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constituicao e principios fundamentais

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Anglo (OAB) – A Constituição e os Princípios Fundamentais fl. � PAGE �1�
Prof. Ivan Carneiro Castanheiro – 26/02/2003
A CONSTIUIÇÃO E OS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
CONCEITO DE CONSTITUIÇÃO: Conjunto de Normas que organizam o elemento constitutivo do Estado.
	Ato normativo inferior que confrontar com a Constituição será inconstitucional
CLASSIFICAÇÃO DAS CONSTITUIÇÕES
	ESCRITA: 
materialização em documento único.
Norma imperativa 
Ex. Brasil 
	NÃO ESCRITA OU COSTUMEIRA: 
Não está em documento único
Baseia-se em usos e costumes e jurisprudência
Exemplo: Inglaterra
	CONSTITUIÇÃO RÍGIDA: 
Processo mais complexo de elaboração 
Artigo 60 da CF
	CONSTITUIÇÃO FLEXÍVEL:
		- mesmo processo de modificação da lei comum
	CONSTITUIÇÃO POPULAR OU PROMULGADA:
Elaborada por representante do povo eleito especificamente para tal fim
	 CONSTITUIÇÃO OUTORGADA:
Ato de Arbítrio (imposto ao povo)
Exemplo: Constituições de 1937 e 1969
	APLICABILIDADE IMEDIATA DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS: 
	Visa impedir que as normas garantidoras de direitos individuais fiquem letra morta por falta de regulamentação.
	Porém, nem todas as normas constitucionais são completas.
	As NORMAS AUTO-EXECUTÁVEIS (Normas constitucionais de eficácia plena): São regras que se bastam para guardar o direito imposto. São determinações para ser executadas, sem precisar aguardar processo especial ou designação de Autoridades para tal fim, por normas infraconstitucionais. 
	NORMAS NÃO AUTO-EXECUTÁVEIS.
	NORMAS CONSTITUCIONAIS DE EFICÁCIA CONTIDA: parte dela depende de regulamentação
	NORMAS CONSTITUCIONAIS DE EFICÁCIA LIMITADA: somente terão vigor após a edição de uma norma ulterior que lhe desenvolva aplicabilidade
	 Aquelas que indicam princípios, sem estabelecer meios para salvaguardá-los (normas incompletas que precisam de legislação infra-constitucional).
	
	ELEMENTOS DA CONSTITUIÇÃO
Elementos Limitativos: são regras que enunciam os direitos fundamentais e garantem a liberdade.
Elementos Organizacionais: são regras que tratam da organização do poder.
Elementos Sócio-Ideológicos: são princípios da Ordem Econômica e Social (OES) e são indissociáveis da opção política da organização do Estado (RMC).
MANDADO DE INJUNÇÃO (LXXI): Remédio processual indicado para casos de omissão do legislador infra-constitucional quanto à edição de normas não auto-executáveis, como direito à liberdade e prerrogativas fundamentais, nacionalidade, cidadania, à falta de norma regulamentadora.
	Maria Helena Diniz entende que as normas constitucionais de eficácia absoluta não são passíveis de modificações por emendas constitucionais, daí decorrendo sua diferenciação com as normas constitucionais de eficácia plena, que seriam emendáveis.
	SÃO EXEMPLO DE NORMAS CONSTITUCIONAIS DE EFICÁCIA ABSOLUTA AS QUE AMPARAM A FEDERAÇÃO (ART. 1º), O VOTO DIRETO, SECRETO, UNIVERSAL E PERIÓDICO (ART. 14), A SEPARAÇÃO DOS PODERES (ART. 2º), OS DIREITOS E GARANTIAS INDIVIDUAIS (ART. 5º, I A A LXXVII), ISSO POR FORÇA DO ART. 60, § 4º E 34, VII, “A” e “B”.
	NORMAS PROGRAMÁTICAS: Aqueles preceitos constitucionais que não são de aplicação ou execução imediata, sendo mais preceitos a serem cumpridos pelo Poder Público, “como programas das respectivas atividades, pretendendo unicamente a consecução dos fins sociais pelo Estado” (Maria Helena Diniz). São normas dirigidas mais diretamente ao Poder Legislativo, cuja opção fica à ponderação do tempo e dos meios em que vem a ser revestido de plena eficácia, nisso consistindo a discricionariedade.
	Seriam exemplos de normas discricionárias as disposições dos artigos 21, IX (planos de desenvolvimento de territórios e de desenvolvimento econômico e social), 23 (atribuições e polítias de competência comum da União, Estados, Distritos Federais e Municípios) 170 (princípios gerais da ordem econômica).
Regras Materialmente Constitucionais
Para identificar o que são regras materialmente constitucionais, é necessário que elas estejam relacionadas ao “PODER”
Nossa Constituição relaciona as seguintes matérias: 
A forma de Estado e de Governo e o regime de Governo são definidos em regras jurídicas que definem o Poder (regras materialmente constitucionais).
A CF deve enunciar os direitos fundamentais dos indivíduos. Quando se enunciam esses direitos, automaticamente é definido um limite ao eventual exercício arbitrário do poder (RMC).
	Regras Formalmente Constitucionais: 
Essas regras, sob o ponto de vista material, não são regras que tratam de matéria constitucional
Devido ao fato de estarem dispostas na Constituição, são, no entanto, Regras Formalmente Constitucionais, independentes da matéria.
As regras formalmente constitucionais podem ser observadas nos seguintes exemplos: 
os art. 182 (que trata da política de desenvolvimento urbano)
Art. 231 (que trata da política indígena), ambos da CF de 1988.
4. A CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988
A CF de 1988 possui a seguinte classificação:
Quanto ao conteúdo: formal;
Quanto à forma: escrita e analítica;
Quanto ao modo de elaboração: dogmática;
Quanto à origem: promulgada;
Quanto à estabilidade: rígida;
Quanto à função: garantia e dirigente
O poder constituinte originário tem três características:
Inicialidade: tendo em vista não se fundamentar em nenhum outro.
Autonomia: porque não se submete a limitações de natureza material.
Incondicionalidade: visto que delibera da forma que lhe aprouver, não estando submetido a condicionamentos formais.
O poder de modificar a Constituição Federal é chamado poder constituinte derivado e reformador e será exercido pelo Congresso Nacional por meio de reforma constitucional ou Emendas Constitucionais.
Poder Constituinte Derivado decorrente é o poder de que se acham investidos os Estados e Municípios. Os Municípios ganharam com a CF/88 a capacidade de auto-organização. Regem-se e se organizam por meio das suas Leis Orgânicas Municipais, devendo observância à CF/88 e às Constituições Estaduais (art. 11, par. ún., do ADCT).
O poder constituinte derivado também tem três características:
Derivado: visto derivar do poder originário.
Subordinado: sujeito a limitações de natureza material, chamadas de “cláusulas pétreas”.
Condicionado: submete-se a condicionamentos formais.
	PREÂMBULO DA CONSTITUIÇÃO:
	“Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembléia Nacional Constituinte para instituir um Estado democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade , a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução pacífica das controvérsias, promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL.” 
	PREÂMBULO: 
Reflete espírito do legislador no momento da vida nacional
Golpe
Aperfeiçoamento
Parâmetro Interpretativo da Constituição
Demonstração de princípios norteadores na elaboração da Constituição
	O preâmbulo pode ser definido como um documento de intenção do diploma, sendo uma proclamação de princípios, bem como justificativas e grandes objetivos e finalidades. Não é norma jurídica de eficácia autonônoma, não podendo prevalecer contra expresso dispositivo da Constituição, nem como paradigma para declaração de inconstitucionalidade, mas deve ser observado como elemento de integração e interpretação dos diversos artigos que lhe seguem.
	FUNDAMENTOS DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL (ART. 1º da CF): 
	UNIÃO INDISSOLÚVEL: 
União, Estados, Distrito Federal e Municípios
Funções Típicas e Atípicas
	ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO: 
	
Exigência de reger-se por normas democráticas elaboradas por representantesoriundos de eleições livres, periódicas e pelo povo, com respeito às autoridades públicas e aos direitos e garantias fundamentais.
 Todo poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição” (art. 1º, parágrafo único).
	
	
	A SOBERANIA: 
Poder Político supremo e independente, não se sobrepondo nem outro internamente
não tem de acatar regras internacionais que não sejam por ele aceito, contratando em pé de igualdade com demais Estados.
	A CIDADANIA: 
Representa um “status”, sendo um objeto e um direito fundamental das pessoas.
Plena capacidade de acesso a direitos políticos
Estado Submete-se à vontade popular
	A DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA: 
valor espiritual e moral inerente à pessoa.
Não pode haver a coisificação do ser humano: O homem é um fim e não um meio. 
Tudo que tem preço ou equivalente pode ser coisa, aquilo que não tem preço é dignidade (Kant)
	VALORES SOCIAIS DO TRABALHO E DA LIVRE INICIATIVA: 
Garantia da subsistência humana e do desenvolvimento do país. 
A Constituição garante a liberdade, o respeito e a dignidade do trabalhador (arts. 5º, XIII, 6º, 7º, 194-204). 
	A CF procura abrigar não só o trabalhador subordinado, mas o autônomo e o empregador, enquanto empreendedor do crescimento do país.
Livre Iniciativa para reger o mercado
Redução das desigualdades sociais
Participação dos empregados no lucro das empresas
	PLURALISMO POLÍTICO:
Ampla e livre participação popular nos destinos do país
Garante-se liberdade de convicção fisolófica e política
possibilidade de organização e participação em partidos políticos.
Coexistência de diversas ideologias
	OBJETIVOS FUNDAMENTAIS DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL (ART. 3º DA CF): 
I – construir uma sociedade livre, justa e solidária;
II – garantir o desenvolvimento nacional;
III – erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais;
IV – promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.
	PRINCÍPIOS DE REGÊNCIA DAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL (art. 4º da CF)
	I – independência nacional;
	II – prevalência dos direitos humanos;
	III – autodeterminação dos povos;
	IV – não-intervenção;
	V – igualdade entre os Estados;
	VI – defesa da paz;
	VII – solução pacífica dos conflitos;
	VIII – repúdio ao terrorismo e ao racismo;
	IX – cooperação entre os povos para o progresso da humanidade;
	X – concessão de asilo político.
	Parágrafo único. A República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política, social e cultural dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-americana de nações.
ASILO POLÍTICO: Acolhimento de estrangeiro, por parte de Estado que não o seu, em virtude de perseguição por ele sofrida e praticada por seu próprio país ou por terceiro (Ex. dissidência política, livre manifestação de pensamento, crimes relacionados com a segurança do Estado não configuradores de delitos previstos no Direito Penal comum).
	INTERPRETAÇÃO DA CONSTITUIÇÃO
DIRETRIZES:
Perquirir razões da norma
Época de Edição da norma
Analisar princípios da norma
Mandamento nuclear da norma
Irradia-se para diferentes normas
Define lógica e racionalidade ao sistema normativo
Violar um princípio é mais grave que violar uma norma (mais severa forma de inconstitucionalidade)
Princípios são condicionantes da interpretação constitucional
Art. 60 (Elenco dos princípios fundamentais):
Forma Federativa de Estado
Voto Direto, Secreto, Universal e Periódico
Separação dos Poderes
Direitos e Garantias Individuais
	PRINCÍPIOS QUE REGEM A INTERPRETAÇÃO CONSTITUCIONAL:
Unidade da Constituição
Idéias com núcleo irredutível
Não justaposição de normas
Específica Interpretação Sistemática
Deve-se considerar princípios fundamentais
Gerais
Setoriais
Inscritos
Decorrentes
Visa-se reconhecer e superar contradições
Reais
Imaginárias
Delimitar foca vinculante
Alcance da norma
HARMONIZAÇÃO DAS NORMAS
MAIOR EFETIVIDADE POSSÍVEL
Maior eficácia possível da norma
Não se pode dar interpretação a determinada norma constitucional que lhe retire a eficácia ou razão de ser
Obter o máximo de capacidade de regulamentação ao ligáa-la com outras normas
	EMENDAS À CONSTITUIÇÃO
Vedação: Artigo 60, § 4º - Cláusulas Pétreas
Requisitos:
proposta ou iniciativa:
um 1/3 dos membros da Câmara ou do Senado
Presidente da República
Metade das Assembléias Legislativas dos Estados, cada uma por maioria relativa de seus membros
Aprovação: 3/5 de votos de cada casa do Congresso Nacional em dois turnos cada uma
Rejeição: 
Nova Proposta
Sessão legislativa seguinte
SANÇÃO: Pela Mesa das duas casas Legislativas
Não há sanção ou veto pelo Presidente da República
 Não há emenda em caso de intervenção federal, estado de defesa ou estado de sítio
	DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS:
	I) INTRODUÇÃO
	
	A causa profunda dos direitos individuais decorre da natureza humana, sendo de ordem filosófica e religiosa. É religiosa porque é um dogma cristão a igualdade entre todos os homens, criados à imagem e semelhança de Deus, sempre se fazendo somente o bem.
	A declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão (art. 16) condicional a proteção dos direitos individuais à própria existência da Constituição.
	Com evolução dos tempos, para proteger a relação do indivíduo com o Estado, especialmente em virtude do capitalismo e as regras da lei de mercado, empobrecendo a classe trabalhadora (a maioria) e fortalecendo econômica e politicamente os donos do capital, foram sendo reconhecido direitos fundamentais, com caráter de inalienabilidade, imprescritibilidade e irrenunciabilidade, razões de se editar nas constituições declarações de direitos e garantias, com o objetivo de proteção do economicamente fraco através do Estado, este dominado politicamente pelos poderosos de plantão.
	Estabeleceu-se zonas onde seria proibida a ingerência do Estado (liberdades-limites), como por exemplo liberdade pessoal, liberdade de propriedade, liberdade de comércio, de indústria, de religião, impedindo a ingerência do Estado numa esfera íntima da vida humana. 
	Por outro lado, também se criou as denominadas LIBERDADE-OPOSIÇÃO, armando-se o indivíduo contra o Poder do Estado, como por exemplo a liberdade de imprensa, de religião, de manifestação, servindo de meio de oposição política transformando o Estado-Polícia em Estado-Providência. Com isso gerou-se ao Estado a obrigação de não fazer, bem como a obrigação de fazer (criação de serviços públicos) para atendimento da população.
	O primeiro dos “direitos econômicos e sociais” reconhecidos foi o trabalho, pela Revolução Francesa em 1848. No Brasil, a primeira Constituição a absorver essa inspiração foi a de 1934, pois a de 1824 e 1891 tinham uma concepção individualista dos direitos fundamentais, enquanto a de 1934 passou a reconhecer os direitos econômicos e sociais.
	Necessário não confundir garantias constitucionais (visam prevenir direitos) dos remédios processuais (os quais visam corrigir direitos violados). 
	As garantias são prescrições vedando determinadas ações do Poder Público que violariam direito reconhecido. São Barreiras erigidas para a proteção dos direitos consagrados. Ex, Livre manifestação de Pensamento (Art. 5º, IV - CF) ( Manoel Gonçalves Ferreira Filho – Curso de Direito Constitucional – Editora Saraiva). 
	Hoje se fala numa terceira geração de direitos, os “direitos da solidariedade”, constituindo-se em direito à paz, ao desenvolvimento, ao respeito ao patrimônio comum da humanidade, ao meio ambiente, sendo que parte da doutrina entende não se tratar de “direito” mas de “aspirações” desprovidas de força jurídica vinculante,pois ainda não consagrados no Direito Constitucional.
	A atual Constituição Federal é mais completa em termos de garantias, contendo as denominadas liberdades clássicas, com ênfase em matéria penal, inovando ao prever direito à informação e a defesa do consumidor.
	As garantias estão previstas em 77 (setenta e sete) incisos do artigo 5º, NÃO SENDO UM ROL EXAUSTIVO, mas exemplificativo, pois admite a existência de outros “decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte” (art. 5º, § 2º, CF), sendo que a melhor interpretação é aquele no sentido de que o tratado não tem força de norma constitucional, mas de lei ordinária, quando ratificado pelo Congresso Nacional, pois do contrário contra ele não seria cabível ação direta de inconstitucionalidade nos mesmos moldes e no mesmo inciso que fala da ação direta de inconstitucionalidade de lei (artigo 102, III, “b”), havendo quem entenda que tratado tem força de norma constitucional. 
	A interpretação da Constituição deve ser feita com base nos princípios fundamentais da República Federativa e da enunciação dos Direitos e Garantias Fundamentais.
	Os preceitos constitucionais devem ser interpretados tanto explícita como implicitamente, a fim de se colher seu verdadeiro significado, devendo ser fixada a premissa de que todas as normas constitucionais desempenham uma função útil no ordenamento, sendo vedada a interpretação que lhe suprima ou diminua a finalidade (postulados constitucionais da unidade da constituição, da maior efetividade possível e da harmonização).
	II) CLASSIFICAÇÃO DOS DIREITOS (e não princípios) FUNDAMENTAIS PREVISTOS NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL
	Aqueles cujo objeto imediato é a LIBERDADE:
	1) de Locomoção ( 5º, LXVIII);
	2) de Pensamento (5º,IV, VI, VII, VIII, IX);
	3) De Reunião (5º,XVI);
	4) de Associação (5º,XVII e XXI);
	5) de Profissão (5º,XIII);
	6) de ação (5º,II. Fazer ou deixar de fazer alguma coisa);
	7) Liberdade Sindical – art. 8º;
	
	1) LIBERDADE DE LOCOMOÇÃO: É o Direito de ir, vir e também de ficar, sendo defendida pelo “Habeas Corpus”, previsto no art. 5º, LXVIII.
	2) LIBERDADE DE PENSAMENTO OU LIBERDADE DE CONSCIÊNCIA: Tem duas facetas: A liberdade de consciência (liberdade de foro íntimo, não se tendo como obrigar ninguém a pensar deste ou daquele modo) e a liberdade de expressão ou manifestação do pensamento (a maneira como se leva a terceiro esse pensamento íntimo, havendo liberdade de agir, segundo a sua consciência e sua crença devendo ser protegida, mas ao mesmo tempo impedida de destruir ou prejudicar a sociedade).
	Exemplo: Liberdade de Culto (art. 5º, VI), bem como os locais de seu exercício, na forma determinada em lei, que definirá o modo de proteção dos locais, desaparecendo da constituição atual a restrição quanto ao respeito à ordem pública e aos bons costumes, embora pelos princípios gerais eles continuem a dever ser respeitados.
	Caso se alegue tal liberdade de culto para se livrar de obrigação a todos imposta, concede-se obrigação alternativa (art. 5º, VIII) e na inexistência dessa obrigação alternativa aí sim isenta o indivíduo de cumprir a obrigação, sendo que o descumprimento da obrigação alternativa causa perda dos direitos políticos (prazo indefinido para restabelecimento, ficando na dependência de regularização da situação), com várias conseqüências.
	Também pode haver LIBERDADE DE EXPRESSÃO OU LIBERDADE DE PENSAMENTO POR CORRESPONDÊNCIA. Nesse caso, deve ser respeitado o sigilo dessas comunicações, que não são apenas por carta como antigamente, mas por todas as formas propiciadas pelas novas tecnologias, as quais também merecem proteção quanto ao sigilo. A única exceção é a comunicação telefônica, cujo sigilo só pode ser violado por autorização judicial e com o objetivo de investigação criminal ou instrução processual penal. A regra é a inviolabilidade das comunicações por quaisquer meios, sendo proibida sua utilização caso obtidas provas decorrentes dessas comunicações obtidas por meios ilícitos (art. 5º, LVI).
	A Constituição Federal veda a censura à palavra escrita (art. 5º, IX e 220), mesmo quanto à manifestação de atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, sendo vedado o anonimato, entendendo-se possível o pseudônimo, sendo vedado ao estrangeiro a propriedade de empresa jornalística ou de radiodifusão (art. 222).
	As regras aqui estudadas também se aplicam aos ESPETÁCULOS E DIVERSÕES (incluídos rádio, televisão e cinema), quanto à liberdade de expressão por parte do autor, sendo que pelos mais variados meios se transmitem idéias que atingem, de pronto e eficazmente, numerosos grupos de indivíduos, podendo-lhe inspirar comportamentos antes que a prevenção seja possível, comportamento anti-social ou contrário à paz e ordem pública. Ainda assim é vedada a censura (art. 220, § 2º, mas devendo a lei regular as diversões e espetáculos públicos, sendo que ao Poder Público cabe informar sobre a natureza dos espetáculos, classificação por faixa etária, horários e locais inadequados, estabelecendo a lei meios de defesa das pessoas e das famílias quanto às programas de rádio e televisão que descumpram os princípios determinados no art. 221, I a IV.
	Outra categoria de liberdade de expressão está na liberdade de ensino, pelo qual o mestre pode ensinar a seus alunos o que pensa e não o que os outros pensam ser correto (art. 206, II).
	3) LIBERDADE DE REUNIÃO: (ART. 5, XVI)
	É o agrupamento de pessoas, organizado mas descontínuo, para intercâmbio de idéias ou tomadas de posição comum, tendo uma direção e englobando pessoas unidades por uma intenção comum. A reunião por circunstâncias fortuitas ou pela contigüidade de espaço não é reunião. Se o agrupamento adota laços duradouros passa-se da reunião para o campo da associação, para a qual há liberdade de se associar e de permanecer (liberdade pública negativa de associação).
	A reunião é livre, devendo apenas haver restrição quanto ao local se outra reunião estiver ali programada para mesma data e horário, razão de dever ser a Autoridade competente comunicada com antecedência quanto ao local, data e horário da reunião.
	4) LIBERDADE DE ASSOCIAÇÃO (ART. 5º XVII e XXI): Deve ser para fins lícito, sendo vedada as de caráter paramilitar. A dissolução de associação somente ocorre com decisão judicial transitada em julgado.
	A associação deve ser estável, ter direção unificante e ser pessoa jurídica.
	Associação pode representar seus filiados em juízo ou fora dele.
	5) LIBERDADE DE PROFISSÃO E DE TRABALHO: (art. 5º, XIII): Trabalho de acordo com aptidão e preferência, rejeitando-se as corporações de ofício, podendo a lei restringir o trabalho quanto à qualificação profissional (por ex.: ser bacharel em direito e ser aprovado no exame da ordem para advogar).
	6) LIBERDADE DE AÇÃO (ART, 5, II): Fazer ou não fazer tudo aquilo que a lei não proíbe, pois “ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei”. Um dos mais importante dos princípios, protegendo-se o cidadão do autorarismo de determinados governantes, sendo que somente a lei em sentido formal pode restringir liberdades e impor obrigações, as quais não podem ser previstas por portarias, decretos e outros espécies normativas.
	É a faculdade que tem o indivíduo de agir e de atuar, mas em conformidade o ordenamento jurídico.
	7) LIBERDADE SINDICAL (art. 8º): Não se pode restringir a liberdade do trabalhador por ser sindicado ou não ser, vedando o estabelecimento, ainda que disfarçado, do corporativismo entre nós. Não pode haver mais de um sindicado de uma mesma categoria numa mesma base territorial.
	DIREITO DE GREVE (Art. 9º): Deriva do direito de ação, sendo que o reconhecimento do direito de greve lícita libera o trabalhador das conseqüências de sua inação (não realização de suas obrigações profissionais durante o período de greve).
	Para evitaros malefícios da greve (perigo de distúrbios e prejuízos irreparáveis à economia e à sociedade) é que a lei restringe sua utilização no serviço público e nas atividades em que a lei considerar essenciais, dispondo sobre o atendimento das necessidades consideradas inadiáveis da comunidade.
	Quem não quiser aderir à greve deve ter seu direito de trabalhar protegido pelo Estado.
	OUTROS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS:
Direitos e Garantias Individuais e Coletivos;
Direitos Sociais;
Direitos da Nacionalidade;
Direitos Políticos;
Direitos relacionados à existência, organização e participação em partidos políticos.
	DIREITOS CUJO OBJETO IMEDIATO É A SEGURANÇA:
	1) DIREITOS SUBJETIVOS EM GERAL (art. 5º, XXXVI. Direito Adquirido, ato jurídico perfeito, coisa julgada);
	2) em MATÉRIA PENAL (5º, XXXVII e LXVII. Tribunal de Exceção e Júri)
	3) No DOMICÍLIO (5º, XI);
	DIREITOS CUJO OBJETO IMEDIATO É A PROPRIEDADE:
	1) Em Geral (5​º, XXII);
	2) Artística, literária e científica (art. 5º, XXVII e XXIX);
	3) Hereditária (art.. 5º, XXX e XXXI).
Limitação: Exigência do bem comum (bem estar social).
Expropriação: mediante justa e prévia indenização (em princípio em dinheiro, exceto para fins de reforma agrária ou quando há consentimento do desapropriado).
	Direito de Propriedade tem conteúdo econômico e patrimonial, não abrangendo somente bens materiais (palpáveis), mas também direito e posse.
	Os beneficiários das normas constitucionais do direito à propriedade, excepcionadas pela possibilidade de desapropriação, são o Estado e as entidades de interesse público, pois não se pode desapropriar um determinado bem para entregá-lo a um particular.
	Na desapropriação há justa indenização, enquanto no confisco o despojamento da propriedade ocorre sem retribuição.
	Quando acontece a desapropriação e a parte não desapropriada (remanescente) é valorizada pode ocorrer compensação (dedução no preço do pagamento) em virtude dessa valorização pois isso seria uma forma de justiça na fixação do preço da desapropriação. Ex. Desapropriação para construção de rodovia asfaltada, em que a propriedade por onde passará a Estrada fica valorizada.
	O requisito indispensável para se proceder à desapropriação é a necessidade pública (atividade essencial do Estado), utilidade pública ( conveniência para o desempenho de atividade estatal) e interesse social (interesse para a paz, progresso social ou desenvolvimento, como por exemplo o conflito ou a guerra, difusão da propriedade e a exploração racional da terra, respectivamente.
	A desapropriação é um ato discricionário do Poder Executivo, segundo posição prevalente na doutrina e na jurisprudência, sendo que a fundamentação dessa desapropriação pode ser controlada pelo Poder Judiciário.
	Se houver requisição da propriedade (XXV) deve haver indenização posterior pelo uso e por eventuais danos decorrentes da ocupação. (ex. Perigo público iminente, como guerra, comoção intestina, inundação, epidemia, catástrofe).
	Pode haver desapropriação para fins de reforma agrária (artigo 184), para fins urbanísticos (artigo 182, § 4º, III) e quando houver plantação de culturas psicotrópicas proibidas (artigo 243).
	CLASSIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA DE DIREITOS E GARANTIAS INDIVIDUAIS:
DIREITOS DE PRIMEIRA GERAÇÃO (direitos civis e políticos – liberdades públicas);
DIREITOS DE SEGUNDA GERAÇÃO (direitos econômicos, sociais e culturais – trabalho, seguro social, subsistência, amparo à doença, velhice);
Direitos de TERCEIRA GERAÇÃO (PODERES DE TITULARIDADE COLETIVA, consagrando o princípio da solidariedade – meio ambiente equilibrado, saudável qualidade de vida, progresso, paz, autodeterminação dos povos e outros difusos).
	Os direitos e garantias fundamentais não são ilimitados, encontrando seus limites nos demais direitos também consagrados na carta magna, não podendo ser utilizados como argumento para afastamento ou diminuição da responsabilidade civil ou penal por atos criminosos, servindo como escudos protetivos para a prática de atividades ilícitas (RT-STF 709/418).
	Os direitos asseguram por si certos bens, enquanto as garantias visam assegurar a fruição desses bens, sendo aqueles principais e estas acessórias.
	Dispõe o Art. 5.º da Constituição Federal que “todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes”:
	DIREITO À VIDA: O mais fundamental de todos os direitos, constituindo-se em pré-requisito à existência e exercício de todos os demais direitos. Ao Estado cabe salvaguardá-lo no sentido de manter a pessoa viva a também de ter uma vida digna quanto à sua subsistência. A vida inicia-se com a formação do embrião (quer no útero materno, quer na fertilização “in vitro” (bebê de proveta), clonagem etc, sendo polêmica a questão pois alguns entende possível a destruição do embrião para fins terapêuticos (produção de órgãos humanos para implante), pois o código civil passa a proteger a vida depois da nidação (fixação do embrião no útero). Ocorre que tal interpretação feriria o princípio da Dignidade da Pessoa Humana, coisificando o ser humano e fazendo dele um meio e não um fim (questões de bioética e biodireito).
	Pressupõe Direito de:
		Continuar Vivendo
		Garantia de subsistência
	Normas anteriores relativas ao direito à vida foram recepcionadas pela nova constituição
Existem duas espécies de sistema normativo: a lei ordinária e a lei complementar. Diferem-se na questão de matéria, pelo fato de que só caberá lei complementar nas matérias que o constituinte expressamente dispôs e na questão formal, pelo fato de que a lei ordinária será votada por maioria simples e a lei complementar por maioria absoluta.
Sendo matéria de lei complementar na Constituição antiga e matéria de lei ordinária na nova Constituição, haverá a recepção, entretanto, com a natureza que foi dada pela nova Constituição, ou seja, será recepcionada como lei ordinária. Um exemplo é a Lei Orgânica do MP.
Sendo matéria de lei complementar na Constituição antiga e matéria de lei ordinária na nova Constituição, haverá a recepção, entretanto, com a natureza que foi dada pela nova Constituição, ou seja, será recepcionada como lei ordinária. Um exemplo é a Lei Orgânica do MP.
No caso da Lei Orgânica do MP, a CF/69 reservava a matéria à lei complementar, sendo editada tal lei sob o n. 40/81 (Lei Orgânica do Ministério Público). Com a vinda da CF/88, a matéria não foi expressamente reservada à lei complementar, sendo, então, editada a Lei Ordinária n. 8.625/93. Assim, a LC n. 40/81 foi recepcionada pela CF/88 com natureza de lei ordinária, apesar de estar rotulada como lei complementar. Por este motivo a Lei n. 8.625/93 revogou a LC n. 40/81.
	
	PRINCÍPIO DA IGUALDADE: Tratamento idêntico pela Lei, de acordo com critérios amparados pelo ordenamento jurídico. Veda-se discriminações arbitrárias ou absurdas, pois o tratamento desigual dos casos desiguais, na medida em que se desigualam, é exigência tradicional do próprio conceito de Justiça, somente se encontrando discriminação quando o tratamento desigual não se encontra a serviço de uma finalidade acolhida pelo direito, a qual deve ter uma razoável relação de proporcionalidade entre os meios empregados e a finalidade perseguida. (Alexandre de Moraes), 
	Impossibilidade de legislar em desacordo com isonomia, havendo exceções na própria constituição, de maneira explícita (brasileiro ou brasileiro nato, proteção de certas pessoas contra arbítrios) ou implícita (altura mínima para prestar concurso público para policial).
	Destina-se a proibir que o legislador ou o executivo editem normas criadoras de tratamento abusivamente diferenciados à pessoas que se encontram em situações idênticas, bem como obriga ao intérprete, basicamente a autoridade pública,de aplicar a lei e outros atos normativos de maneira igualitária, sem estabelecer diferenciações em razão de sexo, religião, convicções filosóficas ou políticas, raça e classe social, especialmente aos membros do Poder Judiciário, sendo que para amenizar eventuais problemas é que foram criados os recursos extraordinário e o recurso especial, bem como a uniformização de jurisprudência.
	Ex 1. Discriminação de idade em concurso para determinada carreira (art. 5º, XXX), havendo exceção no art. 42, § 1º (quanto aos militares).
	Ex. 2. Diferenciação quanto ao sexo, a CF os prevê nos artigos. 7º, XVIII e XIX, 143, §§1º e 2º, 202, I e II), podendo haver outras atenuações de ordem infraconstitucionais, desde que haja razão de ser, tendo sido considerado inconstitucional a diferenciação de ingresso em concurso público em razão do sexo (art. 5º, I), admitindo-se exceção, tendo em vista a ordem sócio-constitucional (STF, 2ª turma – RE 10.305-6). Também se admite o privilégio da mulher em caso de foro para fins de ação de separação, por uma questão histórica de opressão do homem sobre a mulher.
	PRINCÍPIO DA LEGALIDADE: ART. 5º, II, da CF: ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei. A regra é o Poder Público somente poder fazer o que estiver previsto em lei, enquanto o particular pode fazer tudo o que não está proibido em lei.
	No ordenamento brasileiro NÃO HÁ REGULAMENTO AUTÔNOMO, pois este depende da lei, não podendo restringi-la e nem contrariá-la e nem inovar a ordem jurídica, havendo necessidade de lei em sentido formal para obrigar a ação ou omissão do cidadão. O regulamento facilita a execução da lei, especificando-a de modo mais inteligível.
	PRINCÍPIO DA LEGALIDADE E DA RESERVA LEGAL. O primeiro (legalidade) é mais amplo e genérico. O princípio da reserva legal é mais concreto e restrito, exigindo tratamento da matéria exclusivamente pelo Poder Legislativo, sem a interferência normativa do Poder Executivo.
	O princípio da legalidade significa submissão ou o respeito à lei, ou a atuação dentro da esfera estabelecida pelo legislador, enquanto o princípio da reserva legal consiste em estatuir que a regulamentação de determinadas matérias há de ser necessariamente feita por meio de lei formal, estando essa exigência expressamente prevista na constituição, não bastando a regulamentação do assunto por outra espécie legislativa.
	TRATAMENTO CONSTITUCIONAL DA TORTURA (ART. 5º, III) – A prática de tortura é crime inafiançável e imprescritível, bem como insuscetível de liberdade provisória
	DIREITOS RELATIVOS À SEGURANÇA:
	Os principais são o direito à LEGALIDADE (art. 5, II); ao DIREITO ADQUIRIDO (art. 5, XXXVI), proibindo a retroatividade da lei (artigo 6º da LICC). (Página 261, de Manoel Gonçalves Ferreira Filho). O ATO JURÍDICO PERFEITO E A COISA JULGADA são respeitados como fontes de direitos subjetivos adquiridos; bem como o PRINCÍPIO DA INAFASTABILIDADE DO CONTROLE JUDICIAL (artigo 5º, inciso XXXV), em relação às leis ou regras jurídicas.
	De acordo com a redação atual da Lei de Introdução ao Código Civil, ato jurídico perfeito é o “já consumado segundo a lei vigente ao tempo em que se efetuou”. Coisa julgada, “a decisão judicial de que não caiba mais recurso”. Direito adquirido, aquele cujo “titular ou alguém por ele possa exercer”, assim como aquele “cujo começo de exercício tenha termo prefixo, ou condições preestabelecidas, inalteráveis a arbítrio de outrem”.
	Não há direito adquirido à permanência de um estatuto legal, que pode ser modificado para disciplinar fatos posteriores à sua vigência.
	Os estrangeiros também possuem alguns direitos e garantias individuais, podendo impetrar Habeas Corpus.
	RESPEITO À LIBERDADE PESSOAL (ART. 5º, LXI): Proibe-se a prisão, a não ser “em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada da autoridade judicial competente”, excepcionando as transgressões militares e os crimes militares, onde a prisão pode ocorrer por ordem da autoridade administrativa competente.
	INVIOLABILIDADE DA INTIMIDADE: São invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra das pessoas, assegurado o direito à indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação.
	INVIOLABILIDADE DO DOMICÍLIO (ART. 5º, XI): É vedada a entrada a quem quer que seja sem o consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, e para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial. (artigo 150, § 4º, CP). 
	O dia é o período compreendido entre 06:00 da manhã e 20:00 horas (critério majoritário, nos termos do artigo 172 do Código de Processo Civil), havendo entendimentos que a existência de luz natural deve ser o critério para definir entre dia e noite ou então no sentido de que o dia vai das 06:00 às 18:00 horas.
	No estado de sítio poderá ser determinada a busca e apreensão em domicílio (artigo 139, V), ficando suspensas as garantias constitucionais (artigo 138).
SEGURANÇA EM MATÉRIA PENAL:
	a) Comunicação de toda prisão ao juiz competente, o da responsabilização da autoridade coatora (LXII);
	b) Plena defesa (LV);
	c) Proibição dos juízes ou tribunais de exceção (XXVII);
	d) Julgamento de crimes dolosos contra a vida pelo Júri Popular (XXXVIII); 
	e) Anterioridade da lei penal (XL);
	f) Individualização da pena (XLVI);
	g) Proibição das penas que ultrapassem a pessoa dos delinqüentes (XLV);
	h) Proibição das penas de banimento, prisão perpétua, de trabalhos forçados, de morte, exceto quanto à última os casos previstos, na legislação penal, para a guerra externa (XLVII), 
	i) Proibição da prisão civil, salvo como sanção para o inadimplemento de obrigação alimentar e para a infidelidade de depositário (LXXVII). 
	j) Não é permitida a extradição de estrangeiro em decorrência de crime político ou de opinião e em caso algum de brasileiro (LI e LII);
	l) Imprescritibilidade do crime de racismo e a ação armada de grupos civis ou militares contra a ordem constitucional e o Estado Democrático (XLII e XLIV), sendo que alguns vêem nisso uma contradição com a disposição de inexistência de pena de caráter perpétuo (XLVII). 
	m) Publicidade dos atos processuais como regra (artigo 5º, LX, c/c artigo 93, IX)
	DIREITO DE INVENÇÃO (XXIX): Somente se pode vulgarizar um invento se for para interesse social, mediante prévia e injusta indenização em dinheiro, sendo que a lei ordinária prevê o tempo após o que a invenção cai em domínio público.
	PROPRIEDADE,	 MARCA DE INDÚSTRIA E COMÉRCIO (XXIX): Garantia de exclusividade do nome comercial.
	DIREITOS DO AUTOR: Exclusividade de reprodução e alteração (visa evitar expressão de deturpação do pensamento do criador), sendo que sua violação constitui-se em crime. O direito de reprodução e venda da obra pode ser comercializado.
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