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2008 CONTABILIDADE GERAL EM EXERCÍCIOS CATHEDRA COMPETÊNCIAS PROFISSIONAIS PROF. MORAES JR. CONTABILIDADE EM EXERCÍCIOS - AULA 06 Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade Geral em Exercícios – Div. Bancas 2 CONTABILIDADE GERAL EM EXERCÍCIOS Diversas Bancas Prezado Aluno, Ao final de cada aula, disponibilizo as questões que serão comentadas durante a aula. Caso você julgue conveniente, poderá testar seu conhecimento previa- mente antes de ver os gabaritos e as resoluções comentadas. Você pode simu- lar uma situação real de prova: para calcular o tempo de duração das provas, considere um tempo de 3 minutos por questão. Desta forma, utilizando esta metodologia, seu aprendizado será muito mais eficaz. Aproveito a oportunidade para informar que, no dia 04 de dezembro de 2008, por meio da Medida Provisória no 449/2008, foram realizadas novas alterações na Lei da SA. Ou seja, praticamente um ano após as alterações trazidas pela Lei no 11.838/07, novas alterações surgiram com a MP no 449/2008. Comenta- rei as alterações, de forma sucinta, antes de iniciar a correção da prova de ho- je e ao longo do curso, realizarei mais comentários quando se relacionarem com a questão a ser resolvida. MEDIDA PROVISÓRIA Nº 449, DE 3 DE DEZEMBRO DE 2008. Alterações da Lei no 6.404, de 15 de dezembro de 1976: I – Inclusão de mais uma atribuição para o Conselho de Administração: “Art. 142. Compete ao conselho de administração: (...) VIII - autorizar, se o estatuto não dispuser em contrário, a alienação de bens do ativo não-circulante, a constituição de ônus reais e a prestação de garantias a obrigações de terceiros; II – Notas explicativas: conceitos mais abrangentes sobre os fatos que devem ser classificados em notas explicativas. “Art. 176. (...) § 5o As notas explicativas devem: I - apresentar informações sobre a base de preparação das demonstrações financeiras e das práticas contábeis específicas selecionadas e aplicadas para negócios e eventos significativos; II - divulgar as informações exigidas pelas práticas contábeis adotadas no Brasil que não estejam apresentadas em nenhuma outra parte das demonstrações financeiras; e III - fornecer informações adicionais não indicadas nas próprias demonstrações financeiras e consideradas necessárias para uma apresentação adequada. Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade Geral em Exercícios – Div. Bancas 3 III – CVM autorizada a disciplinar, a seu critério, sobre o registro da destinação dos lucros do período: “Art. 176. (...) § 7o A Comissão de Valores Mobiliários poderá, a seu critério, disciplinar de forma diversa o registro de que trata o § 3o deste artigo.” § 3º As demonstrações financeiras registrarão a destinação dos lu- cros segundo a proposta dos órgãos da administração, no pressu- posto de sua aprovação pela assembléia-geral. IV – Registro das disposições da lei tributária: aqui, houve uma “alteração da alteração”, pois a Lei no 11.638/07, com a redação anterior, previa que, nos próprios registros contábeis, poderiam ser realizados lançamentos para atender à legislação tributária. Agora, voltou ao que era antes, ou seja, as disposições da legislação tributária devem ser observadas em livros auxiliares. “Art. 177. (...) § 2o A companhia observará exclusivamente em livros ou registros auxiliares, sem qualquer modificação da escrituração mercantil e das demonstrações reguladas nesta Lei, as disposições da lei tributária, ou de legislação especial sobre a atividade que constitui seu objeto, que prescrevam, conduzam ou incentivem a utilização de métodos ou critérios contábeis diferentes ou determinem registros, lançamentos ou ajustes ou a elaboração de outras demonstrações financeiras. § 3o As demonstrações financeiras das companhias abertas observarão, ainda, as normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários e serão obrigatoriamente submetidas a auditoria por auditores independentes nela registrados. V – Notas explicativas: a parte anteriormente pertencente ao art. 176 passou para o art. 177. Art. 177. (...) § 5o As notas explicativas devem: I - apresentar informações sobre a base de preparação das demonstrações financeiras e das práticas contábeis específicas selecionadas e aplicadas para negócios e eventos significativos; II - divulgar as informações exigidas pelas práticas contábeis adotadas no Brasil que não estejam apresentadas em nenhuma outra parte das demonstrações financeiras; Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade Geral em Exercícios – Div. Bancas 4 III - fornecer informações adicionais não indicadas nas próprias demonstrações financeiras e consideradas necessárias para uma apresentação adequada; e IV - indicar: a) os principais critérios de avaliação dos elementos patrimoniais, especial- mente estoques, dos cálculos de depreciação, amortização e exaustão, de constituição de provisões para encargos ou riscos, e dos ajustes para atender a perdas prováveis na realização de elementos do ativo; b) os investimentos em outras sociedades, quando relevantes (art. 247, pará- grafo único); c) o aumento de valor de elementos do ativo resultante de novas avaliações (art. 182, § 3o); d) os ônus reais constituídos sobre elementos do ativo, as garantias prestadas a terceiros e outras responsabilidades eventuais ou contingentes; e) a taxa de juros, as datas de vencimento e as garantias das obrigações a longo prazo; f) o número, espécies e classes das ações do capital social; g) as opções de compra de ações outorgadas e exercidas no exercício; h) os ajustes de exercícios anteriores (art. 186, § 1o); e i) os eventos subseqüentes à data de encerramento do exercício que tenham, ou possam vir a ter, efeito relevante sobre a situação financeira e os resulta- dos futuros da companhia. VI – Alteração do Balanço Patrimonial: aqui sim uma mudança importante – foram extintos o ativo permanente diferido, a denominação “permanente” e o resultado de exercícios futuros. O Balanço Patrimonial ficou com os seguintes grupos: Ativo Ativo Circulante Ativo Não Circulante Ativo Realizável a Longo Prazo Investimentos Imobilizado Intangível Passivo Passivo Circulante Passivo Não Circulante Patrimônio Líquido Capital Social Reservas de Lucros Reservas de Capital Ajustes de Avaliação Patrimonial Ações em Tesouraria Prejuízos Acumulados Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade Geral em Exercícios – Div. Bancas 5 Art. 178. No balanço, as contas serão classificadas segundo os elementos do patrimônio que registrem, e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a análise da situação financeira da companhia. § 1º No ativo, as contas serão dispostas em ordem decrescente de grau de liquidez dos elementos nelas registrados, nos seguintes grupos: I - ativo circulante; e II - ativo não-circulante, composto por ativo realizável a longo prazo, investimentos, imobilizado e intangível. § 2º No passivo, as contas serão classificadas nos seguintes grupos: I - passivo circulante; II - passivo não-circulante; e III - patrimônio líquido, dividido em capital social, reservas de capital, ajustes de avaliação patrimonial, reservas de lucros, ações em tesouraria e prejuízos acumulados. “Art. 180. As obrigações da companhia, inclusive financiamentos para aquisi- ção de direitos do ativo não-circulante, serão classificadas no passivo circulan- te, quando se vencerem no exercício seguinte, e no passivo não-circulante,se tiverem vencimento em prazo maior, observado o disposto no parágrafo único do art. 179.” VII – Ajustes de Avaliação Patrimonial: alterada denominação “valor de mercado” para “valor justo”. “Art. 182 (...) § 3o Serão classificadas como ajustes de avaliação patrimonial, enquanto não computadas no resultado do exercício em obediência ao regime de competência, as contrapartidas de aumentos ou diminuições de valor atribuídos a elementos do ativo e do passivo, em decorrência da sua avaliação a valor justo, nos casos previstos nesta Lei ou, em normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários, com base na competência conferida pelo § 3o do art. 177. VIII – Critérios de Avaliação do Ativo e do Passivo: alterada a denominação “valor de mercado” para “valor justo”. Retirado o grupo ativo diferido. Alterado “Passivo Exigível a Longo Prazo” para “Passivo Não Circulante”. “Art. 183. (...) I - ..........................................……………............. a) pelo seu valor justo, quando se tratar de aplicações destinadas à negociação ou disponíveis para venda; e (...) Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade Geral em Exercícios – Div. Bancas 6 § 1o Para efeitos do disposto neste artigo, considera-se valor justo: § 2o A diminuição do valor dos elementos dos ativos imobilizado e intangível será registrada periodicamente nas contas de: § 3o A companhia deverá efetuar, periodicamente, análise sobre a recuperação dos valores registrados no imobilizado e no intangível, a fim de que sejam: “Art. 184. III - as obrigações, encargos e riscos classificados no passivo não circulante serão ajustados ao seu valor presente, sendo os demais ajustados quando houver efeito relevante.” IX – Demonstração do Resultado do Exercício: corrigido um erro causado pelas alterações da Lei no 11.638/07, retornando as “partes beneficiárias” para o local devido (após o Lucro Após o IR, em participações estatutárias). “Art. 187. (...) IV - o lucro ou prejuízo operacional, as outras receitas e as outras despesas; VI - as participações de debêntures, empregados, administradores e partes beneficiárias, mesmo na forma de instrumentos financeiros, e de instituições ou fundos de assistência ou previdência de empregados, que não se caracteri- zem como despesa; X – Fusão, Incorporação e Cisão: CVM estabelecerá normas especiais de avaliação e contabilização. “Art. 226 (...) § 3o A Comissão de Valores Mobiliários estabelecerá normas especiais de avaliação e contabilização aplicáveis às operações de fusão, incorporação e cisão que envolvam companhia aberta.” XI – Coligadas: alterado o conceito (IMPORTANTE!!!) Redação anterior: § 1o São coligadas as sociedades quando uma participa, com 10% (dez por cento) ou mais, do capital da outra, sem controlá-la. Redação Atual: não há mais o critério de percentual do capital. Agora, leva-se em conta a influência significativa. “Art. 243. (...) Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade Geral em Exercícios – Div. Bancas 7 § 1o São coligadas as sociedades nas quais a investidora tenha influência significativa. (...) § 4o Considera-se que há influência significativa quando a investidora detém ou exerce o poder de participar nas decisões das políticas financeira ou operacional da investida, sem controlá-la. § 5o É presumida influência significativa quando a investidora for titular de vinte por cento ou mais do capital votante da investida, sem controlá-la.” XII – Notas Explicativas de Investimentos Avaliados pelo Método de Equivalência Patrimonial: retirada a palavra “relevante”, esquecida na alteração anterior. “Art. 247. As notas explicativas dos investimentos a que se refere o art. 248 devem conter informações precisas sobre as sociedades coligadas e controladas e suas relações com a companhia, indicando:” XIII – Método de Equivalência Patrimonial: retirado o percentual para avaliação de coligadas pelo MEP (IMPORTANTE!!!) Redação Anterior: Art. 248. No balanço patrimonial da companhia, os investimentos em coligadas sobre cuja administração tenha influência significativa, ou de que participe com 20% (vinte por cento) ou mais do capital votante, em controladas e em outras sociedades que façam parte de um mesmo grupo ou estejam sob controle comum serão avaliados pelo método da equivalência patrimonial, de acordo com as seguintes normas: (Redação dada pela Lei nº 11.638,de 2007) Redação Atual: “Art. 248. No balanço patrimonial da companhia, os investimentos em coligadas ou em controladas e em outras sociedades que façam parte de um mesmo grupo ou estejam sob controle comum serão avaliados pelo método da equivalência patrimonial, de acordo com as seguintes normas:” XIV – Consolidação de Balanços: “Art. 250. (...) III - as parcelas dos resultados do exercício, dos lucros ou prejuízos acumula- dos e do custo de estoques ou do ativo não-circulante que corresponderem a resultados, ainda não realizados, de negócios entre as sociedades. (...) § 2o A parcela do custo de aquisição do investimento em controlada, que não for absorvida na consolidação, deverá ser mantida no ativo não-circulante, com dedução da provisão adequada para perdas já comprovadas, e será objeto de nota explicativa. Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade Geral em Exercícios – Div. Bancas 8 XV – Incorporação de Ações: “Art. 252. (...) § 4o A Comissão de Valores Mobiliários estabelecerá normas especiais de avaliação e contabilização aplicáveis às operações de incorporação de ações que envolvam companhia aberta.” XVI – Consórcio: “Art. 279. O consórcio será constituído mediante contrato aprovado pelo órgão da sociedade competente para autorizar a alienação de bens do ativo não- circulante, do qual constarão: Novos Artigos: XVII - Critérios de Avaliação em Operações Societárias Art. 184-A. A Comissão de Valores Mobiliários estabelecerá, com base na competência conferida pelo § 3o do art. 177, normas especiais de avaliação e contabilização aplicáveis à aquisição de controle, participações societárias ou segmentos de negócios.” XVIII - Saldo do Ativo Diferido (grupo extinto) “Art. 299-A. O saldo existente em 31 de dezembro de 2008 no ativo diferido que, pela sua natureza, não puder ser alocado a outro grupo de contas, poderá permanecer no ativo sob essa classificação até sua completa amortização, sujeito à análise sobre a recuperação de que trata o § 3o do art. 183.” § 3o A companhia deverá efetuar, periodicamente, análise sobre a recuperação dos valores registrados no imobilizado, no intangível e no diferido, a fim de que sejam: (Redação dada pela Lei nº 11.638,de 2007) I – registradas as perdas de valor do capital aplicado quando houver decisão de interromper os empreendimentos ou ativi- dades a que se destinavam ou quando comprovado que não poderão produzir resultados suficientes para recuperação des- se valor; ou (Incluído pela Lei nº 11.638,de 2007) II – revisados e ajustados os critérios utilizados para determi- nação da vida útil econômica estimada e para cálculo da de- preciação, exaustão e amortização. (Incluído pela Lei nº 11.638,de 2007) XIX - Saldo do Resultado de Exercícios Futuros (grupo extinto) Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade Geral em Exercícios – Div. Bancas 9 “Art. 299-B. O saldo existente no resultado de exercício futuro em 31 de dezembro de 2008 deverá ser reclassificado para o passivo não-circulante em conta representativade receita diferida. Parágrafo único. O registro do saldo de que trata o caput deverá evidenciar a receita diferida e o respectivo custo diferido.” Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade Geral em Exercícios – Div. Bancas 10 Prova 7. Auditor – TCM/RJ - FGV Questões Comentadas e Resolvidas 104. Segundo a Resolução CFC 921/01, se determinada empresa mercantil firmar contrato de arrendamento mercantil, na qualidade de arrendatária, com a característica de valor residual significativamente inferior ao valor de merca- do do bem na data da opção, o bem arrendado deverá ficar avaliado e eviden- ciado em seu patrimônio: (a) pelo valor do bem, no ativo permanente imobilizado. (b) pelo valor das contraprestações mais o valor residual, no ativo circulante ou realizável a longo prazo. (c) como zero, pois não deve ser reconhecido como patrimônio da arrendatá- ria. (d) pelo valor das contraprestações, no passivo circulante ou exigível a longo prazo. (e) pelo valor residual, como conta redutora do passivo circulante ou exigível a longo prazo. Resolução A questão trata especificamente sobre a Resolução CFC no 921/01, que apro- vou a NBT 10.2, que trata dos aspectos contábeis do ARRENDAMENTO MERCANTIL. Vamos verificar os seus principais aspectos para responder à questão: - As operações de arrendamento mercantil, também conhecidas como le- asing, são conceituadas como transações celebradas entre o proprietário de um determinado bem (arrendador), que concede o uso deste a um terceiro (arrendatário), por um determinado período contratualmente es- tipulado, findo o qual é facultada ao arrendatário a opção de adquirir ou devolver o bem objeto de arrendamento, ou a de prorrogar o contrato. - Classifica-se como arrendamento financeiro a modalidade em que: a) as contraprestações e demais pagamentos previstos no contrato, devidos pela arrendatária, são suficientes para que o arrendador recupere o custo do bem arrendado durante o prazo contratual da operação e, adicionalmente, obtenha retorno sobre os recursos in- vestidos; b) o valor residual - que é a parcela do principal, não incluída nas con- traprestações a serem pagas pela arrendatária, e que serve de base para a opção de compra do bem arrendado - é significativamente in- ferior ao valor de mercado do bem na data da opção; e c) o bem objeto de arrendamento é de tal maneira específico que so- mente aquele arrendatário pode utilizá-lo em sua atividade econô- mica. - Classifica-se como arrendamento operacional a modalidade que não se enquadre, ao menos, em uma das condições estabelecidas acima. Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade Geral em Exercícios – Div. Bancas 11 ARRENDAMENTO FINANCEIRO NAS ENTIDADES ARRENDATÁRIAS - O valor do bem arrendado integra o imobilizado no ativo permanente, devendo ser identificado como sendo objeto de arrendamento financei- ro, em contrapartida ao valor total das contraprestações e do valor re- sidual que deve ser registrado no passivo circulante ou no exigível a longo prazo. - A depreciação desse bem deve ser consistente com a depreciação aplicável a outros ativos de natureza igual ou semelhante. - A diferença entre o valor total das contraprestações, adicionado do valor re- sidual, e o valor do bem arrendado, deve ser registrada como encargo finan- ceiro a apropriar em conta retificadora das contraprestações e do valor residu- al. - O encargo financeiro deve ser apropriado ao resultado, em função do prazo de vencimento das contraprestações pelo critério pro rata dia, mediante a utili- zação do método exponencial, observada a competência. - O pagamento antecipado do valor residual deve ser considerado como uma contraprestação, sendo-lhe atribuído tratamento semelhante. ARRENDAMENTO FINANCEIRO NAS ENTIDADES ARRENDADORAS - O valor total, parcelado ou não das contraprestações e do valor resi- dual - decorrentes de contrato de arrendamento financeiro - deve ser registrada como arrendamentos a receber e classificado no ativo circu- lante ou no realizável a longo prazo. - A diferença entre arrendamentos a receber, de que trata o item anterior, e o custo do bem arrendado devem ser registrados como renda a apropriar, em conta retificadora de arrendamentos a receber. - A renda de que trata o item anterior deve ser apropriada como receita no re- sultado, ao longo do período do contrato de arrendamento financeiro, median- te a utilização do método exponencial, observada a competência. ARRENDAMENTO OPERACIONAL NAS ENTIDADES ARRENDATÁRIAS - As operações de arrendamento operacional, por serem em modalidade em que o bem arrendado proporciona a utilização dos serviços sem que haja com- prometimento futuro de opção de compra - caracterizando-se, essencialmente, como uma operação de aluguel - não devem integrar as contas do balanço patrimonial. - As obrigações decorrentes do contrato de arrendamento operacional não devem integrar as contas do passivo circulante ou exigível a longo prazo, exceto pela parcela devida no mês. Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade Geral em Exercícios – Div. Bancas 12 - As despesas devem ser reconhecidas no resultado pelo critério pro rata dia, em função da data de vencimento das contraprestações, mediante a utilização do método linear, observada a competência. ARRENDAMENTO OPERACIONAL NAS ENTIDADES ARRENDADORAS - Os bens objeto de arrendamento operacional devem ser registrados em conta específica do ativo imobilizado. - As despesas com depreciações devem ser apropriadas mensalmente no re- sultado, em contrapartida à conta específica de depreciação acumulada do ati- vo imobilizado. - Os contratos de arrendamento operacional não devem ser objeto de inclusão nas contas patrimoniais, devendo ser controlados em contas de compensação. - A renda das contraprestações de arrendamento operacional deve ser apropri- ada como receita no resultado, ao longo do período do contrato de arrenda- mento operacional, mediante a utilização do método linear, observada a com- petência. - As parcelas das contraprestações de arrendamento operacional em atraso, cuja contrapartida foi contabilizada em resultado, devem estar classificadas no ativo circulante. Resumo para a prova: Arrendatárias Arrendadoras Arrendamento Financeiro Bem arrendado – Ativo Não Circulante - Imobilizado Contrapartida – Valor total das contraprestações e valor residual – Passivo Circulante ou Passivo Não Circulante Valor total e valor resi- dual – Ativo Circulante ou Ativo Não Circulante – Realizável a Longo Prazo Arrendamento Operacional As obrigações decorrentes do contrato não devem inte- grar as contas do balanço patrimonial, exceto pela par- cela devida no mês Bem arrendado – Ativo Não Circulante - Imobili- zado Contratos de Arrenda- mento – controlados em contas de compensação Parcelas das contrapres- tações em atraso – Ativo Circulante Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade Geral em Exercícios – Div. Bancas 13 Vamos à resolução da questão: Se determinada empresa mercantil firmar contrato de arrendamento mercantil, na qualidade de arrendatária, com a característica de valor residual significativamente inferior ao valor de mercado do bem na da- ta da opção, caracteriza um ARRENDAMENTO FINANCEIRO. Neste caso, o bem arrendado deverá ficar avaliado e evidenciado no patrimônio da empresa arrendatária pelo seu valor, no ativo não circu- lante imobilizado (após as alteraçõesda MP no 449/08). GABARITO: A 105. Segundo a Resolução CFC 1.110/07, assinale o valor da variação que de- verá sofrer o patrimônio da Empresa Industrial X ao efetuar, adequadamente, o lançamento contábil relativo ao teste de recuperabilidade do equipamento Y, sabendo-se que: 1. o valor de registro original do equipamento Y é $100.000,00; 2. a depreciação acumulada do equipamento Y, até a data do teste, é $40.000,00; 3. o valor de mercado do equipamento Y, na data do teste, é $62.000,00; 4. caso a Empresa X vendesse o equipamento Y, na data do teste, incorreria em gastos associados a tal transação no montante de $13.000,00; 5. caso a Empresa X não vendesse o equipamento Y e o continuasse utilizando no processo produtivo, seria capaz de produzir 10.000 unidades do produto Z por ano pelos próximos 3 anos; 6. o preço de venda do produto Z é $10,00 por unidade; 7. os gastos médios incorridos na produção e venda de uma unidade de produ- to Z é $8,00; 8. o custo de capital da Empresa X é 10% ao ano; 9. a Empresa X é sediada num paraíso fiscal; portanto, ignore qualquer tributo. (a) entre $ –15.000,00 e $ –10.801,00 (b) entre $ –10.800,00 e $ –5.001,00 (c) entre $ –5.000,00 e $ –1,00 (d) zero (e) entre $1,00 e $2.000,00 Resolução Antes de resolver a questão, vamos estudar os conceitos principais da Resolu- ção no 1.110/07, que aprovou a NBC T 19.10, que trata da redução do valor recuperável de ativos: Valor recuperável de um ativo ou de uma unidade geradora de caixa é o maior valor entre o valor líquido de venda de um ativo e seu valor em uso. Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade Geral em Exercícios – Div. Bancas 14 Valor em uso é o valor presente de fluxos de caixa futuros estimados, que devem resultar do uso de um ativo ou de uma unidade geradora de caixa. Os seguintes elementos devem ser refletidos no cálculo do valor em uso do ativo: - estimativa dos fluxos de caixa futuros que a entidade espera obter com esse ativo; - expectativas sobre possíveis variações no montante ou período desses fluxos de caixa futuros; - o valor do dinheiro no tempo, representado pela atual taxa de juros livre de risco; - o preço decorrente da incerteza inerente ao ativo; e - outros fatores, tais como falta de liquidez, que participantes do mercado iriam considerar ao determinar os fluxos de caixa futu- ros que a entidade espera obter com o ativo. Valor líquido de venda é o valor a ser obtido pela venda de um ativo ou de uma unidade geradora de caixa em transações em bases comutati- vas, entre partes conhecedoras e interessadas, menos as despesas es- timadas de venda. Despesas de venda ou de baixa são despesas incrementais diretamen- te atribuíveis à venda ou à baixa de um ativo ou de uma unidade gera- dora de caixa, excluindo as despesas financeiras e de impostos sobre o resultado gerado. Perda por desvalorização é o valor pelo qual o valor contábil de um a- tivo ou de uma unidade geradora de caixa excede seu valor recuperá- vel. Valor contábil é o valor pelo qual um ativo está reconhecido no balanço depois da dedução de toda respectiva depreciação, amortização ou e- xaustão acumulada e provisão para perdas. Depreciação, amortização e exaustão é a alocação sistemática do valor depreciável, amortizável e exaurível de ativos durante sua vida útil. Valor depreciável, amortizável e exaurível é o custo de um ativo, ou outra base que substitua o custo nas demonstrações contábeis, menos seu valor residual. Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade Geral em Exercícios – Div. Bancas 15 Valor residual é o valor estimado que uma entidade obteria pela venda do ativo, após deduzir as despesas estimadas de venda, caso o ativo já tivesse a idade e a condição esperadas para o fim de sua vida útil. Vida útil é: (a) o período de tempo no qual a entidade espera usar um ativo; ou (b) o número de unidades de produção ou de unidades semelhan- tes que a entidade espera obter do ativo. Unidade geradora de caixa é o menor grupo identificável de ativos que gera as entradas de caixa, que são em grande parte independentes das entradas de caixa de outros ativos ou de grupos de ativos. Ativos corporativos são ativos, exceto ágio por expectativa de rentabi- lidade futura (goodwill), que contribuem, mesmo que indiretamente, para os fluxos de caixa futuros, tanto da unidade geradora de caixa sob revisão, quanto da de outras unidades geradoras de caixa. Mercado ativo é um mercado onde todas as seguintes condições exis- tem: (a) os itens transacionados no mercado são homogêneos; (b) vendedores e compradores com disposição para negociar são encontrados a qualquer momento para efetuar a transação; e (c) os preços estão disponíveis para o público. - Um ativo está desvalorizado quando seu valor contábil excede seu valor recuperável. Vamos à resolução da questão: I – Cálculo do Valor Contábil do Equipamento Y: Valor de Registro – Equipamento Y 100.000 (-) Depreciação Acumulada (40.000) Valor Contábil – Equipamento Y 60.000 II – Cálculo do Valor Líquido de Venda do Equipamento Y: Valor de Mercado – Equipamento Y 62.000 (-) Gastos Incorridos na Transação de Venda (13.000) Valor Líquido de Venda 49.000 III – Cálculo do Valor em Uso do Equipamento Y: Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade Geral em Exercícios – Div. Bancas 16 I – Ano 1: Receita Bruta de Vendas = 10.000 unidades x R$ 10,00 100.000 (-) Gastos incorridos na produção e venda = 10.000 x R$ 8,00 (80.000) Resultado do Ano 1 20.000 Custo de Capital = 10% ao ano Valor Presente 1 = 20.000/(1 + 10%) = 20.000/1,1 = 18.181,82 II – Ano 2: Receita Bruta de Vendas = 10.000 unidades x R$ 10,00 100.000 (-) Gastos incorridos na produção e venda = 10.000 x R$ 8,00 (80.000) Resultado do Ano 2 20.000 Valor Presente 2 = 20.000/(1 + 10%)2 = 20.000/1,12 = 16.528,93 III – Ano 3: Receita Bruta de Vendas = 10.000 unidades x R$ 10,00 100.000 (-) Gastos incorridos na produção e venda = 10.000 x R$ 8,00 (80.000) Resultado do Ano 3 20.000 Valor Presente 3 = 20.000/(1 + 10%)3 = 20.000/1,13 = 15.026,30 Valor em Uso = 18.181,82 + 16.528,93 + 15.026,30 = 49.737,04 IV – Cálculo do Valor Recuperável: Valor Líquido de Venda = 49.000 Valor em Uso = 49.737,04 Como o valor em uso é maior que o valor líquido de venda, o valor recuperável será igual ao valor em uso. Valor Recuperável = Valor em Uso = 49.737,04 V – Cálculo da Variação do Patrimônio da Empresa X: Valor Recuperável 49.737,04 (-) Valor Contábil – Equipamento Y (60.000,00) Perda por Desvalorização (10.262,96) GABARITO: B Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade Geral em Exercícios – Div. Bancas 17 106. Com base na Resolução CFC 1.120/08, analise as afirmativas a seguir: I. As variações cambiais resultantes de conversão das demonstrações contá- beis para moeda diferente da moeda funcional devem ser reconhecidas em conta específica no resultado não-operacional. II. As variações cambiais que surgem da liquidação de itens monetários ao converter itens monetários por taxas diferentes daquelas pelas quais foram inicialmente convertidas durante o período, ou em demonstrações contábeis anteriores, devem ser reconhecidas como receita ou despesa no período em que surgirem, com exceção das variações cambiais de itens monetários que fazem parte do investimento líquido da entidade quereporta em uma entidade no exterior. III. Uma entidade pode apresentar suas demonstrações contábeis em qualquer moeda (ou moedas). Assinale: (a) se somente a afirmativa I estiver correta. (b) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas. (c) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas. (d) se somente a afirmativa II estiver correta. (e) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas. Resolução Antes de resolver a questão, vamos estudar os conceitos principais da Resolu- ção no 1.120/08, que aprovou a NBC T 7, que trata dos efeitos das mudanças nas taxas de câmbio e conversão de demonstrações contábeis: Taxa de fechamento é a taxa de câmbio vigente na data do balanço para ope- rações a vista. Variação cambial é a diferença resultante da conversão de um valor em uma moeda para um valor em outra moeda, a diferentes taxas cambiais. Valor justo é o valor pelo qual um ativo pode ser negociado, ou um passivo liquidado, entre partes interessadas, conhecedoras do negócio e independen- tes entre si, com a ausência de fatores que pressionem para a liquidação da transação ou que caracterizem uma transação compulsória. Moeda estrangeira é uma moeda diferente da moeda funcional de uma entidade. Moeda funcional é a moeda do ambiente econômico principal no qual a entidade opera. Conglomerado é o conjunto da entidade controladora e de todas as suas con- troladas. Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade Geral em Exercícios – Div. Bancas 18 Itens monetários são aqueles representados por dinheiro ou por direitos a se- rem recebidos e obrigações a serem liquidadas em dinheiro. Itens não-monetários são aqueles representados por ativos e passivos que não serão recebidos ou liquidados em dinheiro. Investimento líquido em uma entidade no exterior é o valor da participação detida pela entidade investidora no patrimônio líquido da entidade investida, adicionado (ou diminuído) de crédito ou (débito) junto a essa investida que tenha natureza de investimento. Moeda de apresentação é a moeda na qual as demonstrações contá- beis são apresentadas. Taxa de câmbio a vista é a taxa normalmente utilizada para liquidação imedia- ta das operações de câmbio; no Brasil, a taxa a ser utilizada é a divulgada pe- lo Banco Central do Brasil. A característica essencial de um item monetário é o direito de receber (ou a obrigação de entregar) um número fixo ou determinável de uni- dades de moeda. Os exemplos incluem: pensões e outros benefícios a funcionários a serem pagos em dinheiro; provisões a serem liquidadas em dinheiro; dividendos reconhecidos como obrigações. Da mesma forma, um contrato para receber (ou entregar) um número variável de instrumentos patrimoniais próprios da entidade ou uma quantidade variável de ativos cujos valores justos a serem recebidos (ou entre- gues) são iguais a um número fixo ou variável de unidades da moeda é considerado um item monetário. Por outro lado, a característica essencial de um item não-monetário é a ausência do direito a receber (ou da obrigação a entregar) um nú- mero fixo ou determinável de unidades de moeda. Os exemplos inclu- em: ativos intangíveis, estoques, adiantamentos a fornecedores, ativo imobilizado, adiantamentos de clientes, provisões a serem liquidadas com a entrega de um ativo não-monetário. Vamos analisar as alternativas: I. As variações cambiais resultantes de conversão das demonstrações contá- beis para moeda diferente da moeda funcional devem ser reconhecidas em conta específica no resultado não-operacional. A moeda diferente da moeda funcional é a moeda estrangeira. De acordo com a NBC T 7, temos: - Uma transação em moeda estrangeira deve ser contabilizada, no seu reco- nhecimento inicial, na moeda funcional, aplicando-se, à importância em moe- da estrangeira, a taxa de câmbio à vista entre a moeda funcional e a moeda estrangeira na data da transação. Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade Geral em Exercícios – Div. Bancas 19 - Na data de cada balanço: (a) os itens monetários em moeda estrangeira devem ser convertidos usando-se a taxa de fechamento; (b) os itens não-monetários que são mensurados ao custo histórico em uma moeda estrangeira devem ser convertidos usando-se a taxa cambial da data da transação; e (c) os itens não-monetários que são mensurados ao seu valor justo em uma moeda estrangeira devem ser convertidos usando-se as taxas cambiais da data em que o valor justo for determinado. - Quando itens monetários surgem de transações em moeda estran- geira e há uma mudança na taxa de câmbio entre a data da transação e a data da liquidação, o resultado é uma variação cambial. Quando a transação é liquidada dentro do mesmo período contábil em que ocor- reu, toda a variação cambial é reconhecida nesse mesmo período. En- tretanto, quando a transação é liquidada num período contábil subse- qüente, a variação cambial reconhecida em cada período, até a data de liquidação, é determinada pela mudança nas taxas de câmbio ocor- rida durante cada período. - Quando um ganho ou uma perda sobre itens não-monetários for re- conhecido diretamente no patrimônio líquido, qualquer variação cam- bial atribuída àquele componente de ganho ou perda deve, também, ser reconhecida diretamente no patrimônio líquido. Por outro lado, quando um ganho ou uma perda sobre um item não-monetário for re- conhecido no resultado do período, qualquer variação cambial atribu- ída àquele ganho ou perda deve, também, ser reconhecido no resulta- do. Resumindo, a NBC T 7, em nenhum momento, determina que as varia- ções monetárias devem ser reconhecidas em contas específicas do resul- tado não-operacional da empresa. Além disso, de acordo o Regulamento do Imposto de Renda: Na determi- nação do lucro operacional deverão ser incluídas, de acordo com o re- gime de competência, as contrapartidas das variações monetárias, em função da taxa de câmbio ou de índices ou coeficientes aplicáveis, por disposição legal ou contratual, dos direitos de crédito do contribuinte, as- sim como os ganhos cambiais e monetários realizados no pagamento de obrigações As variações monetárias serão consideradas, para efei- to da legislação do imposto, como receitas ou despesas financei- ras. Logo, a alternativa está INCORRETA. Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade Geral em Exercícios – Div. Bancas 20 II. As variações cambiais que surgem da liquidação de itens monetários ao converter itens monetários por taxas diferentes daquelas pelas quais foram inicialmente convertidas durante o período, ou em demonstrações contábeis anteriores, devem ser reconhecidas como receita ou despesa no período em que surgirem, com exceção das variações cambiais de itens monetários que fazem parte do investimento líquido da entidade que reporta em uma entidade no exterior. De acordo com o item 31 da NBC T 7: As variações cambiais que surgem da liquidação de itens monetários ao converter itens mo- netários por taxas diferentes daquelas pelas quais foram inicial- mente convertidas durante o período, ou em demonstrações con- tábeis anteriores, devem ser reconhecidas como receita ou des- pesa no período em que surgirem, com exceção das variações cambiais tratadas no item 35. Já o item 35: As variações cambiais resultantes de itens monetá- rios que fazem parte do investimento líquido da entidade que re- porta em uma entidade no exterior devem ser reconhecidas no resultado nas demonstrações contábeis individuais da entidade que reporta ou nas demonstraçõescontábeis individuais da enti- dade no exterior, conforme apropriado. Nas demonstrações contá- beis que incluem a entidade no exterior e a entidade que reporta (ex., demonstrações contábeis consolidadas), tais variações cambiais devem ser registradas, inicialmente, em uma conta específica do patrimônio lí- quido e reconhecidas em receita ou despesa na venda do investimento líquido. Logo, a alternativa está CORRETA. III. Uma entidade pode apresentar suas demonstrações contábeis em qualquer moeda (ou moedas). De acordo com o item 20 da NBC T 7: Ao elaborar as demonstrações contábeis, cada entidade seja ela uma entidade autônoma, uma enti- dade com operações no exterior ou uma entidade no exterior (como controlada ou filial) determina sua moeda funcional, converte os itens expressos em moeda estrangeira para sua moeda funcional e contabiliza os efeitos de tal conversão. Contudo, de acordo com os itens 21, 22 e 44 da referida norma: 21. Muitas entidades são compostas de diversas entidades individuais (ex., um grupo formado pela controladora e uma ou mais controladas). Vários tipos de entidades, participantes ou não de um grupo, podem ter investimentos em coligadas ou joint ventures. Também podem existir fi- liais, agências, sucursais ou dependências. É necessário que as demons- trações do resultado e do balanço patrimonial de cada entidade individu- al incluída na entidade investidora sejam convertidas para a moeda utili- zada por essa entidade investidora nas suas demonstrações contábeis. Esta Norma permite que a moeda de apresentação das demons- trações contábeis da entidade que reporta seja qualquer moeda Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade Geral em Exercícios – Div. Bancas 21 (ou moedas). 22. Esta Norma também permite que uma entidade autônoma, sem controladas, que prepara suas demonstrações contábeis, ou uma entidade que prepara suas demonstrações contábeis indivi- duais prepare essas demonstrações em qualquer moeda (ou mo- edas). 44. Uma entidade pode apresentar suas demonstrações contábeis em qualquer moeda (ou moedas). Se a moeda de apresentação das demonstrações contábeis diferir da moeda funcional da entidade, seus resultados e seu balanço patrimonial devem ser convertidos para a moe- da de apresentação. Por exemplo, quando um grupo é compreendido por entidades individuais com diferentes moedas funcionais, os resultados e o balanço patrimonial de cada entidade devem ser expressos em uma mesma moeda comum a todas elas para que as demonstrações contá- beis consolidadas possam ser apresentadas. Logo, a alternativa está CORRETA. GABARITO: E 107. Determinada empresa industrial fabrica e vende dois produtos: M e C. Observe os dados desses dois produtos: Produto M C Preço de venda 25,00 15,00 Matéria-prima A (em kg/unid.) 1 1,2 Matéria-prima B (em kg/unid.) 2 0,5 Horas-máquina 1 (em h/unid.) 2 2 Horas-máquina 2 (em h/unid.) 3 1 Demanda (em unid./mês) 50 80 Sabe-se que os recursos são onerosos e limitados, conforme a tabela a seguir: Recursos custo unitário disponibilidade Matéria-prima A $ 1,00/kg 140kg Matéria-prima B $ 2,00/kg 150kg Máquina 1 $ 3,00/h 300h Máquina 2 $ 4,00/h 300h Sabe-se, ainda, que: I. a empresa não tem como aumentar as suas disponibilidades no próximo mês; portanto, precisa gerenciar aquelas restrições; II. a empresa tem por política trabalhar sem estoque final de produtos acaba- dos. Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade Geral em Exercícios – Div. Bancas 22 Assinale a alternativa que indique quantas unidades a empresa precisa produ- zir e vender de cada produto no próximo mês para maximizar seu resultado nesse próximo mês. (a) M = 25; C = 0 (b) M = 0; C = 116,67 (c) M = 44; C = 80 (d) M = 44; C =96 (e) M = 50; C = 80 Resolução I – Cálculo da Margem de Contribuição Unitária do Produto “M” (MCUm): MCUm = Preço de Venda Unitário – Custos Variáveis Unitários Custos Variáveis Unitários do Produto “M”: Matéria-Prima A = 1 kg/unid. x R$ 1,00/kg R$ 1,00 Matéria-Prima B = 2 kg/unid. x R$ 2,00/kg R$ 4,00 Horas-Máquina 1 = 2 h/unid. x R$ 3,00/h R$ 6,00 Horas-Máquina 2 = 3 h/unid. x R$ 4,00/h R$ 12,00 Custos Variáveis Unitários de “M” R$ 23,00 MCUm = R$ 25,00 – R$ 23,00 = R$ 2,00 por unidade II – Cálculo da Margem de Contribuição Unitária do Produto “C” (MCUc): MCUc = Preço de Venda Unitário – Custos Variáveis Unitários Custos Variáveis Unitários do Produto “C”: Matéria-Prima A = 1,2 kg/unid. x R$ 1,00/kg R$ 1,20 Matéria-Prima B = 0,5 kg/unid. x R$ 2,00/kg R$ 1,00 Horas-Máquina 1 = 2 h/unid. x R$ 3,00/h R$ 6,00 Horas-Máquina 2 = 1 h/unid. x R$ 4,00/h R$ 4,00 Custos Variáveis Unitários de “C” R$ 12,20 MCUc = R$ 15,00 – R$ 12,20 = R$ 2,80 por unidade Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade Geral em Exercícios – Div. Bancas 23 III – Quantidade de “C” Produzida: Como a empresa tem por política trabalhar sem estoque final de produtos aca- bados, devem ser produzidas, no máximo, as unidades demandadas no mês. Logo, como MCUc > MCUm, temos que primeiramente, tentar produzir a quan- tidade máxima do produto “C”. Demanda de “C” no mês = 80 unidades Consumo de recursos: Matéria-Prima A = 1,2 kg/unid. x 80 unidades = 96 kg Matéria-Prima B = 0,5 kg/unid. x 80 unidades = 40 kg Horas-Máquina 1 = 2 h/unid. x 80 unidades = 160 h Horas-Máquina 2 = 1 h/unid. x 80 unidades = 80 h Logo, há recursos suficientes para produzir as 80 unidades do produto “C”. IV – Quantidade de “M” Produzida: Saldo dos recursos disponíveis: Matéria-Prima A = 140 kg - 96 kg = 44 kg Matéria-Prima B = 150 kg - 40 kg = 110 kg Horas-Máquina 1 = 300 h - 160 h = 140 h Horas-Máquina 2 = 300 h - 80 h = 220 h Consumo máximo de recursos para produção de “M” Matéria-Prima A = 44 kg/1 kg/unid. = 44 unidades Matéria-Prima B = 110 kg/2 kg/unid. = 55 unidades Horas-Máquina 1 = 140 h/2 h/unid. = 70 unidades Horas-Máquina 2 = 220/3 h/unid. = 73,3 unidades Logo, só é possível produzir, no máximo, 44 unidades do produto “M”. GABARITO: C Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade Geral em Exercícios – Div. Bancas 24 108. Determinada empresa industrial é monoprodutora. Nos meses de março e abril passados, apurou o seguinte: março abril Estoque inicial(em unidades) - - Produção (em unidades) 1.000 1.200 Vendas (em unidades) 1.000 1.000 Custo total de fabricação (em $) 15.000,00 17.000,00 Receita bruta de vendas (em $) 25.000,00 25.000,00 Sabe-se que: • a empresa controla seus estoques permanentemente e os avalia pelo método PEPS; • a empresa incorre, ainda, em despesas fixas de $3.000,00 por mês e em despesas variáveis equivalentes a 10% da receita bruta mensal; • a empresa não pretende acabar o mês de maio com produtos acabados em estoque; • a empresa é contribuinte do imposto de renda sobre o lucro à alíquota de 20%; e • não houve variação de preços no período. Assinale a alternativa que indique quantas unidades a empresa precisa produ- zir em maio para que o lucro líquido de maio, pelo custeio por absorção, seja $5.000,00. (a) mais de 1.150 unidades (b) entre 1.101 unidades e 1.150 unidades (c) entre 801 unidades e 950 unidades (d) entre 951 unidades e 1.100 unidades (e) menos de 800 unidades Resolução Vamos relembrar os conceitos de Custeio por Absorção: Custeio por absorção é método de apropriação de custos cujo objetivoé ra- tear todos os seus elementos (custos fixos ou custos variáveis) em cada fase da produção. Ou seja, no custeio por absorção um custo será apropriado quando for atribuído a um produto ou unidade de produção. Deste modo, cada produto receberá sua parte no custo até que todo o valor aplicado seja total- mente absorvido pelo Custo dos Produtos Vendidos (CPV) ou pelos Estoques Finais (EF). O custeio por absorção é uma imposição do Regulamento do Imposto de Renda, que determina que os produtos em fabricação e os produtos acabados serão avaliados pelo custo de produção. Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade Geral em Exercícios – Div. Bancas 25 Para apuração por custeio por absorção deve-se adotar o seguinte procedimen- to: 1. Separação de custos e despesas; 2. Apropriação dos custos diretos e indiretos à produção realizada no pe- ríodo; 3. Apuração do custo dos produtos acabados; 4. Apuração do custo dos produtos vendidos; e 5. Apuração do resultado. Apuração da produção acabada, dos produtos em elaboração e dos produtos vendidos: Estoque inicial de materiais diretos (+) Custo de Aquisição das compras de materiais diretos (*) (-) Estoque final de materiais diretos (=) Materiais Diretos Consumidos (MD) (+) Mão-de-Obra Direta (MOD) (+) Custos Indiretos de Fabricação (CIF) (=) Custo de Produção do Período (CPP) (+) Estoque inicial de produtos em elaboração (-) Estoque final de produtos em elaboração (=) Custo da Produção Acabada (+) Estoque inicial de produtos acabados (-) Estoque final de produtos acabados Custo dos Produtos Vendidos (CPV) (*) Compras de materiais diretos: (+) Valor da Compra (-) Impostos Recuperáveis (+) Valor do frete suportado pelo adquirente (subtraído do ICMS recuperável incidente na operação) (+) Seguros (+) Gastos com o Desembaraço Aduaneiro (no caso de importação) (-) Descontos Incondicionais Obtidos (Descontos Comerciais) Custo de Aquisição da Compras de Materiais Diretos (*) São exemplos de Custos Indiretos de Fabricação (CIF): Materiais indiretos Mão-de-obra indireta Energia elétrica Combustíveis Manutenção de máquinas Conta de telefone da fábrica Aluguel da fábrica Aluguel de equipamentos Depreciação Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade Geral em Exercícios – Div. Bancas 26 Seguros da fábrica Imposto predial Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade Geral em Exercícios – Div. Bancas 27 Apuração do Resultado Receita Bruta (-) Deduções da Receita Bruta (*) (=) Receita Líquida (-) Custo dos Produtos Vendidos (=) LUCRO BRUTO (-) Despesas c/ Vendas (-) Despesas Financeiras (+) Receitas Financeiras (-) Despesas Gerais e Administrativas (-) Outras Despesas Operacionais (+) Outras Receitas Operacionais (=) LUCRO/PREJUÍZO OPERACIONAL (+) Receitas Não-operacionais (-) Despesas Não-operacionais (-) Despesa com Provisão da CSLL (Contribuição Social sobre o Líquido) (=) RESULTADO DO EXERCÍCIO ANTES DO IMPOSTO DE RENDA (-) Despesa c/ Provisão do Imposto de Renda (-) Despesa c/ Participações Societárias sobre o Lucro Participações de Debêntures Participações de Empregados Participações de Administradores Participações de Partes Beneficiárias (=) LUCRO/PREJUÍZO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO (*) Vendas Líquidas (VL) = Vendas Brutas – Deduções Deduções (contas retificadoras da receita bruta): - Devoluções de Vendas; - Abatimentos sobre Vendas; - Descontos Incondicionais Concedidos; - Impostos sobre Vendas (ICMS, ISS e IE); e - Contribuições Sociais sobre Vendas (PIS e Cofins). Vantagens e Desvantagens do Custeio por Absorção Vantagens: inclusão de todos os custos no resultado (custos fixos, cus- tos variáveis, custos diretos e custos indiretos); atende ao princípio da competência. Desvantagem: inclusão de custos indiretos por meio de rateio arbitrário de seus valores. Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade Geral em Exercícios – Div. Bancas 28 Apropriação de Custos: Custos de Produção: custos diretos e custos indiretos Custos Diretos: são alocados à produção diretamente da conta em que estão registrados para a conta da elaboração ou processamento. Exem- plos: custos de matéria-prima, mão-de-obra direta, etc. Para uma apro- priação correta, basta uma mensuração precisa do consumo ou utiliza- ção, ou seja, obedece a condições objetivas. Custos Indiretos de Fabricação: utilizam um procedimento de rateio e obedece a condições subjetivas em relação ao processo de rateio adota- do. Rateio dos Custos Indiretos: as principais bases de rateio dos custos indiretos são: - horas-máquina; - consumo de materiais diretos; - mão-de-obra direta aplicada; - receita de vendas; - quantidade produzida; - outros. Rateio dos Custos na Departamentalização: um dos objetivos da de- partamentalização é tornar mais preciso o critério de rateio. Departamentalização: departamento é uma unidade mínima que concentra custos e desenvolve atividades homogêneas. A departa- mentalização representa um critério eficaz para apropriação de custos indiretos, onde cada departamento é dividido em um ou mais centros de custos. É muito utilizada em empresa cujo proces- so produtivo passa por fases de produção. Ex: Indústria de café: as fases de produção são a seleção de grãos, torrefação, moagem e embalagem. Centro de Custo: é a menor fração de atividade ou área de res- ponsabilidade para a qual é realizada a acumulação de custos. Pode coincidir com departamento ou não. Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade Geral em Exercícios – Div. Bancas 29 Vamos à resolução da questão: Primeiramente, é preciso descobrir o que são custos fixos e o que são custos variáveis. De acordo com os dados da questão: Março: Produção de 1.000 unidades a um custo total de R$ 15.000,00 Abril: Produção de 1.200 unidades a um custo total de R$ 17.000,00 Logo, as 200 unidades a mais produzidas em abril (1.200 – 1.000) geraram um custo a mais de R$ 2.000,00 (R$ 17.000,00 – R$ 15.000,00). Com isso, tem-se: Custo Variável = R$ 2.000,00 Custo Variável Unitário = R$ 2.000,00/200 unidades = R$ 10,00/unidade Tendo o custo variável unitário, é possível determinar o custo fixo: Em Março => Produção de 1.000 unidades a um custo total de R$ 15.000,00 Custo Total = Custos Variáveis + Custos Fixos => 15.000 = 10 x 1.000 + Custos Fixos => Custos Fixos = 5.000 Agora, como a questão parte do lucro líquido, temos que fazê-la começando pelo resultado do exercício: Lucro Líquido do Exercício 5.000 (+) Provisão para o Imposto de Renda 20% x LAIR Lucro Antes do Imposto de Renda LAIR LAIR = 5.000 + 20% x LAIR => 0,8 x LAIR = 5.000 => LAIR = 6.250 Como não houve variação de preços no período, deve ser considerada, como Preço de Venda Unitário (PVu) do mês de maio, o mesmo valor obtido em mar- ço e abril: PVu = 25.000/1.000 = R$ 25,00 Além disso, a questão fala que não há estoque final em maio. Há que se res- saltar, também, que, da produção de abril sobraram 200 unidades (produziu 1.200 unidades e vendeu 1.000 unidades). Logo, a Receita Bruta de Vendas (RBV) do mês de maio será: RBV = (200 unid + Qpm) x 25 = 5.000 + 25 x Qpm Qpm = quantidade produzida em maio Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade Geral em Exercícios – Div. Bancas 30 Lucro Antes do Imposto de Renda 6.250 (+) Despesas Fixas 3.000 (+)Despesas Variáveis = 10% x (5.000 + 25 x Qpm) 500 + 2,5 x Qpm Lucro Bruto 9.750 + 2,5 x Qpm (+) Custo dos Produtos Vendidos (CPV) CPV Receita Bruta de Vendas 5.000 x 25 x Qpm 9.750 + 2,5 x Qpm + CPV = 5.000 + 25 x Qpm => CPV = 22,5 x Qpm – 4.750 No CPV, temos que considerar também o custo das 200 unidades que foram produzidas em abri, mas que serão vendidas somente em maio: CPV (abril) = Custo Total de Fabricação/Produção = 17.000/1.200 = 14,17 CPV (Maio) = Custos Fixos + Custos Variáveis + 200 x 14,17 (sobra de a- bril)=> 22,5 x Qpm – 4.750 = 5.000 + 10 x Qpm + 2.833,33 => 12,5 x Qpm = 12.583,33 => Qpm = 12.583,33/12,5 ≈ 1006 unidades GABARITO: D 109. Determinada empresa industrial fabrica e vende dois produtos: N e L. Fa- se significativa da produção é comum a esses dois produtos. Durante a fase de produção conjunta, incorre-se em custos de transformação no valor de $200.000,00, e mais em custos básicos conforme a tabela a seguir: recursos produção con- junta quantidade consumida (em kg) custo unitário (em $/kg) Matéria-prima 1 8.000 12,50 Matéria-prima 2 2.000 100,00 No ponto de separação, identificou-se que a produção conjunta pesava 10.000kg, dos quais 1.000kg eram de produtos N semi-elaborados e 9.000kg eram de produto L semi-elaborado. Para terminar a produção, incorreu-se em mais custos de transformação, sendo $20.000,00 na produção de N e $150.000,00 na produção de L. Sabe-se que: • os preços de venda são: N = $72,00/kg e L = $70,00/kg; • nesse mês a empresa vendeu: N = 600 kg e L = 8.100kg; • não havia estoques iniciais; • toda a produção iniciada foi encerrada no mesmo período; • a empresa trabalha com o controle periódico de estoques e os avalia pelo custo médio ponderado; e • nesse mês a empresa incorreu em despesas comerciais e administrativas que totalizaram $25.000,00. Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade Geral em Exercícios – Div. Bancas 31 Desconsiderando-se qualquer tributo, é correto afirmar que o lucro bruto, pelo custeio por absorção, dessa empresa nesse mês foi: (a) de mais de $7.000,00. (b) entre $5.001,00 e $7.000,00. (c) entre $3.001,00 e $5.000,00. (d) entre $1.001,00 e $3.000,00. (e) de menos de $1.000,00. Resolução I – Custos de produção de N e L : I.1 – Produção Conjunta Custos de Transformação = $ 200.000,00 Peso = 10.000 kg (1.000 kg de N e 9.000 kg de L) Matéria-Prima 1 = 8.000 kg x $ 12,50/kg = $ 100.000,00 Matéria-Prima 2 = 2.000 kg x $ 100,00/kg = $ 200.000,00 Custo Total da Produção Conjunta = 200.000 + 100.000 + 200.000 => Custo Total da Produção Conjunta = 500.000 Custo da Produção de N = Custo Total x quantidade de “N”/quantidade total Custo da Produção de N = 500.000 x 1.000 kg/(1.000 kg + 9.000 kg) Custo da Produção de N = 500.000/10 = 50.000 Custo da Produção de L = 500.000 – 50.000 = 450.000 I.2 – Produção em separado: Custo Total da Produção de N = 50.000 + 20.000 = 70.000 (1.000 kg) Custo Total da Produção de L = 450.000 + 150.000 = 600.000 (9.000 kg) II – Cálculo do Lucro Bruto: II.1 – Custo dos Produtos Vendidos (CPV): primeiramente, há que se ressaltar que é adotado o custo médio ponderado dos estoques. Logo: Custo Médio Ponderado = (CTn + CTl)/(Qn + Ql) Qn = Quantidade produzida de “N” = 1.000 kg CTn = Custo Total da Produção de “N” = $ 70.000,00 Ql = Quantidade produzida de “L” = 9.000 kg CTl = Custo Total da Produção de “L” = $ 600.000,00 Custo Médio Ponderado = (70.000 + 600.000)/10.000 => => Custo Médio Ponderado = $ 67,00/kg Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade Geral em Exercícios – Div. Bancas 32 CPVn = 600 kg x $ 67,00 = $ 40.200,00 CPVl = 8.100 kg x 67,00 = $ 542.700,00 II.2 – Lucro Bruto: Receita Bruta de Vendas (RBV) RBVn = $ 72,00/kg x 600 kg 43.200 RBVl = $ 70,00/kg x 8.100 kg 567.000 RBV 610.200 (-) CPV = 542.700 + 40.200 (582.900) Lucro Bruto 27.300 (*) ATENÇÃO!!! As despesas comerciais e administrativas são coloca- das, na Demonstração do Resultado do Exercício, após o Lucro Bruto, para apurar o Lucro Operacional Líquido. GABARITO: A Com base no enunciado a seguir, responda às questões 110 a 113: A Cia. JMAP vende o produto PAMJ. A empresa apresenta o seguinte Balanço em 31.08.X8: ATIVO - PASSIVO + PATRIMÔNIO LÍQUIDO – Disponibilidades 76.000 Fornecedores 26.500 Estoques 25.000 Contas a Pagar 20.000 Móveis e Utensílios 200.000 Capital Social 180.000 (-) Depreciação acumulada -16.000 Lucros Acumula- dos 58.500 Total 285.000 285.000 Informações adicionais: i) o Estoque é constituído por 1.000 unidades adquiridas por R$ 25,00 cada. A empresa adota o CMPM (Custo médio ponderado móvel) – controle permanen- te; ii) os Móveis e Utensílios são depreciados à taxa de 12% ao ano. A empresa efetuou as seguintes operações no mês de setembro de X8: Data Evento 01 A empresa efetuou o seguro anual de seu patrimônio, mediante o pa- gamento do prêmio de seguro no valor total de R$ 6.000,00, à vista. 02 Compra 1.000 unidades de PAMJ por R$ 26,00 cada, para pagar em outubro/X8. 05 Compra 2.500 unidades de PAMJ por R$ 24,80 cada, à vista. 10 Venda de 3.000 unidades de PAMJ por R$ 35,00 cada, sendo que me- tade à vista e metade a prazo para recebimento em 30 dias. 15 Venda de 1.100 unidades de PAMJ por R$ 30,00 cada, à vista. 22 Compra 2.000 unidades de PAMJ por R$ 25,50, para pagamento em 60 Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade Geral em Exercícios – Div. Bancas 33 dias. 25 Aumento do Capital Social em R$ 35.000,00, sendo R$ 5.000,00 em dinheiro e o restante em integralização de parte do saldo de lucros a- cumulados. 26 Pagamento de R$ 38.000,00 aos fornecedores e da totalidade do saldo das contas a pagar. 30 Reconhecimento e pagamento de despesas administrativas e comerci- ais no montante total de R$ 18.000,00, sendo R$ 8.000,00 relativos a serviços de terceiros e o restante a pessoal próprio. 30 Apropriação mensal da despesa de seguro e depreciação dos móveis e utensílios. 30 Constatou que o valor realizável líquido, por unidade de PAMJ, é R$ 25,00. 30 Pagamento de dividendos, em dinheiro, no valor correspondente a 40% do lucro do período. 110. Considerando somente os dados do enunciado, determine o valor do lu- cro operacional do mês de setembro/X8. (a) menor que 10.000,00 (b) entre 10.000,01 e 14.000,00 (c) entre 14.000,01 e 18.000,00 (d) entre 18.000,01 e 22.000,00 (e) maior que 22.000,01 Resolução Para determinar o lucro operacional de setembro, temos que montar a De- monstração do Resultado do Exercício. Contudo, inicialmente, precisamos fazer os lançamentos referentes aos fatos ocorridos em setembro de 2008: (*) Repare que o Balanço Patrimonial é de 31/08/2008, ou seja, já valem as alterações trazidas pela Lei no 11.638/07, mas ainda está sendo utilizada a conta “Lucros Acumulados”. Estoque Inicial = 1.000 unidades a R$ 25,00 cada = R$ 25.000,00 (inventário permanente => Custo Médio Ponderado Móvel). I - 01/09 - A empresa efetuou o seguro anual de seu patrimônio, mediante o pagamento do prêmio de seguro no valor total de R$ 6.000,00, à vista. Pelo regime de competência, as despesas de seguros devem ser reconhecidas mensalmente, até o término do contrato. Ou seja, o prêmio pago pela empresa é um direito: Seguros a Vencer (Ativo Circulante) a Disponibilidades(Ativo Circulante) 6.000 Seguros a Vencer 6.000 (I) Disponibilidades 76.000 6.000 (I) 70.000 Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade Geral em Exercícios – Div. Bancas 34 II – 02/09 - Compra 1.000 unidades de PAMJ por R$ 26,00 cada, para pagar em outubro/X8. Estoques (Ativo Circulante) a Fornecedores (Passivo Circulante) 26.000 Cálculo do Custo Médio Ponderado Móvel: Custo Médio Ponderado Móvel = (EI + 26.000)/(1.000 + 1.000) Custo Médio Ponderado Móvel = (25.000 + 26.000)/2.000 unidades Custo Médio Ponderado Móvel = R$ 25,50 por unidade de PAMJ III – 05/09 – Compras de 2.500 unidades de PAMJ por R$ 24,80 cada, à vista. Estoques (Ativo Circulante) a Disponibilidades (Ativo Circulante) 62.000 Cálculo do Custo Médio Ponderado Móvel: Custo Médio Ponderado Móvel = (51.000 + 62.000)/(2.000 + 2.500) Custo Médio Ponderado Móvel = 113.000/4.500 unidades Custo Médio Ponderado Móvel = R$ 25,11 por unidade de PAMJ IV – 10/09 - Venda de 3.000 unidades de PAMJ por R$ 35,00 cada, sendo que metade à vista e metade a prazo para recebimento em 30 dias. Receita Bruta de Vendas = 3.000 unidades x R$ 35,00 = R$ 105.000,00 Diversos a Receita Bruta de Vendas (Receita) Disponibilidades (Ativo Circulante) 52.500 Clientes (Ativo Circulante) 52.500 105.000 Fornecedores 26.500 26.000 (II) 52.500 Estoques 25.000 26.000 (II) 51.000 Estoques 25.000 26.000 (II) 62.000 (III) 113.000 Disponibilidades 76.000 6.000 (I) 62.000 (III) 8.000 Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade Geral em Exercícios – Div. Bancas 35 CMV = 3.000 unidades x R$ 25,11 = 75.333,33 CMV a Estoques (Ativo Circulante) 75.333,33 Estoque Atual = R$ 37.666,67 (1.500 unidades a R$ 25,11) V – 15/09 - Venda de 1.100 unidades de PAMJ por R$ 30,00 cada, à vista Receita Bruta de Vendas = 1.100 unidades x R$ 30,00 = R$ 33.000,00 Disponibilidades (Ativo Circulante) a Receita Bruta de Vendas (Receita) 33.000 CMV = 1.100 unidades x R$ 25,11 = 27.622,22 CMV a Estoques (Ativo Circulante) 27.622,22 Estoque Atual = R$ 10.044,44 (400 unidades a R$ 25,11) Receita Bruta de Vendas 105.000 (IV) 105.000 Disponibilidades 76.000 52.500 (IV) 6.000 (I) 62.000 (III) 60.500 Estoques 25.000 26.000 (II) 62.000 (III) 75.333,33 (IV) 37.666,67 Clientes 52.500 (IV) 52.500 CMV 75.333,33 (IV) 75.333,33 Receita Bruta de Vendas 105.000 (IV) 33.000 (V) 138.000 Disponibilidades 76.000 52.500 (IV) 33.000 (V) 6.000 (I) 62.000 (III) 93.500 Estoques 25.000 26.000 (II) 62.000 (III) 75.333,33 (IV) 27.622,22 (V) 10.044,44 CMV 75.333,33 (IV) 27.622,22 (V) 102.955,55 Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade Geral em Exercícios – Div. Bancas 36 VI – 22/09 - Compra 2.000 unidades de PAMJ por R$ 25,50, para pagamento em 60 dias Estoques (Ativo Circulante) a Fornecedores (Passivo Circulante) 51.000 Cálculo do Custo Médio Ponderado Móvel: Custo Médio Ponderado Móvel = (10.044,44 + 51.000)/(400 + 2.000) Custo Médio Ponderado Móvel = 61.044,44/2.400 unidades Custo Médio Ponderado Móvel = R$ 25,43 por unidade de PAMJ VII – 25/09 - Aumento do Capital Social em R$ 35.000,00, sendo R$ 5.000,00 em dinheiro e o restante em integralização de parte do saldo de lucros acumu- lados. Diversos a Capital Social (Patrimônio Líquido) Disponibilidades (Ativo Circulante) 5.000 Lucros Acumulados (Patrimônio Líquido) 30.000 35.000 VIII – 26/09 - Pagamento de R$ 38.000,00 aos fornecedores e da totalidade do saldo das contas a pagar. Diversos a Disponibilidades (Ativo Circulante) Fornecedores (Passivo Circulante) 38.000 Contas a Pagar (Passivo Circulante) 20.000 58.000 Estoques 25.000 26.000 (II) 62.000 (III) 51.000 (VI) 75.333,33 (IV) 27.622,22 (V) 61.044,44 Fornecedores 26.500 26.000 (II) 51.000 (VI) 103.500 Disponibilidades 76.000 52.500 (IV) 33.000 (V) 6.000 (I) 62.000 (III) 5.000 (VII) 88.500 Lucros Acumulados 30.000 (VII) 58.500 28.500 Capital Social 180.000 35.000 (VII) 215.000 Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade Geral em Exercícios – Div. Bancas 37 IX – 30/09 - Reconhecimento e pagamento de despesas administrativas e co- merciais no montante total de R$ 18.000,00, sendo R$ 8.000,00 relativos a serviços de terceiros e o restante a pessoal próprio. Despesas Administrativas e Comerciais a Disponibilidades (Ativo Circulante) 18.000 X – 30/09 - Apropriação mensal da despesa de seguro e depreciação dos mó- veis e utensílios. Despesas de Seguros (mensal) = R$ 6.000,00/12 meses = R$ 500,00 Despesas de Seguros (Despesa) a Seguros a Vencer (Ativo Circulante) 500 Despesas com Depreciação Mensal = 200.000 x 12% ao ano/12 meses Despesas com Depreciação Mensal = 200.000 x 1% = 2.000 Despesas com Depreciação (Despesa) a Depreciação Acumulada (Ativo Permanente – Retif.) 2.000 Disponibilidades 76.000 52.500 (IV) 33.000 (V) 6.000 (I) 62.000 (III) 5.000 (VI) 58.000 (VIII) 30.500 Fornecedores 38.000 (VIII) 26.500 26.000 (II) 51.000 (V) 65.500 Contas a Pagar 20.000 (VIII) 20.000 0 Disponibilidades 76.000 52.500 (IV) 33.000 (V) 6.000 (I) 62.000 (III) 5.000 (VI) 58.000 (VII) 18.000 (IX) 12.500 Desp. Adm. e Com. 18.000 (IX) 18.000 Seguros a Vencer 6.000 (I) 500 (X) 5.500 Despesas de Seguros 500 (X) 500 Depreciação Acum. 16.000 2.000 (X) 18.000 Despesas c/ Depr. 2.000 (X) 2.000 Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade Geral em Exercícios – Div. Bancas 38 XI – 30/09 - Constatou que o valor realizável líquido, por unidade de PAMJ, é R$ 25,00. Valor Realizável Líquido Total = R$ 25,00 x 2.400 = R$ 60.000,00 Logo, deve ser feita uma Provisão p/ Ajuste ao Valor de Mercado: Provisão p/ Ajuste ao Valor de Mercado = 61.044,44 – 60.000,00 = 1.044,44 Despesas c/ Provisões (Despesa) a Prov. p/ Ajuste ao Valor de Mercado (Ativo Circ. – Retif.) 1.044,44 XII – Cálculo do Resultado do Período: Receita Bruta de Vendas 138.000 (-) CMV (102.955,55) Lucro Bruto 35.044,45 (-) Despesas de Seguros (500) (-) Despesas Adm. e Comerciais (18.000) (-) Despesas c/ Depreciação (2.000) (-) Despesas c/ Provisões (1.044,44) Lucro Operacional 13.500 Prov. p/ Aj. ao Valor de Mercado 1.044,44 (XI) 1.044,44 Despesas c/ Provisões 1.044,44 (XI) 1.044,44 Receita Bruta de Vendas 105.000 (IV) 33.000 (V) 138.000 138.000 CMV 75.333,33 (IV) 27.622,22 (V) 102.955,55 102.955,55 Desp. Adm. eCom. 18.000 (IX) 18.000 18.000 Despesas de Seguros 500 (X) 500 500 Despesas c/ Depr. 2.000 (X) 2.000 2.000 Despesas c/ Provisões 1.044,44 (XI) 1.044,44 1.044,44 Apuração do Resultado 102.955,55 500 18.000 2.000 1.044,44 138.000 13.500 (XII) 13.500 Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade Geral em Exercícios – Div. Bancas 39 Transferência do resultado do período para “Lucros Acumulados”: Resultado do Exercício a Lucros Acumulados (Patrimônio Líquido) 13.500 GABARITO: B Vamos calcular logo os dividendos: XIII – Pagamento de dividendos, em dinheiro, no valor correspondente a 40% do lucro do período. Dividendos a Pagar = 40% x 13.500 = 5.400 Lucros Acumulados (Patrimônio Líquido) a Dividendos a Pagar (Passivo Circulante) 5.400 Dividendos a Pagar (Passivo Circulante) a Disponibilidades (Ativo Circulante) 5.400 Consolidando os dois lançamentos: Lucros Acumulados (Patrimônio Líquido) a Disponibilidades (Ativo Circulante) 5.400 Lucros Acumulados 30.000 (VII) 58.500 13.500 (XII) 42.000 Disponibilidades 76.000 52.500 (IV) 33.000 (V) 6.000 (I) 62.000 (III) 5.000 (VI) 58.000 (VII) 18.000 (IX) 5.400 (XIII) 7.100 Lucros Acumulados 30.000 (VII) 5.400 (XIII) 58.500 13.500 (XII) 36.600 Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade Geral em Exercícios – Div. Bancas 40 111. Considerando somente os dados do enunciado, determine o percentual do valor adicionado que foi distribuído aos empregados em setembro/X8. (a) menor que 10% (b) entre 10,01% e 20% (c) entre 20,01% e 30% (d) entre 30,01% e 40% (e) maior que 40% Resolução De acordo com a questão, o valor distribuído aos empregados foi de R$ 10.000,00 (R$ 18.000,00 – R$ 8.000,00). “Reconhecimento e pagamento de despesas administrativas e comerciais no montante total de R$ 18.000,00, sendo R$ 8.000,00 relativos a serviços de terceiros e o restante a pessoal próprio.” Montando a Demonstração do Valor Adicionado, teríamos: Set/2008 % 1-RECEITAS 1.1. Vendas de mercadoria, produtos e serviços 138.000 2-INSUMOS ADQUIRIDOS DE TERCEIROS 2.1. Materiais consumidos (102.955,55) 2.2. Outros custos de produtos e serviços vendidos (Despesas Adm. e Com. Com terceiros, Desp. de Segu- ros e Desp. c/ Prov.) (8.000,00) (500,00) (1.044,44) 3 - RETENÇÕES 3.1. Depreciação, amortização e exaustão (2.000,00) 4 -VALOR ADICIONADO LÍQUIDO PRODUZIDO PELA ENTIDADE 23.500,00 6 - VALOR ADICIONADO TOTAL A DISTRIBUIR 23.500,00 100% 7 - DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO 7.1. Empregados Salários e encargos 10.000,00 10.000/23.500 = 42,55% 7.4. Juros sobre capital próprio e dividendos 5.400,00 5.400/23.500 = 22,98% 7.5. Lucros retidos/prejuízo do exercício 8.100,00 8.100/23.500 = 34,47% Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade Geral em Exercícios – Div. Bancas 41 GABARITO: E 112. Considerando somente os dados do enunciado, quando da apropriação da despesa de seguro relativa ao mês de setembro/X8, assinale o lançamento contábil adequado. (a) D- Despesas Antecipadas – seguro (AC) 6.000 C- Disponibilidades (AC) 6.000 (b) D- Despesas Operacionais – seguro (DRE) 500,00 C- Disponibilidades (AC) 500,00 (c) D- Despesas Operacionais – seguro (DRE) 500,00 C- Seguros a Pagar (PC) 500,00 (d) D- Despesas Antecipadas – seguro (AC) 500,00 C- Disponibilidades (AC) 500,00 (e) D- Despesas Operacionais – seguro (DRE) 500,00 C- Despesas Antecipadas – seguro (AC) 500,00 Resolução Despesas de Seguros (Despesa) a Seguros a Vencer (Ativo Circulante) (*) 500 (*) ou “Despesas Antecipadas – Seguro (AC) GABARITO: E Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade Geral em Exercícios – Div. Bancas 42 113. Considerando somente os dados do enunciado, determine o valor do flu- xo de caixa líquido da atividade de financiamento do mês de setembro/X8. (a) menor que –5.000,00 (b) entre –4.999,99 e –1.000,00 (c) entre –999,99 e +3.000,00 (d) entre +20.000,01 e +24.000,00 (e) maior que +24.000,00 Resolução A questão deseja saber o fluxo de caixa líquido da atividade de financiamento. Vamos relembrar este conceito: Fluxo das Atividades de Financiamento (FAF) Entradas: - Recebimentos referentes a empréstimos obtidos - Recebimento de acionistas por venda de ações ou integralização do capital - Recebimento por emissão de debêntures - Recebimento de subvenções para investimento Saídas: - Pagamento de dividendos - Pagamento de resgate ou reembolso de ações - Pagamento de resgate de debêntures - Pagamento do principal referente a empréstimos ou financiamen- tos obtidos Vamos à resolução da questão: Fluxo de Caixa das Atividades de Financiamento: Entrada: Integralização do Capital Social em Dinheiro 5.000 Saída: Dividendos Pagos (5.400) Fluxo de Caixa das Atividades de Financiamento (400) GABARITO: C Bons estudos a todos e até a próxima aula, Moraes Junior Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade Geral em Exercícios – Div. Bancas 43 Prova 7. Auditor – TCM/RJ - FGV Lista de Questões Comentadas Nesta Aula 104. Segundo a Resolução CFC 921/01, se determinada empresa mercantil firmar contrato de arrendamento mercantil, na qualidade de arrendatária, com a característica de valor residual significativamente inferior ao valor de merca- do do bem na data da opção, o bem arrendado deverá ficar avaliado e eviden- ciado em seu patrimônio: (a) pelo valor do bem, no ativo permanente imobilizado. (b) pelo valor das contraprestações mais o valor residual, no ativo circulante ou realizável a longo prazo. (c) como zero, pois não deve ser reconhecido como patrimônio da arrendatá- ria. (d) pelo valor das contraprestações, no passivo circulante ou exigível a longo prazo. (e) pelo valor residual, como conta redutora do passivo circulante ou exigível a longo prazo. 105. Segundo a Resolução CFC 1.110/07, assinale o valor da variação que de- verá sofrer o patrimônio da Empresa Industrial X ao efetuar, adequadamente, o lançamento contábil relativo ao teste de recuperabilidade do equipamento Y, sabendo-se que: 1. o valor de registro original do equipamento Y é $100.000,00; 2. a depreciação acumulada do equipamento Y, até a data do teste, é $40.000,00; 3. o valor de mercado do equipamento Y, na data do teste, é $62.000,00; 4. caso a Empresa X vendesse o equipamento Y, na data do teste, incorreria em gastos associados a tal transação no montante de $13.000,00; 5. caso a Empresa X não vendesse o equipamento Y e o continuasse utilizando no processo produtivo, seria capaz de produzir 10.000 unidades do produto Z por ano pelos próximos 3 anos; 6. o preço de venda do produto Z é $10,00 por unidade; 7. os gastos médios incorridos na produção e venda de uma unidade de produ- to Z é $8,00; 8. o custo de capital da Empresa X é 10% ao ano; 9. a Empresa X é sediada num paraíso fiscal; portanto, ignore qualquer tributo. (a) entre $ –15.000,00 e $ –10.801,00 (b) entre $ –10.800,00 e $ –5.001,00 (c) entre $ –5.000,00 e $ –1,00 (d) zero (e) entre $1,00 e $2.000,00 Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade Geral em Exercícios – Div. Bancas 44 106. Com
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