EVOLUÇÃO DO MERCADO BRASILEIRO DA CARNE BOVINA

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ - UNIOESTE
ZOOTECNIA
BOVINO DE CORTE
 
EVOLUÇÃO DO MERCADO BRASILEIRO DA CARNE BOVINA
	O Brasil tem sido um dos grandes produtores de carne bovina. Segundo a FAO, 1 em cada 5Kg de carne bovina comercializada no mundo é brasileira.
	A produção de carne é uma atividade que depende de todas as etapas do processo, sendo possível o sucesso sem competência em todas as fases. Mas a venda dos animais para abate ainda é cercada por uma série de problemas que geram riscos e contrastam com o elevado grau de profissionalismo que tem cercado o sucesso da cadeia produtiva.
	A produção pecuária, dentro da porteira, está condicionada ao retorno econômico que a atividade gera para o investidor. O produto tem condições de controlar os custos, mas os preços são formados pelo equilíbrio entre a oferta e a demanda.
	Os preços da pecuária em sua historia, nem sempre representaram esse equilíbrio, pois, durante o longo período de inflação o boi se tornou uma reserva de valor.
	Nos momentos de instabilidade política e/ou econômica, os agentes tendem a procurar ativos reais como forma de garantir o valor real de seus patrimônios. Entre esses ativos, o boi tem sido uma opção freqüentemente escolhida. A elevada liquidez, o baixo custo de manutenção e a flexibilidade temporal na negociação explicam grande parte dessa escolha.
	O preço do boi atravessou uma fase instável, efetivamente foi uma garantia frente às oscilações da moeda nacional. O setor da carne, no Brasil era fortemente influenciado por empresas multinacionais que aqui operavam visando à exportação do produto industrializado para o mercado europeu.
	Aplicar em bois tratava-se de uma das raras alternativas confiáveis de preservar, numa forma liquida a propriedade de valores num ambiente econômico marcado por congelamento de preços. Nesse clima propicio à especulação, a atividade passou a ser atrativa pelas oscilações de preços, enquanto a produtividade e a eficiência ficavam em segundo plano. Depois de sofrer a última quebra em janeiro de 1999, a pecuária de corte passou a ser única e exclusivamente rentável pela sua eficiência produtiva. O sistema de administração da atividade é complexo e fundamental para o futuro da atividade.
	O Brasil destaca-se como um dos países com maior potencial de crescimento em produtividade e de oferta de carne bovina no planeta.
	O resultado disso todo foi o desenvolvimento do mercado futuro brasileiro que desponta como o segundo maior do Brasil, com elevadas taxas de crescimento.
	A combinação do desenvolvimento tecnológico, dentro da porteira, deu inicio a um ciclo virtuoso da pecuária de corte nacional, que deixa de ser olhada como reserva de valor e passa a ser uma atividade produtiva viável e sustentável.