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Redes de Dados

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1 REDES DE COMPUTADORES
1.1 Introdução
A indústria da informática teve um progresso espetacular 
em um curto período de tempo e as redes de computadores 
também fazem parte desse crescimento. Hoje, com um simples 
clique de um botão, as organizações, com suas fi liais espalhadas 
pelo mundo, podem comunicar-se e obter informações sobre 
desempenho, relatórios de produção, estoque e clientes, 
independente da sua localização.
Durante a primeira década dos sistemas computacionais, 
os computadores eram altamente centralizados, as empresas 
e universidades possuíam apenas um ou dois computadores 
e as grandes instituições algumas dezenas. Todos eles eram 
isolados, não existia nenhuma comunicação entre eles.
 
Com o avanço da comunicação, a forma com que os 
sistemas computacionais operavam foi totalmente modifi cada, 
a visão que os usuários tinham sobre os grandes centros de 
computação, em que os trabalhos eram levados para serem 
processados, tornou-se obsoleta, sendo substituídos pelas redes 
de computadores. Agora, os trabalhos são processados por um 
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Rede de Computadores
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grande número de computadores separados fi sicamente e 
totalmente interligados.
Em termos práticos, uma rede de computador é formada 
por dois ou mais computadores interligados, podendo existir 
uma troca de informação entre eles. Essa ligação não precisa ser 
feita obrigatoriamente através de um fi o, pois existem diversas 
tecnologias que permitem a troca de dados, como infravermelho, 
microondas, satélite etc.
1.2 Redes de Computadores em aplicações 
comerciais
Atualmente, as empresas possuem um grande número de 
computadores para desempenhar os mais diversos tipos de 
aplicações, como monitoramento, controle de produção e 
estoque, geração de planilhas e relatórios etc. Inicialmente, cada 
processo era feito de modo isolado, não existia nenhuma forma 
de correlacionamento de informações e compartilhamento de 
recursos. Foi observado então, que com a interligação desses 
computadores espalhados pelas empresas, era possível comunicar 
os mais diversos sistemas, além de compartilhar recursos como 
impressores e drivers de cd-rom, o que permite que todos os 
usuários da rede utilizem esses recursos.
 
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Na maioria dos casos em que as empresas implantam em 
sua estrutura uma rede de computadores, elas sempre obtêm 
economia com o compartilhamento de recursos. Como exemplo, 
imagine a situação em que existem várias impressoras individuais, 
sendo estas substituídas por uma única impressora de grande 
porte, com essa troca, a manutenção é facilitada, permite o 
acesso de um número maior de usuários, além de possibilitar o 
controle do número de impressões. 
Tão importante quanto o compartilhamento de recursos é 
o compartilhamento de informações. As grandes instituições 
possuem fi liais espalhadas por regiões diferentes e precisam 
acessar informações que são comuns a todas, como registro de 
clientes, estoque de produtos, pedidos, etc. O fato de os usuários 
estarem em países diferentes, não impede que eles acessem 
esses dados como se eles estivessem armazenados em seu 
computador local. Para permitir esta facilidade de acesso, são 
utilizados servidores de grande porte para o armazenamento 
de informações e os usuários, com suas estações de trabalho, 
acessam esses dados remotamente. Essa comunicação entre 
computadores clientes e servidores é feita através das redes de 
computadores.
 
Temos como exemplo de um modelo cliente/servidor, o 
acesso a uma página na internet, onde o usuário é o cliente 
que solicita através do seu navegador Web, um site qualquer 
e o servidor remoto encarrega-se de responder à solicitação 
do cliente. Observe que nesse modelo existem dois processos 
envolvidos, formado pelo computador cliente e o computador 
servidor.
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Além do compartilhamento de recursos e informações, as 
redes de computadores podem oferecer um efi ciente meio de 
comunicação entre seus usuários. Muitas empresas utilizam o 
correio eletrônico (e-mail) para troca de informações, evitando 
o deslocamento e gasto com ligações. 
Percebemos então, o enorme ganho que o meio corporativo 
obteve com a implantação das redes de computadores. Seus 
dados e dispositivos agora podem ser compartilhados e acessados 
por fi liais em qualquer parte do mundo, além de promover uma 
melhor comunicação entre seus usuários.
1.3 Redes de computadores domésticas
No início, talvez o maior objetivo para se ter um computador 
em casa fosse utilizar os aplicativos de texto e os jogos. 
Atualmente, esse pensamento mudou radicalmente com a 
chegada da internet, é permitido ao usuário doméstico acessar 
informações remotas, comunicação entre usuários, jogos on-
line e o correio eletrônico. Com a internet, os usuários podem 
obter informações dos mais variados gêneros como esporte, 
arte, ciência, automóveis, história, dentre muitos outros. Os 
portais de informação atualizam seus artigos minuto a minuto, 
proporcionando aos seus usuários informações recentes. Além 
de ler as notícias, como se estivesse lendo um jornal on-line, 
o leitor pode acompanhar debates, julgamentos, resultados de 
jogos, eventos importantes, tudo em tempo real.
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Todas as aplicações que citamos anteriormente envolvem a 
interação entre o usuário e um banco de dados. Outra categoria 
de utilização de redes de computadores é a comunicação entre 
os usuários, comandada principalmente pelo e-mail que já faz 
parte do dia-a-dia das pessoas e é utilizado por milhões de 
pessoas em todo o mundo. A troca de mensagens instantâneas 
como MSN Messenger, ICQ, Google Messenger virou uma febre 
entre os jovens, as salas de bate-papo são muito visitadas 
por pessoas que desejam discutir assuntos em comum. Essa 
interatividade entre os usuários, proporcionada pela grande rede 
de computadores é que faz da internet um sucesso.
 
Por fi m, há o entretenimento que é composto principalmente 
pelos jogos em rede e jogos on-line. Os jogos em redes estão 
perdendo espaço para os on-line, principalmente pela sua 
limitação de estrutura física, pois os jovens montam suas “redes 
caseiras” formadas por dois ou mais computadores e fi cam 
restritos à estrutura e ao espaço físico limitado. Com os on-
line, basta apenas estar conectado à internet, em que é possível 
acessar jogos de simulação em tempo real formados por equipes 
de vários participantes, onde o usuário pode competir com 
jogadores de todas as partes do mundo.
 
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As redes de computadores tornaram-se extremamente 
importantes para as pessoas que se encontram em regiões 
distantes, pois propiciam a elas serviços que são oferecidos às 
pessoas das grandes cidades, e sem dúvida a diversidade do uso 
das redes de computadores crescerá rapidamente no futuro, e 
chegará onde ninguém é capaz de prever agora.
2 TOPOLOGIAS DE REDES
As redes de computadores de modo geral estão presentes em 
nosso dia-a-dia, estamos tão acostumados a utilizá-las que não 
nos damos conta da sofi sticação e complexidadeda estrutura, 
que mantém os dados e as informações ao nosso redor.
A maneira com que as redes de computadores são 
interligadas é um ponto importante, pois dispositivos podem 
ser interconectados de várias formas envolvendo tanto o ponto 
de vista físico, como o lógico. A topologia física refere-se ao 
layout físico e ao meio de conexão dos dispositivos de redes, ou 
seja, como eles são conectados, e esses dispositivos que formam 
a estrutura de uma rede são chamados de nós ou nodos. A 
topologia lógica é a forma com que os nós se comunicam através 
dos meios de transmissão. 
As redes são compostas por arranjos topológicos interligados, 
cuja principal fi nalidade, a economia de recursos, pois com suas 
estruturas o compartilhamento e o processamento individual 
são distribuídos para todos, o que torna as informações ao 
alcance de todos os usuários que estão conectados.
2.1 Topologias Físicas
2.1.1 Ponto a Ponto
É a topologia mais simples e pode ser representada por dois 
computadores interligados entre si, através de um meio de 
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transmissão qualquer. A topologia ponto a ponto é a base para 
a formação de novas topologias, com a inclusão de outros nós 
em sua estrutura.
 
2.1.2 Barramento
No barramento, todos os nós estão ligados ao mesmo meio de 
transmissão, onde o tempo e a freqüência são importantes para 
a transmissão dos dados. Todos os nós que estão ligados à barra, 
podem “ouvir” as informações que estão sendo transmitidas, o 
que facilita o uso de aplicações que necessitam da difusão de 
mensagens para múltiplas estações.
Para controlar o acesso das estações ao barramento, existem 
dois modos de controle, o centralizado que é um nó especial 
na rede que determina ou não o direito de um nó acessar o 
barramento, e o descentralizado em que o controle de acesso é 
distribuído entre os nós. 
O desempenho da topologia em barra é determinado pelo 
número de estações conectadas, meios de transmissão utilizados, 
tráfego, entre outros fatores.
 
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2.1.3 Anel ou Ring
A topologia em anel é formada por nós conectados através 
de um percurso fechado, onde o sinal circula na rede passando 
por cada estação. Essas estações fazem o papel de repetidoras e 
retransmitem o sinal até que o destinatário seja encontrado.
É capaz de transmitir e receber informações em ambos os 
sentidos, o que torna os protocolos de entrega de mensagens aos 
destinatários, menos sofi sticados. Infelizmente essa topologia é 
pouco tolerável à falha, sendo complicado a implantação de 
detecção de erros, que podem fazer com que uma mensagem 
circule eternamente no anel. Para contornar esse tipo de 
problema, uma estação pode iniciar o anel, monitorar o envio de 
pacotes e diagnosticar o funcionamento da rede, essa estação 
monitora pode ser dedicada ou então cada estação assume a 
monitoria por um determinado período de tempo.
 
2.1.4 Estrela
A topologia em estrela é formada por diversas estações 
conectadas a um dispositivo central e toda a comunicação é 
supervisionada por esse nó central. 
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A unidade central tem o poder de determinar a velocidade 
de transmissão entre o transmissor e o receptor, e converter 
sinais transmitidos por protocolos diferentes, o que permite a 
comunicação entre redes de fabricantes distintos.
 As falhas em estações ou na ligação entre a estação e o 
nó central, deixam de fora apenas o nó que está envolvido na 
ligação, mas se a falha ocorrer no nó central, todo o sistema fi cará 
fora do ar. Como solução para esse tipo de problema, teríamos a 
replicação de estações centrais, só que os custos aumentariam 
bastante, o que limita a implantação dessa topologia. 
 
O seu desempenho está totalmente ligado à unidade 
central, pois depende do tempo de que ela necessita para o 
processamento e o encaminhamento de mensagens. Apesar 
de todos os seus problemas, essa topologia permite um melhor 
controle da rede e a maioria dos sistemas de redes implementam 
essa confi guração.
2.1.5 Árvore
É equivalente a várias redes estrelas interligadas entre si, 
essa ligação é feita através dos seus nós centrais. É utilizada 
principalmente na ligação de Hub`s e repetidores, conhecida 
também como cascateamento.
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2.1.6 Estrutura Mista ou Híbrida
É uma mistura de topologias, que tem como características as 
ligações ponto a ponto e multiponto e com isso se obtém redes 
complexas proporcionando um maior número de recursos. A 
estrutura mista pode conter a topologia anel, estrela, barra etc.
 
2.1.7 Grafo (Parcial)
A topologia em grafo engloba características de várias 
topologias, e cada nó da rede possui uma rota alternativa que 
pode ser usada em caso de falha ou congestionamento. Essas 
rotas são traçadas por nós, que têm a função de rotear endereços 
que não pertencem a sua rede.
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2.1.8 Comparativo entre as topologias mais conhecidas.
 Topologias Vantagens Desvantagens
Estrela - Monitoramento 
- Instalação simples
- Custo de instalação 
- Muito cabeamento
Barramento - Estrutura simples
- Pouco cabeamento
- Lentidão causada pelo 
uso intenso
- Difi culdade no isolamen-
to de problemas
Anel
- Instalação simples
- Desempenho 
uniforme
Difi culdade em isolar 
problemas
- Se um nó parar, todos 
param
 
 
 
2.2 Topologias Lógicas
Como falamos anteriormente as topologias lógicas signifi cam 
a forma com que os nós se comunicam através dos meios físicos. 
Os dois tipos mais comuns de topologias lógicas são o Broadcast 
e a passagem de Token.
Na topologia de Broadcast o nó envia seus dados a todos 
os nós espalhados pela rede. Não existe nenhum tipo de ordem 
para este envio, o único tipo de ordem é: o primeiro a chegar é 
o primeiro a usar. A Ethernet funciona dessa forma.
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2.2.1 Ethernet
A Ethernet é a tecnologia mais utilizada em redes locais, 
ela pode ser encontrada em topologias do tipo estrela que é 
composta por ligações utilizando cabeamento par trançado e 
uma unidade central e em topologias do tipo barramento com a 
utilização de cabo coaxial.
Nesse tipo de rede, a estação que deseja transmitir “ouve” o 
tráfego na rede, se não “ouvir” nada, ela transmite a informação. 
Se duas estações transmitirem informações ao mesmo tempo, 
ocorrerá uma colisão de pacotes, cada estação será alertada 
sobre a colisão e elas esperarão um período aleatório para 
transmitirem novamente. Esse método é conhecido como CSMA/
CD (Carrier Sense Multiple Access With Collision Detection).
A segunda topologia lógica é a passagem de Token, onde um 
sinal de Token controla o envio de dados pela rede. Um exemplo 
de rede que utiliza a passagem de token é a Token Ring.
2.2.2 Token Ring
O método de acesso Token Ring utiliza a topologia em anel 
para transmitir dados entre duas estações. A estação transmissora 
necessita obter um sinal (Token), que concede à estação o direito 
de transmissão e percorre a rede de nó em nó. Apenas um Token 
está disponível na rede, o que faz com que uma única estação 
acesse a rede por vez, evitando-se colisões de pacotes.
Seu funcionamento é feito da seguinte forma:
1. O sinal de Token circula noanel;
2. O emissor espera a chegada do Token;
3. O emissor captura o Token e transmite os dados;
4. O receptor recebe os dados e libera o Token.
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3 TIPOS DE TRANSMISSÃO
3.1 Sinais Elétricos
Os sinais elétricos são tensões que variam ao longo do tempo, 
sendo que algumas delas são úteis, pois transmitem alguns tipos 
de dados, como os que trafegam nas redes de computadores. 
Essas tensões podem ser classifi cadas como sinais analógicos e 
digitais.
3.1.1 Sinais Digitais
A grande maioria dos sinais elétricos utilizados na 
computação são digitais, e os que são analógicos são 
digitalizados para que depois sejam processados e armazenados. 
Os sinais digitais assumem uma infi nidade de valores, mas não 
são matematicamente perfeitos, por isso eles não representam 
apenas dois valores 0 e 1, como alguns textos ensinam. Como 
exemplo, em uma transmissão de uma seqüência de bits 
0110111001 são usadas as tensões de + 12 volts e – 12 volts 
para representar os bits 0 e 1, só que elas não assumem valores 
exatos, acontecendo oscilações e em vez de + 12 volts , temos 
+ 11,3 volts ou 12,20 volts. Além dessas oscilações, o sinal pode 
sofrer ruídos e interferências, problema que não prejudica a 
qualidade do sinal se o valor não for muito acentuado.
 
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3.2 Modo de Operação
Em qualquer tipo de comunicação, a transmissão e a recepção 
podem ou não existir simultaneamente, sendo classifi cadas em 
SIMPLEX, HALF-DUPLEX E FULL-DUPLEX.
3.2.1 Simplex
A comunicação só é possível em uma única direção.
Exemplo:
1. A ligação entre um computador e uma impressora .
2. Transmissão de sinais de rádio e televisão.
 
3.2.2 Half-Duplex 
A comunicação é possível em ambas as direções, porém não 
simultaneamente.
Exemplo:
Comunicação entre rádios amadores.
 
3.2.3 Full-Duplex 
A comunicação é possível em ambas as direções 
simultaneamente.
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Exemplo:
Conversação telefônica entre duas pessoas.
3.3 Transmissões seriais e paralelas
Os equipamentos utilizados na computação transmitem e 
recebem bits simultaneamente. A transmissão paralela tem 
como característica vários bits caminhando juntos através de fi os 
independentes, sendo mais rápida, já que os bits são transmitidos 
de forma simultânea. Sua desvantagem está no custo, pois é 
cara a transmissão de bits simultâneos por longas distâncias, são 
exigidos cabos complexos que incluem vários condutores, o que 
o torna sensível às interferências eletromagnéticas.
 
A transmissão serial consiste no envio de bits, sendo que um 
por vez, pois com isso, é possível atingir facilmente distâncias 
maiores. Os cabos são mais simples e baratos, o que facilita a 
sua construção com blindagem eletromagnética e com isso a 
redução das interferências que são captadas.
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Antigamente, um dos problemas da transmissão serial era a 
lentidão, só que hoje, ela está extremamente rápida e não possui 
problemas de sincronismo e interferências, como os encontrados 
em transmissões paralelas. A transmissão serial já é tão efi ciente 
que está substituindo os dispositivos que utilizam transmissão 
paralela, a exemplo dos dispositivos USB e FIREWIRE que são 
transmissões seriais de alta velocidade.
3.4 Ritmos de Transmissão
3.4.1 Transmissão Assíncrona
O termo “assíncrono” refere-se à irregularidade dos instantes 
de ocorrência da transmissão, ou seja, o tempo de transmissão 
decorrido de dois bits pode ser variado pelo equipamento de 
transmissão.
Nesse tipo de transmissão, um bit especial é inserido no 
início e no fi m da transmissão de um caractere e assim permite 
que o receptor entenda o que foi realmente transmitido.
A principal desvantagem desse tipo de transmissão é a 
má utilização do canal, pois os caracteres são transmitidos 
irregularmente, além de um alto overhead (os bits de controle 
que são adicionados no início e no fi m do caractere), o que 
ocasiona uma baixa efi ciência na transmissão dos dados.
 
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3.4.2 Transmissão Síncrona
Na transmissão síncrona, os bits de um caractere são enviados 
imediatamente após o anterior, não existem os bits de controle no 
início e no fi m do caractere e nem irregularidades nos instantes 
de transmissão. A transmissão síncrona é estabelecida através 
de uma cadência fi xa para a transmissão dos bits de todo um 
conjunto de caracteres, um bloco. Resumindo, o transmissor e o 
receptor comunicam-se, sincronizam suas ações, e preparam-se 
para receber a comunicação, já sabendo da taxa de transmissão 
e o tamanho dos dados ordenados e conhecidos.
A comunicação síncrona é mais cara que a assíncrona, 
pois necessita de um relógio no hardware para permitir o seu 
sincronismo e é muito utilizada em redes com altas taxas de 
transmissão.
4 MEIOS FÍSICOS DE TRANSMISSÃO
Os meios físicos de transmissão são compostos pelos 
cabos coaxiais, par trançado, fi bra óptica, transmissão a rádio, 
transmissão via satélite e são divididos em duas categorias: os 
meios guiados e os meios não guiados.
No meio guiado, o sinal percorre através de meios sólidos, 
como a fi bra, o cabo coaxial e o par trançado. No meio não 
guiado, o sinal propaga-se na atmosfera, como é o caso das 
redes sem fi o e transmissões via rádio e via satélite. 
4.1 Cabo par trançado
O meio de transmissão guiado mais utilizado pelas redes 
telefônicas é o par trançado, que está presente em quase 
95% das ligações entre os aparelhos residenciais e as centrais 
telefônicas. Sua constituição é feita por dois fi os de cobre isolados 
e enrolados em forma de espiral, com o intuito de reduzir as 
interferências dos pares semelhantes que estão próximos. Os 
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pares são conjugados dentro de um cabo, sendo que cada par é 
isolado por uma blindagem de proteção.
O par de fi o trançado UTP (Unshielded Twisted Pair) é bem 
utilizado em redes de computadores existentes em edifícios 
comerciais. Sua taxa de transmissão está na faixa de 10 Mbps 
a 1 Gbps, o que pode variar dependendo da distância entre o 
transmissor e o receptor.
A tecnologia UTP categoria 5 consegue o alcance de taxas 
de transmissão de dados de 100 Mbps, na distância de algumas 
centenas de metros permitindo que o par trançado fi rme-se 
como a tecnologia dominante em LANs de alta velocidade.
 
O par trançado não é usado apenas comercialmente, em 
muitas residências ele é utilizado para o acesso à internet via 
modem, com uma taxa de acesso de até 56 Kbps, e com a 
utilização da tecnologia DSL (Linha digital de assinante), que 
permite o alcance de taxas de transmissões maiores que 6 Mbps 
com pares de fi os trançados.
4.2 Cabo coaxial
Outro meio de transmissão guiado é o cabo coaxial. Ele possui 
melhor blindagem se comparado com o cabo par trançado, 
podendo se estender por distâncias maiores e em velocidades 
mais altas. Sua constituição é formada por dois condutores 
de cobre concêntricos e não paralelos com um isolamento e 
blindagem especial, o que permite, com essa confi guração, o 
alcance de altas taxas de transmissão de bits.
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Um fi o de cobre na parte central é envolvido por um material 
isolante, que é protegido por uma malha sólida entrelaçada. 
O condutor externo é protegido por uma camada plástica 
protetora.
 Existem dois tipos de cabos coaxiais comumente usados. O 
primeiro é o cabo de 50 ohms, que é utilizado em transmissões 
digitais, e o segundo é o cabo de 75 ohms que é utilizado com 
freqüência em transmissões analógicas de TV e internet a 
cabo.
O cabo coaxial pode ser utilizado como um meio 
compartilhado guiado, onde vários sistemas fi nais podem ser 
conectados diretamente ao cabo, e todos eles recebem os sinais 
que são enviados por outros sistemas fi nais.
 
4.3 Cabo fi bra óptica 
A fi bra óptica é um meio de transmissão guiado que conduz 
pulsos de luz, cada pulso é representado por um bit. A fi bra, 
além de suportar altas taxas de transmissão de bits, na casa 
das dezenas de gigabits por segundo, é imune a interferências 
eletromagnéticas, e possui uma baixa atenuação de sinal. Todas 
essas características tornaram a fi bra o meio preferido para 
transmissões guiadas de longo alcance.
O cabo de fi bra óptica é semelhante ao cabo coaxial, exceto 
por não ter a malha metálica.
 
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O centro da fi bra é formado por um núcleo de vidro por 
onde se propaga a luz. Esse núcleo é revestido por um vidro com 
índice de refração inferior ao do núcleo, para manter toda a luz 
no núcleo. 
4.4 Fibra óptica versus fi o de cobre
A fi bra possui muitas vantagens, pois permite gerenciar 
larguras de bandas muito mais altas que o cobre. Os repetidores 
só são necessários a cada 50km de distância, bem diferente 
dos 5km exigidos pelos fi os de cobre. Não é afetada por picos 
de voltagem, interferências eletromagnéticas ou queda no 
fornecimento de energia.
As empresas telefônicas preferem a utilização da fi bra por 
ela ser fi na e leve. Por exemplo, mil pares trançados com 1km de 
comprimento pesam 9 toneladas, enquanto duas fi bras com a 
mesma capacidade de transmissão pesam apenas 100kg.
Na área de segurança, as fi bras difi cilmente são interceptadas, 
uma excelente alternativa contra possíveis escutas telefônicas. 
Mas a fi bra não é composta apenas de vantagens. Como 
desvantagem em relação ao fi o de cobre, a fi bra possui uma 
tecnologia pouco familiar, o que requer um conhecimento 
específi co e mão-de-obra qualifi cada, além de danifi car 
facilmente, se forem encurvadas demais. 
4.5 Transmissão via rádio
Os canais de rádio carregam seus sinais dentro do espectro 
eletromagnético, um meio de transmissão atraente, pois não 
necessita de cabos físicos. Os canais de rádio são fáceis de 
gerar, podem percorrer longas distâncias e atravessar paredes 
e obstáculos. São considerados omnidirecionais, o que permite 
que viajem por todas as direções, e desse modo o transmissor e 
o receptor não precisam estar fi sicamente alinhados.
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Os canais de rádio podem ser classifi cados em dois grupos, 
os de pequeno alcance, que funcionam em locais próximos 
abrangendo de dez a algumas centenas de metros, e os de longo 
alcance, que abrangem algumas centenas de quilômetros.
 
4.6 Transmissão via satélite
Um satélite de comunicação permite a ligação de dois 
ou mais transmissores-receptores, que são denominados de 
estações terrestres. Eles recebem as transmissões em uma faixa 
de freqüência, geram novamente o sinal com o uso de repetidores 
e transmitem o sinal em uma outra faixa de freqüência. Existem 
dois tipos de satélite que são usados para a comunicação: os 
satélites geoestacionários e os satélites de baixa altitude.
 
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Os satélites geoestacionários fi cam permanentemente sobre 
o mesmo lugar da terra. Isso só é permitido, porque são colocados 
em órbita a 37mil quilômetros acima da superfície terrestre. 
Essa enorme distância pode causar atrasos de propagação. 
Mesmo assim, essa transmissão alcança velocidades de centenas 
de Mbps, e são freqüentemente usados em redes telefônicas e 
backbones da internet.
Os satélites de baixa altitude são posicionados próximos da 
terra e não fi cam permanentemente em um único lugar. Eles 
giram ao redor da terra e para promoverem a cobertura contínua 
em determinadas áreas é necessário colocar muitos satélites em 
órbita. 
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