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Lagoas costeiras Praias arenosas e de costões rochosos Estuários Ecossistemas marinhos costeiros Estuários O que vamos abordar: -Origem e tipos de estuários; -Classificação dos estuário com relação a salinidade; -Definições de estuário; - Manguezal; - Padrões de diversidade de peixes em estuários. Origem e tipos de estuários Estuários de planície costeira • Inundação > sedimentação; • Rasos (< 30 m de profundidade); • Mais largos próximo ao mar; • Alta razão largura/profundi dade; Formados pelo aumento do nível do mar inundação de vales de rios Estuários constituído por barra Formado pela acumulação de sedimentos ao longo da costa. Fiordes Vales em forma de “ U “, formados pela depressão da ação glacial. Estuários tectônicos Estuários que se formam ao longo de falhas tectônicas. Estes se desenvolvem em consequência de terremotos ou movimentação da crosta terrestre. Classificação dos estuário com relação a salinidade Gradiente de salinidade • Estuários positivos - Altamente estratificado (cunha salina) - Altamente estratificado (fiorde) - Moderadamente estratificado - Misturado • Estuários negativos Estuários positivos Estuários comuns em regiões temperadas ( 30° – 60° N ;30° – 60° S). Estuário positivo – de Cunha Salina • São estuários profundos que apresentam isohalinas quase horizontais. Diferem dos estuários fortemente estratificados, devido ao grande fluxo de água doce na superfície. • Ex: Mississipi (USA); Vellar (India). Estuário Positivo – Fortemente Estratificado (Fiorde) • Superfície - aumento da salinidade em direção ao oceano. • Camada de fundo – salinidade praticamente uniforme da foz à boca. • Fluxo de saída superficial e fluxo de entrada no fundo. • Nítida Haloclina (salinidade aumenta com a profundidade). • Mistura vertical devido ao movimento ascendente de água salgada • Ex: Fiordes da Noruega e Silver Bay (Alaska). Estuários positivos – moderadamente estratificado • Salinidade aumenta em direção a foz. • Superfície menos salina que o fundo havendo mistura entre as camadas ( ver setas ). • Fluxo líquido de saída na superfície e de entrada fundo. • Normalmente são estuário rasos e controlados pela vazão do rio. • Ex: Mersey, Thames, Humber, Forth (UK), Elbe (Alemanha). Estuário positivo – Misturado • Estuário típico de regiões com pequena descarga fluvial. • Movimento e processo de mistura dominado pela maré. • Gradiente vertical de salinidade (densidade) é praticamente desprezível. Estuário Negativos (Inversos) • Fluxo de água doce desprezível. • Estuário exposto a evaporação desde à foz. • Aumento da salinidade das águas superficiais internas do estuário • Aumento da densidade causando o afundamento da água que fluirá para o mar numa camada mais profunda. • Circulação de duas camadas: Água do oceano entra pela superfície e a água do estuário hipersalino saindo por uma camada inferior. Salinidade no estuário do rio Pacoti (Ceará/Brasil) Salinidade no estuário do rio Choró (Ceará/Brasil) Algumas definições de estuário • CAMERON & PRITCHARD (1963) : é um corpo de água costeiro semifechado o qual tem livre conexão com o mar aberto e dentro do qual a água do mar é gradativamente diluída com a água doce proveniente da drenagem continental. • FAIRBRIDGE (1980): é um braço de mar, penetrando nos vales dos rios até o limite superior da maré, geralmente dividido em três setores (a) marinho, estuário inferior, com livre conexão com o mar aberto, (b) médio estuário, onde ocorre maior mistura de água doce com água salgada, e (c) estuário fluvial, superior, caracterizado pela água doce a qual ainda sofre efeito das marés POTTER et al. (2010): é um corpo de água costeiro semifechado que é permanentemente ou periodicamente aberto para o mar e recebe, ao menos, uma descarga periódica de um rio. E assim, enquanto sua salinidade é tipicamente menor que a do mar e varia temporalmente e ao longo do seu comprimento, ele pode tornar-se hipersalino em regiões onde a taxa de evaporação é alta, fazendo com que a água doce seja desprezível. Número de espécies de mangue Gramíneas (Salt Marshes) São gramíneas halófitas, plantas que suportam ambientes altamente salinos. São zonas húmidas costeiras altamente produtivas que fornecem importantes serviços ecossistêmicos, tais como: • Proteção contra inundações para cidades costeiras; • remoção de nutrientes; • sequestro de carbono Distribuição e abundância de Salt Marsh Angiospermas marinhas ( Seagrass) Únicas plantas vasculares de pequeno porte que ocorrem em sistemas costeiro. Ampla distribuição batimétrica : zona entre marés à 60 m. Vivem submersas nos limites entre águas continentais, estuarinas, marinhas e hipersalinas, próximo a costa A – Halodule beaudettei ; B – Halodule emarginata ; C – Halodule wrightii. Krischna Barros et al. (2012). Distribuição de angiospermas marinhas ao longo da costa nordestina Krischna Barros et al. (2012) Biodiversidade de espécies de peixes em estuários (Pasquad et al. 2015) • Localização dos 71 estuários avaliados Relação entre riqueza de espécies de peixes em estuários e descritores ambientais (Pasquad et al. 2015) Lagoas Costeiras Praias arenosas Algumas características ecológicas de praias arenosas • Fornecem habitats para macrofauna bentônica, peixes e aves • Áreas de nidificação para tartarugas e aves costeiras; de berçário para peixes na Zona de Surfe; de recurso alimentar para aves e animais selvagens terrestres. • Fornecem alimentos (bivalves, algas marinhas e peixes) e proteção para as comunidades costeiras. Tipos morfodinâmicos de Praias arenosas Refletiva Intermediária Dissipativa Os tipos morfodinâmicos de praias arenosas são controlados por três fatores físicos: Amplitude da maré; energia das ondas e tamanho dos grãos de areia. Apresentam declividade acentuada. As ondas quebram diretamente na face da praia, gerando acentuada turbulência com períodos curtos Apresentam declividade suave. A energia da ondas se dissipam na zona de surfe, a face da praia apresenta menor turbulência com períodos mais longos. Abrange todos os outros tipos de praia que ficam entre os extremos dissipativos e refletivos. Praias com características mistas. Fatores físicos que afetam a macrofauna de praias arenosas. • Textura e movimento do sedimento (tamanho da partícula, ordenação, fluidez e dinâmica de erosão ou acréscimo). • Clima de inundação (periodicidade, velocidade e turbulência do movimente da água sobre a praia) • Exposição/Umidade da superfície da praia ( exposição aérea e alteração de teor de umidade da areia durante o ciclo de marés) Padrões de riqueza de espécies em praias arenosas (DEFEO & MALACHLAN, 2013). Praias rochosas Fatores que influenciam habitats, plantas e animais em costões rochosos • Energiadas ondas • Inundação por maré • Composição da rocha - determina como a rocha quebra em componentes menores (pedregulhos, paralelepípedos, seixos e cascalhos). Padrões de zonação • Alta amplitude de maré ou declive íngreme -> zonas mais estreitas. (contrário é verdadeiro). • Ondas de alto impacto -> ampliam as zonas e diminuem a diferença entre os limites superior e inferior. • Limite superior controlado por extremos de temperatura e dessecação -> redução do n. de sp. Padrões de zonação e riqueza de espécies • Organismos filtradores dominam a porção que permanece submersa por maior tempo. • Herbívoros predominam na parte inferior onde reduzem a biomassa de algas. • Carnívoros exploram grande parte da zona intermareal, porém apresentam menor densidade do que seus organismos presas.
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