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Coleta de sangue - Amostra Conceitos Básicos Profª. Msc. Danielle Vitorino Moraes Resultados Confiáveis • Método de coleta adequado. • Manuseio adequado da amostra. • Cadeia sequencial: Independente do laboratório e da técnica para o teste de diagnóstico. • Cadeia sequencial: – Coleta – Processamento – Análise da amostra – Interpretação dos resultados Conceitos básicos • Método de coleta. • Conservação adequada. • Informações importantes para o diagnóstico. • Uma coleta inadequada implica:• Uma coleta inadequada implica: – Custos – Perda de tempo – Interpretação incompleta ou incorreta dos resultados. Escolha do exame • Conhecimento dos testes existentes. • Suspeita clínica. • Viabilidade financeira do proprietário.• Viabilidade financeira do proprietário. • Conservantes disponíveis. • Tempo até a amostra chegar ao laboratório. • Capacidade para interpretar os resultados. Preparo do paciente • Parâmetros variáveis, podem ser diários, mensais ou sazonais. • Variações com animal em jejum ou pós- prandial.prandial. • Alterações causadas pela excitação e ou estresse, durante a colheita. • Uso de fármacos como, por exemplo, o uso de glicocorticóides • Fluidoterapia. Coleta de sangue • Ato cirúrgico • Conjunto de tubos com vácuo e agulha acoplada. • Descartável. • Agulhas e seringas reutilizáveis (seringas de • Agulhas e seringas reutilizáveis (seringas de vidro), deverão estar limpas, esterilizadas, completamente secas e frias. • Recipientes para o sangue, como tubos e frascos, devem ser perfeitamente limpos e identificados. • Respeitar a quantidade de sangue indicada. 1- Tubo para prova de VHS; 2- Tubo com ativador de coágulo e gel separador; 3- Tubo sem anticoagulante; 4- Tubo contendo heparina; 5- Tubo com citrato de sódio; 6- Tubo com fluoreto de sódio; 7- Tubo com EDTA; 8- Tubo para dosagem de minerais; 9- Agulha para coleta; 10- Adaptador tipo tampa; 11- Agulha tipo borboleta; 12- Dispositivo para confecção de esfregaço sanguineo; 13- Tubo para coleta de urina; 14- Adaptador tipo redutor de calibre. • Pode-se identificar um material anexando a ele as informações referentes à caracterização do animal e dados clínicos. – Espécie animal – Nome ou número – Idade – Sexo– Sexo – Duração da doença – Achados de necropsia (quando houver) – Suspeita clínica – Tratamento usado – Exame solicitado – Conservador utilizado Técnica de punção em animais domésticos • Depilar o local (TRICOTOMIA). • Assepsia. • Garrote na região do vaso a ser puncionado. • Retirar a agulha da seringa e derramar o sangue no recipiente. • A contenção do animal, quando necessária, deverá ser feita sem excitar o paciente. • Caninos – Veia jugular – Cefálica – Femoral – Safena • Felinos – Veia jugular – Cefálica – Femoral – Safena • Equinos – Veia Jugular • Ruminantes – Veia jugular –Mamária – Coccígea média • Coelhos – Veia Marginal da orelha – Cardíaca • Aves – Veia jugular – Alar –Metatarsal Colheita de sangue em répteis • Serpentes e lagartos ápodos: • Cardiocentese. • O coração geralmente está localizado entre o quinto inicial e o terço inicial do corpo do animal. • Na maioria das serpentes de pequeno e médio porte, é possível a visualização dos batimentos cardíacos. Já nas serpentes de maior porte, o coração pode ser palpado, ou auscultado. • As veias jugulares das serpentes gigantes podem também ser empregadas para colheita. Coleta de sangue em Crotalus durissus terrificus • Sáurios: • Nos lagartos de menor porte, apenas algumas gotas de sangue (até 0,2 ml) podem ser colhidas. • A técnica recomendada é a amputação da extremidade de um dos dedos de um membro pélvico, exatamente na junção da falange distal com a unha. • Nos indivíduos de maior porte, a técnica de colheita mais indicada é a cardiocentese.mais indicada é a cardiocentese. • Crocodilianos: • O mais indicado é a cardiocentese. • Nos animais de maior porte, pode ser feita a colheita a partir das veias jugulares ou das veias laterais da cauda. • Quelônios: • Pequenos volumes de sangue podem ser obtidos pela amputação de um dos dedos de um membro pélvico, exatamente na junção da falange distal com a unha, com tesoura cirúrgica. • De maneira geral, porém, a técnica mais empregada é a cardiocentese. • Empregam-se agulhas hipodérmicas comuns, de calibre • Empregam-se agulhas hipodérmicas comuns, de calibre adequado ao porte do paciente, que penetram no corpo através de um orifício previamente perfurado no plastrão com a utilização de uma broca odontológica e posteriormente restaurado com acrílico odontológico ou resina epóxi. Colheita de sangue das aves selvagens • Aves selvagens de pequeno porte: • Apenas algumas gotas de sangue devem ser colhidas. Recomenda-se que o volume de sangue colhido jamais ultrapasse 0,2 ml para cada 50 gramas de peso. • A conduta mais empregada em aves de pequeno porte é o corte de uma das unhas, preferencialmente a do dedo mais corte de uma das unhas, preferencialmente a do dedo mais longo de um dos membros pélvicos. • Aves selvagens de grande porte: • O sangue pode ser colhido a partir da punção das veias ulnares, metatarseanas mediais ou jugulares. • O corte das unhas pode também ser praticado da maneira descrita para as aves de pequeno porte. Locais de colheita de sangue Espécie Animal Local de venopunção Tamanho da agulha Cão Cefálica, jugular e safena 25x7, 25x8, 25x9, 40x12 Gato Cefálica, jugular e safena 25x7, 25x8 Bovino Jugular, caudal e mamária 40x12, 40x16 Equino Jugular 40x12, 40x16 Ovinos e caprinos Jugular 40x10, 40x12, 40x16 Suínos Cava anterior, marginal da orelha 40x12, 40x16 Coelhos Marginal da orelha e cardíaca 25x7, 40x12 Ratos/Camundongos Sinus orbital Microcapilares Particularidades da colheita nas diversas espécies • Gato – Animais extremamente sensíveis a mudanças de ambiente e a estados emocionais alterados. – Outra dificuldade é a própria obtenção do sangue.– Outra dificuldade é a própria obtenção do sangue. • A jugular deve ser o local de eleição. • Cavalo – O deslocamento do cavalo para fora da cocheira é indesejável, já que a mínima excitação pode aumentar o hematócrito e a contagem de eritrócitos em 10 a 15%, e causar hemólise da amostra. • Bovinos e ovinos – A prática comum em nosso meio, de puncionar violentamente a veia jugular dos bovinos apenas com a agulha, para depois colocar o tubo no jorro de sangue, deve ser substituída por uma técnica mais delicada, com agulha e seringa de calibres menores, e em veias mais facilmente perceptíveis, menores, e em veias mais facilmente perceptíveis, como a mamária ou a caudal. Quantidades de sangue necessárias • Hemograma: • 3 a 5 mL de sangue total, • frasco com anticoagulante. • Homogeinização • Bioquímica sanguínea• Bioquímica sanguínea • Soro ou Plasma. • Sangue sem anticoagulante. • A quantidade de soro varia entre 1/3 e 1/2 do volume total de sangue colhido. • Deixar o sangue coagular a temperatura ambiente, e separar em seguida o soro, por centrifugação. Erros na colheita de sangue • Usar agulhas de calibre muito fino ou muito grosso; • Aspirar o sangue violentamente após atingir a veia;veia; • Transferir o sangue da seringa sem retirar a agulha, ou com muita pressão e sem escorrer pela parede do frasco; • Agitar violentamente o sangue sem misturá-lo com o anticoagulante; • Não agitar o frasco para dissolver o anticoagulante no sangue; • Produzir estase venosa prolongada pelo usodo garrote; • Deixar contaminar o material a ser utilizado na punção;punção; • Demorar durante a coleta ou ao transferir o sangue para o anticoagulante; • Puncionar veias onde esteja ligado soro ou qualquer outro medicamento e retirar o sangue na mesma agulha ou cateter Alterações da amostra devidas a erro de colheita • Hemólise no frasco ou na lâmina. • Presença de microcoágulos e/ou coágulos. • Alterações na morfologia das células. • Trocas metabólicas devido a estase venosa.• Trocas metabólicas devido a estase venosa. • Diluição do sangue ou sua contaminação pelo líquido intersticial. • Erros nas provas de coagulação. • Contaminação do paciente. • Contaminação do sangue e alteração dos seus componentes, no caso de limpeza inadequada do material. • Coagulação do sangue quando o anticoagulante é impropriamente dissolvido. • Erros nas contagens de células por técnica inadequada na punção digital.na punção digital. • Erros na dosagem de substâncias dissolvidas no sangue. • Formação de hematoma e, mesmo, a não obtenção do sangue. • Diluição do sangue, concentração elevada de substâncias administradas: glicose, potássio, sódio, etc. Anticoagulantes • Os anticoagulantes são drogas utilizadas nos laboratórios para impedir que a amostra de sangue coagule. • O anticoagulante é colocado no frasco ou tubo antes da colheita, na quantidade preconizada antes da colheita, na quantidade preconizada para o total de sangue colhido. • Existem no mercado alguns frascos com o anticoagulante pronto. • O anticoagulante pode ser comprado puro, em pó ou já preparado em soluções prontas para uso. EDTA (ácido etileno-diamino-tetra- acético) • Sal de sódio ou potássio, em soluções aquosas prontas para uso. • É um agente quelante de cálcio que, ao reagir com ele, impede a sua ação no processo de coagulação. • Vantagens:• Vantagens: – Boa preservação da célula. – Durabilidade. – Baixo custo – Ele impede a agregação de plaquetas e é o anticoagulante de eleição para a contagem de plaquetas. • Utiliza-se 0,1 ml de solução a 10% para preservação de até 10 ml de sangue. ? ? ? HEPARINA • É o anticoagulante natural dos tecidos. • Tem uma ação antitrombínica e antitromboplastínica. • É usada em solução de 1%, sendo que 0,1ml desta solução retarda a coagulação de 5 mL de sangue. • Ela retarda a coagulação do sangue pelo período de • Ela retarda a coagulação do sangue pelo período de apenas oito horas. • É o anticoagulante que menos afeta os eritrócitos, mas não é bom para a morfologia dos leucócitos. • A heparina não afeta o hematócrito. • Tem como desvantagem seu preço elevado. CITRATO DE SÓDIO • Reage com o cálcio, impedindo sua ação no processo de coagulação. • É o anticoagulante de eleição para a dosagem de glicose, pois impede o processo de glicólise pelos eritrócitos. • Tem a desvantagem de interferir em muitos testes • Tem a desvantagem de interferir em muitos testes químicos. • Utilizado para estudos da coagulação (tempo de protrombina, agregação plaquetária, determinação de fibrinogênio e outros fatores da coagulação) por preservar os fatores V e VIII. • Usado na proporção de 2ml de solução a 3% para 10 ml de sangue. FLUORETO DE SÓDIO • É usado para a determinação de glicose em virtude deste de glicose em virtude deste anticoagulante inibir a glicólise. OXALATO DE POTÁSSIO • Reage com o cálcio. • Tem pouco poder de preservação das células, • Altera o hematócrito e a concentração da • Altera o hematócrito e a concentração da proteína plasmática. • São necessárias 2 gotas da solução a 20% para 10 ml de sangue. OXALATO DE SÓDIO • Reage com o cálcio. • Preconiza-se 1 ml da solução a 3% para 10 ml de sangue.de sangue. • Altera o hematócrito e a concentração da proteína plasmática. • Tubo de Coleta de Soro ou de Tampa Vermelha: – Obtenção de soro sanguíneo, não contém anticoagulante. • Tubo de Tampa Roxa: – Contém EDTA, é utilizado para colheita de sangue – Contém EDTA, é utilizado para colheita de sangue destinado aos exames hematológicos. • Tubo com Heparina ou Tampa Verde: – Este tubo contém heparina, é utilizado em alguns testes bioquímicos especiais. • Tubo com Citrato ou de tampa Azul: – Contém citrato de sódio, é utilizado para determinação bioquímica de substâncias ou fatores relacionados aos mecanismos de coagulação. • Tubo com ativador de coagulo e gel separador: – Sua tampa é vermelha com manchas pretas. – Contém um gel que separa a fração de células compactadas daquela fração do soro quando a amostra é centrifugada.centrifugada. – O gel separa fisicamente as células e o soro, evitando que ocorra o metabolismo da substância de interesse na interface célula/soro. • Tubo com Fluoreto ou Tampa Cinza: – Este tubo contém fluoreto de sódio, que inibe enzimas que participam da via glicolítica, impedindo a metabolização da glicose.
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