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UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERP
CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
PEDAGOGIA - LICENCIATURA
	
		
O PAPEL DA ARTE NO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO 
	
NOME: Ana Carla de Andrade Sousa RA: 8520912920 
NOME: Andreia Leite da Silva	 RA: 8526847794
NOME: Cristine Maria dos Santos Barbosa	RA: 8529931347
NOME: Lilian Lourenço dos Santos 	 RA: 8379839034
NOME: Maria das Dores dos Ramos 	 RA: 8432211038
Tutora: Cinthia Muniz Ribeiro dos Reis.
Tutora: Silvana Roque.
O PAPEL DA ARTE NO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO
RESUMO: O presente artigo visa analisar arte como um importante instrumento educativo, porém a arte na educação tem um passado recente, assim esse projeto de pesquisa delimitou-se a colher informações sobre a importância da arte no processo de alfabetização nas séries iniciais do ensino fundamental, a partir das ideias de autores como Ana Mãe Barbosa, levando em consideração o papel do professor e as recentes alterações na LDB 9.394/96.
PALAVRAS-CHAVES: Arte – Alfabetização – Educação 
INTRODUÇÃO
A arte tem um poder expressivo de representar ideias por meio de linguagens particulares. Proporciona ao ser humano um desenvolvimento integral, pois muito antes de ler e escrever, o homem se comunicava por meio de desenhos e pinturas que realizava em paredes de pedras no interior de cavernas. Sabemos que ler é muito mais que memorizar signos linguísticos e palavras, a aprendizagem se da por meio da reflexão, pensamentos, sentimentos sensações. Desta forma a disciplina de Artes é a única que, verdadeiramente, se concentra no desenvolvimento de experiências sensoriais tornando a criança apta a construir suas relações com o mundo de forma particular, de tornar a aprendizagem significativa, de atribuir significado ao que lê e ao que se escreve. 
Portanto é fundamental que o professor se conscientize do papel que desempenha no processo de ensino e aprendizagem e faça da arte uma ferramenta eficaz no processo de alfabetização. Assim a escolha do tema justifica-se pela importância que a arte tem na vida do educando e do educador, nessa perspectiva surge o seguinte questionamento: se a arte proporciona à criança um desenvolvimento integral e está presente em seu cotidiano, o que impede o professor das séries iniciais do ensino fundamental a utilizar-se da arte como uma ferramenta no processo de alfabetização? 
CONCEITO DE ALFABETIZAÇÃO
Entende-se por alfabetização o processo pelo qual se adquire o domínio de um sistema linguístico e das habilidades de utilizá-lo para ler e escrever, ou seja, o domínio das ferramentas e o conjunto de técnicas necessárias para exercer a arte e a ciência da escrita e da leitura.
Tão importante quanto conhecer o funcionamento do sistema de escrita é poder se engajar em práticas sociais letradas. Assim, enquanto a alfabetização se ocupa da aquisição da escrita, o letramento se preocupa com a função social do ler e do escrever.
A expressão letramento apareceu ao lado da alfabetização por se considerar o domínio mecânico da leitura e da escrita insuficiente na sociedade atual. Tornou-se objetivo de a escola introduzir os alunos nas práticas sociais de leitura e escrita, pois deixou de ser satisfatório em sua formação o desenvolvimento específico da habilidade de codificar e decodificar a escrita. Com as constantes mudanças sociais e a geração de novos conhecimentos, a palavra “letramento” vem com objetivo de ampliar o ato de alfabetizar, de inserir no ato educativo um sentido social de aprender a ler e a escrever. Diante dessa ampliação, o processo de alfabetizar está além de ensinar habilidades de codificação e decodificação do sistema alfabético, abrange o domínio dos conhecimentos que permitem o uso dessas habilidades nas práticas sociais. O letramento começa muito antes de a criança pegar um lápis ou conhecer as letras e as formas de escrever. A partir de suas vivências cotidianas com a família, com a sociedade, participam de tal prática de maneira intensa, através de situações diversificadas e no contato com materiais diversos. 
Segundo Magda Soares, a Alfabetização se faz pelo domínio de uma técnica: grafar e conhecer letras, usar o papel, entender a direcionalidade da escrita, pegar no lápis, codificar, estabelecer relações entre sons e letras, de fonemas e grafemas; a criança perceber unidades menores que compõem o sistema de escrita (palavras, sílabas, letras). Letramento é a utilização desta tecnologia em práticas sociais de leitura e escrita.
ARTE CONCEITO E DEFINIÇÕES
Ao analisarmos o contexto histórico da arte observamos que a mesma está presente na vida do homem desde a pré-história, nesse sentido a pintura rupestre constitui as primeiras manifestações artística do ser humano e relaciona à cultura dos mais variados povos ilustrando as mais diversas situações sociais. É importante enfatizar a arte possui uma intima relação com o homem, pois ao analisamos a evolução do homem observaremos também à evolução da arte.
Pensando de forma mais profunda na relação arte e homem podemos mencionar que a arte possui um efeito profundo nos mais diversos aspecto da psicologia humana, não só sobre a imaginação e os sentidos mais também sobre o pensamento e a vontade proporcionando um desenvolvimento integral da consciência e da autoconsciência, na educação moral e na formação da concepção moral, Fisher tem uma visão interessante sobre que seria a função da arte: “a função essencial da arte para a classe destinada a transformar o mundo não é a de fazer mágica e sim esclarecer e incitar à ação...” (Fischer, 1974, p).
A arte pode ser vista como técnica, lazer, processo intuitivo, genialidade, comunicação e expressão, com isso pode-se observar que a arte possui diversos conceitos.
As definições mais conhecidas da arte, recorrentes na história do pensamento podem ser reduzidas a três: ora a arte é concebida como um fazer, ora como não conhecer, ora como um exprimir. Essas diversas ora se contrapõe e se exclui umas às outras, ora , pelo contrário, aliam-se e se combinam de várias maneiras. Mas permanecem em definitivo as principais definições da arte. (PAREYSON, 1989 P. 29)
PAPEL DO PROFESSOR NO ENSINO DA ARTE
No encontro que se faz entre cultura e a criança situa-se o educador cujo, trabalho será o de intermediar os conhecimentos existentes e oferecer condições para novos estudos. Ferraz &Fusari (1993, P.49). Neste sentido professor desempenha um papel de grande importância e responsabilidade no aprender do educando, por isso o educador deve conscientizar-se que tudo o que é observado pela criança no seu dia a dia pode ser um instrumento muito útil para o aprendizado, pois a arte, estando sempre se transformando, vai crescendo e possibilitando a valorização da produção e transmissão de toda uma gama de conhecimentos, quando o educador oferece as crianças nas series iniciais do ensino fundamental formas de liberar a imaginação e a criatividade por meio de experiência na pintura, na música, na modelagem, na dramatização e na dança, estimular seu senso crítico e conduzindo a diferentes formas de se visualizar o mundo.
‘’O papel do professor é importante para que os alunos aprendam a fazer arte e a gostar dela ao longo da vida. Tal gosto por aprender nascer também da qualidade da mediação que os professores realizam entre os aprendizes e a arte. Tal ação envolve aspetos cognitivos e afetivos que passam pela relação professores/aluno e aluno/aluno estendendo-se a todos os tipos de relações que se articularam no ambiente escolar. ” (IA VEBERG, 2010, p. 10)
Portanto o educador que se dispõe a utilizar-se da arte como uma ferramenta de ensino e aprendizado precisa conscientizar-se que o papel do professor é instigar no educando a curiosidade de modo que o mesmo possa ser capaz deidentificar a posição que sua comunidade ocupa em diferentes contextos, de formar cidadãos críticos, capazes de interagir com as mais variadas manifestações culturais e de expor suas próprias ideias de forma objetiva.
A educação em arte propicia o desenvolvimento do pensamento artístico, que caracteriza um modo particular de dar sentido às experiências das pessoas: por meio dele, o aluno amplia a sensibilidade, a percepção, a reflexão e a imaginação. Aprender arte envolve, basicamente, fazer trabalhos artísticos, apreciar e refletir sobre eles. Envolve, também, conhecer, apreciar e refletir sobre as formas da natureza e sobre as produções artísticas individuais e coletivas de distintas culturas e épocas. (PCNs, 1997 p. 15)
DESENHO PRIMEIRA FORMA DE REPRESENTAÇÃO ARTÍSTICAS DA ESCRITA
O homem pré-histórico utilizou-se dos desenhos nas paredes das cavernas para expressar-se, e através dos mesmos é possível compreender seu modo de viver e a maneira como o conhecimento era transmitido de geração a geração. Esses desenhos foram aperfeiçoando-se cada vez mais. O desenho assumiu diferente papeis em cada sociedade. Sempre deixou registros gráficos, índices de sua existência, comunicados íntimos destinados à posterioridade, sempre foi significativo à civilização e contribuiu no desenvolvimento da linguagem das civilizações antigas e o nascimento da escrita. Como para os povos primitivos, para as crianças o desenho também é uma forma de expressão onde manifestam seus sentimentos, alegrias, tristezas, fantasias, entre outros. Aos poucos a criança vai percebendo que o que ela vê, sente e aprecia ou não no mundo exterior pode ser representado. De acordo com Moreira (2009 p. 26) ao desenhar a criança pode utilizar-se de diferentes linguagens como o brincar, falar, cantar dentre outras formas de expressão. Conforme a criança vai crescendo seus desenhos vão modificando-se também e as maneiras de desenhar não são idênticas em todas as crianças, levando em consideração a influência biológica, social, econômica e cultural das mesmas, além de suas características individuais. 
O desenho é uma das formas humanas de representação do pensamento. Desenhando a criança pode apresentar de que forma vê o mundo, de que maneira esse processo acontece e até mesmo indicar as dificuldades na área da cognição. Também é uma das manifestações do desenvolvimento da criança ao lado da afetividade, pensamento e motricidade. Entender como a criança desenha permite entender seu desenvolvimento global. Muitos autores acreditam que ao passar pelos estágios de evolução do desenho, a criança desenvolve a escrita, já que vai percebendo que pode “desenhar” a fala. Partindo desse pressuposto Wallon (apud, SINCLAIR, 1987, p.77) afirma que o “desenho aparece espontaneamente; seu desenvolvimento baseia-se na interpretação que a criança dá as próprias garatujas. A escrita aparece como uma imitação das atividades do adulto”. Dessa forma, ressaltamos que o desenho e a escrita, apesar de parecerem distintas, são duas linguagens que interagem e muitas vezes se complementam. Acredita-se que o desenho é a primeira escrita da criança, pois ela utiliza dessa linguagem para inventar mensagens e se comunicar com o mundo adulto do seu jeito. Observamos que no decorrer de cada estágio do desenho infantil, a criança evolui graficamente, adquirindo maior capacidade de representar seres humanos, figuras geométricas, entre outros. Chega um momento que as letras se misturam aos desenhos da criança que elabora diferentes representações gráficas até chegar à escrita alfabética. Através do desenho a criança terá acesso a outras formas de linguagens expressivas presentes no seu cotidiano, assim como a escrita. 
Para Emília Ferreiro e Ana Teberosky (1999), assim como as antigas civilizações que “escreviam” para representar objetos, as crianças associam o significante ao significado e ao escrever produzem traços sobre o papel e criam hipóteses sobre o significado da representação gráfica. Em seus estudos sobre aquisição da linguagem e escrita Emília Ferreiro e Ana Teberosky (1999) concluíram que havia níveis no desenvolvimento dessa aquisição, são eles: pré-silábico, silábico, silábico-alfabético e alfabético. Durante o nível pré-silábico a criança “pensa que letras e números são a mesma coisa, pois são sinais gráficos muito parecidos para ela” (PILLAR, 1996, p.59); acredita que escrever é imitar os traços de um adulto e ainda que passe a traçar algumas letras, sua escrita ainda não transmite informação. Inicialmente a criança pensa que é possível ler diferentes nomes a partir da mesma grafia e aos poucos muda essa hipótese variando seu repertório de letras. Nesse nível surge também o que Emilia Ferreiro e Ana Teberosky chamaram de eixo quantitativo da escrita, onde a criança acredita que o número mínimo de letras para escrever uma palavra é três. Como para nós, adultos e leitores, é difícil entender esse raciocínio nas crianças, as autoras chamam a atenção para que o processo de alfabetização seja visto do ponto de vista de quem aprende e não do de quem ensina. No nível silábico a criança considera que a escrita representa partes sonoras da fala, cada letra que ela escreve representa uma sílaba. Inicialmente as letras são escolhidas aleatoriamente para só depois terem correspondência sonora com letras que compõem a sílaba. ‘' Próximo nível silábico-alfabético a criança descobre a necessidade de fazer uma análise que vá além da sílaba, comprovando que uma grafia para cada sílaba não é suficiente para representar as palavras, pois, escrevendo silabicamente, os outros não conseguem ler o que foi escrito” (PILLAR, 1996, p.67). Vai abandonando essa forma de representação o da escrita oscilando muito durante esse nível. Outra característica importante deste nível é que a criança escreve as palavras do jeito que fala, ou seja, o valor sonoro está muito presente neste momento. No último nível, alfabético, a criança abandona a análise silábica na construção de palavras e estabelece uma correspondência entre grafemas e fonemas. O processo de aquisição da língua escrita é contínuo e passa por constantes evoluções, assim como o próprio desenho infantil, que representam o momento de desenvolvimento em que a criança se encontra. O desenho é a primeira escrita da criança, a primeira representação gráfica. Assim o desenho é essencial na vida de qualquer criança, pois é a ponte para instigar a sua imaginação e permite que ela conheça as regras e práticas adotadas na sociedade em que vive”. Através do desenho a criança consegue revelar sua intimidade que muitas vezes não consegue traduzir na linguagem falada. Percebe-se que as práticas pedagógicas não incorporam, no dia a dia escolar, a importância do desenho e sua relação no desenvolvimento da escrita. O desenho fica sem espaço diante de uma variedade de prioridades.
 As propostas pedagógicas não podem resumir-se apenas ao treino de habilidades motoras e pintura em ilustrações ou a atividades livres sem nenhum tipo de intervenção. Em muitos casos, as atividades de alfabetização são em maioria exercícios repetitivos e de memorização de letras e sílabas, que não ensinam a ler e escrever e criam uma desmotivação no aluno que já não tem tempo de desenhar. A entrada antecipada das no ensino fundamental acabou sendo uma exigência antecipada da alfabetização, que gerou um preenchimento de todo o tempo da criança com atividades que não valorizam as diferentes formas de expressão, mas sim a alfabetização em si. Não se trata de desvalorizar a aprendizagem da língua escrita, mas sim de atribuir a devida importância ao desenho, e a manifestação artística nessa etapa da vida das crianças. Cabe então à Escola, aproveitar as formas de expressão, como o desenho.
 Para Vygotsky por ser um meio de expressão, o desenho é uma linguagem necessária para a aquisição da escrita na alfabetização. Por isso, as crianças introduzidas naturalmente nesse processo, assimilam com mais facilidade a relação existente entre o desenho e a escrita. É necessáriopensar no desenho infantil não só como uma forma de expressão, mas como uma linguagem que servirá de base para o desenvolvimento gráfico da criança. O sistema educacional que reconhecer o desenho infantil como linguagem integrante do processo de aquisição da escrita contribuirá para que a criança possa construir as suas hipóteses e desenvolver a sua capacidade intelectiva e projetiva.
 O desenho é uma forma de representação muito importante para a criança e deve ser explorado independentemente da etapa ou ano escolar. O desenho é a primeira escrita da criança e servirá como alicerce para a mesma, além de ser uma forma de expressão, e expressar-se é uma necessidade humana. Não significa priorizar o desenho ou a escrita, mas sim compreender que apesar de serem linguagens distintas, elas se complementam e são fundamentais para alfabetização da criança que acontece pela interação de diferentes linguagens e formas de expressão. A alfabetização deve acontecer de forma contextualizada a realidade vivida pela criança, respeitando suas características, seus desejos, brincadeiras, seu jeito de aprender.Cabe ao professor conhecer as fases do desenho infantil e suas relações com o desenvolvimento da escrita a fim de oferecer aos alunos aulas que contribuam tanto para o desenvolvimento artístico quanto para aquisição da escrita.
O PAPEL DA ARTE NO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO
Para que se promova uma alfabetização de qualidade de uma criança nas series inicias do ensino fundamental e necessário que a mesma interaja com outras pessoas, e tenha contato com diferentes gêneros textuais, para que desta forma possa desenvolver a capacidade de questionar e analisar de forma racional e inteligente buscando a verdade, questionando e refletindo profundamente sobre cada assunto.
A necessidade da alfabetização visual vem confirmando a importância do papel da arte na Escola. A leitura do discurso visual, que não se resume apenas a análise de forma, cor, equilíbrio, movimento, ritmo, mas principalmente é concentrada na significação que esses atributos, em diferentes contextos, conferem a imagem é um imperativo de contemporaneidade. Os modos de recepção da obra de Arte e da imagem ao ampliarem o significado da própria obra a ela se incorporam (BARBOSA, 2003, p.18)
 Nesta perspectiva a autora Ana Mãe Barbosa percussora da arte-educação afirma que “não se alfabetiza fazendo apenas juntarem as letras. Há uma alfabetização cultural sem a qual a letra pouco significa” (BARBOSA, 1991, p.27-28), assim como, para Paulo Freire, “a leitura de um texto, tomado como pura descrição de um objeto e feito sentido de memorizá-la, nem é real a leitura, nem dela, portanto, resulta o conhecimento do objeto de que o texto fala” (FREIRE, 1993, p.17). Ana Mãe acrescenta ainda que “a arte plástica também desenvolve a discriminação visual que é especial no processo de alfabetização: aprende-se a palavra visualizando’’, visto que a representação plástica visual muita ajuda na comunicação verbal” (BARBOSA, 1991 p.31-32).
Neste contexto podemos observar que todas as formas de atividades artísticas exigem tanto a educação dos sentidos como o desenvolvimento de capacidades de percepção muito complexas, por exemplo, o poder de observação faz surgir a imaginação como uma criação de novas formas e efeitos.
Conforme Barbosa, "não se alfabetiza fazendo apenas as crianças juntarem as letras. Há uma alfabetização cultural sem a qual a letra pouco significa. A leitura social, cultural e estética do meio ambiente vai dar sentido ao mundo da leitura verbal". Nesse contexto, é imprescindível um trabalho efetivo entre a alfabetização e a arte, a fim de contribuir nos processos do ensino e da aprendizagem.
Portanto a arte não se resume apenas em imaginação e observação, más também conhecimento emotivo do mundo e é isso que determina a formação da percepção é um processo ativo, que incorpora momentos motores, experiências emotivas, atividade imaginativa e operações de pensamento.
ARTE NA INFÂNCIA, POSTURA E AS DIFICULDADES DO PROFESSOR
O ensino de Artes é componente curricular obrigatório desde a Educação Infantil até o Ensino Médio e seu ensino está garantido na Lei 9.394, de 20 de dezembro de 1996, determinado no artigo 26, § 2º, dispõe que “O ensino da constituirá componente curricular obrigatório, de forma a promover o desenvolvimento cultural nos diversos níveis da educação básica”.
Na infância a arte propicia a criança a dar início à coordenação das expressões partindo da composição do seu mundo, por meio da percepção. Neste sentido o papel professor das series iniciais vai muito além transmitir conteúdo, o professor tem que interagir como o aluno em suas aulas de forma deixa-las atrativa de forma a desperta a curiosidade no educando proporcionando uma aprendizagem significativa que possa levar para toda a vida.
Quando o Educador se propõe a utilizar a arte como uma ferramenta no processor de ensino e aprendizagem deve ter a consciência de que as aulas precisar consideradas como um espaço onde as crianças exercitam suas potencialidades perceptivas, imaginativas e fantasiosas. Sendo assim o educador 
“O papel do professor é importante para que os alunos aprendam a fazer arte e a gostar dela ao longo da vida. Tal gosto por aprender nasce também da qualidade da mediação que os professores realizam entre os aprendizes e a arte. Tal ação envolve aspectos cognitivos e afetivos que passam pela relação professor/aluno e aluno/aluno, estendendo-se a todos os tipos de relações que se articulam no ambiente escolar. ” (IAVELBERG, 2010, p. 10)
Entretanto ainda existem resistências por parte de alguns educadores quanto ao uso da arte como uma ferramenta no processo de ensino e aprendizagem, isso se deve ao fato de que, a disciplina de arte ainda é desvalorizada quando comparada a outras, pois a formação de professores de artes é atípica, diferente de outras licenciaturas, uma vez que ela só foi considerada realmente uma disciplina no currículo escolar com a designação na LDB de 96. Desta forma observamos que as dificuldades para o não uso da arte como uma ferramenta no processo de alfabetização surgem da falta de capacitação dos educadores, pois sem um reconhecimento efetivo o não tem um real interesse de aprofundar na contribuição que a arte pode oferecer no processo de ensino e aprendizagem.
CONCLUSÃO
Em virtude dos fatos mencionados podemos concluir que o conceito de alfabetização sofreu expressivas alterações ao longo das últimas décadas, o que antes consistia apenas em domínio de código escrito, hoje não atende mais o paradigma emergente na educação e as grandes transformações sociais. Nesta perspectiva a arte surge como uma importante ferramenta processo de alfabetização, no sentido de devemos que ter um ensinamento que nos leve a compreender a crítica como uma fonte de instrução e a percepção um acontecimento diário fruto da observação constante de tudo o que nos rodeia.
Observa se também que quando uma criança tem a oportunidade de conhecer e ser estimulada por meio da arte, o seu desenvolvimento torna-se integral, ou seja, a arte proporciona o desenvolvimento de atitudes essências para que o indivíduo se torna um cidadão crítico e criativo.
 Por tanto a compreensão das fases do desenvolvimento da criança, mostrar para os educadores envolvidos com a fase de alfabetização que o desenho não é perda de tempo no processo de aquisição da escrita e sim um complemento, algo que deve estar atrelado a esse momento tão importante na vida da criança.
A desvalorização da disciplina de arte é um fato real e atual, pois ainda é vista como uma aula para o momento de repouso, após aulas de outras disciplinas, para que esse conceito seja mudado é necessário que o educador reconheça a importância da arte no processo de ensino aprendizagem.
Em fim podemos concluir que a criança não pode chegar ao estágio de desenvolvimentosem uma ajuda externa, e é neste contexto que o educador surge como o facilitador, mediador que conduzira a criança para uma aprendizagem significativa por meio da arte.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BARBOSA, Ana Mãe. A compreensão e o prazer da arte. Apreciar e interpretar. SESC, São Paulo 96.
BARBOSA, Ana Mãe Jhon Dewey e o ensino de arte no Brasil
BARBOSA, Ana Mãe (Org.) Inquietações e mudanças no ensino da arte. 2 ed. São Paulo: Cortez
FERREIRO, EMILIA; TEBEROSKY, ANA. Psicogênese da língua escrita. Porto alegre: editora artmed, 1999. 
file:///C:/Users/Ana/Downloads/1276-4096-1-PB.pdf
Http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/livro06.pdf
http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/cadernospde/pdebusca/producoes_pde/2013/2013_utfpr_port_pdp_siumara_elias_antunes.pdf
http://www.ufpa.br/campusmaraba/index/cache/publicacoes/alexandre_faced_6.PDF
http://www.unisalesiano.edu.br/simposio2015/publicado/artigo0100.pdf
https://novaescola.org.br/conteudo/982/entrevista-com-carlos-roberto-jamil-cury
LOWENFELD, VIKTOR; BRITTAIN, W. LAMBERT. Desenvolvimento da capacidade criadora. São Paulo, editora mestre jou, 1977. 
PAREYSON, Luigi. Os problemas de Estética – São Paulo: Martins Fontes 1989.
OSASCO
2017
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