Buscar

Direito Empresarial e Tributário REVISÃO AV-1

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

FUNDAMENTOS DE DIREITO EMPRESARIAL E TRIBUTÁRIO
Professor José Eduardo de Araujo Duarte
Revisão das aulas 1 a 5
TEMÁRIO DE REVISÃO
Direito Comercial e Direito Empresarial: escopo
Atos de Comércio
Empresário e responsabilidade dos sócios
Tipologia das sociedades
Agentes econômicos: poderes e deveres
Obrigações societárias
Primados de Direito Financeiro: despesa, receita, orçamento e crédito públicos
Tributos: Obrigação tributária e seus elementos
2
Direito Comercial e Direito Empresarial
A terminologia “direito comercial” data de tempos remotos, onde a atividade do comércio prevalecia no ramo do direito, em sua conotação incipiente e costumeira. 
A transição para nomenclatura “Direito Empresarial” adveio da necessidade de abranger toda atividade que envolve o comércio, e especialmente nas relações empresariais, cada vez mais sofisticadas.
A atividade passou ao longo do tempo a ter uma visão mais profissional. 
3
ATOS DE COMÉRCIO
POSIÇÕES DOUTRINÁRIAS:
	
		Thaller: baseava nos atos de comércio a atividade de circulação de bens ou serviços.
		Alfredo Rocco: constatava nos atos de comércio uma característica habitual na intermediação para troca. (mais próxima da realidade atual)
4
EMPRESÁRIO
Código Civil de 2002, art. 966: “Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços”. 
Frise-se que em uma sociedade empresária seus sócios não são empresários e sim a própria sociedade é que detém esta condição, tendo ela a personalidade com seus direitos e obrigações.
5
Responsabilidade dos sócios
Na sociedade empresária a responsabilidade dos sócios é subsidiária, pode ser limitada, como por exemplo, nas sociedades limitadas e nas sociedades anônimas, 
O empresário individual tem responsabilidade direta e responde com todos seus bens por dívidas obtidas no exercício da atividade econômica, não tendo limite de responsabilização. 
6
EIRELI - Empresa Individual de Responsabilidade Limitada 
O objetivo da EIRELI foi de criar um novo tipo de pessoa jurídica, podendo ser constituída por apenas uma pessoa física, que possa exercer atividade empresarial e limitando assim a sua responsabilidade e o seu capital investido na empresa, protegendo seu patrimônio particular, Tal sociedade é de montante igual ou superior a 100 vezes o valor do maior salário mínimo vigente do país.
7
ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL
No exercício de atividade econômica há a necessidade do empresário organizar os fatores de produção aplicando capital a um conjunto de bens, sejam eles materiais ou imateriais. A este conjunto de bens específico, que respalda a atividade econômica, dá-se o nome de estabelecimento empresarial, que é elemento básico da sociedade empresária.  
O novel Código Civil é claro neste sentido, dispondo que considera-se estabelecimento todo complexo de bens organizado, para exercício da empresa, por empresário, ou por sociedade empresária. 
8
Sociedades personificadas e não personificadas
	* não personificadas - por ausência do arquivamento dos seus atos constitutivos no órgão registral, o que contribui para a existência de uma atividade paralela, pautada na economia informal, antes de transparência nebulosa para responsabilização dos sócios atuantes naquela prática empresarial.
	* personificadas - apresentam seus registros nos órgãos próprios que – dependendo do seu objeto – poderão ser realizados no Registro Civil de Pessoas Jurídicas ou nas Juntas Comerciais.
9
Sociedade não personificada: Sociedade Comum
Tal sociedade, embora não tenha seus atos constitutivos registrados, é uma sociedade de fato, cuja existência é comprovada, independentemente de ter ou não contrato escrito. 
Os sócios, nas relações entre si ou com terceiros, somente por escrito podem provar a existência da sociedade em comum, mas os terceiros podem prová-la de qualquer forma. 
A responsabilidade dos sócios é solidária e ilimitada. 
10
Sociedade não personificada:
Sociedade em conta de participação
É dispensada do arquivamento de seus atos constitutivos no registro competente. Esta sociedade não possui patrimônio próprio e nem personalidade jurídica, sendo formada para realizar negócios de curta duração, extinguindo-se após sua concretização.
11
Sociedade empresária
É àquela que tem por objeto o exercício de atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços, ou seja, considera-se sociedade empresária a antiga sociedade comercial.
Antes de iniciar a atividade econômica, o empresário individual ou a sociedade empresária, que a ela for se dedicar, deverá inscrever-se no Registro Público de Empresas Mercantis, a cargo das Juntas Comerciais, tendo como elemento essencial o nome empresarial
12
Sociedade em nome coletivo
É aquela em que todos os sócios devem ser, necessariamente, pessoas físicas e respondem solidária e ilimitadamente pelas obrigações sociais, entretanto, poderão estipular limites de responsabilidade pelas obrigações sociais entre si, mas que não terão quaisquer eficácia perante credores.
A administração da sociedade cabe exclusivamente aos sócios, sendo vedada a nomeação de terceiros para tal função.
13
Sociedade em comandita simples
É aquela constituída por sócios que possuem responsabilidade ilimitada e solidária pelas obrigações sociais e sócios que respondem apenas pela integralização de suas respectivas cotas, sendo estes denominados de comanditários e aqueles de comanditados.
	
14
Sociedade Limitada
Sociedade limitada é aquela que realiza atividade empresarial, formada por dois ou mais sócios que contribuem com moeda ou bens avaliáveis em dinheiro para formação do capital social. 
A responsabilidade dos sócios é restrita ao valor do capital social, porém respondem solidariamente pela integralização da totalidade do capital, ou seja, cada sócio tem obrigação com a sua parte no capital social, no entanto poderá ser chamado a integralizar as quotas dos sócios que deixaram de integralizá-las.
15
Sociedade Anônima
As sociedades anônimas podem ser de capital aberto ou capital fechado. É uma pessoa jurídica de direito privado, e será sempre de natureza eminentemente mercantil, qualquer que seja seu objeto.
A sociedade poderá participar de outras sociedades, e será designada por denominação acompanhada das expressões companhia ou sociedade anônima, expressas por extenso ou abreviadamente, todavia, vedado a utilização da abreviação "Cia ao final da denominação. 
16
Sociedade em comandita por ações
Esta sociedade tem o capital dividido em ações, regendo-se pelas normas relativas à sociedade anônima. Todavia, neste tipo societário, somente o acionista tem qualidade para administrar a sociedade e, como diretor, responde subsidiária e ilimitadamente pelas obrigações da sociedade (artigos 1.090 a 1.092).
17
Sociedade simples
É aquela cujo objeto social seja decorrente de profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda com concurso de auxiliares ou colaboradores, ou seja, considera-se sociedade simples a antiga sociedade civil.
As cooperativas são consideradas sociedades simples, independentemente de seu objeto de funcionamento.
Neste tipo de sociedade, os bens particulares dos sócios (inclusive àqueles que ingressem em uma sociedade já constituídas) poderão ser executados por dívidas da sociedade, mas apenas depois de executados os bens sociais, se estes forem insuficientes para saldar as dívidas.
18
Registro da sociedade
A sociedade empresária, antes de iniciar suas atividades, deverá proceder ao registro na Junta Comercial, e a sociedade simples, no Cartório de Registro Civil de Pessoas Jurídicas. 
A falta de registro implica sanções de natureza administrativa e judicial: 
	* não tem direito de ingressar com recuperação judicial 	ou de pedir a falência de outra empresa.
	* Por tratar-se de sociedade irregular, estará sujeita a 	falência.
19
Registros
necessários
Para abertura, registro e legalização do empresário individual, é necessário registro na Junta Comercial e, em função da natureza das atividades constantes do objeto social, inscrições em outros órgãos, como Receita Federal (CNPJ), Secretaria de Fazenda do Estado (inscrição estadual e ICMS) e Prefeitura Municipal (concessão do alvará de funcionamento e autorização de órgãos responsáveis pela saúde, segurança pública, meio ambiente e outros, conforme a natureza da atividade). 
		(Extr. Portal MEI)
20
Escrituração de livros e contabilidade
O empresário e a sociedade empresária deverão adotar um sistema de contabilidade, mecanizado ou não, com base na escrituração uniforme de seus livros, de acordo com a documentação respectiva, devendo levantar anualmente o balanço patrimonial e o de resultado (art. 1.179, CC).
21
Forma de escrituração
A escrituração será feita em idioma e moeda corrente nacionais e em forma contábil, por ordem cronológica de dia, mês e ano, sem intervalos em branco, nem entrelinhas, borrões, rasuras, emendas ou transportes para as margens. É permitido o uso de código de números ou de abreviaturas, que constem de livro próprio, regularmente autenticado.
22
Conservação e guarda da documentação
O empresário e a sociedade empresária são obrigados a conservar em boa guarda toda a escrituração, correspondência e mais papéis concernentes à sua atividade, enquanto não ocorrer prescrição ou decadência no tocante aos atos neles consignados.
23
Integralização do capital social
Quando uma sociedade comercial é constituída, seus sócios subscrevem capital, ou seja, assinam um termo prometendo injetar valores na empresa, quer sob a forma de dinheiro, quer sob a forma de bens e direitos.
A integralização do capital é “o cumprimento da promessa”, quando o sócio efetivamente entrega os valores ou bens para a empresa.
24
DIREITO FINANCEIRO
Despesa
Receita
Orçamento 
Crédito 
25
NECESSIDADE PÚBLICA
“Necessidade pública é a necessidade que tem um interesse geral em determinado grupo social e é satisfeita pelo processo do serviço público”.
	(CELSO ANTÕNIO BANDEIRA DE MELO)
	
26
Despesa Pública
* Despesa Pública:
			*dispêndio
			* autorização legislativa
			* finalidade a cargo do Estado
	Baleeiro, Aliomar: "o conjunto dos dispêndios do Estado, ou de outra pessoa de direito público, para o funcionamento dos serviços públicos" 
* Princípio da legalidade da despesa pública (artigo 167, I, Constituição Federal)
27
Receita pública
Receita é a quantia recolhida aos cofres públicos não sujeita a restituição, ou, por outra, a importância que integra o patrimônio do Estado em caráter definitivo.
Na lição de Aliomar Baleeiro receita pública é a entrada que, integrando-se no patrimônio público sem quaisquer reservas, condições ou correspondência no passivo vem acrescer o seu vulto como elemento novo e positivo.
28
Receita derivada tributária
# ... é toda prestação pecuniária compulsória, 
# em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, 
# que não constitua sanção de ato ilícito, 
# instituída em lei e 
# cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada.
29
Orçamento público
CONCEITO:
			* Lei
			* Autoriza Despesas
			* Prevê Receitas
* Natureza jurídica discutível
30
Crédito público
31
Captação de recursos pecuniários, na figura de empréstimos, para pagá-los, supervenientemente, no prazo e nas condições avençadas, a curto, médio e longo prazo. Documenta-os o Estado em papéis de crédito público de vários tipos, tais como Bônus do Tesouro, Letras do Tesouro, Apólices da Dívida Pública, Títulos da Dívida Agrária, etc.
Obrigação tributária
* Art. 113. A obrigação tributária é principal ou acessória.
        § 1º A obrigação principal surge com a ocorrência do fato gerador, tem por objeto o pagamento de tributo ou penalidade pecuniária e extingue-se juntamente com o crédito dela decorrente.
        § 2º A obrigação acessória decorre da legislação tributária e tem por objeto as prestações, positivas ou negativas, nela previstas no interesse da arrecadação ou da fiscalização dos tributos.
	
32
Hipótese de incidência
 
	É a abstração legal de um fato, ou seja, é aquela situação descrita na lei cuja previsão é abstrata, tratando-se, pois, de uma “hipótese” que poderá vir a ocorrer no mundo dos fatos, e que, uma vez realizada, se concretiza como fato gerador. 
	
33
FATO GERADOR
Art. 114. Fato gerador da obrigação principal é a situação definida em lei como necessária e suficiente à sua ocorrência.
Art. 115. Fato gerador da obrigação acessória é qualquer situação que, na forma da legislação aplicável, impõe a prática ou a abstenção de ato que não configure obrigação principal.
34
Relação jurídica:
Sujeitos ativo e passivo
Entes de direito público interno
Sujeito passivo:
	- contribuinte
	- responsável
35
Domicílio tributário
Art. 127. Na falta de eleição, pelo contribuinte ou responsável, de domicílio tributário, na forma da legislação aplicável, considera-se como tal:
        I - quanto às pessoas naturais, a sua residência habitual, ou, sendo esta incerta ou desconhecida, o centro habitual de sua atividade;
       II - quanto às pessoas jurídicas de direito privado ou às firmas individuais, o lugar da sua sede, ou, em relação aos atos ou fatos que derem origem à obrigação, o de cada estabelecimento;
      III - quanto às pessoas jurídicas de direito público, qualquer de suas repartições no território da entidade tributante.
36

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Outros materiais