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COLÉGIO PEDRO II – CAMPUS TIJUCA II DEPARTAMENTO DE FÍSICA COORDENADOR: PROFESSOR JOSÉ FERNANDO PROFESSORES: ROBSON / JULIEN / JOSÉ FERNANDO / THIAGO / BRUNO / RONALDO TERMOMETRIA – 1ª LISTA DE EXERCÍCIOS / REVISÃO 1 – C o lé g io P e d ro I I - C a m p u s T iju c a I I Termologia A Física apresenta algumas áreas que buscam re- unir diversos fenômenos. Uma dessas áreas estuda o conceito de energia. De uma maneira geral o es- tudo dos fenômenos físicos implica, para uma melhor compreensão, na segmentação de suas grandes áreas. Dessa forma, os fenômenos ligados a energia térmica são estudados pela termologia onde serão usados alguns termos, tais como: termometria, calor, dilatação, etc. Na realidade os fenômenos se apre- sentam de forma simultânea, mas, são separados para uma melhor compressão e apresentação didá- tica. Termometria O termo termometria refere-se ao estudo dos pro- cessos de medição da grandeza física temperatura. Tal grandeza procura determinar a energia térmica ou energia interna “armazenada” nos corpos e que se manifesta, por exemplo, no movimento ou vibração de átomos e/ou moléculas. Assim, podemos inferir que quanto maior for essa vibração maior será a energia interna e consequentemente a temperatura. Mas cuidado, se um corpo tem maior temperatura que outro, não significa necessariamente que sua energia interna também seja maior. Logo: Para os gases monoatômicos a energia térmica é a soma das energias cinéticas de translação de todas as suas moléculas; Para os gases poliatômicos a energia térmica será a soma das energias cinéticas de translação, ro- tação e das energias de vibração intermolecular, de todas as suas moléculas; Para os sólidos, o movimento térmico se restringe ao movimento de vibração em torno de posições de equilíbrio bem definidas, como se os átomos ou moléculas estivessem ligados entre si por meio de molas; Para os líquidos, o movimento térmico das molé- culas tem um comportamento intermediário ao dos sólidos e gases, sendo de natureza mais com- plexa, como postulou o físico russo Yakov Frenkel (1894-1952). A temperatura, dessa forma, mede o nível de agi- tação térmica interna de um corpo, essa medida é feita por comparação, pois avaliamos a variação que sofrem certas grandezas de uma substância, como comprimento, volume, pressão para podermos ava- liar a temperatura de um corpo. Decerta forma a ener- gia térmica está associada à energia cinética média molecular O instrumento utilizado para aferir a grandeza temperatura denomina-se termômetro. Equilíbrio térmico Se as propriedades termométricas de dois ou mais sistemas não variam no decorrer do tempo, quando em presença uns dos outros, dizemos que eles estão em equilíbrio térmico entre si. Podemos generalizar o conceito de equilíbrio térmico para mais de dois sistemas, por meio da chamada Lei zero da Termodinâmica. Considere três sistemas A, B e C. Suponha que, numa primeira experiência, tenha sido constatado o equilíbrio térmico entre A e C. Suponha ainda que, mantidas constantes as condições de C tenha sido constatado, numa segundo experiência, o equilíbrio térmico entre B e C. Podemos concluir en- tão que o sistema A está em equilíbrio térmico com B. A lei zero da Termodinâmica pode ser enunciada simplesmente da seguinte maneira: Dois sistemas em equilíbrio térmico com um terceiro estão em equi- líbrio térmico entre si. Calor Sistemas que não estão em equilíbrio térmico apresentam temperaturas diferentes. Nesse caso a energia térmica pode transferir-se de um corpo para outro. Essa energia térmica em trânsito é denomi- nada calor. Escalas termométricas A fixação de uma escala de temperaturas começa pela escolha do termômetro, isto é, de um sistema dotado de uma propriedade que varie regularmente com a temperatura. Por exemplo, a medida que au- menta a temperatura de um termômetro clínico ana- lógico, aumenta a altura da coluna de mercúrio em seu interior. Essa propriedade é chamada proprie- dade termométrica. A cada valor da propriedade ter- mométrica (altura) corresponderá um único valor da temperatura, isto é, a temperatura é uma função uní- voca da propriedade termométrica. Para as escalas termométricas usadas tradicionalmente, os sistemas universalmente escolhidos são: a) Sistema gelo–água sob pressão normal (1,0atm), cuja temperatura é aqui denominada ponto de fusão do gelo. b) Sistema água–vapor d’água sob pressão normal (1,0atm), cuja temperatura é aqui denominada ponto de ebulição da água. Essas temperaturas são também chamadas “pontos fixos fundamentais” e o intervalo entre elas recebe o nome de “intervalo fundamental” da es- cala. Portanto a escala termométrica passa a ser a sequência ordenada das temperaturas que defi- nem, em graus, todos os estados térmicos, ordena- dos dos mais frios aos mais quentes. As escalas estabelecidas atribuindo valores arbitrários aos pontos fixos são denominadas escalas termométri- cas relativas. COLÉGIO PEDRO II – CAMPUS TIJUCA II DEPARTAMENTO DE FÍSICA COORDENADOR: PROFESSOR JOSÉ FERNANDO PROFESSORES: ROBSON / JULIEN / JOSÉ FERNANDO / THIAGO / BRUNO / RONALDO TERMOMETRIA – 1ª LISTA DE EXERCÍCIOS / REVISÃO 2 – C o lé g io P e d ro I I - C a m p u s T iju c a I I Escalas relativas principais Escala Celsius unidade grau celsius (ºC) Os valores atribuídos, nessa escala, para o ponto de fusão do gelo e para o ponto de ebulição da água são respectivamente, 0 e 100. O intervalo é dividido em 100 partes iguais, cada uma das quais constitui o grau celsius: Ponto de fusão do gelo: Tgelo = 0ºC; Ponto de ebulição da água: Tebulição = 100ºC. Define-se o grau Celsius como sendo a variação de temperatura que acarreta na propriedade termo- métrica (X) uma variação igual a 1/100 da variação que sofre esta propriedade quando o termômetro é levado do ponto de gelo ao ponto de ebulição (inter- valo fundamental). Escala Fahrenheit unidade grau fahrenheit (ºF) Os valores atribuídos, nessa escala, para o ponto de fusão do gelo e para o ponto de ebulição da água são respectivamente, 32 e 212. O intervalo é dividido em 180 partes, cada uma das quais constitui o grau fahrenheit (ºF). Ponto de fusão do gelo: Tgelo = 32ºF Ponto de ebulição da água: Tebulição = 212ºF Relação entre escalas relativas Para certo estado térmico, observe que a coluna apresenta altura h no termômetro para a qual corres- pondemos às temperaturas TC (Celsius) e TF (Fahre- nheit). Logo, podemos escrever: a b = TC 0 100 0 = TF 32 212 32 Assim: TC 5 = TF 32 9 Variação nas escalas relativas A relação entre as variações de temperatura na escala Celsius (ΔTC) e a na escala Fahrenheit (ΔTF) pode ser obtida comparando os segmentos definidos na haste de um termômetro de mercúrio graduado nas duas escalas: Logo, podemos escrever: a b = ∆TC 100 0 = ∆TF 212 32 Assim: ∆TC 5 = ∆TF 9 Escala absoluta Kelvin É possível demonstrar que existe um limite infe- rior, ainda que inalcançável de temperatura, ou seja, há um estado térmico mais frio que qualquer outro. Essa situação corresponde a uma quantidade mí- nima de energia para manter as ligações molecula- res, o chamado movimento de agitação térmica de todos átomos e moléculas do sistema. A esse estado térmico dá-se o nome de zero absoluto. Embora seja inatingível na prática, foi possível, através de condi- ções teóricas, chegar-se à conclusão de que o zero absoluto corresponde,nas escalas relativas usuais, a TC = –273,16ºC e TF = – 459,67ºF. Logo, podemos escrever: a b = TC 0 100 0 = TK 273 373 273 Assim: TC = TK – 273 e C = K COLÉGIO PEDRO II – CAMPUS TIJUCA II DEPARTAMENTO DE FÍSICA COORDENADOR: PROFESSOR JOSÉ FERNANDO PROFESSORES: ROBSON / JULIEN / JOSÉ FERNANDO / THIAGO / BRUNO / RONALDO TERMOMETRIA – 1ª LISTA DE EXERCÍCIOS / REVISÃO 3 – C o lé g io P e d ro I I - C a m p u s T iju c a I I Exercícios 1ª Questão Podemos caracterizar uma escala absoluta de temperatura quando: (A) dividimos a escala em 100 partes iguais. (B) associamos o zero da escala ao estado de ener- gia cinética mínima das partículas de um sistema. (C) associamos o zero da escala ao estado de ener- gia cinética máxima das partículas de um sistema. (D) associamos o zero da escala ao ponto de fusão do gelo. (E) associamos o valor 100 da escala ao ponto de ebulição da água. 2ª Questão Três afirmações são feitas a respeito de tempera- tura: I. Zero absoluto equivale à temperatura em que ocorre o congelamento da água. II. Podemos obter água a - 350 ºC. III. Quando um corpo tem sua temperatura variando 50 ºC pode-se dizer que, se a escala fosse a Kel- vin, a variação de temperatura, numericamente, seria a mesma. (A) apenas I é falsa. (B) apenas II é falsa. (C) apenas III é falsa. (D) apenas III é verdadeira (E) as três afirmações são falsas. 3ª Questão A superfície gelada do pequeno Plutão é com- posta por nitrogênio, metano e traços de monóxido de carbono. A temperatura do planeta anão varia ao longo de sua órbita porque, no decorrer de sua traje- tória, aproxima-se do Sol até 30UA e afasta-se até 50UA. Existe uma tênue atmosfera que congela e cai sobre o planeta anão quando este se afasta do Sol. Sendo assim, dependendo da sua posição em rela- ção ao Sol, a temperatura sobre a superfície do pla- neta anão varia de – 230ºC a – 210ºC. Pode-se afir- mar que: (UA = Unidade Astronômica) (A) essas temperaturas não são lidas num termôme- tro graduado na escala Kelvin, pois a menor tem- peratura nesse termômetro é 0K. (B) não se medem essas temperaturas num termô- metro graduado na escala Celsius, pois sua es- cala varia de 0ºC a 100ºC. (C) se medem essas temperaturas com termômetros graduados na escala Celsius, pois é o único que mede temperaturas abaixo de zero. (D) na escala Fahrenheit, o módulo da variação da temperatura sobre a superfície do pequeno Plutão corresponde a 36ºF. (E) na escala Fahrenheit, o módulo da variação da temperatura sobre a superfície do pequeno Plutão corresponde a 20ºF. 4ª Questão Em nosso cotidiano, utilizamos as palavras “calor” e “temperatura” de forma diferente de como elas são usadas no meio científico. Na linguagem corrente, calor é identificado como “algo quente” e temperatura mede a “quantidade de calor de um corpo”. Esses significados, no entanto, não conseguem explicar di- versas situações que podem ser verificadas na prá- tica. Do ponto de vista científico, que situação prática mostra a limitação dos conceitos corriqueiros de calor e temperatura? (A) a temperatura da água pode ficar constante du- rante o tempo que estiver fervendo. (B) uma mãe coloca a mão na água da banheira do bebê para verificar a temperatura da água. (C) a chama de um fogão pode ser usada para au- mentar a temperatura da água em uma panela. (D) a água quente que está em uma caneca é pas- sada para outra caneca a fim de diminuir sua tem- peratura; (E) um forno pode fornecer calor para uma vasilha de água em seu interior com menor temperatura do que a dele. 5ª Questão Analise as proposições e indique a falsa. (A) o somatório de toda a energia de agitação das partículas de um corpo é a energia térmica desse corpo. (B) dois corpos atingem o equilíbrio térmico quando suas temperaturas se tornam iguais. (C) a energia térmica de um corpo é função da sua temperatura. (D) somente podemos chamar de calor a energia tér- mica em trânsito; assim, não podemos afirmar que um corpo contém calor. (E) a quantidade de calor que um corpo contém de- pende de sua temperatura e do número de partí- culas nele existentes. COLÉGIO PEDRO II – CAMPUS TIJUCA II DEPARTAMENTO DE FÍSICA COORDENADOR: PROFESSOR JOSÉ FERNANDO PROFESSORES: ROBSON / JULIEN / JOSÉ FERNANDO / THIAGO / BRUNO / RONALDO TERMOMETRIA – 1ª LISTA DE EXERCÍCIOS / REVISÃO 4 – C o lé g io P e d ro I I - C a m p u s T iju c a I I 6ª Questão Quando uma enfermeira coloca um termômetro clínico de mercúrio sob a língua de um paciente, por exemplo, ela sempre aguarda algum tempo antes de fazer a sua leitura. Esse intervalo de tempo é neces- sário: (A) para que o termômetro entre em equilíbrio térmico com o corpo do paciente. (B) para que o mercúrio, que é muito pesado, possa subir pelo tubo capilar. (C) para que o mercúrio passe pelo estrangulamento do tubo capilar. (D) devido à diferença entre os valores do calor es- pecífico do mercúrio e do corpo humano. (E) porque o coeficiente de dilatação do vidro é dife- rente do coeficiente de dilatação do mercúrio. 7ª Questão Para gra- duar um termôme- tro, um estudante coloca–o em equilí- brio térmico, pri- meiro com gelo fundente e, depois, com água em ebu- lição, tudo sob pressão atmosférica normal. Sendo: tg = temperatura do gelo; ta = temperatura ambiente; tv = temperatura de ebulição. A altura atingida pela altura da coluna de mercúrio medida a partir do centro do bulbo vale 5,0cm na primeira situação e 25,0cm na segunda. Quando o termômetro entra em equilíbrio térmico com o ar ambiente do laboratório, a altura da coluna mede 10,0cm. Determine a temperatura do laborató- rio na escala Celsius. 8ª Questão Em uma escala termométrica, que chamaremos de escala médica, o grau é chamado de grau médico e é representado por ºM. A escala médica é definida por dois procedimentos básicos: no primeiro faz–se corresponder 0ºM a 36ºC e 100ºM a 44ºC; no se- gundo, obtém–se uma unidade de ºM pela divisão 0ºM a 100ºM em cem partes iguais. (A) calcule a variação, em graus médicos, que cor- responde à variação de 1,0ºC. (B) calcule, em graus médicos, a temperatura de um paciente que apresenta uma febre de 40ºC. 9ª Questão Ao medir a temperatura de um gás, verificou–se que a leitura era a mesma, tanto na escala Celsius como na escala Fahrenheit. Qual era essa tempera- tura? 10ª Questão A tabela representa o resultado de duas leituras feitas em um medidor de temperatura que relaciona a temperatura com a altura da coluna de mercúrio. Leitura Temperatura Altura 1ª 20 unidades 10cm 2ª 100 unidades 30cm Determine: (A) A equação termométrica desse medidor; (B) A temperatura quando a altura da coluna é 18cm.
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