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Resenha Contrato Social Jean Jacques Rousseau

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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIFACVEST 
 CURSO DE DIREITO 1° FASE 161 NB 
DÉBORA PAOLA LARGURA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESENHA CRÍTICA DO LIVRO CONTRATO SOCIAL DE JEAN 
JACQUES ROUSSEAU 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LAGES 
2017 
 
 Jean Jacques Rousseau nasceu no dia 28 de Junho de 1712 em Genebra na Suíça, e 
faleceu no dia 02 de Julho de 1778 na França. Ele foi considerado um dos maiores 
filósofos do iluminismo e influenciou muito no pensamento europeu. Para Rousseau, a 
política tem que estar próxima à vontade geral e distante da corrupção, para ele tem que 
estar na mão do povo, e assim através de um corpo político dos cidadãos. O autor foi 
perseguido na França porque suas obras eram consideradas um afronto aos costumes 
gerais e religiosos. Umas das suas principais obras o Contrato Social (1762), pois será a 
obra apresentada neste trabalho, ela é considerada a bíblia da Revolução Francesa, onde 
Rousseau defende a ideia que o ser humano nasce bom, porém a sociedade o conduz a 
degeneração; Emílio ou Da Educação (1762) onde continua a defender sua ideia que o 
homem nasce naturalmente bom, e má educação dada pela sociedade, tornaria os 
indivíduos maus; Júlia ou A Nova Heloísa (1761) é uma obra onde visa a união entre 
amor físico e espiritual, foi um dos grandes romances do século XVIII. 
 
 Para o Rousseau a família é como o principal ponto de mais antiga das sociedades, 
colocando a imagem do pai como governador, e seus filhos como a população, e o autor 
deixa bem claro a única diferença entre o Estado e a família, que o pai era 
recompensado pelos cuidados em forma de amor, já para o Estado o prazer de governar 
substitui esse amor. 
 
 (...) As crianças apenas permanecem ligadas ao pai o tempo necessário 
que dele necessitam para a sua conservação. Assim que cesse tal necessidade, dissolve-
se o laço natural. As crianças, eximidas da obediência devida ao pai, o pai isento dos 
cuidados devidos aos filhos, reentram todos igualmente na independência. Se continuam 
a permanecer unidos, já não é naturalmente, mas voluntariamente, e a própria família 
apenas se mantém por convenção (...) O chefe é a imagem do pai, o povo a imagem dos 
filhos, e havendo nascido todos livre e iguais (...) (Página 11) 
 
 Para Rousseau a cultura só degenerou o homem, por esse motivo a sua famosa frase 
“ O homem é bom, mas foi corrompido pela sociedade”, e para sustentar esse 
argumento seguindo a mesma linha de raciocínio, já que Rousseau é um dos grandes 
contratualistas, ele afirma que no estado de natureza o ser humano possuía o bom 
selvagem, já que o homem era livre e feliz, não existia essas obrigações que a sociedade 
determina, toda essa moralidade, o homem vivia em plena harmonia com a natureza, 
neste estado de natureza o bom selvagem, o indivíduo não era egoísta e muito menos 
ambicioso, portanto o homem apenas procurava satisfazer alguns prazeres, e fugir da 
dor. Até que surgiu a propriedade privada, que faz com que os homens se tornem 
selvagens, segundo o autor, é a grande responsável por todos os males, é a origem da 
desigualdade, que há a escravização do homem pelo homem, por conseguinte vem a 
miséria, ela surge como o fruto da escravização, que é decorrente da propriedade 
privada. 
 Para poder entender o pensamento do autor, tem que levar em consideração o fato de 
ele ser um defensor da liberdade do homem. 
Rousseau afirma: 
 “ O homem nasce livre, e em toda parte se encontra sob ferros. De 
 tal modo acredita-se o senhor dos outros, que não deixa de ser mais 
 escravo que eles (...)” (Página 10) 
 
 O autor defende que o homem em seu mais puro estado de natureza é bom e livre, e 
que em convívio em sociedade faz com que o homem abandone o instinto em troca da 
razão. Segundo Rousseau, através do contrato social o homem perdia o que era de mais 
valioso, a sua liberdade natural, perdendo essa liberdade, procura no novo pacto social a 
condição de igualdade entre as partes, reduzindo a vontade individual de forma que 
todos estejam em uma mesma condição, portanto busca pelo menos a liberdade civil. 
 Mas por que Rousseau defende esta concepção de que o homem em seu estado de 
natureza ele é bom? Se o cristianismo pregava a ideia de pecado original, pensamento 
que estava muito em voga naquela época, onde o homem é mau por natureza, porque ele 
traz consigo a mancha do pecado. A igreja diz que o homem traz dentro de si o pecado. 
Como por exemplo, Apóstolo Paulo diz: 
 
 (...) Porque não faço o bem que prefiro, mas o mal que eu não 
 quero, esse faço. 
 Mas, se eu faço o que não quero, já não sou eu quem o faz, 
 e sim o pecado que habita em mim (...) Romanos 7:19 a 20 
 
 Rousseau vai contra a igreja, contra os dogmas, a escritura, o livro de Deus, afirmando 
nessa ideologia que o homem é bom por natureza. 
 Em vista disso, segundo Thomas Hobbes, os homens são maus por natureza, a natureza 
humana é individualista e egoísta, Sendo assim, a sua mais famosa frase “ O Homem é 
lobo do próprio homem”. 
 Para o Rousseau, não dava para voltar mais atrás nesse estado de natureza em que o 
homem era um bom selvagem, o autor propõem um novo contrato social em que conduz 
vigorar a vontade geral, todos irão se entregar de corpo e alma a comunidade, e vai 
surgir o soberano, que este soberano é a vontade geral, ninguém mais vai atrás de seus 
próprios interesses de forma egoísta. A partir disso, os seus interesses terão que estar 
alinhados aos interesses da sociedade visando o bem comum, portanto o coletivo é que 
vai importar diante do individual, onde o autor volta para os antigos gregos, como 
Aristóteles o maior filósofo daquela época, que não existe o homem isolado, porque o 
homem é um ser social, ele vive em comunidade, é um animal político, não existe o 
homem separado da comunidade. O Rousseau resgata muito em dizer que antes de ser 
indivíduo, o homem é um cidadão, porque ele é membro da coletividade, ele se 
entregou a vontade geral, portanto essa sociedade idealizada de Rousseau, como é que o 
homem um ser corrompível, egoísta, interesseiro vai viver nessa sociedade ideal? É 
neste ponto onde entra o grande papel da educação, a história do homem e suas 
contradições, que mais tarde o autor vai escrever o Emílio ou da educação, obra está na 
qual ele ensina os pais a como educar os filhos, o Rousseau abandona os seus cinco 
filhos no orfanato e nunca mais vai visita-los, abandonou para simplesmente viver a 
vida, que legitimidade o autor fala, que é pela educação que se torna bons cidadãos?! 
Nunca teve uma experiência de ser pai, ou de educar um filho. 
 Segundo o autor o homem é bom mas a sociedade o corrompe, se mudar a estrutura da 
sociedade, poderia ensinar o homem a ser bom novamente, e a educação vai fazer com 
que o indivíduo, tenha um papel ativo, e assim tornar-se um cidadão, e ser livre, 
autêntico, e autónomo. 
 O Rousseau tem a consciência para que a sociedade se desenvolva bem, para que haja 
justiça dentro da comunidade, a vontade geral sempre tem que prevalecer. O indivíduo 
tem que ser cidadão, tem que se importar coma política, com a vida pública e com a 
comunidade, então a educação na filosofia do autor, ela tem a função de aflorar a 
verdadeira natureza humana, sendo assim a educação vai ajudar a seguir uma vida 
pautada dos nossos verdadeiros instintos naturais, que é a bondade, a piedade e o amor 
ao próximo.

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