Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
MORFOLOGIA EXTERNA DAS PLANTAS Conceitos básicos acerca dos grupos de plantas Todas as plantas que produzem flores são denominadas fanerógamas e aquelas que não as produzem são chamadas de criptógamas. FANERÓGAMAS São dividas em angiospermas e gimnospermas. As primeiras frutificam enquanto, as segundas, apenas florescem. As angiospermas podem ser monocotiledôneas (1) ou dicotiledôneas (2). Plantas monocotiledôneas são caracterizadas pelas sementes com cotilédone único, reduzido e sem função de reserva energética. Possuem sistema radicular do tipo fasciculado (raiz adventícia), folhas com nervuras paralelinérveas e flores trímeras. Plantas dicotiledôneas são caracterizadas pelas sementes com presença de dois cotilédones que funcionam como órgão de reserva energética. Seu sistema radicular é do tipo axial (raiz pivotante), as folhas possuem nervuras reticuladas e as flores podem ser dímeras, tetrâmeras ou pentâmeras. CRIPTÓGAMAS São plantas que não produzem flores. Neste grupo também são abordados seres unicelulares que são considerados os primórdios do reino vegetal. A divisão organiza-se da seguinte maneira: Talófitas: cianobactérias, algas e fungos. Briófitas: musgos e hepáticas Pteridófitas Líquens: não representa um grupo de plantas equivalente aos demais e sim uma associação entre algas e fungos específicos. Raízes As raízes constituem o elemento de fixação das plantas no solo. Além disso, têm funções de absorção de água e outras substâncias essenciais, condução de seiva para as demais partes do vegetal e armazenamento de nutrientes. A raiz é divida em cinco partes principais, cada qual com seu papel específico: COIFA Órgão em forma de capuz com função de amortecer o atrito da raiz com as partículas do solo durante o crescimento da mesma. Nas plantas aquáticas a coifa é mais desenvolvida, constituída de várias camada superpostas, e protege as partes mais delicadas da raiz contra ataques de microorganismos, que são abundantes neste meio. ZONA LISA (DE CRESCIMENTO) Região desprovida de pelos na qual se da o crescimento longitudinal da raiz. É nessa zona que acontece a divisão e diferenciação celular. ZONA PILÍFERA (PILOSA) Região dotada de pelos absorventes que são responsáveis por retirar do solo água e sais minerais para a planta. Com o envelhecimento gradativo das raízes tais pelos tendem a cair, enquanto novos pelos são formados na região próxima ao ápice. ZONA SUBEROSA (DE RAMIFICAÇÃO) Região de onde partem as raízes secundárias. Nesse local observa-se a queda de pelos absorventes. COLO Região limite entre a raiz e o caule. Classificação das raízes As raízes podem ser classificadas quanto à origem (sistema radicular fasciculado ou axial), quanto ao meio em que se desenvolvem (terrestre, aquático, aéreo) e quanto à suas funções especiais. RAÍZES TERRESTRES Possuem gravitropismo positivo e são as mais comuns entre as plantas. RAÍZES AQUÁTICAS Podem ser fixas ou flutuantes. As flutuantes geralmente são de pequeno porte e não apresentam pelos absorventes, além disso possuem câmaras para armazenamento de ar. RAÍZES AÉREAS Desenvolvem-se acima do nível do solo, mantendo contato direto com a atmosfera. Geralmente são nomeadas de acordo com sua função. Grampiformes São pequenas e em forma de grampos. Ajudam a fixar a planta em uma superfície. Escoras (raízes de suporte) Originam-se de caules e se dirigem verticalmente para o solo, onde penetram e se ramificam, aumentando o sistema de fixação da planta. Pneumatóforos (raízes respiratórias) Raízes com gravitropismo negativo. Possuem pequenos orifícios (lenticelas), por onde há oxigenação das raízes, portanto funcionam como órgãos de respiração. Encontradas em plantas de terrenos pantanosos, pouco arejados. Tabulares Desenvolvem-se bem próximas à superfície do solo, crescem formando pranchas aderentes à base do tronco. O nome tabular se dá em função do aspecto de tábua dessas raízes. Epífitas Tais raízes crescem sobre outras plantas em direção ao solo, sem parasitar a hospedeira. Haustórios (raízes parasitas) Raízes finas e modificadas de plantas parasitas que penetram até os vasos da planta hospedeira, retirando desta os alimentos. Raízes tuberosas: são as raízes que formam os tubérculos. Seu grande desenvolvimento é determinado pela sua capacidade de acúmulo de substâncias alimentares nos tecidos. No caso da beterraba a raiz principal se transforma em tubérculo. No caso da batata as ramificações da raiz são tuberosas. . Caule O caule é o elemento de ligação entre as raízes e as folhas. Entre suas diversas funções destacam-se o suporte da copa (folhas e flores), a condução de materiais entre a copa e o sistema radicular e a propagação vegetativa. Morfologia externa do caule GEMAS: Regiões meristemáticas protegidas por primórdios foliares. NÓS: Região na qual ocorre a inserção das folhas. ENTRENÓS: Espaço entre dois nós consecutivos. FOLHAS: Apêndices laterais do caule. Crescimento caulinar Monopodial: Esse tipo de crescimento ocorre através de uma única gema apical que persiste por toda a vida da planta. Há a predominância do ápice caulinar. Simpodial: Crescimento gerado pela atividade de mais de uma gema apical, podendo haver maior ou menor dominância de um eixo principal. O desenvolvimento do ápice caulinar é suplantado periodicamente pelo crescimento das gemas laterais. Classificação dos caules CAULES AÉREOS Tronco É um caule robusto, lenhoso, com maior desenvolvimento na base e ramificações no ápice. Ocorre principalmente em árvores e arbustos das dicotiledôneas e em gimnospermas. Estipes Caule que também possui um grande desenvolvimento, mas não se ramifica. Em seu ápice apresenta um tufo de folhas que se prende diretamente na estrutura caulinar. Colmos Apresentam-se em toda sua extensão divididos em gomos e geralmente não se ramificam. Podem ser fistulosos (ocos) ou cheios. O bambu é um tipo de colmo fistulado A cana-de-açúcar apresenta-se na forma de um colmo cheio Hastes Formações caulinares frágeis, geralmente de cor verde, ramificados e flexíveis. São típicos de plantas de porte herbáceo. Desenho esquemático comparando os diferentes tipos de caules aéreos CAULES AÉREOS TREPADORES Não conseguem se manter eretos devido a deficiência de tecidos de sustentação, necessitando de suporte para seu desenvolvimento. Volúveis Escandentes (possuem gavinhas) CAULES AÉREOS RASTEJANTES Estolhos: crescem paralelamente a superfície do solo e emitem raízes adventícias e ramos ao longo dos nós, podendo formar novas plantas. Sarmentosos: caules rastejantes que apresentam apenas um ponto de fixação ao solo. CAULES SUBTERRÂNEOS Rizomas Formações caulinares mediamente espessas e bastante ramificadas que crescem paralelamente ao solo. Produzem folhas e ramos laterais. Bulbo Sistema caulinar comprimido e complexo com gemas protegidas por catafilos. Podem ser compostos (alho) ou tunicados (cebola). Tubérculo Caule subterrâneo com grande quantidade de reservas nutritivas. Um exemplo desse tipo de sistema caulinar é a batata, já mecionada anterioremente. Cormo Sistema caulinar subterrâneo, provido de catáfillos secos e um eixo intumescido onde se localizam as reservas nutritivas. Estruturas Acessórias e caules modificados Cladódios: Caule de formato comprido e laminar geralmente provido de folhas rudimentares (espinhos). Filocládios: Caule modificado fotossintetizante com aspecto achatado como uma folha. É uma adaptação do cladódio para ambientesmenos luminosos. Gavinhas: Ramos modificados que se enrolam ao entrar em contato com alguma estrutura, garantindo o suporte e a fixação da planta. Espinhos: São ramos de crescimento determinado, pontiagudos e rígidos; são sempre órgãos modificados dotados de vascularização. Acúleos: Processos epidérmicos usualmente pontiagudos que se destacam com relativa facilidade. Diferentemente dos espinhos, estes processos não apresentam vascularização. Folhas As folhas são apêndices laterais do caule com crescimento determinado. Geralmente são laminares; possuem simetria bilateral e são especializadas para função fotossintética. Morfologia externa geral da folha Folhas com presença de pecíolo são denominadas pecioladas enquanto as folhas sem pecíolo são chamadas de sésseis. Além da função fotossintética, as folhas são responsáveis pela transpiração e respiração da planta; condução e distribuição da seiva; reserva de nutrientes e reserva de água. As folhas podem ser: Simples (limbo único e contínuo) Compostas (limbo dividido em lâminas menores denominadas folíolos) Folha pinada imparipinada Folha pinada paripinada Folha digitada (palmada) Folha bipinada Filotaxia É o padrão de distribuição e organização das folhas em torno e ao longo do caule. ALTERNADA/ALTERNAS Uma folha produzida em cada nó. Espiralada: folhas ocorrem de maneira helicoidal no ramo Dística OPOSTAS Folhas surgem aos pares em cada nó. Cruzada Dística VERTICILADAS Três ou mais folhas surgem no mesmo nó. ROSETAS Simetria ASSIMÉTRICA SIMÉTRICA Venação PARALELINÉRVEA Possui nervuras paralelas. PENINÉRVEA Possui nervuras com arranjo em forma de pena. PENIPARALELINÉRVEA Tipo de venação na qual as nervuras de maior porte formam um arranjo em forma de pena e a venação menor é paralela CURVINÉRVEA Padrão de venação com nervuras secundárias surgindo da base paralelas à nervura principal. PALMINÉRVEA Nesse tipo de venação as nervuras se irradiam a partir do pecíolo para cada porção da folha. Forma da folha ou folíolo Existe uma gama considerável de formatos de folhas e folíolos, porém serão destacados aqui apenas os quatro tipos mais comuns. OVADA: Mais larga próximo a base. ELÍPTICA: Mais larga na porção mediana. OBOVADA: Mais larga próximo ao ápice. OBLONGA: Ápice e bases obtusos e margens paralelas Principais formatos de margem INTEIRA CRENADA DENTEADA SERREADA
Compartilhar