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003 SLIDES - PRINCÍPIOS GERAIS DE DIREITO

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CONCEITO DE PRINCÍPIO E SUA IMPORTÂNCIA
No sentido jurídico: ordenação, que se irradia e imanta os sistemas de normas, servindo de base para a interpretação, integração, conhecimento e aplicação do direito positivo. (NUCCI)
Princípios constitucionais: servem de orientação para a produção legislativa ordinária, atuando como garantias diretas e imediatas aos cidadãos, bem como funcionando como critérios de interpretação e integração do texto constitucional.
PRINCÍPIOS REGENTES:
Dignidade da pessoa humana e devido processo legal: integração entre princípios penais e os processuais penais que coordenam o sistema de princípios os mais relevantes para a garantia dos direitos humanos fundamentais.
Art. 1º CF
Art. 5º LIV CF
DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA
Base sobre a qual todos os direitos e garantias individuais são erguidos e sustentados.
	Os demais princípios dão suporte prestado à dignidade humana
Dois prismas:
1- Objetivo: a garantia de um mínimo existencial ao ser humano, atendendo suas necessidades mais básicas: ex. moradia, alimentação, educação, lazer, transporte, previdência social e saúde (art. 7, IV)
2- Subjetivo: sentimento de respeitabilidade, autoestima, inerentes ao ser humano, desde o nascimento, em relação aos quais não cabe qualquer espécie de renúncia ou desistência
DEVIDO PROCESSO LEGAL: 
guarda raízes com o princípio da legalidade, garantindo ao indivíduo que somente seja processado e punido se houver lei penal anterior definindo determinada conduta como crime, cominando-lhe pena. 
Modernamente, representa a união de todos os princípios penais e processuais penais, indicativo de regularidade ímpar do processo criminal
Classificação e Divisão de GuilhermeNucci
DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA E DEVIDO PROCESSO LEGAL
CONSTITUCIONAIS EXPLÍCITOS
CONSTITUCIONAIS IMPLÍCITOS
Concernentes à atuação do Estado
Concernentes ao indivíduo
Concernentes à atuação do Estado
Concernentes ao indivíduo
a) Legalidade(ou reserva legal)
b) Anterioridade
c) Retroatividade da Lei penal benéfica
d) Humanidade
 
a) Personalidadeou responsabilidade pessoal
b) individualização da pena
 
a) intervenção mínima:
a.1 princípios paralelos:
*subsidiariedade:
*fragmentariedade:
*ofensividade/lesividade:
b) taxatividade:
c) proporcionalidade
d) vedação da dupla punição pelo mesmo fato
 
a)culpabilidade
 
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS EXPLÍCITOS
 Concernentes à atuação do Estado:
Legalidade/estrita legalidade e (ou reserva legal):
Art. 5° XXXIX - Art. 1º CP
Cláusula pétrea: ainda que extirpado do CP, continuará atuando como vetor do sistema, por força do mandamento constitucional.
- exclusividade da lei para a criação de delitos (contravenções penais) e cominação de penas.
O princípio da legalidade possui dois fundamentos:
1-Jurídico: taxatividade, certeza e determinação –
- implica, por parte do legislador, a determinação precisa ainda que mínima, do conteúdo do tipo penal e da sanção penal a ser aplicada.
- da parte do juiz , máxima vinculação ao mandamento legal, inclusive na apreciação de benefícios legais
2- Político: proteção do ser humano em face do arbítrio do poder de punir do Estado. (direitos fundamentais de 1ª geração)
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS EXPLÍCITOS
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS EXPLÍCITOS
Princípio da Anterioridade:
Significa que uma li penal incriminadora somente pode ser aplicada a umf ato concreto caso tenha origem antes da prátia da conduta para a qual se destina.
Art. 1º: destaque para as expressões: ANTERIOR e PRÉVIA
É proibida a aplicação da lei inclusive durante seu período de vacatio 
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS EXPLÍCITOS
Retroatividade da Lei penal benéfica/ irretroatividade da lei penal:
Art. 5º XL CF
Art. 2º parágrafo único CP
Regra: não se permite a retroatividade da lei penal (incriminadora)- prejudiciais ao acusado.
Exceção: lei penal benéfica: esta pode voltar-se o tempo para favorecer o agente, ainda que o fato tenha sio decidido por sentença condenatória em transito em julgado
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS EXPLÍCITOS
Humanidade
Art. 5 XVII
Art. 5º XLIX
Observação = penas cruéis= incluso o conceito de vedação à penas corporais = castigos físicos
apregoa a inconstitucionalidade da criação de tipos penais ou cominação de penas que violam a incolumidade física ou moral de alguém.
O direito penal deve garantir o bem- estar da coletividade, incluindo-se o dos condenados.
Os condenados não devem ser excluídos da sociedade, somente porque infrigiram a norma penal, tratados como se não fossem seres humanos, mas animais ou coisas
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS EXPLÍCITOS
Concernentes ao indivíduo
 personalidade ou responsabilidade pessoal ( intranscedencia )
Art. 5 XLV CF
- a punição, em matéria penal, não deve passar da pessoa do delinquente.
- a família do condenado não deve, por exemplo, ser afetada pelo crime cometido.
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS EXPLÍCITOS
individualização da pena
Art. 5, XLVI CF:
a pena não deve ser padronizada,
cabe a cada delinquente a exata medida punitiva pelo o que fez.
a prática de idêntica figura típica não é suficiente para nivelar dois seres humanos.
- significa distribuir a cada individuo o que lhe cabe, de acordo com as circunstancias específicas do se comportamento.
NOTA: CLEBER MASSON
1-O princípio da individualização se desenvolve em 03 planos:
Legislativo: descrição do tipo penal com as respectivas sanções adequadas; indicando os seus limites (mínimo e máximo), e também as circunstâncias aptas a aumentar ou diminuir a pena as reprimendas cabíveis)
Judicial: a legislativa não é capaz de prever todas as situações da vida concreta. Este momento é efetivado pelo juiz.
Administrativa: efetuada durante a execução da pena, momento em que o Estado deve zelar por cada condenado de forma singular.
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS EXPLÍCITOS
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS IMPLÍCITOS
Concernentes à atuação do Estado
intervenção mínima ( princípio da necessidade):
A lei penal não deve ser vista como primeira opção (prima ratio) o legislador para compor conflitos existentes em sociedade.
O direito penal é considerado a última ratio: última cartada do sistema legislativo, quando se entende que outra solução não pode haver senão a criação de lei penal incriminadora, impodo sanção penal ao infrator.
- destinatários principais: o legislador e o intérprete do direito= a este exige não proceder à operação de tipicidade quando constatar que a pendência pode ser satisfatoriamente resolvida com a atuação de outros ramos do sistema jurídico, em que pese a criação, pelo legislador, d tipo penal incriminador
intervenção mínima 
	princípios paralelos:
		a) subsidiariedade:
		b) fragmentariedade:
		c) ofensividade/lesividade:
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS IMPLÍCITOS
subsidiariedade:
Direito penal como subsidiário aos demais ramos do direito
-fracassando outras formas de punição e de composição de conflitos, lança-se mão do direito penal para coibir comportamentos desregrados, que possam lesionar bem jurídicos tutelados
Se projeta no plano concreto (C. Masson) = isto é em sua atuação prática o direito penal somente se legitima quando os demais meios disponíveis já tiverem sido empregados, sem sucesso, para a proteção do bem jurídico. Guarda relação com a tarefa de aplicação da lei penal.
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS IMPLÍCITOS
fragmentariedade:
nem todas lesões a bens jurídicos protegidos devem ser tuteladas e punidas pelo direito penal.
 o direito deve se ocupar de condutas mais graves, verdadeiramente lesivas à vida em sociedade, passíveis de causar distúrbios de monta à segurança pública e liberdade individual.
deve ser utilizado no plano abstrato, para o fim de permitir a criação de tipos penais somente quando os demais ramos do Direito tiverem falhado na tarefa de proteção de um bem jurídico- ATIVIDADE LEGISLATIVA
O direito penal preocupa – se unicamente com alguns comportamentos (“fragmentos”) contrários ao ordenamento
jurídico;
- ex.: adultério- revogado em 2005
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS IMPLÍCITOS
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS IMPLÍCITOS
ofensividade/lesividade:
punição de condutas autenticamente lesivas aos bens jurídicos tutelados.
alguns autores tratam o princípio de forma autônoma = ex. Cleber Massom
 podemos encontrar situações ofensivas a determinados bens, mas inofensivas em matéria penal.
Exs.= 	Art. 59 da LCP = vadiagem
	Mendicância – revogado em 2009
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS IMPLÍCITOS
taxatividade:
- condutas típicas, merecedoras de punição, devem ser suficientemente claras e bem elaboradas, de modo a não deixar dúvida por parte do destinatário da norma.
- decorrente da legalidade
- postulado dirigido ao legislador
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS IMPLÍCITOS
Proporcionalidade art. 5 XLVI
(razoabilidade/ convivência das liberdades públicas)
- as penas devem ser harmônicas com a gravidade da infração penal cometida.
- evitar o exagero ou extrema liberalidade na cominação das penas nos tipos penais incriminadores.
proporcionalidade- analisada sob 02 óticas...............................
1-proibição ao excesso: vedada a cominação e aplicação de penas em dose exagerada e desnecessária.
2- proteção insuficiente de bens jurídicos: não tolera a punição abaixo da medida correta 
(ex. lei 4.898/65 – crimes de abuso de autoridade = graves infrações (art 6º §3º, b) pena de detenção d 10 dias a 06 meses.
DESTINATÁRIOS:
1- legislador:
 -forte barreira impositiva de limites ao legislador.
 - Proporcionalidade abstrata (ou legislativa)
2- juiz da ação penal:
 - Incide na dosimetria da pena-base: orienta o juiz no julgamento da ação penal, promovendo a individualização a pena adequada ao caso concreto.
 - proporcionalidade concreta (ou judicial)
3 - individualização executória ( ou administrativa):
-incidem regras inerentes ao cumprimento da pena, levando-se em conta as condições pessoais e o mérito do condenado.
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS IMPLÍCITOS
vedação da dupla punição pelo mesmo fato – ne bis in idem
- ninguém deve ser processado e punido duas vezes pela prática da mesma infração penal.
- Convenção Americana sobre Direitos Humanos (art. 8º)
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS IMPLÍCITOS
Concernentes ao indivíduo
a)culpabilidade
ninguém será penalmente punido, se não houver agido com dolo ou culpa, dando mostras de que a responsabilização não será objetiva, mas subjetiva (nullum crimen sine culpa)
(Massom) trata do princípio da imputação pessoal e responsabilidade penal objetiva= o DP não pode castigar um fato cometido por agente que atue se culpabilidade.
Dolo e culpa = diferença
 art. 18 -= só há crime quando estiver presente o dolo e a culpa
Parágrafo único do art. 18=
			Regra: fundamentar e legitimar a punição na esfera penal: o dolo do agente.
			Exceção: não encontrado o dolo deve-se buscar a culpa, desse que expressamente prevista.

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