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Trabalho em Grupo ED VI O menino e a Caixa

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TRABALHO EM GRUPO – TG 
Estudos Disciplinares VI
Aluno (a):
Pamella dos Santos Mendes 
RA1500817
Turma 2014
POLO
Jabaquara- Administração
Maio/ 2015
TG- ED VI- ESTRATÉGIAS DE LEITURA E ESCRITA DE TEXTOS CIENTÍFICOS E INFORMATIVOS
Leiam o texto a seguir e discutam no grupo. 
2) Estabeleçam relações entre o texto e o conteúdo apresentado no ED. 
3) Escrevam um texto curto no qual incluam os resultados das leituras e discussões realizadas. 
O menino e a caixa 
RAMAL, Andrea. Histórias de gente que ensina e aprende: contos para repensar a educação. São Paulo: Edições Loyola, 2003.
 Todos os dias ele sentava na mesma sala e, como de costume, abria sua caixa. 
Quando o entregador de objetos chegava, cumprimentava-o e começava a lançar- lhe coisas preparadas para aquele dia. À medida que eram lançadas, ele as guardava, indiscriminadamente, dentro da caixa. 
No início tentara dividir o espaço em compartimentos, e cada objeto ia para seu lugar, de acordo com seu gênero e sua função. Depois as coisas foram ficando confusas: havia objetos sem função aparente, e era difícil entendê-los ou catalogá-los. Havia também compartimentos totalmente cheios, enquanto outros permaneciam quase vazios, e como os objetos se acumulavam teve que começar a sobrepor os elementos. Assim, com uns sobre os outros, e sobre estes os novos que chegavam a cada dia, quase não sobrava espaço livre, e os objetos se amassavam e se achatavam no fundo e pelos lados da caixa, inutilizados e esquecidos, deformando-a toda. 
Não havia mais lugar, mas os objetos não paravam de ser jogados pelo entregador para dentro da caixa, que ficava aberta especialmente para esse fim. Alguns novos, outros muito parecidos com coisas que já havia dentro dela. Mesmo que fossem totalmente idênticos, ele os guardava. 
Quando o entregador de objetos terminava sua rotineira tarefa, ele então fechava mecanicamente sua caixa, amassava e espremia como podia os objetos sobrepostos, como numa mala em que não cabem as coisas na volta da viagem. Depois saía da sala, esquecendo-se deles até o dia seguinte. 
Mas houve um dia em que os lados da caixa começaram a ceder. O entregador de objetos ficou atento: pensou que de dentro dela, vazando pelos lados, talvez pudessem sair objetos novos, frutos de uma combinação criativa de tudo o que jogara durante todo aquele tempo. 
Mas não: eram apenas peças soltas, desconexas, pedaços das velhas coisas amassadas que haviam se quebrado, partidas dentro da caixa apertada. 
Os objetos vazavam e a caixa estremecia, como um vulcão que se preparava para entrar em erupção. E assim aconteceu o inevitável: depois de se sacudir em estranhos movimentos sem nenhum ritmo, a caixa simplesmente se rompeu numa explosão que lançou os objetos em múltiplas direções, fragmentos de mil cores, pela sala e pelo espaço. 
Foi quando ele, olhando com expectativa para a própria caixa esvaziada, viu de seu fundo nascendo, pequena, uma coisa nova, estranha e desengonçada, mas surpreendentemente linda. 
Era tímida e despretensiosa, a sua primeira ideia.
 
 Primeiramente precisamos entender alguns pontos importantes do texto para nos aprofundarmos no conhecimento transmitido. No início fica claro que menino do texto representa o aluno em sala de aula observando tudo o que o professor tenta lhe passar, sem conseguir entender a verdadeira finalidade de tudo aquilo que lhe foi dito, por ser a primeira vez que ouviu tais palavras.
Sendo assim, o objeto do texto é a matéria transmitida pelo professor, já a caixa, seria a mente do aluno, mais precisamente o cérebro, onde é guardado tudo que lhe foi transmitido. E ele mesmo confuso depois de tanta informação, transborda e consegue estabelecer uma ideia, a princípio receoso, mas que poderá ser aperfeiçoada futuramente buscando mais conhecimento.
O educador ao se deparar com o aluno, o julga que a criança não carrega muitas informações para certas compreensões de sua matéria, mas diferente do que ele pensava, o aluno chegou já com um certo conhecimento básico sobre o assunto, porque na sociedade em estamos somos bombardeados com informações diversas através de muitos meios, por conta do aumento da tecnologia. Porém é importante ressaltar que é uma das funções do educador tentar passar todas essas informações para o aluno de forma que se torne conhecimento agregado.
Analisando este texto narrativo, foi possível inferir algumas interpretações acerca do assunto. Como vimos a história é sobre um menino que recebe diariamente coisas e que as coloca na caixa, sem descrição de gênero ou função. Isso demonstra que o menino não possui distinção em relação aos objetos que ele recebia do professor. Mesmo não fazendo uma diferenciação, os objetos começam a se amontoar em sua mente, fazendo-a sobrecarregar, pois muitos dos itens dentro da caixa eram iguais aos antes adquiridos. 
Embora o professor ter passado diariamente os objetos, o menino apenas abre a mente mecanicamente e só a relembra no outro dia. Mas como um processo de aprendizado ou leitura, deve ser feito diariamente, estimulando o conhecimento por parte do aluno. O conhecimento é construído a partir do momento em que se elabora a sua própria ideia e opinião a respeito do objeto do conhecimento
No momento em que sua mente entra em colapso, dela são lançados todos aqueles objetos ali guardados, sendo atirados para todas as direções, a partir daí o menino começa a ter outra visão. Surge então sua primeira ideia. As ideias surgem de conexão de fragmentos, ou seja, a partir dos fragmentos lançados pela caixa o menino teve um novo olha mar sobre a realidade.
Posteriormente a explicitar a compreensão do texto, estratégia de leitura e escrita de texto. Ao que se refere a escrita, podemos compreender que se refere a um texto tipo narrativo, o narrador conta-o na 3ª pessoa do singular, referindo-se ao menino. E o seu gênero é o conto, por base do assunto, estilo e formato.
 Segundo o conhecimento de Goodman existem estratégias para fazer uma boa leitura, as estratégicas básicas são a seleção, predicação, inferência, confirmação e correção. Nesse texto “O Menino e a Caixa” podemos compreender que através do título o leitor pode levantar hipóteses sobre o que o texto quer exatamente dizer. A inferência textual que possibilita a análise e conclusão lógica de fatos e acontecimentos a partir de informações implícitas do texto, com significado subjetivo. E durante a leitura é claro a confirmação da hipótese levantada no texto.
 Esse texto é estruturado de linguagem simples, mas seu sentido não é explicito, o que leva a uma boa interpretação do leitor. Ao proceder da leitura, e ao repetir a visualização do texto vai se tornando mais evidente. Como ele exige mais a compreensão pode-se dizer que ele exige a estratégia cognitiva do leitor, pois está descrito com metáforas.
 E mediante o que é visto é interessante que o educador renove constantemente seu método de ensino, priorizando a necessidade do aluno, que é o foco central na educação. E algo primordial que todos devem entender é que a educação contribui de forma essencial para a formação do indivíduo, como ser humano e cidadão, que contribua para uma sociedade melhor estruturada
Com a leitura deste texto concluímos que não importa o quanto de conhecimento você possua, se você não souber usá-lo, e não saber de que forma irá passa-lo, porque isso que fará a diferença, educar não é a simples transferência de conhecimento, mas sim a certeza de que a mensagem foi entendida, despertando o outro para novos horizontes e visões diferentes da vida.

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