide-se em Avanço 
Liberal e Regresso Conservador. 
- AVANÇO LIBERAL: marcado por 
descentralização do poder 
- Guarda Nacional: força militar paralela ao 
exército; latifundiários recebem a patente de 
coronel e podem armar seus peões e jagunços 
para reprimir revoltas populares e 
restauradoras. 
- Código Penal: possibilidade dos latifundiários 
nomearem os juízes de paz. 
- Ato Adicional de 1834: reforma na 
constituição imperial, onde se toma as 
seguintes medidas: 
• Instalação do federalismo (maior 
autonomia para as províncias); 
• Criação das Assembleias Legislativas 
provinciais; 
• Criação da Regência Una; 
• Extinção do Conselho de Estado. 
 
 
 
- REGRESSO CONSERVADOR: marcado pela 
centralização do poder no Rio de Janeiro 
•Criada a Lei Interpretativa do Ato 
Adicional que desfaz várias das 
medidas tomadas em 34. 
 
 
 
II REINADO (1840-1889) 
 
Período marcado por grande estabilidade 
econômica e política. Os principais 
responsáveis por isso é o aumento das 
exportações de café e a adoção do 
Parlamentarismo. A maior parte do II Reinado 
verá os dois partidos, Liberal e Conservador, 
se revezando no poder. 
 
 
 
- Café no Vale do Paraíba (produção 
tradicional, escravista) e no Oeste de São 
Paulo (produção moderna, usa mão de obra 
imigrante) 
- Tarifa Alves Branco (1844): sobe as tarifas 
alfandegárias sobre os importados para 30% e 
60%. 
 
- 1850 Lei Eusébio de Queirós: fim do tráfico 
negreiro. 
» Libera capital do tráfico escravocrata 
para outros setores (indústria, 
comércio, serviços) 
» Desenvolvimento das cidades 
» Reforço dos novos grupos sociais 
urbanos 
 
 
» Necessidade de substituição mão-de-
obra escrava por livre (imigração) 
» Lei de Terras (1850) = acesso à terra 
somente comprando-a 
 
 
 
LEIS ABOLICIONISTAS 
- Lei do Ventre Livre (1871): liberta da condição 
de cativo as crianças nascidas de ventre 
escravo a partir desta data. 
- Lei dos Sexagenários (1885): liberta os 
escravos com 65 anos ou mais. 
- Lei Áurea (1888): abole definitivamente a 
escravidão no Brasil.
POLÍTICA EXTERNA: 
Conflitos com o Prata intervindo e derrubando 
governos, no Uruguai (Oribe e Aguirre), na 
Argentina (Rosas) e no Paraguai (Solano 
Lopez). Ocorre também a Questão Christie, na 
qual, entre 1863-65, o Brasil rompe relações 
diplomáticas com os ingleses. 
 
 
 
 
Exercícios 
1. Examinando a transmigração da Família 
Real para o Brasil pode mos concluir que: 
I – Foi um ato voluntário e isolado de Portugal, 
sem vinculação com o contexto político 
europeu: 
II – No campo econômico provocou profundas 
mudanças no Brasil. 
III – Abriu caminho para soberania nacional. 
IV – A posição comercial inglesa foi mais 
favorecida que a dos portugueses. 
 
Com base na análise, assinale a alternativa 
correta. 
a) Somente II, III e IV estão corretas. 
b) Somente II e IV estão corretas. 
c) Somente III e IV estão corretas. 
d) Somente I, II e III estão corretas. 
e) Todas estão corretas. 
 
 
2. (UNIFOR/CE) A vinda da Corte para o Brasil 
marca a primeira ruptura definitiva do Antigo 
Sistema Colonial. (Fernando A Novais. 
Portugal e Brasil na crise do Antigo Sistema 
Colonial. São Paulo: Hucitec, 1981. p. 298) A 
ruptura a que o autor se refere estava 
intimamente relacionada, dentre outros 
fatores, à decisão da Coroa portuguesa de: 
a) conceder liberdade para o estabelecimento 
de fábricas nas cidades brasileiras. 
b) interromper o comércio de escravos 
praticado entre a colônia e a Inglaterra. 
c) proibir o comércio de manufaturas feito 
entre a colônia e a burguesia inglesa. 
d) romper os laços comerciais com a 
Inglaterra por exigência dos franceses. 
e) abrir os portos brasileiros ao livre-comércio 
com as “nações amigas”. 
 
3. O fechamento da Assembleia Constituinte, 
por D. Pedro I, em novembro de 1823... 
a) impediu a tentativa de recolonização 
portuguesa e eliminou a influência política da 
Igreja Católica. 
b) isolou politicamente o imperador e 
determinou o imediato final do Primeiro 
Reinado brasileiro. 
c) representou a centralização do regime 
monárquico e provocou reações separatistas. 
d) ampliou a força política dos estados do 
nordeste e facilitou o avanço dos projetos 
federalistas. 
e) assegurou o caráter liberal da nova 
Constituição e aumentou os poderes do 
judiciário. 
 
4. (PUC-RS) O Período Regencial, iniciado com 
a abdicação de D. Pedro I (1831) e encerrado 
com a aprovação da maioridade de D. Pedro II 
(1840), caracterizou-se pela: 
a) normalidade democrática, superadas as 
várias revoltas ocorridas contra o 
autoritarismo de D. Pedro I; 
b) instabilidade política, gerada por revoltas 
ocorridas nas províncias, que reivindicavam 
maior autonomia; 
c) proclamação de uma República Provisória, 
com a eleição direta dos Regentes para um 
mandato de quatro anos; 
d) revogação da Constituição de 1824, de 
caráter autoritário, e convocação de uma nova 
Assembleia Constituinte no Brasil; 
e) elevação do Brasil a Reino Unido de 
Portugal e Algarves pois, com a morte de D. 
João VI, D. Pedro I herdou o trono de Portugal 
de seu pai. 
 
5. (UFMT) Após a abdicação de D. Pedro I, 
seguiu-se o Período Regencial (1831-1840), 
uma época turbulenta da História do Brasil. 
Sobre o período, assinale a afirmativa correta: 
a) De 1831 a 1840, o Brasil foi governado por 
uma regência única, tendo à frente o padre 
Diogo Antônio Feijó. 
b) Ocorreu a vitória das forças governamentais 
sobre os revoltosos farroupilhas, que foram 
exilados na Argentina. 
c) Houve uma divisão entre as elites políticas 
dominantes, fato que favoreceu a explosão de 
revoltas regionais. 
 
 
 
d) O Exército foi extinto e em seu lugar foi 
criada a Guarda Nacional com a função de 
proteger as fronteiras nacionais. 
e) A tendência descentralizadora do Primeiro 
Reinado foi substituída por um forte 
centralismo. 
 
 
 
 
 
 
 
Gabarito 
1-A 2-E 3-C 4-B 5-C 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Aula 03 
 
 
 
Após a derrubada do II Reinado por um golpe 
civil-militar, tem início a República Velha 
(1889-1930). Este período é classicamente 
dividido em duas fases: República da Espada e 
República Oligárquica. 
 
REPÚBLICA DA ESPADA 
(1889-1894) 
 
 
 
 
 
 
A primeira fase da República Velha é assim 
denominada por causa dos presidentes 
militares que governam durante estes 
primeiros cinco anos: os marechais Deodoro 
da Fonseca e Floriano Peixoto. 
 
 
• Encilhamento: foi resultado do fracasso da 
política industrializante de Rui Barbosa, 
Ministro da Fazenda do Governo Provisório, e 
que teve como consequência o surgimento de 
inúmeras empresas fantasmas, especulação 
na bolsa de valores, inflação e desvalorização 
da moeda. 
• Constituição de 1891: promulgada no final do 
Governo Provisório, foi a segunda carta 
constitucional da história brasileira. Os 
princípios estabelecidos mais importantes 
foram os seguintes: o Brasil passou a ser uma 
república federativa concedendo grande 
autonomia aos estados da união; se estabelece 
a existência dos três poderes clássicos 
(legislativo, executivo e judiciário); não se exige 
renda para participação política, mas somente 
tem direito ao voto, homens com 21 anos ou 
mais, alfabetizados; o voto é universal, livre e 
aberto (não secreto). 
REPÚBLICA OLIGÁRQUICA 
(1894-1930) 
Em 1894, com a eleição do cafeicultor paulista 
Prudente de Morais, tem início a República 
Oligárquica que se estenderá até 1930. Ainda 
que esta seja uma fase bastante conturbada, a 
partir da criação de uma estrutura política, os 
 
 
cafeicultores paulistas, que representavam os 
interesses dos grupos oligárquicos rurais, 
conseguirão permanecer no poder se 
revezando com Minas Gerais. 
 
 
• Política do Café com Leite (SP/MG): os 
presidentes eleitos, na sua maior parte, são 
paulistas ou mineiros e representam os 
interesses das grandes oligarquias rurais. 
• Política dos Governadores: idealizada por 
Campos Sales, nela o governo federal se 
compromete a não intervir nos estados 
federados que, em troca, garantem apoio de 
seus parlamentares no Congresso Nacional 
aos projetos da presidência. 
• Coronelismo: é a base de sustentação de 
toda a estrutura. Os coronéis são os 
latifundiários que controlam econômica e 
politicamente uma região ou municipalidade, 
transformando-as em currais eleitorais e 
submetendo seus eleitores à fraude e à 
violência através do ‘voto de cabresto’, ou seja, 
se é obrigado a votar nos candidatos apoiados 
pelos coronéis. 
 
 
 
 
 
• Cafeicultura para exportação: o grande 
alicerce da economia brasileira desde o 
Segundo Reinado é a cafeicultura voltada para 
a exportação. Nos momentos de crise do café, 
o governo federal se utilizará de expedientes 
para salvar o produto e garantir os lucros dos 
cafeicultores. 
• Funding loan: foi a renegociação e 
organização da dívida externa feita com os 
banqueiros ingleses, no governo de Campos 
Sales. 
• Convênio de Taubaté: devido ao esgotamento 
dos mercados consumidores, o preço do café 
começa a cair desde 1895. Visando garantir um 
preço mínimo para as sacas do
produto e a 
manutenção dos seus altos lucros, os 
cafeicultores de SP, MG e RJ se reúnem no 
Convênio de Taubaté (1906) editando uma 
política onde o governo faz empréstimos no 
exterior, compra e estoca os excedentes 
invendáveis e, depois, os destrói. 
 • Surto Industrial: durante a Primeira Guerra 
Mundial diminuem nossas importações de 
produtos uma vez que os países fornecedores 
do mesmo se encontravam em conflito. A 
solução foi produzir internamente estes 
produtos (têxteis e alimentos) o que originou 
 
 
um surto industrial que caracterizará nosso 
modelo de industrialização como sendo de 
“substituição de importações”. 
 
Os movimentos sociais da República Velha são 
de dois tipos: rurais e urbanos. 
RURAIS: se caracterizam por serem 
movimentos de caráter messiânico aonde a 
figura de um líder religioso conduz e organiza 
as populações de sertanejos em vilarejos, 
visando superar o abandono dos poderes 
públicos e a miséria reinante. 
 
• Canudos : sertão baiano; fundam o Arraial de 
Belo Monte; líder – Antônio Conselheiro; 
movimento sebastianista. 
 
 
 
• Contestado: sertão entre SC e PR; fundam 
‘redutos’ como, por exemplo, Taquaruçu; 
líderes- monges João Maria e José Maria. 
 
URBANOS: são rebeliões que ocorrem nas 
cidades como reação ao desprezo das elites 
em relação aos grupos populares e como 
forma de resistência à superexploração do 
trabalho. 
• Revolta da Vacina (1904): a reforma urbana 
do Rio de Janeiro (efetuada pelo prefeito 
Pereira Passos), com a destruição dos 
casebres, cortiços, ruelas e becos, acabou por 
expulsar a população pobre para os morros. 
Somou-se a isto a vigência de uma lei de 
vacinação obrigatória contra a varíola baixada 
pelo governo federal e que fazia parte do plano 
 
 
de saneamento urbano levado a cabo pelo 
sanitarista Oswaldo Cruz. 
• Chibata (1910): em pleno século XX os 
marinheiros, em sua maioria pobres e negros, 
sofriam castigos corporais (eram chicoteados) 
como punição por faltas cometidas. No início 
do governo de Hermes da Fonseca, liderados 
pelo marinheiro João Cândido (o Almirante 
Negro) iniciam uma rebelião que põe fim à 
chibata. 
• Greve Geral 1917: liderados pelos 
anarcossindicalistas os operários realizam a 
primeira grande greve geral que se estende 
por várias regiões do país. 
 
 
RUPTURAS NA REPÚBLICA VELHA 
Durante a República Velha, ainda que a 
fórmula do café-com-leite tenha tido um 
relativo sucesso com São Paulo e Minas Gerais 
se revezando na presidência da república, 
houve momentos em que o consenso não foi 
possível e se organizaram outras forças 
(oligarquias dissidentes e tenentismo) 
tentando quebrar a hegemonia dos dois 
estados. 
 
•1910 – Campanha Civilista 
– Mal. Hermes da Fonseca (RS, MG, RJ...) X Rui 
Barbosa (SP, BA = campanha civilista) 
• 1919 – Epitácio Pessoa (SP, MG) X Rui 
Barbosa (RS, BA, RJ, PE...) 
• 1922 – Reação Republicana 
– Arthur Bernardes (SP, MG) X Nilo Peçanha 
(RJ, RS, PE...= reação republicana) 
• 1930 – Aliança Liberal 
– Julio Prestes (SP) X Getúlio Vargas (RS, MG, 
PB = aliança liberal) 
 
 
ERA VARGAS (1930-45) 
Getúlio Vargas depois de ter sido derrotado na 
campanha eleitoral por Júlio Prestes, 
candidato de São Paulo, organiza um golpe que 
ficou conhecido como Movimento ou Revolução 
de 30, que derruba o presidente em exercício 
(Washington Luís) e impede o eleito de 
assumir, inaugurando a Era Vargas. Divide-se 
esta nova fase da república em três governos: 
Governo Provisório, governo Constitucional e 
Estado Novo. 
 
 
 
 
 
GOVERNO PROVISÓRIO (1930-34) 
• Revolução Constitucionalista 32: movimento 
que mobiliza a sociedade paulista 
(cafeicultores, burguesia e classe média) 
exigindo que Vargas convoque uma 
Assembleia Constituinte. Derrotados 
militarmente e vitoriosos politicamente, em 
1934 foi promulgada a nova Constituição. 
• Constituição de 34: estabelecia o voto 
feminino, voto secreto e criava a figura do 
Deputado classista (eleito pelos sindicatos 
patronais e de trabalhadores). 
 
GOVERNO CONSTITUCIONAL (1934-37) 
Marcado pela polarização política entre duas 
forças: a AIB (Ação Integralista Brasileira) que 
defendia a instalação de uma ditadura fascista 
e a ANL (Aliança Nacional Libertadora) que 
congregava todos os grupos anti-fascistas, 
sendo que o Partido Comunista (PCB) possuía 
maior força na coligação. 
• INTENTONA COMUNISTA – no mesmo ano 
em que foi criada (1935), a ANL foi fechada por 
Vargas. O PCB, liderado por Luis Carlos 
Prestes, reage organizando um levante nos 
 
quartéis que ficou conhecido como Intentona 
Comunista. A Intentona serve de pretexto para 
Vargas decretar estado de sítio até 1937. 
• PLANO COHEN: foi um falso plano comunista 
que serviu para Vargas desfechar em 1937 um 
novo golpe instalando a ditadura do Estado 
Novo. 
 
ESTADO NOVO (1937-45) 
Marcado pela centralização política (ditadura) 
e pelo intervencionismo estatal na economia, o 
Estado Novo perdurará até o final da II Guerra 
Mundial. Entre as medidas mais importantes 
deste período, destaca-se: 
• Constituição de 1937 (“polaca”): abole os 
partidos políticos, fecha o Legislativo e instala 
um centralismo feroz. 
• DASP (Departamento Administrativo do 
Serviço Público): foi criado para centralizar e 
organizar a administração federal. Ao nível dos 
estados foram criados os DA’s. 
• DIP (Departamento de Imprensa e 
Propaganda): responsável pela propaganda do 
governo e pela censura aos jornais, revistas, 
rádios, teatros. 
• PE (Polícia Especial): responsável pela 
investigação, repressão, prisão, tortura e 
desaparecimento dos críticos do regime. 
• II Guerra: antes da Guerra Mundial Vargas 
faz uma política externa de neutralidade 
política e pragmatismo econômico, ou seja, 
não se posiciona ao lado de nenhum dos 
grupos beligerantes e vende os produtos 
brasileiros para ambas as forças (Eixo e 
 
 
Aliados). Após 1941, se posiciona ao lado das 
forças Aliadas, rompendo com a Alemanha e 
declarando guerra ao Eixo e enviando as 
tropas da FEB (Força Expedicionária 
Brasileira) para o front. 
• Estatais: é no período da II Guerra que 
Vargas cria uma série de estatais (CSN, CVRD, 
CHESF) tomando empréstimos dos EUA. 
• Redemocratização: a participação do Brasil 
na guerra ao lado dos Aliados criou uma 
situação de impasse evidenciada no ‘Manifesto 
dos Mineiros’: lutávamos contra ditaduras na 
Europa e erámos governados por um ditador. 
Inicia-se o processo de pressão para que 
Vargas abra o regime e acabe com a ditadura. 
Criam-se novos partidos políticos como a UDN, 
o PSD e o PTB. 
 
Exercícios 
1. (MACKENZIE) - A hegemonia política dos 
Estados economicamente fortes e populosos, 
São Paulo e Minas Gerais, durante a República 
Velha, foi viabilizada através: 
A) do apoio de grupos militares vinculadas ao 
tenentismo. 
B) da política dos governadores que, 
articulando os governos estadual e federal, 
anulava totalmente a oposição. 
C) de movimentos sociais populares de apoio 
ao Estado oligárquico. 
D) da instituição do voto secreto e fim da 
representação proporcional. 
E) da Constituição de 1891, que estabeleceu 
um Estado unitário e fortemente centralizado. 
 
 
2. (UFRGS) - A charge abaixo contém uma 
crítica à política do café-com-leite, que vigorou 
durante a República Velha. 
 
Acerca das principais
lideranças políticas 
existentes na conjuntura que antecedeu as 
eleições de 1930, é correto afirmar que: 
A) Washington Luiz acabaria não sendo 
reeleito, muito embora fosse o preferido nas 
pesquisas de opinião pública; 
B) Antônio Carlos representava as forças 
políticas nordestinas, que se contrapunham 
aos interesses dos cafeicultores paulistas; 
C) Júlio Prestes representava a dissidência 
paulista, ligada aos setores médios e 
intelectualizados e reunida em torno do 
Partido Democrático; 
D) Luiz Carlos Prestes, um dos líderes 
tenentistas, representava a corrente política 
de esquerda, comprometida com o combate ao 
poder oligárquico; 
 
 
 
E) Getúlio Vargas, embora não representado 
na charge, seria o vencedor das eleições 
presidenciais, assumindo o poder com a 
Revolução de 1930. 
 
3. (UEPA) “Anarquismo é o nome que se dá a 
um princípio ou teoria da vida e do 
comportamento que concebe uma sociedade 
sem governo, em que se obtém a harmonia, 
não pela submissão à lei, nem obediência à 
autoridade, mas por acordos livres e 
estabelecidos entre os diversos grupos, 
territoriais e profissionais, e consumo, e para a 
satisfação da infinita variedade de necessidade 
e aspirações de um ser civilizado”. 
(KROPOTKIN, P. Anarquismo. IN: 
TRAGTENBERG, Maurício (Org.). Kropotkin. 
Textos Escolhidos. Porto Alegre: L&PM, 1987. 
p. 19). 
Nesse sentido, durante a República Velha, a 
participação e o exercício da cidadania no que 
tange às camadas populares podem ser 
identificados(as): 
 
A) pelas ações mutualistas criadas em 1830, 
em que trabalhadores com ofícios 
determinados discutiam ideias anarquistas e 
desenvolviam greves como forma de protestos; 
B) entre 1910 e 1917, quando os trabalhadores 
paulistas com forte tendência socialista 
lutavam pela radicalização de revoltas nos 
bairros operários e fundaram o Partido 
Comunista Brasileiro; 
C) na ação dos sindicatos como principal força 
dos trabalhadores, nos quais os 
 
anarcosindicalistas lideraram várias greves 
gerais e parciais, preparatórias para a grande 
revolução; 
D) nos jornais, AVANTI, O SOCIALISTA, A 
PLEBE, pelos quais os socialistas atuaram nos 
grupos operários, servindo como 
intermediários com o governo central, 
conseguindo diminuir a repressão; 
E) pela liderança dos anarquistas até 1940, 
quando o movimento operário brasileiro 
utilizou-se de greves e sabotagens, pelas 
ações Mutualistas como estratégias de 
combate. 
 
4. (UDESC) Tradicionalmente o termo 
República Velha foi cunhado para identificar o 
período que vai de 1889 a 1930. Sobre as 
características deste período e outras 
questões subjacentes, assinale V (verdadeiro) 
para as proposições verdadeiras e F (falso) 
para as falsas. 
( ) Os dois primeiros governos da recém 
inaugurada República brasileira eram 
militares. 
( ) Com o novo regime, surgiram divergências 
tanto no meio militar quanto no civil. No meio 
civil, as disputas ocorriam, sobretudo, no 
campo ideológico entre três correntes: 
liberalismo, jacobinismo e positivismo. 
( ) Pode-se afirmar que os governos do 
período conhecido como República Velha 
implementaram medidas sociais de grande 
alcance, beneficiando a sociedade brasileira 
como um todo e visando acabar com as 
desigualdades sociais do país. 
 
 
( ) O Brasil da chamada República Velha era 
um país, sobretudo, rural; a agricultura 
permanecia como principal atividade 
econômica. 
( ) Durante o período denominado República 
Velha, paulistas e mineiros se alternaram na 
Presidência da República; este revezamento 
ficou conhecido como “política do café com 
leite”. 
Assinale a alternativa que contém a sequência 
correta, de cima para baixo. 
A) F – V – V – F – V 
B) V – V – F – V – V 
C) V – F – F – V – V 
D) V – V – F – V – F 
E) V – V – V – V – V 
 
5. (UFRGS) - Considere os seguintes dados: 
I. O autoritarismo e as perseguições políticas 
aliados à censura que obscurecia a expressão 
crítica e intelectual no Brasil. 
II. As campanhas nacionalistas, a criação do 
Departamento de Imprensa e Propaganda e do 
Instituto Nacional do Livro. 
III. A criação da Petrobras, encarregada de 
promover a autonomia energética do país. 
IV. A centralização das informações através do 
Sistema Nacional e Informações. 
Quais deles caracterizam o Estado Novo (1937-
1945)? 
 
 
 
A) Apenas I e II. 
B) Apenas I e IV. 
C) Apenas II e III. 
D) Apenas III e IV. 
E) Apenas I, III e IV. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Gabarito 
1 - B 2 - D 3 - C 4 - B 5 - A 
 
 
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Aula 04 
 
 
 
Democracia Populista 
(1945-1964) 
 
Durante a República Populista (1945-64) 
encontramos uma polarização sobre o futuro 
do desenvolvimento do capitalismo no Brasil. 
Havia um conjunto de forças que defendiam o 
INTERVENCIONISMO estatal na economia e 
outro, os LIBERAIS, que defendia a abertura 
para o capital estrangeiro como forma de 
promover o crescimento e desenvolvimento do 
país. 
 
 
Os governos que se sucedem neste período, 
adotarão posturas que, de algum modo, 
encaminharão a proposta nacionalista/ 
intervencionista ou liberal/entreguista. Assim, 
os governos de Dutra, Vargas, Juscelino, Jânio 
e João Goulart, por seu posicionamento frente 
ao ingresso aberto ou controlado do capital 
estrangeiro, serão considerados como 
expressão de uma ou de outra posição. 
 
• O correndo em um contexto de Guerra Fria, 
toma medidas como rompimento com URSS, 
fechamento do PCB (47) e intervenção nos 
sindicatos. 
• Promulgação da Constituição de 1946, que 
retoma aspectos das constituições de 1891 e 
1934. 
• Libera as importações o que leva ao gasto 
das reservas de dólares acumulados durante a 
II Guerra Mundial, desenvolve um plano 
econômico denominado Pano SALTE (Saúde, 
Alimentação, Transporte e Energia) que tem 
resultados pífios. 
 
 
• Eleito com o apoio PTB/PSP faz um governo 
conturbado devido a intensificação do clima de 
Guerra Fria e, consequentemente, às disputas 
 
 
 
entre os dois projetos de desenvolvimento 
nacionalistas x entreguistas. 
• Aos poucos assume uma posição mais 
nacionalista evidenciada com a criação da 
Petrobrás em 1953, o que faz crescer a 
oposição ao seu governo por parte da UDN 
(liberais) 
• O corre o Episódio da Rua Toneleiros em que 
o líder da UDN, Carlos Lacerda, sofre um 
atentado. 
• Vargas é acusado de ser o mandante do 
atentado e devido ao crescimento das forças 
conservadoras e golpistas organizadas pelo 
grupo liberal, suicida-se me 24 de agosto de 
1954. 
• Assume vice: Café Filho (PSP) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Assume em pleito concorrido e novas 
tentativas frustradas de golpe, coloca em ação 
o Plano de METAS (“50 anos em 5”) que 
pressupunha a associação de três tipos de 
capital: o estatal, o estrangeiro e o nacional. 
• Promove o ingresso de multinacionais do 
setor automobilístico e, por isso, se dedica à 
construção de estradas e produção de energia. 
Transfere a capital federal do Rio de Janeiro 
para uma nova cidade construída
no planalto 
central, Brasília. 
• De qualquer maneira, ao final da aplicação 
do Plano de Metas, percebeu-se que a 
industrialização ficou concentrada nas regiões 
sul-sudeste, quase nada beneficiando o norte e 
o nordeste. A dívida externa e a inflação 
aumentaram e se intensificaram as 
contradições, particularmente na zona rural do 
nordeste, onde surgiram as Ligas Camponesas 
que tinham como lema “Reforma agrária na lei 
ou na marra”. Cria a SUDENE 
(Superintendência para o Desenvolvimento do 
Nordeste) como forma de atenuar as tensões 
no que também não logra êxito. 
 
 
 
 
 
• Fez um curto e tumultuado governo de 
apenas sete meses realizando uma Política 
Interna conservadora (proibindo uso de 
biquínis, a comercialização da cachaça em dias 
de semana e a proibição dos jogos de azar) e 
uma Política Externa independente (se 
aproxima da União Soviética, condecora Che 
Guevara). 
• Abre uma crise política quando em 25 de 
agosto de 61, renuncia ao cargo de presidente. 
OS grupos conservadores tentam das um 
golpe impedindo a posse do vice-presidente, 
João Goulart (Jango) que, naquele momento, 
estava em viagem diplomática à China 
comunista. 
• Para superar o impasse, o governador do RS, 
Leonel Brizola, desencadeia a CAMPANHA DA 
LEGALIDADE que exige a posse de Jango. Por 
fim, conservadores/golpistas e legalistas 
chegam a uma solução de compromisso: 
aceitam a posse de Jango, mas instala-se o 
Parlamentarismo no Brasil. 
 
 
 
 
 
 
• Governo conturbado devido à crise 
econômica e política, será realizado em duas 
fases: uma parlamentarista e outra 
presidencialista. 
• Na fase parlamentarista a questão mais 
importante é a Antecipação do Plebiscito que 
estava previsto para ocorrer em 1965 e que, 
devido à instabilidade dos gabinetes de 
governo, ocorre em 1963 com vitória do 
presidencialismo. 
• Na fase presidencialista, tentando superar a 
crise econômica, Jango idealiza o Plano 
Trienal, que fracassa devido ás dificuldades 
em conseguir recursos para coloca-lo em 
prática. Passa, então, a organizar as Reformas 
Estruturais de Base que, por prever a reforma 
agrária, desperta o furor dos grupos 
conservadores e golpistas. Para obter apoio 
popular às Reformas de Base, realiza o 
Comício da Central do Brasil. 
• A oposição à Jango e às Reformas de Base 
se organiza em torno de grupos civis e 
militares - UDN, ESG/Escola Superior de 
Guerra, IPES/Instituto de Pesquisa e Estudos 
Sociais, IBAD/Instituto Brasileiro de Ação 
Democrática – sendo estes dois últimos 
financiados por empresários e pelo governo 
dos EUA, realizam as Marchas da Família com 
Deus pela Liberdade. 
 
 
• Em 31 de março/1º de abril de 1964, tropas 
militares contando com o apoio de civis, 
derrubam Jango e instalam a Ditadura Militar. 
 
Exercícios: 
1. (UNIFESP/SP) - Aproximadamente entre o 
fim do Estado Novo (1945) e o início do Regime 
Militar (1964), um político ("rouba, mas faz’’) e 
um partido ("de bacharéis’’) encarnaram no 
imaginário cívico paulista e brasileiro duas 
atitudes opostas: ausência e a exacerbação de 
moralismo, ou de ética, na política. Trata-se, 
respectivamente, de: 
A) Jânio Quadros e do Partido Socialista 
Brasileiro (PSB). 
B) Jango Goulart e do Partido Trabalhista 
Brasileiro (PTB) 
C) Carlos Lacerda e do Partido Social 
Democrático (PSD) 
D) Juscelino Kubitshec e do Partido Comunista 
Brasileiro (PCB). 
E) Ademar de Barros e da União Democrática 
Nacional (UDN). 
 
2. (FTC/BA) - Faculdade de Tecnologia e 
Ciências - “O período da história republicana 
do Brasil que vai da queda do Estado Novo, 
1945, ao movimento militar de 1964 é 
comumente conhecido como populismo. O 
populismo, entretanto, não foi um fenômeno 
político exclusivamente brasileiro, mas latino-
americano, no período pós-guerra.”KOSHIBA, 
1984, p. 340. 
 
A partir do texto e dos conhecimentos relativos 
ao período populista no Brasil, indique com (V) 
as afirmativas verdadeiras e com (F) as falsas: 
( ) O modelo de desenvolvimento estabelecido 
por Getúlio Vargas no período 1951-1954 – 
representado pela criação da Petrobrás – 
chocava-se com os interesses imperialistas 
norte-americanos. 
( ) A política desenvolvimentista traçada por 
Juscelino Kubitschek baseava-se na 
associação ao capital estrangeiro e na 
industrialização por substituição de 
importações. 
( ) A renúncia de Jânio Quadros foi motivada 
pela pressão exercida pelos Estados Unidos, 
contrária à sua política nacionalista e de 
reforma estruturais de base. 
( ) O golpe militar de 1964 objetivava deter o 
avanço das forças populares, contando com a 
adesão da alta burguesia e da classe média 
conservadora. 
A alternativa que indica a marcação correta, de 
cima para baixo, é a: 
A) V – F – V – F 
B) F – V – F – V 
C) V – V – F – F 
D) V – V – F – V 
E) V – F – F – V 
 
 
 
 
 
3. (UFES) - No período do desenvolvimento 
econômico, havia também uma sensação de 
otimismo e euforia num ambiente de 
modernidade industrializante. As inovações 
tecnológicas, disponibilizadas sob a forma de 
produtos como escadas rolantes, elevadores 
com música ambiente, rádios de pilha, 
eletrodomésticos, lambretas e automóveis, 
compunham novos símbolos de uma geração 
inebriada pelo conforto da vida moderna. No 
ar, contrastando com as produções 
cinematográficas hollywoodianas, os 
televisores introduziam no conforto dos lares a 
diversidade de programas ao vivo, outrora 
radiofônicos. Era como se começasse um Novo 
Brasil: até na música havia novidade, a bossa-
nova; aliás, até a capital era nova, inovadora 
inclusive no nome que se lhe deu – Brasília! 
 
O texto acima refere-se: 
 
A) Ao longo ciclo de governo de Getúlio 
Dornelles Vargas, que se iniciou em 1930 e foi 
responsável pelo desenvolvimento nacionalista 
encerrado em 1954, no contexto de uma crise 
política que culminou com o suicídio do 
presidente. 
B) Ao período nacional-desenvolvimentista, 
correspondente ao governo de Juscelino 
Kubitscheck (1956-1961), que, além da 
construção de nova sede para o Distrito 
Federal, implementou o Plano de Metas. 
C) Ao breve período de governo de Jânio da 
Silva Quadros, que tomou posse em 1961, em 
solenidade coincidente com a inauguração de 
Brasília, a nova sede do governo Federal. 
 
D) Ao período da bossa-nova, que coincidiu 
com o da Jovem Guarda e do Tropicalismo, 
movimentos influenciados pela Revolução de 
1964, que teve à frente Castelo Branco, 
responsável pela transferência da nova capital 
para Brasília. 
E) Ao período desenvolvimentista conhecido 
como Milagre Brasileiro, que foi implementado 
pelo presidente Emílio Garrastazu Médici 
(1964-1974). 
 
4.(UFMG) Considerando-se o contexto 
brasileiro da década de 50, é correto afirmar 
que: 
 
A) era premente a questão do desenvolvimento 
nacional, que fez girar em torno dela os 
principais impasses e polêmicas e contribuiu 
para o trágico desfecho do Governo Vargas; 
B) foram grandes as divergências entre o 
Governo e o Exército quanto à criação da 
Petrobrás, o que acabou levando Vargas a nova 
tentativa de golpe em meados dos anos 50; 
C) foram muitos os conflitos entre os 
trabalhadores e os governos que, à exceção do 
de Vargas, trataram sempre a questão social 
com dura repressão; 
D) era forte a oposição articulada pelo PSD a 
Vargas, que, embora eleito com expressiva 
maioria de votos, nunca conseguiu se adaptar 
ao jogo democrático.
5. (UFLA/MG) - Universidade Federal de 
Lavras - Observe este cartaz, que, em 1963, foi 
estampado por todo o Brasil: 
 
Esse cartaz fez parte de uma campanha: 
A) contra a alteração da Carta Constitucional 
brasileira pretendida por Jânio Quadros, 
visando a concretizar sua política externa 
independente, que propunha a aproximação do 
Brasil com os países socialistas; 
B) contrária à adoção do Parlamentarismo 
defendido por João Goulart, Vice-Presidente de 
Jânio Quadros, regime que desagradava os 
setores conservadores da política e da 
sociedade brasileira; 
C) favorável à volta do Presidencialismo, 
previsto na Constituição, o que colocaria um 
ponto final no mecanismo utilizado para 
viabilizar a posse de João Goulart, após a 
renúncia de Jânio Quadros; 
 
 
D) a favor das mudanças constitucionais que 
possibilitariam a reeleição de João Goulart e a 
eleição de Leonel Brizola, bem como a 
concretização de uma república sindicalista no 
Brasil a partir da aprovação das reformas de 
base. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Gabarito 
1 - E 2 - D 3 - B 4 - A 5 - C 
 
 
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Aula 05 
 
 
 
 
No período 1964-85, no contexto da Guerra 
Fria, ocorre a Ditadura Militar no Brasil. 
Resulta de uma crise política que se arrastou 
desde a renúncia de Jânio Quadros em 1961. A 
subida de João Goulart (Jango) somente foi 
possível após resistência (Campanha da 
Legalidade) e negociação. Mesmo assim, os 
grupos conservadores (civis e militares) viam 
perigo em Jango e nas suas propostas No dia 
31 de março de 1964, tropas de Minas Gerais e 
São Paulo saem às ruas. Para evitar uma 
guerra civil, Jango deixa o país refugiando-se 
no Uruguai. Os militares tomam o poder e, 
ainda que mantenham o Congresso 
funcionando, colocam-no sob controle do 
governo que faz frequentes expurgos de 
parlamentares da oposição e fecha-o quando 
acha necessário. Passam a baixar Atos 
Institucionais (AI) que são instrumentos 
jurídicos emitidos pelo executivo e que se 
sobrepõe à Constituição. Em 9 de abril, é 
decretado o Ato Institucional Número 1 (AI-1). 
Este, cassa mandatos políticos de opositores 
ao regime militar e tira a estabilidade de 
funcionários públicos. 
Comando Supremo da Revolução (abril-agosto 
1964) 
• AI-1 - instala a ditadura militar no Brasil. 
 
 
 
 
GOVERNO MARECHAL CASTELO BRANCO 
(1964-1967) 
 
 
 
• AI 2 – extingue os partidos políticos da fase 
anterior e instala o bipartidarismo (ARENA, 
governista; MDB, oposição consentida) 
 
 
 
• AI 3 – estabelece eleições indiretas para os 
governos estaduais. 
• AI 4 – fecha temporariamente o Congresso 
Nacional e, ao abri-lo, obriga-o a aprovar a 
Constituição de 1967 (que incorpora os Atos 
Instituições). 
• Lança o PAEG (Programa de Ação Econômica 
do Governo) que visa estabilizar a economia 
superando a crise instalada após o fim do 
governo JK. 
 
 
 
GOVERNO GENERAL COSTA E SILVA 
(1967- 1969) 
 
• Aumenta a oposição e resistência da 
sociedade civil à ditadura com os Protestos 
UNE, a Passeata 100 mil, a formação da Frente 
Ampla e as Greves operárias de Osasco (SP) e 
Contagem (MG). A Frente Ampla foi uma 
tentativa de organizar um partido que fizesse 
oposição mais acirrada ao regime militar. 
Reúne antigos inimigos como Carlos Lacerda, 
JK e Jango. 
 
 
• Em dezembro de 1968, o governo baixa o AI 5 
que representou o fechamento completo do 
sistema político e a implantação da ditadura. O 
AI-5 restringiu drasticamente a cidadania, pois 
dotou o governo de prerrogativas legais que 
permitiram a ampliação da repressão policial-
militar. (dez 68) 
• Costa e Silva adoece e se licencia da 
presidência da república. Uma Junta Militar 
impede que o civil vice-presidente, Pedro 
Aleixo, assuma (‘golpe dentro do golpe’). Junta 
Militar indica o general Médici para suceder 
Costa e Silva. 
 
GOVERNO GENERAL EMÍLIO MÉDICI 
(1969-1974) 
 
 
 
 
 
• Neste governo ocorre o auge da repressão 
política com o governo fazendo amplo uso do 
AI-5. São criados vários órgãos repressivos 
como a OBAN (Operação Bandeirantes), os 
DOPS (Departamento de Ordem Política e 
Social) e os DOI-CODI (Destacamento de 
Operações e Informações – Centro de 
Operações da Defesa Interna). 
• Ocorre o ‘Milagre econômico’ que 
representou a fase áurea de desenvolvimento 
do país, obtido por meio da captação de 
enormes recursos e de financiamentos 
externos. Todos esses recursos foram 
investidos em infraestrutura: estradas, portos, 
hidrelétricas, rodovias e ferrovias expandiram-
se e serviram como base de sustentação do 
vigoroso crescimento econômico. O PIB 
(Produto Interno Bruto) chegou a crescer 12% 
ao ano e milhões de empregos foram gerados. 
Em curto médio prazo o ‘milagre’ se mostrou 
problemático: cessaram os empréstimos, 
concentrou a renda, a inflação disparou e a 
dívida externa aumentou tremendamente. 
Contudo, durante o período da sua ocorrência 
foi criado um clima ufanista explorado pelo 
governo. 
 
GOVERNO GENERAL ERNESTO GEISEL 
(1974 – 1979) 
 
 
 
 
O governo Geisel coincidiu com o fim do 
milagre econômico. O aumento vertiginoso dos 
preços do petróleo, principal fonte energética 
do país, a recessão da economia mundial e a 
escassez de investimentos estrangeiros 
interferiram negativamente na economia 
interna. Na área política, Geisel previu 
dificuldades crescentes e custos políticos 
altíssimos para a corporação militar e para o 
país, caso os militares permanecessem no 
poder indefinidamente. Inicia, então, a 
Abertura Política ou Distensão lenta, gradual, 
segura. 
 
 
 
• Reação Linha Dura: discorda da Abertura e 
promove o assassinato do jornalista Wladimir 
Herzog e do operário Manuel Fiel Filho. 
• Geisel toma medidas para controlar ação da 
oposição: Lei Falcão (76) e Pacote de Abril (77) 
com a criação da figura do Senador biônico 
• Revogação do AI 5 (dezembro de 19 78). 
 
 
 
GOVERNO GENERAL JOÃO FIGUEIREDO 
(1979 – 1985) 
 
 
 
O governo de Figueiredo continua com o 
processo de abertura lenta, gradual e segura 
iniciado com Geisel. A crise do milagre se 
aprofunda e o governo toma uma série de 
medidas como: 
• Em 1979 é criada a Lei da Anistia (que 
perdoa, também, os crimes de tortura e os 
torturadores); promove a Reforma partidária 
permitindo a formação de novas agremiações 
políticas; ocorrem as Greves do ABCD (SP) 
onde se destaca a figura do líder sindical Luis 
Inácio Lula da Silva. 
• A extrema direita reage contra o processo de 
Abertura e promete uma série de atentados 
destacando-se o Atentado do Riocentro (1981) 
• Em 1984 ocorrem grandes mobilizações 
populares nos Comícios das Diretas Já 
exigindo que a sucessão presidencial de 
Figueiredo seja por voto popular. Foi elaborada 
uma Emenda Constitucional (Emenda Dante de 
Oliveira) que foi rejeitada pelo Congresso 
Nacional, ou seja, a eleição será indireta e um 
 
 
Colégio Eleitoral escolherá o futuro 
presidente. A situação lança Paulo Maluf (PDS) 
que disputa com Tancredo Neves (Aliança 
Democrática) que vence, mas falece antes de 
assumir. Assume o vice da chapa
da Aliança 
Liberal, José Sarney. 
 
Exercícios 
 
1. (MACKENZIE/SP) - Os resultados da 
discussão e votação da emenda Dante de 
Oliveira colocam um desafio à imaginação 
política: o povo foi derrotado? Ocorreu uma 
imensa mobilização política, os estratos mais 
firmes e decididos das massas populares 
saíram às ruas e tomaram conta da praça 
pública, um frêmito de esperança percorreu 
todo o Brasil, para nada? Ora, é preciso que se 
convenha, em troca de uma "derrota 
parlamentar" ganhamos um exército pronto 
para o combate político e, pela primeira vez 
em vinte anos, a ditadura não só foi virada pelo 
avesso, [mas também] posta no pelourinho e 
desafiada por milhões de cidadãos conscientes 
e dispostos a tudo. Florestan Fernandes, Folha 
de S.Paulo, 03/05/1984.Assinale o fato da 
história política recente do Brasil a que se 
refere o trecho dado: 
A) Campanha pela eleição direta para 
presidente da República, com a aproximação 
do fim do mandato do general Figueiredo. 
B) Mobilização popular pela aprovação da Lei 
da Anistia, "ampla e irrestrita" a todos os 
presos e exilados políticos da Ditadura Militar 
pós-1964. 
C) Lançamento, pela Aliança Democrática, da 
candidatura de Tancredo Neves, que venceria 
no ano seguinte a eleição no Colégio Eleitoral. 
 
 
D) Proposta, defendida pelo MDB, de 
convocação de uma Assembleia Nacional 
Constituinte, recusada pela ditadura, mas que 
se reuniria, finalmente, em 1988. 
E) Assinatura da Carta de Intenções, pelo 
presidente Figueiredo, ratificando com o 
Fundo Monetário Internacional a política de 
austeridade fiscal e controle da inflação. 
 
2. (MACKENZIE/SP) - A respeito do "milagre 
econômico" do governo Médici (1969-1974), 
são feitas as afirmações seguintes: 
I. O "milagre" representou um período de altas 
taxas de crescimento do PIB (de até 14%), com 
avanços extraordinários na indústria, na 
agricultura e no comércio. 
II. A política econômica baseou-se, 
simultaneamente, na concessão de subsídios e 
incentivos fiscais às indústrias e na imposição 
do arrocho salarial aos trabalhadores. 
III. Os avanços econômicos conduziram o 
Brasil à situação de oitava economia mundial, 
condição amplamente utilizada como 
propaganda pelo regime militar. 
Assinale: 
A) se apenas I é correta; 
B) se apenas II é correta; 
C) se apenas III é correta; 
D) se apenas I e II são corretas; 
E) se I, II e III são corretas. 
 
 
 
3. (PUC-MG) - A partir da análise da charge 
publicada na década de setenta e da sua 
contextualização histórica, assinale a opção 
que melhor expresse o espírito da charge: 
 
A) A “teoria do crescimento do bolo” partia do 
princípio de que a superação das profundas 
desigualdades sociais existentes era pré-
requisito para o desenvolvimento. 
B) O modelo de desenvolvimento adotado no 
Brasil durante o regime militar resultou em 
uma real melhoria na qualidade de vida da 
população mais carente. 
C) Nas falaciosas estatísticas oficiais 
divulgadas pelo governo, os graves problemas 
econômicos e sociais pareciam estar sendo 
definitivamente solucionados. 
D) Os burocratas dos governos militares 
elaboraram estratégias que asseguraram um 
crescimento econômico autossustentável de 
caráter notadamente nacionalista. 
 
 
 
 
4. (UFRGS) - Assinale com V (verdadeiro) ou F 
(falso) as afirmações abaixo, referentes ao 
período do Regime Militar brasileiro: 
( ) Diferentemente de outras ditaduras de 
Segurança Nacional do Cone Sul, no Brasil não 
ocorreram casos de desaparecimento de 
pessoas. 
( ) Após vinte anos de regime militar, 
constatou-se a existência de maior 
concentração de renda, maior desigualdade 
social e considerável crescimento do 
endividamento externo. 
( ) A tortura foi um instrumento da política 
repressiva, estando presente nos “porões” da 
ditadura. 
( ) O favorecimento às empresas 
multinacionais inviabilizou o desenvolvimento 
de setores estatais considerados estratégicos, 
como a indústria armamentista e o setor 
petrolífero. 
( ) “Brasil grande potência”, “Ninguém segura 
este país”, “Pra frente Brasil” e “Brasil, ame-o 
ou deixe-o” foram exemplos de manifestações 
ufanistas da propaganda oficial do regime. 
A sequência correta de preenchimento dos 
parênteses, de cima para baixo, é: 
A) F – V – V – F – V. 
B) V – V – F – V – V. 
C) F – V – V – V – F. 
D) V – F – V – F – V. 
E) F – F – F – V – F. 
 
 
 
5. (UFRGS) - Com relação ao Regime Militar 
brasileiro, relacione as características 
políticas e econômicas de cada governo, 
expressas no bloco inferior, com o respectivo 
presidente, constante no bloco superior: 
1 – Emílio Médici 
2 – João Figueiredo 
3 – Ernesto Geisel 
4 – Castelo Branco 
5 – Costa e Silva 
( ) alinhamento com os EUA e recessão 
econômica 
( ) crise econômica e abertura política 
( ) repressão política e "milagre econômico" 
( ) divergência com os EUA e projetos 
estratégicos 
A sequência correta de preenchimento dos 
parênteses, de cima para baixo, é: 
A) 4 – 2 – 3 – 1. 
B) 4 – 2 – 1 – 3. 
C) 3 – 2 – 4 – 1. 
D) 5 – 4 – 1 – 3. 
E) 3 – 1 – 5 – 2. 
 
Gabarito 
 
1 – A 2 – E 3 – C 4 – A 5 – B 
 
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Aula 06 
 
 
 
A transição do Brasil para a democracia foi 
longa e resultou de um acordo entre uma 
facção política que apoiava o regime militar e a 
oposição mais moderada. A eleição de 
Tancredo Neves, por via indireta, pelo 
Congresso Nacional (1984), pode ser encarada 
como a data simbólica da democratização. 
A partir daí, seguiram-se o episódio dramático 
da morte de Tancredo Neves, sem que 
chegasse a assumir a presidência, o governo 
de seu Vice-Presidente, José Sarney, e a 
primeira eleição direta do país, após quase 
trinta anos, que levou ao poder Fernando 
Collor. O impeachment deste, associado às 
acusações de corrupção, representou um fato 
triste, porém, ao mesmo tempo, revelador das 
pressões tendentes à moralização dos 
costumes políticos. O governo de Fernando 
Henrique Cardoso e de Lula prosseguiram 
com êxito a redução da inflação (Plano Real) 
buscando ampliar a reforma do Estado, 
enfrentando, difíceis desafios na área social, 
sem solução a curto prazo. 
 
 
 
 
 
Governo Sarney: 
Planos econômicos e continuidade 
da miséria (1985-1990) 
No início do governo Sarney a inflação chegava 
aos três dígitos e a dívida externa superava 
U$200 bilhões. Tanto a inflação como a dívida 
pública – não só a externa, mas a interna 
também – tendiam a aumentar. Esse era o 
quadro econômico do país quando Sarney 
chega ao poder. 
O plano Cruzado: O ministro da Fazenda 
Denílson Funaro propõe o plano Cruzado, onde 
preços e salários seriam congelados. O plano 
leva a uma explosão do consumo, o que deu 
grande popularidade ao governo. Além disso, 
gerou também um desestímulo à poupança e 
o consumo desenfreado associado ao boicote 
dos grandes empresários que queriam 
reajustar os preços (mas não podiam, por 
causa do congelamento), levou ao 
desabastecimento. A economia iria crescer 
bastante, mas logo os comerciantes passariam 
a cobrar um ágio nos preços, o que era a volta 
da inflação. 
O Cruzado estava ficando insustentável para as 
contas do governo. O presidente, no entanto, 
segurou
o plano até depois das eleições de 
1986 para aproveitar a popularidade do plano. 
Por isso, o PMDB de Sarney vence em todos os 
estados, exceto Sergipe e elege 54% dos 
constituintes. Tão logo saiu o resultado 
eleitoral, Sarney lança o Plano Cruzado II que 
descongela os preços. O Cruzado II também 
não segura a inflação, por isso, em 87 anuncia 
o Plano Bresser que congela preços por 2 
meses e aumenta os impostos. O plano não 
surtiu efeito, continuando descontroladas a 
 
 
inflação e a dívida. O ministro se demite no 
final de 87. Por fim, em 1989, no final do 
governo Sarney, surge o Plano Verão com 
congelamento de preços e contenção de 
gastos públicos. Não adianta, a inflação chega 
aos 4 dígitos anuais e os juros a 80%. 
A nova Constituição (1988): 
Em 1988, é promulgada a mais democrática 
Constituição que o país já teve pode ser 
considerada uma Constituição social-
democrata, por defender amplos direitos para 
os trabalhadores e prever uma cidadania 
participativa. Alguns avanços: A Constituição 
previu um plebiscito, realizado em 93, onde o 
povo decidiria entre presidencialismo, 
parlamentarismo ou monarquia e o 
presidencialismo venceria. Determinava uma 
carga semanal de 44 horas de trabalho, dava 
liberdade sindical, amplo direito de greve, 
licença-paternidade, melhora na remuneração 
das férias e da licença-maternidade. A 
população poderia fazer um projeto de lei ao 
conseguir 1% das assinaturas de eleitores. 
 
 
 
Governo Collor: inicia a aventura 
Neoliberal (1990-92) 
A eleição para o primeiro presidente civil após 
quase 30 anos sem eleições presidenciais não 
 
teve um resultado feliz. Diante de uma eleição 
estranha, onde os mais tradicionais políticos 
não foram ao segundo turno, vence Fernando 
Collor. Seu curto governo se caracterizaria 
pela corrupção, pelo entreguismo econômico e 
pelo confisco das poupanças. 
Collor inicia seu governo lançando um plano 
econômico (Plano Brasil Novo ou Plano Collor) 
que confiscaria os ativos financeiros (contas 
correntes, aplicações financeiras e cadernetas 
de poupança) de todos os cidadãos. Durante a 
campanha eleitora afirmava ao público que 
Lula faria isso... não foi o que se verificou. O 
plano, além de deixar milhões de pessoas sem 
dinheiro, não conteve a inflação ou a dívida. O 
Plano Collor II também não logrou sucesso. 
É no seu governo que se propõe uma reforma 
do Estado que, em realidade, tratava-se de um 
plano neoliberal, onde estava prevista a 
extinção de órgãos públicos, demissão de 
funcionários do Estado e desregulamentação 
da economia (liberação das importações, fim 
dos subsídios e dos protecionismos a 
determinados setores, etc..). Em resumo, a 
reforma do Estado prenunciava o que seria, 
depois, o triunfo do neoliberalismo na política 
de Estado. A abertura das tarifas alfandegárias 
levou a uma quebradeira de indústrias 
nacionais, gerando desemprego e depressão 
econômica. A produção industrial do país 
decresceu 26% em um ano. Com tudo isso, a 
inflação não diminuiu sustentavelmente. 
Em 1992 apareceria outra face terrível do 
governo Collor, um amplo esquema de 
corrupção que desviava dinheiro público para 
contas pessoais do presidente. Diante dos 
escândalos revelados pelas CPIs e pelo próprio 
irmão de Collor, a população – em sua maioria, 
estudantes – vai às ruas pedir o impedimento – 
ou impeachment – do presidente. Diante de 
 
 
todas pressões dentro e fora do meio político, 
a situação de Collor se tornará insustentável. 
Uma tropa de choque constituída de Roberto 
Jefferson e Jorge Bornhausen faz a defesa do 
presidente até os seus últimos momentos. No 
entanto, o Congresso vota pelo impedimento e 
o senado recusa o pedido de renúncia feito 
pelo presidente, no último momento. 
 
O Governo Itamar: surge o Plano 
Real (1992-94) 
 O plano Real foi apresentado no governo 
Itamar e foi elaborado por seu ministro da 
Fazenda FHC. Caracteriza-se pela criação de 
uma nova moeda (o Real), pela âncora cambial 
(ou paridade dólar/real), pela elevação dos 
impostos federais e pela redução dos gastos 
públicos, inclusive em educação e saúde. As 
taxas alfandegárias baixam tremendamente, 
facilitando a entrada de produtos importados 
baratos, o que segura a inflação. Isso gera 
uma onda de consumo, o que dá grande 
popularidade a Itamar e ao seu ministro. No 
entanto, há aí outro lado. Há uma nova 
quebradeira na indústria pelo Real valorizado e 
pelas taxas alfandegárias baixas. A indústria 
nacional vai à bancarrota. 
Com a onda de consumo gerada pelo plano 
Real, FHC se elege facilmente presidente 
sobre Lula em 1994, impondo seu plano 
neoliberal. 
 
 
O Governo FHC: o triunfo do 
Neoliberalismo (1995-98/99-2002) 
Os maiores e piores efeitos do Plano Real se 
fizeram sentir já no primeiro mandato no 
governo FHC. Além de quebrar indústrias e 
gerar desemprego, o plano Real, indexando a 
moeda e baixando as tarifas de importação, 
eleva drasticamente a dívida externa. Mesmo 
com a situação insustentável, o governo 
mantém o plano até as eleições de 98. No 
início de 99, a indexação cambial é desfeita, 
tendo a dívida aumentada drasticamente e 
comprometendo todo o orçamento anual do 
Estado. 
No meio do governo, o presidente manda para 
o Congresso a emenda da reeleição e esta é 
aprovada, havendo um escândalo de compra 
de votos na votação da emenda (o primeiro 
Mensalão). FHC se reelege em 1998. 
FHC afirmava que queria acabar com a Era 
Vargas no Estado brasileiro deixando à mostra 
seu projeto de governo absolutamente 
alinhado com o pensamento e a prática 
Neoliberal. Primeiramente, ele termina com a 
defesa da indústria nacional, com a indexação 
da moeda e com as taxas aduaneiras. Põe fim 
ao monopólio de extração do petróleo pela 
Petrobrás, fazendo uma grande reforma 
administrativa dentro desta empresa. Depois, 
tenta impor uma série de privatizações, não 
conseguindo todas. Privatiza todo o sistema 
 
 
Telebrás por U$22 bilhões e a Vale do Rio 
Doce. A CSN já havia sido privatizada na gestão 
de Itamar por U$1 bilhão. Extingue a SUDENE 
e a SUDAM. 
No seu governo estava previsto, ainda, a 
realização de mais privatizações, o que poderia 
incluir o sistema Eletrobrás todo – parte dele 
foi por ele privatizado –, a Petrobrás, o BB, a 
Caixa Econômica e as universidades públicas. 
Queria ainda fazer uma série de reformas: a 
previdenciária (que foi feita no primeiro 
governo de Lula) que mudaria as regras da 
aposentadoria e imporia a contribuição 
previdenciária aos inativos; a trabalhista, que 
‘flexibilizaria’ as relações trabalhistas, ou 
melhor, iria extingui-las; a tributária, que 
reduziria impostos e não escalonaria o imposto 
de renda. 
O governo Lula: Apesar de toda a esperança, o 
governo Lula manteve as linhas principais do 
governo anterior, aceitando guardar grandes 
somas do dinheiro público para o pagamento 
da dívida pública e mantendo o cronograma de 
reformas, inclusive conseguindo aprovar a 
reforma da previdência. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Exercícios 
 
01. Nos últimos 20 anos, houve mudanças 
socioeconômicas significativas no Brasil. Entre 
elas, observa-se que 
a) a produtividade agrícola avançou, mas não 
eliminou os movimentos sociais no campo. 
b) o país entrou na era da globalização e a 
produção industrial alcançou autonomia 
tecnológica. 
c) as crises econômicas não foram superadas, 
mas o produto interno bruto (PIB) cresceu 
continuamente. 
d) as políticas para o meio ambiente ocuparam
o centro da agenda governamental e suas 
metas principais foram implementadas. 
 
 
e) o desemprego se agravou, mas as políticas 
públicas compensaram seus efeitos negativos. 
 
02. O Plano Real, adotado pelo Governo de 
Itamar Franco, em 1994, contribuiu para a 
eleição do Presidente Fernando Henrique 
Cardoso. No início de 1999, o Plano Real sofreu 
uma crise que fez cair os índices de 
popularidade do Presidente. De acordo com os 
textos, essa crise estava relacionada, 
principalmente, 
a) à fuga de capitais ocorrida no final de 1998, 
que provocou uma redução nas divisas e a 
desvalorização cambial. 
b) aos conflitos entre Brasil e Argentina, na 
definição das taxas alfandegárias para 
importação/exportação de alimentos. 
c) aos baixos investimentos do Governo nas 
áreas sociais, especialmente na saúde, 
educação e moradia. 
d) à falta de decisão política do Governo para 
enfrentar os problemas decorrentes da baixa 
oferta de trabalho. 
e) ao retorno do processo inflacionário com a 
consequente adoção da política de indexação 
da economia. 
 
03. Desde o início dos anos 90 o Brasil vem 
experimentando os efeitos das políticas 
adotadas pelos Governos Collor, Itamar Franco 
e Fernando Henrique Cardoso. As principais 
características deste modelo político, 
considerado por muitos como neoliberal, são 
a) o pleno emprego e o desenvolvimento 
econômico, com base nos investimentos 
 
estatais e nas parcerias com o setor 
financeiro. 
b) o controle da inflação e da dívida pública, a 
partir da redução dos impostos, da negociação 
da dívida externa e da elevação salarial. 
c) a redução da interferência do Estado na 
economia (Estado-mínimo), a abertura ao 
capital externo e às privatizações, além da 
redução de gastos do Estado, através de 
reformas constitucionais. 
d) os investimentos exclusivos na política de 
bem-estar social, expressos nos 
assentamentos dos Sem Terra e na Ação da 
Cidadania Contra a Fome, privilegiando a 
redistribuição de renda e a permanência do 
homem no campo. 
e) a valorização das organizações dos 
trabalhadores, visando construir parcerias na 
luta contra o desemprego. 
 
04. A vitória de Fernando Henrique Cardoso 
nas eleições presidenciais de 1994 teve como 
fator decisivo a 
a) adoção de uma política eficaz de controle da 
natalidade, visando a conscientizar parcela da 
população menos favorecida. 
b) redução da criminalidade no campo, devido 
ao programa de reforma agrária que prevê 
tolerância em relação à invasão de terras 
improdutivas no país. 
c) política externa de importação de produtos 
do Mercosul, com o objetivo de reduzir as 
taxas alfandegárias, resultando em preços 
mais atrativos no mercado brasileiro. 
 
 
 
d) implantação do Plano Real, que criou uma 
moeda estável no país após décadas de 
inflação. 
e) queda do desemprego devido à adoção do 
piano de estatização e intervenção reguladora 
do Estado na economia. 
 
05. Sobre o governo do Presidente Itamar 
Franco considere as seguintes afirmações: I - 
Embora os graves problemas sociais e 
econômicos continuassem a exigir 
providências, o grande debate político dava-se 
em torno da definição das futuras candidaturas 
para presidente da república. II - Após a 
realização do plebiscito que decidiu sobre o 
regime e a forma de governo que deveriam 
vigorar no país, a revisão constitucional 
(questão de fundamental importância) não foi 
adiante. III - A culminância da atuação do 
Ministério da Fazenda deu-se com a 
implantação de um novo plano econômico: o 
Plano Real. Tratava-se de um conjunto de 
medidas que deveriam recuperar a moeda e 
promover a estabilidade da economia. Dessas 
afirmações: 
a) apenas a II e a III são corretas. 
b) apenas a I e a III são corretas. 
c) apenas a I e a II são corretas. 
d) apenas a I é correta. 
e) todas são corretas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Gabarito 
 
1 – A 2 – A 3 – C 4 – D 5 – E 
 
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Aula 07 
 
 
 
 
 
Períodos Pré-Históricos: 
 1) Paleolítico 
> Homem coletor. Vida nômade. Primeiros 
clãs. 
> Controle do fogo. 
 
2) Neolítico 
> Homem produtor. Vida sedentária. 
> Desenvolvimento da agricultura e da 
criação de animais. 
> Divisão de trabalho e especialização das 
funções. 
> Inovações técnicas: cerâmica e roda. 
 
3) Idade dos Metais 
> Transição da Pré-História para a História. 
> Ampliação dos excedentes, escravização de 
prisioneiros. Aparecimento do comércio. 
> Divisão da Idade dos Metais: metalurgia do 
cobre; metalurgia do bronze; metalurgia do 
ferro. 
> Surgimento da escrita. 
 
Períodos Históricos 
 INÍCIO TÉRMINO 
Idade Antiga  3.500 a.C. 476 
Idade Média 476 1.453 
Idade Moderna 1.453 1.789 
Idade 
Contemporânea 
1.789 Até os dias de hoje 
 
 
Localização: entre os rios Tigre e Eufrates. 
Atual Iraque. 
Povos: 
 
 
 
 
Sumérios: 
a) cidades politicamente independentes 
b) criação da escrita cuneiforme. 
Acádios: 
a) unificação das cidades. 
Amoritas: 
a) elaboração do Código de Hamurábi 
Assírios: 
a) conquistaram a Fenícia, Palestina e Egito. 
Caldeus: 
a) principal rei foi Nabucodonosor que 
construiu os Jardins Suspensos da Babilônia e 
a Torre de Babel. 
 
Economia: agricultura e comércio. 
 
História: 
> 1o Império Babilônico – Rei Hamurábi 
> Império Assírio – Rei Assurbanipal 
> 2o Império Babilônico – Rei Nabucodonosor 
 
Religião: 
> politeístas. Marduc, Ishtar e Shamash. 
 
 
Cultura: 
> escultura 
> agricultura: zigurates 
> literatura: Epopéia de Gilgamesh 
> Direito – Código de Hamurábi 
> matemática – astronomia 
 
 
 
Egípcios 
Localização: 
Nordeste da África, entre os desertos da Líbia 
e da Arábia. Vale do Rio Nilo. “O Egito é uma 
dádiva do Nilo” (Heródoto) 
Povo: heterogêneo, dividido em 42 nomos, 
regidos pelos monarcas. 
Política: poder absoluto do faraó 
Império Teocrático. 
 
 
 
 
Etapas Políticas 
 
Período Pré-dinástico: 
a) povos divididos em nomos (comunidades 
primitivas) 
 
Antigo Império: 
a) unificação do Alto e Baixo Egito. 
b) Faraó Menés: fez a unificação. 
c) capital: Mênfis. 
d) construção das Pirâmides de Quéops, 
Quéfrem e Miquerinos. 
 
Médio Império: 
a) prosperidade econômica. 
b) capital: Tebas 
c) invasão dos hicsos. 
 
Novo Império: 
a) expulsão dos hicsos. 
b) expansão territorial – Síria e Palestina. 
c) governo dos faraós: Tutmés III, Amenófis IV 
e Ramsés II. 
d) domínio assírio. 
e) Renascimento Saíta – capital em Saís. 
 
f) Batalha de Pelusa – derrota do Faraó 
Psamético III por Cambises, rei dos persas. 
g) Escrita: hieroglífica, hierática e demótica. 
h) Champollion decifrou os primeiros 
hieróglifos na Pedra da Roseta. 
 
Economia: 
> agricultura irrigada (algodão, cevada, trigo, 
linho, papiro) 
>indústria artesanal

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