Introducao a Filosofia da Educacao Moderna

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Renascimento 
 
Período histórico: 1300 a 1650 
Característica Fundamental 
Redescoberta: antiga cultura greco-romana 
Perfil Cultural 
Transição do bidimensional para o tridimensional 
Perfil Cultural 
Pintura bidimensional egípcia (III Milênio A.C.) 
Perfil Cultural 
Pintura bidimensional: Cenni di Petro 
(Giovanni) Cimabue (1240-1302) - Maestà, 
na Galeria de Uffizi (Firenze) 
Perfil Cultural 
Lamentação, na Capella degli Strovegni – Giotto (1266-1337) 
Pintura tridimensional 
Perfil Histórico 
- invenção do Estado Moderno 
- invenção do indivíduo (dignidade humana) 
c) Sacerdócio Universal 
- descoberta do Novo Mundo 
- Reforma Protestante: 
a) Justificação pela Fé 
b) Livre Exame 
- Invenção da imprensa 
 
 
 
 Humanismo e Antropocentrismo 
 
Perfil Cultural 
sociedade burguesa (classes sociais) 
, 
 
Perfil Socioeconômico 
economia capitalista (lucro) 
 
eixos fundamentais 
, 
 
Filosofia da Educação 
Idade Moderna: 1500-1800 
 
 educação como processos indissociáveis na 
cultura grega; 
 os sistemas filosóficos e as teorias 
pedagógicas na Idade Moderna: racionalismo 
(Descartes), empirismo (Locke e Bacon), 
iluminismo (Kant), romantismo (Rousseau); 
 as questões do sujeito, da liberdade, da 
autonomia e da dignidade em relação aos 
desafios da ciência e da tecnologia; 
 Ética, política, ciência e religião no 
processo educativo. 
Fundamentos Filosóficos da Educação 
, 
 
Reforma Protestante 
Lutero e Calvino 
 
 Alguns argumentam que nunca teria sido um mundo 
moderno, como é conhecido atualmente sem a Reforma 
Prostestante. “In the words of church historian”, Philip 
Schaff, “It marks the end of the Middle Ages and the 
beginning of modern times; 
 
 A Reforma Protestante deu, direta ou indiretamente, 
um poderoso impulso a cada movimento para a frente e 
tornou-se a força propulsora na história do capitalismo 
e da civilização moderna. 
 
 Bases da Educação Protestante 
 
 Cada paróquia deve ser uma escola; 
 Educação não é privilégio, é necessidade; 
 A educação deve servir para moldar o espírito da 
criança, preparando-a para as tarefas simples da vida 
(anti-intelectualismo); 
 A Fé deve ser instruída pela leitura da Bíblia e todos 
devem ter acesso direito, por meio de devocionais 
individuais; 
 o conhecimento deve ter uma conseqüência prática e 
ser orientado para resolver problemas de ordem prática. 
Reação católica à campanha da Reforma Protestante 
 CONTRA-REFORMA CATÓLICA 
Inquisição, livros proibidos, e Companhia de Jesus por Inácio de Loyola em 1534. 
Reação católica à campanha da Reforma Protestante 
Ministrando todos um mesmo conteúdo, da mesma maneira 
Regras e grade de ensino que todas as unidades educacionais dos jesuítas 
Método de ensino intitulado Ratio Studiorium 
Studia inferiora 
Letras Humanas composta de gramática, humanidades e retórica, que era o grau 
médio e durava três anos. Era o estágio inicial de todo o ensino e baseava-se na 
literatura greco-latina e mantendo um currículo idêntico. Filosofia e Ciências (ou curso 
de artes) também durava três anos e compunha-se de: lógica, introdução às ciências, 
cosmologia, psicologia, física aristotélica, metafísica e moral, cujo objetivo era formar 
filósofos. 
Studia superiora 
 CONTRA-REFORMA CATÓLICA 
Tecnologia e Ciências Sagradas - formação de padres; 
O Latim era ensinado até que os alunos tivessem sobre o mesmo 
pleno domínio. Recomendando-se a repetição para memorização; 
Aos sábados eram tomadas as lições da semana, donde originou-
se a palavra sabatina. Para os mais adiantados havia torneios de 
erudição; 
O estímulo à competição era fomentado entre indivíduos e 
classes; 
A emulação era um recurso muito utilizado através de 
dramatizações, onde os alunos assumiam identidades fictícias 
como: Imperador, Ditador, Cônsul, Tribuno, Senador, Cavaleiro, 
Decurião, Edil etc 
Eram também divididos em duas facções como, por exemplo: 
romanos e cartagineses. 
Studia superiora 
 CONTRA-REFORMA CATÓLICA 
Os que mais se destacavam na emulação eram premiados em 
cerimônias pomposas com a presença de familiares, autoridades 
civis e eclesiásticas; 
Montavam peças de teatro com textos clássicos e litúrgicos, 
desde diálogos até comédias e tragédias; 
Tinham colégios com internato e externato, com muito estudo e 
atividades recreativas. 
As férias eram bem curtas para que os alunos não tivessem a 
mínima oportunidade de desviar-se dos ensinamentos recebidos; 
Seu olhar seguia os alunos a todas as partes. Quando houvesse 
necessidade de algum castigo físico, era contratado um „corretor‟ 
fora dos quadros da instituição. 
 “Os jesuítas tornaram-se famosos pelo empenho em 
institucionalizar o colégio como local por excelência, de formação 
religiosa, intelectual e moral das crianças e dos jovens”. Aranha. 
René Descartes (1596-1650) 
Racionalismo 
Pensamentos 
Dúvida metódica 
"Tomei a decisão de fingir que todas as coisas 
que até então haviam entrado na minha mente 
não eram mais verdadeiras do que as ilusões 
dos meus sonhos." 
"Viver sem filosofar é o que se chama ter os 
olhos fechados sem nunca os haver tentado 
abrir." 
Método 
Cogito ergo sum – dúvida metódica 
Discurso do método 
a) verificação (idéias claras e distintas na 
 superação da dúvida) 
b) análise 
c) síntese 
d) enumeração (revisão) 
John Locke (1632-1704) 
Empirismo 
Método 
Tabula rasa (do latim, "folha em branco") 
Rejeição às idéias inatas: 
a) Origem do conhecimento: os sentidos 
b) Experiência como modelo de ciência 
Obras principais 
a) Ensaio sobre o entendimento humano 
b) Dois Tratados sobre o Governo 
Francis Bacon (1561–1626) 
Empirismo 
Método 
Novum Organum 
Rejeição às idéias inatas 
Ídolos 
No que se refere ao Novum Organum, Bacon 
preocupou-se inicialmente com a análise de 
falsas noções (ídolos) que se revelam 
responsáveis pelos erros cometidos pela 
ciência ou pelos homens que dizem fazer 
ciência. É um dos aspectos mais fascinantes 
e de interesse permanente na filosofia de 
Bacon. Esses ídolos foram classificados em 
quatro grupos 
1) Idola Tribus (ídolos da tribo) 
Ocorrem por conta das deficiências do 
próprio espírito humano e se revelam pela 
facilidade com que generalizamos com base 
nos casos favoráveis, omitindo os 
desfavoráveis. São assim chamados porque 
são inerentes à natureza humana, à própria 
tribo ou raça humana. Astrologia, alquimia e 
cabala são exemplos dessas generalizações 
2) Idola Specus (ídolos da caverna) 
Resultam da própria educação e da pressão dos 
costumes. Há, obviamente, uma alusão à 
alegoria da caverna platônica 
 
3) Idola Fori (ídolos da vida pública) 
Estes estão vinculados à linguagem e decorrem 
do mau uso que dela fazemos 
4)Idola Theatri (ídolos da autoridade) 
Decorrem da irrestrita subordinação à autoridade 
(Igreja e Aristóteles). Os sistemas religiosos e 
filosóficos careciam de demonstração, eram pura 
invenção como as peças de teatro 
Immanuel Kant (1724–1804) 
Criticismo 
Pensamento central 
Kant é famoso pela elaboração do idealismo 
transcendental, que todos trazemos formas e 
conceitos a priori (não vêm da experiência) para 
a experiência concreta do mundo, os quais 
seriam de outra forma impossíveis de determinar. 
A filosofia da natureza e da natureza humana de 
Kant é historicamente uma das mais 
determinantes fontes do relativismo conceptual 
que dominou a vida intelectual do século XX. No 
entanto,é muito provável que Kant rejeitasse o 
relativismo nas formas contemporâneas, como 
por exemplo o Pós-modernismo 
juízos sintéticos a priori: intuições puras 
Tempo e espaço: formas a priori da sensibilidade 
Na “transcendental" do espaço, há condições 
subjetivas da objetividade. Se o conhecimento é 
relação, ou relacionamento (do sujeito com o 
objeto), não, pode conhecer as coisas "em si", 
mas "para nós” 
As condições do conhecimento sensível são as 
formas a priori da sensibilidade. Não existe a 
"coisa em si". Só é possível conhecer coisas 
extensas no espaço e sucessivas no tempo, 
como se manifestam, ou aparecem, ou seja, 
"fenômenos” 
Classificação do conhecimento 
A priori: independe da experiência 
A posteriori: deriva da experiência (sentidos) 
Obras principais 
Crítica da Razão Pura (verdade) 
Crítica da Razão Prática (bem) 
Crítica da Razão Estética (belo) 
O que posso conhecer? 
Crítica da Razão Pura: os limites da razão 
Como posso conhecer? 
Para que conhecer?