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Universidade de São Paulo Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” Departamento de Produção Vegetal PROPAGAÇÃO DE HORTALIÇAS Profa. Simone da Costa Mello Piracicaba 2011 Métodos de propagação Propagação sexuada Propagação vegetativaPropagação vegetativa Propagação sexuada • Propagação por sementes: • Semeadura direta (semeadura no local definitivo) • Semeadura em local não definitivo:• Semeadura em local não definitivo: • Semeadura em canteiro e transplante • Semeadura em recipiente e transplante • Semeadura em recipiente, enxertia e transplante SEMEADURA DIRETA • QUANTO À DISTRIBUIÇÃO • EM LINHAS • EM COVAS • MODO DE DISTRIBUIÇÃO DAS SEMENTES • MANUAL • MANUAL • MECANIZADA ATRAVÉS DE SEMEADORAS • - TRAÇÃO MANUAL • - TRAÇÃO MECÂNICA SEMEADURA EM SEMENTEIRAS E POSTERIOR TRANSPLANTE SEMEADURA EM RECIPIENTES E POSTERIOR TRANSPLANTE Produção de mudas em copinho de jornal Produção de mudas em bandejas Enxertia Definição Objetivos • Resistência às doenças • Resistência à estresse hídrico• Resistência à estresse hídrico • Resistência aos fatores ambientais como altas e baixas temperaturas • Melhoria na qualidade do produto a ser colhido • Aumento da produtividade Enxertia • Pepino: resistência a Fusarium, maior qualidade dos frutos. • Pimentão: murcha de Phytophthora capsici; nematóides.• Pimentão: murcha de Phytophthora capsici; nematóides. • Berinjela: murcha bacteriana, murcha de fusário, nematóides. • Tomateiro: controle de doenças, resistência ao estresse hídrico; estresse salino. Enxertia por encostia Enxertia por garfagem Fenda 1,0 cm ¾ do Ø do caule Enxerto Retirada do meristema apical Corte em bisel Porta-enxerto Enxertia por garfagem Pimentão PROPAGAÇÃO VEGETATIVA Usada para hortaliças que não podem ser propagadas via sementes Usada para hortaliças que também podem ser propagadas por estruturas vegetativas além das sementes (batata, cebola) Ramos de batata-doce Plantio de ramos Plantio de tubérculos Cultura de tecido, repicagem e transplante Micropropagação Produção de mudas em bandejas Comercialização Venda para o produtor de mudas Venda para o produtor de morango Propagação por estolhos - morangueiro Transplante das mudas para vasos Produção de estolhos Seleção e limpeza das mudas Transplante para recipientes e formação da muda Limpeza das mudas e controle da produção na bandeja Produção de mudas em recipientes Profa. Simone da Costa Mello Departamento de Produção vegetal, ESALQ/USP Maio/2010 Casa-de-vegetação Controle dos fatores ambientais Telas termorrefletoras Bandejas de poliestireno expandido • Material não degradável • Material poluente Bandejas de polietileno Bandejas de polietileno flexível Espuma fenólica Muda em espuma fenólica Etapas do sistema de produção de mudas em bandejas • Aquisição de sementes: • Qualidade: várias empresas no mercado • Embalagem: volume de produção Envelopes Latas Baldes Envelopes • 5 a 12 g • Embalagens diferenciadas: 50,100, 500, 1000 sementes Latas • 25, 50, 100, 200, 300, 400 e 500 g • Latas com 5000 sementes peletizadas de alfacealface Baldes • 5 a 10 kg Espécie Número de sementes/g Cucurbita sp. 5 Acelga Beta vulgaris var. cycla 55-60 Alface Lactuca sativa 800-890 Almeirão Cichorium intybus 700-940 Berinjela Solanum melongena 230-250 Brócolos Brassica oleracea var. italica 315-500 Chicória Cichorium endivia 600-940 Coentro Coriandrum sativum 70-90 Couve-flor Brassica oleracea var. botrytis 350-500 Feijão-vagem Phaseolus vulgaris 4Feijão-vagem Phaseolus vulgaris 4 Espinafre Spinacea oleracea 90-100 Jiló Solanum gilo - 539-890 Melancia Citrullus lanatus 5-11 Melão Cucumis melo 35-45 Milho-doce Zea mays 3 Pepino Cucumis sativus 35-40 Pimentão Capsicum annuum 150-165 Quiabo Hibiscus esculentus 19 Rabanete Raphanus sativus 350-500 Repolho Brassica oleracea var. capitata 75-120 Rúcula Eruca sativa 550 Tomate Lycopersicon esculentum 300-405 Tipos de sementes • Sementes nuas • Sementes com película protetora • Sementes peletizadas• Sementes peletizadas • Sementes incrustadas Sementes nuas Sementes peliculizadas pepino Sementes incrustadas Sementes peletizadas Semente peletizada de alface Custo: R$ 170,00/kg 1 g = 1000 sementes Recobrimento das sementes Vantagens: • Reconhecimento da semente pela cor • Favorece a semeadura • Possibilita a incorporação de produtos • Pode ser associada com outras técnicas Desvantagens • Custo mais elevado • Perda de vigor das sementes • Menor velocidade de emissão da raiz primária Beneficiamento das sementes • Separação por peso, tamanho, cor, formato, retirada de impurezas • Desinfecção: tratamento das sementes • Desinfecção: tratamento das sementes para desinfecção por patógenos • Condicionamento osmótico das sementes Condicionamento osmótico das sementes • Pré-germinação das sementes • Alface, chicória: • quebra de dormência• quebra de dormência • Germinação em temperaturas mais elevadas • Maior uniformidade na germinação Dormência em alface • Fatores responsáveis: luz e temperatura Quebra de dormênciaQuebra de dormência Câmara fria (6 a 8 ºC) por 48 horas Priming Condicionamento osmótico • Quebra da dormência Escolha do substrato CARACTERÍSTICAS DOS SUBSTRATOS • Isento de resíduos industriais • Isentos de microrganismos patogênicos • Leve• Leve • Boa drenagem • Alta capacidade de retenção de água • Porosidade (> 80%) • Água facilmente disponível (20-30%) Propriedades químicas CTC Fertirrigação permanente – CTC não é fator relevante. Fertirrigação intermitente - substrato com moderada a elevada CTC elevada CTC pH ideal - entre 5,5 a 6,8 pH < 5 diminui absorção de N, K, Ca, Mg, B, etc. pH > 6,5 diminui a absorção de P, Fe, Mn, B, Zn e Cu. Tipos de substratos • Naturais: turfa • Naturais transformados: vermiculita, casca de pinuscasca de pinus • Residuais: fibra de coco Substratos Pluma, Nature (Bioplant) Golden Mix (Amafibra) Multihort Hortaliças (Terra do Paraíso) Substrato a base de casca de pinus Fibra de coco prensada Fibra de coco- Processador de substrato Produção de hortaliças em fibra de coco • Substrato: • Elevada capacidade de retenção de água • Apresenta poros externos e internos • Alta relação C/N, porém estável • Baixa CTC Substrato adequado Semeadura Semeadura manual Semeadura mecanizada 600 bandejas por hora Semeadura Germinação das sementes Em ambiente protegido Diretamente na estufa agrícola Germinação das sementes Estufa Temperatura ideal para a germinação de algumas hortaliças. Hortaliça Faixa ideal de temperatura (ºC) Alface 20 a 24 Melão 28 a 32Melão 28 a 32 Pepino 27 a 28 Pimentão 25 a 30 Tomate 25 Desenvolvimento das mudas na casa-de-vegetaçãoINÍCIO DO DESENVOLVIMENTO DAS MUDAS Plântulas sensíveis ao excesso de excesso de radiação solar e temperatura Tela de sombreamento preta Aspersores estacionários Barra móvel Nebulização Nutrição Conhecer as exigências nutricionais de cada espéciede cada espécie Ciclo de desenvolvimento da espécie ou cultivar Tolerância à salinização Fertirrigação Nebulização Fertirrigação Ciclo de desenvolvimento de algumas hortaliças Hortaliça Ciclo de produção da muda (dias) Tomate 30-40 Pimentão 35-60Pimentão 35-60 Pepino 15-25 Alface 22-30 Couve-flor; Brócolis 30-35 Exigência nutricional Idade (dias) M.S. (g) N P K Ca Mg S -----------------------mg/planta--------------------- Produção de matéria seca e extração de nutrientes durante a fase de formação de muda do tomateiro cv. Roma VF. 15 0,10 5,1 0,7 4,7 2,1 0,6 0,2 30 0,79 32,8 7,0 43,6 22,3 4,9 3,0 B Cu Fe Mn Zn ------------------ug/planta----------------- 15 19 1,9 36,4 41,5 1,2 30 70,3 14,7 391,9 333,1 73,0 Relação em os teores de nutrientes considerados adequados para as hortaliças Hortaliça N/K K/Ca K/Mg Agrião 0,83/1 4/1 14,3/1 Alface 0,62/1 3,23/1 12,5/1 Couve-flor 1,25/1 1,33/1 10/1Couve-flor 1,25/1 1,33/1 10/1 Repolho 1/1 1,59/1 6,67/1 Rúcula 0,78/1 1,19/1 14,29/1 Salsa 1,14/1 2,32/1 9,09/1 Melão 1,14/1 0,88/1 3,45/1 Pimentão 0,90/1 2/1 6,25/1 Tomate 1,25/1 1,33/1 6,67/1 Preparo de soluções nutritivas para o cultivo de mudas Solubilidade dos fertilizantes Sal Solubilidade (g/mL) Uréia 0,50 Nitrato de cálcio 0,50 Nitrato de potássio 0,15Nitrato de potássio 0,15 Nitrato de magnésio 0,70 Fosfato monoamônio 0,20 Fosfato monopotássico 0,20 Sulfato de magnésio 0,50 Sulfato de potássio 0,10 Preparo de soluções concentradas Tanque A Tanque B Tanque C Nitrato de cálcio Nitrato de potássio Micronutrientes Ferro quelatizado MAP ou MKP Nitrato de potássio Nitrato de magnésio e/ou Sulfato de magnésio pH mantido em torno de 5,5 Preparo de soluções concentradas Tanque A Tanque B Nitrato de cálcio Nitrato de potássio Micronutrientes Ferro quelatizado MAP ou MKP Nitrato de potássio Nitrato de magnésio e/ou Sulfato de magnésio pH mantido em torno de 5,5 Composição da solução nutritiva Depende: Qualidade da água EspécieEspécie Estádio fenológico Época de cultivo Composição da solução • Concentração do elemento na solução • Relação entre os elementos: competição entre elesentre eles RELAÇÕES ENTRE N, P, Ca e Mg COM K EM FOLHAS DE RÚCULA EM FUNÇÃO DA IDADE APÓS O TRANSPLANTE DE MUDAS DAT N/K P/K Ca/K Mg/K 0 1,077 0,150 0,366 0,0830 1,077 0,150 0,366 0,083 5 1,046 0,103 0,374 0,101 10 1,189 0,118 0,442 0,142 15 1,092 0,139 0,449 0,159 20 1,071 0,144 0,444 0,184 Media 1,095 0,131 0,415 0,134 C.V., % 5,0 15,0 9,9 31,0 RELAÇÕES ENTRE N, P, Ca e Mg COM K EM PLANTAS DE RÚCULA CRESCIDAS EM SOLUÇÃO NUTRITIVA COM DIFERENTES CONDUTIVIDADES ELÉTRICAS CE N/K P/K Ca/K Mg/K mScm-1 Rúcula cv.”Cultivada” 1,0 0,971 0,061 0,671 0,105 1,5 0,949 0,054 0,593 0,094 2,0 1,001 0,057 0,620 0,100 2,5 1,021 0,058 0,583 0,094 3,0 1,066 0,064 0,563 0,094 Média 1,002 0,059 0,606 0,097 C.V., % 4,5 6,5 6,9 5,1 Qualidade da muda Muda estiolada Transporte Transporte inadequado Aula prática • Semeadura em bandejas de isopor: • Marcador e semeadora manual: sementes nuas tratadas e peletizadas • Semeadura direta: • Cenoura e rabanete: Não suportam transplante de mudas: raízes bifurcam, entortam e não se desenvolvem
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