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aula_de_parasitologia

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Princípios de Parasitismo
Introdução à Helmintologia
Dra. Maria de Nazaré Tavares da Silva
2014
ECOSISTEMA
SISTEMÁTICA
ARTIOZOÁRIOS – apresentam um plano de simetria (ex.: homem)
FITOZOÁRIOS – apresentam um eixo de simetria
SISTEMÁTICA
Helmintas – originalmente utilizado para referir os vermes intestinais. Usualmente inclui, as espécies livres e parasitas dos filos dos Nematelmintas e dos Platelmintas
Helmintoses – responsáveis por inúmeras doenças sendo algumas muito graves.
	Áscaris – cerca de 50%
	Ancilostomas – cerca de 40%
	Schistosomas → 200 milhões de indivíduos
	Fascíolas
	Ténias
	Équinococos
	Filárias – oncocerca, loa loa, etc.
	Estrongilóides
SISTEMÁTICA dos PLATELMINTAS
Tipo – artiozoários de corpo achatado com a cavidade geral (celoma) obliterada por um parenquima conjuntivo e desprovido de aparelhos circulatório e respiratório. Hermafroditas e na sua maioria parasitas.
Classe dos:
			Turbelários
			Tremátodos
			Céstodos  Ténias
SISTEMÁTICA dos NEMATELMINTAS
Tipo – quitinoforos de corpo alongado, adelgaçado nas extremidades. Cavidade geral espaçosa. Aparelhos circulatório e respiratório nulos. Sexos em geral separados. 
Classe dos:
			Nemátodos  Áscaris
			Nematomorfos
			Acantocéfalos
Impacto das Parasitoses
Malária
500 milhões de casos agudos / ano
1.5 milhões mortes / ano
Em risco: 40% da população mundial, em mais de 90 países.
Maior parte das mortes em crianças (Taxa actual de mortalidade 35,000 crianças /semana
20 milhões de turistas / ano em risco.
Impacto II
Primeira causa de morbilidade em Países em Desenvolvimento, juntamente com:
Doença respiratória aguda (causas múltiplas)
Diarreia (causas múltiplas, TB, HIV
mata 4X mais pessoas por ano que o HIV
o orçamento mundial para investigação é 15x inferior
Impacto veterinário difícil de avaliar
Milhões em antibióticos, vacinas e outras medidas profilácticas
Áreas inteiras não utilizáveis devido aos parasitas
Ex.: na maior parte da África subsahariana não há cultura intensiva de gado por causa da TB.
Helmintas
Nemátodos
Infectados 800 milhões
Taxa de mortalidade 60.000/ano
+ atraso mental de crescimento, anemia crónica em crianças.
Ascaridíase
1 bilião de infecções
20.000 mortes /ano
Onchocerca volvulus
Cegueira dos rios
30 milhões de infectados (morte rara)
1 milhão com déficit grave → 350.000 cegos.
Schistosoma species
200 milhões infectados
Doença hepatoesplénica severa < 10 %
1 Milhão de mortes / ano
Conceitos básicos
Comensalismo
Associação entre espécies sem benefício ou prejuízo para qualquer dos parceiros
Simbiose
Ambos beneficiam e pode ser essencial para uma ou ambas as espécies
Parasitismo
Apenas um dos parceiros beneficia (parasita).
O outro parceiro (hospedeiro) pode ou não ser prejudicado, causando doença ou infecção ou infestação. 
Definições
Parasita
Organismo que vive dentro ou sobre outro organismo de quem retira nutrientes
O “dano” provocado é muitas vezes difícil de avaliar
Parasitismo
Associação entre populações de duas espécies em que o mais pequeno (parasita) é fisiologicamente dependente do maior (hospedeiro)
Definições
Hospedeiro definitivo
Aquele no qual o parasita tem a sua forma adulta ou vida reprodutiva (reprodução sexuada)
Hospedeiro Intermediário
Aquele em que o parasita vive em estado larvar (reprodução assexuada)
Reservatório
População de hospedeiros nos quais o parasita vive, multiplica e perpétua.
Zoonose
Parasitose por parasitas normalmente encontrados em animais e ocasional-mente transmitidos ao homem.
Classificação de Parasitas
OBRIGATÓRIOS
Não sobrevivem fora do hospedeiro
Ex.: Enterobius vermicularis (helminta), alguns protozoários, vírus
FACULTATIVOS
Livres, mas em contacto com o hospedeiro evoluem.
Ex.: fungos
Casos especiais
ACIDENTAIS
Podem causar danos
Ex: ingestão acidental de larvas de moscas.
PSEUDOPARASITAS
Não causam danos ao hospedeiro. Podem ser detectados em exame coproparasitológico
Ex: alguns quistos de protozoários
Classificação quanto ao tipo
FITOPARASITAS
bactérias, fungos
ZOOPARASITAS
artrópodes, helmintas e protozoários
Contacto com o homem
PERMANENTE
Constantemente em contacto com o hospedeiro
Ex: Ascaris lumbricoides, Enterobius vermicularis
PERIÓDICOS
Parte de seu ciclo é de vida livre e parte é dentro do hospedeiro
Ex: Necator americanus e Ancylostoma duodenale (vida livre: larva / dentro do hosp.: adulto)
TEMPORÁRIO
insectos hematófagos
REMITENTE
em constante contacto com o hospedeiro e temporariamente alimenta-se de sangue
Ex: piolho, pulga
INTERMITENTE
só entra em contacto com o hospedeiro no momento de se alimentar
Especificidade
ESTENOXENO: Alta especificidade.
Ex: Trichuris trichiura - específico da espécie humana
EURIXENO: Ampla especificidade
Ex: Toxoplasma gondii - homem, felinos, ...
OLIGOXENO: Pouca especificidade
Ex: Plasmodium malariae - homem e primatas
Alimentação
ESTENOTRÓFICO
Alimenta-se de apenas um tipo de alimento
Ex: sangue
EURITRÓFICO
Alimenta-se de várias substâncias
Ex: Taenia solium - quimo intestinal
Ancylostoma duodenale - quimo e sangue
Tipo de Ciclo
MONOXENO:
Completa seu ciclo em apenas 1 hospedeiro, não tem larva
HETEROXENO:
Necessita de mais de 1 espécie para completar o seu desenvolvimento
Ex.: Taenia saginata, Echinococus granulosus, Plasmodium
AUTOXENO:
2 fases (larva e adulto) ocorrem no mesmo hospedeiro
Ex: Hymenolepsis nana
Localização
ERRÁTICO ou ATÓPICO
Parasita encontrado em locais não típicos. Aumenta a gravidade da parasitose
DESVIADOS ou TRANSVIADOS
Mudança no hospedeiro habitual
 Vector
Insecto que transporta o agente etiológico
MECÂNICO
Não ocorre multiplicação, apenas transporta.
Ex: algumas moscas
BIOLÓGICO
O agente etiológico faz um ciclo propagativo e/ou evolutivo
Ex.: plasmódio e anopheles
Vector
Propagativo
O parasita multiplica-se no vector
Propagativo evolutivo
Multiplicação e evolução
Evolutivo
Apenas evolução
Bactérias e vírus: multiplicam
Protozoários: evoluem ou multiplicam e evoluem
PORTAS DE ENTRADA
PER OS : entram pela boca (principalmente)
Através de água, alimentos, ar, fomites (instrumentos inanimados)
Ocorre com a maioria dos enteroparasitas veiculadores de agentes etiológicos
PER CUTEM : entram pela pele
Penetração activa: LFI (larva filarióide infectante)
Penetração passiva: inoculação pela acção de picadas de insectos
VIA MUCOSA ou CONJUNTIVA
VIA INALATÓRIA
PLACENTA
VIAS GENITAIS
 DISSEMINAÇÃO PELO ORGANISMO
Via sanguínea:
Hemoparasitas (Ex.: T. cruzi)
Via linfática:
Ex. Wuchereria bancrofti
Pela pele:
ectoparasitas
 PARASITISMO E DOENÇAS PARASITÁRIAS
Factores de Influência
FACTORES INERENTES AO PARASITA
1. Número de Exemplares
2. Capacidade de multiplicação dos parasitas no hosp.
Ex: P. falciparum tem maior capacidade de multiplicação que o P. vivax
3. Dimensões
4. Localização
5. Virulência: relacionada com a estirpe.
Ex: P. vivax é menos virulento que P. falciparum
6. Vitalidade:
Enterobius vermicularis - 18 meses; Taenia saginata - 20 a 30 anos
7. Associações parasitárias:
Ex: Entamoeba hystolitica - tem a sua acção facilitada pela dilaceração da parede do Intestino por outros microorganismos
 FACTORES INERENTES AO HOSPEDEIRO
1. Idade: quanto mais jovem, menor é a defesa
2. Imunidade: menor gravidade da segunda infecção
3. Alimentação: alotriofagia (falta de Fe - ancilostomíase)
4. Doenças intercorrentes: indivíduos com pneumonia agravada quando adquirem parasitas pulmonares
5. Flora bacteriana associada
6. Medicamentos usados: cortisona ( imunodepressor)
7. Usos e costumes: árabes tem alto consumo de carne crua, africanos andam descalços
8. Tensão emocional: diminui a resposta imunológica
 ACÇÃO SOBRE O HOSPEDEIRO
ESPOLIATIVA: retira o alimento
TRAUMÁTICA: trauma no hospedeiro
Ex: Taenia solium com escólex que se fixa à mucosa intestinal.
OBSTRUTIVA
COMPRESSIVA
TÓXICA: secreções e excreções dos parasitas
IRRITATIVA: presença do parasita no
organismo do hospedeiro
ANÓXICA: ocasionada por parasitas que consomem oxigênio
 PERÍODOS CLÍNICOS E PARASITÁRIOS
PERÍODOS PARASITÁRIOS
1. Pré - patente
2. Patente
(pode haver diagnóstico directo)
3. Sub-patente
(não há comprovação diagnóstica)
4. Cura
 
Regras de nomenclatura
 Universalizar os nomes dos seres vivos.
 As principais são:
 Gênero: deve ser escrito em latim ou latinizado, é uninominal sendo a inicial maiúscula. Deve ser destacado do texto com o itálico, o negrito ou o sublinhado .
Exemplos: Taenia Homo Canis
Regras de nomenclatura
Espécie:
deve ser escrito em latim ou latinizado, é binominal sendo o
primeiro nome referente ao gênero; com inicial maiúscula,
e o segundo, o nome especifico; com inicial minúscula.
Ambos devem ser destacados do texto com o itálico, o
negrito ou o sublinhado .
Exemplos: Taenia solium; Homo sapiens; Canis familiaris.
Regras de nomenclatura
.
Autor e data:
o autor da descrição da espécie pode ser citado o nome
especifico sem a interposição de qualquer sinal de
pontuação.
A data da descrição virá logo após o nome do autor,
parada por vírgula ou entre parênteses.
Exemplo: Trypanossoma Cruzi Chagas, 1909.

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