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Resumo de Direito Tributário I - 2º Bimestre

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Princípio da Legalidade: O princípio da legalidade se aplica de acordo com a capacidade econômica nem sempre revela a capacidade do sujeito de contribuir com as despesas estatais. A capacidade contributiva é adotada por nosso poder constituinte, esta é diferente de capacidade econômica, posto que esta última é um dado econômico (Tem o sujeito A com rendimento de R$10 mil e um patrimônio de 1 milhão. O sujeito B tem a mesma coisa, ou seja, eles têm a mesma capacidade econômica). Precisa-se analisar a partir do dado econômico, elementos subjetivos destes sujeitos e extrair desta capacidade econômica a capacidade contributiva a partir de elementos subjetivos (Ex. Se o sujeito A é uma pessoa cega e B não. Eles não têm a mesma capacidade contributiva posto que A não tem o mesmo acesso ao mercado de trabalho que B, sendo assim, por ser este acesso limitado, as chances de empregabilidade são mais baixas. A tem mais custos com saúde, adaptações do dia a dia, portanto, tem a capacidade contributiva menor). Capacidade contributiva é um conceito jurídico que decorre da soma de elementos subjetivos do indivíduo. Capacidade contributiva, é o conceito do princípio da igualdade em matéria tributária. As vezes este critério não é possível de ser aferido.
Igualdade é diferente de identidade. Igualdade é equivalência (artigo 150, II, CF). A medida da equivalência é aferida pela capacidade contributiva.
Existem outros critérios que se conectam com a capacidade contributiva (Ex. Empresa A e Empresa B possuem o mesmo patrimônio e mesmo $$, não se tem como dizer que a empresa possui requisitos capazes de diminuir sua capacidade contributiva. Todavia, se A é uma empresa muito poluidora e B é uma empresa ambientalmente orientada, ou seja, por óbvio B pode ter sua capacidade contributiva reduzida). Um dos princípios da ordem econômica é a proteção ao meio ambiente por isso a concessão do benefício.
Busca do pleno emprego - §9º, artigo 195, CF – A cf diz que o legislador diferencia as empresas que que valorizam a mão de obra. (Ex. se uma empresa é robotizada e outra contrata mais, pode-se extrair a capacidade contributiva delas posto que a primeira tem mais despesas com funcionários).
Sempre irá partir da capacidade contributiva daquela pessoa para com as despesas do estado.
Na segunda parte do inciso II, vê-se o legislador estabelecendo um critério vedado para aferir a igualdade tributária. Não se pode utilizar função, ocupação não podem ser utilizados como critério diferenciador em matéria tributária, pelo fato de que, a atividade por si só que alguém exerce não diz nada em relação a capacidade contributiva (Ex. empresa que faz pneu e a empresa que faz cadeira, qual é a diferença? Não há. A diferença são os critérios subjetivos. A atividade exercida não faz diferença). A atividade é um elemento que não indica a capacidade contributiva. 
Existe isenção de IPI para pessoas com deficiência física, motora, visual em compra de carro. O judiciário não tem instrumentos e nem prerrogativas para resolver. O legislativo deve revogar a isenção. Isso não acaba, porque é um problema processual.
A Lei 8.212/91, artigo 22, inciso II – estabelece alíquota de um benefício para o trabalhador mas no instituto que é concernente aos riscos de sua atividade.
Outro critério vedado está no inciso I do 151, CF – a CF, aqui veda o critério a ida ou ivnda de produto para estados ou DF. (Não pode determinar alíquotas diferentes para região sul, norte, etc...Alíquota de tributo federal deve ser única). Exceção – na zona franca de Manaus, é uma área fechada de 10km², se você instalar sua fabrica ali para produzir qualquer coisa não se paga IPI, pelo simples fato de “se levar a indústria a uma região abandonada pelo Estado”, pois logisticamente é o pior local do mundo para se instalar. Então, se a União pretender corrigir um desequilíbrio socioeconômico, ela pode quebrar isso.
Art. 152, CF – Existe aqui dois critérios vedados (procedência e destino) o legislador não pode dizer “se vender pra SP o ICMS é tanto e para RS é tanto”, “Está vindo de SC é tanto, está vindo do PR é tanto”. Não se pode utilizar este critério.
O que pode justificar diferenciação em matéria tributária? O grande critério está no artigo 145, CF, a capacidade contributiva, que pode ser extraída do §1º deste artigo, pois não está expressa, ela não se identifica com o que está escrito, mas se extrai do que está escrito. É implícito, é um critério da igualdade, que é um princípio constitucional. Mas a doutrina leva a capacidade contributiva a um nível de princípio constitucional.
145, caput, CF - diz a competência concorrente da União, Estados e DF – Impostos, taxas e contribuição de melhoria. 
Art. 145, §1º primeira parte – “...capacidade econômica do contribuinte”. Diz que sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal (tenho que considerar a pessoalidade, elementos subjetivos) e serão graduados segundo a capacidade econômica (parte-se da capacidade econômica, soma-se aos elementos subjetivos, transformando em um conceito jurídico que é a capacidade contributiva.
Por que sempre que possível? As vezes não é possível analisar o caráter pessoal da pessoa que sofre incidência tributária (ICMS, IPI, Tributos Indiretos que são aqueles que incidem ao longo da cadeia econômica e repercutem no preço final pago pelo consumidor final, então, o sujeito vende minério de ferro, vende mercadoria, ela é contribuinte do ICMS, ele vende para a siderúrgica que derreteu e fez uma barra de ferro e vendeu para a indústria automobilística, que não só vendeu como gerou uma industrialização. A indústria automobilística transforma na porta de um carro e vende o carro para a concessionária então a concessionária vende o carro para o sujeito, esses sujeitos plurifásicos que vão incidindo ao longo do ciclo econômico, todos estes tributos vão formar o preço pago pelo consumidor final. Consumidor final não é contribuinte, mas vai arcar. O tributo direto é aquele que é suportado pela própria pessoa sobre a qual há a incidência tributária, I.R por exemplo). No caso de tributos indiretos não é possível aferir características pessoais deste sujeito. Tributos que incidem sobre o consumo não permitem a análise da capacidade contributiva subjetiva, SERÃO tributos que não terão caráter pessoal. Isso significa que eu terei que fazer uma análise objetiva da capacidade contributiva.
Capacidade contributiva subjetiva –é aquela que eu consigo extrair a partir das peculiaridades pessoais daquele que sofre o encargo financeiro da tributação. (IR, IPTU).
Análise objetiva – é uma análise do objeto que está sendo consumido, não do sujeito mas da capacidade contributiva a partir do objeto que está sendo consumido (Ex. se eu compro um pacote de arroz, subjetivamente eu não tenho como aferir a capacidade contributiva de quem está comprando. Agora, objetivamente , olhando no objeto ele me mostra muita ou pouca capacidade contributiva? Exemplo do balão: se o cara compra um balão ele já supriu suas necessidades mais e menos básicas a ponto de comprar um produto supérfluo). Quanto maior a essencialidade do produto, menor deve ser a alíquota e vice versa. 
A análise objetiva não é uma analise perfeita, mas ela cria um certo conforto, mas pode-se ter uma pessoa extremamente rica comprando o pacote de arroz e posso ter uma pessoa extremamente pobre comprando o mesmo pacote de arroz, desta forma, faz-se a análise subjetiva sobre o produto.
Porque só nos impostos? Eu não tenho como analisar a pessoalidade do agente quando se trata de taxas.
IMUNIDADES
A CF tributa tudo o que tem conteúdo econômica dividindo o que é dos Estados, União e dos Municípios, ou seja, ela define a competência tributária, definindo assim, o campo da incidência. 
Locação de bens móveis é um fato de conteúdo econômico que não está no campo da incidência, pois não incide IPI, ISS, IR, etc...
Após, a CF criou uma barreira que diz “eu estou criando um campo de incidência, eventualmente eu posso abarcar alguma coisa, podendo vir uma emendaconstitucional que cria um tributo específico sobre um fato de conteúdo econômico que não existia.” Então a CF cria o campo de incidência e estabelece uma barreira intransponível que o campo da incidência não pode ultrapassar, uma área em que a CF expressamente diz que não poderá atingir determinados fatos econômicos, o campo da Imunidades. Nem por emenda a CF pode ser tributado os templos de qualquer culto, por exemplo. Imunidade tributária constitucional é limitação ao poder tributar, então é direito e garantia individual, ou seja, cláusula pétrea.
O campo das imunidades é um vácuo legislativo, então não há atribuição de competência legislativa para atingir aqueles fatos do campo das imunidades. A imunidade é o campo da incompetência tributária, não pode haver incidência tributária sobre esses fatos.
A isenção está dentro do campo da incidência, eu só vou isentar algo que sofre tributação. (Ex. venda de medicamentos). Isenção é a dispensa legal do pagamento de um tributo devido.
A imunidade dos templos religiosos é mista pois se refere não somente aos templos mas a entidade religiosa que promove o culto vai ser imune a impostos. Deve-se cultuar algo além da vida humana, deve-se transcender algo humano.
Misto – é tanto objetivo quanto subjetiva, se liga tanto ao objeto quanto ao sujeito. Então se a igreja arrecadar dinheiro para realizar alguma festa etc, não irá pagar ICMS, ou seja, ela sendo imune, mesmo que você loque um imóvel seu para uma entidade religiosa, este imóvel será abarcado por esta imunidade religiosa. O STF entende que deve-se estender os direitos e garantias individuais. Se fosse isentado somente das igrejas que tivessem patrimônio imobiliário, haveria uma desigualdade.
Se a entidade religiosa loca para um estudante qualquer, ela terá imunidade sobre este imóvel, desde que o produto desta locação seja revertido em prol das atividades essenciais do templo de qualquer culto.
As pessoas políticas não cobram impostos entre si (união não cobra estado, estado não cobra município...)
As imunidades do inciso VI são um pedaço das imunidades que estão no texto constitucional.
Entidade de assistência social tem a imunidades dos impostos vinculados a alínea c do 160, CF. Como também das contribuições.
A imunidade recíproca (alínea a, inciso VI), é extensiva as autarquias e as fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público. (Ex. Uma fundação ou autarquia, federal estadual ou minucipal, terá direito a imunidade) Uma discussão recente no STF foi a dos Correios, ela tem direito a imunidade? Lá em fortaleza existe um prédio dos correios que é muito grande e o município resolveu cobrar IPTU, sob argumento de que não é autarquia e nem fundação e sim empresa pública (conforme §2º). O supremo fez uma interpretação diferente, baseando no §3º, dizendo que os correios realizam uma atividade que está fora do domínio privado (no que diz respeito a correios e telégrafos), o SEDEX é currier. O supremo entendeu que eles são imunes naquilo que atua como correios e telégrafos, ele não é imune no que diz respeito aos serviços de currier. Assim, o Supremo chegou a conclusão que era impossível a separação dos dois serviços.
PROGRESSIVIDADE (cai na prova)
Uma regra constitucional prevista para o IRPF, IPTU e ITR.
Dentro da igualdade encontramos a “progressividade”, uma regra constitucional válida para três tributos. A própria CF estabelece que este tributos se sujeitarão a esta progressividade.
Vamos imaginar que a pessoa tenha uma renda de 100, outra de 1000, outra de 10.000 e outra de 100.000. RENDA e não rendimento. E que o IRPF tem alíquota de 20%:
	100
	20
	1000
	200
	10.000
	2.000
	50.000
	
	100.000
	20.000
Existe uma relação proporcional, na medida que eu aumento a renda, eu aumento a incidência do tributo.
Matematicamente, a tabela tem uma igualdade inquestionável, todavia, juridicamente, há uma desigualdade absoluta.
A teoria do sacrifício é quem explica este fato, diz que para eu estabelecer tributação sobre a renda, as pessoas físicas de forma igualitária, eu não vou ter que igualar a incidência e sim o sacrifício que cada um tem para suportar a tributação. Eu preciso estabelecer o sistema de mais de uma alíquota que crie um sacrifício igual para todo mundo no que diz respeito ao casamento.
Para igualar este sacrifício, eu não posso ter uma única alíquota, pois, se há uma alíquota eu terei uma incidência proporcional e aqui, tem que ser mais que proporcional, deve ser progressivo. A única forma de eu estabelecer isso, é colocando alíquotas distintas para estas faixas de renda.
Assim, não faz sentido o primeiro sofrer uma incidência de tributação. O segundo parece que também, a diferença é que o primeiro é tão miserável que além de não sofrer a incidência direta, não deveria sofre a incidência indireta. Além disso, deveria receber os tributos indiretos de volta. Como eu faço para que ele não pague? Não tem como, pois se ele vai consumir é impossível calcular a incidência do tributo em épocas passadas na cadeia de produção do produto. Para devolver a tributação indireta ao indivíduo. 
O terceiro indivíduo, pode ser tributado em 10%, o próximo, 15% (para haver a progressividade), sendo o último, tributado a 25%.
	100
	0% + trib. indiretos
	1000
	0%
	10.000
	10%
	50.000
	15%
	100.000
	25%
A IGUALDADE MATEMÁTICA QUE EU TENHO EM UMA TRIBUTAÇÃO COM ALÍQUOTA ÚNICA, É JURIDICAMENTE DESIGUAL. DEVE-SE TER UM SISTEMA PROGRESSIVO PARA HAVER UM IGUAL SACRIFÍCIO.
A progressividade corrige a distorção da igualdade matemática implicada na distribuição.
RENDA = RECEITA-DESPESA (não pode ser qualquer despesa, só as despesas dedutíveis) só aquelas necessárias para obtenção e manutenção da receita.
	0 – 1000
	0%
	1000,01 – 3000,00
	10%
	3000,01 – 7000
	20%
	7000,01- 12000
	30%
	Acima de 12000
	40%
A tem renda de R$6.000,00 – IR R$_______________
B tem renda de R$9.000,00 – IR R$_______________
C tem renda de R$15.000,00 – IR R$______________
O imposto de renda deverá ser pago (incidir) sobre todos (princípio da generalidade, que é um elemento da isonomia), ou seja, todos são afetados pela lei, todos os acréscimos patrimoniais devem ter a incidência da I.R, e a progressividade.
PROGRESSIVIDADE NO IPTU
Aqui a progressividade tem uma lógica diferente, originariamente, na CF ela foi concebida como apenas uma progressividade no tempo, em razão do princípio da função social da propriedade. 
É prevista no artigo 182, CF, que trata de política de desenvolvimento urbano e no §4º, inciso I: a CF permite que o município edifique compulsoriamente um imóvel seu, que não esteja edificado, não subutilizado ou não utilizado. (Não edificado é aquele imóvel que não tem nada, um terreno baldio, onde não tem habitação ou atividade econômica, significa que este imóvel está servindo apenas para valorização imobiliária. Isso não tem nenhum problema. Não exerce a função social da propriedade e sim a função social econômica, não contribui para o déficit habitacional, mas não há nada de errado) (um imóvel subutilizado, você pode utilizá-lo mas em pequena medida, ou seja, pode-se estar utilizando sem edifica-lo, ou seja, fazer uma plantação. Mas ele teria o potencial muito maior de utilização mas está sendo subutilizado, inclusiva a prefeitura pode parcelá-lo, valorizando-o enormemente, podendo o município construir uma escola em uma ou mais das partes no terreno, de acordo com a Lei do Estatuto das Cidades) – (imóvel edificado, porém, não utilizado, tem um prédio mas não tem nenhuma edificação)
Nestas circunstâncias a CF prevê que o município pode exigir do funcionário que promova seu aproveitamento imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana progressivo no tempo) significa que o proprietário será intimado a partir da constatação das circunstâncias no §4º para promover o aproveitamento do imóvel até o próximo exercício financeiro, se não der, eu estabelecerei uma progressividade no tempo do IPTU, que por exemplo, é 2% sobre ovalor venal do imóvel, passando-se para 3% - passado mais um exercício financeiro, 4% e assim por diante, sendo o limite de 8% estabelecido pelo Estatuto das Cidades.
Não necessariamente é assim (2 para 3 ou 4) cabe ao legislador estabelecer, podendo inclusive ir direto para 5% no primeiro ano. 
Então, a lógica não está no equilíbrio dos sacrifícios mas sim na função social.
Era a única regra de progressividade que existia até o ano 2000, quando veio a emenda constitucional 29 que alterou o artigo 156 da CF, criando a progressividade em razão do valor do imóvel. 
Então a CF a partir de 2000, passou a permitir uma progressividade parecida com o cálculo de I.R de pessoa física. Contribuintes alegaram a inconstitucionalidade da emenda sob o argumento de que viola a capacidade contributiva (Pessoa A tem um imóvel que vale 2 milhões e a pessoa B tem 20 imóveis que valem 50 mil reais. A capacidade contributiva de B obviamente é maior, sendo que B iria pagar 3 vezes menos praticamente de IPTU do que o primeiro) O único jeito de se permitir isso aqui é que o legislador faça de imóvel para imóvel.
Além disso, se permitiu também, ter alíquotas diferentes de acordo com a localização e o uso do imóvel.
Localização – isso pode violar a capacidade contributiva também. Pois é preciso que o legislador municipal aja com sabedoria ao estabelecer alíquotas diferentes. (O sujeito A tem uma casa no Pilarzinho que vale 2 milhões e o sujeito B tem uma casa no Batel de 30m² que vale 100 mil reais. Assim o legislador diz que quem mora no Pilarzinho pagará 2% e o que mora no batel pagará 6%).
Esta Lei deveria estabelecer parâmetros de capacidade contributiva, por exemplo Imóveis em área industrial paga 6% e quem mora em área residencial, pagará 2%, assim, justifica-se a tributação devido ao exercício de atividade econômica no primeiro imóvel.
Uso – comercial, residencial...pode gerar alíquotas diferentes.
Deve-se identificar critérios válidos que tributem cada tipo de imóvel por cada fator (uso, localização...)
Artigo 153, inciso VI – IMPOSTO SOBRE A TERRIORIALIDADE RURAL
§4º, INCISO I – A progressividade para o ITR é totalmente voltada para a função social da propriedade rural, em razão da produtividade.
Uma propriedade rural que cumpre sua função social é aquela produtiva. 
SELETIVIDADE 
Se aplica ao ICMS e ao IPI, tão somente.
Portanto, o legislador estatual e o legislador da União estão limitados por esta regra constitucional.
O IPI – artigo 153, §3º, inciso I, CF – a seletividade existe em função da essencialidade do produto (o IPI “será” seletivo) “poderá” ser seletivo.
A regra diz que quando maior a essencialidade, menor deve ser a tributação, e inversamente proporcional, quanto menor a essencialidade, maior a incidência tributária.
“se o cara comprou jóia é uma alíquota maior, se ele consumiu arroz, será menor”.
 O ICMS é um imposto sobre a operação de circulação da operação, então, todos os custos da operação devem estar inclusos no ICMS.
O ICMS é calculado através do “cálculo por dentro”, por exemplo 
LUZ = R$100,00 – ICMS=29% = 137,41
A seletividade é uma das regras mais violadas pelos legisladores, que se defendem dizendo que a utilidade do ICMS é facultativa pois a seletividade do ICMS pode ser uma ou várias.
Poderá – o ICMS pode ter uma alíquota única ou várias alíquotas. Todavia, se eu tiver mais de uma, ela será graduada em função da essencialidade.
Será – significa que eu não posso ter uma alíquota única de IPI. Obrigatoriamente devo ter mais de uma, sendo graduadas em função da essencialidade.
A seletividade não funciona.
A seletividade surgiu justamente para tentar corrigir a distorção dos tributos indiretos (ICMS e IPI), que vão incidindo ao longo da cadeia, que serão pagos ao final.
Nos tributos indiretos, se faz um exame objetivo da capacidade contributiva do sujeito.
Assim surge a regra da seletividade “se o objeto consumido for essencial, a carga tem que ser baixa”
150, IV, CF – tributo com efeito de confisco. 
O tributo não pode ser usado como pena de perdimento. Não se pode tributar fortemente a ponto de tomar a propriedade. O tributo não pode ter este efeito.
Pode-se proibir a atividade da empresa, mas não tributá-la a ponto de tomar aos poucos o seu patrimônio.
O Supremo pacificou o seguinte “A CF fala em tributo que não pode ser utilizado com efeito de confisco, mas se este não pode ser utilizado, a multa também não pode. Não se pode deixar arrecadação confiscatória ultrapassar tributo”. (ADI 1075).
Conflito §4º 182 x inciso IV 150:
Ambos são redação originária da CF, então não tem inconstitucionalidade
O Supremo diz que o aumento progressivo de alíquotas não leva a perda da propriedade, será uma incidência forte, mas não tem efeito de confisco.
TRANSPARÊNCIA
150, §5º, CF.
A lei prevê o cálculo aproximado da carga tributária incidente naquelas mercadorias. Devendo incidir na nota fiscal. (Lei 12. 527).
Nos EUA tem o preço do produto na etiqueta e na hora de passar é outro.
NÃO CUMULATIVIDADE (CAI QUESTÃO NA PROVA)
É uma limitação constitucional ao poder de tributar. Aplica-se ao ICMS, ao IPI, à PIS e CONFINS no regime de apuração de lucro real e vai se aplicar aos impostos residuais da União.
ICMS (art. 155, §2º, I, CF)
IPI (art. 153, §3º, II, CF)
PIS/CONFINS Lucro Real) (art. 195, §12º,CF) – O lucro real é uma forma contábil de apuração que leva obrigatoriamente a incidência não cumulativa de PIS e COFINS.
Imposto residuais (art. 154, I , CF)
Tributos Diretos – São aqueles que incidem sobre determinado contribuinte que sofre o encargo financeiro desta tributação, ou seja, eu contribuinte sou sujeito passivo desta obrigação e faço desembolso financeiro para pagar o tributo.
Tributos indiretos – vão incidir ao longo de uma cadeia produtiva, por agentes (industrializadores, comerciantes) e o encargo financeiro desta incidência recairá sobre o consumidor, que suportará o peso deste tributo. Então incide indiretamente sobre o consumidor final. Eles podem ser:
Monofásicos: são aqueles que incidem em uma única fase deste ciclo econômico. (Não incide nas fases anteriores, mas só na fase final da venda – (ex. ISS, PIS/CONFINS em regime de lucro presumido).
Plurifásicos: são aqueles que incidem em várias fases do ciclo econômico. (Ex. ICMS, IPI, incidem em todas as fases). Estes podem ser:
- Cumulativos: 
Preço inicial: R$100,00
Ag. Valor: R$100,00
Alíquota: 20%
M (R$100) S (R$200) R (300) F (400) D (500) V(600) – CF. 
$20 40 60 80 100 120 – R$420,00 Carga tributária. 
É cumulativa porque todos vão incluir o imposto no preço. Quando S vende por 200, estes 200 estão sendo tributados, e dentro destes 200 existem 100 que ele agregou e 100 que já tem 20 de tributo. Então dentro deste preço tributado já tem os 20.
Quanto maior a cadeia, maior a incidência tributária, e quando menor a cadeia, menor a incidência tributária. Isto leva a verticalização da economia, gerando uma inflação grande pois as empresas começam a pilhar um agente em cima do outro para reduzir a cadeia. Por exemplo: R compra S, F e D. M vende a matéria por 100, que faz o trabalho de S, R, F, D que vende diretamente para o varejista por 500 do mesmo jeito
Separados eles pagavam 280, juntos eles pagam 100.
A verticalização é um problema porque se concentra poder econômico e assim elimina a concorrência, violando o princípio da Livre Concorrência.
M –SRFD – V - CF
 
- Não-cumulativos: vai descontar o que foi pago de tributo nas etapas anteriores, tributa-se cada uma das fases descontando o que foi pago nas etapas anteriores
M (R$100) S (R$200) R (R$300) F (R$400) D (R$500) V (R$600) CF. 
 20 20 20 20 20 20 - carga tributária final – 120%
É aquele tributo que incide apenas sobre o valor agregado em cada operação, descontando o que incidiu nas operações anteriores. Percebe-se aqui que se eu pegar a alíquotae aplicar sobre o preço final diretamente, tenho que chegar no mesmo valor.
VERTICALIZANDO:
M (R$100) SRFD (500) V (600) – CF. 
 20 80 20 – Nota-se que deu 80 porque o valor agregado foi 400.
No sistema não cumulativo, tanto faz verticalizar ou não.
A CF tem uma previsão no artigo 155, §2º, II, a, b – é uma disposição aplicado ao ICMS – a isenção ou a não incidência gerará uma anulação dos créditos relacionados as operações anteriores, ou seja, a etapa posterior não recebe o crédito da etapa anterior.
M (R$100) S (R$200) R (300) F (400) D (500) V(600) – CF. 
 20 20 20 0 100 20 – carga tributária total – 180
A isenção gera um aumento de carga tributária.
Não se dá isenção no meio da cadeia, a chamada isenção intercalar, pois esta aumenta a carga tributária final, ninguém deveria fazer isso, é um erro grosseiro de finanças públicas. Se dá isenção no primeiro ou no último. 
Quando se tem uma isenção, a tendência é não repassar a incidência.
Quando se isenta o varejo, tem-se uma alteração na carga tributária.
EXCEÇÃO PARA IPI– a LEI 9779, no artigo 11 diz que se a cadeia isenta for uma cadeia de material intermediário de matéria prima e de embalagens, por mais que ela seja isenta, ela vai gerar um crédito presumido para a etapa seguinte. Aí se tem uma incidência de 0 mas transfere-se um crédito fantasma presumido para normalizar as etapas 
CAI NA PROVA (com etapa isenta)

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