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UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO- UNEMAT TRABALHO DE ECONOMIA: RESUMO DO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO: ANÁLISE DA VIABILIDADE ECONÔMICA DE UM EMPREENDIMENTO IMOBILIÁRIO. ALUNOS: DOUGLAS KOYAMA LUCAS DA CONCEIÇÃO PEREIRA PROFESSOR: RICARDO SCALABRIN 30/11/15 SINOP-MT Empreendimentos imobiliários Entende-se por empreendimento o ato de “dar inicio”, como por exemplo dar início a um projeto, levando-o a um objetivo pré determinado e observando todas as condições necessárias para a concretização do mesmo, em toda a vida do empreendimento que corresponde as fases: concepção, planejamento, execução e finalização. Empreendimentos imobiliários em sua origem são imóveis, que regulam-se pela lei de parcelamento de solos, onde existem regras, indicações e delimitações sobre como o solo será parcelado para comércios, residências, áreas rurais e etc. Esses empreendimentos são destinados a venda. Nota-se que o investimento na área da construção civil se torna um dos melhores e mais seguros ramos para se trabalhar, pois mesmo em períodos de crise os empreendimentos imobiliários mantem-se valorizados. 2.1.1 O planejamento do empreendimento. O planejamento, elo entre as ideias e a execução de um empreendimento é parte fundamental para seu sucesso, quando faz-se de forma organizada, direcionada e pensada, estabelecendo metas e discutindo todas as informações, obtém-se melhores resultados. O planejamento é dividido em 3 estágios: Estratégico é aquele onde as ideias futuras são pensadas, ideias que se concretizadas somarão para o sucesso do empreendimento, neste momento será feita a analise de todas as possibilidades que podem ser seguidas pela empresa e selecionadas as que melhor se adaptam, no estagio estratégico também se enquadra o planejamento orçamentário. Já o estagio Tático é onde o planejamento inicial começa a ser posto em pratica, o material necessário para a realização do empreendimento começa a ser cotado, assim como, há a contratação de mão de obra e sua qualificação. E por fim o planejamento Operacional, que como o próprio nome diz remete a “operação”, é neste estagio onde as decisões que foram tomadas no estagio estratégico são postas em ação e as consequências são vistas, para melhor ou pior. No cotidiano vê-se esses três estágios atuando de forma continua e indivisível, não podendo ser separados, para que haja harmonia no projeto como um todo e para dar a obra a finalidade que a ela é proposta. Entende-se também como planejamento, aquele que indica se a obra é viável financeiramente, se os recursos são suficientes, abrangendo a parte financeira do empreendimento. Cumpre destacar que é com base na efetividade do projeto, em sua totalidade, que se pressupõe a qualidade das estratégias que devem ser utilizadas. O orçamento do empreendimento Como se vê, é necessário que haja um planejamento de todos os aspectos do projeto, para que ele ocorra corretamente e que tenha mais chances de sucesso, entende-se como orçamento do empreendimento um conjunto de contratações estabelecidas no inicio do projeto visando ter como previsto a soma dos custos diretos, indiretos e os impostos e lucros, que resultaram no preço da venda. O orçamento é uma das primeiras informações que se deve conhecer, pois, é partir dele que o investidor vai reconhecer a viabilidade do empreendimento. Quando o projeto esta em fase inicial e não se tem como determinar o tamanho de seu orçamento com precisão, é feito orçamento por estimativa, que se aproximará do valor real, porem ainda assim existe incerteza com relação à concretização do projeto, por isso precisa ser muito bem avaliado. A fase orçamental faz que conheça-se e tenha uma grande interação com todos os processos a serem executados no projeto, percebendo se os objetivos e metas que foram traçados no inicio são viáveis. 2.2 Investimentos no Setor da Construção Civil. Para que o investimento na construção civil, de certo e atenda a expectativa idealizada, é necessário que logo no inicio o investidor verifique se à necessidade desta implantação, se ela vem para atender a expectativa do publico e é necessário que o “sim” para empreender seja dado com certeza, também faz-se necessário o estudo de viabilidade da obra visualizando sua justificativa, abordando e entendendo cada aspecto. Importante destacar que quem faz o estudo de viabilidade não seja tendencioso a certo lado, que ele seja justo em suas pesquisas para que sejam certas e favoráveis as posições. Os riscos que o empreendedor toma para si serão frutos de sua capacidade ou incapacidade, cabendo a ele monitorar todas as possibilidades de erro. Cumpre salientar que quando a escolha é feita a única forma de diminuir os riscos é ter muitas informações, planejamentos, orçamentos, em fim, uma variedade de informações que farão com que o empreendedor sinta-se mais seguro na hora da tomada de decisões. Todas as decisões contam com uma possibilidade de erro, nesse risco encontramos a probabilidade de encontrar resultados negativos, por conta da decisão errada, por isso as decisões devem ser tomadas de forma clara e por meios técnicos adequados para que a decisão corra menos risco de trazer resultados insatisfatórios. Decisões tomadas com base em parâmetros de indicação de qualidade devem ser levadas com muito cuidado, pois nem sempre representam certeza, representa apenas uma hipótese que pode dar certo. Como visto o empreendedorismo é uma atividade insegura, onde o empreendedor precisa tomar muito cuidado, fazer muitas pesquisar, usar toda a tecnologia disponível para não perder o investimento feito. Quando o empreendedor é cauteloso e atencioso com todos os aspectos necessário para a realização do projeto, espera-se que ele obtenha sucesso. 2.2.1 Análise de Investimento A análise de investimentos é o estudo no âmbito econômico, naquilo que é referente ao próprio empreendimento. O objetivo é apenas um, aumentar o capital para que o valor monetário investido incialmente seja multiplicado. Justamente é o fato de poder aumentar o capital, que leva muitos investidores a investir e engessar seu patrimônio por um período, tendo assim poder de compra reduzido, para que no futuro possa ganhar poder de compra, maior que o inicial. Cabe apenas ao investidor analisar os dados e determinar se deve ou não investir em um empreendimento. Com o investimento espera-se trazer um conjunto de benefícios que só serão percebidos no futuro, por isso mantem uma parcela de risco e incerteza inerente do fato de não poder determinar como será com exatidão a repercussão do empreendimento. Os critérios que devem ser adotados para o fazimento de um projeto são: econômicos, financeiros e os critérios imponderáveis. Para a analise de investimento é necessario que o empreendedor observe as técnicas de engenharia econômica e também perceba as peculiaridades que o mercado esta exigindo. 2.2.1.1 Taxa mínima de atratividade- TMA A atratividade é caracterizada quando em uma relação o investidor se sente atraído a continuar o negocio, isso se mostra quando o lucro começa a aparecer. A taxa mínima de atratividade é medida quando o valor do investimento feito retorna ao investidor, fazendo assim, crescer o seu capital. A TMA é uma taxa que quando se faz um investimento o investidor espera que pelo menos este valor retorne. É representada como o mínimo que o investidor se propõe a ganhar. Logo, não existe uma formula para a TMA visto que esta, é algo pessoal, cadaum possui uma TMA diferente do outro. 2.2.1.2 Método do Valor Presente Liquido-VPL O VLP é caracterizado com o somatório do fluxo de caixa, retirando desta conta os valores gatos com o projeto, faz-se sem antes escolher uma taxa utilizada para desconto do fluxo, a taxa a ser escolhida é a taxa mínima de retorno. Tem como finalidade determinar em um fluxo, que é formado de varias receitas, um valor no instante inicial. 𝑉𝑃𝐿 = −𝐼𝑛𝑣 + 𝐹𝐶0 (1 + 𝑖)0 + 𝐹𝐶1 (1 + 𝑖)1 + 𝐹𝐶2 (1 + 𝑖)2 + 𝐹𝐶3 (1 + 𝑖)3 + ⋯ + 𝐹𝐶𝑛 (1 + 𝑖)𝑛 Esta é a formula utilizada para calcular o VPL, onde: o FC são os valores de entrada e fluxos, o i representa a taxa mínima de atratividade. Se os valores obtidos forem positivos, quer dizer que o fluxo de caixa apresentou rendimento, logo o projeto deve ser aceito. Muitas são as vantagens que o VLP representa e apenas uma de suas desvantagens é listada como sendo a impossibilidade de comparação em termos de taxas. Como se trata de um método simples e robusto o VLP não tem nenhuma contra indicação de utilização. 2.2.1.3. Taxa Interna de Retorno - TIR A taxa interna de retorno é aquela obtida após o investimento não recuperado, é definida também como a taxa de juros que anula o valor descontado do investimento. De forma simplificada seria a taxa de retorno do investimento. 𝑍𝐸𝑅𝑂 = −𝐼𝑛𝑣 + 𝐹𝐶0 (1 + 𝑇𝐼𝑅)0 + 𝐹𝐶1 (1 + 𝑇𝐼𝑅)1 + 𝐹𝐶2 (1 + 𝑇𝐼𝑅)2 … + 𝐹𝐶𝑁 (1 + 𝑇𝐼𝑅)𝑁 Esta é a formula que calcula a taxa interna de retorno, nela encontra-se o FC, que representa os retornos gerados e a TIR que é a taxa interna de retorno. A TIR busca igualar as entradas liquidas a zero. A TIR é um índice relativo que mede a rentabilidade do investimento por unidade de tempo, os investimentos em que a TIR for maior que a TMA são considerados rentáveis, em caso contrário o projeto é descartado. 2.2.1.4 Tempo de Recuperação do Capital – PAYBACK Segundo a NBR 14653-4, o pay-back consiste em “o período no qual os resultados líquidos acumulados da operação do empreendimento equivalem aos investimentos”. 𝑃𝑎𝑦𝑏𝑎𝑐𝑘 = 𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑑𝑜 𝐼𝑛𝑣𝑒𝑠𝑡𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑑𝑜𝑠 𝐹𝑙𝑢𝑥𝑜𝑠 𝑑𝑒 𝐶𝑎𝑖𝑥𝑎 Alguns autores acreditam que este método não leva em conta o tempo de investimento, e pode ter sua aplicação dificultada quando o capital investido inicialmente se estender por mais de um ano, ou em um exemplo no qual os projetos a serem aprovados tiverem investimentos iniciais diferentes. Assim compreender a falha quanto à relação de correspondência entre os fluxos do investimento. 2.2.1.5 Índice de Lucratividade Segundo a NBR 14653-4 o índice de lucratividade é a relação entre o valor presente das receitas líquidas e os investimentos. Fazendo essa relação do índice de lucratividade, o projeto poderá ser aceito quando seu valor for equivalente ou superior a unidade. 2.2.2.1 Fluxo de Caixa Podemos definir como um movimentação monetária que altera o saldo de dinheiro acumulado, em outras palavras, o movimento do dinheiro que efetivamente entra e saí. Como notação geral, considera-se um fluxo de caixa positivo como uma entrada de recursos que aumenta o caixa e o contrário, um fluxo de caixa negativo, uma saída de recursos. 2.2.4 Teoria da Decisão Para decidir, se irá aprovar ou não um investimento, o planejador deve estabelecer medidas afim de decidir se irá aprovar ou recusar o projeto, a identificação de valores, incertezas e outras questões relevantes em uma dada decisão, sua racionalidade, as condições pelas quais após um processo será levado a ter como resultado a decisão ótima. O estudo de investimentos leva em conta a teoria da decisão, porque comumente existem mais de uma opção e distinguir quanto à ideal para um específico momento, acompanhado de determinada situação requer que o ato de tomar decisão seja metódico, suportado em um modelo de gestão, que auxilia e indica qual a alternativa ideal entre dadas as opções de investimento. Alguns autores entendem que o estudo das possibilidades de investimento é apenas um passo no processo de solução de um problema, ainda acrescentam que existem situações que as escolhas ideais são tão claras que não é necessário muito empenho para decidir, por sua superficialidade e rapidez não exige modelo sistemático. Logo, o processo de decisão, foca em achar alternativas para as questões que tem maior significância dentro do contexto empresarial. Uma vez identificada a necessidade de decisão chega-se ao foco da questão, de como ela deve ser elaborada, é preciso estabelecer quais são os tópicos importantes a ser discutido, o que fazer a respeito, e a decisão final da empresa As situações estudadas deverão obedecer às seguintes condições: - Ser satisfatoriamente importantes para explicar o esforço de se empregar um meio estruturado; - A decisão não é óbvia, portanto é imprescindível preparar o problema; - O aspecto econômico é expressivo e influenciará na decisão. Assim recorrer a um procedimento metodológico para estimar uma situação sem importância econômica é um certo desperdício de tempo e recurso. 4 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS 4.1 Pesquisa de Mercado Com a finalização da pesquisa de mercado pode se perceber que há uma grande interesse dos entrevistados em obter um imóvel, que representa 76,19% dos entrevistados. Os valores de venda dos imóveis ficaram bem dispersos, e não obteve-se uma conclusão precisa do preço de venda, sendo tomado para a análise de um valor mediano mas que pudesse suprir as necessidades da análise, sem descaracterizar a pesquisa feita. Quanto o modo de pagamento, a grande parcela dos consultados usaria o financiamento, que indica que o empreendimento deve buscar adesão e parceria com as instituições do âmbito imobiliário. Na questão que se refere à compra do imóvel em planta, houve uma série de condições levantadas pelos entrevistados, e dependeria muito da credibilidade e tradição da empresa que iria realizar tal empreendimento, o que dá de entender que um ponto importante é que a empresa deve transmitir aos compradores, uma certa confiabilidade. 4.2 Projeto Arquitetônico – Planta Baixa O edifício residencial consiste de quatro pavimentos tipo. Cada pavimento é composto por quatro apartamentos que por sua vez é formado por dois dormitórios, uma suíte, um banheiro, sala de estar e jantar conjugada, cozinha, lavanderia e sacada com churrasqueira, totalizando uma área 89,80m² por apartamento. O pavimento térreo comporta, além dos quatro apartamentos, o hall de entrada e circulação, e dezesseis vagas para garagem, distribuídas em duas seções de oito, aos fundos da edificação. 4.3 Orçamento por Estimativa O orçamento por estimativa baseado na NBR 12721 (ABNT, 2006) teve como início o cálculo de áreas da edificação ou seja, a modificação das áreas em uma equivalência. Para estes cálculos, foram usados alguns fatores de conversão de área real para área de projeto. Todas as partes do apartamento foram tituladas como cobertura padrão. O reservatório, e a sacada possuem menores coeficientes do que a cobertura padrão. Nos box de garagem foi adotada uma redução de 50% para área equivalente da edificação. O edifício em análise teve uma área real global de 1.790,10m², com uma área equivalente total de 1.646,85 m². O custo mínimo global da edificação foi de R$1.306.643,73. Valor encontrado pela multiplicação da área equivalente da edificação pelo Custo Unitário Básico (CUB), de agosto de 2010. O edifício analisado foi titulado como um prédio popular de baixo padrão,pois se aproximou mais das especificações técnicas das iguais contidas na NBR 12721 (ABNT 2006). Conforme NBR 12721 o PP 4 – B constitui uma área de 1.415,07 m². O valor do CUB para um PP 4 - B foi de 793,42 R$/m², sendo obtido no site do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado do Rio Grande do Sul (SINDUSCON-RS), para agosto de 2010. A mão de obra representa 36,12% do custo básico da edificação. Os materiais equivalem 60,87%. As despesas administrativas resultam em 2,17, sobrando 0,84% para as despesas com equipamentos. Para a sequência do orçamento, foram respeitados também os custos de fundações, bombas de recalque, urbanização, jardinagem, instalações e regulamentação de condomínio. Foram também orçadas as despesas relativas aos projetos arquitetônicos, estrutural, a seguir de instalações e especiais. Finalizando o orçamento, obteve-se um custo total da construção de R$ 1.378.026.69, resultando em um custo por metro quadrado de área equivalente de R$ 836,77. 4.4 Planejamento financeiro Após finalizados os cálculos dos custos totais para construção, partiu-se para o planejamento financeiro. Para estimar os custos de cada etapa da construção, separaram os percentuais de cada atividade do momento da construção, com os respectivos valores que deverão ser alocados. No segundo instante, separados os custos e os percentuais de cada etapa da construção, foi criado o planejamento de tempo de construção com os respectivos valores que serão injetados mês a mês. 4.5 Simulações Conforme a análise de mercado realizada, percebe-se uma diferença nos valores de venda dos apartamentos, sendo utilizado um valor intermediário entre os valores extremos. Alguns apartamentos obtiveram maiores valores do que outros devido à diferentes localizações. O valor dos apartamentos aumentou no decorrer do tempo, com uma taxa de 0,64 % ao mês. Nesta pesquisa foram demonstradas cinco simulações, sendo calculado os indicadores VPL, TIR, PAYBACK e índice de lucratividade (IL), com essas simulações buscou-se verificar as melhores situações, e se iria ter a viabilidade desejada no preço de venda proposto. Devemos salientar que a coluna relativa aos gastos não será alterada em nenhuma simulação, somente as receitas advindas das vendas sofreram mudanças. Ao analisar os resultados chegou-se a conclusão que as melhores situações dos indicadores econômicos se encontram quando as vendas acontecem em menor tempo após o lançamento. Na primeira simulação, as vendas se estenderam do décimo terceiro mês até o vigésimo, mostrando assim um VPL de R$ 354.377,53, a taxa interna de retorno 5,19%, o payback ocorreu no 18º mês e o IL foi de 1,497. Na segunda simulação a venda ocorreu a cada mês a partir do quinto período. O valor presente líquido foi de R$409.278,21 e uma TIR de 13,57%. O payback se antecipou em comparação ao anterior (ocorreu no 10º mês), e o IL foi de 1,3855. A terceira simulação consistiu em vendas iniciadas no 3º mês, prolongando-se até o 20º mês, com exceções do 8º e do 10º primeiro mês. Nesta simulação obteve-se um VPL de R$419.004,16 com o período de recuperação de capital no 5º mês. A TIR ficou sem condições de cálculo, pelas condições de fluxo de caixa intercalada positivo/negativo. A quarta simulação foi a simulação mais rentável encontrada, chegando-se a um VPL de R$ 449.219,29. A TIR foi incapaz de calcular. O payback ocorreu antes do terceiro mês e o IL foi de 1,435. A quinta e última simulação analisada, foi especificamente em uma unidade comercializada no mês 6, uma no mês 9, duas no mês 12 e quatro apartamentos nos meses 16, 19 e 20. O VPL encontrado foi de R$ 364.229,01 e a taxa interna de retorno foi igual a 5,73%. O payback aconteceu tardiamente, no penúltimo mês do empreendimento e o IL foi de 1,50. O ideal para a comercialização seria com as vendas iniciando nos espaços curtos de tempo, como na simulação 4. No entanto entende-se como ponto de equilíbrio para o projeto suprir suas expectativas o início das comercializações fica o mais próximo da simulação 1 ou 5, que compreende-se como situações mais realistas ou até mesmo pessimistas. O VPL nestes casos ficou em R$ 360.000,00, com uma TIR pouco superior a 5%. O IL ficou por volta de 1,50 e o payback próximo do 17º mês. Verificando estes valores, e comparando com a atualidade conclui-se que o empreendimento tende a ser economicamente viável segundo a análise de investimentos concretizadas. 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 5.1 Conclusões O objeto da pesquisa possuiu aceitação, alinhado e realidade mercadológica no setor imobiliário brasileiro. O projeto arquitetônico parcial surgiu da necessidade da demanda pesquisada, e teve por característica um custo de R$836,77 por metro quadrado, em um edifício de quatro pavimentos, sendo em cada pavimento quatro apartamentos. Os apartamentos foram projetados para atender as vontades da população, que preferiu apartamentos com dois dormitórios, uma suíte, um banheiro, sala de estar e jantar conjugadas, cozinha, lavanderia e uma sacada. A área total do imóvel foi calculada em 89,90 m². O trabalho mostrou que dentro de um ponto de vista técnico, de mercado e das variáveis econômicas, o empreendimento tende a ser viável. Em todas as simulações realizadas apresentaram um VPL positivo. Apartamentos em que ocorreram vendas mais rapidamente observa-se que os mesmos apresentaram indicadores VPL maiores, e uma maior taxa interna de retorno, portanto, o tempo de recuperação de capital acontece mais rapidamente. Mesmo em situações em que as vendas ocorriam mais tarde, o VPL manteve-se positivo, e com um TIR de 5%. Porém, nesses casos o payback ocorre praticamente nos últimos meses da vida do empreendimento. Desta forma, o estudo proporcionou fundamentos suficientes para definir o projeto como viável. 5.2 Sugestões para Trabalhos Futuros - Análise dos indicadores econômicos, para uma edificação já executada, com dados exatos de orçamento, preços de venda e outros. -Comparações de indicadores econômicos para diferentes empreendimentos. IMPORTÂNCIA DA ECONOMIA NA CONSTRUÇÃO CIVIL EM SINOP A importância do estudo de viabilidade econômica na engenharia civil consiste em obter a clareza dos gastos e ganhos de um projeto, pelo fato de obras civis trabalhar com uma movimentação grande de dinheiro, muitas vezes é complicado ter certeza de que o trabalho, apesar de gerar ganho de capital, este seja igual ou superior ao esperado pelos empreendedores, por isso têm se os estudos de viabilidade econômica levando em conta a TMA, ou o TIR. A construção civil é uma área muito ampla, onde os investimentos em sua maioria tendem a dar muitos lucros se forem estudadas de maneira apropriada escolhendo o melhor projeto com maior índices de lucratividade. Para assegurar a rentabilidade, ferramentas são utilizadas como o VPL e TIR, que visam complementar a análise do projeto. Métodos como VPL e TIR são ferramentas básicas que visam analisar a viabilidade econômica do projeto, levando em conta a taxa mínima de atratividade, ou a taxa de lucratividade, sendo que se ambas forem positivas, o projeto deverá ser aceito. A aplicabilidade dos estudos econômicos em Sinop, é um tema importante a ser discutido pois, para que uma empresa gere lucros, e não venha a falência, visto que atualmente estamos passando por um período de crise que afeta também o setor da construção civil, é muito interessante que empresas, saibam ter cautela, e agir de maneira correta, analisando cada passo realizado, estudar todos os projetos, tendo como foco, a rentabilidade dos mesmos, e aprovando apenas aqueles que gerarem maiorlucro, desde que estes respeitem regulamentações ambientais e sociais. Juntamente com os estudos de viabilidade econômica, empresas de Sinop deveriam realizar pesquisas de mercado visando analisar a forma em que a população reagiria com a execução de um projeto, ou a forma de pagamento que certa população está mais suscetível, e também as tendências de mercado, em outras palavras, as companhias devem prestar atenção em o que as pessoas querem, e como elas querem pagar. Este fato se explica por causa da necessidade das companhias em Sinop de venderem projetos, arrecadar fundos e gerar lucros, e isso apenas ocorrerá se estas mesmas companhias executarem projetos que não apenas possuem boa aceitação do público, mas também sejam “fáceis” as formas de pagamento. Por exemplo, se caso em Sinop, os bancos possuem boas taxas de empréstimo, e a população sinopense preferem buscar empréstimo dos bancos para pagarem imóveis, portanto companhias devem estar preparadas para receber esta forma de pagamento, de forma a facilitar as compras dos imóveis, em vez de impor as vendas dos imóveis apenas à vista. Portanto o estudo de viabilidade econômica possui suma importância para qualquer empresa que almeja otimizar seus esforços e analisar cada projeção de lucros que certo projeto poderá gerar com relação a sua própria taxa mínima de atratividade. É uma maneira de analisar se o projeto é rentável ou não, se ele vale os esforços e tempo da empresa ou não. Contudo, a forma de que será executada a obra, deverá respeitar leis ambientais e também prestar atenção na aceitação do público geral a respeito do projeto.
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