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identidade pessoal David Hume

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NOME(S): Alexandre Cardoso 
HABILITAÇÃO: Lic. em Filosofia DISCIPLINA: História da Filosofia Moderna I NOTURNO: Noturno PROFESSOR: Dr° Carlos Motta
HUME, David. Tratado da Natureza Humana/ Da identidade Pessoal. Cidade: São Paulo, Editora: Unesp, 2009.
 
 
 Comentário do Tratado da natureza humana: Da Identidade Pessoal
 
 	Hume começa destacando a teoria de alguns filósofos que afirmam que estamos constantemente consciente de nós mesmos e de nossa existência, tendo como prova para se fundamentar nessa afirmação, o fato de termos sentidos que fixam de maneira intensa, porem Hume, ao que parece, não leva em consideração essa teoria, pois as sensações não suficientes para produzir a ideia de “eu”.
Pra contrapor essa teoria Hume destaca a necessidade de definir a ideia de “eu”, afirmando que a pessoa não é uma impressão, e sim aquilo que nossas impressões e ideias se referem, ou seja a ideia de eu não podem se derivar de uma impressão, pois as impressões variam constantemente. Desse modo, é valido o exemplo em que Hume afirma que quando nossas impressões são suprimidas por algum tempo ficamos insensíveis a nós mesmos, colocando em dúvida a nossa própria existência, pois naquele momento não temos a noção de existência. Como também faz sentido a afirmação que os homens são coleções de percepções, pois nossa mente está a todo momento processando informações vindas de nossos sentidos. Essas coleções de impressões formam a identidade pessoal, divididas em: Imaginação e pensamento, e paixões e interesses.
Nossa identidade pessoal se difere dos animais e vegetais pois, estes não sofrem variações da mesma forma que são as variações dos seres humanos pois os animais e vegetais segue o curso natural enquanto o homem muda seu intelecto de acordo com as impressões recebidas.
Hume destaca o erro em confundir imaginação com o que pensamos através das impressões, pois não podemos levar como identidade o fruto da imaginação fornecida pelas impressões do pensamento, devendo ficar apenas como produto de ficção. Muitas vezes não percebemos uma alteração mínima que um objeto tenha sofrido, e ao sofrer uma alteração o objeto perdeu a identidade que apreendemos anteriormente, nos proporcionando de forma inconsciente uma percepção fictícia da nova identidade, ou seja, a mente tende a fornecer uma existência continua de identidade. Partindo desse entendimento Hume destaca que, mesmo que algo como animais e vegetais mudem sua forma continuamos dando a ele a mesma identidade, conforme o exemplo de um pinheiro que ao crescer, dizemos que é o mesmo, ou uma criança que cresce e fica adulta não perde sua identidade pessoal na percepção das pessoas que acompanham seu crescimento.
Em relação as coisas e sensações, ao ouvirmos um barulho, que para e recomeça, dizemos que é o mesmo barulho, ou um rio que por mais que as aguas passem e modifiquem seu leito, atribuímos a mesma identidade a ele.
Percebe-se portanto que, a noção de identidade é fictícia, no sentido que é produzida pelo nosso intelecto, pois ao afirmar uma identidade estamos atribuindo qualidade as percepções, como uma imagem que se assemelha ao objeto, ou pela relação de causa e efeito. Desse modo a identidade depende das relações desses fatores.

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