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Atividade Supervisionada AV2

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CENTRO UNIVERSITÁRIO CARIOCA 
 
Elton Araujo Oliveira
Tópicos Avançados em Arquitetura de Computadores
RIO DE JANEIRO
2013
Elton Araujo Oliveira
Tópicos Avançados em Arquitetura de Computadores
 
 Atividade Supervisionada 
 apresentado ao Centro 
 Universitário Carioca, como
 requisito de avaliação para AV2.
 
Orientador(a): Prof. Mario A. Monteiro
RIO DE JANEIRO
2013
LISTA DE INLUSTRAÇÕES
Figura 1 – Processador i3............................................................................................................13
Figura2 – Processador i5.............................................................................................................15
Figura2 – Processador i7.............................................................................................................17
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 – Modelos Disponíveis do i3...........................................................................14
Tabela 2 – Modelos do Processador i5......................................................................................16
Tabela 3 – Modelos do Processador i7......................................................................................18
 
SUMÁRIO
Introdução ...................................................................................................................................6
Breve História da Intel ...............................................................................................................6
Evolução dos Processadores Intel .............................................................................................7
Multiprocessamento .................................................................................................................11
 Arquitetura de Multiprocessamento ...............................................................................12
Classes Principais de Multiprocessamento .........................................................12
Processador i3........................................................................................................................13
Processador i5 .......................................................................................................................15
Processador i7 .......................................................................................................................17
Referências: ...........................................................................................................................19
 
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1. Introdução
 Durante muitos anos confiou-se na diminuição da dimensão dos transístores como meio de projectar processadores mais rápidos. A abordagem tradicional de aumentar a frequência de relógio com o objectivo de obter uma maior performance atingiu um limite, devido a problemas como o consumo de potência e dissipação de calor. Uma das alternativas estudada e implementada é a exploração do paralelismo a nível das instruções. Este tipo de paralelismo é explorado pelos processadores super-escalares, e permite a execução de mais do que uma instrução em simultâneo. Os processadores super-escalares são bastante complexos e o ganho de performance nem sempre compensa a complexidade adicional [1]. Outra solução consiste nos chamados sistemas de multiprocessamento. Sistemas de multiprocessamento são sistemas com mais de um elemento de processamento que permitem a execução de vários processos ou tarefas em simultâneo. Os sistemas de multiprocessamento apareceram primeiramente como múltiplos chips conectados. Com o
avançar da tecnologia, começaram a aparecer também sistemas de multiprocessamento completos integrados num único chip. Estes tipos de sistemas são designados por sistemas de multiprocessamento em chip, MPSoC (Multi Processor Systems on Chip). O aparecimento dos MPSoC ou também chamados CMP (Chip Scale Multiprocessors) permitiram reduzir a latência de comunicação entre os elementos do sistema já que os atrasos de comunicação dentro de um chip são menores [1].
 
Breve História da Intel
 A Intel foi fundada em 1968, inicialmente utilizando o nome de NM Eletronics. Posteriormente, foi modificado para INTegrated ELetronics ou INTEL. Seus primeiros produtos foram memórias SRAM (Static Random Access Memory ou, em português, Memória estática de acesso aleatório). Na década de 70 a Intel expandiu seus processos produtivos para manufatura em larga escala, ainda tendo como produto principal memórias.
 Em 1971 lançaram seu primeiro microprocessador e um microcomputador em 1972, embora antes da década de 80 o foco da companhia estivesse voltado para a produção de memórias DRAM (Dynamic Random Access Memory ou, em português, Memória dinâmica de acesso aleatório). Devido a alta concorrência e ao sucesso alcançando pelo computador pessoal lançado pela IBM em 1981, a empresa alterou seu produto principal para microprocessadores. Abaixo acompanhe a linha de evolução dos processadores da Intel. Com relação aos modelos mais antigos, foram separadas suas principais características e um pouco de suas peculiaridades, para os mais novos.
Evolução dos Processadores Intel
 Algumas definições técnicas: 
FSB: Front Side Bus (ou Barramento Frontal), é o responsável pela transferência de dados entre a CPU e o chip da Ponte Norte da placa mãe. Este recurso também é chamado de clock externo; 
Frequência: também é chamada de Clock Interno e é o clock que o processador trabalha internamente;
TDP: Thermal Design Power é um indicador da dissipação de calor efetuada pelo processador e isto serve para indicar a quantidade de calor que o cooler deverá ser capaz de dissipar no mínimo;
Tecnologia de fabricação: representa o uso de transistores menores para a construção dos processadores. Quanto menor ele for o computador será mais silencioso, mais rápido e apresentará um maior aproveitamento de calor (menos aquecimento); 
Ciclos de clock: são intervalos básicos de tempo nos quais são executadas as operações elementares de uma instrução;
 O Intel 80286 (conhecido como 286 e também chamado de i286), foi lançado em 1982 pela Intel e passou a ser utilizado primeiramente pela IBM no PC AT em 1984. Basicamente, como novidades ele trazia o uso do barramento de 16 bits, possibilidade de acesso a até 16 MB de memória e unidade de gerenciamento de memória integrada (permitia multitarefa em quantidade limitada). 
 A Intel 80386 (386 ou i386) trouxe como principal diferencial de seu antecessor a capacidade de executar multitarefa preemptiva (mais conhecida como multitarefa de antecipação), que em poucas palavra seria atender a diversos processos ao mesmo tempo por prioridade. Além disto, ele utilizava o barramento de 32 bits e memória em modo protegido.
 O Intel i486 (486 ou 80486), o sucessor do 80386, foi nomeado sem o prefixo “80” por motivos de direitos de patente. Este processador, em termos de arquitetura, representou um grande avanço se comparado com o 386. Ele já contava com cache de dados, instruções no chip, uma unidade de barramento melhorada (embora ainda com 32 bits) e executava instruções por ciclo de clock.
 Lançado em 1993, o Pentium (conhecido em alguns meios também como i586) foi o quinto representante da Intel dos processadores dearquitetura x86. Sucessor do 486 e o primeiro a não adotar apenas números em seu nome. Com relação ao seu predecessor, as principais alterações foram o barramento de 64 bits (porém os registradores permaneciam de 32 bits), duplicando a quantidade de informações para as operações de leitura de memória. Além disto, ele possuía em sua arquitetura dois canais de execução de dados (conhecidos como “pipelines”) de forma que ele podia executar mais do que uma instrução por ciclo de clock. As linhas posteriores possuíam suporte a instruções MMX (utilizadas em aplicações multimídia). Os primeiros modelos do Pentium tinham sua frequência de 60 MHz e técnica de fabricação de 0.8 microns. Posteriormente foram lançados com frequências de 75 a 233 MHz.
 O Pentium II foi lançado no mercado a partir de 1997 e suas primeiras versões utilizavam um formato chamado de encapsulamento SEPP (Singled Edge Processor Package). A aparência dele era muito semelhante a de um cartucho de videogame, sendo composto de um circuito como processador e o cache L2 integrado com uma capa plástica protegendo esta placa. O Socket deste processador era chamado de Slot 1. Em geral, o Pentium II comportava 32KB (16 KB para dados e 16 KB para instruções) de cache L1, 512 KB de cache L2. Ele foi produzido em duas arquiteturas, Klamath com tecnologia de fabricação de 0.35 mícron e Deschutes (frequências a partir de 333 Mhz) com tecnologia de fabricação de 0.25 mícron.
 O Pentium III foi um dos processadores que teve um grande número de variações. As primeiras, com arquitetura chamada de Katmai, trabalhavam com um freqüência de 450, 500, 550 e 600 MHz, cache L1 de 32 KB, cache L2 de 512 KB (funcionando à metade da frequência do processador), FSB de 100 MHz, tecnologia de fabricação de 0,25 mícrons e socket como slot 1. Houve uma variação para algumas versões do Katmai que utilizavam o barramento de 133 MHz ao invés de 100 MHz. Em seguida, foi lançada a arquitetura chamada de Coppermine, incluindo as versões que utilizavam frequências de 650, 667, 700, 733, 750, 800, 850, 900 MHz e 1 GHz. Estes modelos possuíam tecnologia de fabricação com 0,18 mícron (portanto geravam menos calor e eram mais rápidos), o cache L2 foi integrado ao núcleo (operando na mesma frequência do processador) e possuía 256 KB. Já ao final da família Pentium III, foi lançado o de arquitetura Tualatin, com fabricação de 0,13 mícron e 512 KB de cache L2 (na mesma frequência do processador). Assim como o Pentium III, desde seu lançamento em 1998, o Celeron passou por diversas modificações. Quando a Intel lançou o Pentium II, acabou por não fabricar mais o Pentium I MMX (Pentium MMX). O problema é que o custo deste novo processador era muito alto e eles passaram a perder mercado para concorrentes com computadores de custo mais baixo. Em resposta a isto, a Intel lançou o primeiro Celeron, baseado no Pentium II.
 O primeiro desta linha, o Convington (Celeron SEPP), era uma espécie de “primo pobre” do Pentium II sem cache L2 (o que o tornava extremamente lento) e o protetor plástico. Como este modelo não foi muito bem aceito devido à lentidão, em seguida, foi lançado o Mendocino (Celeron A), que também era baseado no Pentium II, porém com cache L2 de 128 KB integrado (operando na mesma frequência do processador).
 Ao longo do tempo e à medida que os processadores evoluíram, novas versões do Celeron foram lançadas, baseadas nos processadores do Pentium III, Pentium 4 e até mesmo do Core 2 Duo. Basicamente, a diferença entre o Celeron e os modelos de processador nos quais ele é baseado, são frequência, FSB e tamanho do cache L2. Desta forma, embora ele tenha um desempenho menor, pode ser produzido a um custo mais baixo, tornando-se mais acessível e uma boa alternativa para quem não precisa de um computador muito potente. A tabela abaixo mostra as especificações técnicas das séries 400 e E1000 do Celeron, baseadas na tecnologia do Core 2 Duo que acabaram por tornar-se populares e bem aceitas pelo mercado.
 O Pentium 4 foi lançado em novembro de 2000, representando a sétima geração dos processadores Intel. Foi produzido com três versões de núcleo: Willamette, Northwood e Prescott. Sua arquitetura foi muito alterada com relação aos seus antecessores e foi chamada de Netburst. 
Basicamente, as principais mudanças foram utilizar um barramento de dados que fizesse quatro transferências por ciclo de clock, cache L1 mais rápido e o uso de um longo “pipeline” para que ele pudesse alcançar freqüências mais altas. O maior problema encontrado pela Intel com relação ao Pentium 4 foi o fato de ele dissipar muito calor, impedindo que esta linha possuísse processadores operando com freqüências superiores a 3,8 GHz. O Willamette tinha cache L2 de 256 KB, frequência de 1,3 a 2 GHz e FSB de 400 MHz (com taxa de transferência de quatro dados por ciclo de clock) e tecnologia de fabricação de 0,18 mícrons. O Northwood adotou o processo de fabricação de 0,13 mícrons, sendo menor do que o Willamente. A frequência variando entre 1,6 a 3,4 GHz, FSB de 400, 533 ou 800 MHz. O núcleo Prescott teve versões com cache L2 variando entre 512 KB, 1 MB ou 2 MB, FSB de 533 ou 800 MHZ e tecnologia de fabricação de 0,09 mícrons. Lançado em 2003, o Pentium 4 Extreme Edition trouxe como inovação o fato de possuir cache L3 integrado. Os primeiros modelos desta linha eram baseados no núcleo Gallatin e os atuais adotaram o núcleo Prescott. Abaixo são mostradas mais especificações desta categoria.
 O Pentium D nada mais é do que uma versão de dois núcleos do Pentium 4 (em outras palavras, ele é um dual core com arquitetura Netburst). Já o Pentium Extreme Edition é uma versão do Pentium D com tecnologia HyperThreading (faz simulação de dois processadores, tornando o sistema mais rápido). 
 Este processador adota a arquitetura de construção da família Core. Em outras palavras, esta é uma versão com menor custo do Core 2 Duo que opera com frequências mais baixas e possui uma quantidade menor de cache L2. As três primeiras versões lançadas deste processador possuíam um FSB de 800 MHz visando manter compatibilidade com placas mãe mais antigas. A ideia central deste produto foi muito semelhante àquela adotada pelo Celeron – diminuir um pouco da “potência” do processador para se obter custos mais baixos. Abaixo você confere todos os modelos desta linha da Intel com suas respectivas especificações. 
 Esta geração de processadores da Intel foi lançada para substituir completamente a Netburst, que até então vinha sendo utilizada. As principais características dos processadores desta família são 64 KB de cache L1 (em dois blocos, 32 KB para dados + 32 KB para instruções) por núcleo, socket 775 (exceção: Core 2 Extreme no modelo QX9775 que utiliza o 771), cache de memória L2 a partir de 2MB compartilhado e tecnologia de virtualização. Os computadores que adotam processadores com tecnologia Core 2 são mais rápidos, eficientes e consomem uma menor quantidade de energia do que seus antecessores. Além disto, toda a parte de multitarefa e processamento foi aperfeiçoada para garantir maior satisfação mesmo para os usuários mais exigentes. 
 Lançados a partir de 2006, esta linha é composta por um processador de dois núcleos. As principais características do Core 2 Duo são desempenho até três vezes mais rápido devido ao sistema de processamento multi-core, que por sua vez combina dois núcleos de processadores independentes em uma unidade física, execução de mais instruções por ciclo de clock, maior aproveitamento de energia.
 Esta linha conta com modelos com tecnologia de 2 e 4 núcleos. Ao menos em um primeiro momento, a Intel voltou seu apelo com relação a estes processadores para os jogadores que sentiam falta de poderem desfrutar de todos os recursos que os “games” tinham para oferecer. Como principais características eles permitiam mais instruções por ciclo de clock, menor consumo de energia, sistema de cache otimizado voltado para jogos de multiprocesso. Abaixo segue a tabela representando as especificações técnicasdesta linha voltada para “games”. 
 Os Core 2 Quad são formado por dois processadores Core 2 Duo em uma mesma unidade física. O principal objetivo desta linha foi suportar melhor aplicativos que necessitam de grande capacidade de processamento (como por exemplo, carregamento de recursos gráficos e programas de imagem). Como características, esta linha possui aperfeiçoamento no sistema de cache de memória, otimização do uso da largura de banda de dados para acesso à memória, tecnologia de virtualização, instruções “Intel Streaming SIMD Extension 4” (oferecem maior desempenho para multimídia nos quesitos de edição e codificação de vídeo com alta definição). 
 Lançado a partir de 2008, os processadores Core i7 foram os primeiros da Intel com controlador de memória integrado (função antes exercida pelo chip da Ponte Norte). Esta característica capacita até três canais de memória DDR3 de 1066 MHz, aumentando consideravelmente a largura da banda para o acesso à memória. 
Multiprocessamento
 Multiprocessamento é a capacidade de um sistema operacional executar simultaneamente dois ou mais processos. Pressupõe a existência de dois ou mais processadores. Difere da multitarefa, pois esta simula a simultaneidade, utilizando-se de vários recursos, sendo o principal o compartilhamento de tempo de uso do processador entre vários processos. Um multiprocessador ou sistema multiprocessado é um sistema integrado de computação com as seguintes características:
Envolve dois ou mais processadores físicos (sejam processadores separados ou múltiplos núcleos encapsulados no mesmo chip) ou lógicos (processador(es) com a tecnologia HyperThreading da Intel) com o mesmo poder computacional e cada um capaz de executar processos autonomamente. Isto implica que não há nenhuma unidade central de controle; cada processador contém sua própria unidade de controle. Assim, efetivamente, a lógica de controle é distribuida pelo sistema;
Os processadores compartilham um único espaço de endereçamento de memória;
O sistema de hardware é como um todo gerenciado por um único sistema operacional.
O sistema operacional com suporte a multiprocessamento deve ser capaz de:
Suportar multitarefa;
Manter múltiplas filas de processos, uma para cada processador.
 Arquitetura
Sistemas multiprocessados podem ser de dois tipos: SMP e NUMA.
Multiprocessamento simétrico (SMP): os processadores compartilham a mesma memória, embora possam ter caches separadas. O sistema operacional deve estar preparado para trabalhar com coerência de caches e, principalmente, evitar condições de corrida na memória principal. Acesso não uniforme à memória (NUMA): a cada processador é associado um banco de memória. Nesse caso, o sistema operacional trata cada banco separadamente, pois cada banco tem um custo de acesso diferente, dependendo de qual o processador a que está associado e onde está sendo executado o processo que tenta acessar a memória.
4.1. Arquitetura de Multiprocessamento
 A qualidade da arquitetura de comunicação é um dos fautores importantes que define o desempenho de um sistema de multiprocessamento. É, portanto importante concentrar os esforços em providenciar uma arquitetura de processamento o mais eficiente e flexível possível. Na secção 4.1.1 os sistemas de multiprocessamento em FPGAs são classificados e descritos em termos de arquitetura, infraestruturas e métodos de comunicação. 
4.1.1. Classes Principais de Multiprocessamento
 No projecto de sistemas de multiprocessamento em FPGA a arquitectura é geralmente definida pela aplicação em questão. Podem-se definir três tipos principais de arquitecturas: 1) Master-Slave; 2) Pipeline; 3) “Net”. Existem também arquitecturas híbridas que consistem em combinações das arquitecturas anteriormente definidas. Uma combinação bastante comum é por
exemplo Master-Slave com pipeline.
 (1) Nos sistemas Master-Slave, um ou mais processadores funcionam como processadores mestres, controlando o comportamento dos processadores escravos [2].
 (2) A abordagem Pipeline é útil por exemplo para aplicações de streaming (e.x: aplicações de multimédia em que há um fluxo permanente de dados a chegar). A arquitectura é composta por uma cadeia de processadores e cada processador funciona como um andar de “pipeline”. As tarefas são assim particionadas no tempo resultando numa melhor performance caso a aplicação seja adequada [2].
 (3) A arquitectura Net refere-se a sistemas de multiprocessamento nos quais não existe hierarquia entre processadores, podendo estes comunicar uns com os outros quando necessário. Um exemplo deste tipo de sistemas é o multi-processador simétrico (SMP ()). Uma característica dos SMPs (Symmetric MultiProcessor) é que todos os processadores são idênticos, são por isso sistemas de multiprocessamento homogéneos [2].
Processador i3
Figura 1 – Processador i3
 O Intel Core i3 é a linha de CPUs voltada aos menos exigentes. Por pertencer à nova linha Core, o i3 traz dois núcleos de processamento, tecnologia Intel Hyper-Threading (que possibilita a realização de mais tarefas), memória cache de 4 MB compartilhada (nível L3), suporte para memória RAM DDR3 de até 1333 MHz e muito mais. 
Os CPUs da linha Core i3 parecem fracos, contudo eles vieram para substituir a antiga linha Core2Duo. Qualquer Core i3 vem equipado com um controlador de memória DDR interno (o que já ocorre há muito tempo nos processadores da AMD), um controlador de vídeo integrado — Intel HD Graphics que opera na frequência de 733 MHz — e o suporte para utilização de duplo canal para memória RAM (o que significa que as memórias trabalham aos pares). Tecnologia Intel Hyper-Threading Em uma época em que os processadores de múltiplos núcleos estão dominando, a Intel decidiu criar modelos que pudessem simular uma quantia ainda maior de núcleos. Se você for analisar que os CPUs da linha Core i3 possuem apenas dois núcleos, pode imaginar que eles não durem muito mais. Contudo, com a utilização da Intel Hyper-Threading, os processadores i3 “ganham ”dois núcleos a mais. Quem já possui um Intel Core i3 deve ter reparado que o Windows detecta quatro núcleos, contudo esse artifício da duplicação dos núcleos não significa muito. E quem pensou que o i3 realmente trabalharia como um processador de quatro núcleos se enganou completamente. Para perceber a diferença entre um processador de quatro núcleos e outro de dois, basta comparar os resultado sem desempenho. Por exemplo, se você colocar um Core i3 ao lado de um Intel QuadCore, não há dúvidas de que o QuadCore terá um desempenho muito maior (em qualquer atividade). Claro que isso não significa que a nova tecnologia não serve para nada, muito pelo contrário. A Intel Hyper-Threading é ideal para momentos em que você precisa efetuar várias atividades simultaneamente. Essa tecnologia serve para que um núcleo consiga realizar duas atividades ao mesmo tempo, daí o motivo pelo qual a tecnologia, supostamente, faz os núcleos dobrarem em quantidade. 
O que o i3 consegue realizar? 
Tudo o que você quiser. Este processador de dois núcleos mostra-se uma excelente opção para qualquer tipo de atividade. Obviamente ele não é o mais rápido no que faz, mas vai ser muito difícil você encontrar um programa ou jogo que não seja executado com um Intel Core i3. 
Obs: O Core i3 chegou ao mercado de hardware faz muito pouco tempo, mas desde que apareceu complicou muito a situação para os usuários que gostariam de comprar um modelo da nova linha de processadores. Os modelos da linha Intel Core i3 utilizam um novo soquete (encaixe na placa mãe), fator que forçou as montadoras a criarem placas exclusivas para eles. Conhecido como socket LGA 1156, esse novo tipo de soquete será utilizado para os processadores Intel Core i3, i5 e pelos novos i7. 
 A Intel optou por restringir a linha de processadores de baixo desempenho, por isso criou somente dois para a linha Intel Core i3. Na Tabela 1 abaixo você confere as diferenças entre eles e também visualiza umalista com todas as tecnologias que ele dispõe para aumentar o desempenho do seu PC.
Tabela 1 - Modelos disponíveis do i3
	Modelo
	Frequência
	Núcleos
	Memória cache
	Tecnologia HT 
	Tipo de Memória
	Vídeo 
	Soquete
	i3-530 
	2.93GHz
	2
	4 MB (nível L3)
	Sim (emula 4 núcleos)
	 DDR3 (Até 1333MHz)
	Sim
	LGA 1155
	i3-540 
	3.06GHz
	2
	4 MB (nível L3)
	Sim(emula 4 núcleos)
	DDR3 (até 1333MHz)
	Sim
	LGA 1156
6. Processador i5
Figura 2 – Processador i5
 
 Enquanto o i3 fica responsável por atender aos usuários menos exigentes, o Intel Core i5 é encarregado de suprir as necessidades do mercado de porte intermediário, ou seja, aqueles mais exigentes que realizam tarefas mais pesadas. Disponível em modelos de dois ou quatro núcleos, os CPUs da linha i5 possuem até 8 MB de memória cache (nível L3) compartilhada, também utilizam o soquete LGA1156, controlador de memória DDR integrado, tecnologia Intel Hyper-Threading, tecnologia Turbo Boost e muito mais. TecnologiaTurboBoost?  A tecnologia Turbo Boost da Intel promete aumentar a velocidade do processador automaticamente. Segundo o site da Intel, esta tecnologia é inteligente e trabalha 100% do tempo verificando frequência, voltagem e temperatura do processador. Ao notar uma baixa em um dos valores-padrão utilizados pelo CPU, este novo recurso aumenta a frequência e consegue um desempenho muito maior em qualquer aplicação. Imagine que a temperatura do processador está abaixo do esperado e você deseja aumentar a velocidade. Com a utilização da tecnologia Turbo Boost você não precisa se preocupar, porque o seu Intel Core i5 vai alterar a frequência ou a voltagem do CPU sem sua permissão e logo você verá um aumento significativo em desempenho. 
OBS: Falando especificamente dos modelos i5, há a possibilidade de um aumento de até 800 MHz na velocidade. Modelos do Corei5 Enquanto a linha i3 possui apenas dois processadores para atender aos usuários, a série Core i5 conta com seis modelos diferentes. A Tabela 2 encontra-se as características técnicas de cada: 
Tabela 2 – Modelos do Processador i5
	Modelo 
	Frequência
	Núcleo
	Tecnologia
	Memória cache
	Tecnologia HT
	Vídeo
	Tipo de Memória
	Turbo Boost
	Soquete
	i5-650
	3,2GHz
	2
	32nm
	4MB (nível L3)
	Sim (emula 4 núcleos)
	Sim
	DDR3(até 1333MHz)
	Sim (até 3,46GHz)
	LGA 1156
	i5-660 
	3,33GHz
	2
	32nm
	4MB (nível L3)
	Sim (emula 4 núcleos)
	Sim
	DDR3(até 1333MHz)
	Sim (até 3,6GHz)
	LGA 1156
	i5-661
 
	3,33GHz
	2
	32nm
	4MB (nível L3)
	Sim (emula 4 núcleos)
	Sim
	DDR3(até 1333MHz)
	Sim (até 3,6GHz)
	LGA 1156
	i5-670 
 
	3,56GHz
	2
	32nm
	4MB (nível L3)
	Sim (emula 4 núcleos)
	Sim
	DDR3(até 1333MHz)
	Sim (até 3,73GHz)
	LGA 1156
	i5-750 
 
	2,66GHz
	4
	45nm
	8MB (nível L3)
	Não
	Não
	DDR3(até 1333MHz)
	Sim (até 3,2GHz)
	LGA 1156
	i5-750s 
 
	2,40GHz
	4
	45nm
	8MB (nível L3)
	Não
	Não
	DDR3(até 1333MHz)
	Sim (até 3,2GHz)
	LGA 1156
7. Processador i7
Figura 3 – Processador i3 
 A última palavra em tecnologia de processamento é o i7. A linha de processadores voltada ao público entusiasta e profissional traz muitos benefícios e especificações de cair o queixo. Todos os CPUs da série Core i7 possuem quatro núcleos (o i7-980X possui seis núcleos), memória cache L3 de 8 MB, controlador de memória integrado, tecnologia Intel Turbo Boost, tecnologia Intel Hyper-Threading, tecnologia Intel HD Boost e ainda o recurso Intel QPI. Intel HD Boost? Para que serve? Com o avanço constante dos processadores, os softwares foram forçados a evoluir. Existem softwares que trabalham com conjuntos de instruções específicas, as quais precisam estar presentes nos processadores para que o programa seja executado com a máxima performance. Os conjuntos de instruções principais são denominados como SSE, sendo que existem programas que utilizam instruções diferentes. A linha de processadores Intel Core i7 trabalha com a tecnologia Intel HD Boost, a qual é responsável pela compatibilidade entre CPU e programas que usam os conjuntos de instruções SSE4. Tal característica possibilita um maior desempenho em aplicativos mais robustos que necessitam de um poder de processamento de alto nível. Intel QPI O recurso Intel QPI, ou QuickPath Interconnect (Interconexão de caminho rápido), serve para aumentar o desempenho do processador — óbvio, não é mesmo? Afinal, todas as tecnologias são criadas para isso —, contudo, esta trabalha de uma maneira bem diferente. Ao invés de aumentar a frequência ou a tensão, o recurso Intel QPI aumenta a largura de banda (o que permite a transmissão de mais dados) e diminui as latências. Vale salientar que este recurso só está presente nos CPUs Intel Core i7 da série 900 e possibilita taxas de transferência de até 25.6 GB/s. Tabela 3 abaixo mostra os modelos da linha Intel Core i7.
Tabela 3 – Modelos do Processador i7
	Modelo 
	Frequência
	Núcleos
	Memória cache
	Tecnologia HT
	Tipo de memória
	Turbo Boost
	Soquete
	i7-860 
	2,8GHz
	4
	8MB (nível L3)
	Sim (emula 8 núcleos)
	DDR3 (até 1333MHz)
	Até 3,46GHz
	LGA 1156
	i7-860s   
	2,53GHz
	4
	8MB (nível L3)
	Sim (emula 8 núcleos)
	DDR3 (até 1333MHz)
	Até 3,46GHz
	LGA 1156
	i7-870 
   
	2,93GHz
	4
	8MB (nível L3)
	Sim (emula 8 núcleos)
	DDR3 (até 1333MHz)
	Até 3,6GHz
	LGA 1156
	i7-920  
   
	2,66GHz
	4
	8MB (nível L3)
	Sim (emula 8 núcleos)
	DDR3 (até 1066MHz)
	Até 2,93GHz
	LGA 1366
	i7-940
   
	2,93GHz
	4
	8MB (nível L3)
	Sim (emula 8 núcleos)
	DDR3 (até 1066MHz)
	Até 3,2GHz
	LGA 1366
	i7-950  
  
	3,06GHz
	4
	8MB (nível L3)
	Sim (emula 8 núcleos)
	DDR3 (até 1066MHz)
	Até 3,32GHz
	LGA 1366
	i7-960    
	3,2GHz
	4
	8MB (nível L3)
	Sim (emula 8 núcleos)
	DDR3 (até 1066MHz)
	Até 3,46GHz
	LGA 1366
	i7-960  
	3,2GHz
	4
	8MB (nível L3)
	Sim (emula 8 núcleos)
	DDR3 (até 1066MHz)
	Até 3,46GHz
	LGA 1366
	i7-965  
	3,2GHz
	4
	8MB (nível L3)
	Sim (emula 8 núcleos)
	DDR3 (até 1066MHz)
	Até 3,46GHz
	LGA 1366
	i7-975
  
	3,33GHz
	4
	8MB (nível L3)
	Sim (emula 8 núcleos)
	DDR3 (até 1066MHz)
	Até 3,6GHz
	LGA 1366
	i7-980x 
  
	3,33GHz
	6
	12MB (nível L3)
	Sim (emula 12 núcleos)
	DDR3 (até 1066MHz)
	Até 3,6GHz
	LGA 1366
A linha de processadores Intel Core i7 é, sem dúvida, a mais potente do momento, contudo um usuário que adquire tal processador está comprando um PC que não precisará de atualização por muito tempo. Como já citado, profissionais devem investir na compra de um i7, porque ele faz toda a diferença na hora de renderizar vídeos e economizar tempo com tarefas banais.
 A tecnologia avançada na área de hardware possibilita um avanço desenfreado nos processadores, o que faz o usuário ficar cada vez mais perdido em meio a tantas opções e novidades. Você certamente já deve ter ouvido falar ou até mesmo experimentado um computador dotado dos novos processadores da Intel.
8. Referências:
[1] Asanovic, K. et al., “The Landscape of Parallel Computing Research: A View from Berkeley”, UCB/EECS-2006-183, University of California, Berkeley, December 2006.
[2] T. Dorta, J. Jiménez, Martín. J, Bidarte, U and Astarloa. A, “Overview of FPGA Based
Multiprocessor Systems”, International Conference on Reconfigurable Computing and FPGAs, pp.273-278, 2009.
[3] TANENBAUM, Andrew :"Organização Estruturada de Computadores", Prentice-Hall (última edição); 
[5]http://www.intel.com.br/content/www/br/pt/intel-innovation/innovations.html 
[6]http://www.intel.com.br/content/www/br/pt/sponsors-of-tomorrow/sponsors-of-tomorrow.html 
[7]http://www.intel.com.br/content/www/br/pt/company-overview/company overview.html?iid=hdr-BR+abou
[6] Somen Barma, “Design, Development and Performance Evaluation of multiprocessor systems on FPGA”, Master Thesis, Indian Institute of Technology Delhi, 2007.
[7] Oriol Arcas Abella, “Beehive: an FPGA-based multiprocessorarchitecture”, Master Thesis,
Universitat Politècnica de Catalunya, September 2009.
[8]Tamar Kranenburg, “Design of a Portable and Customizable Microprocessor for Rapid System Prototyping”, Master Thesis, Delft University of Technology, 2009. 
[9] J. Modi, “Parallel Algorithms and Matrix Computation”, New York: Oxford University Press, 1988.
[10] www.sr.ifes.edu.br/~eduardomax/arquivos/Processadores%20Atuais%20-%20Parte%202.pdf
[11]www.intel.com.br/content/www/br/pt/intelligent-systems/piketon/embedded-intel-core-i-series-and-pentium-with-intel-q57-chipset.html
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