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Resumo 2ª prova teórica Alimentos e Alimentação dos Animais

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Camila Soares 
RESUMO – 2ª PROVA TEÓRICA ALIMENTOS E ALIMENTAÇÃO DOS 
ANIMAIS 
PROTEÍNAS: 
- As proteínas são macromoléculas formadas por aminoácidos (+ de 500 a.a.). Possuem 
a função de fornecer energia. As proteínas são constituídas de C, H, O e N. Muitas 
encerram com S, algumas, com Fe e P. Podem apresentar também Cu, Ca e Mg. São 
fundamentais para o crescimento, reprodução e produção. 
- Proteínas simples: polímero de aminoácidos; 
- Proteínas conjugadas: imunoglobinas; 
- Histonas: carregado de proteínas de carga positiva; 
- Nucleoproteína: proteína conjugada; 
- Proteínas derivadas: ligadas a ácidos nucleicos. 
 
- O produtor deve utilizar esse nutriente como fonte de energia? R: Não, pois como 
trata-se de um nutriente muito oneroso, o produtor terá que investir muito para que o 
animal consiga desempenhar seu papel de interesse. Além de haver a questão 
econômica, há também o problema de o animal não aproveitar ¼ da proteína fornecida 
(25%), por causa da digestibilidade. 
 
- Quais são os cuidados que o produtor deve tomar quando optar por usar a 
proteína? R: Buscar proteínas com alta digestibilidade e de alta qualidade (aquelas que 
são ricas em aminoácidos essenciais) pois apenas 75% são aproveitadas. 
 
- Se fornecer uma proteína de baixa qualidade, o que acontecerá? R: Aumentará a 
excreção de N para o meio ambiente, e há um gasto supérfluo com proteína “pobre”. 
 
- Excesso de proteína: causa problemas no fígado, pois biossintetiza muito a 
quantidade de ureia que é tóxica. As proteínas fornecidas devem ter alto valor biológico 
e alta composição de aminoácidos. 
 
- Digestão x Absorção: Se a digestibilidade for baixa, haverá poucos nutrientes para a 
absorção. 
 
FUNÇÕES DAS PROTEÍNAS: 
-Função estrutural: formação, manutenção e reparo dos tecidos (ex: pele, pêlos, unhas, 
cascos e chifres); 
- Fonte de energia: as proteínas atuam como fonte de energia quando em excesso, ou 
quando faltam os carboidratos e gordura, que representam o material combustível do 
organismo. Aminoácido perde seu grupo amino, formando cetoácido e este forma 
piruvato que é fonte de energia. 
 
- Regulação do metabolismo: 
Secreções glandulares: muitos hormônios e enzimas são materiais proteicos ou contem 
resíduos de aminoácidos como parte essencial de sua estrutura. É o caso da pepsina e 
tripsina. A insulina possui, pelo menos, 9 aminoácidos. A tiroxina nada mais é do que 
um aminoácido iodado. A adrenalina tem como substância fundamental a tirosina. 
Desintoxicação do organismo: durante o metabolismo há produção de ácido benzoico, 
que seria bastante tóxico para o próprio organismo se não houvesse uma combinação 
sua com a glicina produzindo o ácido hipúrico, que não é tóxico. 
Hipocloridria: baixa produção de ácido clorídrico – acloridria: quando não produz 
ácido clorídrico. Ao neutralizar o ácido clorídrico afeta-se a produção de proteína e esta 
deixa de ser uma barreira para microrganismos. 
Manutenção dos fluídos: albumina sérica encontrada no soro, possui a função de 
impedir que substâncias ácidas sejam lançadas no sangue – possui efeito tampão. 
 
Qual a carga de uma molécula de DNA? R: negativa, devido ao fosfato presente nela. 
 
Como que o DNA consegue ter alto grau de enovelamento já que este é negativo? 
R: Devido as histonas que são proteínas de cargas positivas que permitem esse 
enovelamento. 
 
Transporte: hemoglobina e mioglobina 
Proteínas tem a função de dar cor das pelagens: feomelanina e eumelanina. 
 
Como ocorre digestão e absorção das proteínas? O bolo alimentar ao atingir o 
estômago, libera enzima que atinge as células acinares. Estas liberam HCL diminuindo 
o pH do estomago e com isso, começa o rompimento de pontes de H no estômago e a 
enzima no estado dormente chama-se pepsinogênio e torna-se ativo no meio ácido e 
depois transforma-se em A. Pepsina quebra as ligações peptídicas da proteína, tornando 
esta uma proteose e continua as quebras das ligações até virar aminoácido. 
PROTEÍNAS -> PROTEOSE-> PEPTONA -> POLIPETÍDEOS -> PEPTÍDEOS -> 
AMINOÁCIDOS 
Bolo alimentar sai do estômago e vai para o intestino delgado (pH = 6,7 / 7 - neutro). 
Este possui uma microbiota que pode aproveitar a proteína. Entretanto, sabe‐se que 
pequenos peptídeos podem ser absorvidos nas vilosidades intestinais. O que conseguir 
ser digerido de proteína no estômago e 1/3 do intestino delgado tem que suprir a 
exigência nutricional. No duodeno é o local onde há a maior taxa absortiva e da metade 
do jejuno mais o íleo são as menores taxas absortivas. Os a.a. absorvidos vão para a 
corrente sanguínea até chegar no fígado. A proteína não digerida aparece na matéria 
seca fecal juntamente com as proteínas de origem microbiana e das enzimas utilizadas 
na digestão. De maneira geral, a proteína da matéria fecal humana é composta de 40% 
de proteínas não digeridas, 40% de proteínas microbianas e 20% de proteínas 
enzimáticas. Estas excretas possuem alta [] de N2, poluindo o ambiente. 
- Prot. não digerida aparece na MS fecal, juntamente com as proteínas de origem 
microbiana e as enzimas utilizadas na digestão. Mucoproteínas, descamações de 
enterócitos e albumina. 
- A eficiência de utilização dos ingredientes proteicos depende da quantidade, 
decomposição e da digestibilidade de seus aminoácidos. 
 
- Hormônios: 
 
Insulina: ajuda a entrar glicose na célula. 
Glugagon: responsável pela gliconeogênese – leva a produção de glicose. 
Tiroxina: importante para a regulação da tireoide. 
Adrenalina: possui na sua constituição a.a. 
 
- Mecanismo de defesa: Anticorpos (imunoglobinas) servem para neutralizar a ação 
dos antígenos (corpo estranho). Exemplo antígenos: bactérias, vírus, toxinas. Já o 
anticorpo é produzido específico para o antígeno, por isso a importância da vacinação. 
Soro polivalente: mistura de anticorpos / Soro monovalente: anticorpo específico. 
Vacina ≠ Soro: vacina injeta antígenos para estimular a produção de anticorpos (viram 
anticorpos de memória); já o soro contém anticorpos prontos. 
 
Como ocorre digestão e absorção das proteínas: 
- Qualidade das proteínas: depende da quantidade de aminoácido. 
 PB = %N x Fc ; sendo PB (proteína bruta), N (nitrogênio) e Fc (fator de correção = 
6,25). Todo N2 contido no alimento está na forma protéica. 
 
- Valor biológico: % utilizada pelo organismo animal, relativamente a quantidade 
absorvida. VB = N fixado / N absorvido x 100 
 
- O que influencia no valor biológico de uma proteína? R: Conteúdo de aminoácidos 
essenciais. Alimentos de origem animal apresentam maior quantidade de a.a. essenciais 
do que origem vegetal, logo ele tem valor biológico maior. 
-Aminoácidos serão absorvidos pelas pilosidades no intestino e tem que ser essenciais 
para que haja eficiência. Se ¼ da proteína ingerida pelo animal não consegue ser 
aproveitada, ela é considerada de alto valor biológico e somente ¾ das proteínas serão 
digeridas. 
Alto valor biológico: maior quantidade de AAs essenciais. 
Baixo valor biológico: menor quantidade de AAs essenciais e maior quantidade de 
AAs não essenciais. 
- Proteínas de origem animal: proteínas completas -> alto valor biológico. 
- Proteínas vegetais: proteínas incompletas -> baixo valor biológico. 
 
Essenciabilidade de aminoácidos: 
- Aminoácidos: 
 Não essenciais: organismo do animal consegue utilizar. 
 Essenciais: o organismo do animal não consegue sintetizar (tem que ser 
fornecidos) e tem que haver uma preocupação quando montar a ração. São eles: 
metionina, lisina, triptofano, fenilamina, TER, VAL, LEU, ILEU. 
Na microbiota do rúmen dos ruminantes as bactérias sintetizam proteínas quepossuem 
AAs essenciais. Com isso tem que preocupar em oferecer estes a.a. para animais NÃO 
RUMINANTES. Para suínos acrescenta ainda histidina e arginina e para aves 
acrescentar além de todos os essenciais, histidina, arginina + glicina e prolina. Se o 
alimento possui alto valor de Proteína Bruta, porém composta basicamente de a.a. não 
essenciais, não adianta. O produtor oferecerá proteína de baixa qualidade para o animal 
e vice-versa. 
- 3 fatores essenciais: Dieta, espécie dos animais e idade dos animais. 
- Inter‐relação entre aminoácidos essenciais e não essenciais: existe uma inter‐
relação entre os aminoácidos essenciais e não essenciais. Se estes últimos não forem 
fornecidos em quantidade adequada, terão que ser sintetizados e os seus radicais 
amínicos são retirados dos aminoácidos presentes, portanto os essenciais. Assim sendo, 
é sempre necessário incluir nas rações tanto aminoácidos essenciais quanto os não 
essenciais. Alguns exemplos dessa interação já são bem conhecidos. A princípio supôs‐
se que a cistina fosse também um aminoácido essencial, mas observações posteriores 
provaram que é possível retirá‐la de uma dieta em que não falta metionina, a qual pode 
converter‐se em cistina. Porém, se ela estiver presente, diminui a necessidade de 
conversão de metionina e, portanto, economiza as quantidades deste aminoácido 
essencial na alimentação diária. A tirosina, aminoácido não essencial pode ser obtido a 
partir da fenilalanina. Esta e capaz de substituir aquela, mas o contrário não se verifica. 
Também entre a glicina e a serina se verifica semelhante inter‐relação. 
- Aminoácido limitante: Aquele AA encontrado em menor concentração que a exigida 
para o máximo crescimento (quantidade). 
- Lei de Lieberg: Há a necessidade de se conhecer o elemento de menor concentração e 
limitando todo o processo produtivo. 
- Quais são as 3 maneiras de se adequar os aminoácidos em uma ração? 
R: 1° - Combinação de ingredientes, nunca é recomendado dar só o milho, tem que 
misturar outros ingredientes para suprir a necessidade. 
 2° - Uso de AA industriais ( sintéticos ) 
 3° - Excesso de proteína – NÃO COGITAR 
1- É caro 
2- Causa intoxicação: Maior quantidade de uréia que irá sintetizar no fígado e 
uréia é tóxica. Rim que irá desintoxicar, podendo levar a falência 
3- > excreção de N2, o que leva a um aumento de poluição. (1/4 da proteína é 
naturalmente excretada). 
 
Uréia na alimentação dos ruminantes: 
- Uréia é usada exclusivamente para ruminante. 
- É fonte de nitrogênio e de nitrogênio não proteico. 
- Para o produtor o uso dessa fonte é interessante por questões financeiras, é mais 
econômico. 
- Duas condições para uso: 
1) Quando a qualidade das proteínas é baixa, isso ocorre quando as forrageiras 
apresentam baixas taxas de crescimento e baixos níveis de proteína. 
2) Economia: Período de entressafra os farelos ficam caros, então os produtores podem 
substituir os farelos pela uréia. 
A ureia é uma substância nitrogenada não-proteica (NNP). Quando ingerida, é 
hidrolisada em amônia, que é tóxica para todos os animais vertebrados. Mas os 
ruminantes conseguem utilizar essa amônia, graças à simbiose com microrganismos 
naturalmente presentes no seu rúmen-retículo, os quais empregam a amônia como 
substrato para a síntese de suas próprias proteínas. 
Quando esses microrganismos passam com o bolo alimentar para o abomaso e duodeno, 
são então digeridos pelo ruminante, que assim se beneficia da proteína microbiana, de 
alta qualidade. Esse mecanismo ocorre inclusive em ruminantes que não recebem ureia 
sintética na dieta. Naturalmente há uma pequena quantidade de ureia na saliva desses 
animais, produzida no fígado, a partir da amônia originária da degradação normal das 
proteínas presentes no organismo do animal. 
 Quando o animal rumina, a saliva produzida leva essa ureia proveniente do fígado 
(“ureia endógena”) para o rúmen-retículo, onde ela vai atuar como substrato para a 
proliferação constante dos microrganismos. Portanto, ao adicionar ureia sintética na 
ração dos seus animais, o pecuarista apenas está potencializando um mecanismo 
metabólico natural. Os episódios de intoxicação só ocorrem se a quantidade ingerida de 
ureia exceder a capacidade dos microrganismos de transforma-la em proteína 
verdadeira. 
- Metabolismo da uréia: 
Os microrganismos do rúmen têm a capacidade de transformar o nitrogênio da dieta em 
proteína de boa qualidade, por meio de microrganismos presentes no rúmen. O 
nitrogênio tanto pode vir de proteínas verdadeiras (Ex.: farelo de soja, farelo de algodão, 
forragens, outros) quanto de alguns compostos inorgânicos (compostos nitrogenados 
não-proteicos), como uréia, biureto e ácido úrico. 
A capacidade das bactérias para utilizarem o nitrogênio não-proteico (NNP) vai 
depender, primariamente, da quantidade e do nível de degradação da energia fornecida 
ao animal (carboidratos) e da capacidade de crescimento da população de 
microrganismos, mas existe um limite para o crescimento microbiano, o qual, 
teoricamente, depende da ingestão de energia. 
 Quando a uréia alcança o rúmen, ela é rapidamente desdobrada em amônia e CO2 pela 
enzima urease, produzida pelas bactérias. A amônia presente no rúmen, resultante da 
uréia ou de outra fonte proteica, é utilizada pelos microrganismos para a síntese de sua 
própria proteína. Para que isso ocorra, é essencial a presença de uma fonte de energia 
(celulose das forragens ou amido do milho, por exemplo). 
A proteína assim formada é chamada de proteína bacteriana, como pode ser observado 
na Figura 1. À medida que a digestão ruminal progride, todo o alimento ingerido pelo 
animal, juntamente com as bactérias e seus produtos, continuam aavançar pelo trato 
digestivo. Quando a digesta alcança o abomaso, que possui grande acidez e é 
considerado o estômago verdadeiro do ruminante, as bactérias são destruídas e seu 
conteúdo é liberado. No abomaso e no intestino delgado, todas as frações alimentares 
são digeridas. A digestão da proteína bacteriana nada mais é do que sua quebra em 
aminoácidos, os quais serão absorvidos no intestino e novamente transformados em 
proteínas pelo próprio animal. 
Existe ainda a uréia endógena (produzida no metabolismo animal), que é sintetizada no 
fígado do próprio animal. Nesse processo, a amônia proveniente da degradação da 
proteína ou da uréia ingerida é absorvida pela parede do rúmen e chega ao fígado pela 
veia porta. No fígado, essa amônia é convertida em uréia. Parte dessa uréia volta ao 
rúmen, parte vai para a saliva e parte é excretada pela urina. Esse processo é conhecido 
como “ciclo da uréia”. 
- IMPORTANTE: 
- Uma boa disponibilidade de forragens, principalmente no período seco (macega ou 
forragem seca), é fundamental para se obter um bom desempenho dos animais que usam 
uréia. 
- Deve-se adicionar enxofre (S) à uréia para que as bactérias do rúmen consigam 
sintetizar aminoácidos sulfurados (cistina, cisteina e metionina), sendo recomendada a 
relação N:S entre os limites de 10:1 a 15:1. São indicados como fonte de enxofre o 
sulfato de cálcio (17% de S) e sulfato de amônio (24% de S). 
 
- Sistemas de alimentação com Uréia: 
-Sal Mineral + Uréia: O fornecimento de sal mineral com uréia estimula o consumo da 
pastagem e melhora o desempenho dos animais. Existem no mercado várias misturas 
minerais com uréia pronta para uso, mas a mistura do sal mineral com uréia pode ser 
feita na própria fazenda. 
-Mistura Múltipla: A mistura múltipla (também chamado de sal proteinado) é uma 
associação de uréia, minerais, fontes de proteína verdadeira, energia e sal comum. Serve 
para substituir em épocas de secas e a falta deágua em substituição ao sal mineral. 
Baixo custo e eficiente. 
- Cana-de-açúcar + Uréia: A cana-de-açúcar integral é uma forragem rica em energia 
(alto teor de açúcar), tendo como limitações os baixos teores de proteína (2 a 3% de PB 
na base MS) e de minerais. A inclusão de uréia uma fonte de NNP de baixo custo, para 
suprir nitrogênio aos microrganismos capazes de converter NNP em proteína 
microbiana, é favorecida em razão dos altos conteúdos de sacarose, prontamente 
fermentável da cana-de-açúcar. O enxofre é indispensável para a síntese de aminoácidos 
essenciais metionina, cistina e cisteina. Dietas baseadas em cana-de-açúcar precisam ser 
corrigidas com um suplemento mineral de boa qualidade para serem utilizadas 
eficientemente na alimentação de ruminantes. 
- Bagaço de cana + uréia: o bagaço de cana torna-se um subproduto da cana de 
qualidade muito inferior à cana picada (planta inteira). Mesma ideia de cana+ureia 
- Capim picado + Uréia: O uso de capim picado associado com cana-de-açúcar 
promove melhores resultados e um melhor aproveitamento da uréia do que quando se 
utiliza apenas capim com uréia. 
 
 
CUIDADOS NA UTILIZAÇÃO DA URÉIA: 
. 1. Os animais devem ser inicialmente adaptados ao consumo de uréia. Não usar em 
quantidades superiores às recomendadas anteriormente; 
 2. A uréia deve ser misturada de forma homogênea aos alimentos, a fim de se obter 
uma ingestão regular desse alimento; 
3. Deve ser fornecida misturada ao alimento diariamente, sem interrupções; 
4. Usar cochos cobertos e com furos para dreno d’água; 
 5. Uma boa suplementação mineral quando se usa uréia é extremamente necessária para 
se obter um bom desempenho dos animais; 
6. Nunca use uréia dissolvida em água de beber dos animais ou em “sopões”; 
 7. É importante um acompanhamento técnico para escolha e adequação de um método 
que se adapte às condições de cada propriedade. 
- Quadro de intoxicação: 
• Excesso de amônia 
• Falta de energia para os microorganismos transformar uréia em proteína. Essa 
fonte de energia são os carboidratos. 
• Utilização de antibiótico terapia pode matar parte dos microorganismos ativos, 
gerando excesso de amônia. 
• Não deve ser fornecido uréia para os animais jovens 
Rúmen -> Parte do NH3 que ficou é absorvida pelas vilosidades e cai na 
corrente sanguínea, depois fígado e depois rins / ou parte da uréia do fígado 
pode voltar para o rúmen através da saliva. 
*** Posso utilizar uréia com sal mineral, ou melaço, ou cana de açúcar e ou 
silagem. Uréia isolada tem gosto ruim e os animais não aceitam. Esses 
acompanhantes da uréia não servem como carboidratos. É importante que 
estes carboidratos sejam de alta solubilidade. 
A intoxicação apresenta-se principalmente de forma aguda, quando a amônia 
proveniente da hidrólise da ureia se acumula no rúmen e daí passa para a circulação. 
Entre 30 e 60 minutos após a ingestão excessiva da ureia, o animal intoxicado 
apresenta sinais clínicos como tremores musculares, salivação intensa, ofegação, 
timpanismo, apatia, ataxia (incoordenação motora e desequilíbrio) e sudoração. Em 
casos graves, o animal fica prostrado, com as extremidades estendidas, tem 
convulsões e taquicardia, e pode morrer. Geralmente não há tempo para realizar o 
diagnóstico de intoxicação através de provas laboratoriais (amônia sanguínea), a não 
ser talvez a leitura do pH do líquido ruminal, que se apresenta alcalino (acima de 
7,5). O histórico de adição de ureia na dieta, portanto, passa a ser o principal fator a 
considerar no diagnóstico. 
Na necropsia, podese notar timpanismo, congestão da carcaça, edema pulmonar, 
espuma nas vias aéreas superiores e odor de amônia ao abrir o rúmen. 
Pode haver excesso de fluido no saco pericárdico e hemorragia no miocárdio. 
Tratamento – para aliviar o timpanismo, deve-se passar uma sonda ruminal. Por ela, 
adicionam-se alguns litros de ácido acético a 6% (vinagre) para baixar o pH ruminal. 
Isso inibe a ação da urease, a enzima que hidrolisa ureia e forma amônia. Havendo 
recomendação do médico veterinário, aplica-se via endovenosa uma solução 
contendo 300 mL de ácido acético 1%, 500 mL de glicose 20% e sais de Ca e Mg. 
Em geral, o animal que consegue escapar de um episódio de intoxicação por ureia 
não fica com sequelas, podendo voltar a ser alimentado com ureia posteriormente. 
SINTOMAS DE INTOXICAÇÃO POR URÉIA: 
Os sintomas de intoxicação por uréia apresentados pelos animais são os seguintes: 
Agitação; Salivação em excesso; Falta de coordenação ; Tremores musculares ; 
Micção e defecção frequentes; Respiração ofegante ; Timpanismo. 
 
Óleos e gordura na ração: 
Óleos são ácidos graxos. 
- Vantagens: 
• Alta densidade energética 
• Melhorar palatibilidade 
• Melhorar conversão alimentar - < consumo 
• Fontes de ácidos graxos essenciais (oleico, linoleico, linolênico, 
araquidônico). 
• Baixa pulverulência -> baixo consumo energético 
• Melhora a densidade nutricional na época do verão, devido ao IC 
(incremento calórico) que é o calor gerado pelo metabolismo. A gordura tem 
baixo IC, no verão quando ofereço uma ração mais rica em óleo tenho que 
aumentar a densidade nutricional porque os animais comem menos no verão 
devido ao calor (semelhança com o humano). 
 - Equação: 2,54 x ENERGIA (carboidratos e proteínas) = GORDURA 
 - Todo ácido graxo que apresenta instauração no 9° carbono é considerado ácido 
graxo essencial. 
- Desvantagem: 
• RANCIDEZ – Oxigênio vai atuar nas duplas ligações, onde irá surgir 
substâncias tóxicas. 
• Ração que possui >4% ( insaturados ) acabam sendo prejudiciais para as 
bactérias presentes no rúmen devido a toxidez. 
- Ácidos graxos essenciais: 
- OLEICO: C18 – 1 insaturação: C9 
- LINOLEICO: C18 – 2 instaturações: C9, C12 
- LINOLÊNICO: C18 – 3 insaturações: C9, 12, 15 
** são nutricionalmente essenciais – fornecido através da dieta 
- ARAQUIDÔNICO: C20 – 4 insaturações: conhecido como moderadamente essencial. 
Os ácidos graxos essenciais são importantes para manter a integridade da pele, não 
quebrar os pêlos, não ter inflamação, sistema imunológico, evitar imunomodulação, 
evitar necrose na pele, formação do colesterol. 
- O ácido linolênico pertence a família do ômega 3 
- O ácido linoleico pertence a família do ômega 6 
- O ácido oleico pertence a família do ômega 9 
- O ácido linolênico pode sofrer uma elongação e transformar em araquidônico. 
- Fontes de ácidos graxos essenciais: 
• Animais: Banha, óleo de peixe (fonte de ômega 3) 
• Vegetais: óleo de soja ( + utilizado)

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