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OS ELÉTRONS E PERIODICIDADE QUÍMICA Aula 2 Os elétrons Modelo da Mecânica Quântica e as energias eletrônicas O Insucesso da mecânica clássica Mecânica Clássica Mecânica Quântica Os elétrons Princípio da incerteza de Heisenberg “O produto da incerteza associada ao valor de uma coordenada xi e a incerteza associada ao seu correspondente momento linear pi não pode ser inferior, em grandeza, à constante de Planck normalizada.” ∆𝑥. ∆𝑝 ≥ ħ 2 Werner Heisenberg ħ – Constante de Planck dividida por 2π Os níveis eletrônicos de energia Os elétrons Orbital • Estados individuais que podem ser ocupados por um elétron (nível de energia) Spin Eletrônico • Possíveis sentidos de rotação atribuídos aos elétrons (+1/2, -1/2), ou seja, sentido horário e anti-horário. Paramagnetismo • É o comportamento que o elétron possui de ser atraído por um campo eletromagnético quando encontra-se “desemparelhado. Subcamadas • Agrupamento de orbitais em um átomo. No estado fundamental os elétrons em um átomo ocupam quatro de subcamadas designadas por s, p, d e f que consistem em 1, 3, 5 e 7 orbitais respectivamente. Os elétrons Representação Esquemática de orbitais Os elétrons subcamada f subcamada d subcamada p subcamada s Camadas • Agrupamento de subcamadas. É designada pelo valor do número quântico principal representado pela letra n ou recebe a denominação de uma letra: K, L, M, N, etc. Regra de Hund • Os elétrons numa mesma subcamada tendem a permanecer desemparelhados (em orbitais separados) com spins paralelos. Os elétrons Os números Quânticos Os elétrons As teorias da MECÂNICA QUÂNTICA, definidas por Planck, De Broglie, Schrödinger e Heisemberg, dentre outras, auxiliaram na identificação dos elétrons. Os NÚMEROS QUANTICOS são os modelos que nos auxiliam na localização e identificação da posição do elétron na orbita de um átomo. 1. Números Quânticos Principal (n); 2. Números Quânticos Secundário (l); 3. Números Quânticos Magnético (ml); 4. Números Quânticos Spin (ms); 1. Números Quânticos Principal (n): É um número inteiro que representa os níveis de energia, desde n = 1, para o primeiro nível; n = 2 para o segundo nível e assim até o infinito. Como nos átomos conhecidos número máximo de camada é igual a 7, o NÚMERO QUÂNTICO PRINCIPAL VARIA DE 1 A 7. 1 2 3 4 5 6 7 O NÚMERO QUÂNTICO PRINCIPAL foi deduzido independentemente por Bohr e Schrödinger, pela fórmula: E = - 2.π2 . m . e4 . Z2 n2. h2 E = energia de uma camada; m = massa de um elétron; e = carga de um elétron; Z = número atômico; h = constante de Planck; n número quântico principal; Os elétrons Camada Número Quântico Principal (n) Número máximo de elétron (Teórico) (2n2) Número máximo de elétron (Prática) (2n2) K 1 2.12 = 2 2 L 2 2.22 = 8 8 M 3 2.32 = 18 18 N 4 2.42 = 32 32 O 5 2.52 = 50 32 P 6 2.62 = 72 18 Q 7 2.72 = 98 2 Número máximo de elétrons nas camadas = 2n2 Os elétrons 2. Números Quânticos Secundário (l): Também conhecido como número quântico de momento angular do orbital. Caracteriza a uma subdivisão de energia dentro de cada camada, revelando, desta maneira a existência do Subnível de Energia. l = 0; 1; 2; ...; n - 1 l = 0; l = 1; l = 2; l = 3; Os elétrons l = 0 indica o subnível s l = 1 indica o subnível p l = 2 indica o subnível d l = 3 indica o subnível f Camada Subníveis Existentes na Camada Quantidade de Subníveis na Camada K (n = 1) s (l = 0); 1 L (n = 2) s (l = 0); p (l = 1) 2 M (n = 3) s (l = 0); p (l = 1); d (l = 2); 3 N (n = 4) s (l = 0); p (l = 1); d (l = 2); f (l = 3) 4 O (n = 5) s (l = 0); p (l = 1); d (l = 2); f (l = 3) 4 P (n = 6) s (l = 0); p (l = 1); d (l = 2); 3 Q (n = 7) s (l = 0); 1 Os elétrons 1 K 2 L 3 M 4 N 5 O 6 P 7 Q 1s 2s 3s 4s 5s 6s 7s 2p 3p 4p 5p 6p 3d 4d 5d 6d 4f 4f Diagrama de Linus Pauling Os elétrons Linus Pauling Cada subnível pode representar um ou mais orbitais, sendo que, O NÚMERO MÁXIMO DE ORBITAIS É CALCULADO PELA EXPRESSÃO: l = 0 (2.0 +1) = 1 - corresponde ao subnível s l = 1 (2.1 +1) = 3 - corresponde ao subnível p l = 2 (2.2 +1) = 5 - corresponde ao subnível d l = 3 (2.3 +1) = 7 - corresponde ao subnível f s p d f Os elétrons O NÚMERO MÁXIMO DE ELÉTRONS NO SUBNÍVEL É CALCULADO PELA EXPRESSÃO: 2.(2l + 1) l = 0 2. (2.0 +1) = 2 ELÉTRONS l = 1 2. (2.1 +1) = 6 ELÉTRONS l = 2 2. (2.2 +1) = 10 ELÉTRONS l = 3 2. (2.3 +1) = 14 ELÉTRONS s p d f O NÚMERO MÁXIMO DE ELÉTRONS NAS CAMADAS 32 Os elétrons 1 K 2 L 3 M 4 N 5 O 6 P 7 Q 1s 2s 3s 4s 5s 6s 7s 2p 3p 4p 5p 6p 3d 4d 5d 6d 4f 4f 2 elétrons 8 elétrons 18 elétrons 32 elétrons 32 elétrons 18 elétrons 2 elétrons Os elétrons 3. Números Quânticos Magnético (ml): Caracteriza o orbital em que existe a probabilidade de se encontrar o elétrons. O número quântico magnético assume valores positivos e negativos. l = 0 (2.0 +1) = 1 - corresponde ao subnível s l = 1 (2.1 +1) = 3 - corresponde ao subnível p l = 2 (2.2 +1) = 5 - corresponde ao subnível d l = 3 (2.3 +1) = 7 - corresponde ao subnível f s ml = 0 d ml = -2, -1, 0, 1, 2 f ml = -3, -2, -1, 0, 1, 2, 3 p ml = -1, 0, 1 Os elétrons 4. Números Quânticos Spin (ms): De acordo com a mecânica quântica um elétron tem dois estados de spin representados pelas setas sendo que estas setas só podem assumir dois valores +1/2 e -1/2. Os elétrons Linus Pauling (1901 a 1994): Químico norte americano desenvolveu a metodologia prática que fornece a ordem crescente de energia dos subníveis. Tem maior energia o elétron que apresenta a maior soma dos números quânticos principal e secundário ( n + l). Exemplo1: Entre os subníveis 5d e 6s qual o de maior energia? 5d → n = 5; l = 2. n + l = 7 6s → n = 6; l = 0. n + l = 6 5d é o de maior energia. Exemplo 2: Entre os subníveis 4p e 5s qual o de maior energia? 4p → n = 4; l = 1. n + l = 5 5s → n = 5; l = 0. n + l = 5 5s é o de maior energia, pois apresenta maior número quântico principal. Os elétrons 1 K 2 L 3 M 4 N 5 O 6 P 7 Q 1s 2s 3s 4s 5s 6s 7s 2p 3p 4p 5p 6p 3d 4d 5d 6d 4f 5f 2 elétrons 8 elétrons 18 elétrons 32 elétrons 32 elétrons 18 elétrons 2 elétrons 1s2, 2s2, 2p6, 3s2, 3p6, 4s2, 3d10, 4p6, 5s2, 4d10, 5p6, 6s2, 4f14, 5d10, 6p6, 7s2... Regra de Hund: Princípio da Máxima Multiplicidade. A distribuição dos elétrons é feita em duas etapas: 1. Coloca-se inicialmente um elétron em cada orbital, este deve apresentar spins paralelos; 2. Após cada orbital, do mesmo subnível, apresentar um elétron inicia-se o emparelhamento dos demais. 1 Elétron 2 Elétrons 3 Elétrons 5 Elétrons Os elétrons Fazer a distribuição eletrônica para os átomos abaixo. Identificar o última camada, o subnível mais energético. a) Na (Z=11); b) Mn (Z=25); c) Co (Z=27). Exercício IMPORTANTE: OS ELÉTRONS MAIS EXTERNOS SÃO USADOS NA FORMAÇÃO DAS LIGAÇÕES QUÍMICAS. A TEORIA QUE DEFINE ESTAS LIGAÇÕES É CONHECIDA COMO TEORIA DA LIGAÇÃO PELA VALÊNCIA. Fazer a distribuição eletrônica para os átomos dos gases nobres, dos metais alcalinos, alcalinos terrosos e halogênios.Os elétrons As equações de onda - É possível descrever qualquer movimento ondulatório por um tipo de equação matemática conhecida como equação de onda. - Erwin Schrödinger: co-fundador da mecânica quântica Os elétrons Ψ(𝑥) = 𝐴 sin 𝜋𝑥 𝐿 x – posição ao longo da corda A – amplitude da onda L – comprimento da corda Ψ(𝑥) – Função de onda ao longo de uma corda As equações de onda Os elétrons ORBITAL FUNCÃO DE ONDA 1s Ψ1𝑠 = 𝜋 − 1 2 ∙ 𝑎0 − 3 2 ∙ 𝑒−( 𝑟 𝑎0) 2s Ψ2𝑠 = (4𝜋) − 1 2∙ (2𝑎0) − 3 2∙ 2 − 𝑟 𝑎0 𝑒−( 𝑟 2𝑎0) 2px Ψ2𝑝𝑥 = (4𝜋) − 1 2∙ (2𝑎0) − 3 2∙ 𝑟 𝑎0 ∙ 𝑒−( 𝑟 2𝑎0) ∙ sin 𝜃 ∙ cos 𝜃 2py Ψ2𝑝𝑥 = (4𝜋) − 1 2∙ (2𝑎0) − 3 2∙ 𝑟 𝑎0 ∙ 𝑒−( 𝑟 2𝑎0) ∙ sin 𝜃 ∙ cos𝜑 2pz Ψ2𝑝𝑥 = (4𝜋) − 1 2∙ (2𝑎0) − 3 2∙ 𝑟 𝑎0 ∙ 𝑒−( 𝑟 2𝑎0) ∙ cos 𝜃 Os orbitais Os elétrons A galeria dos orbitais atômicos Os orbitais Os elétrons Os orbitais São definidos matematicamente por equações de onda da mecânica quântica. As formas dos orbitais e as orientações espaciais de seus lobos são importantes na determinação dos ângulos das ligações químicas entre os átomos. Esta informação é útil para a determinação das formas geométricas das moléculas. O orbital 1s Gráfico da densidade de probabilidade para um elétron ls A nuvem eletrônica de um elétron ls O orbital 2s e 3s Um orbital 2s. (a) Gráfico da densidade de probabilidade (não desenhado em escala). (b) Secção transversal da nuvem eletrônica Um orbitar 3s. (a) Gráfico da densidade de probabilidade (não desenhado em escala). (b) Secção transversal da nuvem eletrônica Orbital 2p e 3p Um orbital 2p. (a) Gráfico da densidade de probabilidade. (b) Secção transversal da nuvem eletrônica Um orbital 3p. (a) Gráfico da densidade de probabilidade. (b) Secção transversal da nuvem eletrônica Orbitais 3d Superfícies-limites dos cinco orbitais 3d Orbitais f Relação do número quântico secundário com os planos nodais TIPO DE SUBNÍVEL NÚMERO QUÂNTICO SECUNDÁRIO (L) QUANTIDADE DE PLANOS NODAIS EM 1 ORBITAL s 0 0 p 1 1 d 2 2 f 3 3
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