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Apostila Cálculos Trabalhistas

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DIREITO DO TRABALHO II
Professora: Ana Paula M. Amorim
CÁLCULOS TRABALHISTAS
( Saldo de Salário: salário devido pelos dias trabalhados quando da rescisão contratual.
Cálculo: 
( Divide-se o valor do salário por 30 (dias) e multiplica-se pelos dias de trabalho.
Ex.: Salário de R$ 1.200,00, dispensa no dia 15.
Valor do dia trabalhado: 1.200,00 ÷ 30 = 40,00
Valor do saldo de salário (15 dias): 40,00 x 15 = R$ 600,00
( Aviso Prévio: período mínimo de 30 dias para os trabalhadores que tenham até 01 (um) ano de empresa.
A Lei nº 12.506, de 11 de outubro de 2011, dispõe sobre o aviso-prévio e dá outras providências:
“Art. 1º O aviso-prévio, de que trata o Capítulo VI do título IV da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, aprovada pelo Decreto-lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, será concedido na proporção de 30 (trinta) dias aos empregados que contem até 1 (um) ano de serviço na mesma empresa.
Parágrafo único. Ao aviso-prévio previsto neste artigo serão acrescidos 3 (três) dias por ano de serviço prestado na mesma empresa até no máximo de 60 (sessenta) dias, perfazendo um total de até 90 (noventa) dias.
Contudo com a Nota Técnica nº 184/2012, o Ministério do Trabalho, através da Secretaria de Relações do Trabalho, modificou o entendimento anterior, assim, com o primeiro ano de trabalho o obreiro já tem direito, além dos trinta dias de remuneração, a mais três dias, pois, conforme a norma em questão, a cada ano, três dias de aviso são acrescentados. Esse entendimento ainda não é pacífico.
Pode ser trabalhado ou indenizado, corresponde a uma remuneração do empregado quando da hipótese de indenizado (até 1 ano incompleto de serviço).
Cálculo:
( Valor do salário, ou valor da remuneração (quando o empregado recebe parcelas que integrem o salário para fins rescisórios, como é o caso das horas extras, adicionais de insalubridade e periculosidade, etc...).
Ex.: Salário de R$ 1.200,00, dispensa no dia 15.
Aviso prévio indenizado R$ 1.200,00 para o trabalhador que tem até 01 (um) ano incompleto de empresa. 
A partir de 01 ano completo fará jus a 33 dias de aviso prévio.
( 13º Salário: Lei 4.090/62. Conhecido como gratificação natalina. O trabalhador faz jus ao 13º salário observando o ano civil, sendo que o direito é adquirido a cada 15 dias do mês. Deve ser calculado com base na remuneração do mês que está sendo pago. Lembrando que é devido integralmente no dia 20/12.
Cálculo:
( Divide-se o valor do salário, ou da remuneração, pelo o número de meses do ano (12) e multiplica-se pelos meses trabalhados.
Ex.: Salário de R$ 1.200,00, dispensa no dia 15/05/2011.
R$ 1.200,00 ÷ 12 = R$ 100,00
R$ 100,00 x 5 (foram adquiridos 5/12 no ano de 2011) = R$ 500,00
13º salário proporcional (5/12) de 2011 = R$ 500,00.
( Férias integrais e proporcionais: As férias são adquiridas após um ano de contrato de trabalho, diferentemente do 13º salário que se observa o ano civil.
Assim, uma pessoa contratada no dia 01/04/2000 terá adquirido o direito a férias no dia 31/03/2001. Lembrando, sempre, que o empregador tem 1 ano para conceder férias, no caso, entre 01/04/2001 até 31/03/2002, sob pena de ter que pagá-las de forma dobrada. As férias devem ser acrescidas de 1/3 conforme determinação constitucional. Sendo que o direito é adquirido a cada 15 dias trabalhados do mês.
Cálculo das férias integrais:
( Valor do salário, ou da remuneração acrescida de 1/3.
Ex.: Salário de R$ 1.200,00 + 1/3 = R$ 1.200,00 + R$ 400,00 = R$ 1.600,00
Cálculo das férias proporcionais: 
( Divide-se o valor do salário, ou da remuneração, por 12 (número de meses de um ano) e multiplica-se pelos números de meses adquiridos. O valor encontrado acrescenta 1/3.
Ex.: Salário de R$ 1.200,00, admissão em 01/04/2011 e dispensa em 01/09/2011.
Meses adquiridos = 5/12
R$ 1.200,00 ÷ 12 = R$ 100,00
R$ 100,00 x 5 = 500,00
R$ 500,00 + 1/3 = 500,00 + 166,66
Férias proporcionais (5/12) + 1/3 = R$ 666,66.
Cálculo das férias vencidas dobradas: 
( Valor do salário ou remuneração em dobro acrescido de 1/3 sobre este.
Ex.: Salário de R$ 1.200,00. Vencido o período 2008/2009
R$ 1.600,00 (férias simples + 1/3) x 2 = R$ 3.200,00
( Horas extras: Horas extras habituais integram para todos os fins de direito (13º salário, descanso semanal remunerado, férias + 1/3, verbas rescisórias).
Súmula 172 REPOUSO REMUNERADO. HORAS EXTRAS. CÁLCULO (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003. Computam-se no cálculo do repouso remunerado as horas extras habitualmente prestadas.
( Primeiro devemos encontrar o divisor das horas extras, pois ele servirá para calcularmos o valor da hora trabalhada, os divisores mais conhecidos são: 220 ou 180.
Prescrição das férias
Início da contagem – Art. 149, da CLT – A contagem da prescrição das férias tem início quando do término do período concessivo, vez que é o momento em que se consuma a lesão, tendo em vista o encerramento de referido período sem o descanso correspondente. (inteligência do art. 149, da CLT).
Exemplos:
1) Prescrição do direito de reclamar a não concessão de férias na vigência do contrato de trabalho.
- Período aquisitivo de férias................................... 02.08.2010 a 1º.08.2011
- Período concessivo de férias................................ 02.08.2011 a 1º.08.2012
- Período em que persiste o direito de
reclamar a concessão de férias (5 anos) ................ 02.08.2012 a 1º.08.2017
- Prescrição do direito de reclamar as férias............ A partir de 02.08.2017
2) Prescrição do direito de reclamar a não remuneração de férias por ocasião da rescisão do contrato de trabalho.
- Período aquisitivo de férias.................................... 04.08.2011 a 03.08.2012
- Período concessivo de férias................................. 04.08.2012 a 03.08.2013
- Rescisão contratual (aviso prévio trabalhado)....... 04.08.2013
- Período em que persiste o direito de reclamar a remuneração das férias:
de 04.08.2013 a 03.08.2015  - (2 anos após a rescisão contratual)
- Prescrição do direito de reclamar a remuneração das férias..........a partir de 04.08.2015
Fundamento: Incisos XVII e XXIX e parágrafo único do art. 7º da Constituição Federal de 1988, arts. 129, 134, 137, caput e § 1º, 149 da CLT e OJ da SBDI-1 do TST nº. 82 e 83.
Cálculo do Divisor de Horas:
Vamos compreender que o divisor consiste no denominador da operação matemática de divisão realizada para encontrar o valor de uma hora de trabalho do empregado. O numerador da mesma operação corresponde ao salário mensal do empregado.
A previsão do divisor se encontra no artigo 64 da CLT: “O salário-hora normal, no caso de empregado mensalista, será obtido dividindo-se o salário mensal correspondente à duração do trabalho, a que se refere o artigo 58, por 30 (trinta) vezes o número de horas dessa duração.”. 
Segunda a CF/88, o limite diário é de 8 horas e de 44 hs semanais para os empregados em geral.
Foi estabelecida uma nova metodologia, segundo a qual seria preciso apurar o número médio de horas por dia de uma semana de trabalho, para, em seguida, multiplicar por 30. Esta média de horas-dia a ser multiplicada por 30 seria estabelecida, portanto, a partir de um parâmetro semanal, sendo este o resultado do limite semanal dividido pelo número de dias em que efetivamente se trabalha na semana.
Tanto faz o mês ser de 28, 29, 30 ou 31 dias, será sempre multiplicado por 30.
Desta feita, a fórmula passou a ser a seguinte:
Divisor = (limite de duração semanal: dias de trabalho na semana) x 30
Com isso, para os empregados que contam com limite de jornada de 8 e 6 hs, respectivamente, teríamos os seguintes divisores:
( Jornada de 8 hs → Divisor = (44:6) x 30 → Divisor= 7,33 x 30 → Divisor = 220
( Jornada de 6 hs → Divisor = (36:6) x 30 → Divisor= 6 x 30 → Divisor= 180
A Súmula 431do Tribunal Superior do Trabalho firmou o entendimento de que o empregado com duração semanal de 40 hs semanais conta com divisor de 200 hs., assim vejamos: (40:6) x 30 = 200
ATT: Nas jornadas atípicas de 12×36, a apuração a partir do parâmetro semanal deve ser a mesma e o divisor será 220, que tem sido o entendimento do TST.
Súmula nº 431 do TST. SALÁRIO-HORA. EMPREGADO SUJEITO AO REGIME GERAL DE TRABALHO (ART. 58, CAPUT, DA CLT). 40 HORAS SEMANAIS. CÁLCULO. APLICAÇÃO DO DIVISOR 200 (redação alterada na sessão do tribunal pleno realizada em 14.09.2012) - Res. 185/2012,  DEJT divulgado em 25, 26 e 27.09.2012. Para os empregados a que alude o art. 58, caput, da CLT, quando sujeitos a 40 horas semanais de trabalho, aplica-se o divisor 200 (duzentos) para o cálculo do valor do salário-hora.
No caso dos Bancários, em novembro de 2016 a Subseção 1 Especializada em Dissídios Individuais (SDI-1) do Tribunal Superior do Trabalho decidiu, por maioria de votos, que o divisor aplicável para o cálculo das horas extras dos bancários, inclusive para os submetidos à jornada de oito horas, é definido com base na regra geral prevista no artigo 64 da CLT, sendo 180 e 220, para a jornada normal de seis e oito horas, respectivamente. A decisão seguiu majoritariamente o voto do relator, ministro Cláudio Brandão O julgamento foi o primeiro do TST a ser submetido à sistemática dos recursos repetitivos, introduzida pela Lei 13.015/2014. A tese fixada tem efeito vinculante e deve ser aplicada a todos os processos que tratam do mesmo tema, conforme a modulação de efeitos também decidida na sessão. Assim, os recursos contra decisões que coincidem com a orientação adotada terão seguimento negado. Caso seja divergente, a decisão deverá ser novamente examinada pelo Tribunal Regional do Trabalho de origem.
TESE
A tese jurídica fixada no julgamento, conforme exige a sistemática dos recursos repetitivos, foi a seguinte:
1. O número de dias de repouso semanal remunerado pode ser ampliado por convenção ou acordo coletivo de trabalho, como decorrência do exercício da autonomia sindical.
2. O divisor corresponde ao número de horas remuneradas pelo salário mensal, independentemente de serem trabalhadas ou não.
3. O divisor aplicável para cálculo das horas extras do bancário, inclusive para os submetidos à jornada de oito horas, é definido com base na regra geral prevista no artigo 64 da CLT (resultado da multiplicação por 30 da jornada normal de trabalho), sendo 180 e 220, para a jornada normal de seis e oito horas, respectivamente.
4. A inclusão do sábado como dia de repouso semanal remunerado, no caso do bancário, não altera o divisor, em virtude de não haver redução do número de horas semanais, trabalhadas e de repouso.
5. O número de semanas do mês é 4,2857, resultante da divisão de 30 (dias do mês) por 7 (dias da semana), não sendo válida, para efeito de definição do divisor, a multiplicação da duração semanal por 
6. Em caso de redução da duração semanal do trabalho, o divisor é obtido na forma prevista na Súmula 431 (multiplicação por 30 do resultado da divisão do número de horas trabalhadas por semana pelos dias úteis).
Estas regras não se aplicam ao gerente geral das agências, pois presume-se o exercício de encargo de gestão, conforme prevê a Súmula 287 do TST:
SÚMULA 287. JORNADA DE TRABALHO. GERENTE BANCÁRIO (nova redação) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003.A jornada de trabalho do empregado de banco gerente de agência é regida pelo art. 224, § 2º, da CLT. Quanto ao gerente-geral de agência bancária, presume-se o exercício de encargo de gestão, aplicando-se-lhe o art. 62 da CLT.
Existem TRT´s que adotam o entendimento de que o divisor é 210, vejamos a explicação de explicação de Alice Monteiro de Barros: “Verifica-se que em uma semana o funcionário trabalha 48 horas; logo dividindo-se essas 48 horas por seis, temos em média oito horas diárias. Na segunda semana o empregado trabalha 36 horas; dividindo-se essas 36 horas por seis dias temos seis horas diárias de trabalho. Na terceira semana o empregado volta a trabalhar 48 horas, o que resulta na jornada de oito horas, obtida com o resultado da média aritmética. Na quarta semana o empregado trabalha novamente 36 horas, que, divididas por seis, representam seis horas diária em média. Somando-se às oito horas da primeira e terceira semanas, com as seis horas da segunda e quarta semanas, temos um total de 28 horas nas quatro semanas; dividindo-se essas 28 horas por quatro, temos, em média, a jornada de sete horas para quem trabalha no regime de 12 vezes 36. Multiplicadas essas sete horas por 30 dias do mês, resulta no divisor de 210.....” (Curso de Direito do Trabalho. São Paulo: LTr, 4ª ed, pág. 671).
Cálculo do valor da hora trabalhada:
( Divide o valor do salário, ou da remuneração pelo divisor das horas extras.
Ex.: Contrato de trabalho com jornada de 44h/semana, salário R$ 1.200,00.
R$ 1.200,00 ÷ 220 = 5,46
Valor da Hora é R$ 5,46.
Cálculo das horas extras acrescidas do adicional de hora extra: 
( Lembrar que o adicional mínimo previsto na Constituição da República é de 50% sobre o valor da hora trabalhada.
Ex.: na hipótese de receber salário de R$ 1.200,00 e jornada de 44h/semana temos:
R$ 1.200,00 ÷ 220 = 5,46 (valor aproximado em razão da dízima periódica)
Adicional de 50% = 5,46 x 50% (ou 5,46 ÷ 2 = R$ 2,73 valor aproximado em razão da dízima periódica 5,46 + 2,73).
Hora extra acrescida de 50% = R$ 8,19
Pode-se também chegar a esse valor dividindo o salário pelo divisor de horas e multiplicar por 1,5. Vejamos: 1.200,00 ÷ 220 x 1,5 = 8,19.
Cálculo do reflexo das horas extras no RSR (repouso semanal remunerado): 
( Divide-se o valor das horas extras do mês pelo número de dias úteis do mês e multiplica-se pelos dias de repouso.
Ex.: Salário de 1.200,00; 25 dias úteis e 5 dias de repouso. Valor das horas extras do mês R$171,78.
R$ 171,78 ÷ 25 x 5 = R$ 35,36
Reflexo das horas extras no DSR = R$ 35,36.
(Adicional Noturno: A Constituição Federal, no seu artigo 7º, inciso IX, estabelece que é direito dos trabalhadores urbanos e rurais a remuneração do trabalho noturno superior à do diurno. O adicional noturno, bem como as horas extras noturnas, pagos com habitualidade integram o salário para todos os efeitos legais.
Súmula 60/TST - ADICIONAL NOTURNO. INTEGRAÇÃO NO SALÁRIO E PRORROGAÇÃO EM HORÁRIO DIURNO.
I - O adicional noturno, pago com habitualidade, integra o salário do
empregado para todos os efeitos. 
II - Cumprida integralmente a jornada no período noturno e prorrogada esta, devido é também o adicional quanto às horas prorrogadas. Exegese do art. 73, § 5º, da CLT. 
LEMBRAR: 
Considera-se noturno, nas atividades urbanas, o trabalho realizado entre as 22:00 horas de um dia às 5:00 horas do dia seguinte. Nas atividades rurais, é considerado noturno o trabalho executado na lavoura entre 21:00 horas de um dia às 5:00 horas do dia seguinte, e na pecuária, entre 20:00 horas às 4:00 horas.
A hora normal tem a duração de 60 (sessenta) minutos enquanto que a hora noturna, por disposição legal, nas atividades urbanas, é computada como sendo de 52 (cinqüenta e dois) minutos e 30 (trinta) segundos. Assim sendo, considerando o horário das 22:00 às 5:00 horas, temos 7 (sete) horas relógio que correspondem a 8 (oito) horas de trabalho.
Nas atividades rurais a hora noturna é considerada como de 60 (sessenta) minutos, não havendo, portanto, a redução como nas atividades urbanas.
No trabalho noturno também deve haver o intervalo para repouso ou alimentação. A este intervalo não se aplica a redução da hora, prevalecendo para esse efeito a de 60 minutos. Assim temos:
a) Jornada de trabalho de até 4 horas: sem intervalo;
b) Jornada de trabalho superior a 4 horas e não excedente a 6 horas: intervalo de 15
minutos;
c) Jornada de trabalho excedente a 6 horas: intervalo de no mínimo 1 (uma) horae
no máximo 2 (duas) horas.
Tabela de Cálculo Prático de Horas Noturnas: A tabela seguinte é interessante para uma visualização da determinação da jornada de trabalho. Para cálculos, deve-se utilizar o cálculo prático na sequência apresentada:
	Das 22:00 horas até
	Horas
	22:30
	35'
	23:00
	1:10'
	23:30
	1:45'
	24:00
	2:20'
	00:30
	2:50'
	01:00
	3:25'
	01:30
	4:00'
	02:00
	4:35'
	02:30
	5:10'
	03:00
	5:45'
	03:30
	6:20'
	04:00
	6:50'
	04:30
	7:25'
	05:00
	8:00'
Cálculo das horas noturnas: 
( Para se calcular a hora noturna utilize o seguinte raciocínio: divida o número de horas-relógio por 52,5 (corresponde a 52.30") e multiplique por 60' = nº de horas noturnas
Ex.: 7 horas relógio: 7 ÷ 52,5 x 60 = 8 horas noturnas
5 horas relógio: 5 ÷ 52,5 x 60 = 5,71 horas noturnas
Nota: Observe que os resultados do exemplo 2 estão em centesimais, ou seja, se for converter o resultado centesimal de 5,71 em horas, teremos 5:42 horas.
Para confirmar a conversão das horas centesimais acima em horas normais, aplicamos a regra abaixo considerando sempre os dois dígitos após a vírgula (que seriam os minutos), já que o valor à frente da vírgula é um valor inteiro em horas:
Valor convertido = Valor centesimal x 60’
Valor convertido = 0,71 x 60
Valor convertido = 42 minutos
Portanto, o valor centesimal após a vírgula (71) equivale, em horas, a 42 minutos, ou seja, 5:42 horas.
( Valor do Adicional Noturno: A hora noturna, nas atividades urbanas, deve ser paga com um acréscimo de no mínimo 20% (vinte por cento) do valor da hora diurna, exceto condições mais benéficas previstas em acordo, convenção coletiva ou sentença normativa. Nas atividades rurais, o acréscimo deve ser de no mínimo 25% (vinte e cinco por cento) sobre o valor da hora diurna.
Ex.: Salário de R$ 1.200,00, jornada contratual de 44h/semanal.
Valor da hora: R$ 1.200,00 ÷ 220 (divisor das horas) = R$ 5.46
Adicional Noturno Urbano: 20% de 5,46 = 1,09.
Cálculo do Reflexo do Adicional Noturno no RSR:
( Divide-se o valor das horas noturnas do mês pelo número de dias úteis do mês e multiplica-se pelos dias de repouso.
Ex.: Salário de R$ 1.200,00, valor das horas noturnas do mês R$ 152,00; 21 dias úteis e 9 RSR´s. = 152,00 ÷ 21 x 9 = R$ 65,14
Ad. Noturno no RSR = R$ 65,14.
Cálculo do Reflexo do Adicional. Noturno no 13º salário: 
( É calculado pela média duodecimal das horas noturnas praticadas no período. Assim pegamos a quantidade de horas noturnas praticadas no ano civil, dividimos por 12 (doze) e multiplicamos pelo valor do adicional noturno.
Ex.: Salário de R$ 1.200,00; valor do adicional noturno é R$ 1,09; Quantidade de horas noturnas do período 300.
Média de horas noturnas: 300 ÷ 12 = 25
Reflexo do Ad. Noturno no 13º salário: 25 x 1,09 = R$ 27,25
Obs.: Nesse caso considere que o 13º salário já foi pago, sendo devido somente o reflexo aqui apurado.
Cálculo do Reflexo do Adicional Noturno em 13º salário proporcional: 
( É calculado pela média duodecimal das horas noturnas praticadas no período. Assim pegamos a quantidade de horas noturnas praticadas no período, dividimos por 12 (doze) e multiplicamos pelo do adicional noturno.
Ex.: No período de 01/01/2011 a 31/03/20111 o empregado fez o total de 60 horas noturnas, salário de R$ 1.200,00 e jornada contratual de 44h/semana Média de horas noturnas: 60 ÷ 12 = 5
Valor do ad. Noturno: 20% de (1.200 ÷ 220) = 20% de 5,46 = 1,09
Reflexo do Ad. Noturno no 13º salário proporcional: 5 x 1,09 = 5,45
Obs.: Nesse caso considere que o 13º salário já foi pago, sendo devido somente o reflexo aqui apurado.
Cálculo do Reflexo do Adicional Noturno nas férias:
( É calculado pela média duodecimal das horas noturnas praticadas no período aquisitivo. Assim,
apuramos a média mensal das horas noturnas, multiplicamos pelo valor do adicional noturno e acrescentamos 1/3 (terço constitucional)
Ex.: Total de horas noturnas do período 200h, salário de R$ 1.200,00, jornada contratual de 44h/semanal.
Média mensal de horas noturnas: 200 ÷ 12 = 16,67
Reflexo do Ad. Noturno nas férias: 16,67 x R$ 1,09 (valor do ad. noturno) = 18,17
Valor do 1/3 constitucional: 18,17 ÷ 3 = 6,06
Reflexo do Ad. Noturno nas férias + 1/3: R$18,17 + R$ 6,06 = R$ 22,23.
Obs.: Nesse caso considere que as férias já foram pagas, sendo devido somente o reflexo aqui apurado.
Cálculo do Reflexo do Ad. Noturno nas Verbas Rescisórias:
( É calculado pela média duodecimal das horas noturnas praticadas nos últimos 12 meses do
contrato. Assim, apuramos a média mensal das horas noturnas, multiplicamos pelo valor do adicional noturno.
Ex.: Total de horas noturnas no período 650h, salário de R$ 1.200,00 e jornada contratual de 44h/semana.
Média mensal de horas noturnas: 650 ÷ 12 = 54,17
Valor do reflexo no Aviso prévio: 54,17 x 1,09 = R$ 59,05
Obs.: Nesse caso considere que as Verbas Rescisórias já foram pagas, sendo devido somente o reflexo aqui apurado.
Cálculo das Horas Extras Noturnas:
( o empregado pode realizar jornada extraordinária no período noturno, neste caso deve ser apurado o valor da hora noturna e acrescê-la do adicional de horas extras devido.
Ex.: Salário R$ 1.200,00, Jornada contratual de 44h/semana, Realizou 25 he/noturnas no mês.
Valor da hora: 1.200 ÷220 = 5,46
Valor da hora noturna: 5,46 + 20% = 5,46 + 1,09 = 6,55
Valor da hora extra noturna: 6,55 + 50% = 6,55 + 3,28 = R$ 9,83.
Total das horas extras noturnas do mês: 25 x 9,83 = R$ 245,75.
Obs.: Lembrar que quando prestadas com habitualidade as horas extras noturnas repercutem sobre férias +1/3, DSR, 13º salário e Verbas Rescisórias, realizando-se os cálculos como realizado quando dos reflexos de horas extras, substituindo o valor da hora extra pelo valor da hora extra noturna.
( Adicional de Insalubridade: Devido no importe de 10%, ou 20% ou 40% sobre o valor do salário mínimo regional, segundo art. 192 da CLT.
Importante lembrar que a Súmula 228 do TST, se encontra com aplicação suspensa.
Súmula 228/TST - ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. BASE DE CÁLCULO.
A partir de 9 de maio de 2008, data da publicação da Súmula Vinculante nº 4 do Supremo Tribunal Federal, o adicional de insalubridade será calculado sobre o salário básico, salvo critério mais vantajoso fixado em instrumento coletivo.
A habitualidade do adicional de insalubridade reflete para todos os fins de direito, tais como: apuração de horas extras, 13º salário, férias + 1/3, etc.
Cálculo do adicional de insalubridade:
( O percentual varia conforme os graus de insalubridade, máximo (40%), médio (20%) e mínimo (10%).
Ex.: Salário Contratual R$ 1.200,00, Salário Mínimo: R$ 937,00. Nesse caso vamos utilizar o grau médio de insalubridade.
Valor do adicional será de 20% do Salário Mínimo: 20% de R$ 937,00 = R$ 187,40.
Valor do salário + Ad. Insalubridade: R$ 1.200,00 + 187,40 = R$ 1.387,40
Assim, o valor do salário acrescido do adicional de insalubridade deve ser utilizado como base de cálculo das demais parcelas tais como: horas extras; 13º salário; férias + 1/3; descanso semanal remunerado; adicional noturno; verbas rescisórias; etc.
( Adicional de Periculosidade: Devido no importe de 30% do valor do salário (art. 193, § 1º da CLT), e integra para todos os fins de direito, tais como: horas extras; 13º salário; férias + 1/3; descanso semanal remunerado; verbas rescisórias; etc.
Cálculo do FGTS
O FGTS incide sobre todos os pagamentos de natureza salarial, ou seja, sua base de cálculo de 8% abrange todos os valores correspondentes a abonos salariais, adicional de insalubridade, adicional de periculosidade, adicional noturno, comissões, gratificações habituais, 13º salário, gorjetas, prêmios, horas extras, repouso semanal remunerado, terço constitucional de férias, aviso prévio, etc.
A exceçãoestá nas férias indenizadas:
OJ-SDI1-195. FÉRIAS INDENIZADAS. FGTS. NÃO INCIDÊNCIA. Inserida em 08.11.00 (inserido dispositivo, DJ 20.04.2005).
Não incide a contribuição para o FGTS sobre as férias indenizadas.
IMP → O depósito na conta vinculada do FGTS é obrigatório também, no valor de 8%, nos casos de afastamento para prestação do serviço militar obrigatório e licença por acidente do trabalho (art. 15, § 5º).
De acordo com a decisão do Supremo de novembro/2014, a prescrição do FGTS passa também a ser quinquenária.
Ex.: Salário Contratual R$ 1.200,00 depósito mensal de R$ 96,00.
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