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PENSANDO COMO UM ECONOMISTA
Cada ciência tem as expressões particulares que os cientistas utilizam. A linguagem faz parte da forma de abordar a ciência, mas os valores que vem com a linguagem e o raciocínio que ela engendra aproxima o leigo da forma de pensar dessa ciência.
A Economia Como Ciência
O método científico utilizado pelos economistas não difere significativamente de outras ciências: elabora-se uma teoria, coleta-se dados, analisam-se os dados e testa-se os dados para descobrir se a teoria é confirmada pelo comportamento dos dados.
O Método Científico: Observação, teoria e mais observação.
Um Economista que mora em um país com inflação alta pode colher dados sobre a impressão de moeda pelo banco central. Depois ele tentará analisar os dados que ele obteve com relação aos dados sobre a inflação e impressão de moeda em outros países. Se não houver relação entre o crescimento da quantidade de moeda nos países e as taxas de inflação, então a teoria será refutada. Se ocorrer esse crescimento simultâneo, a teoria será confirmada.
Ao contrário das Ciências Naturais, a Economia não proporciona a possibilidade de se fazer experimentos em laboratórios e colher vários dados nas observações em ambientes controlados. O laboratório de um economista é o mundo e os dados disponíveis são de difícil coleta e análise.
O PAPEL DAS SUPOSIÇÕES
Ao se perguntar um físico com ele calcula a queda de um objeto do alto de um edifício, ele fará os cálculos supondo que a queda ocorre no vácuo. Como na realidade a queda ocorre ao ar livre, as partículas do ar e a velocidade do vento criam uma força de atrito que não é calculada pelo físico. Assim os seus cálculos não serão corretos. Entretanto a diferença entre o resultado real e o calculado pelo físico é tão pequena, que supor que a queda ocorre no vácuo não traz muita diferença no resultado final mas facilita enormemente o trabalho do cientista.
Na economia esse tipo de subterfúgio também é utilizado quando se supõe que apenas dois países fazem parte da economia mundial comercializando dois bens, ou que os preços dos bens são fixos em um período curto porque cada consumidor demora a se deparar com novos preços dos produtos que compra diariamente.
OS MODELOS ECONÔMICOS
Modelos são utilizados tanto em economia como em outras ciências por sua praticidade. Os modelos econômicos contêm suposições e restrições e são expostos através de gráficos, diagramas e equações.
O DIAGRAMA DO FLUXO CIRCULAR DA RENDA
O fluxo circular da renda é um diagrama que representa como a economia se organiza. As empresas e as famílias tomam as decisões e vão aos mercados de bens e serviços e de fatores de produção para comprar e vender. As empresas vendem bens e serviços às famílias e compram os fatores de produção das famílias.
Mercados de Bens e Serviços:
empresas vendem e famílias compram
Receitas Gastos
 Bens e Serviços vendidos Bens e Serviços comprados
Empresas: Famílias:
produzem e vendem compram e consomem
Bens e Serviços Bens e Serviços
contratam e usam possuem e vendem
Fatores de Produção Fatores de Produção
 Insumos para a Produção Trabalho, Terra e Capital
Salários, Aluguéis e Lucros Renda
Mercados de Fatores de Produção:
famílias vendem e empresas compram
Fluxo de Bens e Serviços
Fluxo de Moeda
A Fronteira de Possibilidades de Produção
A Fronteira de possibilidades de produção mostra a combinação de bens que uma economia pode produzir. Caso sejam produzidos dois bens, livros e computadores, dados os recursos existentes na economia, a produção de uma quantidade a mais de livros significa uma queda na produção de computadores e vice-versa.
Todos os fatores da economia estão sendo utilizados para que livros e computadores sejam produzidos. A Fronteira de possibilidades de produção nos indicará como a melhor combinação possível de recursos pode ser feita para se produzir o maior número possível de livros e computadores.
Caso o nível de produção atingido seja o ponto em cima da fronteira, se diz que se está produzindo com o máximo de eficiência possível. Todos os recursos da economia estão sendo utilizados no seu máximo.
A Fronteira de Possibilidades de Produção nos propicia a visão da existência de Trade-offs: ao se atingir um ponto de máxima eficiência possível, a única forma de produzir mais unidades de um bem é diminuir a produção do outro bem.
Os Custos de Oportunidade também podem ser apreciados pela Fronteira de Possibilidades de Produção. O preço que se paga ao se produzir uma quantidade a mais de um bem é o que se abriu mão pelo que se deixou de produzir do outro bem.
A Mudança Tecnológica pode alterar um (ou ambos) dos pontos em que a Fronteira de Possibilidades de Produção toca um (ou ambos) dos eixos. Para isso, é necessário que o progresso técnico torne possível uma maior produção de bens com a mesma quantidade de recursos.
MICROECONOMIA E MACROECONOMIA
Embora a Teoria Econômica procure harmonizar as suas descobertas e buscar causas únicas para os fenômenos econômicos, a Economia costuma ser dividida em dois campos principais: a Microeconomia e a Macroeconomia.
A Microeconomia estuda como as famílias e empresas tomam as suas decisões e como elas interagem no mercado. A Microeconomia procura explicar como são determinados os preços e quantidades dos bens e serviços em seus mercados específicos.
A Macroeconomia procura estudar o fenômeno econômico como um todo. Entre as preocupações da Macroeconomia estão o estudo da inflação, do desemprego e do crescimento econômico. A Macroeconomia investiga o comportamento dos grandes agregados como PIB, investimento, consumo, poupança, exportações e importações.
Microeconomia e Macroeconomia se encontram muitas vezes porque as mudanças nos agregados econômicos dependem das decisões individuais de milhões de famílias e empresas. É Portanto impossível entender as implicações macroeconômicas dos eventos sem levar em consideração as decisões microeconômicas.
O ECONOMISTA COMO ANALISTA DE POLÍTICAS PÚBLICAS
Muitas vezes os economistas são chamados para responder questionamentos à eficiência e aos efeitos das políticas públicas. Outras vezes os economistas são convocados para planejar e executar políticas públicas com o objetivo de melhorar os resultados econômicos. Quais as diferenças entre essa duas funções?
CIÊNCIA NORMATIVA E CIÊNCIA POSITIVA
Qual a diferença do posicionamento de cada pessoa no seguinte diálogo:
Ana: Uma taxa de juros alta estimula a poupança e desestimula o consumo.
João: O governo deveria baixar a taxa de juros para alavancar o crescimento econômico.
Ana está raciocinando como uma economista: ela faz uma afirmação baseada no seu conhecimento de teoria econômica. João não está raciocinando como um cientista, mas como um consultor de políticas públicas. Com a sua afirmação ele pretende modificar a forma como a economia está sendo gerida.
A afirmação de Ana tem caráter positivo. Análises positivas são descritivas. Elas procuram demonstrar como o mundo funciona. A afirmação de João é normativa. A análise normativa é prescritiva. João prevê que as medidas defendidas por ele trarão maior Bem-Estar social no futuro.
Afirmações positivas podem ser confirmadas ou refutadas com a utilização daevidência empírica. Um economista deve se debruçar sobre os dados a respeito da relação entre consumo, poupança e taxa de juros para dar um parecer a respeito da afirmação de Ana.
Porém, para se dizer algo a respeito da afirmação de João, além dos dados a respeito das variáveis envolvidas, é necessário atribuir valores aos objetivos finais. Uma política boa ou ruim envolve mais do que apenas dados e teoria. Para afirmar que uma determinada política pública dará resultados positivos é necessário juízo de valor. Por isso, há uma tênue fronteira entre as políticas públicas defendidas por economistas e suas crenças políticas, filosofias e suas escalas de valores sociais.
POR QUE OS ECONOMISTAS DISCORDAM?
Economistas discordam a respeito da validade das teorias positivas alternativas sobre como o mundo funciona.
Economistas podem ter valores diferentes e, conseqüentemente, visões normativas diferentes sobre que políticas públicas devem ser praticadas.
Diferenças em Julgamentos Científicos
Economistas discordam sobre se o sistema tributário deveria cobrar impostos com alíquotas baseadas sobre a renda dos cidadãos ou sobre o seu consumo.
Economistas que defendem a tributação apenas sobre o consumo argumentam que a tributação sobre a renda encorajaria os indivíduos que pouparem mais, pois o que seria poupado não seria tributado. Taxas de poupança mais altas levariam a maiores investimentos e conseqüentemente a um padrão de vida mais elevado.
Economistas que se opõem à mudança na tributação acham que a queda da arrecadação resultante não seria compensada por uma elevação significativa do montante poupado.
As diferenças nas análises normativas dos sistemas tributários por parte desses dois grupos de economistas dependem consideravelmente das distintas visões positivas dos dois grupos sobre a sensibilidade dos indivíduos aos estímulos tributários.
Diferenças de Juízo de Valor
É justo que dois indivíduos com rendas diferentes paguem o mesmo preço pelo consumo de um bem? Se eles devem pagar preços diferentes, é justo que o que paga mais consuma o mesmo ou até menos que o que paga menos?
Economistas podem dar diversas respostas para as perguntas acima, dependendo de seus juízos de valor. Muitas vezes é impossível analisar políticas públicas sem incluir juízos de valor a respeito do que se considera o mais justo.
PERCEPÇÃO VERSUS REALIDADE
Embora as discordâncias muitas vezes apareçam com mais freqüência que os pontos em comum, economistas podem concordar a respeito de uma série de propostas de políticas públicas. A tabela abaixo mostra o nível de concordância com afirmações sobre políticas públicas a contidas em um questionário aplicado a economistas americanos.
AFIRMAÇÃO (e percentagem dos economistas que concordam)
	A imposição de um teto sobre o valor dos aluguéis diminui a quantidade e qualidade de moradias disponíveis
	93%
	Tarifas e quotas de importação geralmente reduzem o bem-estar econômico
	93%
	Taxas de câmbio flexíveis e flutuantes são o mais eficiente arranjo monetário internacional
	90%
	A política fiscal (corte de impostos, aumento dos gastos do governo) tem um significativo impacto estimulante sobre uma economia com desemprego
	90%
	Se o orçamento federal tiver que ser equilibrado, isso deve ser feito levando em consideração o ciclo econômico e não anualmente
	85%
	Pagamentos em dinheiro aumentam o bem-estar dos receptores em grau maior que na forma de bens e serviços
	84%
	Um significativo déficit público federal tem efeitos adversos sobre a economia
	83%
	A existência de salário mínimo aumenta o desemprego entre os trabalhadores jovens e não-especializados
	79%
	O Governo deveria modificar o sistema de seguridade social de acordo com a noção do “Imposto de Renda Negativo”
	79%
	Impostos sobre emissão de poluentes e mercados de permissão de poluição são uma abordagem melhor sobre o controle de poluição que a imposição de limites de poluição
	78%
Fonte: Richard M. Alston, J. R. Kearl, and Michael B. Vaughn, “Is There Consensus among Economists in the 1990s?” American Economic Review (May 1992): 203–209, APUD MANKIW, N. G. Priniples of Microeconomics, McGraw-Hill, 2nd Edition, 2003.

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