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Direito Penal II- Resumo

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Direito Penal II
 Concurso de Pessoas
Quando duas ou mais pessoas concorrem para a prática de uma mesma infração penal (simultânea e sucessivamente, desde que antes da consumação)
*Vários autores
*Autores e partícipes 
Classificação:
Crime Monossubjetivo (eventual): crime que pode ser praticado por um autor, mas que, eventualmente, são praticados por dois ou mais agentes. Ex: homicídio, furto
Plurissubjetivo: Só podem ser praticados por um número plural de pessoas. Ex: associação criminosa. 
Requisitos: 
Pluralidade de agentes e condutas: necessidade de no mínimo duas pessoas almejando praticar determinada infração penal (uma parte da doutrina exige imputabilidade dos agentes)
Relevância causal entre as condutas: analisar se a conduta do agente possui relevância para o cometimento da infração penal
Liame subjetivo: vínculo que une os agentes (psicologicamente) para a prática da mesma infração penal. Se não houver, cada um responde por sua conduta isoladamente. Ex: A e B atiraram contra C, não sabendo qual deles causou a morte. Se houver liame subjetivo, os dois serão condenados pelo crime de homicídio, caso não exista liame (agentes não atuaram com vínculo) cada um respondera por sua conduta. No caso, não sabemos quem matou; em dúvida deverá beneficiar os agentes, então, uma vez que um deles não conseguiu alcançar o objetivo, os dois respondem por homicídio na forma tentada.
Os agentes devem convergir ao cometimento de determinada e escolhida infração penal.
Teorias :
Teoria Pluralista: a quantidade de pessoas envolvidas será necessariamente a quantidade de crimes realizados, cada participante corresponde a uma conduta e um elemento psicológico próprios. Ex: Se alguém tivesse induzido duas outras pessoas a praticar um delito de furto, teríamos 3 infrações penais distintas.
Dualista: Distingue os autores de partícipes quanto ao conhecimento do delito. Teríamos uma infração para aquele que induziu os agentes à pratica do crime de furto e outra para os coautores ( que de fato furtaram).
Monista: (adotada pelo Brasil) existe um crime único , atribuído a todos aqueles que para ele concorreram, autores ou partícipes. O delito cometido graças ao concurso de várias pessoas não se fraciona em uma série de crimes distintos.
Autoria
Teorias : 
Restritivo(objetiva): aquele que praticou o núcleo do tipo penal. Todos os demais que concorrerem para essa infração penal, mas que não realizarem a conduta expressa pelo verbo existente no tipo serão considerados partícipes.
Extensivo (subjetiva /unitária): não há distinção entre autores e partícipes, todos aqueles que de alguma forma contribuíram para a prática do fato, são considerados autores, independente de ter praticado ou não o núcleo do tipo.
Domínio de fato: é quem tem o domínio do fato, poder de decisão (autor mediato-com sua ordem o tipo começa e se encerra), aquele que possui nas mãos as rédeas para a realização do evento, dominando o ser e o como do delito. Aplicação em crimes dolosos.
Classificação:
1-Autoria Direta: aquele que executa diretamente a conduta descrita pelo núcleo do tipo penal (autor direto ou executor)
2-Autoria Mediata (indireta): aquele que se vale de outra pessoa, que lhe serve, na verdade, como instrumento para a prática da infração penal. Quatro casos: 
Erro determinado por terceiro (20, § 2) ex: enfermeira, aplica em um paciente a pedido de um médico injeção contendo veneno letal, sem saber o conteúdo. O médico que determinou o crime, então, esse que responde como autor mediato do crime.
Coação moral ou irresistível (22, primeira parte) ex: se um pai, sabendo que seu filho poderá ser morto porque tem contra ele uma arma apontada, é coagido a subtrair determinados valores de uma agência bancária, somente será responsabilizado pelo furto o autor da COAÇÃO.
Obediência Hierárquica (22, segunda parte). Ex: se um delegado de polícia, determina a um detetive, seu subordinado, que efetue a prisão de alguém, dizendo-lhe já estar de posse de um mandado, quando na verdade, a ordem não tinha sido expedida, e, caso o detetive, cumprindo a determinação de seu superior hierárquico levar a efeito a prisão, somente o autor da ordem que será responsabilizado criminalmente.
Instrumento impunível (62, III agente se valer de inimputáveis – doentes mentais ou menores). Ex: agente, entregando uma arma a um doente mental, faz com que esse atire na vítima, causando-lhe a morte, será responsabilizado a título de autor mediato. 
Autoria Colateral: dois agentes, embora convergindo as suas condutas para a prática de um determinado fato criminoso, não atuam unidos pelo liame subjetivo. A e B queriam a morte de C e por mera coincidência os dois se colocam de emboscada, aguardando a vítima passar, quando avistam a presença de C os dois atiram, sem que soubessem da presença do outro.
Hipótese:
1-Perícia identifica que a morte foi através do tiro de A, esse responderá por homicídio consumado e B por tentativa.
Autoria Incerta: Espécie de autoria colateral, porém não se consegue determinar quais dos comportamentos causou o resultado.
A perícia não consegue identificar quem efetuou o disparo mortal, ambos serão responsabilizados por tentativa. Sabe-se quais são os possíveis autores, mas não consegue concluir quem é o autor. (In dubio por réu- em dúvida, benefício ao réu)
Autoria Desconhecida: Quando não se faz ideia de quem teria causado ou ao menos tentado praticar a infração penal. Os autores não são conhecidos não se podendo imputar os fatos a qualquer pessoa.
Participação 
Coadjuvante do crime, será sempre uma conduta acessória, pois depende de um fato principal.
Precisa necessariamente de um ator do fato, sem esse não há a possibilidade do partícipe, art. 31. Ajuste, determinação ou instigação e o auxílio não são puníveis se o crime não chega pelo menos a ser tentado, e como sabemos, somente o autor pode chegar à fase da tentativa, e se isso não acontece, a conduta do partícipe não poderá ser punida.
1-Moral: induz (determinação e instigação) o autor. Reforça e estimula uma ideia criminosa já existente na mente do autor
2-Material: participação por auxílio (prestação de auxílios materiais).Facilita materialmente, ex: empresta a sua arma para que o agente possa causar a morte de seu desafeto.
Teorias:
Para saber se quem exerce papel secundário poderá ser punido 
Acessoriedade mínima: para punir o partícipe basta que a conduta seja um fato típico. Ex: A, desempregado e faminto, é estimulado por B a subtrair um saco de feijão. Embora a conduta de A seja típica, não poderá ser considerada ilícita, haja vista estar em estado famélico.
Média/ Limitada (Brasil adotou): o fato deve ser típico e ilícito com exceção dos casos de coação irresistível (22,cp) Ex: aquele que é auxiliado materialmente por outrem, que lhe empresta uma arma a fim de que possa atuar, porque, erroneamente, supõe poder agir em defesa da honra de sua família, age em erro de proibição (afasta a culpabilidade) isentando-o de pena (autor), Mesmo que o autor não seja culpável o fato é típico e ilícito, uma vez caracterizado injusto penal (erro de proibição) tem a possibilidade de responsabilizar o partícipe.
Máxima: somente haverá punição do partícipe, se o autor tiver praticado um fato típico, ilícito e culpável.
Hiperacessoriedade: o participe somente será punido se o autor praticar um fato típico, ilícito, culpável e punível.
Coautoria, aquele que tem o domínio funcional do fato que lhe fora atribuído pelo grupo sendo sua atuação relevante para o sucesso da empreitada criminosa. em que todos os agentes, em colaboração recíproca e visando ao mesmo fim, realizam a conduta principal.
Participação, em que o partícipe é quem concorre para que o autor ou coautores realizem a conduta principal, ou seja, aquele que, sem praticar o núcleo do tipo, concorre de algum modo para a produção do resultado.
Participação de menor importância 
Deve ser diminuída de um sexto a um terço. Causa geral da diminuição de pena, somenteterá aplicação nos casos de PARTICIPAÇÃO (instigação e cumplicidade). Pequena eficiência causal para a execução do crime.
Art. 29, § 1 
Participação dolosamente distinta (desvio subjetivo de conduta)
Pode ocorrer que um dos autores queira concorrer para a prática de determinado crime e aquele encarregado de sua execução pratique outro mais grave. 
Ex: A e B resolvem praticar um furto de um televisor na casa de C, eles sabem que a casa de C está praticamente abandonada e que seu proprietário já não a frequentava há meses, na certeza de que não havia nenhuma pessoa A e B para lá se dirigiram. A, segundo o critério de distribuição de tarefas, próprio do domínio funcional do fato, permanece do lado de fora da residência, fazendo a vigilância dentro do veículo no qual transportariam a tv sendo ele o motorista. Se ao entrar na casa, B vier a perceber a presença de seu inesperado morador e mesmo assim prosseguir com o seu plano agredindo-o fisicamente e após isso narrar a A os fatos que aconteceram, A não poderá responder pelo delito de roubo, mas sim pelo de furto.
O desvio subjetivo da conduta levado a efeito pelo autor executor não fará com que A responda pelo delito por ele não pretendido inicialmente. O Seu dolo, o seu liame subjetivo, diz respeito a concorrer para a prática de uma subtração sem violência. Assim, de acordo com o 29, §2 como quis participar de crime menos grave, ser-lhe-á aplicada a pena deste.
Circunstâncias incomunicáveis
Art. 30
Circunstâncias são dados periféricos, acessórios que gravitam ao redor da figura típica- interfere somente na graduação da pena (sua importância esta limitada ao aumento ou diminuição da pena)
Ex: A e B praticam um crime de roubo contra a vítima C, irmã do primeiro agente. Somente A será aumentada a Pena em virtude de agravante no art. 61, II, e. Esse agravante não influencia na sua definição típica, porque ainda que tenha feito subtração violenta contra outra pessoa que não seja sua irmã a tipicidade continuaria como roubo. – Circunstância de caráter pessoal, não se comunica com o outro agente.
Elementares são dados essenciais à figura típica- sem esses dados ocorre uma atipicidade absoluta ou relativa.
Ex: A, funcionário público, e B, pessoa comum, resolvem subtrair um computador na repartição onde A exerce sua função. A entra no local e passa o computador pela janela para B que estava do lado de fora esperando no carro. A praticou o crime de peculato. 
B será responsabilizado por peculato também?
A condição de A é elementar pois é um dado essencial pois se retirarmos a qualidade do funcionário haveria uma desclassificação do tipo penal. 
E de acordo com o a parte final do art. 30, será estendida ao coparticipante.
Desistência Voluntária do autor
Art. 15
Desistência voluntária é instituto dirigido aos autores, pois somente o autor pode praticar atos de execução e , durante sua prática, desistir.
Ex: A, induzido por B a causar a morte de C, Durante os atos de execução, depois de efetuar 2 disparos que acertaram a vítima no ombro, A, voluntariamente desiste de prosseguir a execução e com isso evita o resultado morte, A não deverá ser responsabilizado por tentativa de homicídio, somente respondera pelos atos já praticados.
Os efeitos da desistência voluntária se estendem ao partícipe que induziu A ? 
Para Nilo Batista sim, ou seja, se a desistência ou arrependimento do autor levar à atipicidade da conduta inicial por ele praticada, tal fato deverá se estender ao partícipe.
Para Grecco os efeitos não se estendem pois a desistência é pessoal, portanto intransferível ao partícipe que agiu com dolo de induzir o autor na pratica de um crime determinado contra uma vítima também determinada. Fundamento: 31,cp
Desistência do Partícipe
Se o partícipe houver induzido ou instigado o autor incutindo-lhe a ideia criminosa ou reforçando-a a ponto de este sentir-se decidido pelo cometimento do delito, e vier a se arrepender, somente não será responsabilizado penalmente se conseguir fazer com que o autor não pratique a conduta criminosa, caso contrário o seu arrependimento não será eficaz e, portanto, não afastará a sua responsabilidade como ato acessório ao praticado pelo autor.
Participação por omissão: 
A participação moral é impossível (Nilo Batista).
A participação material, com sua omissão contribui para a ocorrência da infração penal.
(?)
Concurso de pessoa em crime omissivo
Crime omissivo: quando o agente faz alguma coisa de que estava proibido (proibitivo)
Crime omissivo: quando deixa de fazer alguma coisa que estava obrigado a fazer (mandamental)
Próprios: não exigem resultado naturalístico (pune a inação do agente), prevê uma conduta negativa do agente.
Impróprios: exigem resultado naturalístico (dever de agir), determina ao agente, que faça o que está determinado a infração penal.
Crimes Comissivos por omissão (13, §2): considerados garantidores.
1-Coautoria em crimes omissivos: 
Nilo Batista: não se cogita coautoria nos delitos omissivos, uma vez que cada agente possui dever de agir de forma individualizada. Ex: se o pai e a mãe deixam de fazer aquilo que estavam obrigados a fim de tentar evitar a produção do resultado, cada um será individualizado como autor.
2-Participação em crimes omissivos: A participação, é dirigida no sentido de fazer com que não faça a conduta que ele estava obrigado. Ex: A, paraplégico, induz B(surfista profissional) a não salvar alguém que estava se afogando. A não poderia ser considerado autor do delito por sua incapacidade de dever de agir, B, por outro lado, seria responsabilizado por omissão de socorro. Nesse caso, A será participe de um crime de missão, praticado por B.
Se ambos pudessem socorrer a vítima e não fizessem seriam responsabilizados como coautores do delito. 
Ex 2: Se B fosse um salva-vidas, pelo fato de ser garantidor, 13, §2 a, B será responsabilizado por homicídio doloso e A, que induziu, será punido pela participação, respondendo pela mesma infração de B.
Concurso de pessoas em crimes culposos
Dar causa a um resultado não querido, mas previsível, ocorrido em virtude de ter deixado de observar o seu dever objetivo de cuidado, agindo com imprudência, imperícia ou negligencia.
1-Coaoutoria em delitos culposos: Duas pessoas podem, em um ato conjunto, deixar de observar o dever objetivo de cuidado e produzir um resultado lesivo. Ex: dois pedreiros, numa construção, tomam uma trave e jogam na rua, alcançando um transeunte, não há o que falar em autor principal e secundário, resultando assim, coautoria se o dano realmente ocorrer. 
2-Participação em crimes culposos: possível coautoria, jamais participação
b) possível coautoria e participação . ex: Se o motorista imprime velocidade em acordo de vontade com o acompanhante configura-se concurso de pessoas em crime culposo, bastando para tanto que haja uma vontade consciente de concorrer para a ação imprudente.
Teoria da Pena
O art.59 do CP determina que o Brasil adota a Teoria Eclética:
Escola Clássica (teoria absoluta): Retribuição, a pena deve reprovar o mal produzido pela conduta praticada pelo agente. A pena é desvinculada de seu efeito social, pois mediante a imposição de mal merecidamente retribui, equilibra e expia a culpabilidade do autor pelo fato cometido: a pena deve ser justa e por isso pressupõe que se corresponda em sua duração e intensidade com a gravidade do delito, que o compense.
Expiação: meio usado para expiar(-se); penitência, castigo, cumprimento de pena; sofrimento compensatório de culpa.
Escola Positiva (teoria relativa): prevenir futuras infrações penais. Preservação, defesa, prevenção.
Finalidade da pena: 
Teoria absoluta(retribucionista): a pena é aplicada como escopo de retribuição ou afetivo pelo mal perpetrado; é a pena vingativa, “a majestade sem fim”, é a reafirmação da ordem jurídica, porque o delito é a negação do Direito e a pena é a negação da negação.
(-) Delito (-) Pena: (+) Reafirmação
Teoria Relativa (preventiva): Fundamenta-se no critério daprevenção, a justificação da pena está na sua necessidade social no fim de manutenção e segurança da ordem de Direito pela prevenção do crime, a sua função é de instrumento de defesa da sociedade:
Prevenção Geral:
*Negativa: prevenção por intimidação, a pena aplicada tende a refletir na sociedade. Persuasão àqueles que estão inclinados a práticas criminosas.
*Positiva: demovendo, aqueles que já tenham incorrido na prática de delito. Propósito: infundir na consciência geral, a necessidade de respeito a determinados valores, exercitando a fidelidade ao direito, promovendo em última análise a integração social
 b) Prevenção especial:
 * Negativa: uma neutralização daquele que praticou a infração penal, neutralização que ocorre com sua segregação no cárcere. A retirada momentânea do agente do convívio social o impede de praticar novas infrações, pelo menos na sociedade a qual foi tirado.
*Positiva: O caráter ressocializador da pena, fazendo com que o agente medite sobre o crime, sopesando suas consequências, inibindo-o ao cometimento de outros.
Espécies de Pena: 
Penas Privativas de Liberdade: Extinção da liberdade do infrator como contragolpe à lesão por ele provocada que pode ser executada em meio fechado(penitenciarias, colônias agrícolas, industriais ou similares) e em meio livre(casa de albergado, recolhimento domiciliar e cumprimento das condições de liberdade condicional). Vem prevista no preceito secundário de cada tipo penal incriminador.
Subespécies: 
 
”DAS PENAS PRIVATIVAS DE LIBERDADE
Reclusão e detenção
Art. 33 - A pena de reclusão deve ser cumprida em regime fechado, semiaberto ou aberto. A de detenção, em regime semiaberto, ou aberto, salvo necessidade de transferência a regime fechado. ”
1-RECLUSÃO: (para crime)
*Regime Inicial : fechado, semi aberto e aberto.
*Admite interceptação telefônica: “Lei 9296/96 Art. 2° Não será admitida a interceptação de comunicações telefônicas quando ocorrer qualquer das seguintes hipóteses:
I - não houver indícios razoáveis da autoria ou participação em infração penal;
II - a prova puder ser feita por outros meios disponíveis;
III - o fato investigado constituir infração penal punida, no máximo, com pena de detenção.”
*Medida de segurança: regime de internação. Art. 97, CP Art. 97 - Se o agente for inimputável, o juiz determinará sua internação (art. 26). Se, todavia, o fato previsto como crime for punível com detenção, poderá o juiz submetê-lo a tratamento ambulatorial.
*Efeitos da Condenação: Art., 92, II - a incapacidade para o exercício do pátrio poder (poder de família), tutela ou curatela, nos crimes dolosos, sujeitos à pena de reclusão, cometidos contra filho, tutelado ou curatelado; 
Ex: pai que chega em casa, estressado por algum motivo, agride o filho injustificadamente, e sendo condenado, a posteriori, por lesão corporal de natureza leve. O preceito secundário do artigo 129 do CP, dispositivo que tipifica o crime de lesão corporal, prevê pena de detenção e não reclusão ao agente que comete esse tipo de delito, daí, portanto, mesmo o pai sendo condenado pelo crime, não perderia a guarda do filho. Mas se o crime tiver o preceito secundário de reclusão e for feito contra o filho, curatelado ou tutelado, o mesmo perde o poder de família.
2-Detenção: (para crime)
*Regime Inicial: semiaberto, aberto. Fechado somente por regressão.  Art. 33 - A pena de reclusão deve ser cumprida em regime fechado, semiaberto ou aberto. A de detenção, em regime semiaberto, ou aberto, salvo necessidade de transferência a regime fechado. (SOMENTE JUÍZ DA VEP -FECHADO)
* Não admite interceptação telefônica: exceção crime conexo com reclusão. “Lei 9296/96 Art. 2° Não será admitida a interceptação de comunicações telefônicas quando ocorrer qualquer das seguintes hipóteses:
I - não houver indícios razoáveis da autoria ou participação em infração penal;
II - a prova puder ser feita por outros meios disponíveis;
III - o fato investigado constituir infração penal punida, no máximo, com pena de detenção.”
*Medida de Segurança: permite tratamento ambulatorial. Art. 97, CP Art. 97 - Se o agente for inimputável, o juiz determinará sua internação (art. 26). Se, todavia, o fato previsto como crime for punível com detenção, poderá o juiz submetê-lo a tratamento ambulatorial.
3-Prisão simples: (crimes de contravenção penal)
*Regime inicial: semi aberto ou aberto, não cabe fechado nem por regressão.
*Consiste na perda de liberdade a ser cumprida sem rigor penitenciário em estabelecimento especial ou seção especial de prisão comum. 
*precariedade: face ao JECRIM
Regime de Cumprimento de Pena: Art. 33, CP
Progressão (direito constitucional do apenado)
Fechado
Aberto
Semi aberto
Regressão
Fechado: 33, §2, a o condenado a pena superior a 8 (oito) anos deverá começar a cumpri-la em regime fechado; §1 a) o condenado a pena superior a 8 (oito) anos deverá começar a cumpri-la em regime fechado;
SEMPRE QUANDO FOR REINCIDENTE CUMPRE EM FECHADO
Critério objetivo: Pena superior a 8 anos
Exame criminológico obrigatório: LEP, 8 Art. 8º O condenado ao cumprimento de pena privativa de liberdade, em regime fechado, será submetido a exame criminológico para a obtenção dos elementos necessários a uma adequada classificação e com vistas à individualização da execução.
Trabalho do preso: obrigatório e não forçado
Semi aberto: 33, §2 b o condenado não reincidente, cuja pena seja superior a 4 (quatro) anos e não exceda a 8 (oito), poderá, desde o princípio, cumpri-la em regime semiaberto; §1b) regime semiaberto a execução da pena em colônia agrícola, industrial ou estabelecimento similar;
Critério Objetivo: superior a 4 anos e inferior a 8 (8 INCLUSIVE)
Critério objetivo: Deve ser primário (STJ 269-É admissível a adoção do regime prisional semiaberto aos reincidentes condenados a pena igual ou inferior a quatro anos se favoráveis as circunstâncias judiciais.)
Aberto: 33, §2, c
Pena igual ou inferior a 4 anos.
Primariedade, não reincidente.
Reincidência
Reincidência, como definiu o legislador, ocorre “quando o agente comete novo crime, depois de transitar em julgado a sentença que, no País ou no estrangeiro, o tenha condenado por crime anterior” (Art. 63 do CP).
Depreende-se do artigo 63 do CP, os requisitos da reincidência.
Art. 63 - Verifica-se a reincidência quando o agente comete novo crime, depois de transitar em julgado a sentença que, no País ou no estrangeiro, o tenha condenado por crime anterior.
Vejamo-los.
1º) Prática de crime anterior.
2º) Trânsito em julgado da sentença condenatória.
3º) Prática de novo crime, após o trânsito em julgado da sentença penal condenatória.
Conclui-se, portanto, que o agente tem de ter praticado um crime anterior, além do trânsito em julgado da sentença penal condenatória, para que possa estar caracterizada a reincidência, e consequente agravamento da pena no novo delito.
Ressalte-se, ainda, que o artigo 64 do mesmo diploma faz algumas ressalvas, in verbis:
Art. 64 - Para efeito de reincidência:
 I - não prevalece a condenação anterior, se entre a data do cumprimento ou extinção da pena e a infração posterior tiver decorrido período de tempo superior a 5 (cinco) anos, computado o período de prova da suspensão ou do livramento condicional, se não ocorrer revogação;
 II - não se consideram os crimes militares próprios e políticos.
Como bem observou Rogério Greco, com a redação do artigo 64 do CP o legislador eliminou de nosso sistema penal a perpetuidade dos efeitos da condenação anterior, se decorrido um lapso temporal de 5 (cinco) anos entre a data do cumprimento ou da extinção da pena e a data da infração (fato) posterior.
Existem hipóteses em que não se configurará reincidência, a exemplo do sujeito que pratica uma contravenção penal e ulteriormente pratica um crime. Em vista disso, repassamos um quadro como método mnemônico.
*Contravenção seguida de crime: não é reincidência, é mau antecedenteindependente do tempo.
*Se estiver recorrendo ao crime anterior, não é reincidente, pois ainda não tem o transido em julgado.
Art. 64 - Para efeito de reincidência: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
 I - não prevalece a condenação anterior, se entre a data do cumprimento ou extinção da pena e a infração posterior tiver decorrido período de tempo superior a 5 (cinco) anos, computado o período de prova da suspensão ou do livramento condicional, se não ocorrer revogação; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
 II - não se consideram os crimes militares próprios e políticos.(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Maus antecedentes: toda decisão transitada em julgado incapaz de gerar reincidência/ se ter passado do art. 64 é mau antecedente.
Primariedade: tudo que não for reincidência 
Penas Restritivas de Direito
No cp, o preceito secundário de todos os crimes são de PPL, mas o juiz pode substituir por PRD, porém, se não cumprir, volta para PLL, converte (conversão).
Exceção: Lei de drogas (PRD inicialmente pois a intenção é fazer medidas de ensinamento)
Características: a) substituível. Exceção lei de drogas
Autônoma; exceção: Alternativa a Pena (JECRIM) e Direito Penal do Inimigo
Conceito de PRD: sanção penal imposta em substituição à PPL, consiste na supressão ou diminuição de um ou mais direito do condenado.
Espécies: (43,CP) Art. 43. As penas restritivas de direitos são: (Redação dada pela Lei nº 9.714, de 1998)
 I - prestação pecuniária; (Incluído pela Lei nº 9.714, de 1998)
 II - perda de bens e valores; (Incluído pela Lei nº 9.714, de 1998)
 IV - prestação de serviço à comunidade ou a entidades públicas; (Incluído pela Lei nº 9.714, de 25.11.1998)
 V - interdição temporária de direitos; (Incluído pela Lei nº 9.714, de 25.11.1998)
 VI - limitação de fim de semana.
I e II – Caráter Real
IV V VI- Caráter pessoal
Características: 
Autonomia: Impossibilidade de cumulação com PLL (ou seja, ou é PLL ou é PRD)
Exceção: Código de defesa de consumidor (preceito secundário há PLL e PRD), Art. 78 - Durante o prazo da suspensão, o condenado ficará sujeito à observação e ao cumprimento das condições estabelecidas pelo juiz
Substitutividade: Necessidade do juiz fixar a PPL para depois substituir por uma PRD.
Exceção: Lei 11343/2006, art. 28 (já existe PRD, não precisa substituir)
	
	Requisitos: (CP, art. 44): para substituição (I e II-objetivo; III-subjetivo ‘cumulativos’ se faltar um requisito não haverá substituição)
I-Crimes dolosos- não superior a 4 anos
Não mediante violência ou grave ameaça.
As penas restritivas de direitos são autônomas e substituem as privativas de liberdade, quando: (Redação dada pela Lei nº 9.714, de 1998)
 I – aplicada pena privativa de liberdade não superior a quatro anos e o crime não for cometido com violência ou grave ameaça à pessoa ou, qualquer que seja a pena aplicada, se o crime for culposo;(Redação dada pela Lei nº 9.714, de 1998)
 II – o réu não for reincidente em crime doloso; (Redação dada pela Lei nº 9.714, de 1998)
 III – a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a personalidade do condenado, bem como os motivos e as circunstâncias indicarem que essa substituição seja suficiente. (Redação dada pela Lei nº 9.714, de 1998)
Crimes Culposos- qualquer pena 
Prática: Art. 129. Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem:
 Pena - detenção, de três meses a um ano. (Não cumpre o inciso I)
Art. 147 - Ameaçar alguém, por palavra, escrito ou gesto, ou qualquer outro meio simbólico, de causar-lhe mal injusto e grave:
 Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa. (não cumpre o inciso I) 
Porém, a doutrina diz que mesmo não cumprindo o requisito, é possível a substituição.
II-réu não reincidente em CRIME DOLOSO (44, §3º Se o condenado for reincidente, o juiz poderá aplicar a substituição, desde que, em face de condenação anterior, a medida seja socialmente recomendável e a reincidência não se tenha operado em virtude da prática do mesmo crime. (Incluído pela Lei nº 9.714, de 1998) exceto se a medida foi socialmente recomendável e não existir reincidência específica. 
Princípio da suficiência da pena alternativa (prevenção e retribuição- Art. 59 - O juiz, atendendo à culpabilidade, aos antecedentes, à conduta social, à personalidade do agente, aos motivos, às circunstâncias e consequências do crime, bem como ao comportamento da vítima, estabelecerá, conforme seja necessário e suficiente para reprovação e prevenção do crime.
Duração: 
Regra: a mesma das penas privativas de liberdade.
Exceção: 1- art. 46 § 4 Art. 46. A prestação de serviços à comunidade ou a entidades públicas é aplicável às condenações superioras a seis meses de privação da liberdade. § 4o Se a pena substituída for superior a um ano, é facultado ao condenado cumprir a pena substitutiva em menor tempo (art. 55), nunca inferior à metade da pena privativa de liberdade fixada
2-Lei 11343/2006, art. 28 §§ 3 e 4 Art. 28. Quem adquirir, guardar, tiver em depósito, transportar ou trouxer consigo, para consumo pessoal, drogas sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar será submetido às seguintes penas: I - advertência sobre os efeitos das drogas;
II - prestação de serviços à comunidade;
III - medida educativa de comparecimento à programa ou curso educativo.
§ 3o As penas previstas nos incisos II e III do caput deste artigo serão aplicadas pelo prazo máximo de 5 (cinco) meses.
§ 4o Em caso de reincidência, as penas previstas nos incisos II e III do caput deste artigo serão aplicadas pelo prazo máximo de 10 (dez) meses.
Critério para escolha
(44 §2 - Art. 44. As penas restritivas de direitos são autônomas e substituem as privativas de liberdade, quando: § 2o Na condenação igual ou inferior a um ano, a substituição pode ser feita por multa ou por uma pena restritiva de direitos; se superior a um ano, a pena privativa de liberdade pode ser substituída por uma pena restritiva de direitos e multa ou por duas restritivas de direitos.)
Pena ≤ 1: 1PRD ou Multa
Pena > 1 2 PRD e Multa
Conversão de uma PRD em PLL ( 44 §§ 4 e 5) – ANALOGIA PARA BENEFICIAR 
§ 4o A pena restritiva de direitos converte-se em privativa de liberdade quando ocorrer o descumprimento injustificado da restrição imposta. No cálculo da pena privativa de liberdade a executar será deduzido o tempo cumprido da pena restritiva de direitos, respeitado o saldo mínimo de trinta dias de detenção ou reclusão. (Incluído pela Lei nº 9.714, de 1998)
§ 5o Sobrevindo condenação a pena privativa de liberdade, por outro crime, o juiz da execução penal decidirá sobre a conversão, podendo deixar de aplicá-la se for possível ao condenado cumprir a pena substitutiva anterior. (Incluído pela Lei nº 9.714, de 1998)
Pena de Multa (art. 49,50,51)
Destinatário: estado 
Calculado em Dias-Multa: mínimo 10 – máximo 360
Valor de DM: 1/30 do salário mínimo a 5 salários mínimos
Prazo após o transito em julgado: 10 dias
É possível que o pagamento seja feito em parcelas
Pode ser descontado em contracheque: a) Multa sozinha
Multa + outra pena 
Quando PLL for suspensa 
(Não pode em PLL/e só pode ser aplicado quando está trabalhando)
Multa após transito em julgado é considerada dívida de valor e em caso de inadimplemento, não pode ser convertida em PLL
Concurso de Crimes (art. 69, 70,71)
1-Concuro material (real): Art. 69:
Conceito de Ação: Conduta Humana voluntária que produz uma modificação no mundo exterior.
Finalístico: exercício de uma atividade final
Ação é composta por um ou vários atos. Ex: Agente efetuou vários disparos com intenção de matar, causando a morte. A Ação consiste na conduta finalística e cada um dos disparos, formam a conduta do agente (vários atos).
Teoria adotada: Finalística
Conceito adotado: Analitico do crime (visão tripartida, fato típico, ilícito e culpável)
Requisitos: 
1-Pluralidadede Condutas (ação ou omissão)
2-Pluralidade de crimes/ infração penal (idênticos-mesma capitulação penal- ou não) NÃO SE IMPORTANDO SE A MODALIDADE SEJA SIMPLES OU QUALIFICADA
Consequências: Aplicação cumulativa das penas. (PPL)
Agente, mediante a + de uma ação ou omissão, poderá ser responsabilizado em um mesmo processo, desde que os delitos sejam praticados em uma relação de contexto ( tenham entre si uma relação).
Serão as penas somadas para que seja encontrada a pena total aplicada ao sentenciado que, por sua vez, poderá somar-se as outras para efeitos de inicio de execução, sendo ainda possível a unificação.
Soma: simples operação matemática, reunindo todas as penas aplicadas ao condenado, unificação destina-se a afastar do total das penas aplicadas ao condenado o tempo que supere o limite de trinta anos (art 75)
Alternativas à pena (medidas despenalizadoras) : JECRIM
Pagamento de cesta básica ou serviço comunitário 
Per saltum sumula 491 stf: Todavia, não é raro acontecer do apenado preencher os requisitos objetivos e subjetivos exigidos pela Lei de Execução Penal, mas permanecer no regime mais gravoso, diante da falta de estrutura do sistema carcerário.
Assim, pela inexistência de vagas no regime adequado surgiu uma corrente jurisprudencial que passou a admitir, de modo excepcional, a aplicação da progressão do regime “por salto”.[3]
A progressão do regime “por salto” nada mais é do que a possibilidade do preso que estiver cumprindo pena no regime fechado ser transferido diretamente para o regime aberto, deixando de passar pelo regime semiaberto, caso neste não haja vaga suficiente.
transferido diretamente para o regime aberto, deixando de passar pelo regime semiaberto, caso neste não haja vaga suficiente.
O principal fundamento para a progressão do regime “por salto” se baseia na aplicação do princípio constitucional da dignidade da pessoa humana e no argumento de não ser correto, nem adequado, que o condenado cumpra pena em regime mais severo devido à omissão do Estado, que não possui meios apropriados para recebê-lo no sistema prisional menos severo.
Contudo, e em que pese tal entendimento, confirmando a jurisprudência majoritária, a 3ª Seção do Superior Tribunal de Justiça aprovou recentemente a Súmula 491, publicada no dia 13 de agosto, que veda a progressão por salto, nos seguintes termos: “É inadmissível a chamada progressão per saltum de regime prisional”.
A Súmula 491 tomou por base a aplicação do princípio da legalidade e a interpretação do artigo 112 da LEP, que determina que o condenado deve cumprir pelo menos um sexto da pena no regime original antes de poder passar para o próximo.
Entretanto, o posicionamento do STJ ao aprovar a Súmula 491, parece não ter levado em conta elementos fundamentais e nem se atentado para a precariedade do sistema penitenciário brasileiro que acaba por fazer com que os apenados cumpram quase que a totalidade da pena no regime mais rigoroso – fechado – em razão de o Estado não disponibilizar vagas suficientes nas colônias penais agrícolas, industriais, e estabelecimentos afins.
A decisão simplista de inadmitir a progressão per saltum ignora a ineficiência do Estado em providenciar a remoção do sentenciado para o estabelecimento adequado para o cumprimento de sua pena e quem paga por isso é o réu com a privação de sua liberdade e também a sociedade diante dos custos advindos para manutenção de um condenado na prisão.
Art 69 (parte final): 
Remissão : 33,cp
Regime de Reclusão vale qualquer inicial : Fechado, semi ou aberto
Detenção: Regime fechado somente por detenção.
Concurso Formal: (art 70,cp)
*Mediante a 1 ação
Caracterisitcas : 
1-Mediante uma ação 
2-Pluralidade de crimes idênticos ou não
Ex: Alguém, dirigindo de forma imprudente, em razão de sua velocidade excessiva, venha a capotar o seu veículo, causando a morte de 3 pessoas. Houve 3 resultados tipificados e todos provenientes de conduta única do agente.
Consequências: 
Aplicação mais grave das penas, aumentada de um sexto até a metade.
Aplicação de somente uma das penas, se iguais, aumentada de um sexto ate a metade. 
Aplicação cumulativa das penas, se a ação ou omissão é dolosa e os crimes resultam de desígnios autônomos 
Desígnios autônomos quer dizer que o agente tem a intenção (dolo) de praticar dois ou mais crimes mediante uma única conduta. Nesse sentido, a pena será cumulada (soma das penas). 
Vejamos um exemplo para entender a dinâmica da aplicação da pena no crime formal. Ex. Fulano quer matar os pais para ficar com a herança da família. Ele coloca veneno no chá e oferece aos pais, que tomam e morrem por envenenamento. Neste exemplo, Fulano queria matar a mãe e o pai para ficar com a herança – desígnios autônomos –, portanto, aplica-se a soma das penas. Outro exemplo, Fulano queria matar o pai, porque ele era uma pessoa violenta, agressiva que chegava bêbado em casa e espancava sua esposa e seus irmãos. Fulano oferece o chá ao pai que toma e morre por envenenamento. Porém, a mãe de Fulano, acidentalmente, toma o chá envenenado e também morre em decorrência do envenenamento. Neste exemplo, configurar-se-á o aumento da pena, pois não foram identificados os desígnios autônomos, ou seja, a intenção de matar tanto o pai quanto a mãe.
Classificação: 
1-Concurso Formal Próprio (perfeito): 70, parte inicial
>Sistema da Exasperação: aplica-se a pena mais grave, ou se iguais, somente uma delas mas aumentada de um sexto até a metade.
>Aplica-se somente a crimes culposos ou apenas 1 doloso e um culposo 
Ex: Nos casos em que a conduta do agente for culposa ou na hipótese de que a conduta era dolosa, mas o resultado aberrante lhe é imputado culposamente.
Se alguém, imprudente, atropelar duas pessoas que se encontravam no ponto de ônibus, causando-lhes a morte, teremos um concurso formal. (culposos)
No caso, daquele, almejando lesionar o seu desafeto, contra ele, arremessa uma garrafa de cerveja que o acerta, mas também atinge outra pessoa que se encotrava próxima a ele, causando-lhe também, lesões, teremos uma primeira conduta dolosa e um resultado que poderá ser atribuído a título de culpa.
2-Concurso Formal Impróprio (imperfeito) : 70, parte final
>Sistema do cúmulo material 
>Somente crimes dolosos (designios autônomos, querendo dolosamente a produção de ambos resultados)
Ex: Os nazistas, a comando de Hitler, resolveram, em determinado momento, enfileirar os judeus a fim de que, com um disparo de fuzil, vários deles fossem mortos. Quando o disparo era efetuado, a finalidade era causar a morte daquelas duas ou 3 pessoas que estavam ali. Os designios eram autônomos com relação a cada uma delas, uma vez que o agente pretendia através de único disparo, uma única conduta, era dirigida finalisticamente a produção dos 3 resultados.
Concurso Material Benéfico: Aquele que em caso de exasperação, a soma seria mais benéfica. Entao aplica-se soma.
70, parágrafo único 
Crime Continuado (Continuidade delitiva)
     Art. 71 - Quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes da mesma espécie e, pelas condições de tempo, lugar, maneira de execução e outras semelhantes, devem os subseqüentes ser havidos como continuação do primeiro, aplica-se-lhe a pena de um só dos crimes, se idênticas, ou a mais grave, se diversas, aumentada, em qualquer caso, de um sexto a dois terços. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
        Parágrafo único - Nos crimes dolosos, contra vítimas diferentes, cometidos com violência ou grave ameaça à pessoa, poderá o juiz, considerando a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a personalidade do agente, bem como os motivos e as circunstâncias, aumentar a pena de um só dos crimes, se idênticas, ou a mais grave, se diversas, até o triplo, observadas as regras do parágrafo único do art. 70 e do art. 75 deste Código.(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Ocorre quando o agente, reiteradamente, mediante mais de uma conduta (ação ou omissão) pratica dois ou maiscrimes da mesma espécie , nas mesmas condições de tempo, ação e lugar. Por exemplo, a empregada que furta toda semana da carteira da patroa R$ 10,00. 
Teoria adotada pelo Brasi: ficção jurídica
As varias condutas que já se caracterizam como crime , são reunidas fictamente e consideradas crime único 
Reconhecimento (tratamento): 
Teoria Objetivo- subjetivo: há de ter a presença dos elementos objetivos(condição de tempo, lugar, maneira de execução e outras) e a unidade de designios entre as ações criminosas. (unidade real) – Reconhecido peli stf 
Requisitos: 
Pluralidade de condutas
Pluralidade de crimes da mesma espécie : corrente 1- mesmo tipo penal(captulação) -majoritaria doutrina
2-mesmo bem jurídico tutelado (stf)
Elo de continuidade: a)Tempo: entre o primeiro e o útltimo crime, o tempo não pode ser superior a 30 dias. Exceção : crime de ordem tributária (3 anos)
Lugar: mesmas comarcas ou comarcas vizinhas
Maneira de execução: semelhança do modo ou forma de praticar o crime ex: mesmo documento falso, mesma artimanha
Unidade de designios: mesmo plano
Fixação da Pena : 
Sistema de exasperação 
Crime continuado específico (qualificado) 71, p.u 
Requisitos: 
Pluralidade de condutas
Pluralidade de crimes da mesma espécie 
Elo de Continuidade
Crimes dolosos
Contra vitimas diversas
Violência ou grave ameaça 
Fixação de pena: Exasperação, podendo ser triplicada respeitando o limite dos art 70 e 75 (30 anos limite), se a pena cumulativa for mais benéfica, aplica-se.
Aberratio Crimes 
1 – INTRODUÇÃO: Cada dia torna-se mais frequente, os chamados crimes aberrantes, são aqueles que acontecem sem que o autor tenha tal intenção, conceito similar ao de crime culposo, porém não é a mesma coisa. Os crimes aberrantes se dividem em três: aberratio ictus, aberratio criminis e aberratio causae.
2 – ERRO NA EXECUÇÃO (ABERRATIO ICTUS): O erro na execução, como o legislador previu, na verdade não condiz com o real significado da palavra erro, isso por que o erro é uma falta percepção da realidade, coisa que não ocorre no erro na execução, onde o autor sabe exatamente o que está fazendo, mas acaba errando a vítima.
            A hipótese de aberratio ictus, pode acontecer de duas formas: Na primeira ocorre a produção de só um resultado, já na segunda, a produção de dois ou mais resultados.
            Vejamos a primeira hipótese, onde o agente atinge pessoa diferente daquela que pretendia, sendo assim, será aplicada a regra do erro sobre pessoa (§ 3º, Art. 20, CP/40), esse artigo é bem peculiar, ele determina que o agente responda como se tivesse cometido tal ato contra a pessoa que ele almejava, exemplo disso é um filho que tenta matar um pai, mas acaba matando um estranho, ele responderá pelo crime de homicídio doloso, com a agravante de ter cometido contra ascendente.
            Na segunda hipótese, ocorre a produção de dois ou mais resultados, nesse caso se aplica a regra do (Art. 70), concurso formal, veja o exemplo: A pretende matar B, 1) A mata B e C, responde por homicídio doloso com aumento de 1/6 até 1/2; 2) A mata B e fere C, homicídio doloso com aumento previsto no Art. 70; 3) A fere B e C, tentativa de homicídio com aumento de 1/6 até 1/2; A fere B e mata C, homicídio doloso, aplicando-se o aumento do concurso formal.
            2.1 Aberratio ictus e dolo eventual: Os dois institutos não são colaterais, ou seja, não há o que se falar em aberratio quando se tem dolo ou dolo eventual, por que necessariamente para existir o aberratio é preciso que o agente atue com culpa na produção deste.
3 – RESULTADO DIVERSO DO PRETENDIDO (Art. 74, CP/40) (ABERRATIO CRIMINIS OU ABERRATIO DELICTI): Como foi visto anteriormente, os casos em que se fala de aberratio ictus, o erro incide sobre a pessoa, já o aberratio criminis, o erro incide sobre o bem jurídico protegido, é o que ocorre quando uma gente visando ferir alguém, acaba quebrando sua janela.
            Dessa forma, não há o que se falar em aberratio criminis, quando a ação for destinada a uma pessoa e o erro ocorrer sobre uma pessoa, neste caso se aplica a regra do aberratio ictus, o aberratio criminis só abrange os erros, quando a ação for destinada a uma pessoa e o erro ocorrer sobre um objeto ou o contrário.
            Em caso de ação destinada a uma pessoa e erro sobre um objeto, o agente deverá responder por crime de natureza tentada, isso é claro, primeiro por que a ação não se concretizou por um motivo alheio a sua vontade e em segundo, por que existem alguns casos contra objetos que não se admite culpa, assim teríamos uma atipicidade penal.
            Já se tratando de ação destinada a um objeto e a vítima é uma pessoa, neste caso é admitido o crime na forma culposa, isso por que o agente não teve a real intenção de atingir uma pessoa.
            Por fim, se o agente atinge o objeto e a pessoa, ele responderá pela hipótese de concurso formal de crime, aplicando-se a pior as penas.
4 – CONCURSO MATERIAL BENÉFICO NAS HIPÓTESES DE ABERRATIO ICTUS E ABERRATIO CRIMINIS: Como foi visto, em qualquer hipótese de produção de dois ou mais resultados, seria aplicada a regra do concurso formal, porém existe uma exceção, sempre que o concurso formal resultar em pena mais danosa do que a prevista pelo concurso material, deverá ser aplicada esta última.
5 – ABERRATIO CAUSAE: O aberratio causae, pode ser chamado de erro na causa, ocorre sempre que o agente pretender atingir um resultado e erra quanto o modo, exemplo disso é o agente pretender matar uma vítima com tiros, ao desferir dois tiros ele joga a mesma no mar, achando que ela já se encontra morta, mas na verdade ela vem a falecer dos sucessivos ataques de um tubarão que se encontrava próximo, nesse caso o agente deverá responder por homicídio doloso, esse evento é o que os autores chamam de dolo geral.

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