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Teoria Geral do Crime

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1-Conceito de crime?
Segundo o art. 1° da Lei de Introdução do Código Penal (decreto-lei n. 2.848, de 7-12-1940):
  “Considera-se crime a infração penal a que a lei comina pena de reclusão ou de detenção, quer isoladamente, quer alternativamente ou cumulativamente com a pena de multa; contravenção, a infração penal a que a lei comina, isoladamente, pena de prisão simples ou de multa, ou ambas, alternativa ou cumulativamente”.
2- Diferencie o conceito formal do conceito material.
Sob o aspecto legal, ou formal, crime é toda infração penal que a lei comina pena de reclusão ou detenção.
Sob o aspecto material, crime é toda ação humana que lesa ou expõe a perigo um bem jurídico de terceiro, que, por sua relevância, merece a proteção penal. Esse aspecto valoriza o crime enquanto conteúdo, ou seja, busca identificar se a conduta é ou não apta a produzir uma lesão a um bem jurídico penalmente tutelado.
Assim, se uma lei cria um tipo penal dizendo que é proibido chorar em público, essa lei não estará criando uma hipótese de crime em seu sentido material, pois essa conduta nunca será crime em sentido material, pois não produz qualquer lesão ou exposição de lesão a bem jurídico de quem quer que seja. Assim, ainda que a lei diga que é crime, materialmente não o será.
3-Em que consiste o conceito analítico de crime?
O conceito analítico de crime é dividido em duas vertentes: o bipartido e o tripartido. Para a teoria bipartida o crime é um fato típico e antijurídico, sendo a culpabilidade apenas responsável por dosar a pena. Já para a teoria tripartida, o crime é um fato típico, antijurídico e culpável. Tais conceitos sofrem indubitavelmente influência das teorias da ação, e as duas mais relevantes para o estudo dessas vertentes são a teoria causalista e a teoria finalista.
Para a teoria causalista a conduta consiste em um comportamento humano voluntário que produz uma modificação no mundo exterior. Nela a vontade é a causa da conduta, e a conduta é a causa do resultado.
O principal problema encontrado nessa teoria está no fato de ela não associar a conduta realizada no mundo exterior com o aspecto psíquico interior do autor, já que não analisa o conteúdo da vontade. A teoria causal ou clássica não estabelece uma diferença entre a conduta culposa da conduta dolosa, já que deixa de considerar a relação psíquica do agente para com o resultado. Sendo assim ela desloca para a culpabilidade, o dolo e a culpa, ou seja, o querer interno do agente que praticou a conduta.
A definição de conduta como um movimento corpóreo voluntário que produz uma modificação no mundo exterior, não apresenta argumentos para explicar os crimes os delitos como os de mera conduta,  em que não se possui um resultado naturalístico, além dos delitos omissivos em que o agente responde porque não evitou o resultado, não cumprindo a norma que lhe impunha o dever de agir, além dos delitos em que o resultado não é produzido por circunstâncias alheias a vontade do agente.
Em função disso Hanz Welzel criou a teoria finalista aproximadamente no ano de 1930 ensinando que a conduta consiste no comportamento humano, consciente e voluntário, dirigido a uma finalidade, ou seja, a conduta é um acontecimento final e não um procedimento puramente causal.
Na teoria finalista o dolo e a culpa integram a conduta que foi deslocada para o tipo. Sendo assim o finalismo retirou o dolo (elemento subjetivo) e a culpa (elemento normativo) da culpabilidade, transferindo a análise desses elementos para dentro do tipo penal.
4-Diferencie tipicidade de antijuricidade e de culpabilidade.
A tipicidade divide-se em formal e material:
A tipicidade formal é a descrição da conduta na norma penal. A tipicidade significa que a conduta se encontra nos elementos descritivos de uma norma penal.
A tipicidade material é a relevância da conduta que foi praticada. Além da conduta está escrita na norma penal, essa conduta tem que ter, minimamente, uma relevância.
A antijuricidade, segundo elemento do crime na nossa teoria tripartida, é também denominada ilicitude. É toda conduta que, quando praticada contraria o Direito, alguma norma ou dispositivo jurídico.
Já na culpabilidade, diz que se não houver culpabilidade haverá crime, mas será isento de pena, por isso os doutrinadores dizem que culpabilidade é pressuposto de aplicação de pena. Ela compõe-se de 3 elementos:
Imputabilidade- É a capacidade que a pessoa deve ter de entender o caráter ilícito do seu ato e de se comportar de acordo com esse entendimento.
Potencial consciência da ilicitude- Significa que essa pessoa, no meio entre as pessoas com as quais convive, tinha um potencial conhecimento sobre o caráter ilícito do seu ato.
Exigibilidade de conduta diversa- Significa que você, obrigatoriamente, somente pode reprovar a conduta de uma pessoa, quando poderia exigir desta mesma pessoa outra conduta diferente da que ela praticou.
5-Quais os elementos do crime? O que são elementos objetivos, subjetivos e normativos?
Os elementos do crime são:
 Fato típico em si- comportamento humano previsto como infração penal (é o comportamento humano, positivo ou negativo, que provoca um resultado (em regra), e é previsto em lei penal como infração.
Fato antijurídico- contrário ao ordenamento jurídico (é a relação de contrariedade entre o fato típico e o ordenamento jurídico).
Culpabilidade- juízo de reprovação (não é característica, aspecto ou elemento do crime, e sim mera condição para se impor a pena pela reprovabilidade da conduta).
Elementos objetivos-são formados por verbos, elementos descritivos e normativos.
Verbo- a conduta que poderá ser ação ou omissão.
Elementos descritivos- é um elemento que você reconhece de forma imediata. O elemento descritivo descreve de forma imediata, dispensando, portanto, conceitos prévios ou valoração específica.
Elementos normativos- são elementos que precisam de valoração prévia. Os elementos normativos, por sua vez, subdividem-se em: 
Elementos normativos jurídicos: a valoração prévia estaria na própria norma. Significa dizer que a norma jurídica define o que vem a ser determinado elemento. É o caso, por exemplo, do conceito de funcionário público previsto no art. 312 do Código Penal.
Elementos normativos extrajurídicos: a valoração prévia estaria fora da norma. Significa dizer que a definição de determinado elemento normativo não advém do próprio ordenamento. É o caso, por exemplo, do conceito do ato obsceno.
Elementos subjetivos- os elementos subjetivos do tipo penal são o dolo e a culpa.
6- O que é sujeito ativo, passivo, objeto material e objeto jurídico do crime?
Entende-se por sujeito ativo o autor da infração penal. Com efeito, pode ser sujeito ativo pessoa física e capaz (com idade igual ou superior a 18 anos).
E, de acordo com o Art. 3º CF: As pessoas jurídicas serão responsabilizadas administrativa, civil e penalmente, conforme o disposto nesta lei, nos casos em que a infração seja cometida por decisão de seu representante legal ou contratual, ou de seu órgão colegiado, no interesse ou benefício de sua entidade.
Parágrafo único. A responsabilidade das pessoas jurídicas não exclui a das pessoas físicas, autoras, co-autoras ou párticipes do mesmo fato.
Sujeito passivo trata-se da pessoa ou ente que sofre as consequências da infração penal. Podem ser sujeitos passivo: pessoa física, pessoa jurídica, o Estado e entes sem personalidade jurídica (ex: família, coletividade – nestes casos, tem-se o chamado crime vago).
Alguns crimes, obrigatoriamente (exigência do tipo penal), têm pluralidade de sujeitos passivos: crimes de dupla subjetividade passiva. Ex: violação de correspondência (vítimas: remetente e destinatário).
O objeto material do crime, trata-se de pessoa ou coisa sobre a qual recai a conduta criminosa. Nem sempre o objeto material coincide com o sujeito passivo, mas podem coincidir, como ocorre no homicídio.
O objeto jurídico do crime, trata-se do interesse tutelado pela norma. Há crimes que protegem mais de um objeto jurídico: crimes de dupla objetividadejurídica. Ex: roubo, latrocínio, estupro qualificado pela morte etc. Na denunciação caluniosa, tutela-se a honra e a administração, por exemplo.
FONTES
https://jus.com.br/artigos/47517/conceito-de-crime-no-direito-penal-brasileiro
https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/direito/elementos-do-crime/24934
BITENCOURT, Cezar Roberto, Tratado de Direito Penal.
NUCCI, Guilherme de Souza, Manual de Direito Penal.
FACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS DE PERNAMBUCO
SOPECE
DIREITO PENAL-I
RECIFE-PE
05 DE JUNHO DE 2017
FACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS DE PERNAMBUCO
SOPECE
ALUNA: BÁRBARA LOUÍSY MACIEL CINTRA DE OLIVEIRA
MATRÍCULA: 1702141
TURNO: NOITE
ANO: 2º ANO
PROFESSOR: EDIVALDO
DISCIPLINA: DIREITO PENAL- PARTE GERAL
 
TEORIA GERAL DO CRIME
RECIFE-PE
05 DE JUNHO DE 2017

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