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LIGAÇÕES QUÍMICAS Ligações Químicas Conceito - são forças que unem átomos formando moléculas, agrupamentos de átomos ou sólidos iônicos. Ligação Química Ligação Covalente Ligação Iônica Ligações Iônicas Na ligação iônica as forças eletrostáticas atraem os íons de cargas opostas. Formação da ligação 1. Formação do cátion: 𝑀 𝑔 → 𝑀+(𝑔) + 𝑒− 2. Formação do ânion: 𝑋 𝑔 + 𝑒− → 𝑋−(𝑔) 3. Equação do processo: 𝑀 𝑔 + 𝑋 𝑔 → 𝑀+(𝑔) + 𝑋−(𝑔) A estrutura de Lewis A estrutura de Lewis para um átomo consiste no seu símbolo químico rodeado por um número de pontos (ou algumas vezes de o ou x) correspondentes ao número de elétrons da camada de valência do átomo. Ex: 1. Na → 1 𝑒− na camada de valência 2. Al → 3 𝑒− na camada de valência 3. Cl → 7 𝑒− na camada de valência . . . . . . .. . . . Íons Monoatômicos Compostos Iônicos A estrutura de Lewis 𝐶𝑙 + 𝑒− → 𝐶𝑙 . . .. . . . . . .. . . .. - . 𝑁𝑎 + → 𝑁𝑎+ 𝐶𝑙 . . . .. . . 𝐶𝑙 . . .. . . .. - 1. Calcular o número total de elétrons de valência. 2. Colocar os símbolos dos elementos próximos. O de menor eletronegatividade é normalmente o central. 3. Ligue todos os átomos apropriados entre si, usando um par de elétrons por ligação. 4. Distribua os elétrons restantes aos pares de modo que cada átomo tenha um octeto. 5. Se faltarem elétrons, faça ligações múltiplas. A estrutura de Lewis Cloro Sódio LIGAÇÃO IÔNICA E ENERGIA Por que qualquer processo ocorre? “Todas as reações ocorrem quando os produtos formados são mais estáveis que os reagentes.” Ex: Etapa Processo ∆H, Kj mol-1 1 Na → Na+ + 1𝑒− +495 (energia absorvida 2 𝐶𝑙 + 𝑒− → 𝐶𝑙− -348 (energia liberada) 3 Na+ + 𝐶𝑙− → Na𝐶𝑙 -449 (energia liberada) Total: Na + 𝐶𝑙 → Na𝐶𝑙 -302 (energia líquida liberada) Ligação Covalente A ligação covalente ocorre quando os dois átomos têm a mesma tendência de ganhar e perder elétrons. Sob essas condições, a transferência total de um elétron não acontece. Os elétrons ficam compartilhados entre os átomos A molécula de Hidrogênio Ligação Covalente H.H . Ligação Forças Atrativas Forças Repulsivas Energia Potencial de dois átomos de H a várias energias Ligação Covalente Tanto na formação da ligação iônica quanto na formação da ligação covalente os elétrons que estavam desemparelhados nos reagentes, tornam-se emparelhados. E nos dois processos o produto resultante se encontra rodeado por oito elétrons (octeto). Ligação Covalente Estrutura de Lewis 1. Determinar o número total de elétrons de valência 2. Determinar a estrutura da molécula 3. Inserir os elétrons, em pares, ao redor da estrutura. Ex: CH4 1º Passo: 4Hx1e- + 1Cx 4e- = 8e- 2º Passo: 3º Passo: Ligação Covalente C H H HH : : : : Ligação Metálica Nos metais os orbitais moleculares espalham-se sobre muitos átomos e fundem-se em uma banda de orbitais moleculares, cujas energias apresentam um espaçamento muito próximo dentro de um intervalo de energias. A banda é composta por um número de orbitais igual ao número de orbitais atômicos contribuintes A ideia de que os orbitais moleculares de banda estão espalhados, ou deslocalizados, sobre todos os átomos em um pedaço de metal explica a ligação de sólidos metálicos. Essa teoria da ligação metálica é chamada de teoria de banda Nos metais a banda de energia é apenas parcialmente preenchida; não há elétrons suficientes para ocupar todos os orbitais, onde os elétrons preenchem os orbitais moleculares de energia mais baixa. Ligação Metálica Hibridização dos Orbitais e Geometria Molecular Segundo a teoria da ligação de valência (TLV) a ligação química ocorre quando há a superposição dos orbitais atômicos, mas essa teoria não consegue descrever moléculas com grande número de átomos. Foi então que Linus Pauling propôs a Teoria da Hibridização dos Orbitais, a teoria dizia que os orbitais atômicos s, p e/ou d de um determinado átomo podem se misturar para formar um novo conjunto de orbitais denominado orbital híbrido. Hibridização dos Orbitais e Geometria Molecular Sendo assim com o conjunto certo de orbitais poderíamos criar um orbital híbrido com diferentes orientações que darão a geometria final da molécula. O número de orbitais híbridos é igual ao número de orbitais que lhe deu origem. Hibridização dos Orbitais e Geometria Molecular Hibridização dos Orbitais e Geometria Molecular Para a molécula de metano a geometria esperada é tetraédrica. Para se obter a geometria adequada são necessários quatro orbitais orientados na direção dos quatro vértices de um tetraedro. Misturando os quatro orbitais da camada de valência do carbono, o orbital 2s e os três orbitais 2p, cria-se um novo conjunto de quatro orbitais híbridos que por sua vez tem a geometria tetraédrica. Hibridização dos Orbitais e Geometria Molecular Hibridização dos Orbitais e Geometria Molecular Um fato interessante na hibridização é que os quatro orbitais sp3 tem uma energia equivalente a média ponderada das energias dos orbitais s e p originais. Como os orbitais têm a mesma energia, a distribuição dos elétrons segue a regra de Hund. Hibridização dos Orbitais e Geometria Molecular A estrutura de Lewis para a amônia mostra que existem quatro pares de elétrons na camada de valência do nitrogênio: três pares de ligação e um par isolado (par não-ligante). Baseado na geometria de pares de elétrons do NH3 prevê uma hibridização sp3 para o átomo de N. O par de elétrons isolado é distribuído num dos orbitais híbridos e cada um dos outros três orbitais híbridos está ocupado por um único elétron. Geometria da Amônia Geometria Trigonal Plana A geometria de pares de elétrons plana triangular necessita de um átomo central com três orbitais híbridos num plano, com um ângulo entre eles de 120º. Três orbitais híbridos significa que três orbitais atômicos devem ser combinados. Nesse caso a combinação apropriada é de um orbital s com dois orbitais p, denominada de sp2. O trifluoreto de boro tem uma geometria plana triangular, cada ligação boro-flúor, resulta da superposição de um orbital sp2 do boro, com um orbital p do flúor. Geometria Trigonal Plana Geometria Linear Para uma molécula no qual o átomo central tem uma geometria de pares de elétrons linear, é necessário dois orbitais híbridos, com um ângulo de 180º entre eles. Um orbital s e um orbital p podem se hibridizar para formar dois orbitais híbridos sp. A combinação dos orbitais 2s e 2px do berílio formam dois orbitais híbridos sp, que se localizam ao longo do eixo x. Cada ligação Be–Cl surge pela superposição de um orbital híbrido sp do berílio e um orbital 3p do cloro. Geometria Linear Moléculas com mais de quatro pares de ligações Para moléculas com mais ligações como o PCl5 e SF6 que tem cinco e seis ligações é necessário que o átomo central tenha cinco ou seis orbitais híbridos, que devem ser formados por cinco ou seis orbitais atômicos. Isto é possível se os orbitais atômicos adicionais provenientes da subcamada d forem utilizados na formação dos orbitais híbridos. Para os elementos do grupo principal no terceiro período e períodos mais elevados, os orbitais d são os orbitais de valência. Geometria Bipiramidal Triangular A coordenação cinco e a geometria bipirâmide triangularcorrespondem à hibridização dsp3. Neste caso, os cinco orbitais híbridos, são formados pela combinação de um orbital atômico s, três orbitais atômicos p, e um orbital atômico d. Geometria Octaédrica Para acomodar seis pares de elétrons na camada de valência de um elemento, devem ser formados seis orbitais híbridos d2sp3 a partir de um orbital atômico s, três orbitais atômicos p, e dois orbitais atômicos d. Os seis orbitais híbridos estão dispostos nos três eixos possíveis, deste modo a sua orientação permite que eles acomodem os pares de elétrons provenientes de um composto que tem uma geometria de pares de elétrons octaédrica. Geometria Octaédrica HIBRIDAÇÃO ELEMENTO ÂNGULO GEOMETRIA sp³ Carbono (Ligação Simples) 109º28’ Tetraédrica sp² Carbono (Ligação Dupla) 120º Trigonal Plana sp Carbono (Ligação Tripla/ Duas duplas) 180º Linear sp³ Nitrogênio 107º Trigonal Plana sp³ Oxigênio 105º Angular sp² Boro 120º Trigonal Plana sp Berílio 180º Linear sp³d Fósforo 90º e 120º Bipirâmide Trigonal sp³d2 Enxofre 90º Octaédrica Interações Moleculares Existem diversos tipos de forças intermoleculares, elas envolvem interações entre íons e moléculas polares, entre moléculas polares e entre moléculas apolares com dipolos elétricos induzidos. Todos esses tipos de forças surgem devido a atrações eletrostáticas, isto é, interações entre cargas positivas e negativas. A ordem de grandeza das forças intermoleculares não é tão forte quanto as forças de ligação intramolecular. De modo geral, podemos considerar que as forças intermoleculares são 15% menores que as energias de ligação. Interações entre íons e moléculas com Dipolo permanente A distribuição dos elétrons de ligação numa molécula resulta num momento de dipolo permanente. As moléculas que apresentam dipolo têm terminações positivas e negativas. A atração íon-dipolo depende de alguns fatores: I. Da distância entre o íon e o dipolo: quanto mais próximos estiverem, maior a atração; II. Da carga do íon: quanto maior a carga do íon, maior a atração; III. Da intensidade do dipolo: quanto maior a grandeza do dipolo, mais forte a atração. A formação de íons hidratados em solução aquosa é um dos exemplos mais importantes deste tipo de interação. A água é uma molécula polar, quando um composto iônico se dissolve em água, os íons positivos e negativos são circundados por moléculas de água. As forças de atração entre os íons e as terminações positiva e negativa do dipolo são fortes, essa energia é chamada de energia de solvatação. Interações entre íons e moléculas com Dipolo permanente Quando uma molécula polar encontra outra molécula polar, pode haver a interação entre elas: a extremidade positiva de uma delas é atraída pela extremidade negativa da outra. Como muitas moléculas têm dipolos, a interação dipolo-dipolo pode ter efeitos importantes nas propriedades das substâncias. Interações entre íons e moléculas com Dipolo permanente Ligação de Hidrogênio As ligações O–H e N–H têm propriedades excepcionais, podem formar as chamadas ligações de hidrogênio, um tipo especial de interação dipolo-dipolo envolvendo ligações polares. O dipolo de uma ligação surge devido à diferença de eletronegatividade entre os átomos que participam da ligação. A grande diferença de eletronegatividade significa que as ligações O–H e N–H são muito polares. Interações entre Moléculas Polares e Apolares Moléculas polares têm a capacidade de induzirem ou criarem dipolos em moléculas apolares. O processo de indução de um dipolo é chamado de polarização e o grau em que a nuvem eletrônica de um átomo ou molécula pode se deformar e constituir um dipolo induzido depende da polarizabilidade do átomo ou molécula. Interações entre Moléculas Apolares Os elétrons dos átomos e das moléculas estão em constante movimentação, em média a nuvem eletrônica de um átomo é esférica. Quando dois átomos ou duas moléculas apolares se aproximam as atrações ou repulsões entre os respectivos elétrons e núcleos pode levar a distorções das nuvens eletrônicas. Deste modo, a força de atração intermolecular em líquidos ou sólidos apolares é uma força dipolo induzido-dipolo induzido, também conhecidas como dispersões de London.
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