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02 Contabilidade pública

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Aula 02
Contabilidade Pública p/ TRTs - Analista e Técnico Judiciário - Área Contabilidade -
com videoaulas
Professor: Giovanni Pacelli
Contabilidade Aplicada ao Setor Público p/TRTs 
Analista e Técnico Judiciário ʹ Área Contábil 
Prof. M. Sc. Giovanni Pacelli ʹ Aula 02 
 
 
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AULA 02: Despesa pública 
(MCASP Parte I) 
 
SUMÁRIO PÁGINA 
1.Apresentação 1 
2.Generalidades - Classificação conforme o MTO 2 
2.1.Classificação da despesa por esfera orçamentária 4 
2.2.Classificação Institucional 7 
2.3.Classificação Funcional 9 
2.4.Classificação Programática 15 
2.5.Meta Física 22 
2.6.Classificação por IDOC, IDUSO e Fonte de Recurso 23 
����&ODVVLILFDomR� TXDQWR� j� QDWXUH]D� �³FODVVLILFDomR�
HFRQ{PLFD´�� 30 
2.7.1.Classificação da despesa quanto à categoria 
econômica visão 4320/1964 
30 
2.7.2.Classificação da despesa quanto à categoria 
econômica visão Manual Técnico do Orçamento (MTO) 
39 
2.8.Classificação por Identificador de Resultado Primário 57 
3.Classificação da despesa quanto aos efeitos sobre o 
patrimônio público: efetivas e não efetivas (por 
mutação) 
58 
4.Tabela-síntese da classificação das despesas 62 
5.Etapas/estágios da despesa orçamentária 68 
6. Execução orçamentária e financeira descentralizada 81 
7.Questões comentadas 85 
8.Lista das questões apresentadas 107 
 
1. APRESENTAÇÃO 
 
 Pessoal aula de hoje veremos a classificação da despesa (completa 
e atualizada) e as etapas/estágios das despesas. 
Lembro que na aula de receitas tratamos dos conceitos relacionados 
às despesas extraorçamentárias. 
 
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2.GENERALIDADES - CLASSIFICAÇÃO CONFORME O MTO 
Apresento inicialmente a Figura 1 que a classificação da despesa 
conforme consta no SIAFI (Sistema de Administração Financeira). 
Figura 1: Código da Despesa 
 
 Observamos que a despesa possui dois tipos de programação: 
programação qualitativa e programação quantitativa. 
A programação qualitativa se propõe a responder os seguintes 
questionamentos constantes na Figura 2. 
 
 
 
 
 
Figura 2: Programação Qualitativa 
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Fonte: Manual Técnico do Orçamento (2013) 
 
Assim, do ponto de vista operacional, a programação qualitativa é 
composta dos seguintes blocos de informação: classificação por esfera, 
classificação institucional, classificação funcional e estrutura 
programática. 
A programação quantitativa é formada pela programação física 
e pela programação financeira e se propõe a responder os seguintes 
questionamentos constantes nas Figuras 3 e 4. 
 
Figura 3: Programação Física 
 
 
 
 
Figura 4: Programação Financeira 
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2.1.Classificação da despesa por esfera orçamentária 
A esfera tem por finalidade identificar se a despesa pertence ao 
Orçamento Fiscal (F), da Seguridade Social (S) ou de Investimento das 
Empresas Estatais (I), conforme disposto no § 5º do art. 165 da 
CF/19881. Na base de dados do SIOP (Sistema de Planejamento e 
Orçamento), o campo destinado à esfera orçamentária é composto de 
dois dígitos conforme consta na Figura 5 e será associado à ação 
orçamentária. 
 
 
 
Figura 5: Esfera Orçamentária 
 
1
 A lei orçamentária anual compreenderá: 
I - o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da administração direta 
e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público; 
II - o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do 
capital social com direito a voto; 
III - o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da 
administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público. 
 
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O Orçamento Fiscal (código 10) corresponde aos Poderes da 
União, seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta, 
inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público; 
O Orçamento da Seguridade Social (código 20) abrange todas 
as entidades e órgãos a ela vinculados, da administração direta ou 
indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo 
Poder Público; e 
O Orçamento de Investimento (código 30) compreende 
orçamento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, 
detenha a maioria do capital social com direito a voto. 
O § 2º do art. 195 da CF estabelece que a proposta de Orçamento 
da Seguridade Social será elaborada de forma integrada pelos órgãos 
responsáveis pela saúde, previdência social e assistência social, tendo 
em vista as metas e prioridades estabelecidas na LDO, assegurada a cada 
área a gestão de seus recursos. 
 
Apesar de o nosso curso ser voltado para a Contabilidade Aplicada ao 
Setor Público gostaria de tecer alguns comentários: 
1º Existem 3 espécies de leis orçamentárias que norteiam o 
planejamento orçamentário segundo a CF/1988: o Plano Plurianual 
(PPA), a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e a Lei Orçamentária 
Anual (LOA). 
2º Todas são leis ordinárias. 
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3º A LDO deve estar de acordo com o PPA; enquanto a LOA deve estar 
de acordo com o PPA e a LDO. 
4º A LOA é composta por três orçamentos: OF, OSS e OI. 
5º Compõem o OF e OSS: a administração direta, autarquias, fundações 
públicas e empresas estatais dependentes. 
6º Compõem o OI as empresas estatais independentes, porém apenas 
as despesas relacionadas aos investimentos. As despesas operacionais 
do BNDES, por exemplo, estão fora. 
7º A diferenças entre o OF e o OSS é que estão enquadrados neste 
último as entidades da administração direta, as autarquias, as fundações 
públicas e empresas estatais dependentes que atuem nessas 3 áreas: 
saúde, previdência social e assistência social. 
8º A LOA possui 4 etapas: (i)Elaboração; (ii)Discussão; (iii) Execução 
Orçamentária e Financeira; (iv) Controle e Avaliação. 
9º O SIOP, sistema de planejamento e orçamento, é amplamente 
utilizado em todas as etapas. Alguém poderia questionar como se 
utilizaria o SIOP na terceira etapa. A resposta está no fato de que 
durante a 3ª etapa - Execução Orçamentária e Financeira são abertos 
créditos adicionais. Os créditos adicionais são instrumentos retificadores 
da LOA. 
10º O SIAFI, sistema de administração financeira,é amplamente 
utilizado na 3ª e 4ª etapas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2.2. Classificação Institucional 
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 A classificação institucional, na União, reflete as estruturas 
organizacional e administrativa e compreende dois níveis hierárquicos: 
órgão orçamentário e unidade orçamentária (UO). As dotações 
orçamentárias, especificadas por categoria de programação em seu 
menor nível, são consignadas às UOs, que são as responsáveis pela 
realização das ações. Já o órgão orçamentário é o agrupamento de UOs. 
O código da classificação institucional, conforme consta na Figura 6, 
compõe-se de cinco dígitos, sendo os dois primeiros reservados à 
identificação do órgão e os demais à UO. 
Figura 6: Classificação Institucional 
 
Um órgão ou uma UO não correspondem necessariamente a 
uma estrutura administrativa, como ocorre, por exemplo: 
-71.000: Encargos Financeiros da União; 
-73.000: Transferências a Estados, Distrito Federal e Municípios; 
-74.000: Operações Oficiais de Crédito; 
-75.000: Refinanciamento Dívida Pública Mobiliária Federal; 
-90.000: Reserva de Contingência. 
 Ressalto que essas dotações são controladas por outros órgãos. Por 
exemplo, os Encargos Financeiros da União são controlados parte pelo 
Ministério da Fazenda (71.101) e parte pelo Ministério do 
Planejamento (71.102). 
 
 
Já foi cobrado em concurso pela banca Cespe a codificação das unidades 
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orçamentárias. 
Porém como gravar mais de 60 códigos? Segue a dica: 
-Do código 01.000 até o 09.000 Æ Poder Legislativo; 
-Do código 10.000 até o 19.000 Æ Poder Judiciário; 
-Do código 20.000 até o 90.000 Æ Poder Executivo; 
-Código 34.000 e 59.000 Æ Respectivamente Ministério Público da 
União e Conselho Nacional do Ministério Público. 
 
 
 
Vamos a uma questão sobre o que vimos até aqui. 
 
1. (Cespe/IPEA/2008/Gestão em Orçamento) Na classificação 
institucional há órgãos setoriais e unidades orçamentárias que não 
correspondem aos órgãos e entidades que compõem a administração 
pública. Essas unidades orçamentárias, todavia, são um conjunto de 
dotações que são administradas por órgãos do governo que também têm 
suas próprias dotações. 
 
 
 
 
 
 
 
 
COMENTÁRIO A QUESTÃO 
CERTO, basta se lembrar do exemplo: Encargos Financeiros da União. 
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2.3. Classificação Funcional 
A classificação funcional é formada por funções e subfunções e 
busca responder basicamente à indagação ³HP�TXH�iUHD�GH�GHVSHVD�D�
DomR� JRYHUQDPHQWDO� VHUi� UHDOL]DGD"´. Cada atividade, projeto e 
operação especial identificará a função e a subfunção às quais se 
vinculam. 
A atual classificação funcional foi instituída pela Portaria n° 42, de 
14 de abril de 1999, do então Ministério do Orçamento e Gestão (MOG), e 
é composta de um rol de funções e subfunções prefixadas, que servem 
como agregador dos gastos públicos por área de ação governamental nos 
três níveis de Governo. 
Trata-se de uma classificação independente dos programas e de 
aplicação comum e obrigatória, no âmbito dos Municípios, dos 
Estados, do Distrito Federal e da União, o que permite a consolidação 
nacional dos gastos do setor público. 
Na base de dados do SIOP, existem dois campos correspondentes à 
classificação funcional conforme constam na Figura 7. 
Figura 7: Classificação Funcional 
 
 
2.3.1. Função 
A função pode ser traduzida como o maior nível de agregação das 
diversas áreas de atuação do setor público. Reflete a competência 
institucional do órgão, como, por exemplo, cultura, educação, saúde, 
defesa, que guarda relação com os respectivos Ministérios. 
A função Encargos Especiais (função 28) engloba as despesas que 
não podem ser associadas a um bem ou serviço a ser gerado no processo 
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produtivo corrente, tais como dívidas, ressarcimentos, indenizações e 
outras afins, representando, portanto, uma agregação neutra. Nesse 
caso, as ações estarão associadas aos programas do tipo operações 
especiais que correspondem aos códigos abaixo relacionados e constarão 
apenas do orçamento, não integrando o PPA. A Figura 8 contém as 
subfunções integrantes da função Encargos Especiais, enquanto a Figura 
9 contém os programas destinados exclusivamente às operações 
especiais. 
Figura 8: Subfunções integrantes da Função 28 (Encargos Especiais) 
 
 
Figura 9: Programas destinados exclusivamente às operações especiais 
 
 
 Assim, caso se utilize a classificação funcional 28.843 (função e 
subfunção), necessariamente se utilizará a classificação programática 
0905 (programa). 
 
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2.3.2. Subfunção 
 A subfunção representa um nível de agregação imediatamente 
inferior à função e deve evidenciar cada área da atuação governamental, 
por intermédio da identificação da natureza das ações. As subfunções 
podem ser combinadas com funções diferentes daquelas 
relacionadas na Portaria MOG n° 42, de 1999. 
 
As ações devem estar SEMPRE conectadas às subfunções que 
representam sua área específica. 
Existe também a possibilidade de matricialidade na conexão 
entre função e subfunção, ou seja, combinar qualquer função com 
qualquer subfunção, mas não na relação entre AÇÃO e SUBFUNÇÃO. 
Deve-se adotar como função aquela que é típica ou principal do 
órgão. Assim, a programação de um órgão, via de regra, é 
classificada em uma ÚNICA FUNÇÃO, ao passo que a subfunção é 
escolhida de acordo com a especificidade de cada ação. 
 
As funções e subfunções podem combinar entre si. Vejamos na prática 
conforme consta na Lei Orçamentária Anual de 2015. 
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Observa-se que dentro da função 04 consta a subfunção 846 que 
tradicionalmente integra a função encargos especiais. 
 
Por outro lado, dentro da função 28 encargos especiais encontram-se 
apenas as subfunções típicas próprias daquela função (841, 842, 843, 
844, 845, 846 e 847). 
Assim, a função está relacionada ao órgão, enquanto a subfunção está 
relacionada à ação. Vejamos exemplos: 
 
 
 
Observa-se no exemplo a confirmação de que a função Energia está 
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ligada ao MME, enquanto a função Agricultura está ligada ao MAPA. 
Em ambos os casos, a SUBFUNÇÃO Comunicação Social está 
ligada à AÇÃO Publicidade de Utilidade Pública. 
 
(Cespe/IPEA/2008/Gestão em Orçamento) A respeito das classificações 
orçamentárias e do ciclo orçamentário, julgue os item a seguir. 
2. Na atual estrutura de classificação das despesas, as subfunções 
podem ser combinadas com funções diferentes daquelas a que estejam 
vinculadas e, do mesmo modo, as ações, independentemente das 
funções e subfunções em que forem incluídas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
COMENTÁRIO A QUESTÃO 
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2. Na atual estrutura de classificação das despesas, as subfunções 
podem ser combinadas com funções diferentes daquelas a que estejam 
vinculadas e, do mesmo modo, as ações, independentemente das 
funções e subfunções em que forem incluídas. 
ERRADO, existe também a possibilidade de matricialidade na conexão 
entre função e subfunção, ou seja, combinar qualquer função com 
qualquer subfunção, mas não na relação entre AÇÃO e SUBFUNÇÃO. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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2.4.Classificação Programática 
 O Quadro 1 contém a classificação programática. São três níveis 
com cada um contendo 4 códigos. 
Quadro 1: Classificação Programática 
Programa Ação Subtítulo 
AAAA B BBB CCCC 
Numérico2 Numérico Alfanumérico Numérico 
 
2.4.1.Programa 
O programa é o instrumento de organização da ação 
governamental visando à concretização dos objetivos pretendidos, sendo 
mensurado por indicadores estabelecidos no plano plurianual 3. 
Existem segundo o PPA dois tipos de programas conforme consta no 
Quadro 2. 
 
Quadro 2: Tipos de programa no PPA 2012-2015 
Tipo de Programa Descrição 
Programa Temático 
Aquele que expressa e orienta a ação 
governamental para a entrega de bens e serviços à 
sociedade. 
É composto por Objetivos, Indicadores, Valor 
Global e Valor de Referência. 
Programa de 
Gestão, Manutenção 
e Serviços ao Estado 
Aquele que expressa e orienta as ações destinadas 
ao apoio, à gestão e à manutenção da atuação 
governamental. 
 
 
 
 
 
2 O manual utiliza o termo dígitos (que poderiam ser interpretados como letras ou números), porém na prática 
são 4 números. 
3 Inciso I do art. 5º da lei 12465/2011. 
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Figura 10: Integração das ações orçamentárias com o PPA 
 
 
 
Na Lei Orçamentária Anual, conforme consta na Figura 1, não há 
menção aos objetivos e iniciativas mencionadas na Figura 10. Estes 
constam no Plano Plurianual. 
Por outro lado no PPA não discriminadas as Ações, estas são 
discriminadas exclusivamente na LOA4. 
 
 
 
4 § 1o do art. 8º da lei 12593/2012 (Plano Plurianual 2012-2015): As ações orçamentárias serão 
discriminadas exclusivamente nas leis orçamentárias anuais. 
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 Vamos a outra questão que foi cobrada recentemente em prova. 
 
3. (ESAF/2012/CGU/AFC) Segundo o que dispõe a Lei de Diretrizes 
2UoDPHQWiULDV� ?�/'2��SURJUDPD�GH�JRYHUQR�p�GHILQLGR�FRPR� 
a) o segundo nível da categoria de programação e destina-se à 
especificação dos gastos governamentais cuja mensuração se faz por 
indicadores do PPA. 
b) instrumento de organização dos gastos governamentais, composto 
por ações e mensuração a partir de indicadores da LOA. 
c) conjunto de ações e metas de um determinado exercício cuja 
mensuração se faz pelo volume de gasto realizado. 
d) mecanismo de organização da ação governamental, detalhado por 
projetos cuja mensuração se faz por indicadores do PPA. 
e) instrumento de organização da ação governamental, visando à 
concretização dos objetivos pretendidos cuja mensuração se faz por 
indicadores do PPA. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
COMENTÁRIO A QUESTÃO 
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Conforme vimos anteriormente a opção correta é a alternativa E. 
 
2.4.2.Ação 
Operação da qual resultam produtos (bens ou serviços) que 
contribuem para atender ao objetivo de um programa. Incluem-se 
também no conceito de ação as transferências obrigatórias ou voluntárias 
a outros entes da Federação e a pessoas físicas e jurídicas, na forma de 
subsídios, subvenções, auxílios, contribuições, entre outros, e os 
financiamentos. 
Existem 3 tipos de ações conforme mostra o Quadro 3. 
Quadro 3: Tipos de Ações 
Atividade Projetos Operações Especiais 
Instrumento de programação utilizado para alcançar 
o objetivo de um programa 
Despesas que não contribuem 
para a manutenção, expansão ou 
aperfeiçoamento das ações de 
governo, das quais não resulta um 
produto e não geram 
contraprestação direta sob a 
forma de bens ou serviços. 
Envolve um conjunto 
de operações 
contínua e 
permanente 
Envolve um conjunto 
operações limitadas no 
tempo 
Resulta 
produto/serviços 
necessário a 
manutenção da 
ação de governo 
Resulta produto que 
concorre para a expansão 
ou o aperfeiçoamento da 
ação de governo 
Mantêm o mesmo 
nível da produção 
pública. 
Expandem a produção 
pública ou criam 
infraestrutura para novas 
atividades, ou, ainda, 
implementam ações 
inéditas num prazo 
determinado. 
As operações especiais 
caracterizam-se por não retratar 
a atividade produtiva no 
âmbito federal, podendo, 
entretanto, contribuir para a 
produção de bens ou serviços à 
sociedade, quando caracterizada 
por transferências a outros entes. 
É vedada a utilização dos elementos da despesa 41, 
42, 43, 45 e 81 (contribuições, auxílios, subvenções 
sociais, subvenções econômicas e distribuições de 
caráter constitucional ou legal)5. 
Elementos da despesa 41, 42, 43, 
45 e 81 6. 
 
5 Voltarei com mais detalhes após apresentar a classificação quanto à natureza da despesa. 
6 Voltarei com mais detalhes após apresentar a classificação quanto à natureza da despesa. 
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Na sequência a Figura 11 retrata a composição da ação 
orçamentária. 
Figura 11: Composição da Ação 
 
 
Assim, a partir da identificação do 1º dos 4º dígitos da Ação pode-
se identificar o tipo de Ação, desde que se detenha o conhecimento 
constante na Figura 12. 
 
Figura 12: 1º Dígito da Ação 
 
 
4.(Cespe/ ABIN/ 2010/ Oficial de Inteligência/ Administração) O 
instrumento de programação, que envolve uma ou mais operações que 
se realizam de modo contínuo e permanente, resulta em um produto ou 
um serviço necessário à manutenção da atuação governamental. 
 
 
 
 
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Apesar da assertiva não ter dito com todas as letras que se referia a uma 
atividade, todos os conceitos se referem a mesma e estão compatíveis, 
razão pela qual o gabarito está CERTO. 
 Por fim, apresento na Figura 13 os exemplos de operações 
especiais. 
Figura 13: Operações Especiais 
 
Vamos fazer uma questão sobre isso. 
 
5. (Cespe/2007/TCU/Auditor Ministro Substituto) As despesas chamadas 
transferências são consideradas operações especiais, caracterizadas 
como neutras em relação ao ciclo produtivo sob a responsabilidade do 
administrador público. 
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COMENTÁRIO A QUESTÃO 
CERTO, as transferências são ação do tipo operações especiais. 
 
2.4.3. Subtítulos 
As atividades, os projetos e as operações especiais serão 
detalhados em subtítulos, utilizados especialmente para identificar a 
localização física da ação orçamentária, não podendo haver, por 
conseguinte, alteração de sua finalidade, do produto e das metas 
estabelecidas. 
Vale ressaltar que o critério para a priorização da localização 
física da ação orçamentária no território é o da localização dos 
respectivos beneficiados. 
A adequada localização do gasto permite maior controle 
governamental e social sobre a implantação das políticas públicas 
adotadas, além de evidenciar a focalização, os custos e os impactos da 
ação governamental. 
A localização do gasto poderá ser de abrangência nacional, no 
exterior, por Região (Norte, Nordeste, Centro Oeste, Sudeste, Sul), por 
Estado ou Município ou, excepcionalmente, por um critério específico, 
quando necessário. 
 
O subtítulo deverá ser usado para indicar a localização geográfica da 
ação ou operação especial da seguinte forma: 
1.Projetos: localização da obra; 
2.Atividades: localização dos beneficiários/público-alvo da ação (atributo 
novo no cadastro); 
 
 
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3.Operações especiais: utilização do subtítulo apenas quando for 
possível, por exemplo, para identificar a localização do recebedor dos 
recursos provenientes de transferências. 
A partir do exercício de 2013, será utilizado o código IBGE de 7 dígitos, 
inclusive no caso de alocações orçamentárias originárias de emendas 
parlamentares. Este, e não mais o código do subtítulo, passa a ser o 
atributo oficial para consultas de base geográfica. Porém, para efeito 
legal e formal do orçamento, continuar-se-á adotando os 4 dígitos do 
subtítulo. 
 
2.5. Meta física 
 A meta física é a quantidade de produto a ser ofertado por ação, de 
forma regionalizada, se for o caso, num determinado período, e instituída 
para cada ano. As metas físicas são indicadas em nível de subtítulo 
e agregadas segundo os respectivos projetos, atividades ou operações 
especiais. 
Ressalte-se que a territorialização das metas físicas é expressa nos 
localizadores de gasto previamente definidos para a ação. Exemplo: No 
caso da vacinação de crianças, a meta será regionalizada pela quantidade 
de crianças a serem vacinadas ou de vacinas empregadas em cada Estado 
(localizadores de gasto), ainda que a campanha seja de âmbito nacional e 
a despesa paga de forma centralizada. O mesmo ocorre com a 
distribuição de livros didáticos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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2.6. Classificação por IDOC, IDUSO e FONTE DE RECURSOS 
 Seguindo na nossa aula apresento o Quadro 4 contendo 
classificação por IDOC, IDUSO e Fonte de Recurso. 
 
Quadro 4: Classificação por IDOC, IDUSO e Fonte de Recurso 
IDOC IDUSO Fonte 
AAAA. B C.DD 
 
Para fins didáticos, vamos começar pelo IDUSO. O IDUSO destina-
se a indicar se os recursos compõem contrapartida nacional de 
empréstimos ou de doações ou destinam-se a outras aplicações, 
constando da LOA e de seus créditos adicionais. A especificação é a que 
consta na Figura 14. 
 
Figura 14: IDUSO 
 
 
Já o IDOC identifica as doações de entidades internacionais ou 
operações de crédito contratuais alocadas nas ações orçamentárias, 
com ou sem contrapartida de recursos da União. Os gastos referentes à 
contrapartida de empréstimos serão programados com o IDUSO 
LJXDO�D�³�´��³�´��³�´�RX�³�´�H�R�,'2&�FRP�R�Q~PHUR�GD�UHVSHFWLYD�
operação de crédito, enquanto que, para as contrapartidas de 
doações, serão utilizDGRV�R�,'862�³�´�H�UHVSHFWLYR�,'2&. 
O número do IDOC também pode ser usado nas ações de 
pagamento de amortização, juros e encargos para identificar a operação 
de crédito a que se referem os pagamentos. 
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Quando os recursos não se destinarem à contrapartida nem se 
referirem a doações internacionais ou operações de crédito, o 
,'2&� VHUi� ³����´� Nesse sentido, para as doações de pessoas, de 
entidades privadas nacionais e as destinas ao combate à fome, deverá ser 
utilizado o IDOC ³����´��2�4XDGUR��� FRQWpP�H[HPSOos de aplicação do 
IDOD, IDUSO e Fonte de Recursos. 
 
Quadro 5: Exemplos de aplicação do IDOD, IDUSO e Fonte de Recursos. 
IDOC IDUSO Fonte de 
Recursos7 
Exemplo 
9999 0 1.00 Imposto 
9999 0 2.50 Receita de Aluguéis, de 
Serviços. 
2001 (seria o número 
imaginário da operação de 
crédito) 
1 1.71 Operação de Crédito em 
contrapartida de empréstimo 
do BIRD 
9999 5 2.94 Receita de doação destinada 
ao combate à fome 
1001 (seria o número 
imaginário da doação 
internacional) 
5 2.95 Receita de Doação 
Internacional 
9999 5 2.96 Receita de Doação Nacional 
 
 Trabalhei no Quadro 5 com as seguintes situações: 
(i) Receita de imposto que pela essência não pede contrapartida; Receitas 
de doação nacionais; receitas de doação destinada ao combate à fome que em 
exigem o IDOC 9999. 
(ii) Receita de operação de crédito e doações internacionais pedem o 
número do IDOC. 
Por fim, queria deixar registrado que vimos na aula anterior os 
aspectos relacionados sobre a fonte de recursos.7 As Figuras 15 e 16 evidenciaram os códigos dos grupos fontes e especificação das fontes. 
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A classificação por fonte de recursos é o instrumento criado para 
assegurar que receitas vinculadas por lei a finalidade específica sejam 
exclusivamente aplicadas em programas e ações que visem a consecução 
de despesas ou políticas públicas associadas a esse objetivo legal, as 
fontes/destinações de recursos agrupam determinadas naturezas de 
receita conforme haja necessidade de mapeamento dessas aplicações de 
recursos no orçamento público, segundo diretrizes estabelecidas pela 
SOF. 
Como mecanismo integrador entre a receita e a despesa, o código 
de fonte/destinação de recursos exerce duplo papel no processo 
orçamentário: na receita, indica o destino de recursos para o 
financiamento de determinadas despesas; na despesa, identifica a 
origem dos recursos que estão sendo utilizados. 
As Figuras 15 e 16 retratam respectivamente os grupos fontes e 
especificação das fontes. 
Figura 15: Grupo Fonte 
 
 
 
6. (Cespe/IPEA/2008/Gestão em Orçamento) A classificação por fonte de 
recursos é, a um só tempo, uma classificação da receita e da despesa. 
 
COMENTÁRIO A QUESTÃO 
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CERTO, o código de fonte/destinação de recursos exerce duplo papel no 
processo orçamentário: na receita, indica o destino de recursos para o 
financiamento de determinadas despesas; na despesa, identifica a 
origem dos recursos que estão sendo utilizados. 
 
Figura 16: Especificação da Fonte 
 
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 Assim, cada código da Figura 16 representa uma possível fonte de 
receita. Para cada fonte representa uma ou mais origens com um ou 
mais destinos. 
Utilizando o exemplo da aula anterior, o código 01 representa as 
origens decorrentes do imposto de renda e do IPI e os seguintes 
destinos: Fundo de Participação dos Estados, Fundo de 
Participação dos Municípios e Fundos Constitucionais do Norte, 
Nordeste e Centro-Oeste. 
 
7. (Cespe/IPEA/2008/Gestão em Orçamento) Suponha que a União 
tenha assinado contrato com um organismo internacional para a 
realização de um programa de conscientização da população em relação 
à disseminação de doenças sexualmente transmissíveis. Parte do 
programa será financiado por recursos externos, enquanto outra parte 
ficará sob a responsabilidade da União, a título de contrapartida. Nessa 
situação, o registro da parcela custeada pela União, a natureza de 
contrapartida do gasto será especificada na classificação da despesa 
correspondentes à fonte de recursos. 
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COMENTÁRIO A QUESTÃO 
7. (Cespe/IPEA/2008/Gestão em Orçamento) Suponha que a União 
tenha assinado contrato com um organismo internacional para a 
realização de um programa de conscientização da população em relação 
à disseminação de doenças sexualmente transmissíveis. Parte do 
programa será financiado por recursos externos, enquanto outra parte 
ficará sob a responsabilidade da União, a título de contrapartida. Nessa 
situação, o registro da parcela custeada pela União, a natureza de 
contrapartida do gasto será especificada na classificação da despesa 
correspondentes à fonte de recursos. 
ERRADO, quando há contrapartida, tal registro fica evidenciado 
na classificação por Identificador de USO (IDUSO). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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2.7.ClaVVLILFDomR�TXDQWR�j�QDWXUH]D��³FODVVLILFDomR�HFRQ{PLFD´� 
 Assim como as receitas que vimos na aula anterior, as despesas 
orçamentárias se subdividem em despesas correntes e de capital. O 
Quadro 6 mostra as diferenças entre as despesas correntes e as despesas 
de capital. 
Quadro 6: Diferenças entre despesas correntes e de capital 
Despesas 
correntes 
As que não contribuem, diretamente, para a formação 
ou aquisição de um bem de capital. 
Despesas de 
capital 
As que contribuem, diretamente, para a formação ou 
aquisição de um bem de capital. 
 
2.7.1. Classificação da despesa quanto à categoria econômica 
visão 4320/1964 
Na lei orçamentária anual a despesa, tal qual a receita, apresenta a 
classificação quanto à natureza (classificação econômica). A classificação 
econômica foi instituída pela lei 4320/1964 e é adotada até hoje com as 
devidas modificações instituídas pela Portaria 163/2001. 
 
Diferentemente das receitas, as despesas merecem maiores cuidados, 
pois existem conteúdos da lei 4320/1964 e da portaria 163/2001 mais 
divergentes. 
As bancas cobram tanto pela lei 4320/1964 quanto pela Portaria 
163/2001 e atualizações posteriores. 
 
Inicialmente apresento a vocês o Quadro 7 que contém a 
classificação econômica instituída pela lei 4320/1964. 
 
 
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Quadro 7: Classificação da Despesa conforme a Lei 4320/1964 
Despesa 
Corrente 
Despesas de 
Custeio 
Aquelas dotações para manutenção de 
serviços anteriormente criados, inclusive as 
destinadas a atender a obras de 
conservação e adaptação de bens 
imóveis. 
Transferências 
Correntes 
Aquelas dotações para despesas as quais não 
corresponda contraprestação direta em bens 
ou serviços, inclusive para contribuições e 
subvenções destinadas a atender à 
manifestação de outras entidades de direito 
público ou privado. 
Despesa 
de 
Capital 
Investimentos 
As dotações para o planejamento e a 
execução de obras, inclusive as destinadas 
à aquisição de imóveis considerados 
necessários à realização destas últimas, bem 
como para os programas especiais de 
trabalho, aquisição de instalações, 
equipamentos e material permanente e 
constituição ou aumento do capital de 
empresas que não sejam de caráter 
comercial ou financeiro. 
Inversões 
Financeiras 
Despesas relacionadas à: 
I - aquisição de imóveis, ou de bens de 
capital já em utilização; 
II - aquisição de títulos representativos do 
capital de empresas ou entidades de 
qualquer espécie, já constituídas,quando a 
operação não importe aumento do capital; 
III - constituição ou aumento do capital 
de entidades ou empresas que visem a 
objetivos comerciais ou financeiros, 
inclusive operações bancárias ou de seguros. 
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Transferências 
de Capital 
São Transferências de Capital as dotações 
para investimentos ou inversões 
financeiras que outras pessoas de direito 
público ou privado devam realizar, 
independentemente de contraprestação 
direta em bens ou serviços, constituindo 
essas transferências auxílios ou 
contribuições, segundo derivem 
diretamente da Lei de Orçamento ou de lei 
especialmente anterior, bem como as 
dotações para amortização da dívida pública. 
Legenda: observe as classificações com duplo grifo, seus nomes serão alterados pela 
portaria 163/2001. 
 
Observe que dentro das despesas de transferências correntes estão 
inseridas as subvenções. Consideram-se subvenções as 
transferências destinadas a cobrir despesas de custeio das 
entidades beneficiadas, distinguindo-se em sociais e econômicas. 
 
 
As subvenções sociais se destinam 
a instituições públicas ou privadas de 
caráter assistencial ou cultural, 
sem finalidade lucrativa. 
As subvenções econômicas se 
destinam a empresas públicas ou 
privadas de caráter industrial, 
comercial, agrícola ou pastoril. 
 
 
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8. (FCC/MPE-RS/2008/Assessor) Com base no artigo 12 da Lei nº 
4.320/64, é correto afirmar que: 
a) classificam-se como Inversões Financeiras as dotações destinadas a 
aquisição de imóveis considerados necessários a execução de obras. 
b) subvenções sociais são transferências que se destinam a instituições 
privadas de caráter industrial. 
c) classificam-se como Transferências Correntes as dotações para 
despesas as quais corresponda contraprestação indireta em bens ou 
serviços. 
d) subvenções econômicas são as que se destinam a empresas públicas 
ou privadas de caráter assistencial ou cultural, sem finalidade lucrativa. 
e) classificam-se como investimentos as dotações para o planejamento e 
a execução de obras, inclusive as destinadas à aquisição de imóveis 
considerados necessários à realização destas últimas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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8. (FCC/MPE-RS/2008/Assessor) Com base no artigo 12 da Lei nº 
4.320/64, é correto afirmar que: 
a) classificam-se como Inversões Financeiras as dotações destinadas 
a aquisição de imóveis considerados necessários a execução de obras. 
ERRADO, este é o conceito de investimentos. 
b) subvenções sociais são transferências que se destinam a 
instituições privadas de caráter industrial. 
ERRADO, estas são as subvenções econômicas. 
c) classificam-se como Transferências Correntes as dotações para 
despesas as quais corresponda contraprestação indireta em bens ou 
serviços. 
ERRADO, classificam-se como Transferências Correntes as dotações 
para despesas as quais não corresponda contraprestação indireta em 
bens ou serviços. 
d) subvenções econômicas são as que se destinam a empresas 
públicas ou privadas de caráter assistencial ou cultural, sem finalidade 
lucrativa. 
ERRADO, estas são as subvenções sociais. 
e) classificam-se como investimentos as dotações para o planejamento e 
a execução de obras, inclusive as destinadas à aquisição de imóveis 
considerados necessários à realização destas últimas 
CERTO. 
 
Ainda quanto às despesas, o Quadro 8 mostra a relação entre a 
classificação da despesa conforme a lei 4320/1964 e os elementos da 
despesa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Quadro 8: Relação entre a classificação da despesa e os elementos da despesa 
 
Despesa 
Corrente 
Despesas de 
Custeio 
Pessoa Civil, Pessoal Militar, Material de Consumo, 
Serviços de Terceiros, Encargos Diversos. 
Transferências 
Correntes 
Subvenções Sociais, Subvenções Econômicas, 
Inativos, Pensionistas, Salário Família e Abono 
Familiar, Juros da Dívida Pública, Contribuições de 
Previdência Social, Diversas Transferências Correntes. 
Despesa 
de Capital 
Investimentos 
Obras Públicas, Serviços em Regime de 
Programação Especial, Equipamentos e 
Instalações, Material Permanente, Participação em 
Constituição ou Aumento de Capital de Empresas ou 
Entidades Industriais ou Agrícolas. 
Inversões 
Financeiras 
Aquisição de Imóveis, Participação em Constituição 
ou Aumento de Capital de Empresas ou Entidades 
Comerciais ou Financeiras, Aquisição de Títulos 
Representativos de Capital de Empresa em 
Funcionamento, Constituição de Fundos Rotativos, 
Concessão de Empréstimos, Diversas Inversões 
Financeiras. 
Transferências 
de Capital 
Amortização da Dívida Pública, Auxílios para Obras 
Públicas, Auxílios para Equipamentos e Instalações, 
Auxílios para Inversões Financeiras, Outras 
Contribuições. 
 
 
 
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9. (FCC/TRE-AP/2011/Analista Judiciário) Constitui uma despesa corrente 
orçamentária: 
a) a amortização da dívida. 
b) a concessão de empréstimos a um outro ente público. 
c)o pagamento de juros sobre a dívida pública interna. 
d) a devolução de cauções. 
e)a aquisição de imóveis. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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9. (FCC/TRE-AP/2011/Analista Judiciário) Constitui uma despesa corrente 
orçamentária: 
a) a amortização da dívida. 
ERRADO, é despesa de capital transferência de capital. 
b) a concessão de empréstimos a um outro ente público. 
ERRADO, é despesa de capital inversões financeiras. 
c)o pagamento de juros sobre a dívida pública interna. 
CERTO. 
d) a devolução de cauções. 
ERRADO, é despesa extra-orçamentária. 
e)a aquisição de imóveis. 
ERRADO, é despesa de capital inversões financeiras. 
 
Vamos fazer mais uma questão. 
 
10. (FCC/MPE-SE/2009/Analista) Considere as afirmativas a seguir. 
I. Despesas de custeio são dotações destinadas à manutenção de serviços 
anteriormente criados, inclusive para atender obras de adaptação em bens 
imóveis. 
II. Transferências correntes são dotações destinadas à inversõesfinanceiras que 
outras pessoas de direito público ou privado devam realizar. 
III. Despesas correntes são aquelas realizadas para o funcionamento dos 
serviços públicos prestados pela própria administração ou transferidos para 
outras pessoas físicas ou jurídicas. 
Está correto o que se afirma APENAS em 
a) II e III. 
b) I. 
c) I e II. 
d) I e III. 
e) II. 
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COMENTÁRIOS À QUESTÃO 
10. (FCC/MPE-SE/2009/Analista) Considere as afirmativas a seguir. 
I. Despesas de custeio são dotações destinadas à manutenção de 
serviços anteriormente criados, inclusive para atender obras de 
adaptação em bens imóveis. 
CERTO. 
II. Transferências correntes são dotações destinadas à inversões 
financeiras que outras pessoas de direito público ou privado devam 
realizar. 
ERRADO, essas são as despesas de transferências de capital. 
III. Despesas correntes são aquelas realizadas para o funcionamento dos 
serviços públicos prestados pela própria administração ou transferidos 
para outras pessoas físicas ou jurídicas. 
CERTO. 
Está correto o que se afirma APENAS em 
a) II e III. 
b) I. 
c) I e II. 
d) I e III. 
e) II. 
Assim, o gabarito é a letra D. 
 
 
 
 
 
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A classificação que acabamos de ver (classificação da lei 4320/1964) 
não é seguida nas atuais leis orçamentárias da União, Estados, DF e 
Municípios, apesar disso a mesma é cobrada em prova. 
A classificação que é seguida nas leis orçamentárias atuais (União, 
Estados, DF e Municípios) será vista na sequência: classificação quanto à 
natureza conforme a Portaria 163/2001. Essa também é cobrada em 
prova. 
Assim, atenção ao comando da questão. 
 
2.7.2. Classificação da despesa quanto à categoria econômica 
visão Manual Técnico do Orçamento (MTO) 
Os arts. 12 e 13 da Lei 4.320/1964 tratam da classificação da 
despesa por categoria econômica e elementos, os quais foram tratados 
nos Quadros 7 e 8. 
Ocorre que os Quadros 7 e 8, atualmente estão consubstanciados, 
com modificações, no Anexo II da Portaria Interministerial STN/SOF 
163/20018. 
 
 
 
8
 Art. 5o Em decorrência do disposto no art. 3º a estrutura da natureza da despesa a ser observada 
na execução orçamentária de TODAS AS ESFERAS DE GOVERNO ƐĞƌĄ� ?Đ 堁? 堁?ŵ 堁ḁ? 堁?Ě ? 唀 ŽŶĚĞ ?� 
Ă 缀 ?Đ ?�ƌĞƉƌĞƐĞŶƚĂ�Ă�ĐĂƚĞŐŽƌŝĂ�ĞĐŽŶƀŵŝĐĂ ?� 
ď 缀 ?Ő ?�Ž�ŐƌƵƉŽ�ĚĞ�ŶĂƚƵƌĞnjĂ�ĚĂ�ĚĞƐƉĞƐĂ ?� 
Đ 缀 ?ŵŵ ?�Ă�ŵŽĚĂůŝĚĂĚĞ�ĚĞ�ĂƉůŝĐĂĕĆŽ ?� 
Ě 缀 ?ĞĞ 开 Ž�ĞůĞŵĞŶƚŽ�ĚĞ�ĚĞƐƉĞƐĂ ?�Ğ� 
Ğ ?� ?ĚĚ ?�Ž�ĚĞƐĚŽďƌĂŵĞŶƚŽ 唀 facultativo, do elemento de despesa. 
Art. 3º A classificação da despesa, segundo a sua natureza, compõe-se de: 
I - categoria econômica; 
II - grupo de natureza da despesa; 
III - elemento de despesa. 
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O conjunto de informações que formam o código é conhecido como 
classificação por natureza da despesa e informa a categoria econômica 
da despesa (1º código), o grupo (2º código) a que ela pertence, a 
modalidade de aplicação (3º e 4º códigos) e o elemento da despesa 
(5º e 6º códigos). A Figura 17 ilustra os níveis e códigos, enquanto a 
Figura 18 ilustra o que cada nível pretende se propõe a responder. 
Figura 17: Níveis da classificação quanto à natureza 
 
 
 
Figura 18: Níveis e perguntas a serem respondidas 
 
A Figura 19 ilustra a classificação quanto à natureza para a despesa 
estabelecida pela portaria 163/2001 e que deve ser seguida por todos os 
entes (União, Estados, DF e Municípios). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Figura 19: Classificação quanto à natureza estabelecida pela portaria 163/2001 
 
 A partir de agora, vamos apresentar os conceitos referentes ao 
2º nível ± Grupo Natureza da Despesa, pois no 1º nível ± 
Categoria econômica não há diferença (despesas correntes e de 
capital) [caso não tenha entendido compare os Quadros 7 e 9 com a 
Figura 19]. O Quadro 9 mostra a relação entre a categoria econômica e os 
grupos de natureza da despesa. 
 
Quadro 9: Categoria econômica e os grupos de natureza da despesa 
 
 Fazendo uma comparação entre o Quadro 9 e o Quadro 7 
observamos que há uma diferença quanto à classificação no 2º nível. 
Vamos fazer uma questão sobre isso. 
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11. (FCC/TRT 22ª Região/2010/Analista Judiciário) A despesa pública: 
a) de capital é dividida nos seguintes grupos de natureza de despesa: 
investimentos; juros e encargos da dívida; amortização. 
b) classifica-se, segundo a sua natureza, em categoria orçamentária; 
grupo de natureza patrimonial; elemento de compensação. 
c) corrente é compreendida por meio dos seguintes grupos de natureza 
de despesa: pessoal e reflexos; juros e encargos da dívida; outras 
despesas correntes. 
d) com aquisição de imóveis ou bens de capital já em utilização 
classifica-se como aplicações diretas. 
e) corrente contribui diretamente para a formação ou aquisição de um 
bem de capital. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
COMENTÁRIOS À QUESTÃO 
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11. (FCC/TRT 22ª Região/2010/Analista Judiciário) A despesa pública: 
a) de capital é dividida nos seguintes grupos de natureza de despesa: 
investimentos; juros e encargos da dívida; amortização. 
ERRADO, juros e encargos é despesa corrente. 
b) classifica-se, segundo a sua natureza, em categoria orçamentária; 
grupo de natureza patrimonial; elemento de compensação. 
ERRADO, a sequência correta é: categoria econômica, grupo de 
natureza da despesa, modalidade de aplicação e elemento da 
despesa. 
c) corrente é compreendida por meio dos seguintes grupos de natureza 
de despesa: pessoal e reflexos; juros e encargos da dívida; outras 
despesas correntes. 
CERTO, apesar de o WHUPR�FRUUHWR�VHU�³SHVVRDO�H�HQFDUJRV�VRFLDLV´, 
esta foi a assertiva menos errada. 
d) com aquisição de imóveis ou bens de capital já em utilização 
classifica-se como aplicações diretas. 
ERRADO, classificam-se como inversões financeiras conforme 
vimos no Quadro 2. 
e) corrente contribui diretamente para a formação ou aquisição de um 
bem de capital. 
ERRADO, este é o conceito de despesa de capital conforme vimos 
no Quadro 1. 
 
 
Pessoal vimos que a FCC em uma 
prova cobrouo conceito tradicional da 
lei 4320/1964 (questão 10) e em 
outra cobrou o conceito da portaria 
163/2001 (questão 11). Assim, a 
solução é gravar os dois. 
As demais bancas (ESAF e Cespe) 
também fazem isso. 
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Outro ponto importante é que não se pode relacionar o 2º nível com o 1º 
nível seja na visão da lei 4320/1964, seja na visão da portaria 163/2001. 
Dessa forma, não se pode utilizar despesas de pessoal (2º nível) em 
despesas de capital (1º nível). Nem despesas com investimentos (2º 
nível) com despesas correntes (1º nível). Falou em investimentos, se 
subtende despesas de capital. Falou despesas com juros, se subtende despesas 
correntes. 
 
 Vamos agora aos conceitos do 2º nível segundo a portaria 
163/2001, os quais estão dispostos no Quadro 10. 
Lembro que o grupo natureza da despesa (2º nível) é um agregador 
de elemento de despesa com as mesmas características quanto ao objeto 
de gasto. 
Quadro 10: Despesas do grupo natureza da despesa conforme a portaria 163/2001 
Pessoal e 
Encargos 
Sociais 
Despesas orçamentárias com pessoal ativo, inativo e 
pensionistas, relativas a mandatos eletivos, cargos, funções ou 
empregos, civis, militares e de membros de Poder, com quaisquer 
espécies remuneratórias, tais como vencimentos e vantagens, 
fixas e variáveis, subsídios, proventos da aposentadoria, reformas 
e pensões, inclusive adicionais, gratificações, horas extras e 
vantagens pessoais de qualquer natureza, bem como encargos 
sociais e contribuições recolhidas pelo ente às entidades de 
previdência, conforme estabelece o caput do art. 18 da Lei 
Complementar 101, de 2000. 
Juros e 
Encargos da 
Dívida 
Despesas orçamentárias com o pagamento de juros, 
comissões e outros encargos de operações de crédito internas 
e externas contratadas, bem como da dívida pública mobiliária. 
Outras 
Despesas 
Correntes 
Despesas orçamentárias com aquisição de material de 
consumo, pagamento de diárias, contribuições, 
subvenções, auxílio-alimentação, auxílio-transporte, além de 
outras despesas da categoria econômica "Despesas Correntes" 
não classificáveis nos demais grupos de natureza de despesa. 
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Investimentos 
Despesas orçamentárias com softwares e com o planejamento 
e a execução de obras, inclusive com a aquisição de imóveis 
considerados necessários à realização destas últimas, e com a 
aquisição de instalações, equipamentos e material permanente. 
Inversões 
Financeiras 
Despesas orçamentárias com a aquisição de imóveis ou bens 
de capital já em utilização; aquisição de títulos representativos 
do capital de empresas ou entidades de qualquer espécie, já 
constituídas, quando a operação não importe aumento do capital; 
e com a constituição ou aumento do capital de empresas, 
além de outras despesas classificáveis neste grupo. 
Amortização 
da Dívida 
Despesas orçamentárias com o pagamento e/ou 
refinanciamento do principal e da atualização monetária ou 
cambial da dívida pública interna e externa, contratual ou 
mobiliária. 
 
 Fazendo uma comparação entre o Quadro 10 e os Quadros 7 e 8 
observamos que existem diferenças. Como nosso tempo é curto eu 
poupei o trabalho e resumi as mesmas no Quadro 11. 
 
 
Quadro 11: Diferenças entre a portaria 163/2001 e a lei 4320/1964 
Elemento 
Portaria 
163/2001 
Lei 4320/1964 
Juros 
Juros e encargos 
da dívida 
Transferências 
Correntes 
Material de Consumo 
Outras despesas 
correntes 
Custeio 
Inativos Pessoal 
Transferências 
Correntes 
Aquisição de Software 
Despesa de capital 
investimento 
Omissa 
Subvenções e Contribuições 
Outras despesas 
correntes 
Transferências 
correntes 
Contribuições e Auxílios 
Investimentos e 
Inversões 
Financeiras 
Transferências 
de capital 
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Constituição ou Aumento de Capital de 
Empresas ou Entidades que não visem a 
objetivos comerciais ou financeiros 
(Industriais ou Agrícolas) 
Inversões 
Financeiras9 
Investimentos 
Constituição ou aumento do capital de 
entidades ou empresas que visem a 
objetivos comerciais ou financeiros 
Inversões 
Financeiras 
 
 
 
 
Você que está ligadíssimo (a) na aula 
deve ter observado que existem 
despesas de contribuições que 
são despesas correntes e existem 
despesas de contribuições que 
são despesas de capital. 
Vamos aprofundar isso quando 
chegarmos ao elemento da 
despesa. 
 
 Vamos agora para o 3º nível (3º e 4º códigos) a modalidade de 
aplicação conforme consta na Figura 3. Sabemos que a modalidade de 
aplicação define a estratégia de utilização da despesa. Existem 3 
tipos de estratégias de aplicação as quais constam no Quadro 12. 
 
 
Quadro 12: Estratégias de aplicação dos recursos 
Estratégia Forma de aplicação 
Diretamente 
Pela unidade detentora do crédito orçamentário 
OU, em decorrência de descentralização de 
crédito orçamentário, por outro órgão ou entidade 
integrante dos Orçamentos Fiscal ou da Seguridade 
Social. 
 
9 Inciso V § 2º Art.7º Lei 12465/2011 (LDO). 
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Indiretamente, 
mediante 
transferência 
Por outras esferas de governo, seus órgãos, fundos 
ou entidades ou por entidades privadas, exceto as 
que forem por delegação. 
Indiretamente, 
mediante 
delegação 
Por outros entes da Federação ou consórcios públicos 
para a aplicação de recursos em ações de 
responsabilidade exclusiva da União que 
impliquem preservação ou acréscimo no valor 
de bens públicos federais. 
 
A modalidade de aplicação objetiva, principalmente, eliminar a 
dupla contagem dos recursos transferidos ou descentralizados, 
conforme discriminado na Figura 19. 
Figura 19: Modalidades de aplicação utilizadas 
 
 
 Você deve estar se perguntando, tenho que decorar isso tudo? A 
resposta é não. 
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Acredito inclusive que As bancas em geral, não entram em tanto 
detalhe. Porém, caso você vá fazer uma prova do Cespe ou ESAF pode ser 
que isto seja cobrado. Assim, temos que minimizar os esforços. O Quadro 
13 contém o que entendo que você deve decorar. 
 
Quadro 13: Modalidades de aplicação ± esquema de memorização 
Estratégia Códigos da modalidade 
Diretamente 90, 91, 93 e 94 
Indiretamente, mediante delegação10 22, 32, 42 e 72 
Indiretamente, mediante transferência As demais. 
 
 $VVLP�� UHGX]LPRV� QRVVD� ³GHFRUHED´�D� VHLV� FyGLJRV�� $QWHV� GH�
adentrarmos nas diferenças entre delegação e transferência, gostaria de 
destacar a modalidade de aplicação 91 - Aplicação Direta 
Decorrente de Operação entre Órgãos, Fundos e Entidades 
Integrantes dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social. Essa 
modalidade é que combinada com a classificação da receita 
intraorçamentária (4.7 e 4.8) evita a dupla contagem. 
Qualquer dúvida quanto à receita intraorçamentária, retorne à aula 
anterior. 
 Vamos a um exemplo: suponha que a CGU (administração direta) 
resolva fazer um concurso e que contrate mais uma vez a ESAF (integra a 
estrutura do Ministério da Fazenda). Assim, a CGU e a ESAF fazem parte 
do Orçamento Fiscal e da Seguridade Social. Pergunta: Como seria 
computada a receita e a despesa neste caso? O Quadro 14 responde 
esse questionamento. 
 
 
 
10
 Conforme o art. 61 do PLDO 2013: 
Art. 61. A entrega de recursos aos Estados, Distrito Federal, Municípios e consórcios públicos em decorrência 
de delegação para a execução de ações de responsabilidade exclusiva da União, das quais resulte 
preservação ou acréscimo no valor de bens públicos federais, não se configura como transferência 
voluntária e observará as modalidades de aplicação a que se refere o art. 7o, § 8o, incisos III, VI e X. 
§1º A destinação de recursos nos termos do caput observará o disposto nesta Seção, salvo a exigência prevista 
no caput do art. 60. 
§2º É facultativa a exigência de contrapartida na delegação de que trata o caput. 
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Quadro 14: Exemplo de operação intraorçamentária 
Órgãos e entidades integrantes do Orçamento Fiscal e da Seguridade Social 
Despesa para a CGU Receita para a ESAF 
Despesa com serviços de terceiros- 
pessoa jurídica. 
Receita de serviços. 
3.3.91.39 7.6.x.x.xx.xx 
Despesa corrente/outras despesas 
correntes/ Aplicação Direta 
Decorrente de Operação entre 
Órgãos, Fundos e Entidades 
Integrantes dos Orçamentos Fiscal 
e da Seguridade Social/ Serviços 
de terceiros pessoa jurídica 
Receita intraorçamentária 
corrente/serviços 
Legenda: cada grifo simples ou duplo relaciona os códigos a descrição. 
Vamos agora a diferença entre transferência e delegação conforme 
consta no Quadro 15. 
 
Quadro 15: Diferença entre transferência e delegação 
Transferência 
$� GHVLJQDomR� ³WUDQVIHUrQFLD´�� QRV� WHUPRV� GR� DUW�� ��� GD� /HL� QR�
4.320/1964 (Quadro 9), corresponde à entrega de recursos 
financeiros a outro ente da Federação, a consórcios públicos ou a 
entidades privadas, com e sem fins lucrativos, a que não 
corresponda contraprestação direta em bens ou serviços. 
Os bens ou serviços gerados ou adquiridos com a aplicação 
desses recursos pertencem ou se incorporam ao patrimônio 
do ente ou da entidade recebedora. 
Delegação 
Entende-se por delegação a entrega de recursos financeiros a 
outro ente da Federação ou a consórcio público para execução 
de ações de responsabilidade ou competência do ente 
delegante. Deve observar a legislação própria do ente e as 
designações da Lei de Diretrizes Orçamentárias, materializando-se 
em situações em que o recebedor executa ações em nome 
do transferidor. 
Os bens ou serviços gerados ou adquiridos com a aplicação 
desses recursos pertencem ou se incorporam ao patrimônio 
de quem os entrega, ou seja, do transferidor. 
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 A Figura 20 ilustra a relação entre as estratégias e as modalidades 
de aplicação. 
Figura 20: Modalidades de aplicação e estratégias 
 
 Observamos que as transferências se constituem em gastos 
não efetivos, uma vez que os produtos gerados não se incorporam ao 
patrimônio do ente transferidor, mas ao patrimônio do ente recebedor. 
Por outro lado, as delegações se constituem em gastos 
efetivos, uma vez que os produtos gerados não se incorporam ao 
patrimônio do ente recebedor, mas ao patrimônio do ente transferidor. 
Vimos também que na Figura 20 faço menção aos elementos da 
despesa 41, 42, 43, 45 e 81 como gastos não efetivos. Vamos então 
explicar o que viria a ser o elemento da despesa. 
O elemento de despesa tem por finalidade identificar os 
objetos de gasto, tais como vencimentos e vantagens fixas, juros, 
diárias, material de consumo, serviços de terceiros prestados sob 
qualquer forma, subvenções sociais, obras e instalações, equipamentos e 
material permanente, auxílios, amortização e outros que a Administração 
Pública utiliza para a consecução de seus fins. Os códigos dos 
elementos da despesa variam de 1 a 99. Seria desnecessário inseri-
los na aula. 
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Ao invés disso, vamos focar em alguns elementos da despesa: os 
gastos não efetivos representados pelos elementos que constam no 
Quadro 16. 
 
Quadro 16: elementos da despesa dos gastos não efetivos 
Elemento Descrição conforme a Portaria 163/2001 
41- Contribuições 
Despesas orçamentárias para as quais não correspondam 
contraprestação direta em bens e serviços e não sejam 
reembolsáveis pelo recebedor, inclusive as destinadas a 
atender a despesas de manutenção de outras entidades de 
direito público ou privado, observado o disposto na 
legislação vigente. 
42- Auxílios 
Despesas orçamentárias destinadas a atender a 
despesas de investimentos ou inversões financeiras de 
outras esferas de governo ou de entidades privadas sem fins 
lucrativos, observado, respectivamente, o disposto nos arts. 25 
e 26 da Lei Complementar no 101/2000. 
43- Subvenções 
sociais 
Despesas orçamentárias para cobertura de despesas de 
instituições privadas de caráter assistencial ou cultural, 
sem finalidade lucrativa, de acordo com os arts. 16, parágrafo 
único, e 17 da Lei no 4.320, de 1964, observado o disposto no 
art. 26 da LRF11. 
Fundamentalmente e nos limites das possibilidades financeiras 
a concessão de subvenções sociais visará a prestação de 
serviços essenciais de assistência social, médica e 
educacional, sempre que a suplementação de recursos 
de origem privada aplicados a esses objetivos, revelar-
se mais econômica12. 
45- Subvenções 
econômicas 
Despesas orçamentárias com o pagamento de 
subvenções econômicas, a qualquer título, autorizadas em 
leis específicas, tais como: ajuda financeira a entidades 
privadas com fins lucrativos; concessão de bonificações 
a produtores, distribuidores e vendedores; cobertura, 
direta ou indireta, de parcela de encargos de 
empréstimos e financiamentos e dos custos de 
aquisição, de produção, de escoamento, de distribuição, 
de venda e de manutenção de bens, produtos e serviços 
em geral; e, ainda, outras operações com características 
semelhantes13. 
 
11 MTO. 
12 Art. 16º da lei 4320/1964. 
13 MTO. 
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A cobertura dos déficits de manutenção das empresas públicas, 
de natureza autárquica ou não, far-se-á mediante subvenções 
econômicas expressamente incluídas nas despesas correntes 
do orçamento da União, do Estado, do Município ou do Distrito 
Federal.14 
As dotações destinadas a cobrir a diferença entre os preços de 
mercado e os preços de revenda, pelo Governo, de gêneros 
alimentícios ou outros materiais 
As dotações destinadas ao pagamento de bonificações a 
produtores de determinados gêneros ou materiais. 
81- Distribuição 
Constitucional ou 
Legal de Receitas 
Despesas orçamentárias decorrentes da transferência a 
outras esferas de governo de receitas tributárias, de 
contribuições e de outras receitas vinculadas, prevista na 
CF ou em leis específicas, cuja competência de arrecadação é 
do órgão transferidor. 
 
 Lendo os conceitos do Quadro 16, observe que ainda não fica 
totalmente claro se as contribuições, auxílios e subvenções são despesas 
correntes ou de capital. Dessa forma, elaborei o Quadro 17 para suprir 
essa lacuna final de conhecimento. 
Quadro 17: Diferenças entre contribuições, auxílios e subvenções 
Características Contribuições Auxílios 
Subvenção 
Social 
Subvenção 
Econômica 
Categoria 
Econômica 
Despesa 
Corrente 
Despesa de Capital Despesa Corrente 
Entidade 
Destinatária 
Entidades públicas ou privadas sem 
fins lucrativos 
Entidades 
privadas sem 
fins lucrativos 
que exerçam 
atividades nas 
áreas de 
assistência 
social, saúde e 
educação 
Entidades 
privadas com 
fins lucrativos; 
concessão de 
bonificações a 
produtores, 
distribuidores e 
vendedores etc. 
Que não 
sejam as 
das 
subvenções 
sociais 
 
Série de 
condições 
constantes 
na LDO 
 
Deve estar 
prevista 
LOA 
Antes 
em Lei 
Especial 
LOA 
Antes em Lei 
Específica 
Fonte: Portaria 163/2001; lei 4320/1964; lei 13.080/2015. 
 
 
14 Art. 17º da lei 4320/1964. 
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12. (Cespe/TRE-ES/2011/Analista Judiciário) Denomina-se auxílio a 
transferência de recursos consignados na lei de orçamento anual de um 
ente da Federação para outro para a aquisição de títulos representativos 
do capital de empresas já constituídas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
COMENTÁRIOS À QUESTÃO 
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CERTO, a aquisição de títulos é uma despesa de capital de inversões 
financeiras. Auxílios são despesas orçamentárias destinadas a atender 
a despesas de investimentos ou inversões financeiras de outras 
esferas de governo ou de entidades privadas sem fins lucrativos. 
Assim, a assertiva se refere de fato à despesa com auxílios. 
 
 A seguir apresento a classificação completa dos elementos da 
despesa. 
 
Figura 21: Elementos da Despesa 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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2.8. CLASSIFICAÇÃO DA DESPESA POR IDENTIFICADOR DE 
RESULTADO PRIMÁRIO 
O identificador de resultado primário, de caráter indicativo, tem 
como finalidade auxiliar a apuração do resultado primário previsto na 
LDO, devendo constar no PLOA e na respectiva Lei em todos os Grupos 
Natureza da Despesa, identificando, de acordo com a metodologia de 
cálculo das necessidades de financiamento, cujo demonstrativo constará 
em anexo à LOA. De acordo com a LDO, nenhuma ação poderá conter, 
simultaneamente, dotações destinadas a despesas financeiras e 
primárias, ressalvada a reserva de contingência. A Figura 22 contempla 
as mudanças. 
 
Figura 22: Despesas por identificador de resultado primário 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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3. CLASSIFICAÇÃO DA DESPESA QUANTO AOS EFEITOS SOBRE O 
PATRIMÔNIO PÚBLICO: EFETIVAS E NÃO EFETIVAS (POR 
MUTAÇÃO) 
Para fins contábeis, quanto ao impacto na situação líquida 
SDWULPRQLDO�� D� GHVSHVD� SRGH� VHU� ³efetiva´� RX� ³não-efetiva´��2�4XDGUR�
18 mostra a diferença entre as despesas efetivas e não efetivas. 
Quadro 18: Despesas efetivas e não efetivas 
Classificação Conceito 
Exemplo 
de 
despesa 
corrente 
Exemplo de 
despesa de 
capital 
Despesa 
Orçamentária 
Efetiva 
 
Aquela que, no momento de 
sua realização, reduz a 
situação líquida 
patrimonial da entidade. 
Constitui fato contábil 
modificativo diminutivo. 
Despesas 
de pessoal 
e encargos 
sociais; 
juros de 
encargos 
da dívida. 
Despesas com 
transferências 
de capital 
(despesas com 
auxílios). 
Despesa 
Orçamentária 
não Efetiva (por 
mutação 
patrimonial) 
 
Aquela que, no momento da 
sua realização, não reduz a 
situação líquida 
patrimonial da entidade e 
constitui fato contábil 
permutativo. Neste caso, 
além da despesa 
orçamentária, registra-se 
concomitantemente conta de 
variação aumentativa para 
anular o efeito dessa despesa 
sobre o patrimônio líquido da 
entidade. 
 
Despesa 
como 
aquisição 
de material 
de 
consumo. 
Despesas com 
investimentos, 
inversões 
financeiras e 
amortização da 
dívida. 
 
Contabilidade Aplicada ao Setor Público p/TRTs 
Analista e Técnico Judiciário ʹ Área Contábil 
Prof. M. Sc. Giovanni Pacelli ʹ Aula 02 
 
 
Prof. Giovanni Pacelli www.estrategiaconcursos.com.br 59 de 124 
 
Em regra as despesas correntes são 
despesas efetivas e as despesas de 
capital são não efetivas. Porém, 
existem despesas correntes não 
efetivas (despesa com aquisição de 
material de consumo para estoque e 
despesa com adiantamento) e despesas 
de capital efetivas (transferências de 
capital). 
 
 Nas aulas seguintes, entraremos nos detalhes dos lançamentos 
envolvendo as despesas efetivas e não efetivas. 
 Por enquanto, posso adiantar o seguinte. Na despesa não efetiva 
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